Secador Contnuo Spray Dryer
Nomes: Alan de Souza Mendes Glucio Andrade da Silva Matheus Dal Cim Ribeiro Rmulo Henrique Pires Pereira Vitor Brando de Melo
Introduo
Este trabalho visa apresentar os princpios bsicos da secagem por atomizao e revisitar sua importncia na indstria alimentcia, os secadores por nebulizao, mais conhecidos por spray dryers tm como princpio bsico a maximizao da rea de troca de calor e massa durante a secagem. Esta tcnica pode ser aplicada a qualquer material bombevel, ou seja, com comportamento lquido como, por exemplo, pastas, lamas, suspenses e solues.
Secador de Leito Fluidizado
Pode ser vertical e horizontal. O ar de secagem atravessa uma placa perfurada, provocando uma turbulncia no produto que se encontra sobre ela. Quando o conjunto comea a flutuar sobre a placa passa a ser denominado leito fluidizado. Os secadores fluidizados operam com grandes vazes de produto e fluxos de gases, sendo especialmente indicados para o processamento de carves, escrias, minerais em geral bem como dos mais diversos produtos manufaturados. No um secador comumente utilizado na secagem de produtos agrcolas, j que possui baixa capacidade de secagem e elevada potncia exigida pelo ventilador.
Liofilizador
A liofilizao uma tcnica de secagem por sublimao da gua, a presso reduzida e baixa temperatura, que recomendada para produtos sensveis s tcnicas habituais de secagem. um importante processo industrial para secagem de alimentos, partes de materiais cirrgicos, farmacuticos e outros, os quais tm estrutura interna ou composio qumica sujeitas degradao trmica.
Secadores Industriais
O spray dryer (secador por asperso) um equipamento que admite a alimentao somente em estado fluido (soluo, suspenso ou pasta) e a converte em uma forma particulada seca pela asperso do fluido em um agente de secagem aquecido (usualmente o ar).
Secadores
Observao
Naturalmente, apenas uma boa rea de contato no suficiente para assegurar uma secagem eficiente, fazendo-se necessrio fornecer a energia para vaporizao do lquido (gua) e tambm suficiente dessecante (ar) absorver toda a umidade.
Mecanismos para atomizar a alimentao
Bocal de um nico fluido: o mais utilizado e produz partculas maiores que as produzidas pelo rotatrio (e.g., 120 250 m). Bocal pneumtico:(ou de dois fluidos) utilizado para pequenas operaes de secagem e em ocasies em que a alimentao relativamente mais viscosa. Atomizador rotatrio: preferido para maiores valores de vazo de alimentao (e.g., excedendo 5 t/h). Este tipo de atomizador produz partculas relativamente menores (30 120 m) e as tendncias ao entupimento so desprezveis devido aos largos canais de escoamento.
Formas de Secagem
Concorrente: expe as gotas maior temperatura do agente de secagem e, desta forma, uma rpida evaporao ocorre. Portanto, esta caracterstica pode levar a produtos que apresentam baixa densidade de partculas e que consistem de estruturas ocas. Contracorrente : expe as partculas que esto quase secas s temperaturas mais elevadas e, desta forma, produtos extremamente secos podem ser produzidos.
Esquemas de funcionamento
Fatores que influenciam a secagem
DIAGRAMA ESQUEMTICO SPRAY DRYER
Atomizador de Presso
No atomizador de presso, o alimento bombeado para o bico atomizador a altas presses, e obrigado passar por um orifcio de dimetro muito pequeno.
Atomizador duplo fluido
O atomizador centrfugo, ou disco rotativo, basicamente um disco que gira na extremidade de um eixo, e onde injetado o material liquido que se acelera radialmente, pulverizando o alimento na cmara de secagem.
Tamanho da Atomizao
Qualidade e tamanho mdio da gotcula
Aplicaes
A secagem por atomizao aplicada a qualquer produto possvel de ser bombeado, como emulses, pastas, solues e suspenses nas seguintes indstrias: Farmacutica: Antibiticos e derivados, vacinas, vitaminas, frmacos em geral. Cermica: Argilas diversas e especiais. Qumica orgnica: cidos, sais orgnicos, compostos nitrogenados, plsticos, resinas, catalisadores e corantes,fertilizantes, pesticidas, inseticidas, detergentes em geral, taninos naturais e sintticos, etc. Microencapsulao: a incluso da substncia ativa em uma matriz slida de polmero formando uma micro esfera. A microencapsulao tem aplicaes em produtos como leos essenciais, herbicidas, inseticidas, armadilhas biolgicas, biopesticidas, frmacos,produtos alimentcios, suplementos minerais, aromas, fragrncias, aditivos naturais entre outros.
Aplicao indstria de alimentos
O spray dryer ideal para a secagem de produtos sensveis ao calor, onde a escolha do sistema e da operao a chave para se obter o mximo de nutritivos e de qualidade no p.
Apresentao do problema
Um secador contnuo(contracorrente) ser instalado para secar 455 de material seco. Ao entrar no secador, o material(slido granular) contm 0,04 , a uma temperatura de 27 e para ser descarregado a 63. O material seco apresenta capacidade de 1,465 .,considerada constante nas faixas de temperatura apresentadas.
Apresentao do problema
O ar, proveniente do aquecedor, entra no secador a 90 e a sua temperatura na sada do secador, no deve superar os 40. A temperatura do ar ambiente de 20 com umidade relativa de 30%. A umidade final do slido desejada para o processo de 0,002
Apresentao do problema
Objetivos:
Vazo de ar necessria para secagem ;
Calor externo a ser introduzido ; Umidade na sada do ar 2 ;
Obs: no h perdas de calor no secador.
Diagrama esquemtico
Dados do problema
2 = 4,187 . = 1,005 . = 1,880 .
Dados do problema
Dados da carta psicomtrica ( ) 0 = 20 ( ) 0 = 30% ( ) 2 0 = 0,0045 ( ) 0 = 31 ()
Sistema do Aquecedor
A umidade absoluta do ar na entrada do aquecedor igual umidade na sada do mesmo. 2 0 = 1 = 0,0045 ( )
Produo de slido seco
A quantidade de massa de slido seco produzida durante o processo : 1 = 455 1 1 = 455 1 1 + 1
O Ttulo 1 quantidade de umidade desejada no material slido ao fim do processo de secagem, 1 = 0,002
Produo de slido seco
= 455 1
1
1 = 455 1 1 + 1
Substituindo o valor do Ttulo 1 :
0,002 = 455 1 1 + 0,002
Por fim, = 454,0918
Interpretao do desenho esquemtico
Primeiramente, o balano de umidade no secador: 1 + 2 = 2 + 1
Balano de umidade
1 + 2 = 2 + 1 1 = 0,0045 = 454,0918 2 = 0,040 1 = 0,002 0,0045 2 = 17,29 17,29 2 = 0,0045 +
Balano de energia
Para este, utiliza-se a entalpia do gs de entrada a 90, 1 = 1 + 1 0
1 = 90 ( ) = 0 ( ) 1 = 0 = 2501 ( ) = calor mido da mistura
Balano de energia
= + 1 ,
= 1,005. = 1,880.
= 1,005 + 1,880 0,0045 = 1,01346.
Balano de energia
1 = 1 + 1 0
1 = 1,01346 90 0 + 0,0045 (2501)
1 = 102,4659
( )
Balano de energia
Entalpia para o gs na sada do secador, com temperatura a 40: 1 = 2 + 2 0 1 = 40 ( ) = 0 ( ) 2 = 0 = 2501 ( ) = na sada do secador
Balano de energia
= + 2 ,
= 1,005. = 1,880.
= 1,005 + 1,880 2 = (1,005 + 1,880 2 ).
Balano de energia
1 = 2 + 2 0 1 = (1,005 + 1,8802 ) 40 0 + 2 (2501) 1 = (40,2 + 2576,22 ) ( )
Balano de energia
Entalpia para o slido na entrada do secador (2 ), com temperatura de 27 : 2 = 2 + 2 (2 )
2 = 27 ( ) = 0 ( ) 2 = 0,040 ( = 1,465 = 4,187
Balano de energia
2 = 2 + 2 (2 ) 2 = 1,465 27 0 + (0,040)(4,187)(2 ) 2 = 44,07696
Balano de energia
Entalpia para o slido na sada do secador (1 ), com temperatura de 63 : 1 = 1 + 1 (1 )
1 = 63 ( ) = 0 ( ) 1 = 0,002 ( ) = 1,465 = 4,187
Balano de energia
1 = 1 + 1 (1 ) 1 = 1,465 63 0 + (0,002)(4,187)(63 0) 1 = 92,823
Balano de energia Resultados
1 + 2 = 2 + 1
102,4659 + 454,0918 44,07696 = (40,2 + 2576,2 2 ) + (454,0918)(92,823)
Balano de energia Resultados
102,4659 =
17,29 (40,2 + 2576,2(0,0045 + ) + 22135,16
= 432,25
(Vazo de ar necessria para secagem)
Balano de energia Resultados
Achado o valor de , podemos determinar o valor de 2 , a partir da seguinte relao obtida anteriormente, 17,29 2 = 0,0045 + 17,29 2 = 0,0045 + 432,25 2 2 = 0,043975 (Umidade na sada do ar)
Balano de energia Resultados
Por fim, encontramos o calor externo a ser introduzido , = 1 0 = 432,25 102,4659 31 = 30891,13 (Calor externo a ser introduzido)
Resultados
= 432,25
2 2 = 0,043975 = 30891,13 OBS: Valores obtidos desconsiderando eventuais perdas.
Anlise com perdas
Agora, com uma perda de 20% no secador, sero calculadas as reas necessrias com as respectivas velocidades que atendam a secagem solicitada. Dados:
1 = 90 = 0,942
Anlise com perdas Diagrama esquemtico
Anlise com perdas
Para suprir a perda de 20% de calor fornecido, multiplica-se o valor obtido anteriormente para por 1,25, assim, = 1,25 31302,06 =
= 38613,919
Anlise com perdas
Mantendo inalteradas as condies de entrada (para o slido e para o gs) e alterando apenas as condies de sada do gs, Obtemos uma nova vazo de ar para a secagem: = 1 0
Anlise com perdas
= 1 0
38613,919 = (102,4659 31) = 540,3
Anlise com perdas
Nova umidade do ar na sada, 17,29 2 = 0,0045 + 540,3
2 2 = 0,03650
Anlise com perdas
Clculo da rea da seo transversal do secador: = = = 540,3 3600 = 0,152
Anlise com perdas Dimensionamento
Velocidade (m/s) 0,5 rea( ) 0,319
1,0 1,5
2,0 2,5
0,141 0,106
0,079 0,063
Grficos
rea (m) 0.3
rea x Velocidade
0.25
0.2
0.15
0.1
0.05
0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Velocidade ( m/s)
Grficos
Umidade
0.021
Umidade x Temperatura
0.020
0.020
0.019
0.019
0.018
0.018
0.017
0.017
20
40
60
80
100
120
140
160 Temperatura (C)
Concluso
Dada a grande aplicabilidade dos secadores industriais em seus variveis tipos, que vai desde a aplicao na indstria alimentcia, passando pela indstria metalrgica e at a indstria farmacutica; faz-se necessrio o estudo e o aperfeioamento dos mesmos para um melhor dimensionamento, proporcionando assim bom rendimento e economia.
Bibliografia
Transferncia de Calor e Massa, engel e Ghajar, 4 edio. Fundamentos da Transferncia de Calor - Incropera,DeWitt Princpos da Transferncia de Calor - Kreith,Bohn GEA Niro A/S Filkov, I; Mujumbar, A.S. (1995) Sokhansanj, S.; Jayas, D.S. (1995) Drying of Foodstuffs Masters, K. (1979) Spray Drying. Leonard Hill Books, London. Labmaq do Brasil Ltda. (2003) Manual de Operaes do MiniSpray Dryer MSD