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DETECTOR DE PRECIPITAÇÃO ATMOSFÉRICA PARA


FECHAMENTO AUTOMÁTICO DE JANELAS, COM SISTEMA DE
NOTIFICAÇÃO
Jefferson Rene, José Rodrigo, Michele Macedo, Nathan Alves de Paula, Patrick Mendes
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]

Professor orientador: Dr. Gustavo Caravita de Andrade

Coordenação de curso de Engenharia Elétrica

Resumo

Este trabalho apresenta o desenvolvimento de um detector, capaz de detectar uma precipitação


atmosférica, acoplado a um sistema automatizado para o fechamento de janelas na ocorrência
de chuva e envio de notificações. O sistema utiliza um detector de chuva baseado em princípios
ópticos do comportamento da luz em corpos translúcidos com índices de refração diferentes,
para detectar a presença de gotas de água e após isso acionar um motor que aciona o fechamento
de uma janela, de forma controlada com rampa de aceleração e desaceleração, evitando assim
quaisquer danos. O objetivo principal do projeto foi desenvolver um sistema eficiente e
confiável para o fechamento automático de janelas em caso de chuva, evitando danos a bens
materiais e proporcionando maior segurança e comodidade aos usuários. A metodologia do
projeto envolve a seleção e integração de diversos aspectos, como o próprio detector de chuva,
o motor, o sistema de controle, microcontrolador, programação e a caixa redutora. O sistema
tem sido testado e validado de forma a simular diferentes condições climáticas e os resultados
têm se demonstrado eficiente no fechamento das janelas em tempo hábil para minimizar danos
causados pela chuva.

Palavras-chave: Precipitação atmosférica, detector de chuva, fechamento automático,


refração, notificações.

ATMOSPHERIC PRECIPITATION DETECTOR FOR AUTOMATIC


WINDOW CLOSING, WITH NOTIFICATION SYSTEM
This work presents the development of a detector, capable of detecting atmospheric
precipitation, coupled to an automated system for closing windows in the event of rain and
sending notifications. The system uses a rain detector based on optical principles of the
behavior of light on translucent bodies with different refractive indices, to detect the presence
of water drops and then activate a motor that closes a window, in a controlled manner with
acceleration and deceleration ramp, thus avoiding any damage. The main objective of the
project was to develop an efficient and reliable system for automatically closing windows in
the event of rain, preventing damage to material assets, and providing greater safety and
convenience for users. The project methodology involves the selection and integration of
several aspects, such as the rain detector itself, the motor, the control system, microcontroller,
programming, and the gearbox. The system has been tested and validated to simulate different
weather conditions and the results have proven to be efficient in closing windows in a timely
manner to minimize damage caused by rain.
2

1. INTRODUÇÃO

O clima no Brasil é bastante diversificado, as estações não são bem definidas. O estado de São
Paulo, por exemplo, é caracterizado pela diversidade de climas (FATIGATI, 2009), há regiões
onde a temperatura pode variar consideravelmente em um único dia, indo do calor extremo ao
frio extremo ou vice e versa, podendo ocasionar incidência de chuvas repentinas, mesmo em
dias que os estudos meteorológicos não apresentem indícios.

Com isso, pensando na comodidade para situações em que seja necessário se ausentar de um
local por um período, surge a ideia de um sensor que detecta a presença de gotículas de água
(chuva) e que na sequência seja capaz de fechar janelas, ou seja, automatizá-la. No mercado há
diversos tipos de medidores de chuva disponíveis, desde os mais simples, como recipientes
coletores da água de chuva até sistemas mais complexos por sensoriamento remoto, como por
exemplo, radar e satélites. Segundo o princípio de funcionamento, eles podem ser
classificados como eletromecânicos, mecânicos, piezoelétricos, ópticos, dentre outros
(LANZA & STAGI, 2008; SERRA et al., 2001)

Para detectar as gotas da chuva, utilizamos como base os princípios de ótica, mais
especificamente os fenômenos de reflexão e refração. Num primeiro momento, pensamos em
explorar este fenômeno através de uma lâmina retangular de vidro, onde em uma de suas
extremidades instalou-se uma fonte de luz por meio de um LED (Diodo Emissor de Luz),
denominada branco quente, atuante na faixa de espectro visível.

Na outra extremidade foi instalado um receptor simples de luz, no caso, um dispositivo


denominado como LDR, que tem um princípio fotorresistente. Quanto maior a intensidade de
luz sobre a face sensorial do LDR (Resistor Dependente de Luz), menor será sua resistência
elétrica. Assim como o LED, o LDR funciona na faixa de espectro visível.

Após concluirmos a função de sensoriamento de gotículas de água, seguimos com a automação


do sensor utilizando um motor de 5Vcc. Ao longo do projeto, nos deparamos com um problema
quanto a velocidade de fechamento do motor para as janelas, com um RPM fixo de 100 RPM,
o motor utilizado iria danificar a janela ao fechar completamente, com isso, foi necessário
desenvolver 2 engrenagens redutoras, uma com 13 dentes e a outra com 72 dentes, acoplando
o motor em uma caixa redutora. Após realizarmos os testes de aplicação com as 2 engrenagens
na caixa redutora, o motor estava fechando com uma velocidade adequada. Entretanto, ainda
havia um impacto no momento final de fechamento e abertura por conta da sua velocidade
contínua.

