ATCC VF
ATCC VF
Resumo
1. INTRODUÇÃO
O clima no Brasil é bastante diversificado, as estações não são bem definidas. O estado de São
Paulo, por exemplo, é caracterizado pela diversidade de climas (FATIGATI, 2009), há regiões
onde a temperatura pode variar consideravelmente em um único dia, indo do calor extremo ao
frio extremo ou vice e versa, podendo ocasionar incidência de chuvas repentinas, mesmo em
dias que os estudos meteorológicos não apresentem indícios.
Com isso, pensando na comodidade para situações em que seja necessário se ausentar de um
local por um período, surge a ideia de um sensor que detecta a presença de gotículas de água
(chuva) e que na sequência seja capaz de fechar janelas, ou seja, automatizá-la. No mercado há
diversos tipos de medidores de chuva disponíveis, desde os mais simples, como recipientes
coletores da água de chuva até sistemas mais complexos por sensoriamento remoto, como por
exemplo, radar e satélites. Segundo o princípio de funcionamento, eles podem ser
classificados como eletromecânicos, mecânicos, piezoelétricos, ópticos, dentre outros
(LANZA & STAGI, 2008; SERRA et al., 2001)
Para detectar as gotas da chuva, utilizamos como base os princípios de ótica, mais
especificamente os fenômenos de reflexão e refração. Num primeiro momento, pensamos em
explorar este fenômeno através de uma lâmina retangular de vidro, onde em uma de suas
extremidades instalou-se uma fonte de luz por meio de um LED (Diodo Emissor de Luz),
denominada branco quente, atuante na faixa de espectro visível.
Visando uma redução nos riscos de impacto ao fechar e abrir a janela, utilizando Arduino Nano
implementamos uma função de desaceleração do motor ao chegar perto dos pontos máximos
de abertura e fechamento. Trabalhando em conjunto com um sistema de reconhecimento de
pontos (máximo e mínimo) o sistema recebe o estímulo de degrau do sensor de chuva quando
acionado. Este sinal é injetado na entrada digital, gerando um estímulo digital e assume um
valor de set point, um potenciômetro conectado mecanicamente ao sistema de movimentação
da janela, faz com que o sistema reconheça os pontos de máxima e mínima, sendo 1010 pontos
totalmente fechada e 10 pontos janela totalmente aberta.
Dessa maneira, o sistema entende que deve procurar pela posição 1010 pontos ao receber o
sinal do sensor. Então o motor é acionado com base nos valores P I D, excitados pela diferença
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entre o set point e o valor analógico digital proveniente do pino de entrada analógica A0,
correspondente ao nível de tensão do cursor do potenciômetro.
Ao longo do deslocamento a diferença entre o set point e o posicionamento real vão diminuindo
e o sistema reage a isto de acordo com o controle P I D programado no sistema. A intenção é
que a janela se feche o mais rápido possível, tendo uma desaceleração gradual próximo do
fechamento para que não ocorra nenhuma colisão com o fim de curso mecânico da janela,
evitando assim qualquer avaria.
2. DESENVOLVIMENTO DO SENSOR
Para detectar as gotas da chuva, utilizamos como base os princípios de ótica, mais
especificamente os fenômenos de reflexão e refração que descrevem e prevê o comportamento
da luz ao atravessar corpos translúcidos com diferentes tipos de índice de refração. Num
primeiro momento, pensamos em explorar este fenômeno através de uma lâmina retangular de
vidro, onde em uma de suas extremidades seria instalado um emissor de Luz (LED no espectro
de luz visível) e na outra extremidade um sensor de luz (LDR que também trabalha no espectro
visível) mas este arranjo se mostrou pouco sensível as gotas. Então decidimos adotar duas
lâminas de vidro, sendo uma opticamente conectada ao LED, e recebendo assim a denominação
de lâmina emissora. A Outra foi conectada opticamente ao LDR, sendo assim a lâmina
receptora. As lâminas são montadas paralelamente uma à outra com tal folga que consiga
preservar as gotas de chuva que ali caírem. Como o índice de refração da água é muito mais
próximo ao do vidro do que do ar, esta gota existente entre as duas lâminas funciona como um
ponto ótico, permitindo que os modos de luz que viaja na lâmina emissora permeiam a lâmina
receptora. Estes modos de luz agora alcançam o LDR, o que é suficiente para o sistema perceber
que está havendo chuva.
