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Emoções e Cognição: Interações e Impactos

Este documento discute a influência das emoções no processo cognitivo. Aborda definições de cognição, emoções e sentimentos, apresenta uma perspectiva histórica do estudo da relação entre afetividade e cognição, e discute a visão do neurocientista Antonio Damasio sobre como as emoções são fundamentais para o aprendizado. Também descreve as três unidades do cérebro humano e teorias sobre como as estruturas cerebrais formam as emoções.
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Emoções e Cognição: Interações e Impactos

Este documento discute a influência das emoções no processo cognitivo. Aborda definições de cognição, emoções e sentimentos, apresenta uma perspectiva histórica do estudo da relação entre afetividade e cognição, e discute a visão do neurocientista Antonio Damasio sobre como as emoções são fundamentais para o aprendizado. Também descreve as três unidades do cérebro humano e teorias sobre como as estruturas cerebrais formam as emoções.
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Inuncia das Emoes na Cognio

Kelly Marion Duran RA009060


Lauro Ramos Venancio RA009078
Lucas dos Santos Ribeiro RA009156
1o Semestre de 2004

1 Introduo
H muito tempo o homem tenta conhecer e explicar o que ocorre no processo de aprendizado. Neste
trabalho, abordaremos o papel das emoes no processo de cognio. Primeiramente, deniremos os
termos

cognio, emoes

sentimentos.

Em seguida, apresentaremos uma perspectiva histrica do

estudo da cognio e sua relao com a afetividade. Discutiremos ento a viso de Antonio Damasio,
estudioso contemporneo do assunto. Finalmente, abordaremos a questo da neurosiologia e por m
apresentaremos algumas concluses.

2 Cognio
Cognio o processo de conhecer. Envolve os seguintes aspectos:

Ateno: concentrao da mente no objeto selecionado. Pode ser involuntria, passiva e espontnea (ocasionada por estmulos externos) ou controlada, voluntria e dirigida (causada pela
inteno do indivduo)

Percepo: apreenso dos objetos comuns ao indivduo (como uma rua, uma casa, uma rvore)
assim que so percebidos atravs do sistema sensorial.

Memria: conhecimento inferido de objetos captados de percepes ou emoes passadas.

Juzo: ato mental de armar ou negar um contedo armvel.

Racioccio: habilidade de conectar juzos.

Imaginao: reanimao de objetos de percepes anteriores (imaginao reprodutiva) e combinao dos mesmos em novas unidades (imaginao criativa).

Pensamento: capacidade de pensar os objetos da intuio sensvel. O pensamento a origem dos


conceitos que unicam a multiplicidade dos sentidos no processo de percepo.

Discurso: comunicao ordenada do pensamento ou poder de pensar logicamente.

3 Emoes e sentimentos
Emoes "so complexos psicosiolgicos que se caracterizam por sbitas rupturas no equilbrio afetivo
de curta durao, com repercurses consecutivas sobre a integridade da conscincia e sobre a atividade
funcional de vrios rgos."[2] Sentimentos so estados afetivos mais estveis e durveis, provavelmente
provindos de emoes correlatas que lhe so cronologicamente anteriores.
Podemos classicar emoes e estados emocionais em:

Emoes primrias:

ligadas ao instinto e sobrevivncia.

So elas a Emoo de Choque (que

representa ameaa ao indivduo), Emoo Colrica (anulao de objeto que representa algum
incmodo) e Emoo Afetuosa (inclinao ao prazer).

Emoes secundrias: estados afetivos mais complexos que as emoes primrias. Dividem-se em
duas formas: Estados Afetivos Sensoriais (sensaes de prazer e dor, relacionado sensibilidade
corporal) e Estados Afetivos Vitais (mal-estar, bem-estar, animao, desanimao, relacionado
a atitudes internas do indivduo).

Emoes mistas: envolvem misturas de estados afetivos contrastantes, caracterizando um conito emocional.

Este conito emocional pode ter grande ou pequena repercurso na conduta

individual.

Sentimentos anmicos e espirituais: sentimentos anmicos so estados afetivos tidos como qualidades do eu com o mundo de valores; referem-se a coisas, pessoas ou acontecimentos, atribuindolhes valores.

