Prova de Medicina Intensiva e Cardiologia RJ 2023
Prova de Medicina Intensiva e Cardiologia RJ 2023
1. Homem, 27 anos, com asma controlada, faz atividade física regular e diária mas se
queixa que não consegue atingir o nível de exercício desejado, apresentando
"cansaço". A estratégia, neste caso, que oferece proteção e pode ser feita de forma
regular é iniciar:
antagonista do receptor de leucotrieno
beta-agonista de curta ação
beta-agonista de longa ação
corticoide inalatório
2. Homem, 58 anos, diabetes mellitus (DM), é internado com pneumonia por SARS-CoV-
2, necessitando de oxigenioterapia, corticoide sistêmico e antibioticoterapia não
especificada. Recebe alta e 10 dias após retorna com DM descompensado, dor em
palato e região de zigomatico a direita associada a lesão necrótica em palato duro.
Realizada TC de crânio com resultado de imagem hiperdensa em região de seio maxilar
e fossa nasal a direita e em região de células etmoidais. O diagnóstico mais provável
é:
mucormicose
aspergilose
histoplasmose
fusariose
4. Jovem, tab anos, diabético tipo 1, chega a emergência com dor abdominal, náuseas e
vômitos com o aumento de poliúria, polidipsia e torpor, desde o dia anterior. Ele
menciona que está sem insulina há 2 (dois) dias. Exame físico: apático, PA = 106/67
mmHg, FC = 123 bpm, FR = 32 irpm, e afebril. Exames laboratoriais: glicemia = 450
mg/dL, pH = 7.23, PaCO₂ = 25 mmHg, potássio = 2.9 mEq/L, sódio = 127 mEq/L e
creatinina = 1.7 mg/dL. Após a reposição volêmica inicial, a infusão de insulina deve
ser iniciada:
após a correção do potássio
após reposição de bicarbonato de sódio
AVISO:
A ordem das questões apresentada neste PDF é para fins de publicação
e pedidos de recurso quanto ao gabarito e não representa
necessariamente a ordem em que o candidato visualizou em sua prova.
5. Homem, 48 anos, refere cefaleia retro orbital associada a hiperemia conjuntival, febre
não aferida, mal estar geral e mialgia mais intensa em panturrilhas de início recente
(cinco dias). Relata ter vacinado para febre amarela 15 dias antes do início dos
sintomas. Trabalha em ambiente insalubre cuidando de suínos e bovinos. Exame
físico: temperatura axilar = 38,3 0C, ictérico +4+, PA = 150 x 80 mmHg, FC = 100 bpm.
Presença de hiperemia conjuntival. Ausculta pulmonar com discretos estertores
crepitantes em ambas as bases. Exame do abdome normal. Muita dor a palpação da
região lombar e panturrilhas sem sinais flogísticos ou empastamento. Exame
laboratoriais revelam leucocitose com desvio para esquerda, aumento da proteína C
reativa, transaminases normais e discreto aumento da bilirrubina direta. Pensando na
principal hipótese diagnóstica, a melhor abordagem terapêutica deve ser:
amoxicilina via oral
analgésicos e antitérmicos
ciprofloxaxina via oral
interferon alfa peguilado subcutâneo
7. Homem, 37 anos, com história de exantema, prurido,febre não aferida e artralgia, que
se resolveu em 72h com o uso de sintomáticos. Nove dias após apresenta parestesia
em membros inferiores e superiores que evolui com fraqueza nos membros inferiores,
impedindo a deambulação. Exame neurológico: orientado em tempo e espaço, pupilas
isocóricas e fotorreagentes, com motilidade ocular extrínseca preservada. Força
AVISO:
A ordem das questões apresentada neste PDF é para fins de publicação
e pedidos de recurso quanto ao gabarito e não representa
necessariamente a ordem em que o candidato visualizou em sua prova.
10. Homem, 45 anos, com diagnóstico de hepatite alcoólica grave inicia o uso de
predinisolona 40 mg/d. No sétimo dia apresenta escore de Lille < 0,45. Em relação a
predinisolona a conduta deve ser:
manter por 28 dias
interromper
aumentar a dose
manter e associar imunossupressor
11. Mulher, 56 anos, iniciou há 3 anos quadro caracterizado por apatia, falta de interesse
em executar atividades do dia a dia e isolamento social. Procurou atendimento com
médico psiquiatra que atribuiu sintomas a depressão. Iniciado amitriptilina 50mg/dia
sem melhora. Há dois anos evoluiu com exacerbação dos sintomas, quando passou
apresentar delírios persecutórios, confabulações e alucinação visual. Acompanhante
notou também que a paciente tinha dificuldades em se expressar e na compreensão
de algumas palavras (com padrão de sono preservado). A paciente tem irmão com
quadro cognitivo comportamental semelhante. O quadro clínico sugere:
AVISO:
A ordem das questões apresentada neste PDF é para fins de publicação
e pedidos de recurso quanto ao gabarito e não representa
necessariamente a ordem em que o candidato visualizou em sua prova.