Neste arranjo óptico, o objetivo é guiar os modos de luz (ou raios) que entram diretamente no
vidro, fazendo com que percorram seu interior até alcançar a outra extremidade. Nesse ponto,
encontramos o LDR, que atua como um detector da quantidade de luz que o atinge. Devido à
espessura do vidro, ocorrem quatro tipos de dispersão dos modos de luz enquanto atravessam
o material. Essa situação pode ser analogamente comparada ao comportamento observado em
fibras ópticas do tipo degrau e multimodo, como ilustrado na imagem abaixo:
2.1.1.1.1 Horizontais: Também sendo definido como totalmente alinhados com o plano
da lâmina do vidro. Estes modos atravessam toda a extensão do vidro de forma
direta. Na figura 4 estes modos então representados em azul;
2.1.1.1.2 Modos com angulação abaixo do crítico em relação ao plano da lâmina: São
os modos de luz que assumem um ângulo pequeno, mas diferente do horizontal,
viajando dentro do vidro até alcançar a superfície da lâmina. Neste ponto temos
o fenômeno da reflexão. O modo de luz tendendo a escapar para o ar justamente
na interface de vidro/ar. Nesta transição do meio vidro para o meio ar, temos
uma mudança brusca de uma propriedade ótica denominada “índice de
refração”, onde o ar tem índice de 1,003 e o vidro ˜= 1,52. Quando o modo de
luz encontra o ar, a lateral do modo que encontra o ar aumenta ligeiramente sua
velocidade pelo fato do ar ter índice menor, fazendo o modo se curvar de voltar
para dentro do vidro, completando assim sua reflexão. Na imagem 4 podemos
identificar esse modo como aquela representada na cor preta;
2.1.1.1.3 Modos com angulação crítica em relação ao plano da lâmina: São os modos
de luz que possuem um ângulo crítico, ou seja, o ponto onde não ocorrerá
reflexão e nem dispersão para o ar deste modo. Por ser um meio termo, este
modo percorrerá a lâmina de vidro justamente na interface ar/vidro. Na figura 6
podemos observar a representação deste fenômeno no modo de luz percorrendo
a interface de n1 e n2, formando um Ângulo de 90° em relação ao eixo y;
Entendendo os conceitos relatados acima, entendemos que quando temos a presença de uma
gota d’água na superfície da lâmina de vidro, pelo fato de a água ter um índice de refração mais
próximo do vidro do que o ar, o efeito que se tem com a presença dessa gota é equivalente a
uma deformação da superfície do vidro. A interface entre vidro e água tem sua diferença baixa
pela perspectiva do índice de refração, fazendo com que facilmente alguns módulos de luz
penetrem a gota d’água. Sendo a gota de vidro um formato de cúpula ou semiesfera, quando
depositada na superfície da lâmina, facilmente alguns modos de luz podem alcançar a interface
água/ar em um ângulo acima do ângulo crítico, fazendo este modo se dispersar pelo ar.
O raciocínio então é, uma vez a lâmina de vidro seca, temos determinada quantidade de modos,
ou intensidade de luz, alcançando o receptor (LDR). Mais modos de luz se dispersam para o ar
com a presença de gotas na superfície do vidro, fazendo com que menos modos de luz chegam
ao receptor (LDR). Menos luz no LDR teremos um aumento em ser valor ôhmico. Podemos
comprovar tais analises na prática, conforme imagens abaixo:
Portanto, com os experimentos realizados acima, é possível afirmar a teoria adotada para a
execução do projeto. No entanto, para a versão final do projeto de sensor, foi adicionado uma
segunda lâmina de vidro, para aumentar a sensibilidade. Ambas foram dispostas de forma
paralela, sendo uma conectada oticamente ao LED e a outra ao LDR. As extremidades onde
estão montados estes componentes tem uma distância entre as lâminas um pouco maior (2mm).