Exemplos de sentimentos anmicos so tristeza e alegria, amor e dio, felicidade

e desespero.

Sentimentos espirituais tendem para valores absolutos, como valores de esttica,

intelectuais, morais ou religiosos.


Sentimentos so muito mais duradouros que as emoes, e muito mais numerosos. Desta forma, como
um exemplo, podemos contatar que da emoo primria de choque-pnico, nascem emoes mistas
como espanto, susto, terror, e destas surgem sentimentos de desconana, insegurana ou medo.

4 Perspectiva Histrica
Desde os tempos antigos, lsofos e pensadores supunham uma separao entre razo e emoo. Plato
(428-347 a.C.) via como virtude a troca de todas as paixes, valores individuais e prazeres pelo pensamento, este sendo um valor universal. Descartes (1596-1650), com a sua clebre armao "Penso,
logo existo", tambm sugeria a separao entre emoo e razo, atribuindo ainda superioridade de
valor esta ltima. Ainda com esta abordagem dicotmica, Kant (1724-1804) diz da impossibilidade
do encontro entre razo e felicidade, armando que se Deus tivesse criado o homem para ser feliz, no
o teria dotado de razo. Kant tambm julgava as paixes como "enfermidades da alma".
Por inuncia destes pensamentos dicotmicos provenientes da losoa, a psicologia, por muito
tempo, estudou os processos cognitivos e afetivos de maneira separada. Jean Piaget (1896-1980) foi
um dos primeiros nomes a questionar a separao entre cognio e afetividade. Atravs de sua obra

Les relations entre l'inteligence et l'aectivit dans le dveloppement de l'efant,

Piaget arma que

afetividade e cognio so diferentes em natureza, porm inseparveis em todas as aes humanas.


Toda ao e pensamento compreendem um aspecto cognitivo, que so as estruturas mentais, e um
aspecto afetivo, que serve como uma energtica.

De forma geral, a afetividade seria, para Piaget,

funcional para a inteligncia: ela a fonte de energia pela qual cognio funciona.
Lev Vygotsky (1896-1934) tambm estudou as relaes entre afeto e cognio, armando que as
emoes fazem parte ativa no funcionamento mental geral. Atravs do estudo do desenvolvimento da
linguagem (sistema simblico usado por todos os humanos), Vygotsky estudou as origens do psiquismo
humano atravs de uma abordagem unicadora entre cognio e afetividade.
Unindo tambm razo e emoo, Henri Wallon (1879-1962) tentou compreender as emoes atravs
de suas funes, dando-lhes papel fundamental na evoluo da conscincia de si. Para ele, a evoluo da
afetividade depende das construes realizadas no plano da inteligncia; a evoluo intelectual depende
das contrues afetivas. Entretanto, para Wallon, existem fases em que predominam a razo e fases
em que predominam a emoo

5 Viso de Antonio Damasio


Atualmente, a viso mais discutida sobre a relao entre as emoes e a cognio a de Antonio Damasio. Diferentemente dos outros pensadores sobre esse assunto, Damasio um mdico neurocientista.
Em seus trabalhos, ele mostra algumas relaes entre a biologia do corpo humano e o pensamento.
Conjugando idias de Piaget e Vygotsky, Damasio arma que as emoes e a razo no so elementos
completamente dissociados como props Descartes.

At hoje, o senso comum que a razo o

contrrio da emoo. Entretanto, Damasio mostra, em seus trabalhos, que pessoas que possuem alguma
decincia na regio do crebro responsvel pelas emoes apresentam diculdades de aprendizado.
Portanto, as emoes so fundamentais no processo de aprendizagem.
As emoes no so atos racionais, portanto no so as causadoras diretas da cognio. Damasio
arma que emoes geram sentimentos, atos racionais, e estes so utilizados para a aprendizagem.
Portanto, as emoes so as iniciadoras do processo de aprendizagem.
Se as emoes provem uma resposta imediata para certos desaos e oportunidades enfrentados
por um organismo, o sentimento relacionado a elas prov isso com um alerta mental.

