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Cálculo Força de Queda

1) O documento discute os riscos envolvidos em quedas de altura no trabalho e a importância de se considerar a segurança do sistema como um todo. 2) É explicado o conceito de fator de queda e como ele depende da altura da queda e do comprimento do equipamento de proteção, sendo importante mantê-lo o menor possível. 3) Absorvedores de energia são importantes para minimizar a força de impacto em uma queda, evitando danos ao corpo humano.

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Cálculo Força de Queda

1) O documento discute os riscos envolvidos em quedas de altura no trabalho e a importância de se considerar a segurança do sistema como um todo. 2) É explicado o conceito de fator de queda e como ele depende da altura da queda e do comprimento do equipamento de proteção, sendo importante mantê-lo o menor possível. 3) Absorvedores de energia são importantes para minimizar a força de impacto em uma queda, evitando danos ao corpo humano.

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Foras geradas por uma queda

Avaliar os riscos envolvidos em cada uma das etapas de trabalho e usar o equipamento
adequado nem sempre procedimento suficiente para impedir um acidente. preciso
considerar a segurana de todo o sistema, pois em uma situao de queda as foras
exercidas podem facilmente superar a resistncia dos materiais envolvidos.

Fora de Impacto a fora de impacto aquela gerada pela queda, se considerarmos a
energia que chega s extremidades do talabarte, fixados na ancoragem e no trabalhador.

A corda, por ter alguma elasticidade, capaz de dissipar parte desta energia, poupando o
trabalhador da ao de foras que seriam muito perigosas para o organismo humano.

A fora de impacto gerada em uma queda depende de trs fatores: tipo do talabarte, peso da
pessoa e fator de queda.

Absoro de choque um corpo em movimento assume um peso muito maior do que sua
prpria massa devido acelerao da gravidade, portanto em todo trabalho passvel de
eventuais quedas, deve-se utilizar algum dispositivo que possa minimizar a fora de
impacto tipo absorvedor de energia.

Fator de Queda indica a relao entre a altura da queda de uma pessoa e o comprimento
do talabarte que ir det-la. Esse fator essencial para determinar se um sistema de
segurana contra quedas seguro ou no. Para explic-lo tomaremos como exemplo o uso
do talabarte em trabalhos em altura:

Vamos considerar que um operrio esteja executando um trabalho em altura com risco de
queda, usando como EPI um cinto tipo pra-quedista e um talabarte com um metro de
comprimento.
















A) Fator de Queda menor que 1

Imaginemos que este trabalhador
instale o conector do seu talabarte
em um ponto seguro, acima de
sua cabea e que o mesmo tenha
uma pequena folga de 30 cm. Se
ocorrer a queda, ele cair apenas
30 cm que a folga de seu
talabarte. Nesse caso a proporo
entre a altura da queda menor
que o comprimento do seu
talabarte.
B) Fator de Queda 1

Imaginemos que este
trabalhador instale o conector
do seu talabarte em um ponto
seguro, que esteja na mesma
altura da conexo com o seu
cinto de segurana. Se ocorrer a
queda ele cair 1 metro, que a
extenso de seu talabarte. Nesse
caso a proporo entre a altura
da queda e o comprimento do
talabarte.
C) Fatorde Queda 2

Imaginemos ento, que o operrio
instale seu talabarte em um ponto
abaixo dele, exatamente 1 metro
abaixo da conexo com cinto tipo
pra-quedista. Se ocorrer a queda,
ele cair 2 metros (1 metro at
passar pelo ponto de ancoragem e
outro 1 metro at o talabarte
esticar). Nesse caso a proporo
entre a altura de queda e o
comprimento do talabarte de 2
para 1.
O FATOR DE QUEDA DEFINE-SE ENTO COMO A RAZO ENTRE A
ALTURA DA QUEDA E O COMPRIMENTO DO TALABARTE QUE ABSORVE
ESTA QUEDA. ESSE VALOR OBTIDO ATRAVS DA DIVISO DE UM PELO
OUTRO.

FATOR DE QUEDA = ______ALTURA DA QUEDA______
COMPRIMENTO DO TALABARTE


No planejamento de um sistema de segurana, o ideal evitar a queda, mas se no for
possvel eliminar esse risco, deve-se ao menos controlar o fator de queda para que seja
sempre pequeno. De preferncia menor que um.