Já na outra extremidade onde as lâminas de vidro estão livres de componentes (LED e LDR)
temos 1mm de distanciamento. Isso foi pensado para que as gotas aprisionadas entre as lâminas
se concentrem na extremidade mais distante dos componentes eletrônicos, por efeito de
capilaridade.
com esse novo arranjo, uma camada de ar com índice de refração baixo em relação ao vidro
faz com que ambas as lâminas permaneçam desconectadas oticamente.
Quando uma gota preenche o espaço entre as lâminas e ali fica armazenada, modos de luz da
lâmina emissora conseguem migrar para a lâmina receptora, como se a gota fizesse o papel de
uma ponte ótica. Isto ocorre pois a água, que um índice de refração mais próxima a do vidro
do que a do ar “permite” que alguns modos de luz que transitavam na lâmina emissora em
reflexão (ziguezagueando a lâmina), não encontre a interface vidro/ar, e sim vidro/água. Com
isso não ocorre a reflexão e sim a refração. Estes modos de luz penetram na água e viajam por
ela até alcançar a outra lâmina de vidro, que é a receptora. Com a interface água/vidro
novamente, não ocorre a reflexão de certos modos de luz e ele penetram a lâmina de vidro
receptora.
Como as lâminas de vidro estão longe de serem livre de impurezas, modos de luz se rebatem
para todos os lados, sendo alguns desses capazes de viajar pela extinção do vidro receptor, nos
ângulos corretos, para que através da reflexão na interface vidro/ar alcancem o receptor LDR.
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Neste novo arranjo tivemos uma melhora na sensibilidade considerável. Os valores saltaram
alguns Kilo Ohms quando comparado a situação de ausência de gota e presença de gota, como
pode ser observada nas imagens abaixo:
Com os valores ôhmicos apresentados, é possível confirmar a teoria na prática. Uma vez que
quanto maior a quantidade de Luz chegando ao LDR, o valor ôhmico diminui.
Propagação da Luz na óptica de Kepler: Kepler construiu uma teoria geral sobre a natureza
da luz e a sua propagação, estudando fenômenos que vão desde o funcionamento de uma
câmera escura, a utilização de lentes e a formação das imagens num espelho, sendo estes
fenômenos susceptíveis de um estudo geométrico. O essencial da sua teoria prende-se ao fato
de a luz ser algo imaterial que emana de uma fonte sob a forma de um fluxo e que se comunica
com os corpos por uma “conjugação” de dimensões. Acrescenta ainda que a luz se difunda
esfericamente e se propaga inversa ao quadrado da distância. Para ele a óptica é puramente
geométrica. Kepler descobriu a reflexão interna total, obteve a aproximação para pequenos
ângulos da lei da refração, em que os ângulos de incidência e refração são proporcionais.
Obra de Euler em óptica física: A luz se propaga com velocidade finita é decisiva em toda a
obra de Euler, levando-o a tratar a luz como um processo cinemático. Com seus experimentos
descobriu a diferença fundamental entre as teorias ondulatória e corpuscular, o que chamamos
hoje de princípio da relatividade.
Teoria corpuscular: Quando as partículas de luz penetram num meio mais denso recebem um
impulso atrativo perpendicular à superfície refletora. O momento conserva-se na componente
paralela à superfície refletora, sendo o índice de refração dado pela expressão
n(água)=v(água)/v(ar). Na teria ondulatória, o tempo de propagação da luz é uniforme na
direção perpendicular á paralela dos raios refratados, sendo o índice de refração dado pela
expressão (água)=v(ar)/v(água).
A classificação das ondas permite dividi-las de acordo com sua natureza, direção de
propagação e direção de vibração. De acordo com sua natureza, a onda pode ser classificada
em mecânica, eletromagnética e gravitacional; de acordo com as direções de propagação,
classifica-se como unidimensional, bidimensional ou tridimensional; e de acordo com a direção
de vibração, como longitudinal ou transversal.