Visando uma redução nos riscos de impacto ao fechar e abrir a janela, utilizando Arduino Nano
implementamos uma função de desaceleração do motor ao chegar perto dos pontos máximos
de abertura e fechamento. Trabalhando em conjunto com um sistema de reconhecimento de
pontos (máximo e mínimo) o sistema recebe o estímulo de degrau do sensor de chuva quando
acionado. Este sinal é injetado na entrada digital, gerando um estímulo digital e assume um
valor de set point, um potenciômetro conectado mecanicamente ao sistema de movimentação
da janela, faz com que o sistema reconheça os pontos de máxima e mínima, sendo 1010 pontos
totalmente fechada e 10 pontos janela totalmente aberta.

Dessa maneira, o sistema entende que deve procurar pela posição 1010 pontos ao receber o
sinal do sensor. Então o motor é acionado com base nos valores P I D, excitados pela diferença
3

entre o set point e o valor analógico digital proveniente do pino de entrada analógica A0,
correspondente ao nível de tensão do cursor do potenciômetro.

Ao longo do deslocamento a diferença entre o set point e o posicionamento real vão diminuindo
e o sistema reage a isto de acordo com o controle P I D programado no sistema. A intenção é
que a janela se feche o mais rápido possível, tendo uma desaceleração gradual próximo do
fechamento para que não ocorra nenhuma colisão com o fim de curso mecânico da janela,
evitando assim qualquer avaria.

Ocorrendo o secamento do sensor de chuva, o estímulo do degrau de entrada volta


abruptamente ao nível zero. O Set Point assumido nessa condição volta para 10 pontos, e uma
segunda sub-rotina do programa assume a função de abrir a janela, movimentando-a agora no
sentido inverso com os mesmos cuidados do fechamento.

Assim, esse estudo apresenta um protótipo para automação residencial, baseando-se em


princípios ópticos, especialmente os fenômenos de reflexão e refração, capazes de detectar
gotículas de chuva, e na sequência, realizar o fechamento automático de janelas residenciais,
através do acionamento de sensores, evitando que a residência seja danificada pela chuva.

2. DESENVOLVIMENTO DO SENSOR

Para detectar as gotas da chuva, utilizamos como base os princípios de ótica, mais
especificamente os fenômenos de reflexão e refração que descrevem e prevê o comportamento
da luz ao atravessar corpos translúcidos com diferentes tipos de índice de refração. Num
primeiro momento, pensamos em explorar este fenômeno através de uma lâmina retangular de
vidro, onde em uma de suas extremidades seria instalado um emissor de Luz (LED no espectro
de luz visível) e na outra extremidade um sensor de luz (LDR que também trabalha no espectro
visível) mas este arranjo se mostrou pouco sensível as gotas. Então decidimos adotar duas
lâminas de vidro, sendo uma opticamente conectada ao LED, e recebendo assim a denominação
de lâmina emissora. A Outra foi conectada opticamente ao LDR, sendo assim a lâmina
receptora. As lâminas são montadas paralelamente uma à outra com tal folga que consiga
preservar as gotas de chuva que ali caírem. Como o índice de refração da água é muito mais
próximo ao do vidro do que do ar, esta gota existente entre as duas lâminas funciona como um
ponto ótico, permitindo que os modos de luz que viaja na lâmina emissora permeiam a lâmina
receptora. Estes modos de luz agora alcançam o LDR, o que é suficiente para o sistema perceber
que está havendo chuva.

Imagem 1: Espectro de cores LED Branco Quente


Fonte: Site Akari Lâmpadas Especiais
4

Imagem 2: Espectro de resposta do LDR


Fonte: Site Mundo da Engenharia

2.1 Arranjo do primeiro experimento

Imagem 3: Arranjo inicial. Lâmina de vidro +LED + LDR.


Fonte: Autoria própria

Neste arranjo óptico, o objetivo é guiar os modos de luz (ou raios) que entram diretamente no
vidro, fazendo com que percorram seu interior até alcançar a outra extremidade. Nesse ponto,
encontramos o LDR, que atua como um detector da quantidade de luz que o atinge. Devido à
espessura do vidro, ocorrem quatro tipos de dispersão dos modos de luz enquanto atravessam
o material. Essa situação pode ser analogamente comparada ao comportamento observado em
fibras ópticas do tipo degrau e multimodo, como ilustrado na imagem abaixo:

Imagem 4: Comportamento dos modos de luz por entre o vidro


Fonte: Site Fibras Ópticas
5

2.1.1 Modos de Luz

2.1.1.1.1 Horizontais: Também sendo definido como totalmente alinhados com o plano
da lâmina do vidro. Estes modos atravessam toda a extensão do vidro de forma
direta. Na figura 4 estes modos então representados em azul;

2.1.1.1.2 Modos com angulação abaixo do crítico em relação ao plano da lâmina: São
os modos de luz que assumem um ângulo pequeno, mas diferente do horizontal,
viajando dentro do vidro até alcançar a superfície da lâmina. Neste ponto temos
o fenômeno da reflexão. O modo de luz tendendo a escapar para o ar justamente
na interface de vidro/ar. Nesta transição do meio vidro para o meio ar, temos
uma mudança brusca de uma propriedade ótica denominada “índice de
refração”, onde o ar tem índice de 1,003 e o vidro ˜= 1,52. Quando o modo de
luz encontra o ar, a lateral do modo que encontra o ar aumenta ligeiramente sua
velocidade pelo fato do ar ter índice menor, fazendo o modo se curvar de voltar
para dentro do vidro, completando assim sua reflexão. Na imagem 4 podemos
identificar esse modo como aquela representada na cor preta;

Imagem 5: Fenômeno da reflexão na interface ar/água


Fonte: Site Sala de Demonstrações de Física

2.1.1.1.3 Modos com angulação crítica em relação ao plano da lâmina: São os modos
de luz que possuem um ângulo crítico, ou seja, o ponto onde não ocorrerá
reflexão e nem dispersão para o ar deste modo. Por ser um meio termo, este
modo percorrerá a lâmina de vidro justamente na interface ar/vidro. Na figura 6
podemos observar a representação deste fenômeno no modo de luz percorrendo
a interface de n1 e n2, formando um Ângulo de 90° em relação ao eixo y;