Sentimentos

amplicam o impacto de uma dada situao, aperfeioam o aprendizado e aumentam a probabilidade


que situaes similares possam ser antecipadas. [7]

6 Neurosiologia das Emoes


6.1

As trs unidades do crebro humano

crebro primitivo, que


paleoplio ou
crebro intermedirio, formado pelo sistema lmbico e principal responsvel pelas emoes; e o neoplio
ou crebro superior, constitudo pela maior parte dos hemisfrios cerebrais. Essas trs unidades foram
O crebro humano formado por trs unidades principais:

arquiplio

ou

compreende as estruturas do tronco cerebral, como bulbo, cerebelo, ponte e mesencfalo; o

surgindo e se superpondo ao longo do processo evolutivo.


A mais primitiva, correspondente ao crebro dos rpteis, responsvel pela autopreservao. onde
nascem os mecanismos de agresso e comportamento repetitivo, onde acontecem as reaes instintivas
(arcos reexos) e comandos para algumas aes involuntrias e controle de certas funes viscerais.
O neurologista francs Paul Broca observou, em 1878, que existe uma regio logo abaixo do crtex,
na superfcie medial do crebro dos mamferos, constituda por ncleos de clulas cinzentas (neurnios),
que ele chamou

lobo lmbico

(do latim limbus: crculo, anel, em torno de), pois forma uma espcie

de borda em volta do tronco enceflico.

sistema lmbico,

Essas estruturas, que mais tarde receberam o nome de

surgiram com os mamferos inferiores. Elas coordenam comportamentos necessrios

sobrevivncia, criam e modulam funes que permitem ao animal distinguir o que lhe agrada ou
desagrada, alm de a se desenvolverem funes afetivas, como a tendncia das fmeas de cuidar de
suas crias, ou desses animais a desenvolverem comportamentos ldicos (brincadeiras).

Emoes e

sentimentos, como ira, pavor, dio, alegria, amor, e tristeza, so criaes dos mamferos, originadas
no sistema lmbico, que tambm responsvel por alguns aspectos da identidade pessoal e funes
importantes ligadas memria.
Por m, com os mamferos superiores veio o crebro racional, formado por uma complexa rede de
clulas nervosas altamente diferenciadas, capazes de produzir uma linguagem simblica e dessa forma
possibilitando ao homem a realizao de tarefas intelectuais como leitura, escrita e clculo matemtico.
o gerador de idias.

6.2

Teorias sobre o papel das estruturas cerebrais na formao das emoes

Existem duas teorias principais sobre as emoes: a primeira, proposta por James e Lange no nal
do sculo XIX, dizia que o homem percebe o estmulo (um animal ameaador, como um leo, por
exemplo), reage com manifestaes fsicas (neurovegetativas) e, como conseqncia dessas reaes
fsicas desprazerosas, ele desenvolve medo.

A outra teoria, proposta por Walter Cannon em 1929

e posteriormente modicada por Phillip Bard, dizia que o estmulo ameaador conduz primeiro ao
sentimento de medo (o homem passa pela experincia emocional do medo), e s ento este causa a
reao fsica.
Segundo a teoria

Cannon-Bard, quando o indivduo se encontra diante de um acontecimento que o

afeta de alguma forma, o impulso nervoso chega primeiramente ao tlamo e, a partir da, a mensagem
se divide. Uma parte vai para o crtex cerebral, originando experincias subjetivas de medo, raiva,
tristeza, alegria, etc.

Outra parte vai para o hipotlamo, determinando alteraes neurovegetativas

perifricas (sintomas). De acordo com essa teoria, a experincia emocional e as reaes siolgicas so
simultneas. O erro essencial da teoria Cannon-Bard foi considerar a existncia de um centro inicial
(o tlamo) para a emoo.

6.3

O circuito de Papez

Em 1937, o neuroanatomista James Papez


demonstrou que a emoo no funo de centros cerebrais especcos, mas sim de um circuito formado por quatro estruturas bsicas, interligadas por feixes nervosos:

o hipotlamo e

seus corpos mamilares, o ncleo anterior do tlamo, o giro cingulado e o hipocampo (veja gura abaixo). Este circuito (o

circuito de Papez )

o responsvel pelo mecanismo de elaborao


das funes centrais das emoes (afetos), assim
como suas expresses perifricas (sintomas).
Papez propunha que a experincia da emoo
era inicialmente determinada pelo crtex cingulado, e depois por outras reas corticais. Pensava-se que a expresso emocional era comandada pelo
hipotlamo. O giro cingulado se projeta ao hipocampo, e este por sua vez se projeta ao hipotlamo
pelo caminho do feixe de axnios chamado

frnix.