O que são ondas? Ondas são fenômenos que se propagam no tempo e no espaço transportando
energia, sem transportar matéria. São geradas por algum tipo de estímulo, que pode ou não ser
periódico, isto é, pode ou não se repetir com regularidade.
infravermelho, luz visível, ultravioleta, raios x e raios gama, em ordem crescente de frequência
e energia.
As ondas eletromagnéticas surgem com base na interação entre campos elétricos ou campos
magnéticos variáveis. Essas se propagam no vácuo com a mesma velocidade que a luz, cerca
de 300 mil quilômetros por segundo. Diferentemente das ondas mecânicas, como o som, as
ondas eletromagnéticas podem propagar-se tanto em meios materiais quanto no vácuo. Por
tratar-se de fenômenos ondulatórios, elas podem sofrer reflexão, refração, absorção, difração,
interferência, espalhamento e polarização.
5𝑉−3,6𝑉 1,4
𝐼𝑙𝑒𝑑 = = = 0,014𝐴 = 14𝑚𝐴
100 Ω 100 Ω
Faremos então a simulação em dois momentos distintos do LDR, no que diz respeito à
incidência de luz sobre ele:
Imagem 15: Queda de tensão na saída do circuito para o Arduino, sem água.
Fonte: Autoria própria
Num primeiro momento temos a ausência de água entre as lâminas, ficando o LDR em torno
de 33kΩ. Com isso temos:
5𝑉 5 5
𝐼= = = = 94,34𝑚𝐴
𝑅2 + 𝑅3 20000 + 33000 53000
Imagem 16: Queda de tensão na saída do circuito para o Arduino, com água.
Fonte: Autoria própria
Num segundo momento, com as gotas d´água presentes no sensor, temos maior incidência de
luz sobre o LDR, diminuindo seu valor ôhmico representado por R3 aos 17KΩ. Teremos então:
5𝑉 5 5
𝐼= = = = 135,14𝑚𝐴
𝑅2 + 𝑅3 20000 + 17000 37000
Sendo assim, nessa simulação, usando dados coletados durante ensaios, temos uma variação
em tensão de:
0,816
Δ𝑉% = × 100% = 16,3%
5
13
• Arduino nano: adotamos este Arduino por conter todos os recursos necessários para o
nosso desenvolvimento, além da vantagem do seu tamanho reduzido;
Imagem 17: Arduino nano com todas as suas portas lógicas, analógicas e PWM.
Fonte:
• Motor elétrico com caixa de redução: Adotado um motor de 5Vcc com caixa de redução
acoplada;
O projeto desta etapa foi montado conforme figuras abaixo utilizando todos os materiais citados
anteriormente:
Visando uma redução nos riscos de impacto ao fechar e abrir a janela, utilizando Arduino Nano
desenvolvemos uma função de desaceleração do motor ao chegar perto dos pontos máximos
de abertura e fechamento. Trabalhando em conjunto com um sistema de reconhecimento de
posicionamento da janela em vários pontos além dos pontos máximo e mínimo. O conjunto
recebe o estímulo de degrau do detector de chuva quando acionado. Este sinal é injetado na
entrada digital D2 (02), gerando um estímulo digital e assume um valor de set point, um
potenciômetro conectado mecanicamente ao sistema de movimentação da janela, faz com que
o sistema reconheça os pontos de máxima e mínima, sendo 1010 pontos totalmente fechada e
10 pontos janela totalmente aberta. Dessa maneira, o sistema entende que deve procurar pela
posição 1010 pontos ao receber o sinal do detector. Então o motor é acionado com base nos
valores P I D, excitados pela diferença entre o set point e o valor analógico digital proveniente
do pino de entrada analógica A0, correspondente ao nível de tensão do cursor do
potenciômetro.
O sistema aciona o motor através dos pinos PWM 06 (fechar a janela) e o PWM 05 (abrir a
janela), sendo que cada uma dessas saídas está conectada em dois os transistores BC547,
configurados em ponte H, o que permite a inversão do sentido da corrente elétrica no nosso
motor, em outras palavras, temos o controle do sentido de rotação dele.
Ao longo do deslocamento a diferença entre o set point e o posicionamento real vão diminuindo
e o sistema reage a isto de acordo com o controle P I D programado no sistema. A intenção é
que a janela se feche o mais rápido possível, tendo uma desaceleração gradual próximo do
fechamento para que não ocorra nenhuma colisão com o fim de curso mecânico da janela,
evitando assim qualquer avaria. Ao ocorrer o secamento do detector de chuva, o estímulo ao
degrau de entrada volta abruptamente ao nível zero. O Set Point assumido nessa condição volta
para 10 pontos, e uma segunda sub-rotina do programa assume a função de abrir a janela,
movimentando-a agora no sentido inverso com os mesmos cuidados do fechamento.
4.1 PROGRAMAÇÃO
A seguir o programa criado para operação do sistema pelo Arduino para o fechamento
automático da janela:
void setup() {
pinMode(02, INPUT);
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pinMode(13, OUTPUT);
//Serial.begin(9600);
}
void loop()
{
chuvaS=digitalRead(02);
pot=analogRead(A0);
if (chuvaS == 1 && pot<fechada)
{
//if(aux == 1){somaerro=0;dif=0;}
//aux=1;
erro=(fechada-pot)/4;
prop=erro*Kp;
somaerro=(erro+somaerro);
integ=somaerro*Ki;
dif=potA-pot;
dev=dif*Kd;
saida=prop+integ+dev;
potA=pot;
if (saida > 255){saida=255;}
if (saida < 0){saida=0;}
digitalWrite(13, HIGH);
analogWrite(05, 0);
delay(50);
analogWrite(06, saida);
//Serial.print(pot);
//Serial.print(" = ");
//Serial.println(dev);
}
if ((chuvaS == 1 && pot>=fechada) || (chuvaS == 0 && pot<=aberta))
{
analogWrite(05, 0);
analogWrite(06, 0);
somaerro=0;
dif=0;
}
if (chuvaS == 0 && pot>aberta)
{
//if(aux == 0){somaerro=0;dif=0;}
//aux=0;
erro=(pot-aberta)/4;
prop=erro*Kp;
somaerro=(erro+somaerro);
integ=somaerro*(Ki);
dif=pot-potA;
dev=dif*Kd;
saida=prop+integ+dev;
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potA=pot;
if (saida > 255){saida=255;}
if (saida < 0){saida=0;}
digitalWrite(13, HIGH);
analogWrite(06, 0);
delay(50);
analogWrite(05, saida);
//Serial.print(pot);
//Serial.print(" = ");
//Serial.println(dev);
}
}
Já com o dispositivo físico montado, criamos um programa específico no Arduino IDE para
levantar a curva de reação para fechamento da janela. Vale ressaltar que neste momento o
sistema só operava no sentido de fechamento, mesmo já adotado a Ponte H. Então para cada
teste, tínhamos que soltar uma das engrenagens para voltar com o potenciômetro na posição
inicial
void setup() {
pinMode(02, INPUT);
pinMode(13, OUTPUT);
Serial.begin(9600);
}
void loop()
{
chuvaS=digitalRead(02);
pot=analogRead(A0);
if (chuvaS == 1 && pot<=900)
{
digitalWrite(13, HIGH);
aux=1;
analogWrite(06, 255);
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count=count+1;
delay(50);
Serial.print(count);
Serial.print(" = ");
Serial.println(pot);
}
if (chuvaS == 0 || pot>900)
{
delay(50);
Serial.print(count);
Serial.print(" = ");
Serial.println(pot);
analogWrite(06, 0);
aux=0;
digitalWrite(13, LOW);
count=0;
}
}
O ciclo de leitura adotado para todo o cálculo PID é de 50ms, então mantivemos este intervalo
de tempo para montar a curva de reação, coletando os dados e inserindo em uma planilha do
Excel conforme a tabela a seguir:
1000
800
600
400
200
0
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
0.40
0.45
0.50
0.55
0.60
0.65
0.70
0.75
0.80
0.85
0.90
0.95
1.00
1.05
1.10
1.15
1.20
1.25
1.30
1.35
1.40
1.45
1.50
1.55
1.60
1.65
1.70
1.75
1.80
1.85
1.90
1.95
2.00
2.05
2.10
2.15
2.20
2.25
2.30
2.35
2.40
2.45
2.50
2.55
2.60
2.65
2.70
2.75
2.80
2.85
2.90
2.95
3.00
3.05
3.10
3.15
3.20
3.25
3.30
3.35
3.40
3.45
Chuva Posição Polinomial (Posição)
4.4 CÁLCULOS
Usando a tabela do método Ziegler- Nichols conseguimos descobrir os fatores Kp, Ti e Td.