Imagem 6: Fenômenos de refração, ângulo crítico e reflexão


Fonte: Site Sala de Demonstrações de Física
6

2.1.1.1.4 Modos com angulação acima do crítico em relação ao plano da lâmina:


Neste caso teremos a ocorrência do fenômeno da refração, ou seja, a maior parte
do modo de luz se dispersará para o ar, assumindo um ângulo diferente daquele
quando trafegando dentro do vidro. A menor parte será refletida de volta para o
vidro, que por sua vez sofrerá uma nova refração, fazendo com que esse modo
atinja o LDR de forma muito pequena ou até mesmo nula. Isto está ilustrado na
imagem 6, onde vemos o modo de luz com o ângulo Θr se dispersando para o
ar.

2.2 Conceito do projeto

Entendendo os conceitos relatados acima, entendemos que quando temos a presença de uma
gota d’água na superfície da lâmina de vidro, pelo fato de a água ter um índice de refração mais
próximo do vidro do que o ar, o efeito que se tem com a presença dessa gota é equivalente a
uma deformação da superfície do vidro. A interface entre vidro e água tem sua diferença baixa
pela perspectiva do índice de refração, fazendo com que facilmente alguns módulos de luz
penetrem a gota d’água. Sendo a gota de vidro um formato de cúpula ou semiesfera, quando
depositada na superfície da lâmina, facilmente alguns modos de luz podem alcançar a interface
água/ar em um ângulo acima do ângulo crítico, fazendo este modo se dispersar pelo ar.

O raciocínio então é, uma vez a lâmina de vidro seca, temos determinada quantidade de modos,
ou intensidade de luz, alcançando o receptor (LDR). Mais modos de luz se dispersam para o ar
com a presença de gotas na superfície do vidro, fazendo com que menos modos de luz chegam
ao receptor (LDR). Menos luz no LDR teremos um aumento em ser valor ôhmico. Podemos
comprovar tais analises na prática, conforme imagens abaixo:

Imagem 7: Lâmina de vidro com ausência de gotas


Fonte: Autoria própria

Imagem 8: Lâmina de vidro com uma gota de água


Fonte: Autoria própria
7

Imagem 9: Lâmina de vidro com algumas gotas


Fonte: Autoria própria

Portanto, com os experimentos realizados acima, é possível afirmar a teoria adotada para a
execução do projeto. No entanto, para a versão final do projeto de sensor, foi adicionado uma
segunda lâmina de vidro, para aumentar a sensibilidade. Ambas foram dispostas de forma
paralela, sendo uma conectada oticamente ao LED e a outra ao LDR. As extremidades onde
estão montados estes componentes tem uma distância entre as lâminas um pouco maior (2mm).
Já na outra extremidade onde as lâminas de vidro estão livres de componentes (LED e LDR)
temos 1mm de distanciamento. Isso foi pensado para que as gotas aprisionadas entre as lâminas
se concentrem na extremidade mais distante dos componentes eletrônicos, por efeito de
capilaridade.

Imagem 10: Novo arranjo com duas lâminas


Fonte: Autoria própria

com esse novo arranjo, uma camada de ar com índice de refração baixo em relação ao vidro
faz com que ambas as lâminas permaneçam desconectadas oticamente.
Quando uma gota preenche o espaço entre as lâminas e ali fica armazenada, modos de luz da
lâmina emissora conseguem migrar para a lâmina receptora, como se a gota fizesse o papel de
uma ponte ótica. Isto ocorre pois a água, que um índice de refração mais próxima a do vidro
do que a do ar “permite” que alguns modos de luz que transitavam na lâmina emissora em
reflexão (ziguezagueando a lâmina), não encontre a interface vidro/ar, e sim vidro/água. Com
isso não ocorre a reflexão e sim a refração. Estes modos de luz penetram na água e viajam por
ela até alcançar a outra lâmina de vidro, que é a receptora. Com a interface água/vidro
novamente, não ocorre a reflexão de certos modos de luz e ele penetram a lâmina de vidro
receptora.
Como as lâminas de vidro estão longe de serem livre de impurezas, modos de luz se rebatem
para todos os lados, sendo alguns desses capazes de viajar pela extinção do vidro receptor, nos
ângulos corretos, para que através da reflexão na interface vidro/ar alcancem o receptor LDR.
8

Imagem 11: sensor de chuva livre de água


Fonte: Autoria própria

Imagem 12: sensor de chuva com água


Fonte: Autoria própria

Neste novo arranjo tivemos uma melhora na sensibilidade considerável. Os valores saltaram
alguns Kilo Ohms quando comparado a situação de ausência de gota e presença de gota, como
pode ser observada nas imagens abaixo:

Imagem 13: Valor ôhmico do LDR com ausência de água


Fonte: Autoria própria

Imagem 13: Valor ôhmico do LDR com presença de água


Fonte: Autoria própria
9

Com os valores ôhmicos apresentados, é possível confirmar a teoria na prática. Uma vez que
quanto maior a quantidade de Luz chegando ao LDR, o valor ôhmico diminui.

