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APOSTILA - MECANICO DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO RESIDENCIAL-páginas-excluídas

Apostila dois

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Ea 7U7-1E Iniciativa da CNI- Confederagso ‘Nacional da Industria Figura 1- Manémetro de Bourdon... Figura 2- Conjunto Manifold .. Figura 3- Vacuémetro . Figura 4~ Esquema do efeito Peltier 34 Figura 5- Circuito de refrigeragao por absorcao Figura 6- Exemplo de circuito de refrigeracao Figura 7 - Identificagio de cores de fluido refrigerantes. Figura 8 - Isolantes. Figura 9- Conjunto de brasagem Figura 10- Magarico com refil . Figura 11 - Unido de dois tubos com porcavenn. Figura 12 Alicate Lokring para unio de tubos a frio, 65 Figura 13 - Conexdo do tipo Schrader. Figura 14- Exemplo de teste de estanqueidade Figura 15- Exemplo de procedimento de evacuacio.. . Figura 16- Exemplo de procedimento de carga de fluido 70 Figura 17 Recolhimento do fluido refrigerante... Figura 18 Reciclagem do fluido refrigerante. Figura 19- Recarga do fluido refrigerante.. Figura 20 - Cilindro de recolhimento.... Figura 21 ~ Realizacdo do lacree soldagem de um tubo. Quadro 1 - Grandezas fundamentais do SI Quadro 2- Multiplos e submuiltiplos de unidades. Quadro 3 - Leis relacionadas com sistemas de refrigeracao. Quadro 4 - Normas relacionadas com sistemas de refrigeragSo. Quadro 5 - Converséo de unidades de temperatura... Quadro 6 - Medidores de temperatura Quadro 7 - Unidade de calor. . Quadro 8 Ciassifcagao de compressores quanto dspasigao do motor Quadro 9 Classificacéo dos compressores quanto & forma de acionamento mecanico Quadro 10 - Condensadores resfriados a ar Quadro 11 - Dispositivos de expansio .. Quadro 12 - Evaporadores nun Quadro 13 -Equipamentos complementares de sistemas de refrigeracSo Quadro 14 - Regra geral para nomenclatura de fluidos refrigerantes Quadro 15 -Fluidos refrigerantes muito utilizados Quadro 16 -Tipos de chama na brasagem Quadro 17-Elementos utizades na bratagem de sistemas de reigerarbo Quadro 18 - Ferramentas de interligacao do sistema de refrigeracao e climatizagao 64 Quadro 19 - Técnicas de verificagao de vazamento Quadro 20 - Pilares da vida profissional... Tabela 1 - Conversio de unidade de calor . Tabela 2- Conversdo de unidade de poténcia térmica. 24 Tabela 3- Converséo de unidades de pressdo. Tabela 4 - Saturacao do R-22.. . Tabela 5 - Converséo de polegadas e milimetros para diametros comuns em refrigeracao Tabela 6- Relacao Presséo x Temperatura do fluido R22. 1 Introdugao. 2 Conceitos basicos em refrigeracao. 2.1 Histéria da refrigeracdo 2.2 Conforto térmico.. 2.3 Medigdes e sistema de unidades. 2.4 Normalizacao para sistemas de refrigeracao.. 2.5 Temperatura, 2.5.1 Transformagées de estados fisicos. 2.5.2 Unidades de medida de temperatura 2.5.3 Instrumentos de medicao de temperatura 21 2.6 ClOF nnn . “ a 2.6.1 Unidades de medida de calor e poténcia térmica 2.6.2 Calor especifico, sensivel ¢ latente .. 2.6.3 Transmissao de calor e isolamento térmico. 27 Pressao. sen 2.7.1 Pressio relativa (manomeétrica), absoluta e vacuo 2.7.2 Instrumentos de medicao de pressao 2.7.3 Vicuo.. 2.7.4 Temperatura e pressio de saturacao. 3 Ciclos de refrigeragio e seus componentes. 3.1 Refrigeracao termoelétrica..... 3.2 Refrigeracao por absorcao. 3.3 Refrigeracao por compressio a vapor. 3.4 Compressors... 3.5 Condensadores 3.6 Dispositivos de expanséo 3.7 Evaporadore nn sn 3.8 Outros elementos de sistemas de refrigeragio 3.9 Fluidos refrigerante: 3.9.1 Classificagao e identificagao dos fluidos refrigerante: 3.9.2 Fluidos refrigerantes mais utilizado: 3.9.3 Seguranca no manuseio de fluidos refrigerantes 3.10 Lubrificantes de sistemas de refrigeragao 4 Caracteristicas basicas de instalago de equipamentos de refrigeragio 4.1 Equipamentos de seguranca... 42 Instalagio de tubulag6es nun 4.2.1 Isolantes térmicos... 4.2.2 Processos de brasagem 4.2.3 Ferramentas de interligagao do sistema de refrigeragao e climatizaG&0 63 4.2.4 Outros procedimentos para conexio dos tubos de interligacao. 43 Técnicas de reoperacao do sistema. 43.1 Teste de vazamento 43.2 Evacuacio. 4.3.3 Carga de fluido refrigerante... 43.4 Recuperagio,reciiagem e recarga do fide refigerante, 4.3.5 Alustes dos perdmetros de funcionamento do sistema de refrigeragto © climatizagao. . « 4.3.6 Lacre da unidade selada 4.4 Trabalho em equipe. 4.4.1 Grupo, equipe e lideranca 4.4.2 Responsabilidades cnn . 4.4.3 Cooperacdo entre pessoas e relacionamentos profissionais. Referéncias... Minicurriculo. Indice, Seja bem-vindo & Unidade Curricular de Fundamentos de Refrigeragio e Climatizacao. Com 0 acesso aos conhecimentos elaborados nesta unidade, vocé construiré bases de conhecimentos necessérios para que possa atuar com sucesso no ramo de refrigeracéo e climatizagao residencial, sem ter dividas ou agir equivocadamente. Assim, é necessario prestar muita atengao nos conceitos e técnicas que serdo abordados, pois eles serao muito importantes nas préximas etapas do curso. Ao iniciar seus estudos, vocé conhecerd os conceitos basicos envolvendo ciéncias térmicas, unidades de medida, conforto térmico e métodos de medigao das grandezas mais relevantes nessa 4rea do conhecimento. Em seguida, aprenderd sobre os tipos construtivos dos sistemas de refrigeragio e seu funcionamento, podendo assim, distinguir as diferentes formas de esfriar um ambiente. Um. foco maior seré dado & teftigeracao por compressio de vapor e vocé teré a oportunidade de conhecer cada um dos componentes desse tipo de processo, como 0 condensador, 0 evaporador, os dispositivos de expansao, o compressor, as valvulas, os filtros etc. Aprendera ainda sobre fluidos refrigerantes e lubrificantes dos sistemas de refrigeracao: como identificé- -los, suas diferencas e como devem ser utilizados. Primeiramente, vocé conheceré a importancia dos Equipamentos de Protecdo Individual € 0 porqué de usé-los durante a execugio dos servigos, mesmo que alguns néo oferesam o conforto desejado. Alguns pontos sobre a instalacao de sistemas serao abordados, como 0 processo de brasagem, ferramentas de interligagdo de sistemas e isolantes térmicos. Voce conhecerd as técnicas de reoperacao de sistemas de refrigeracao através de exemplos, como o teste de vazamento, a evacuacao, a carga de fluido ete. Finalizando seus estudos, vocé entendera a importancia do trabalho em equipe e como isso influencia no seu futuro como profissional qualificado do ramo de refrigeracao e climatizagao. Vocé terd a oportunidade de conhecer conceitos como os de grupo, equipe, lideranca, responsabilidades, cooperacao entre pessoas e relacionamentos profissionais. Assim, vocé estard capacitado para resolver os frequentes desafios que surgem no dia a dia. Portanto, tire proveito desse material. Bons estudos! Vocé lembra o que quer dizer presséo? Sabe o que significa calor especifico? A maioria das pessoas que trabalha no ramo da refrigeracdo nunca se preocupou com os conceitos fisicos importantes que um profissional da drea precisa saber. Contudo, para resolver os mais diversos inconvenientes que podem acontecer nos sistemas de refrigeragio e de climatizaco, é muito importante ter uma base sélida de conhecimentos dos conceitos basicos dessa drea. Ao final deste capitulo, vocé estaré apto a: a) transformar unidades de medida utilizando o sistema internacional e o britanico; b) verificar valores das grandezas fisicas relacionadas refrigeracao e a climatizacéo utilizando instrumentos de medicao; €) calcular grandezas fisicas aplicadas a refrigeragao e a climatizacio; d) identificar algumas fontes geradoras de calor no ambiente a ser refrigeradi ) identificar alguns instrumentos e ferramentas de sistemas de refrigeracao e climatizagso, residencial; 4) consultar normas técnicas. Vocé teré agora a oportunidade de relembrar alguns conceitos fundamentais para agir em diversas situacées relacionadas a profissao e para se tornar um bom profissional do ramo de refrigeragio e climatizacao. Bons estudos! @ weworoscerereewsiorammaaia 2.1 HISTORIA DA REFRIGERAGAO Desde a pré-histéria os seres humanos tém a necessidade de obter o resfriamento com o objetivo de alcangar uma temperatura abaixo da experimentada no ambiente, seja para conservar alimentos ou retirar calorde alguma substancia. A utilizagéo dos efeitos das baixas temperaturas tém registros desde 2.000 a.C. quando os povos retiravam gelo das montanhas para utilizar no resfriamento de seus mantimentos (SILVA, 2003). No século XVII, blocos de gelo eram retirados de lugares muito frios e estocados em salas com forte isolago térmica’ de modo a manter o seu estado fisico, possibilitando a comercializagao para o mundo todo. Por volta de 1750, um sistema de refrigerac3o primitivo ja estava disponivel através do uso de um liquido como meio refrigerante, chamado de éter. Anos depois, em 1834, Jacob Perkins aprimorouo sistema construindo uma méquina de refrigerago mecdnica que fazia uso de quatro elementos fundamentais: ‘compressor, condensador, dispositive de expansio e evaporador. No ano de 1870, CariVon Linde introduziu no sistema a utilizag3o da substancia denominada aménia como meio circulante. Sistemas de refrigeragao passaram a dominar o mercado por volta de 1930, e apés a segunda guerra mundial, jé estavam disponiveis compressores herméticos? e fluidos refrigerantes modernos, popularizando definitivamente a refrigeracao por compressio a vapor (SILVA, 2003). J no Brasil, o primeiro registro da instalago de um sistema de refrigeragao é do Frigorifico Renner, no municipio de Monte Negro no estado do Rio Grande do Sul (RIENZO, 2006). Sabendo um pouco da histéria da refrigeracdo, agora vocé estudaré sobre o que é conforto térmico e como ele pode ser determinado. 