Impulsos hipotalmicos alcanam o crtex via rel

no ncleo talmico anterior.


Paul MacLean criou, mais recentemente, a denominao

sistema lmbico, aceitando na sua essncia

a proposta de Papez, e adicionou novas estruturas ao sistema: os crtices rbitofrontal e mdiofrontal


(rea pr-frontal), o giro parahipocampal, a amgdala, o ncleo mediano do tlamo, a rea septal, os
ncleos basais do prosencfalo e formaes do tronco cerebral.

6.4

As estruturas cerebrais e a formao das emoes

Nenhuma das estruturas envolvidas na emoo exclusivamente responsvel por um determinado tipo
de estado emocional, mas importante ressaltar que algumas contribuem mais do que outras para
alguns tipos especcos de emoo.

6.4.1

Amgdala e hipocampo

A amgdala uma pequenina estrutura localizada na regio antero-inferior do lobo temporal, tem a
forma de uma amndoa, e se interliga com o hipocampo, com os ncleos septais, com a rea pr-frontal
e com o ncleo dorso-medial do tlamo. Essas ligaes caracterizam sua funo de controle das atividades emocionais como amizade, amor e afeio, exteriorizaes do humor e, principalmente, os estados
de medo, ira e agressividade. essencial para a auto-preservao, originando o medo e a ansiedade,
colocando o indivduo em alerta ou prontido para luta ou fuga. Em experimentos nos quais foram
destrudas as amgdalas, o animal ca dcil, sexualmente indiscriminativo, descaracterizado afetivamente e indiferente s situaes de risco. O estmulo eltrico causa crises de violenta agressividade. A
leso das amgdalas, nos humanos, faz com que no se saiba se a pessoa gosta ou no da pessoa que ela

est olhando, mesmo sabendo quem , por exemplo, ou seja, perde-se o sentido afetivo da percepo
de uma informao vinda de fora.
O hipocampo est ligado aos fenmenos de memria, especialmente com a formao da memria de longa durao.

Se

os hipocampos direito e esquerdo forem destrudos, nada mais


pode ser gravado na memria: o indivduo esquece rapidamente
uma mensagem recm-recebida. Esta estrutura permite comparar as condies de ameaa atual com experincias anteriores
semelhantes, possibilitando esolher a melhor deciso a ser tomada.
O frnix e o giro parahipocampal so vias importantes de
ligao do circuito lmbico.

6.4.2

Tlamo e hipotlamo

Leses ou estimulaes no ncleo dorso-medial e


nos ncleos anteriores do tlamo so interligadas com
alteraes na reatividade emocional.

Entretanto, a

importncia desses ncleos na regulao do comportamento emocional devida s conexes com outras
estruturas do sistema lmbico, e no a uma atividade
prpria.

O tlamo faz parte do circuito de Papez,

conectando-se com estruturas corticais da rea prfrontal, com o hipotlamo, com os corpos mamilares
no hipotlamo e com o giro cingulado.
O hipotlamo uma estrutura com amplas ligaes com as demais reas do prosencfalo e mesencfalo.

Leses nos ncleos hipotalmicos interferem em vrias funes vegetativas e em alguns

comportamentos motivados, como regulao trmica, sexualidade, combatividade, fome e sede.

hipotlamo tem tambm um papel importante nas emoes. As partes laterais parecem estar relacionadas com o prazer e a raiva, e a poro mediana, por sua vez, parece mais ligada averso, desprazer
e tendncia ao riso incontrolvel. Mais genericamente, o hipotlamo tem participao menor na gnese do que na expresso dos estados emocionais. Quando as reaes fsicas da emoo aparecem, a
ameaa que produzem retorna pelo hipotlamo aos centros lmbicos e, destes, aos ncleos pr-frontais,
aumentando por um mecanismo de feedback negativo a ansiedade, podendo gerar um estado de pnico.