2.3 Princípios físicos adotados

Propagação da Luz na óptica de Kepler: Kepler construiu uma teoria geral sobre a natureza
da luz e a sua propagação, estudando fenômenos que vão desde o funcionamento de uma
câmera escura, a utilização de lentes e a formação das imagens num espelho, sendo estes
fenômenos susceptíveis de um estudo geométrico. O essencial da sua teoria prende-se ao fato
de a luz ser algo imaterial que emana de uma fonte sob a forma de um fluxo e que se comunica
com os corpos por uma “conjugação” de dimensões. Acrescenta ainda que a luz se difunda
esfericamente e se propaga inversa ao quadrado da distância. Para ele a óptica é puramente
geométrica. Kepler descobriu a reflexão interna total, obteve a aproximação para pequenos
ângulos da lei da refração, em que os ângulos de incidência e refração são proporcionais.

Obra de Euler em óptica física: A luz se propaga com velocidade finita é decisiva em toda a
obra de Euler, levando-o a tratar a luz como um processo cinemático. Com seus experimentos
descobriu a diferença fundamental entre as teorias ondulatória e corpuscular, o que chamamos
hoje de princípio da relatividade.

Refração da luz: era imprescindível a medição da velocidade da luz em vários meios e


comparar com os valores de comprimento de onda, obtendo-se assim a duração das vibrações
luminosas.

Teoria corpuscular: Quando as partículas de luz penetram num meio mais denso recebem um
impulso atrativo perpendicular à superfície refletora. O momento conserva-se na componente
paralela à superfície refletora, sendo o índice de refração dado pela expressão
n(água)=v(água)/v(ar). Na teria ondulatória, o tempo de propagação da luz é uniforme na
direção perpendicular á paralela dos raios refratados, sendo o índice de refração dado pela
expressão (água)=v(ar)/v(água).

2.4 Classificação de ondas

A classificação das ondas permite dividi-las de acordo com sua natureza, direção de
propagação e direção de vibração. De acordo com sua natureza, a onda pode ser classificada
em mecânica, eletromagnética e gravitacional; de acordo com as direções de propagação,
classifica-se como unidimensional, bidimensional ou tridimensional; e de acordo com a direção
de vibração, como longitudinal ou transversal.

O que são ondas? Ondas são fenômenos que se propagam no tempo e no espaço transportando
energia, sem transportar matéria. São geradas por algum tipo de estímulo, que pode ou não ser
periódico, isto é, pode ou não se repetir com regularidade.

Ondas Eletromagnéticas: As ondas eletromagnéticas são oscilações formadas por campos


elétricos e magnéticos variáveis, que se propagam tanto no vácuo quanto em meios materiais.
Elas são ondas tridimensionais e transversais que viajam na velocidade da luz, transportando
exclusivamente energia. Ademais, apresentam-se na forma de ondas de rádio, micro-ondas,
10

infravermelho, luz visível, ultravioleta, raios x e raios gama, em ordem crescente de frequência
e energia.
As ondas eletromagnéticas surgem com base na interação entre campos elétricos ou campos
magnéticos variáveis. Essas se propagam no vácuo com a mesma velocidade que a luz, cerca
de 300 mil quilômetros por segundo. Diferentemente das ondas mecânicas, como o som, as
ondas eletromagnéticas podem propagar-se tanto em meios materiais quanto no vácuo. Por
tratar-se de fenômenos ondulatórios, elas podem sofrer reflexão, refração, absorção, difração,
interferência, espalhamento e polarização.

Todas as ondas eletromagnéticas apresentam frequência de oscilação, comprimento de onda e


amplitude. Além disso, o comprimento de onda e a frequência são grandezas inversamente
proporcionais, por isso, ondas de alta frequência, como os raios x ou raios gama, apresentaram
comprimentos muito pequenos. A figura seguinte mostra o espectro eletromagnético e as
diferentes faixas de ondas eletromagnéticas existentes, exemplo:

Figura 14. Espectro eletromagnético.


Fonte: HELERBROCK, Rafael. Site brasil escola, espectro eletromagnético

As ondas Eletromagnéticas são transversais, isto é, a perturbação responsável por produzi-las


acontece em uma direção perpendicular à sua direção de propagação. Nas ondas
eletromagnéticas, o campo elétrico, o campo magnético e a direção de propagação são
perpendiculares entre si; Propagam-se no vácuo com a mesma velocidade que a luz visível:
2,99792458.108 m/s, simbolizada pela letra c; Sua amplitude diz respeito à sua intensidade,
quanto maior for a amplitude de uma onda eletromagnética, maior é a perturbação que ela é
capaz de produzir; São tridimensionais, isto é, depois de produzidas, propagam-se igualmente
em todas as direções; Quando atravessam meios materiais, como o ar ou a água, sua velocidade
de propagação diminui, enquanto o seu comprimento de onda aumenta, de modo que a sua
frequência não se altera. Esse fenômeno é conhecido como refração.
HELERBROCK, Rafael. "Ondas eletromagnéticas"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/o-que-sao-ondas-eletromagneticas.htm. Acesso em 14, de maio de 2024
11

2.5 Simulação e cálculos

Para as simulações e cálculos realizados a seguir, utilizamos as seguintes premissas;

1) Fonte de tensão independente de 5V, corrente contínua, proveniente da saída USB do


computador e conduzida ao circuito pelo próprio cabo de comunicação do Arduino
2) O primeiro ramo composto por um resistor R1, de100ohms, e um LED de cor branco
quente. Este Led tem o nível de tensão da barreira de potencial em 3,6V
aproximadamente. Com isto teremos então uma corrente do LED de:

5𝑉−3,6𝑉 1,4
𝐼𝑙𝑒𝑑 = = = 0,014𝐴 = 14𝑚𝐴
100 Ω 100 Ω

3) O segundo ramo é constituído pelo resistor R2 de 20KΩ e o LDR representado pelo


R3.