2.2 CONFORTO TERMICO As pessoas costumam registrar a sensacao de conforto térmico distintamente umas das outras. Conforto térmico a condicao de temperatura e umidade ideal que os seres humanos precisam de modo ando sentir frio e nem calor. Como todos os seres humanos apresentam temperaturas distintas, quando comparadas, podendo estas variar de 35°C a 39°C, a SO 9241 recomenda que, em um ambiente de trabalho, seja mantida a umidade relativa entre 40% e 80%, a temperatura entre 23°C a 26°C no inverno e 20°C a 24°C no vero e a velocidade do ar em até 0,75 m/s (COSTA, 1982). Com as mudancas climaticas desfavoraveis ao conforto humano, a climatizagao passou a ser cada dia mais necesséria. Nao basta somente a temperatura do ar estar agradavel, hé uma série de outros fatores que devem ser ajustados de acordo com o ambiente, de modo a proporcionar 0 conforto térmico ideal. Segundo pesquisas da érea, os fatores que devem ser analisados para caracterizar 0 conforto térmico sao 05 seguintes (COSTA, 198: a) fatores climaticos (temperatura externa do ar, movimento externo do ar, umidade relativa do ar etc); 1 E.uma barreira que impede a transferncia de calor evitando a vatiagSo de temperatura INCROPERA etal, 2014} lacrado (FERREIRA, 2010) 2. Inteiramentetapado, dira passagem de ar; sel 2 CONCEITOS BASICOS EM REFRIGERAGAO D bj isolamento térmico (tipo de material utilizado na construgao da edificagao etc); ©) fontes de calor (equipamentos eletroeletronicos, motores, maquinas etc); d) atividade fisica realizada no local (forte agitacao, repouso etc); €) tipos de roupa; f) sexo; g)idade; h) fatores pessoais (estado de satide, estado psicolégico, fatores situacionais etc.) i) qualidade do ar; ) renovagio do ar; k) controle de temperatura. A atengao nesses fatores pode influenciar significativamente a vida dos ocupantes do recinto em questao (COSTA, 1982). Muitas vezes, so consultados graficos de conforto térmico que nada mais séo do que ferramentas que relacionam a umidade relativa, a temperatura e outras condicées de interesse de um ambiente de forma a mostrar 0 conjunto de condigdes que geram maior conforto para as pessoas que convivem em um determinado local (FROTA; SCHIFFER, 2007). AS) ‘Agora que vocé aprendeu sobre conforto térmico, prossiga com seus estudos para conhecer as unidades utilizadas para medir as grandezas fisicas que o determinam, 2.3 MEDICOES E SISTEMA DE UNIDADES Oprofissional do ramo da refrigeracao precisa conhecer bem o emprego das unidades de medidas e suas escalas, pois os instrumentos utilizados para instalacdo e manutengo dos equipamentos de climatizacao fazem uso dessas grandezas, 0 que ira refletir no sucesso da instalagao, Sistema Internacional de Unidades, designado por SI, aceito em todos os paises do mundo. No entanto, em muitos paises como os Estados Unidos, o sistema utilizado € o Sistema Inglés de Unidades. Considerando que alguns dos polos de pesquisa mais importantes da rea de refrigerago se encontram em paises que utilizam 0 Sistema Ingles, varios equipamentos apresentam essas unidades, de maneira que & necessério que vocé conheca ambas (ALBERTAZZI; SOUZA, 2008; INMETRO, 2012). @ FUNDAMENTOS DE REFRIGERAGAO E CLIMATIZACAO © quadro a seguir apresenta as grandezas que so de fundamental importancia para a refrigeragao. Enea Grandeza Unidade de medida ‘Simbolo Comprimento Metro m Massa Quilograma ig Tempo Segundo s CComrente erica Ampere A Temperatura Kelvin K ‘usc Grandes fundamen dost Fonte adapado de met 2012) Quanto as grandezas que possuem muitos algarismos, deve-se expressé-las com muiltiplos e submiltiplos, de modo a facilitar a associago, como segue no quadro. CE ee Prefixo Simbolo ‘Mega M alo k Hecto. h Deca a Dect 4 enti « Mi m Micro » ‘Quacro2-Maiiplose submits de uniades Fonte adaptado deme (2012) 0 Visto sobre unidades e medidas, agora seré abordado um pouco sobre as normas que regem o ramo de reftigeragao e climatizacao. 2 CONCEITOS BASICOS EM REFRIGERAGAO DBD 2.4 NORMALIZACAO PARA SISTEMAS DE REFRIGERACAO. Antes de falar diretamente sobre refrigeraco, vale lembrar que sempre ser possivel contar com as leis e normas que foram feitas para esse ramo. Elas s4o desenvolvidas para padronizar procedimentos, equipamentos, rotinas, entre outros, de modo a permitir que todos os profissionais da drea de climatizacao realizem a mesma atividade, da mesma forma, em qualquer lugar no Brasil. As leis e normas também so valiosas para garantir a seguranga do trabalhador. No quadro seguinte, observe a descrico das leis que um profissional da refrigeracao precisa saber para trabalhar de forma correta. SSSR OS TEAL SS SEES ae nae ee ota arene (rae a eee nee en Promulga a Convengao de Viena e 0 Protocolo de Montreal sobre Decreto Lei 99280-90 de 1980 substinias que destioem a Camada de Oz (RASI, 1950). Prolbe o uso e comerdialzagio de vas substincla utlizadas no Resolugio do Conama 67 de 2000 setor da refgerago (RASH, 2000) Profbe © uso de alguns cilindros ed orentagbes sobre recilagem Resolugdo do Conama 340 de 2003, 2 de ido reFigerante (BRAS, 20033). Determina publicaio de rientacio técnica elaborada por «grupo téerieo assessor sobre pads referencias de qualidade Resolucio RE/ANVISA N*9 de 2003 doar interior, em ambientesclimatizados artficialmente, de uso pblic ecoletivo (BRASIL, 2003b). ‘Quadro 3-Lesrelaciondas com temas dereigergto Fonte adapta eB !1950s Bras 2000; Bai 2003o Brass 2000; Ba 2008) No quadro a seguir, as normas relevantes aos profissionais de refrigeragao sao descritas. a Bebedouros com refrigeragao mecanica incorporada - Requisitos ae tT Redugao das emissdes de fiuidos frigorificos halogenados em Prenat ee ee ee eat gee epee SET ‘Sistemas de ar-condicionado e ventilacao - Procedimentos ee ee operacao e manutengao das instalagdes que afetam a qualidade areal ES So oc a SES mine aS) ‘ABNT NBR 162362013 ABNTNBR 158482010 [ABNT NBR 16401-1:2008 @ FUNDAMENTOS DE REFRIGERACAO E CLIMATIZAGAQ Instalagbes de ar-condicionado - Sistemas centralseunittios Parte 2.Pardmetros de conforto térmico (ABNT, 20086), Instalagbes de ar-condicionado - Sistemas centraseunitrios| Parte 3. Qualidade doar interior (ABNT, 2008 “Tubo de cobre sem costura para reftigeragdo e ar-condicionado ~ ‘ABNT NBR 16401-22008 ABNTNBR 16401-32008 ‘ABNTNBR7541:2004 Requisitos (ABNT, 2004) Equipamentos unitéros dear-condicionade e bomba de calor AABNTNBR 11215:1990 ~Determinacio da capacidade de resfriamento e aquecimento. Método de ensaio (ABNT, 1990). ‘uaa 4-Normasreéaclonads com sera de refigeragio Fonte adapta ABNT (1990) ABNT 2004 ABNT Zod ABNT 20086 ABNT [2006 ANT [2010 ABNT 2011: ABNT 2013) Agora que vocé jé estudou sobre as leis € normas existentes na drea da refrigeracao e climatizacao, conhega, na préxima segio, 0 conceito de temperatura, suas escalas e conversées, além dos tipos de instrumentos para suas aferigoes. 2.5 TEMPERATURA Temperatura é uma grandeza fisica que mede o nivel de agitacao térmica das moléculas de um corpo. Quanto maiora agitacdo, maior a temperaturae o contrario também acontece. Dependendo datemperatura, uma substancia pode se apresentar em diferentes estados fisicos da materia: liquidos, sélidos ou gasosos. A variagao desses estados é chamada transformacao de estado fisico (DOSSAT, 2007; INCROPERA et al,, 2014). 2.5.1 TRANSFORMAGOES DE ESTADOS FiSICOS Acompanhe, a seguir, cada uma dessas transformacoes. a) Solidificacao é a transformagao do estado liquido para o estado sélido. Como exemplo, imagine um copo com agua pura a uma temperatura de 23°C que esté no seu estado liquide a uma pressio atmosférica (a0 nivel do mar). Se for colocado na geladeira, sua temperatura vai caindo com seu resfriamento. Quando a temperatura chegar a 0°C, essa 4gua solidificard, se transformando em gelo. Ja a fusio 6 a transformagao no sentido contrério da solidificagéo, ou seja, é a mudanca do estado sélido para o estado liquido. Essa temperatura de 0°C é chamada, portanto, de ponto de solidificagso da gua ou de fusdo do gelo (DOSSAT, 2007; INCROPERA et al,, 2014) b) Vaporizacao ou ebuligdo ¢ a transformagao do estado liquido para o estado de vapor. Com a 4gua pura, a temperatura em que isso ocorre &a 100°C, ea mudanga sé acontece se a pressao do vapor for maior do que a pressdo atmosférica, Jé a condensaco ou liquefacao, é a transformagio do estado de vapor para 0 estado liquido. A temperatura de 100°C é 0 ponto de ebulicao da agua ou o ponto de condensacao do vapor d’égua (DOSSAT, 2007; INCROPERA et al, 2014). 2 CONCEITOS BASICOS EM REFRIGERAGAO (21) ©) Ainda ha as transformacdes do estado sdlido para o estado de vapor e vice-versa, chamadas de sublimagio e ressublimacdo, respectivamente. Esse fenémeno ocorre comumente com sprays tipo aerosol e com a naftalina (DOSSAT, 2007; INCROPERA et al., 2014). 2.5.2 UNIDADES DE MEDIDA DE TEMPERATURA Existem varias formas de se medir temperatura, Para tal finalidade, foram criadas escalas termomeétricas com padrées de unidades de medidas, sendo as unidades mais comuns o grau Celsius, o grau fahrenheit eokelvin. Aescalade temperatura em graus Celsius (°C) é bastante comum nos paises que usam oSI.Ela foi definida usando 0 ponto 0°C como a temperatura de fusdo da agua e 100°C como a temperatura de ebulicéo da gua. A escala fahrenheit (°F) é mais usada em pases que utilizam o Sistema Inglés de Unidades. O ponto de fusdo da dgua nela 6 0 22°F eo de ebulicdo € 0 212°F, tendo entre eles 180 subdivis6es. Por fim, a escala kelvin (K) tem uma subdivisio com o mesmo tamanho da graduagio da escala Celsius, mas os pontos de referéncia sao diferentes. Em kelvin, o ponto de fusdo da dgua ocorre em 273,14 Keo de ebulicio ¢ 373,14 K, sendo 0 0k (zero kelvin) a menor temperatura que um corpo pode chegar (SILVA, 2003). Vale ressaltar que algumas pessoas ainda utilizam termo grau Centrigrado ao invés de grau Celsius. No entanto, essa nomenclatura nao existe mais desde 1948, ficando apenas grau Celsius como o nome da unidade (INMETRO, 2012). Para realizar a conversao de valores de temperatura de uma escala para outra, utiliza-se as equacées que esto no quadro a seguir. GO Oe Kpara°C Teabiss= Train” 273114 ‘Fpoa'c Tn" Sans"? ‘Quadro Converse de vidas de temperatura Fonte adapada de Siva (2008 «ncopera (2918) 2.5.3 INSTRUMENTOS DE MEDICAO DE TEMPERATURA Existem varios tipos de medidores de temperatura, cada um com sua especialidade e melhor forma de utilizagao. Os mais comuns, entre digitais e analégicos, so mostrados no quadro a seguir (BALBINOT; BRUSAMARELLO, 2010). @ FUNDAMENTOS DE REFRIGERAGAO E CLIMATIZACAO Meee CConsiste em um tubo de pequeno didmetro eum bulbo fechado a vécuo contendo, geralmente, merciro,o qual muda seu ‘volume conformea temperatura a que esta sendo exposto, variando a altura em um a escala graduada na unidade desejada. Pree) E-constituido de um bulbo que ¢ interligado por um tubo capilar Sendo preenchid com um gs. blbo, ao sotervaragiona ‘temperatura, varia o volume do gas aumentado ou diminuindo asa presso de forma atransmitiress tempera absorvida para excala radade deletura. ord E umtipo de termémetro digital formado pela jungao defios de imetais ciflerentes. Quando as unides desses fics estio em tem Peraturas diferentes, é gerada uma tensdo que é proporcional a ‘essa dferenga de temperatura, o chamado feito Seeback. slent30-2) Ponsa Termortesistoresindicam a temperatura com base na varlagao de sua resistencia elétrica, que variade acordo com a oscilagdo da ‘temperatura. J os termistores sio sensores de temperatura feltos ‘de material senicondutor,vsualmente parecidos com os termor- resistores. Quando aplicadosacrcutos eletrnicos,vaiagbes da ‘temperatura implicam em variagao da sua resistencia elétrica, Eonar) onde 20-1) um dispositive que mede a temperatura sem precisar entrar em ‘contato com 0 corpo em questo, através da radiagdoinfaver- ‘metha emtida porele, uncros: Mediaoresdetempeatra Fonte adaptado delbinot Srasamarelo 2010} Tinkstock(2015) zemarasescosnernccucio UB ‘Agora que vocé ja relembrou o conceito de temperatura, conheca o termo calor. 2.6 CALOR Esta é uma palavra muito comum especialmente nos dias com altas temperaturas. Na verdade, o calor 62 energia térmica em transito entre dois corpos com temperatura diferentes. Sendo assim, quanto maior essa diferenca, maior o fluxo de calor (DOSSAT, 2007; INCROPERA et al, 2014). Segundo Dossat (2007), calorimetria é 0 estudo que mede a quantidade da transferéncia de energia térmica absorvida ou liberada entre dois corpos, com diferentes temperaturas entre si, durante 0 processo de um fendmeno fisico ou quimico. A poténcia térmica é a quantidade de energia que transitou em um determinado periodo de tempo {INMETRO 2012, SILVA, 2003) 2.6.1 UNIDADES DE MEDIDA DE CALOR E POTENCIA TERMICA O calor ea poténcia térmica sao comumente medidos com as unidades mostradas no quadro a seguir. Quilojoule (ki) TR (Tonelada de Refrigeracao) SETS Sa Quilocaloria (kcal) Quilowatt BTU (British Thermal Unit) Quilocaloria por hora (kcal/h) ‘Quadro 7 -Unidade de calor Fonte sdaptada denim (201 Na refrigeracio, € comum aparecer em manuais técnicos diferentes unidades de calor e poténcia térmica, Na tabela seguinte, s40 mostradas as relacées de conversio para energia térmica, @ FUNDAMENTOS DE REFRIGERAGAO E CLIMATIZACAO we eal ou keh co 1 0239, 0,948 0.000278 Cy keal aren mummptique [a 1 397 000116 be Bru POR 11085 0252 1 0,000293, kwh (00013 (00013 (00193 1 “bela 1- Convrsto de undade decor Fonte: adapado Siva (203m (2012 Dossat 2007) Na préxima tabela, so apontadas as conversées de unidades de poténcia térmica. ™ sTum kw eatin 1 12000 352 302395, Cy Reid Eirias) 0.000083 1 aa) wz cB io 028 3412.14 1 eI ‘000033, 397 09012 ql Tabet 2- Convert de midade de petnca tia Fete adatado de Sva(2003 nme (2012) asst 2007) Com o que foi visto até agora, ja ¢ possivel supor que, em um sistema de refrigeragio ou climatizagao, ocorrem intimeros processos de troca de calor, tendo em vista o objetivo de retirar energia de um ambiente para resfrié-lo, Porém, é necessério, ainda, conhecer 05 tipos, os conceitos e as diferencas entre calor especifico, 0 calor sensivel e o calor latente. 2.6.2 CALOR ESPECIFICO, SENSIVEL E LATENTE Calor especifico é a quantidade de energia necesséria para vatiar, em um grau Celsius, um quilograma de uma substancia. £ uma propriedade que depende da temperatura, entretanto, no caso de gases vapores,o volume ea presséo em que eles se encontram também afetam essa propriedade (DOSSAT, 2007; INCROPERA et al, 2014; SILVA, 2003). Calor sensivel a energia trocada em processo de transferéncia de calor, que ocorte variando a temperatura de um corpo sem que haja mudanca em seu estado fisico (DOSSAT, 2007). A equacao para se medir esse calor é dada pela expressao a seguit, Q=mcht 2 CONCEITOS BASICOS EM REFRIGERAGAO 8 Qa quantidade de calor, em joules (J). m &amassa, em quilogramas (kg) 60 calor especifico, em joule por quilograma grau Celsius (1/kg"C). At € a variagao de temperatura em grau Celsius (°C). Vale atentar para as unidades das grandezas utilizadas em expressées algébricas como estéo descritas acima. Usar grandezas com unidades erradas ou néo compativeis pode levar a ertos grosseiros nos resultados dos cdlculos, além da instalagéo de um sistema de refrigeracao que nunca funcionard de acordo com o especificado. Jé 0 calor latente & a quantidade de energia movimentada em um a troca de calor em que ocorre a mudanca de estado fisico da matéria, sem que haja mudanca de temperatura (DOSSAT, 2007). A equacso para se calcular essa quantidade é a seguinte: QemL Qéa quantidade de calor, em caloria (cal). ‘m €amassa, em gramas (9). L 60 calor latente, em caloria por gramas (cal/g). 2.6.3 TRANSMISSAO DE CALOR E ISOLAMENTO TERMICO Sendo o calor uma energia em transferéncia, destacam-se agora as formas em que essa movimentacao pode ocorrer, sendo elas: a condugdo, a conveccéo e a radiagao. A troca de calor por conducao ocorre entre sélidos, iquidos parados e gases parados que estejam em contato e tenham temperatura diferentes. Jé a conveccao ocorre toda a vez que um fluido, seja ele um vapor, um gas ou um liquido, troca calor com objetos e outros fluidos durante sua movimentagao. Por fim,a transmissao de calor por radiaao é um dos meios mais importantes, este efeito é 0 Unico que ocorre através de ondas eletromagnéticas, podendo ocorter no vacuo, diferentemente da condugo e da convecsao que precisam de um meio fisico para acontecer. Qualquer corpo que tenha uma temperatura diferente de OK emite radiagéo, indicando que existe algum grau de movimentacao de seus dtomos {DOSSAT, 2007; INCROPERA et al., 2014). Para garantir um bom desempenho de um sistema de refrigeracao, é importante que o ambiente a ser refrigerado seja tao bem isolado quanto possivel, isto é, que o ar com baixa temperatura se mantenha dentro do ambiente e que suas paredes evitem, da melhor maneira possivel,a troca de calor com a parte de fora. @ FUNDAMENTOS DE REFRIGERACAO E CLIMATIZAGAQ Um sistema de isolamento térmico, ou isolagao térmica, é um sistema composto por materiais que conduzem pouco calor. Em geral, é necessérro utilizar materiais diferentes para se obter um bom isolamento térmico, pois dificilmente um material consegue impedir bem a troca de calor de todas as maneiras aqui descritas. Um bom exemplo disso sio as garrafas térmicas, que sao compostas de um recipiente feito de superficie espelhada onde fica o liquido cuja temperatura se deseja preservar. Essa superficie é responsavel \¢40 ea parte da garrafa com vacuo em volta, é responsavel pelo pela parte de isolamento de calor por ra isolamento por conducdo e convec¢ao. Vistos a temperatura e o calor, a ultima propriedade importante que vocé conhecerd é a pressio. 2.7 PRESSAO A ptessio & definida como uma forga exercida por uma unidade de area e a equagao para descobrir a distribuicao média da forca aplicada sobre uma determinada drea é expressa na seguinte formula (DOSSAT, 2007). ‘As unidades de medida mais comuns para pressao so as indicadas na tabela a seguir. atm si mmHg kPa bar kaflem2 09684 142 73598 980665098 atm 1 147 760 worg2 10133 oven psi 9.068 1 51,68 68943 0.0689 DE mmiig 0001300193 1 01329000133, kPa 00099 0,145 752 1 001 bar 0.9869 14575044 100 1 Tels Conersode ungade de presto Foote adaptado de Sve 2005 Oost (207: imetio 2012) Presséo atmosférica é a forca exercida pela camada de moléculas de ar sobre a superficie terrestre e pode variar de um lugar para outro, dependendo das condigées meteorolégicas (umidade e densidade do an), assim como modificagao de altitude. A presséo atmosférica ao nivel do mar é de 1 atm (DOSSAT, 2007). 2.7.1 PRESSAO RELATIVA (MANOMETRICA), ABSOLUTA E VACUO A pressao relativa é determinada tomando como referéncia a presséo atmosférica existente no préprio local. Se um manémetro, utilizado para medir pressées for ajustado para medir pressdo zero quando exposto somente a pressio atmosférica, qualquer presséo medida a partir dai é manométrica (SILVA, 2003). A pressao absoluta é 0 resultado medido em relagio ao vacuo absoluto somado a pressao relativa e 3 pressao atmosférica (SILVA, 2003). 2 CONCEITOS BASICOS EM REFRIGERAGAO B Sempre, ao medir a pressao absoluta, esta deve ser identificada de forma diferente da pressao relativa. Caso nao se tenha esta informagao, ela deve ser considerada como pressao relativa. Exempl (3 kgf/cm? ABS) logo, este valor refere-se 8 pressao absoluta. {4 kgf/cm’) logo, este valor refere-se a pressdo relativa. 