6.4.3

Giro cingulado

uma estrutura localizada na face medial do crebro, entre o sulco cingulado e o corpo caloso. Sua poro frontal comanda odores e vises com lembranas
agradveis de emoes anteriores. Participa tambm
da reao emocional dor e da regulao do comportamento agressivo. A retirada dessa estrutura em
animais selvagens domestica-os totalmente. A interrupo da comunicao neural do circuito de Papez, atravs do corte de um feixe desse giro, reduz o
nvel de depresso e de ansiedade pr-existentes.

6.4.4

Tronco cerebral

Regio responsvel pelas respostas reexas de vertebrados inferiores, como rpteis e anfbios.

constituda por estruturas como a formao reticular e o locus crulus, que at mesmo em humanos
continuam participando em mecanismos de alerta e na manuteno do ciclo viglia-sono.

Outras

estruturas, como os ncleos dos pares cranianos, respondem pelas alteraes sionmicas dos estados
afetivos (expresses de raiva, alegria, tristeza, ternura, etc), estimuladas por impulsos provienientes do
crtex e do estriado (formao subcortical).

6.4.5

rea tegmental ventral

um grupo compacto de neurnios secretores de


dopamina, situado na parte mesenceflica do tronco
cerebral. A descarga espontnea ou estimulao eltrica dos neurnios dessa regio produzem sensao
de prazer, similares ao orgasmo. Indivduos que, por
defeito gentico, tm nmero reduzido de receptores
das clulas neurais dessa rea so incapazes de se sentirem recompensados por satisfaes comuns da vida,
e buscam alternativas prazeirozas incomuns e nocivas,
como alcoolismo, drogas, compulsividade por doces e
por jogo.

6.4.6

Septo

Situada na regio septal, onde esto situados os centros do orgasmo. Se relaciona com as sensaes
de prazer, normalmente aquelas ligadas s experincias sexuais.

6.4.7

rea pr-frontal

Compreende toda a regio anterior no-motora do lobo


frontal. No faz parte do circuito lmbico tradicional, mas
suas intensas conexes bi-direcionais com o tlamo, amgdala e outras estruturas sub-corticais explicam o importante papel que tem na gnese e, especialmente, na expresso dos estados afetivos. Quando o crtex pr-frontal
lesado, a pessoa perde senso de responsabilidade social,
capacidade de concentrao e de abstrao.

7 Concluses
O estudo dos processos cognitivos, que outrora era abordado principalmente pela losoa e pela psicologia, tem agora evoludo bastante atravs da neurocincia.

A relao razo-emoo, que antes

era ignorada, hoje tem-se mostrado aspecto relevante nesses estudos. Percebe-se, atualmente, que as
emoes desempenham papel fundamental na cognio. Segundo Damasio, apesar de as emoes no
serem atos racionais, so elas que, atravs dos sentimentos, desencadeiam o processo cognitivo.

Referncias
[1] Caeiro, Clia M.; Serra, Diana R.; Jorge, Joana D. "Estudo sobre inteligncia articial", Internet,
2000 - disponvel em www.citi.pt/educacao_nal/trab_nal_inteligencia_articial/
[2] Ballone, G. J. "A representao da realidade 1: Emoes e sentimentos", Internet, 2002 - disponvel
em www.psiqweb.med.br
[3] Arantes, Valria A. "Afetividade e Cognio: Rompendo a Dicotomia na Educao" - in. Revista
Videtur 23, Internet - disponvel em www.hottopos.com/videtur23/valeria.htm
[4] Amaral, Jlio R.; Oliveira, Jorge M. Sistema Lmbico: O Centro das Emoes, Internet, 2001 disponvel em http://www.epub.org.br/cm/n05/mente/limbic.htm
[5] Ballone, G. J. Neurosiologia das Emoes - in. PsiqWeb Psiquiatria Geral, Internet, 2002 disponvel em http://www.psiqweb.med.br/cursos/neurosio.html
[6] Barra, Andr L. S.; Barreto, Andr V.; Dias, Arlete C. M.; Alves, Antnio J. C.; Pereira, Amanda
S.; Simes, Carla; Souza, Andrei M. M. Neurosiologia das Emoes, Internet, 2001 - disponvel
em http://www.icb.ufmg.br/~neurob/NeuroMed/Seminario/Emocoes.htm
[7] Damasio, Antonio. Fundamental Feelings, Nature n413, pp 781, Outubro, 2001.

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