Kp Ti Td
P 6,000 Infinito 0,000
PI 5,400 8,000 0,000
PID 7,200 0,800 0,200
Tabela 2 – Método de Ziegler-Nichols
Fonte: Autoria Própria
O Arduino Nano mantém seu papel de microcontrolador mestre, recebendo os dados do sistema
e realizando os comandos necessários, conforme sua programação. Por sua vez, o módulo
ESP8266 assume apenas uma função de escravo, onde recebe e envia os dados, fazendo a ponte
da conectividade.
Após o sensor identificar as gotículas de água, o microcontrolador aciona o motor para realizar
o fechamento da janela. Quando o ponto máximo de fechamento é localizado, somando o valor
1010, o Arduino envia um sinal para o módulo ESP, que por sua vez, faz a comunicação com
a plataforma, onde há, em um espaço dela, um evento programando. A sequência desses fatores
resulta em uma notificação por e-mail, de que a janela foi fechada. A mesma notificação
acontece quando a janela é aberta.
Os contatos do módulo ESP8266 utilizados para agregar essa funcionalidade ao projeto foram
apenas os pinos (RX), (TX), ligados, respectivamente nos pinos (TX) e (RX) da placa do
Arduino, o (RST) ligado ao PWM 08 (D8), (GND) ligado no mesmo GND do
microcontrolador, para acrescentar um ponto em comum entre eles, e (3,3V) para alimentação
do módulo
6. Conclusão
A reflexão ocorre quando a luz incide em uma superfície e retorna ao meio de origem. No caso
do sensor de chuva, duas lâminas de vidro são posicionadas de forma que a gota de água
preencha o espaço entre elas. Quando a luz da lâmina emissora atinge a interface vidro-água,
parte dela é refletida e parte é refratada. Essa refração ocorre porque o índice de refração da
água é diferente do vidro. Alguns modos de luz penetram na água e viajam até a lâmina
receptora, onde ocorre novamente a reflexão na interface vidro-água.
As impurezas nas lâminas de vidro desempenham um papel crucial. Elas fazem com que alguns
raios de luz sejam rebatidos em várias direções. Alguns desses raios conseguem viajar pela
extremidade do vidro receptor, atingindo o LDR (Light Dependent Resistor). O LDR é um
componente sensível à luz cuja resistência varia conforme a quantidade de luz incidente.
Quando a gota de água preenche o espaço entre as lâminas, a quantidade de luz que alcança o
LDR diminui consideravelmente, resultando em uma redução no valor ôhmico. Esse valor é
então utilizado para acionar o programa desenvolvido em linguagem C++, que automatiza o
fechamento das janelas residenciais.
Em resumo, a aplicação inteligente dos princípios ópticos de reflexão e refração permite que o
sensor de chuva detecte a presença de água e tome medidas adequadas. Essa solução discreta
e eficaz demonstra como a ciência da óptica pode ser aplicada de maneira prática.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRE, A. S. G. P. Estudo e desenvolvimento de um sensor de chuva piezoelétrico
para automóveis, dissertação de mestrado em Engenharia Mecânica, Instituto Superior de
Engenharia de Lisboa, março, 2013.
BRAGA, M. L. O. Janela automatizada para smart houses com sensor de chuva e aviso
por SMS, Trabalho de conclusão de curso de Engenharia de Computação. Faculdade de
Tecnologia e Ciências Sociais Aplicadas curso de Engenharia de Computação, Centro
Universitário de Brasília – UNICEUB FATECS, DEZ, 2010.
CATELLI, F. & MESQUITA, A. Construa você mesmo: sensor de chuva - Revista Brasileira
de Ensino de Física Vol. 41, nº 1, 2019.