2.7.2 INSTRUMENTOS DE MEDIGAO DE PRESSAO Para registrar ou atuar sobre diferentes nivels de pressao existem diversos tipos de instrumentos, sendo que o mais utilizado é o manémetro. Ele serve para medir a pressao relativa de algum fluido contido em Circuito fechado, de forma a auxiliar na indicagao e monitoramento da pressio do proceso. Na érea da refrigeragao, o manémetro mais utilizado é 0 do tipo Bourdon, que pode ser visto na figura seguinte. ay Figura 1- Wanémetio de Bourdon ont Tineteck 2015) Neste equipamento, o fluido sob pressdo entra pelo orificio da haste do tubo de Bourdon, que é for- mado por um tubo curvo ligado a um par engrenado, sendo que uma das engrenagens tem um ponteiro indicador. Conforme a presséo aumenta, esse tubo se dilata, de maneira semelhante a uma lingua de so- gra (brinquedo de festas infantis). Quando inflada, aciona as engrenagens, ¢ assim, movimenta 0 ponteito proporcionalmente a pressao aplicada. A faixa de valores que esse equipamento consegue indicar chama- -se intervalo de medicao (DOSSAT, 2007; INMETRO, 2012). Também existem manémetros digitais que utilizam pardmetros elétricos para determinar a pressio de um duto, como por exemplo, a deformacio sofrida por ele sob pressdo. Ainda, usa-se manémetro em tubos graduados, sendo esses consideravelmente mais simples (FIGLIOLA; BEASLEY, 2000). @ FUNDAMENTOS DE REFRIGERACAO E CLIMATIZAGAQ No ramo da refrigeracio, é muito comum também o.uso de um instrumento chamado conjunto manifold para medigio de pressdo. Ele é constituido por dois manémetros, sendo um para baixa pressio e o outro para alta ptessdo, interligados por um barrilete, o qual tem registros para cada um dos lados (SILVA, 2003). Observe um conjunto manifold na figura que segue Fane: Banco de magens SENAISC ~StoJstPanag (2015) 2.7.3 VACUO Oconceito de vcuo refere-se & auséncia de matéria em um determinado espaco. Quando se aplica este conceito na refrigeracao, significa que um sistema est com uma pressio negativa, ou seja, a pressdo esté inferior & presso relativa atmosférica. Para medir presses menores que a presséo atmosférica, utiliza-se um medidor chamado vacuémetro (FIGLIOLA; BEASLEY, 2000). Um instrumento desse tipo pode ser visto na figura a seguir. Figua 3 Vacutmeno Fonte Banco de imagers SENAISC S30 xPahog (2015 2 CONCEITOS BASICOS EM REFRIGERAGAO { 29) Apresentados os conceitos de temperatura e pressao, ainda é necessério que vocé conhega a definicéo de saturagio. 2.7.4 TEMPERATURA E PRESSAO DE SATURAGAO Saturagao € 2 condicao limite em que um fluido refrigerante, que esta em um a determinada pressao, por exemplo, a pressio atmosférica, ao ser resfriado comega a condensar-se e ao ser aquecido, todo ele ficaré no estado de vapor, sem nenhuma fase liquida (STOECKER; JONES, 1985; STOECKER; SAIZ JABARDO, 2002). Voce precisa conhecer esse conceito porque, como verd no capitulo seguinte, em algumas partes dos sistemas de refrigeracao e climatizagao é muito importante, para sua eficiéncia e integridade, que o fluido tefrigerante esteja somente na fase de vapor. Cada fluido refrigerante tem pressées e temperaturas de transicao préprias e que sao correlacionadas. Para saber quais sao as caracteristicas do fluido com que vocé trabalha, é necessério utilizar uma tabela de saturacdo propria desse fluido. A seguir, pode ser vista uma tabela de saturagao para o fluido R-22. Ene a rT 7 Ay ey q corey [oe cee Mes) 40 205;7 3856 og249 1049 07093 1554 2332 18251 39 1099 7108 1970 1565 2326 389,1 os2se 18227 38 1150 7123 1888 1575 2320 3895 09339 1.8205 37 1204 07138 1809 1586 2A 3900 ogses 1.8182 36 1259 07153 1735 1597 2208 3904 0ga23 1.8160 35 1316 07168 1664 1607 2302 3909 og74 18138 4 1376 o71e3 1597 16818 2295 3194 oasi9 18117 3 1437 07198 1533 1629 2289 3018 oases 18085 2 150, o7214 1472 1640 2283 3923 acs 18074 3 1566 07229 1a 165, 276 3927 og6ss 18054 30 1634 07245 1358 166, 270 3931 08698 18033 2 1704 07261 1306 1672 2264 3936 og7a2 18013 2B Wad 7277 1256 1683 257 3940 0878617993 a 1852 07298 1208 1694 254 3945 03831 17973 6 129 07309 1162 1705 2244 3949 0ge7s 17954 er 2008 07325 ag 16 237 3953 ogi 17934 24 2092 07342 1077 waz 2A 3958 096s 17915 2B 2176 07358 1037 1738 228 3962 0900717897 2 2264 07375 9993 1749 air 3966 09051 17878 2 2354 07392 9631 1760 210 3970 0909s 17860, 20 may 0.7409 84 wm 2203 3975 ogi3s 17842 @ FUNDAMENTOS DE REFRIGERAGAO E CLIMATIZACAO rl ry Ay a cal core us [Cnens 07426 1783 2196 91g 1,7824 8 2642 07443 a 1794 2189 3983 09226 1,7806 7 2144 07461 8332 1805 2182 3987 0.9269 1.7789 16 2048 07478 80,1 1816 2075 399.1 0933 W777 a5 2956 07496 7782 1827 2168 3995 0935617754 44 3067 7514 7496 1839 2161 4000 os400 17737 43 318) 07532 7240 1850 2153 004 ose9 671 2 3298 07550 6995 1861 2146 4008 ges 17704 a 3a18 07569 6760 1873 2139 4012 0952917688 210 3542 07587 6534 1884 2131 4016 0957317671 9 3669 07606 6317 1896 2128 4020 09616 17655 8 3799 07625 109 1907 26. 4023 sso 17640 Fl 3933 0764 = 59,10 1919 2109 4027 09701 17624 6 40741 07663 5718 1930 2108 4031 os74 17608 5 a2 07683 5534 1942 2093 4035, og7s7 17593 “4 4357, 07703 5357 1953 2085 4039) 0983017578 3 4506 ovr 51,86 1965 2078 4043, 987217563 2 4658 77s 5023 1977 2070 4046 91s 17548 4 4814 07763 4865 1988 206.2 4050 0995817533 Tabela Satwagio do R22 Forte: adapado de Steck az obardo 2002) Com a tabela, é possivel saber, por exemplo, que 0 R-22 na temperatura de -10°C na saturagao esté em uma pressao de 354,2 kPa, © CASOS E RELATOS OVALOR DO CONHECIMENTO Wellington era 0 tinico funcionério de uma empresa de refrigeracao de pequeno porte, onde se prestava assisténcia técnica em equipamentos dos tipos freezers e refrigeradores. Ele ndo tinha muito conhecimento técnico para realizar as manutengdes e operacdes necessérias, a pouca habilidade que adquiriu foi por repeticao ou tentativa, aprendizado herdado do dono da assisténcia zemncarasescosenrernccucio EB Como se sabe, a evolucao dos eletrodomésticos tem trazido cada vez mais inovacées como, por exemplo, diferentes tipos de fluidos refrigerantes com pressées e temperaturas de operacdes diversificadas. Observando essa realidade, Wellington percebeu que estava muito defasado em relagao aos profissionais do mercado. Isso estava se refletindo na empresa em que trabalhava e 0 negécio estava indo de mal a Muitos atendimentos nao puderam ser realizados e cada cliente perdido era mais prejuizo. Algo precisava ser feito, Wellington, entao, percebeu a importancia de se obter mais conhecimento e se inscreveu em diversos cursos da drea visando qualificar-se, atualizar-se e estar preparado para atender as novas exigéncias do ramo. Agiu acertadamente e logo obteve os resultados esperados. RECAPITULANDO Neste capitulo, em virtude da importancia dos principais temas conceituais informativos da refrigeragao, vocé aprendeu os fundamentos sobre temperatura, calor, pressao e 0 conceito de conforto térmico. Com esses principios, vocé esté capacitado e distinguir as escalas termométricas ¢ o procedimento para converter as unidades de pressio e entender os tipos de energia térmica eas suas correlac6es, informacdes que foram baseadas nos principais sistemas de medida. Eessencial o entendimento dos temas até aqui abordados, pois eles sao a base para a compreenséo dos contetidos seguintes, sendo indispensdveis na continuidade dos seus estudos, como também, do meio profissional da érea em questo. oO” Vocé conhece os componentes do seu refrigerador? E do seu ar-condicionado? Esses equipamentos so alguns dos tipos de sistemas de refrigeracdo que existem no mundo. Mas existem ainda muitos outros, inclusive funcionando com principios diferentes. Neste capitulo, vocé terd a oportunidade de conhecer trés diferentes tipos construtivos de sistemas de refrigeracio: refrigeracdo termoelétrica, refrigeracao por compressdo de vapor e tefrigeracao por absorgao, Contudo, seré dada énfase aos sistemas que trabalham com compressao de vapor, pois 880 05 mais comuns para climatizagio e refrigeragao residencial. Isso possibilitara a vocé, identificar caracteristicas intrinsecas do seu funcionamento e manutengéo, evitando assim, que a variabilidade dos equipamentos possa surpreender. Seréo demonstrados 0 emprego e 0 posicionamento dos elementos necessérios para 0 funcionamento dos sistemas, abordando a sua fungao para cada caso, Ao final deste capitulo, vocé estaré apto a: a) identificar os diferentes tipos de sistemas aplicados em refrigeracao e climatizacao resi- dencial e seus componentes mecénicos; b) identificar fluxogramas de sistemas de refrigeracao residenci ©) identificar a sequéncia de funcionamento de sistemas de refrigeragao e climatizagéo residencial; d) identificar fluidos refrigerantes dos sistemas de refrigeracao ¢ climatizagao residencial; ) selecionar fluidos refrigerantes compativeis com dleos lubrificantes utilizados em diferentes sistemas de climatizagio; f) ter consciéncia com relagao a importancia ambiental. @ FUNDAMENTOS DE REFRIGERACAO E CLIMATIZAGAQ 3.1 REFRIGERAGAO TERMOELETRICA A esséncia de um equipamento de refrigeragéo que funciona por efeito termoelétrico consiste em dois fios de materiais diferentes que estao interligados, de acordo com a figura seguinte. Ligando uma fonte elétrica, como mostra a figura, gera-se, em uma das unides dos fios, uma juncao quente e na outra, uma jungao fria, De fato, ambas podem ser utilizadas dependendo do objetivo: esfriar ou esquentar. Esse fenémeno chama-se Efeito Peltier, ¢ 0 transdutor que funciona a partir desse principio é chamado apenas de Peltier. Junge ‘i Material Material Jungao quente Fonte do Autor 2015 Equipamentos que funcionam por esse principio nao costumam ter uma eficiéncia energética razodvel se comparados com os outros principios de refrigeragio, mas bastante usado em equipamentos de pequeno porte, como bebedouros, adegas climatizadas, frigobares e chopeiras. Depois de conhecer esse importante principio, voce estudard sobre refrigeragao por absorcéo. Prossiga com o estudo! 3.2 REFRIGERACAO POR ABSORCAO Esse processo de refrigeragio pode atender desde sistemas de refrigeracao residencial até sistemas de grande porte industrial. Sua utilizagao passou por altos e baixos, porém, devido ao aumento do uso de energias renovaveis e da demanda por sistemas mais eficientes, sua utilizacao tem sido mais frequente, em especial em locais que j4 dispdem de uma fonte de calor. A seguir, serdo descritos seus principais ‘componentes e forma de funcionamento (COSTA, 1982). 3 CICLOS DE REFRIGERAGAO E SEUS COMPONENTES BS Um exemplo de sistema que utiliza esse principio pode ser visto na figura "Circuito de refrigeracao por absorgio", sendo comumente chamado de sistema de absorcao continua. Tudo se inicia com a presenga de uma fonte de calor, cuja funcéo € comprimir e esquentar o fluido refrigerante. Essa fonte pode ser qualquer dispositivo que gere calor, como uma cald aménia tem sua temperatura e pressao elevadas, o que resulta na sua movimentacdo, juntamente com ou um forno. Nesse local, uma solugao aquosa de vapor de aménia, até o separador, onde este ultimo se separa totalmente da solucao devido a diferenga de densidade e & alta temperatura, retornando 0 liquido para o absorvedor e destinando a aménia a condensador. Ao passar pelo condensador, ela perde calor, baixando sua temperatura, e depois baixa sua pressio ao passar por um dispositivo de expanséo, mudando do estado gasoso para o liquido. Em todo o ambiente do evaporador e do absorvedor, hd vapor de hidrogénio que induz a aménia a absorver calor do meio que se deseja resfriar. Entéo, o restante de aménia liquida e a mistura entre vapor de aménia e de hidrogenio vio para 0 absorvedor, e depois, a um tanque que contém uma solugso aquosa de aménia, © hidrogénio nao se mistura na agua, ficando livre para preencher o ambiente, voltando inclusive para 0 evaporador. 