12. Homem, 48 anos, alcoolista e tabagista (15 maços/ano) e depressão, sem outras
comorbidades, com dor abdominal intensa e difusa há aproximadamente 15 horas da
admissão na emergência, associada a náuseas e vômitos e ausência de evacuações.
Exame físico: em regular estado geral, lúcido e orientado no tempo e espaço,
apresentando fáceis de dor e hipocorado (++/4+). Abdome distendido, hipertimpânico
à percussão, tenso e doloroso à palpação difusa, e sem sinais de irritação peritoneal.
Frequência respiratória (FR) = 26 ipm, FC=120 bpm; PA = 138 x 100 mmHg e afebril.
Realiza rotina de abdome agudo abaixo:
O provável diagnóstico é:
volvo de sigmoide
megacolon tóxico
diverticulite aguda
úlcera perfurada
14. Mulher, 65 anos, é trazida para a emergência por familiares, com relato de ter
apresentado quadro de alterações na fala e fraqueza em dimidio esquerdo, iniciado
há cerca de 45 minutos. O exame neurológico mostra uma pontuação na escala
do National Institute of Health (NIH) de 14. Segundo informações
a paciente é hipertensa, diabética, com revascularização miocárdica há 3 (três)
anos e foi submetida, há 28 dias, à uma histerectomia total. Exames laboratoriais:
hemoglobina 11g/dL, Leucócitos 10.800 céls/mm3, plaquetas = 150.000/
mm3 e glicemia = 108 mg/dL. Realiza a tomografia computadorizada (TC) de crânio
abaixo:
AVISO:
A ordem das questões apresentada neste PDF é para fins de publicação
e pedidos de recurso quanto ao gabarito e não representa
necessariamente a ordem em que o candidato visualizou em sua prova.
15. Homem, 35 anos, apresenta edema palpebral que evolui para anasarca associados à
hipertensão arterial. Exames laboratoriais iniciais revelam: hemoglobina = 8,5 g/dL,
albumina sérica = 2,5g/dL, creatinina = 1,3 mg/dL, glicose = 95 mg/dL, EAS com
proteinúria (+++/4+) e hematúria (+/4+) e dosagem de proteína urinária = 3,4 g/24h.
Evolui com dor lombar, piora da hematúria e da função renal. A principal hipótese
diagnóstica é:
trombose de veia renal
pielonefrite enfisematosa
hematoma retroperitoneal
litíase renal
AVISO:
A ordem das questões apresentada neste PDF é para fins de publicação
e pedidos de recurso quanto ao gabarito e não representa
necessariamente a ordem em que o candidato visualizou em sua prova.
O diagnóstico provável é:
artrite reumatoide
lúpus eritematoso sistêmico
esclerose sistêmica
sarcoidose
19. Homem, 62 anos, com hipertensão arterial sistêmica de longa data, apresenta níveis
pressóricos elevados apesar do uso de 3 (três) medicações anti-hipertensivas
incluindo o uso de diurético. Para ajudar na condução do caso, é importante, na coleta
da história, afastar como causa da hipertensão resistente, o uso de:
anti-inflamatórios não esteroides
benzodiazepínicos
derivados do canabidiol
antagonistas da aldosterona
20. Homem, 68 anos, portador de cirrose hepática alcóolica, é atendido pela primeira vez
no seu consultório com queixa de dor em região coxofemoral bilateral de longa data,
devido à osteoartrose de quadril, com piora recente nas últimas semanas. Ele alega
ser alérgico a dipirona e anti-inflamatório não esteroide e relata melhora com o uso
regular de paracetamol 2g/dia. A recomendação em relação ao uso do paracetamol,
nesse caso, é:
manter, não ultrapassando a dose de 2g/dia
suspender, em definitivo, devido ao risco de descompensação hepática
aumentar a dose, para otimizar a analgesia
desencorajar o uso, mas permitir dosagem máxima de 4g/d
MEDICINA INTENSIVA
21. Paciente com história prévia de alergia a penicilina é trazido a emergência com história
de briga ocorrida há cerca de 15 horas, quando recebeu várias mordidas levando
a perda de substância em tronco e membros superiores. Decidido por
antibioticoterapia profilática. A melhor opção é:
eritromicina
amicacina
amoxacilina
cefalotina
27. Paciente com febre de origem obscura com investigação exaustiva da origem.
Descartada causa infecciosa e neoplásica. Pode ser tentado o tratamento com:
anakinra
ciclofosfamida
micofenolato mofetil
tacrolimus
28. Mulher, 23 anos, com diagnóstico de anorexia, interna no CTI com índice de massa
corpórea = 13,7 kg/m2. Apresenta petéquias e equimoses em tronco e membros
inferiores, hemorragia gengival e hemartrose. O seu tratamento envolve a reposição
de vitamina:
C
A
B
E
29. Paciente com diagnóstico de síndrome de veia cava superior grave, secundária a
tumor oat cell. O tratamento que dará alívio mais imediato ao paciente é:
angioplastia por balão
radioterapia
quimioterapia
toracotomia exploradora
34. São medidas fundamentais para evitar a pneumonia associada à ventilação mecânica
invasiva:
manter cabeceira entre 30º e 45º, manter assepsia para aspirar as vias aéreas do
paciente e usar a técnica de despertar diário do paciente ou sedação guiada por
metas
manter cabeceira até 30º, manter assepsia para aspirar as vias aéreas do paciente
e manter sedação intensa para evitar extubação acidental
manter cabeceira acima de 60o, não há necessidade de assepsia para aspirar as vias
aéreas do paciente pois estão colonizadas e evitar a profilaxia da trombose venosa
profunda e sangramentos
fazer descontaminação regular da orofaringe com aminoglicosídeo tópico, manter
cabeceira baixa para diminuir a pressão das vias aéreas e estimular a profilaxia da
trombose venosa profunda
35. Entre as medidas para a prevenção da infecção de corrente sanguínea associada aos
cuidados da saúde estão:
realizar o pacote (bundle) de medidas para inserção adequada do cateter, utilizar
clorexidina para inserção e curativos da punção e estimular que o profissional de
enfermagem interrompa o procedimento médico se houver quebra da assepsia pelo
médico
treinar a equipe médica para punção venosa central guiada por ultrassonografia,
utilizar álcool iodado para antissepsia, manter o curativo da punção levemente
úmido e com a data da sua realização
manter a cabeceira elevada a 60º, usar campo cirúrgico estéril e restrito à região da
punção venosa profunda não sendo necessário a lista de controle (checklist) do
pacote (bundle) de medidas para inserção do cateter venoso profundo, para que o
procedimento seja o mais rápido possível
treinar a equipe médica para punção venosa central guiada por ultrassonografia,
evitar a retirada do cateter venoso profundo antes de 72 horas da sua inserção,
manter o curativo da punção levemente úmido e com a data da sua realização
36. A higienização das mãos é das principais atitudes para a segurança do paciente que o
profissional de saúde deve ter e infelizmente costuma ser muito negligenciada. Os
momentos obrigatórios para a sua realização, conforme a Organização Mundial da
Saúde, são:
antes e após contato com o paciente, antes da realização de procedimentos, após
exposição a fluidos biológicos e após contato com áreas próximas ao paciente
AVISO:
A ordem das questões apresentada neste PDF é para fins de publicação
e pedidos de recurso quanto ao gabarito e não representa
necessariamente a ordem em que o candidato visualizou em sua prova.
37. Homem, 30 anos, hígido previamente, é internado no CTI com história de tosse, febre,
dor ventilatória dependente com 4 (quatro) dias de evolução e em franca insuficiência
respiratória necessitando de ventilação mecânica invasiva. Apresenta a tomografia
computadorizada abaixo:
38. Mulher, 65 anos, hipertensa e diabética tipo 2, diagnosticada há 20 anos e com pouca
adesão ao tratamento. É internada no CTI com diagnóstico de infarto anterior extenso.
Na madrugada 4º (quarto) dia de internação apresenta o eletrocardiograma (ECG)
abaixo:
AVISO:
A ordem das questões apresentada neste PDF é para fins de publicação
e pedidos de recurso quanto ao gabarito e não representa
necessariamente a ordem em que o candidato visualizou em sua prova.
O diagnóstico do ECG é:
fibrilação atrial
taquicardia sinusal
taquicardia paroxística supraventricular
flutter ventricular
39. Mulher, 65 anos, hipertensa e diabética tipo 2, diagnosticada há 20 anos e com pouca
adesão ao tratamento. É internada no CTI com diagnóstico de infarto anterior extenso.
Na madrugada 4º (quarto) dia de internação apresenta o eletrocardiograma (ECG)
abaixo:
40. Mulher, 65 anos, hipertensa e diabética tipo 2, diagnosticada há 20 anos e com pouca
adesão ao tratamento. É internada no CTI com diagnóstico de infarto anterior extenso.
Na madrugada 4º (quarto) dia de internação apresenta o eletrocardiograma (ECG)
abaixo: