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O documento aborda a psicologia social sob diversas perspectivas, incluindo gênero, racismo, exclusão psicossocial, violência social, saúde e políticas públicas. Destaca a construção social do gênero, as desigualdades raciais no Brasil, as formas de exclusão e a relação entre saúde e biopolítica. Além disso, enfatiza a importância de uma psicologia crítica e comunitária que promova a autonomia e a transformação social.
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O documento aborda a psicologia social sob diversas perspectivas, incluindo gênero, racismo, exclusão psicossocial, violência social, saúde e políticas públicas. Destaca a construção social do gênero, as desigualdades raciais no Brasil, as formas de exclusão e a relação entre saúde e biopolítica. Além disso, enfatiza a importância de uma psicologia crítica e comunitária que promova a autonomia e a transformação social.
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PSICOLOGIA SOCIAL SOCIOLÓGICA

1. GÊNERO NA PSICOLOGIA SOCIAL

Gênero como construção social:

●​ Vai além do sexo biológico.​

●​ Determinado por linguagem, cultura, mídia, ciência e religião.​

●​ Psicologia tradicional naturalizou papéis (ex: homem = razão, mulher = emoção).

Contribuições do feminismo:

●​ Surge nos anos 70 como crítica à naturalização das diferenças.​

●​ Denuncia que o “natural” é construção social de poder.​

●​ Introduz distinção entre sexo (biológico) e gênero (social/cultural).

Sistema de gênero:

●​ Organização binária e hierárquica da sociedade.​

●​ Mulheres associadas ao espaço doméstico; homens ao produtivo.​

●​ Reflete em desigualdades materiais e simbólicas.

Patriarcado:

●​ Sistema de dominação em que o masculino é norma e superior.​

●​ Reforçado por instituições e discursos.

Ideologia de gênero:

●​ Apresenta desigualdade como natural.​

●​ Justifica papéis sociais com base em “dons” ou “instintos”.

Teorias explicativas da desigualdade de gênero:

●​ Biologicistas: mulheres “naturalmente” maternais.​

●​ Estruturalistas: a cultura reforça a subordinação feminina.​

●​ Histórico-estruturais: desigualdade como construção social, política e econômica.​


Psicologia Social Crítica:

●​ Questiona discursos normativos.​

●​ Reconhece o papel das representações e linguagem na produção do sujeito.

2. RACISMO E RELAÇÕES RACIAIS NO BRASIL

Histórico do racismo no Brasil:

●​ Influência do racismo científico no século XIX.​

●​ Mito da democracia racial (Gilberto Freyre) = miscigenação sem conflito (criticado


depois).​

●​ Pesquisadores como Florestan Fernandes mostraram desigualdade estrutural


oculta.

Preconceito de marca x origem (Oracy Nogueira):

●​ Origem (EUA): baseado na ascendência étnica.​

●​ Marca (Brasil): baseado na aparência. Mais flexível e ambíguo, mas ainda


excludente.

Características do racismo brasileiro:

●​ Disfarçado, cordial, indireto.​

●​ Branquitude como ideal de normalidade.​

●​ Vergonha em assumir o preconceito (“preconceito de ter preconceito”).​

3. EXCLUSÃO PSICOSSOCIAL

Conceito:

●​ Exclusão vai além da pobreza — envolve representações, discursos e práticas que


colocam sujeitos “fora de lugar”.
Formas de exclusão:

●​ Segregação: afastamento físico/social.​

●​ Marginalização: presença parcial sem plenos direitos.​

●​ Discriminação: negação de oportunidades com base em estigmas.

Representações sociais:

●​ Criam categorias que justificam exclusões (“vagabundo”, “cotista”, “não merece”).​

●​ Tornam desigualdades moralmente aceitáveis.

Crença no mundo justo:

●​ As pessoas “têm o que merecem”.​

●​ Culpabiliza vítimas e protege a imagem do sistema.

Meritocracia e racismo simbólico:

●​ “Quem se esforça vence” → ignora desigualdades históricas.​

●​ O Racismo moderno usa o discurso da competência.

Discriminação justificada:

●​ Preconceito velado com justificativas sociais aceitáveis.​

●​ Ex: “Não é racismo, é padrão da empresa”.​

4. VIOLÊNCIA SOCIAL E EXCLUSÃO EXISTENCIAL

Violência como construção histórica e social:

●​ Muda ao longo do tempo.​

●​ Ex: violência doméstica antes era vista como assunto privado.

Globalização e fragmentação:

●​ Aumentaram desigualdades e exclusões simbólicas.​

●​ Consumo tornou-se critério de inclusão/exclusão.​


Exclusão existencial:

●​ Falta de pertencimento, sentido, reconhecimento.​

●​ Pode afetar inclusive jovens de classe média.

Violência difusa e autonomizada:

●​ Sem causa ideológica clara, sem projeto político.​

●​ Ex: agressões ou “brincadeiras” violentas entre jovens.

Fragmentação de valores:

●​ Rompimento de referenciais comuns sobre certo/errado.​

●​ O que é violência depende da posição social de quem a observa.

Violência policial e ambiguidade:

●​ A Polícia está incluída institucionalmente, mas excluída socialmente.​

●​ Violência praticada por policiais reflete também sua própria exclusão.

Mídia e espetáculo da violência:

●​ Violência é normalizada como entretenimento.​

●​ Reforça medo e estereótipos.

5. PSICOLOGIA SOCIAL E SAÚDE

Relação histórica com a saúde:

●​ Antes restrita a escolas e empresas.​

●​ A inserção no SUS impulsionou atuação ampliada e crítica.

Complexidade na saúde:

●​ Múltiplos saberes, realidades, atores (ex: saberes indígenas vs. biomedicina).​

●​ Saúde é construída socialmente em cada encontro.


Práticas discursivas:

●​ A linguagem molda o que é entendido como saúde, doença e risco.​

Biopolítica (Foucault):

●​ A saúde é usada como instrumento de governo da vida.​

●​ Risco é administrado individualmente — cada um “cuida de si”.

Saúde: direito ou dever?

●​ De direito coletivo → passou a ser dever individual.​

●​ Quem adoece é visto como “irresponsável”.

Bioeconomia e biossociabilidade:

●​ Saúde como produto (biotecnologia, genética).​

●​ Grupos organizados em torno de diagnósticos (ex: HIV+, doenças raras).

Psicologia Social Crítica:

●​ Denunciar medicalização, responsabilização individual e moralismo.​

●​ Respeitar saberes locais e complexidade cultural.

6. PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS – SUAS

Histórico:

●​ A Psicologia no Brasil surgiu elitista e individualizante.​

●​ A Constituição de 1988 expandiu sua atuação nas políticas sociais.

Inserção no SUAS:

●​ CRAS (proteção básica)​

●​ CREAS (proteção especial)​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​



●​ Serviço de acolhimento institucional​

●​ As ações vão além da clínica individual — envolvem a comunidade.​


Atuação no SUAS:

●​ Acolhimento individual (não é psicoterapia).​

●​ Grupos, oficinas, ações comunitárias.​ ​ ​ ​ ​ ​ ​


​ ​
●​ Trabalho em rede e com participação política.

Desafios profissionais:

●​ Precarização do trabalho, baixa remuneração.​

●​ Falta de identidade profissional com o SUAS.

Psicologia Crítica e Comunitária:

●​ Baseada em Paulo Freire: ação + reflexão (práxis).​

●​ Construção coletiva com a comunidade.​

●​ Valorização dos saberes populares.

Objetivo:

●​ Romper com práticas assistencialistas.​

●​ Promover autonomia e transformação social.

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