0 tanque tem comunicagao com a fonte de calor, de forma que a solucao é para lé direcionada, permitindo que o ciclo se reinicie (COSTA, 1982). Condensador Evaporador Separador Absorvedor Tengue Figura 5- cucu de etigerarso por absorgao Fonte do htr 20151 Para que acontega o funcionamento e promocao do ciclo de refrigeracao com os demais elementos & preciso ter uma fonte de calor, podendo ser através de circulagio de agua quente, resisténcia elétrica, caldeira, aquecimento com chama ou qualquer outra que possa aquecer. O que faz com que esse tipo de sistema de refrigeracéo tenha um apelo ecolégico é justamente 0 fato de poder utilizar 0 calor de uma fonte que, em primeiro momento, ndo seria utilizada para iniciar 0 ciclo térmico. Dessa forma, gera-se um ambiente frio com uma energia que estaria sendo jogada fora (COSTA, 1982). Na secdo seguinte, vocé poderé verificar as semelhancas entre o ciclo descrito agora € 0 ciclo por compressio de vapor. © eworosoeneeewsior amma 3.3 REFRIGERACAO POR COMPRESSAO A VAPOR © funcionamento deste sistema depende da compresséo de um fluido gasoso que seré o meio condutor de energia, passando por transformacées de estado, bem como, por mudancas na pressao ena temperatura, de modo a manter um ambiente resfriado. Esse ciclo funciona através da movimentacao de um fluido que percorre quatro elementos principais, sendo eles: 0 compressor, o condensador, o dispositive de expansio ¢ o evaporador. A esse conjunto de equipamentos, vio sendo somados outros elementos, variando de acordo com o projeto da instalacao, conforme a finalidade e o objetivo. A seguir, sera apresentado um exemplo de ciclo, sendo complementado com a figura “Exemplo de Circuito de refrigeracao" Esses elementos principais so encontrados, na figura em destaque, na cor laranja. Quando acionado 0 compressor, o fluido refrigerante & enviado em alta presséo e temperatura no estado de vapor superaquecido ao separador de éleo, que se destina a separar 0 fluido do éleo lubrificante. Este, por sua vez, éutilizado para garantir o bom funcionamento dos equipamentos mecdnicos envolvidos no ciclo. Antes, ele passa por um silenciador, que reduz o ruido devido & operacao do compressor. lubrificante que foi separado retorna ao compressor pelo emprego de uma bomba que controla o nivel de 4leo. O fluido refrigerante e a outra parte da separacao, segue para o condensador. Conforme estudado, © fluido, passando pelo condensador, cede calor ao ambiente externo para reduzir sua temperatura, chegando a mudar de fase para o estado liquido, entrando em um tanque onde ¢ possivel compensar algum volume excedente de refrigeracao no sistema. Entao, 0 fluido sai do tanque e passa por uma valvula de bloqueio, que é fechada em ocasides onde seja necessaria a manutencdo do sistema. Na sequéncia, 0 fluido passa pelo filtro secador, que retém alguma particula sélida e/ou umidade, e na sequéncia, entra no visor de liquido, permitindo a andlise da fase do fluido refrigerante. Posteriormente, segue para a vélvula de expansio, onde sua pressao é reduzida, passando antes no filtro capilar, que retém particulas que possam entupir o vaso fino desse elemento. No evaporador,o fluide absorve energia do ambiente, ao qual interessa ser refrigerado. Em seguida, ele passa no acumulador de succdo, cuja funcdo é separar a fase liquida da fase de vapor do fluido, permitindo somente a passagem do vapor. Por fim, 0 filtro de succao serve para impedir que alguma sujeira retorne ao compressor. J4 0 pressostato de alta e baixa e a vélvula de bloqueio interrompem o fluxo, caso ocorra algum defeito por falta ou excesso de pressdo no funcionamento do conjunto. 0 ciclo, entao, é reiniciado (COSTA, 1982; MILLER; MILLER, 2014; SILVA, 2013). 3 CICLOS DE REFRIGERAGAO E SEUS COMPONENTES B Observe, a seguir, a figura jé mencionada. Tanquede quid Contender vee 1 trpendr costae Siercsdor gu ‘epandore Hunueder—prssosato deseo Yecine ve de Ftd ho ede eo compressor pura 6- Exemplo de creuto de ehigeacao Fonte-do Autor 2015) ‘Um equipamento que funciona com refrigeragéo por compressio a vapor pode ser utilizado no modo reverso, caracterizando uma bomba de calor ou apenas uma inverséo de ciclo em um condicionador. Isso acontece através da atuacao em uma vélvula de quatro vias, que é responsavel pela alteracao do fluxo do fluido no evaporador e no condensador, esquentando o ambiente em que est o primeiro e esfriando o que esté em segundo (COSTA, 1982; MILLER; MILLER, 2014; SILVA, 2013). 0 A seguir, vocé estudard os tipos de compressores. @ FUNDAMENTOS DE REFRIGERACAO E CLIMATIZAGAQ 3.4 COMPRESSORES ‘Como vocé ja sabe, o compressor é um elemento importante dentro dos sistemas de refrigeracao por compressao de vapor. a parte responsével pelo fluxo de fluido refrigerante no sistema, permitindo, dessa forma, que ele remova energia térmica do ambiente desejado (DOSSAT, 2007; MILLER; MILLER, 2014). ‘© compressor é selecionado para um circuito de refrigeracdo com base nos requisitos do local a ser refrigerado, podendo variar seu tipo construtivo de acordo com as temperaturas envolvidas, a poténcia requerida, 0 fluido refrigerante e o dleo lubrificante utilizados, e ainda, com questées relacionadas ao local de instalagdo. Dessa forma, os compressores sao divididos quanto disposi¢ao do motor. Observe o quadro ‘a seguir (DOSSAT, 2007; MILLER; MILLER, 2014) PUM ‘Tem suas partes mecanicase elétricas dentro de uma carcaga soldadba. Para realizar manutengbes,é necessériaaremogso da, solda ou o corte da carcara,o que, em gera.levad substtuigao {da pera por intero em refrigeradores, por exemplo.€ bastante ‘compacto, ideal para apicacbes residencias. ‘Tem partes mecanicase eéticas associadas, mas permite al: ‘gum acesso para manutencéo, Devido, especialmente, 20 seu tamanho, é mals usado em aplicacées de maior porte. Permite acesso a0 motor, faciitando manutengdes, A trans- _missdo de poténca costuma ocorrer por elementos de miqui- ‘has come correlas. Mais comum em rerigeragSo industrial (uns 8-classbeart de compressors quanto a depos de motor Fonte adotada de Dost (2007) Miler Miler 2018) Thnktock 2019) 3 CICLOS DE REFRIGERAGAO E SEUS COMPONENTES SB Os compressores so ainda classificados conforme a forma de acionamento mecanico, como mostra no quadro a seguir (DOSSAT, 2007; MILLER; MILLER, 2014). SUIT) ‘Omovimentoalterativo do pistiosuccionae comorime oflido. um dos mas utlizados, pols de sefabrcado com as disposigbeshermética, semi-herméticae aberta,com um ou mais pistes para compress, ~ _ B08 Funciona pela rotacio excéntrica de um clindra dentro de uma cimara Tem excelente eficiéncia, ‘mas atende no maximo 3TR. Assim, émais usado em equipamentos de dimatizagio. Ze oe C1034 Duas peas em forma de caracol, uma fixa e outra mével so encaixadas. Amével rotaciona de _maneiraa conduziro fluid paraa descarga no centro da parte fix, em alta temperatura e pressio. ‘Sua principal aplicagdo & para sistemas de climatizacio de pequeno a médlo porte com capacidades até 30HP Possul ata eficéncia, Scrol(caraco) @ FUNDAMENTOS DE REFRIGERACAO E CLIMATIZAGAQ Existem diferentes disposes, Dos parafusos acoplados com uma pequena folgagiram, suc ionando 0 fuido eo comprimindo atéa descarga. € muito efciente por ter poucas peas méveis. ‘Atende capacidades de 20 R até 750 TR. Diferentemente dos outros tipos, permite grandes volumes de fuido na fase iquida dentro do compressor. ~ @OGS cutee Usage 3 ‘Arotagto aplcads 20 fluidona succio faz com que ele seja drecionado a cavidades menores, au- ‘mentando sua pressio. £m aplicagbes de grande porte, pode chegar a-100°C erm maltiplosestigios, ‘com capacidade de 1007Ra 100007R. Centrifuge 9 Counce 9-casncagie dos compresses quanto oma de adanamento meine Fonte adapada de Brown (2005 Conta (921 Doren 2007 Miler Mle 2074) AS) © compressor é uma das pecas principais de um sistema de refrigeragdo por condensacdo de vapor, mas no é 0 tinico. O condensador é vital e o porque, serd visto na seco seguinte. 3.5 CONDENSADORES: Eoelemento do ciclo de refrigeragao responsavel por diminuir a temperatura do fluido refrigerante logo apésa sua saida do compressor. Essa mudanga de temperatura ¢ feita pela troca de calor com um ambiente externo que esté a uma temperatura inferior & do fluido, nessa etapa do processo (MILLER; MILLER, 2014; SILVA, 2013). 3 CICLOS DE REFRIGERAGAO E SEUS COMPONENTES oD Cada aplicagao de um sistema de refrigeragao vai precisar de um determinado condensador, com caracteristicas convenientes para a situa¢o. Inclusive fatores como o clima do local de instalagdo podem levar & mudangas na escolha desse elemento (MILLER; MILLER, 2014; SILVA, 2073). Os condensadores podem ser resfriados a ar por convec¢o natural ou por conveccéo forcada, No quadro que segue, so mostrados os tipos de condensadores resfriados a ar. RE um dos tipos de condensadores mais apicados em sistemas de refigeragio residenclal e comercial de pequeno porte. Nele, 0 ‘ido escoa pelo tubo em um sentido, trocandocalorcom oambi- int i mi | ) ete extero, diminuindo sua temperatura. Costuma ter um feixe au} de aramesclindticos soldados sobre os tubos que ajudam na dis sipacio de calor. Ree Funciona de forma parecida com o anterior, mas a conveccio é forgada por um ventlador, aumentando a eficiéincia da traca de «alo. Pode seraplicado em sistemas derefrigeragio e climatizagSo residencial, comercial e industrial com potncias de 0 TRaté mais ‘50077, Usualmente, a montagem precisa ser em ambientes exter nos ebem arefados, longe de fontes de calor, para que haja grande ‘apacidade de troca térmica, La ‘aso 10-Condensadorestesfados 221 Fonte-adaptadade ere Mier 2014) 5232013} Tinsktock 2015) Outro componente de grande importancia 60 dispositivo de expansio, que vocé estudaré na sequéncia. 3.6 DISPOSITIVOS DE EXPANSAO A fungao destes dispositivos é regular a pressio, garantindo que no condensador seja alta e no evaporador, baixa, o que é muito importante para assegurara eficiéncia do sistema. Ofluido no evaporador, com a temperatura e pressio de acordo com o especificado pelo projeto, € essencial para conseguir remover a quantidade de energia prevista (COSTA, 1982; DOSSAT, 2007; MILLER; MILLER, 2014; SILVA, 2013). No quadro a seguir, si0 mostrados os dispositivos mais comuns. @ FUNDAMENTOS DE REFRIGERAGAO E CLIMATIZACAO Pees Controlaa vazio de fuido no evaporador, ‘monitorando a temperatura de saida desse fuido através de um circuito eletronico que abre e fecha entrada. um dos dispostivos mais eficientes. ieearearna Chien! CO tubo capilarreduz a pressio através da dh rminuigio da seco transversal do tubo por onde 225520 fuidorefrigerante.E odispositivo mais ‘empregado em sistemas residencaisefacimente utiizvelem ciclo reversoJéo dispositiv tipo pistdo tem funclonamento similar ao tubo capilar, sendo usado costumeiramente em equipamento de clmatizagio spit até 10 KW. uacio 11 -Dispstvosdeexpansso Fonte adaptado de Costa (19821 Miler eile (204); Iva 2013) Conheca, agora, 0 ultimo equipamento basico que compée os sistemas de refrigeracao por compressio de vapor: os evaporadores. 3.7 EVAPORADORES Esse é um dos elementos mais importantes de um ciclo de refrigeracao, pois é responsavel pela remocao de calor do ambiente em que se deseja controlar a temperatura. £ essencial que seja dimensionado coerentemente com os outros componentes, de forma a garantir a troca de calor eficiente, vaporizando todo 0 fluido até a sua saida (COSTA, 1982; MILLER; MILLER, 2014; SILVA, 2013), Observe os diferentes modelos de evaporadores no quadro que segue. sos een ees commons BY BUEN ‘Consiste em duas chapas de alumni prensadas com canals, lnternos de crculagso do ido. Comum em refigeradores efeezers, Beene eed ardo ambiente a ser refigerado 6 ventilado através do ‘evaporador. 0 mais usado em sistemas de refigeracioe clmatzagio. ‘cua 12-tvaporadores Fonte adetade Corts 1821; Moe Mile (204 Sv 203) Considerando esses quatro componentes, existem outros que nao so vitais para o funcionamento do sistema, mas so titeis para melhoré-lo. Alguns deles serdo vistos a seguir. 3.8 OUTROS ELEMENTOS DE SISTEMAS DE REFRIGERAGAO Conforme estudado nos principios de funcionamento de sistemas de refrigeracao, comumente € necessério adicionar mais elementos nos circuitos de refrigeragao para melhorar a eficiéncia e garantir que o sistema funcione bem, sem ficar defeituoso ou com frequéncia incémoda. 0 funcionamento do conjunto nao depende diretamente da presenca dos equipamentos descritos no quadro a seguir, contudo, eles sao importantes para proteger os componentes vitais durante a operacao (COSTA, 1982; MILLER; MILLER, 2014; SILVA, 2013). Acompanhe. 0 FUNDAMENTOS DE REFRIGERACAO E CLIMATIZAGAQ toa Evitaroretorno do fluido refrigerante,na fase iquida, para o compressor. ‘Acumulador de sucgio a ‘Mais comum em sistemas de médio porte g Reter particulas que possam chegar 20 tubo capil, Fir capilar Bastante utilizado em sistemas de refrigeragdo de pequeno porte. Reter particulasslidas antes da entrada do fuido no compressor. [Absorver residuos do fluid antigo apés Fitro de suecio troca do mesmo, ‘Absorver umidade. Reter componentes dcidos rsultantes da ‘queima do compressor. Reter particulassélidas e umidade que Fito secante possam atrapalhar a expansio do sistema Protege o circuito de pressbes fora do Fr Pressostato as a especificado, sons oeremcecia ses conroreres, By eee Pressostato de dleo. a g —————— i ee Resistencia de cérter anaes = Os see verte dae Ay pret) Permit 0 fuxo, de acordo com avariag3o de pressio ou temperatura, Valvula Bypass Go FUNDAMENTOS DE REFRIGERACAO E CLIMATIZAGAQ Vlvula de fechamento Inmpedit fuxo Permit fuxo do ido refrigerate apenas em um nico sentido. Valvula deretengio ‘Acionaro ciclo reverso em aparelhos de imatizaglo de cielos fro e quente. Descongelara serpentina de refrigera- dores em processos de degelo. Valvula de reversio Protegero sistema contra elevagio exces- Valvala de seguranga, siva de pressio, que lberaialuido para atmosfera. pres era 5) Bogen om pose da i Vlad serico mpmseaearca hi media pressao nos bos 3 CICLOS DE REFRIGERAGAO E SEUS COMPONENTES BD Valvulareguladora de pressio Regular apressio do sistema i VValvulasolenoide Inmpedirfuxo, com atuagio eetronica, a ‘Analisaro estado fisico do fuido, seh vazio ese umidade, ‘Visor de liquide ‘auncro 13-FqupamentosComplementaes de Sstemas de Refiger30 Forte adoptada de Miler Miler (214SEAAUSC - So JxtPanors (2015) Wks 2015; Cafes 2015; bse (2015; Climate (2015); Thinkstock 2015} Mabore (ois) 0 E importante notar que quando ocorre vazamento de fl 6leo do compressor. Assim, é necessério repé-lo para que o pressostato de éleo nao seja acionado. ido refrigerante, vaza juntamente um pouco de ‘Além desses componentes, é necessario atentar para os fluidos que fazem, de fato, todos esses equipamentos cumprirem sua fungao. Sao eles: o fluido refrigerante eo dleo de lubrificagao. Primeiramente, vocé verd o fluido refrigerante. @G FUNDAMENTOS DE REFRIGERACAO E CLIMATIZAGAQ 3.9 FLUIDOS REFRIGERANTES Para atuar no mercado profissional da refrigeracéo, € muito importante ter conhecimento sobre os fluidos refrigerantes. Sao veiculos de troca térmica responsaveis pelo transito de energia do ambiente a ser refrigerado para o ambiente externo (COSTA, 1982; DOSSAT, 2007; MILLER; MILLER, 2014). 05 fluidos mais utilizados so os compostos de diéxido de carbono, de aménia, de didxido de enxofre, de cloreto de metila e de hidrocarbonetos. Pesquisas no mundo todo vém, no entanto, em busca de outros fluidos que sejam menos inflaméveis, téxicos, corrosivos, mais inertes quimicamente, inodoros e que agridam menos ao meio ambiente (COSTA, 1982; DOSSAT, 2007; MILLER; MILLER, 2014). Nao hé um fluido universal que retina todas as qualidades necessérias e funcione nos inumeros tipos € formatos de sistemas de reftigeracao existentes. Dessa forma, os fluidos refrigerantes sao divididos em varias classes, como voce estudard a seguir (COSTA, 1982; DOSSAT, 2007; MILLER; MILLER, 2014) 3.9.1 CLASSIFICAGAO E IDENTIFICAGAO DOS FLUIDOS REFRIGERANTES 5 fluidos refrigerantes sao classificados em prima 2014). 's e secundirios (DOSSAT, 2007; MILLER; MILLER, a) Primérios: sao os que mudam de fase no ciclo de refrigeragao. b) Secundérios: sao os que no mudam, sendo usados como um fluido intermediario, geralmente em sistemas de refrigeracao industriais e comerciais. ‘A nomenclatura utilizada para identificé-los segue no exemplo mostrado no quadro (DOSSAT, 2007; MILLER; MILLER, 2014). PE eed YOK RY 2000 ¢ relacionado & composi¢io quimica dos componentes dogs _YYY 6relacionado a origem dos componentes do gis CFC Clore, fidorecarbono. Causa danos’ camadadeozénio. 00 Detivados de metano icre MitoaérioclorAdorecatbona Menasdanosod emhadosde etano ‘camada de azénio que 0 CFC. Hidrogénia, fkiore carbone. Inofensive &camada de HEC nia 200 Derivados de propano HC Hidrogénio ecarbono.|nofensivo’ camadade oz6nio, 300 Derivados de butano 400 (Misturas no azeotrépicas! 500 Misturas azeotrépicas 600 CCompostos orginicos ‘uae 14-Regra gel para nomendatua de idesrefigeantes ‘Fonte: sdapado de Dost 20071 eile ler 2014) 1 Eamistura de dois ou mais elementos que ndo se combinam e que evaporam em temperaturase presses dstintas um do outro. sons oeremcecia ses conroeres, ‘Além do nome, muitos fluidos também podem ser identificados por cores na pintura externa do cilindro ‘em que esto contidos, podendo variar conforme o fabricante. Alguns exemplos do fabricante Dupont de fluidos refrigerantes podem ser vistos a seguir: ISCEON ISCEON z Rig4a 49 ool | RTI7 = Raia R038 j FHqua7- Kdeeagio de cores de fsdoregerantes Forte adaptado de sPort2013) 3.9.2 FLUIDOS REFRIGERANTES MAIS UTILIZADOS No quadro seguinte, vocé poder obter informagées sobre alguns dos fluidos refrigerantes mais usados nos ambitos doméstico, comercial e industrial. Grae [eres SS | conter Cloro. Ha restricbes de uso. conter Cloro. SLE ET ORS So SSO CS “ahs on a | can peer ae | Coxon a Retrofit para o CFC R-22. Usado em condicionadores de ar com Usado em condicionadores de ar automotivo, refrigeragao ‘apacidade inferior a STR. domestica, comercial e industrial ‘aco 15 -Fuldosrefigerantes muito utizados Fontradapade de Dost 2007) eile ler 2014) 2 Termo utlizado quando se faz a conversio de um sistema de refigerasio para uso de gases menos nocivos& natureza, © weworosoeneeewsior ammo 3.9.3 SEGURANCA NO MANUSEIO DE FLUIDOS REFRIGERANTES Existem quatro pontosimportantesna hora deavaliar se um fluido refrigerante é seguro paraserutilizado € manuseado: a toxicidade, 0 potencial carcinogenico, o potencial mutagénico e a inflamabilidade. Varios 6rgaos que estudam os efeitos de fluidos no ser humano tém recomendacées a respeito de niveis maximos desses parametros, porém, nem sempre eles sdo iguais. Um exemplo de classificaao é o da norma ASHRAE 34-92, que diferencia os fluidos em numeros e letras (DOSSAT; 2004; STOECKER; SAIZ JABARDO, 2002): a) A, ndo téxicos b)B, toxicos €) 1, pouco ou ndo inflamavel 4) 2, inflamabilidade média e) 3, inflamabilidade elevada Fluidos como 0 R-134a e 0 R-22, bastante utilizados, tém classificagao Al. Na sequéncia, vocé estudaré os éleos lubrificantes dos sistemas de refrigeragao. 