Faremos então a simulação em dois momentos distintos do LDR, no que diz respeito à
incidência de luz sobre ele:

Imagem 15: Queda de tensão na saída do circuito para o Arduino, sem água.
Fonte: Autoria própria

Num primeiro momento temos a ausência de água entre as lâminas, ficando o LDR em torno
de 33kΩ. Com isso temos:
5𝑉 5 5
𝐼= = = = 94,34𝑚𝐴
𝑅2 + 𝑅3 20000 + 33000 53000

Então, assim teremos a tensão sobre o resistor R2:


𝑉𝑟2 = 20 × 103 × 94,34 × 10−6 = 20 × 94,34 × 10−3 = 1.886,8 × 10−3 = 1,887 𝑉
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Imagem 16: Queda de tensão na saída do circuito para o Arduino, com água.
Fonte: Autoria própria

Num segundo momento, com as gotas d´água presentes no sensor, temos maior incidência de
luz sobre o LDR, diminuindo seu valor ôhmico representado por R3 aos 17KΩ. Teremos então:

5𝑉 5 5
𝐼= = = = 135,14𝑚𝐴
𝑅2 + 𝑅3 20000 + 17000 37000

Então, assim teremos a tensão sobre o resistor R2:


𝑉𝑟2 = 20 × 103 × 135,14 × 10−6 = 20 × 94,34 × 10−3 = 2.702,8 × 10−3 = 2,703 𝑉

Sendo assim, nessa simulação, usando dados coletados durante ensaios, temos uma variação
em tensão de:

Δ𝑉 = 2,703 − 1,8887 = 0,816 = 816𝑚𝑉

Representando uma variação percentual referenciando a tensão de trabalho do Arduino:

0,816
Δ𝑉% = × 100% = 16,3%
5
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3. Automação para o fechamento da janela

3.1 – Materiais Utilizados

A continuação do nosso projeto foi desenvolvida da seguinte forma:

• Arduino nano: adotamos este Arduino por conter todos os recursos necessários para o
nosso desenvolvimento, além da vantagem do seu tamanho reduzido;

Imagem 17: Arduino nano com todas as suas portas lógicas, analógicas e PWM.
Fonte:

• Suporte e Engrenagens: Modeladas no TinkerCad em ambiente 3D, são partes


fundamentais na parte mecânica e funcional do projeto;

Imagem 18: Engrenagens de 72 e 13 dentes e o suporte no TinkerCad.


Fonte: Autoria Própria.

• Motor elétrico com caixa de redução: Adotado um motor de 5Vcc com caixa de redução
acoplada;

Imagem 19: Motor elétrico de 5Vcc acoplado a uma caixa de redução.


Fonte:
14

• Transistor BC 547: utilizamos quatro transistores bipolares do modelo citado,


responsáveis por drenar corrente suficiente para acionamento do motor. Sendo utilizado
a configuração de Ponte H;

Imagem 20: Modelo de um Transistor BC547.


Fonte:

• Potenciômetro 20kΩ: será o nosso elemento de feedback do posicionamento da janela


ao sistema de controle;

Imagem 21: Modelo de um Potenciômetro de 20kΩ.


Fonte:

4. Desenvolvimento da automação para fechamento da janela

O projeto desta etapa foi montado conforme figuras abaixo utilizando todos os materiais citados
anteriormente:

Imagem 22: Circuito montado no TinkerCad e protótipo físico.


Fonte: Autoria própria
15

Imagem 23: Vista Lateral do sensor finalizado


Fonte: Autoria própria

Imagem 24: Vista Frontal do sensor finalizado


Fonte: Autoria própria

Após concluirmos a função de sensoriamento de gotas de água, seguimos com a automação do


detector utilizando um motor de 5Vcc. Ao longo do projeto, nos deparamos com um problema
quanto a velocidade de fechamento do motor para as janelas, com um RPM fixo de 100 RPM,
o motor utilizado iria danificar a janela ao fechar completamente, com isso, foram necessárias
duas engrenagens redutoras desenvolvidas por nós na impressora 3D, uma com 13 dentes e a
outra com 72 dentes, acoplando o motor em uma caixa redutora. Após realizarmos os testes de
aplicação com as 2 engrenagens na caixa redutora, o motor estava fechando com uma
16

velocidade adequada. Entretanto, ainda havia um impacto no momento final de fechamento e


abertura por conta da sua velocidade contínua.

Visando uma redução nos riscos de impacto ao fechar e abrir a janela, utilizando Arduino Nano
desenvolvemos uma função de desaceleração do motor ao chegar perto dos pontos máximos
de abertura e fechamento. Trabalhando em conjunto com um sistema de reconhecimento de
posicionamento da janela em vários pontos além dos pontos máximo e mínimo. O conjunto
recebe o estímulo de degrau do detector de chuva quando acionado. Este sinal é injetado na
entrada digital D2 (02), gerando um estímulo digital e assume um valor de set point, um
potenciômetro conectado mecanicamente ao sistema de movimentação da janela, faz com que
o sistema reconheça os pontos de máxima e mínima, sendo 1010 pontos totalmente fechada e
10 pontos janela totalmente aberta. Dessa maneira, o sistema entende que deve procurar pela
posição 1010 pontos ao receber o sinal do detector. Então o motor é acionado com base nos
valores P I D, excitados pela diferença entre o set point e o valor analógico digital proveniente
do pino de entrada analógica A0, correspondente ao nível de tensão do cursor do
potenciômetro.