3.10 LUBRIFICANTES DE SISTEMAS DE REFRIGERAGAO 0s lubrificantes em sistemas de refrigeracéo séo usados para garantir 0 bom funcionamento dos componentes mecénicos, em especial do compressor. Um item importante € que esses lubrificantes utilizados devem ser compativeis com o fluido refrigerante, tendo em vista que eles estardo em contato na ‘maior parte do tempo de trabalho (DOSSAT, 2007). As caracteristicas imprescindiveis para um éleo lubrificante de um sistema de refrigeracao podem ser vistas a seguir, observe (DOSSAT, 2007; MILLER; MILLER, 201 a) Viscosidade: é a resisténcia ao escoamento apresentada pelo lubrificante. A viscosidade correta importante para que ele entre em todos os locais que precisem ser lubrificados. b) Lubricidade: se refere a capacidade de proteger as superficies metilicas do desgaste. ©) Estabilidade quimica: €a habilidade do lubrificante de manter suas propriedades ao longo do tempo de trabalho, evitando reagées quimicas que gerem produtos danosos ao sistema. d) Resisténcia dielétrica formagio de curto, especialmente em compressores herméticos. éa resisténcia que o lubrificante oferece ao fluxo de corrente elétrica, evitando e) Ponto de fluidez: refrigerante, Deve ser bem abaixo da menor temperatura alcancada pelo sistema no evaporador. é temperatura, abaixo da qual, 0 éleo impede significativamente o fluxo do fluido f) Miscibilidade: é a propriedade que define o intervalo de temperaturas em que hé separacao e mistu- ra do dleo com 0 fluido. 3 CICLOS DE REFRIGERAGAO E SEUS COMPONENTES Bb E importante sempre consultar manuais, sites do fabricante do fluido ou entrar em contato por telefone para saber sobre a compatibilidade de éleos lubrificantes com esse fluido, em especial, porque essa é uma caracteristica que pode variar significativamente de fabricante para fabricante. Nao se recomenda a mistura de fluidos dentro de um sistema de refrigeracao ou no cilindro. Mesmo que sejam compativeis com o lubrificante, propriedades distintas entre eles, podem causar problemas graves ao funcionamento do sistema. Outra recomendagao relevante € que, quando a parte elétrica de um compressor queima, nao basta apenas realizar a troca desse elemento. € necessério, primeiramente, realizar uma limpeza interna de todo © sistema para eliminar resquicios do dleo contaminado para nao prejudicar o funcionamento do novo componente. CASOS E RELATOS Protegao do sistema Mateus, técnico em refrigeracao formado pelo SENA\, foi chamado para consertar um sistema de refrigerago que nao estava alcangando a temperatura desejada. Primeiramente, ele fez uma inspecao visual, seguindo uma ordem no seu checklist. Em seguida, verificou a tensao elétrica em alguns dos ‘© equipamento. A maioria dos componentes foi acionada, exceto o compressor, assim ele decidiu \cipais pontos do sistema, constatando que estava tudo normal. Tentou, entao, ligar verificar se alguma protecao havia sido desarmada, encontrando um problema no pressostato de pressio baixa, Rearmou-o, contudo, o mesmo foi novamente desarmardo por uma répida queda de pressao. Assim, Mateus concluiu que havia vazamento de fluido refrigerante. Para solucionar esse problema, era necessério localizar 0 ponto de vazamento e promover a estanqueidade, inserindo em seguida, uma nova carga de fluido e, por fim, executando testes para assegurar 0 perfeito funcionamento. E assim ele fez, corrigindo 0 revés. @ FUNDAMENTOS DE REFRIGERAGAO E CLIMATIZACAO @ RECAPITULANDO Voce chegou ao fim de mais um capitulo. Nele, foram estudados os tipos construtivos de sistemas de refrigeracSo, focando no sistema de refrigeracao por compressao a vapor; conheceu também seu funcionamento e componentes. Vocé agora é capaz de analisar um circuito desse tipo, identificar suas partes ¢ entender 0 modo de operacao de cada elemento presente no sistema, Também estudou sobre fluidos refrigerantes e lubrificantes, elementos também essenciais para que o sistema de refrigeracao cumpra sua fungao. Agora, vocé poderé caracterizar um fluido de acordo com sua nomenclatura e saber 0 que fazer para relacioné-lo com o lubrificante certo no circuito. Nesse capitulo, vocé conhecerd 0 contetido técnico sobre tubulagées de circuitos de tefrigeragdo e sua unio com os componentes jé estudados no capitulo anterior, completando assim, 0s conhecimentos necessérios para vocé saber como os equipamentos de refrigeracao e climatizago funcionam. Questées acerca da importncia detrabalho em equipe serdo tratadas como parte integrante e muito importante da realizagao dos trabalhos na instalagao desses aparelhos. Paraqueum profissionalqualificadonaareaderefrigeragéoconsigacrescer profissionalmente € desenvolver suas atividades no mercado de trabalho, com excelncia, é necessério adotar certas posturas juntamente com as suas competéncias, pois essas agdes fazem parte do seu marketing pessoal, caracteristica muito avaliada pelas empresas atualmente. Ao final deste capitulo, vocé estaré apto a: a) identificar a sequéncia de funcionamento dos diferentes componentes da instalagao de sistemas de refrigeragao e climatizacao residencial; b)identificar instrumentos e ferramentas de sistemas de refrigeragéo e climatizagéo residencial; ©) utilizar alguns equipamentos, ferramentas e instrumentos necessérios & instalagio de sistemas de refrigeracdo e climatizagao residencial; d) identificar os tipos de varetas de brasagema serem utilizados nos sistemas derefrigeragio e climatizagao; e) identificar 0s tipos de juncao a serem utilizados nos sistemas de refrigeragio climatizacao; {) realizar a brasagem em sistemas de refrigeragio e climatizacao; 4g) montar sistemas de refrigeracao; h) utilizar equipamentos de protegio individual; i) trabalhar em equipe; 1) ter capacidade analitica; k) argumentar tecnicamente; @ FUNDAMENTOS DE REFRIGERACAO E CLIMATIZAGAQ 1) demonstrar capacidade de organizacao do proprio trabalho; m) demonstrar versatilidade, criatividade e ter capacidade de se relacionar em diversos niveis hierarqui- cos. 4.1 EQUIPAMENTOS DE SEGURANCA ‘Aseguranga do trabalho é o conjunto de medidas adotadas para prevere evitar acidentes que envolvam © trabalhador e as pessoas que esto a sua volta, preservando a integridade fisica e psicolégica dos ‘mesmos. Para tanto, além de uma série de medidas e praticas, é muito importante o uso de Equipamentos de Protegio Individual (EPIs) e Equipamentos de Protecao Coletiva (EPCs) (SEGURANGA, 2006). Cada area de trabalho possui suas caracteristicas préprias e formas de protecao que devem ser seguidas para evitar problemas. Obviamente, o mesmo acontece com a refrigeracao e a climatizagao. No Brasil, as normas que preveem disposigdes acerca da seguranga do trabalho séo chamadas normas regulamentadoras (NR), geridas pelo Ministério do Trabalho (SEGURANGA, 2006). ‘A NR 6, norma responsdvel pela descricéo de EPls, lista os equipamentos necessdrios para cada atividade de uma maneira genérica. Para profissionais do ramo de refrigeracao, é importante atentar para cada uma das atividades desempenhadas e, com base na norma, utilizar 0s equipamentos corretos, de modo a salvaguardar sua satide e integridade. Vale lembrar que, por mais que seja de responsabilidade do empregador cobrar 0 uso de EPls pelos seus funcionarios, o trabalhador é o maior interessado em proteger sua satide contra fatores como a radiacao emitida pela brasagem de tubos, a toxicidade dos gases refrigerantes e outros produtos quimicos. Deve-se, também, buscar a maxima seguranga com trabalhos em altura, no momento de instalar a maquina externa de um climatizador em um e por exemplo. Nunca se deve deixar de utilizar o EPI, mesmo que o servico seja rapido e simples. © menor descuido ¢ uma oportunidade para que ocorra um acidente (SEGURANCA, 2006). s Nesta seco, vocé estudou sobre os EPs, em especial, na instalagio de sistemas de refrigeracéo e climatizagao. A seguir, vocé saberd como é realizada a instalagdo de tubulacées. 4 CARACTERISTICAS BASICAS DE INSTALAGAO DE EQUIPAMENTOS DE REFRIGERAGAO BD 4.2 INSTALACAO DE TUBULACOES ‘A maioria dos tubos empregados em sistemas de refrigeracdo ¢ feito de cobre. Ha, porém, ocasiées em que, para diminuir os custos, utilizam-se tubos de ferro ou aluminio, dependendo do tipo de fluido e pressdo de trabalho (MILLER; MILLER, 2014). 5 tubos servem para conduzir o fluido refrigerante de um elemento a outro. Seus didmetros costumam depender de fatores como o comprimento, a poténcia do compressor, o numero de curvas que a tubulagao fard, 0 tipo de fluido refrigerante, a pressao e a vazdo. Essa dependéncia vem da necessidade de controlar a perda de carga, que é a diminuigéo da pressao no fluido conforme ele avanga na tubulacao, de loa perdas de energia por atrito e mudanca de direso do fluxo. Isso faz com que o compressor gaste mais energia para realizar 0 mesmo trabalho, perdendo eficiéncia (COSTA, 1982; INCROPERA et al, 2014). A variagao do diémetro dos tubos afeta a velocidade e, dessa forma, o atrito que age no conjunto. Os valores de velocidade do fluido no sistema so os seguintes (DOSSAT, 2007; MILLER; MILLER, 2014): a) velocidade maxima de 20 m/s, qualquer que seja a diresao do escoamento; b)velocidade inima de 2,5 m/s, em linhas horizontais; ©) velocidade minima em linhas verticais de 5,0 m/s. Para encontrar 0 comprimento equivalente de uma instalacao, 0 comprimento real € calculado considerando a quantidade de desnivel entre unidades e o numero de curvas, obtendo a correcao das distancias dos tubos de interligacao entre as unidades interna e externa (COSTA, 1982; MILLER, MILLER, 2014). 5 tubos de cobre sao encontrados em dois tipos: rigidos ¢ flexiveis. Os flexiveis costumam ser mais baratos e os rigidos, mais utilizados em instalagdes que exigem maior qualidade, tendo em vista sua caracteristica de maior espessura de parede (COSTA, 1982; DOSSAT, 2007). Atabela, a seguir, apresenta a conversio de didmetros comuns entre milimetro e polegada de tubos de cobre usados em sistemas de refrigeragao. PIE Polegadas, Milimeteos vs" 3175 we 635, sre 79375 38" 952 we 127 5/8 15875 we 19125 Tela 5 Converted polegadaemiletros pra dietoncomunsemrehigera$o Fontes adeptado de meio (2012) © weworoscenreewsiorammaia Uma recomendagao interessante é que, quando aumentados os didmetros dos tubos que interligam o sistema de refrigeracao, é necessario realizar uma carga adicional de fluido refrigerante e dleo lubrificante de acordo com o didmetro e 0 comprimento dos tubos na instalacio. 