O sistema aciona o motor através dos pinos PWM 06 (fechar a janela) e o PWM 05 (abrir a
janela), sendo que cada uma dessas saídas está conectada em dois os transistores BC547,
configurados em ponte H, o que permite a inversão do sentido da corrente elétrica no nosso
motor, em outras palavras, temos o controle do sentido de rotação dele.
Ao longo do deslocamento a diferença entre o set point e o posicionamento real vão diminuindo
e o sistema reage a isto de acordo com o controle P I D programado no sistema. A intenção é
que a janela se feche o mais rápido possível, tendo uma desaceleração gradual próximo do
fechamento para que não ocorra nenhuma colisão com o fim de curso mecânico da janela,
evitando assim qualquer avaria. Ao ocorrer o secamento do detector de chuva, o estímulo ao
degrau de entrada volta abruptamente ao nível zero. O Set Point assumido nessa condição volta
para 10 pontos, e uma segunda sub-rotina do programa assume a função de abrir a janela,
movimentando-a agora no sentido inverso com os mesmos cuidados do fechamento.

4.1 PROGRAMAÇÃO

A seguir o programa criado para operação do sistema pelo Arduino para o fechamento
automático da janela:

int chuvaS=0; // Sensor de chuva, chave digital (entrada digital 02)


int pot=0, potA=0; // Valor analógico de posição da janela,
potenciômetro (entrada analógica A0)
int aberta=10, fechada=1010;
int saida=0;
int aux=0;

float e=2.718281828459045235360287471352; // Constante de Euler


float Kp=0.72, Ki=0.006, Kd=1.44;
float erro=0, somaerro=0, dif=0;
float prop=0, integ=0, dev=0;

void setup() {
pinMode(02, INPUT);
17

pinMode(13, OUTPUT);
//Serial.begin(9600);
}

void loop()
{
chuvaS=digitalRead(02);
pot=analogRead(A0);
if (chuvaS == 1 && pot<fechada)
{
//if(aux == 1){somaerro=0;dif=0;}
//aux=1;
erro=(fechada-pot)/4;
prop=erro*Kp;
somaerro=(erro+somaerro);
integ=somaerro*Ki;
dif=potA-pot;
dev=dif*Kd;
saida=prop+integ+dev;
potA=pot;
if (saida > 255){saida=255;}
if (saida < 0){saida=0;}
digitalWrite(13, HIGH);
analogWrite(05, 0);
delay(50);
analogWrite(06, saida);
//Serial.print(pot);
//Serial.print(" = ");
//Serial.println(dev);
}
if ((chuvaS == 1 && pot>=fechada) || (chuvaS == 0 && pot<=aberta))
{
analogWrite(05, 0);
analogWrite(06, 0);
somaerro=0;
dif=0;
}
if (chuvaS == 0 && pot>aberta)
{
//if(aux == 0){somaerro=0;dif=0;}
//aux=0;
erro=(pot-aberta)/4;
prop=erro*Kp;
somaerro=(erro+somaerro);
integ=somaerro*(Ki);
dif=pot-potA;
dev=dif*Kd;
saida=prop+integ+dev;
18

potA=pot;
if (saida > 255){saida=255;}
if (saida < 0){saida=0;}
digitalWrite(13, HIGH);
analogWrite(06, 0);
delay(50);
analogWrite(05, saida);
//Serial.print(pot);
//Serial.print(" = ");
//Serial.println(dev);
}
}

4.2 DESENVOLVIMENTO – MODELAGEM

Já com o dispositivo físico montado, criamos um programa específico no Arduino IDE para
levantar a curva de reação para fechamento da janela. Vale ressaltar que neste momento o
sistema só operava no sentido de fechamento, mesmo já adotado a Ponte H. Então para cada
teste, tínhamos que soltar uma das engrenagens para voltar com o potenciômetro na posição
inicial

O programa desenvolvido segue abaixo:

int chuvaS=0; // Sensor de chuva, chave digital (entrada digital 02)


int pot=0; // Valor analógico de posicção da janela, potenciômetro
(entrada analógica A0)
int count=0;
int velocidade=0;
int aux=0; //
int motor=0;
int pwm=0;
float posicao=0,fator=0;
float e=2.718281828459045235360287471352; // Constante de Euler

void setup() {
pinMode(02, INPUT);
pinMode(13, OUTPUT);
Serial.begin(9600);
}

void loop()
{
chuvaS=digitalRead(02);
pot=analogRead(A0);
if (chuvaS == 1 && pot<=900)
{
digitalWrite(13, HIGH);
aux=1;
analogWrite(06, 255);
19

count=count+1;
delay(50);
Serial.print(count);
Serial.print(" = ");
Serial.println(pot);
}
if (chuvaS == 0 || pot>900)
{
delay(50);
Serial.print(count);
Serial.print(" = ");
Serial.println(pot);
analogWrite(06, 0);
aux=0;
digitalWrite(13, LOW);
count=0;
}
}

4.3 CÁLCULO PID, GRÁFICOS E MÉTODO DE ZIEGLER-NICHOLS

O ciclo de leitura adotado para todo o cálculo PID é de 50ms, então mantivemos este intervalo
de tempo para montar a curva de reação, coletando os dados e inserindo em uma planilha do
Excel conforme a tabela a seguir:

Linha Tempo Chuva Posição Diferença


(50ms) (S)
0 0 0 0 0
1 0,05 900 0 0
2 0,10 900 0 0
3 0,15 900 0 0
4 0,20 900 0 0
5 0,25 900 0 0
6 0,30 900 0 0
7 0,35 900 15 15
8 0,40 900 30 15
9 0,45 900 47 17
10 0,50 900 64 17
11 0,55 900 79 15
12 0,60 900 94 15
13 0,65 900 109 15
14 0,70 900 127 18
15 0,75 900 145 18
16 0,80 900 160 15
17 0,85 900 177 17
18 0,90 900 194 17
19 0,95 900 210 16
20 1,00 900 226 16
21 1,05 900 244 18
22 1,10 900 258 14
23 1,15 900 274 16
20

24 1,20 900 291 17


25 1,25 900 307 16
26 1,30 900 323 16
27 1,35 900 341 18
28 1,40 900 358 17
29 1,45 900 377 19
30 1,50 900 396 19
31 1,55 900 415 19
32 1,60 900 433 18
33 1,65 900 451 18
34 1,70 900 470 19
35 1,75 900 488 18
36 1,80 900 506 18
37 1,85 900 524 18
38 1,90 900 541 17
39 1,95 900 558 17
40 2,00 900 576 18
41 2,05 900 593 17
42 2,10 900 612 19
43 2,15 900 630 18
44 2,20 900 649 19
45 2,25 900 66 17
46 2,30 900 684 18
47 2,35 900 701 17
48 2,40 900 720 19
49 2,45 0 736 16
50 2,50 0 753 17
51 2,55 0 770 17
52 2,60 0 786 16
53 2,65 0 804 18
54 2,70 0 820 16
55 2,75 0 836 16
56 2,80 0 852 16
57 2,85 0 871 19
58 2,90 0 885 14
59 2,95 0 903 18
60 3,00 0 914 11
61 3,05 0 932 18
62 3,10 0 944 12
63 3,15 0 955 11
64 3,20 0 956 1
65 3,25 0 956 0
66 3,30 0 956 0
67 3,35 0 955 -1
68 3,40 0 956 1
69 3,45 0 956 0
70 3,50 0 956 0
Tabela 1 – Tabela de dados
Fonte: Autoria Própria
21

Plotando os dados no gráfico obtivemos, sendo o eixo x o tempo em segundos e y os pontos de


conversão AD do potenciômetro (posição):

Posição em Função do Tempo


1200

1000

800

600

400

200

0
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
0.40
0.45
0.50
0.55
0.60
0.65
0.70
0.75
0.80
0.85
0.90
0.95
1.00
1.05
1.10
1.15
1.20
1.25
1.30
1.35
1.40
1.45
1.50
1.55
1.60
1.65
1.70
1.75
1.80
1.85
1.90
1.95
2.00
2.05
2.10
2.15
2.20
2.25
2.30
2.35
2.40
2.45
2.50
2.55
2.60
2.65
2.70
2.75
2.80
2.85
2.90
2.95
3.00
3.05
3.10
3.15
3.20
3.25
3.30
3.35
3.40
3.45
Chuva Posição Polinomial (Posição)

Imagem 25 - Posição em função do tempo


Fonte: Autoria Própria

Seguindo o método de Ziegler-Nichols, fizemos as seguintes demarcações:

Imagem 26 – Estímulo degrau de entrada


Fonte: Autoria Própria

Em azul é o estímulo degrau de entrada, ou seja, o detector de chuva. Em vermelho a reta


tangente no ponto onde temos a maior inclinação da curva de reação representada em laranja.
Note que na tabela 1, destacamos este ponto pintando as células em amarelo. No gráfico, este
mesmo ponto é delimitado pelas retas verticais pretas. Em verde, é o momento do estímulo
degrau na entrada do sistema em malha aberta. Serve como parâmetro para o início do valor de
L. Em amarelo é o ponto de cruzamento da reta tangente com o eixo X. Esse é o ponto final
que determina o valor de L. No caso obtivemos L=0,4s. Em roxo é onde a curva deixa de ser
uma reta e inicia uma curva tendendo para se tornar horizontal. O intervalo de tempo entre as
marcações amarela e roxo compreende o valor de T. Em nosso caso foi 2,4s. O Valor de K é o
máximo valor atingido em nossa tabela na coluna posição, com o valor de 956 pontos.
22

4.4 CÁLCULOS

Tendo estes dados em mãos, iniciamos o processo de cálculo

Usando a tabela do método Ziegler- Nichols conseguimos descobrir os fatores Kp, Ti e Td.

Kp Ti Td
P 6,000 Infinito 0,000
PI 5,400 8,000 0,000
PID 7,200 0,800 0,200
Tabela 2 – Método de Ziegler-Nichols
Fonte: Autoria Própria

Para nosso sistema adotamos o controle P I D. Desenvolvendo os cálculos do método,


conseguimos determinar os fatores Kp, Ki e Kd do controle PID.

5. DESENVOLVIMENTO DA NOTIFICAÇÃO VIA INTERNET

Visando proporcionar uma segurança ao usuário, tornando possível um monitoramento remoto,


integramos ao sistema de automação um módulo wi-fi (ESP8266), para permitir a integração
do Arduino, com os serviços de internet.

O Arduino Nano mantém seu papel de microcontrolador mestre, recebendo os dados do sistema
e realizando os comandos necessários, conforme sua programação. Por sua vez, o módulo
ESP8266 assume apenas uma função de escravo, onde recebe e envia os dados, fazendo a ponte
da conectividade.

Após o sensor identificar as gotículas de água, o microcontrolador aciona o motor para realizar
o fechamento da janela. Quando o ponto máximo de fechamento é localizado, somando o valor
1010, o Arduino envia um sinal para o módulo ESP, que por sua vez, faz a comunicação com
a plataforma, onde há, em um espaço dela, um evento programando. A sequência desses fatores
resulta em uma notificação por e-mail, de que a janela foi fechada. A mesma notificação
acontece quando a janela é aberta.

Na interligação entre os dois microcontroladores, observou se que seria necessário criar um


amplificador de sinal entre os dados de comunicação das placas (RX TX), para que os dados
do ESP8266 fossem passíveis de leitura para o Arduino. Isso porque enquanto as taxas de
transmissão do módulo estão em 3,3V, o do Arduino estão em 5V. Ou seja, sem o amplificador,
que foi feito utilizando dois transistores NPN BC547, os dados recebidos pelo Arduino,
ficavam em sua zona morta de leitura.
Os contatos do módulo ESP8266 utilizados para agregar essa funcionalidade ao projeto foram
apenas os pinos (RX), (TX), ligados, respectivamente nos pinos (TX) e (RX) da placa do
Arduino, o (RST) ligado ao PWM 08 (D8), (GND) ligado no mesmo GND do
microcontrolador, para acrescentar um ponto em comum entre eles, e (3,3V) para alimentação
do módulo.
23

5.1 COMUNICAÇÃO ENTRE OS MÓDULOS

Na interligação entre os dois microcontroladores, observou se que seria necessário criar um


amplificador de sinal entre os dados de comunicação das placas (RX TX), para que os dados
do ESP8266 fossem passíveis de leitura para o Arduino. Isso porque enquanto as taxas de
transmissão do módulo estão em 3,3V, o do Arduino estão em 5V. Ou seja, sem o amplificador,
que foi feito utilizando dois transistores NPN BC547, os dados recebidos pelo Arduino,
ficavam em sua zona morta de leitura.

Os contatos do módulo ESP8266 utilizados para agregar essa funcionalidade ao projeto foram
apenas os pinos (RX), (TX), ligados, respectivamente nos pinos (TX) e (RX) da placa do
Arduino, o (RST) ligado ao PWM 08 (D8), (GND) ligado no mesmo GND do
microcontrolador, para acrescentar um ponto em comum entre eles, e (3,3V) para alimentação
do módulo

5.2 PROGRAMAÇÃO DA ESP8266

Imagem 27 – 1ª parte programação ESP8266


Fonte: Autoria Própria
24

Imagem 28 – 2ª parte programação ESP8266


Fonte: Autoria Própria

Imagem 29 – Visualização pelo monitor serial


Fonte: Autoria Própria
25

Imagem 30 – Notificação recebida via e-mail


Fonte: Autoria Própria

Imagem 31 – Programação final


Fonte: Autoria Própria

Imagem 32 – Programação final


Fonte: Autoria Própria
26

Imagem 33 – Programação final


Fonte: Autoria Própria

Imagem 34 – Programação final


Fonte: Autoria Própria
27

6. Conclusão

O desenvolvimento de sensores de chuva é fundamental para a automação residencial,


proporcionando maior conforto e segurança aos moradores. O sensor desenvolvido utiliza
princípios ópticos, especificamente reflexão e refração, para detectar a presença de gotas de
água e acionar o fechamento de janelas.

A reflexão ocorre quando a luz incide em uma superfície e retorna ao meio de origem. No caso
do sensor de chuva, duas lâminas de vidro são posicionadas de forma que a gota de água
preencha o espaço entre elas. Quando a luz da lâmina emissora atinge a interface vidro-água,
parte dela é refletida e parte é refratada. Essa refração ocorre porque o índice de refração da
água é diferente do vidro. Alguns modos de luz penetram na água e viajam até a lâmina
receptora, onde ocorre novamente a reflexão na interface vidro-água.
As impurezas nas lâminas de vidro desempenham um papel crucial. Elas fazem com que alguns
raios de luz sejam rebatidos em várias direções. Alguns desses raios conseguem viajar pela
extremidade do vidro receptor, atingindo o LDR (Light Dependent Resistor). O LDR é um
componente sensível à luz cuja resistência varia conforme a quantidade de luz incidente.
Quando a gota de água preenche o espaço entre as lâminas, a quantidade de luz que alcança o
LDR diminui consideravelmente, resultando em uma redução no valor ôhmico. Esse valor é
então utilizado para acionar o programa desenvolvido em linguagem C++, que automatiza o
fechamento das janelas residenciais.

Em resumo, a aplicação inteligente dos princípios ópticos de reflexão e refração permite que o
sensor de chuva detecte a presença de água e tome medidas adequadas. Essa solução discreta
e eficaz demonstra como a ciência da óptica pode ser aplicada de maneira prática.
28

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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para automóveis, dissertação de mestrado em Engenharia Mecânica, Instituto Superior de
Engenharia de Lisboa, março, 2013.

BOLZANI, C. A. M. Residências Inteligentes: um curso de domótica – 1.ed. – São Paulo.


Editora Livraria da Física, 2004.

BRAGA, M. L. O. Janela automatizada para smart houses com sensor de chuva e aviso
por SMS, Trabalho de conclusão de curso de Engenharia de Computação. Faculdade de
Tecnologia e Ciências Sociais Aplicadas curso de Engenharia de Computação, Centro
Universitário de Brasília – UNICEUB FATECS, DEZ, 2010.

SILVA, Rui. Experiências históricas para a determinação da velocidade da luz. Faculdade


de Ciências da Universidade do Porto.

HELERBROCK, Rafael. Classificação das ondas; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-classificacao-das-ondas.htm.

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https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/espectro-eletromagnetico.htm

HELERBROCK, Rafael. Ondas eletromagnéticas; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/o-que-sao-ondas-eletromagneticas.htm.

CATELLI, F. & MESQUITA, A. Construa você mesmo: sensor de chuva - Revista Brasileira
de Ensino de Física Vol. 41, nº 1, 2019.

DIAS, D. C. Sistema de medição de chuvas para pesquisa aplicada em modelos de terraços


verdes. Monografia de Especialização em Internet das Coisas, Departamento Acadêmico de
Eletrônica, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba, 83 p., 2019.

ESCHNER, R.H. Sistema de automação residencial baseado em sensores ZigBee. Trabalho


de conclusão de curso. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Informática,
Curso da Ciência da Computação, orientador Prof. Dr. José Cesar Netto, Porto Alegre, DEZ,
2011.

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