4.2.1 ISOLANTES TERMICOS © uso de materiais isolantes térmicos € essencial para garantir a eficiéncia do sistema, Basicamente, enrolam-se as partes da tubulagéo com o material escolhido, garantindo, assim, certo controle sobre as perdas de calor do fluido conforme ele avanga no sistema. A ideia é a mesma de usar um cobertor em dias frios: evitar a perda de calor (COSTA, 1982; INCROPERA et al,, 2014). Em sistemas de refrigeracdo, costuma-se utilizar materiais como isopor, la de vidro, poliuretano e polietileno como isolantes. A escolha de um desses considera fatores como o custo/beneficio, a praticidade nainstalagao ea flexibilidade. Suas dimensdes variam deacordo com otipo de fluido aplicadoe temperatura de trabalho e é recomendavel que o didmetro interno do isolante seja o mais préximo possivel do didmetro da propria tubulacao. De qualquer maneira, o uso ou nao, pode ser previsto em projeto ou analisando-se o préprio sistema, que indica a necessidade de utilizag3o de um isolante quando o liquido é condensado na superficie da tubulagao (COSTA, 1982; INCROPERA et al, 2014) Na figura seguinte, observe exernplos de materiais usados no setor de refrigeragao para isolar tubulacées de cobre, Figuaa- oars Fonts Banc de imagers SENAISC Sip Jx4Pahos (205) 4.2.2 PROCESSOS DE BRASAGEM A brasagem & um processo de unio de elementos de um sistema de refrigeracao ou de vedacao da tubulagdo desse sistema, Por meio da fuséo de um material de adicdo e do material dos elementos a serem unidos e usando uma chama proveniente da combustio de um gas chamado acetileno, tenciona-se garantira estanqueidade da jungao sem, contudo, causar qualquer tipo de entupimento ao fluxo de fluido refrigerante (MILLER; MILLER, 2014), 4 CARACTERISTICAS BASICAS DE INSTALAGAO DE EQUIPAMENTOS DE REFRIGERAGAO SB Para entender o processo de brasagem, é necessdrio conhecer um pouco mais sobre caracteristicas varidveis. Comumente, usa-se como fonte de calor para brasagem um conjunto de solda de oxigénio e acetileno. Ele € composto de dois cilindros de 1 m? cada, um contendo oxigénio e o outro, acetileno; reguladores de vazio de saida de gis, mangueiras, uma valvula de retengao, um macarico e um bico. O acetileno © gs combustivel e, em geral, opera com uma pressao de 0,5 kgf/cm”. J4 0 oxigénio é 0 comburente, apresentado em pressées préximas a 4 kgf/cm? (MILLER; MILLER, 2014) Na figura que segue é possivel observar um conjunto de brasagem. Fonte Banc de agers SENAISC ~Sdo Jose ahoca (205) Ainda, muitas vezes so utilizados magaricos portéveis com refis, como os da figura que segue, quando as condicées de trabalho dificultam a utilizacao do conjunto convencional. Fane: Banco de magens SENAIS io Jost Pahoa (20 @ FUNDAMENTOS DE REFRIGERAGAO E CLIMATIZACAO ‘A chama & composta por um datdo e um penacho. No magarico, & possivel controlar a vazdo de cada componente de forma a gerar chamas com caracteristicas diferentes, conhecidas como chama neutra, chama oxidante e chama redutora, como podem ser vistas no quadro que segue (DOSSAT, 2007; MILLER; MILLER, 2014). Na chama neutra, a vazao de saida dos gases éigual. Indicada na brasagem de tubos de cobre, mantendo uma formagao equilibrada de éxidos na uniao. ere Chamaneuna faces => i ae eee i : pone | on a Bastante utilizada na brasagem em lato. : Chana => i ‘ou cobre com outra liga. 3 LS es : Vacant => i See i i ‘ao 16-Tpos chara na brasapem Fonte: sdapada de oreo 2008) «Mil Mile(2014) (Oajuste do dardo da chama é dado de acordo com a distancia. Assim, quanto maior for a distancia entre aponta do bico e a superficie da pega, menor serd a temperatura da chama. O inverso acontece quando se aproxima o bico da peca, gerando uma chama mais quente (EMBRACO, 2009). De maneira simples: 0 procedimento de brasagem é a fusiio do material de adigao na regiso onde se deseja unir ou deixar estanque. 4 CARACTERISTICAS BASICAS DE INSTALAGAO DE EQUIPAMENTOS DE REFRIGERAGAO oD 0 © aquecimento deve ocorrer da forma mais uniforme e répida possivel, evitando a contaminagao dos metais fundidos. Outra recomendacdo importante é nunca direcionar a chama para as varetas de material de adigio. Sempre direcioné-la para os tubos e deixar que as varetas se fundam conforme o calor passa para elas por conducdo. Existem ainda dois pontos importantes: o tempo de aquecimento dos tubos pela chama nao pode ser muito longo e a forma do preenchimento na unio de dois tubos, caso bastante comum em sistemas de refrigeracao, precisa ficar no formato cénico (EMBRACO, 2009; MILLER; MILLER, 2014). s Materiais de adicao sao ligas metélicas proprias para proporcionar a uniéo de elementos de sistemas de tefrigeragdo que combinam uma série de fatores, como resisténcia do material, temperatura de fuséo, resisténcia a corrosao e oxidagio, resisténcia ao calor e ao frio e resisténcia a brasdo. Costuma vir na forma de varetas, forma ergonémica para realizar 0 proceso de brasagem (MILLER; MILLER, 2014). (© quadro seguinte traz informagées sobre algumas das varetas ¢ outros elementos utiizados na brasagem de sistemas de refrigeracao. @ FUNDAMENTOS DE REFRIGERACAO E CLIMATIZAGAQ a Utiizado em varios tipos de brasagem. Em forma de pé quimico ou pasta, Serve Fuxo para brasagem pa ‘para evitara formagio de éxidos, em especial na juno de duas ligas diferentes. cadasem bronze cobre, metal duro, agoelatéa Commum naindistaauto- Vareta de alto teor de cobre a uae motive em trocadores de aor em gera. Brasagem em urges entre ligasferosas endo ferosas, com excegdo do Vareta de prata_ es ise aluminio edo magnésio. Varta fosforosas ‘Sto mais utilzadas em unides de cobre dispensando o uso de ux. Possuiflxo na composigsa. Aplicada em condensadoresautomotivos eem ‘Vareta de aluminio ae ‘evaporadores de reftigerador. ‘Quadro 17 lementos stan na beatagem desta rfgeasso Fonte adatado de ile il (2014) Has Batak (2013) Para o proceso de brasagem, além de usar EPls, alguns procedimentos de seguranga devem ser realizados para evitar qualquer tipo de acidente (MILLER; MILLER, 2014). Acompanhe: a) nao realizar soldas em local de atmosfera explosiva; b) nao realizar soldas em espacos confinados; ©) nao utilizar 0s cilindros do conjunto de brasagem com oxigénio e acetileno na posicio deitada; ilindros; d) utilizar reguladores de pressdo na saida dos ©) utilizar valvula de retengao nas mangueiras; f) nao exceder a pressao de uso do acetileno: acima de 1,5 kgf/em’ @) utilizar cilindros testados e identificados pelo fornecedor; h) nao realizar brasagem em locais ou préximo de locais explosivos; i) nao realizar brasagem em sistemas com pressées positivas. 4 CARACTERISTICAS BASICAS DE INSTALAGAO DE EQUIPAMENTOS DE REFRIGERAGAO So 4.2.3 FERRAMENTAS DE INTERLIGACAO DO SISTEMA DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO Para a realizagio de bons servicos, é necessério utilizar as ferramentas adequadas. Os tubos a serem utilizados, por exemplo, devem ser de boa qualidade, nao apresentando irregularidades ou empenamentos. Porisso, fique atento, poisna sequéncia, serao mostradas as principais ferramentas para executar 0 processo de corte, bolsa, flange e curva de tubos que séo uma constante no dia a dia do profissional de refrigeracao. i Permite um corte perpendicular uni- Cortador de tubos forme ao elo do tube. Muito comum no corte detubos de cobree aluminio. Remove possivesrebarbas outras sue Escareador detubos ras que possam tr fcado dentro do tubo 10 processo do corte, vie 8) Fina o tubo durante procedimentos como ‘flageaento eo alargamento. Modente Preparaa extremidade de um tubo paraa Flangeador unio com outro através de uma conexso. 0 FUNDAMENTOS DE REFRIGERACAO E CLIMATIZAGAQ ‘larga aextremidade de um tubo para 8 henindston «seasoning —ecSSS brasagem. Dobra tubosflexiveis para dara forma ‘Curvadordetubos necesséria &tubulagSo de um circuito de refrigeragéo. ‘Quadro 18-Feramentas de intrsgago do stems de refgeraia ecmatagso Fonte Banco de magens de SENAUSC S20 Js8Pahora (201) Jamais se deve cortar tubos com alguma outra ferramenta, como algum tipo de serra ou outro material. Outras ferramentas costumam deixar muitas rebarbas que o escareador nao consegue remover por completo. Rebarbas deixadas no corte de tubos podem permitir que sujeiras afetem o funcionamento do ciclo de reftigeracao. 4.2.4 OUTROS PROCEDIMENTOS PARA CONEXAO DOS TUBOS DE INTERLIGAGAO seguir, alguns procedimentos para a conexao dos tubos do circuito de refrigeracao serao apresentados. CONEXAO DE TUBOS OU ENTRE TUBO E VALVULA £ um procedimento bastante comum, basicamente, é a adaptagio da forma entre tubos, utilizando orcas, para adequé-los bem e de forma estanque, evitando o vazamento de fluido refrigerante. Deve-se seguir alguns procedimentos, acompanhe: a) corte 0 tubo na medida que for necesséria para atender & conexao; b) remova as rebarbas da ponta do tubo com o escareador; ¢) insira a porca-flange no tubo; d) prenda a ponta do tubo no mordente; ¢) utilize o flangeador na ponta do tubo até que a érea flangeada seja suficiente para se ajustar peca que encaixa na porca-flange; £) encaixe os componentes a serem unidos e efetue o aperto necessario da porca, com chaves inglesas. 4 CARACTERISTICAS BASICAS DE INSTALAGAO DE EQUIPAMENTOS DE REFRIGERAGAO 8 Na figura que segue, pode-se visualizar a uniao de dois tubos jé preparados para tal. Fonte: Banco de magens SENAUSC ~StoJssPanog (215 UNIAO DE TUBOS A FRIO E uma alternativa de unio de tubos usando cola, Apés a aplicagao da cola, pressiona-se a junta com um alicate préprio para essa fungdo durante alguns segundos, dependendo do produto utilizado. Caso essa uniao precise ser desfeita, basta aquecer a junta com um magarico. Na préxima figura, pode-se observar um exemplo do alicate mencionado . FoneBanc de imagens SENAISC ~ Sao JstPahoga 2015) CONEXAO TIPO SCHRADER Esta conexao se aplica a sistemas como bebedouros, refrigeradores, freezers e condicionadores de ar para realizar afericao ou manutengdo do sistema hermeético. Sua instalacao ocorre da mesma maneira que a conexao entre tubos e porcas.

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