Para se compreender a importncia do Fator de Queda, precisamos considerar tambm o
tipo do material usado na construo deste talabarte. As provas eventuais em laboratrio
confirmam a teoria de que numa queda Fator 2, independentemente da altura envolvida a
fora de impacto ser a mesma aproximadamente 9 KN, com um corda elstica (de 6% a
10 % de elasticidade) e 13 KN a 18 KN ou at mais com uma corda pouco elstica ou um
cabo de ao. Porm os talabartes com absorvedores de energia so adicionados a partir de 6
KN.

Para se ter uma idia do que significa estes valores, uma fora de 18 KN est muito
prxima da resistncia mxima de vrios equipamentos de segurana. Alm disso, o
organismo humano suporta em uma frao de segundo um impacto mximo de 12 KN.
Acima disso, h o risco do rompimento de rgos internos.

Talabarte com Absorvedor de Energia

Absorvedores de energia so muito importantes nos sistemas de segurana, pois um corpo
em movimento assume um peso bem maior que o dele prprio, portanto os mesmos devem
ser acionados com no mnimo 6 KN, isso levando-se em considerao que com 12 KN de
impacto o trabalhador pode vir a ter danos irreversveis. O absorvedor pode ser conectado
ao trava-quedas, talabarte ou na corda de segurana (linha de vida) durante o trabalho. O
sistema de funcionamento simples, uma fita cosida de poliamida, dobrada em zique-zaque
costurada e colocada num pequeno invlucro de plstico malevel. Na eventualidade de
uma queda as costuras se abrem minimizando assim o impacto para menos de 6 KN. Deve-
se verificar qual a altura mnima de segurana, para que se caso ele venha a abrir o
trabalhador no bata no cho. A tabela a seguir indica a distancia a adicionar para evitar um
acidente. (olhar desenho abaixo)





Distncia Cada Livre (A) Adicionar (B)
1 metro 600 mm
1,5 metros 950 mm
2 metros 1130 mm
3 metros 1370 mm
4 metros 1400 mm

Importante: Valores calculados num peso de 100 Kg.



Energia cintica total desenvolvida na queda = energia absorvida pelo equipamento +
choque transmitido ao usurio

Energia potencial total desenvolvida na queda = M x A x H , onde

M massa da pessoa
A acelerao da gravidade 9,8 m/s
2

H altura da queda


6,40 mt
Exemplo:

Ex.1 Uma pessoa com peso de 100 Kg, utilizando cinturo tipo Pra-quedista e talabarte
confeccionado em fita de Poliamida e absorvedor de energia. Sofre uma queda livre de 2
metros.

Clculo: 100 x 2 x 9,8____ = 490 Kgf = 4,9 KN (fora de frenagem)
4 (desacelerao)

Ex.2 Uma pessoa com peso de 100 Kg, utilizando cinturo tipo Pra-quedista e talabarte
confeccionada em corda tranada de Poliamida com alma de ao. Sofre uma queda livre de
2 metros.

Clculo: 100 x 2 x 9,8 = 1.960 Kgf = 19,6 KN (fora de frenagem)

OBS: neste caso no temos o fator de desacelerao, assim o trabalhador recebe toda
energia gerada.

Ex.3 - Uma pessoa com peso de 100 Kg, utilizando cinturo tipo Pra-quedista e talabarte
confeccionado em fita de Poliamida ou corda tranada de poliamida. Sofre uma queda livre
de 2 metros.

Clculo: 100 x 2 x 9,8____ = 980 Kgf = 9,8 KN (fora de frenagem)
2 (desacelerao)




NOTA: De acordo com a Norma NBR 14.629/200 Absorvedor de energia, item 5.4.6 A
fora de frenagem no deve exceder 6 KN e o deslocamento de queda (H) no deve exceder
5,75 metros.
1- Dinammetro de fora
2- Talabarte com absorvedor de energia
3- Absorvedor de Energia
4- Boneco de 100 Kg
H Deslocamento de queda

Conseqncias de uma queda

muito mais fcil e melhor evitar uma queda que cuidar de suas conseqncias.
A utilizao eficaz de tcnicas e equipamentos por funcionrios bem treinados e conscientes dos
riscos que ocorrem, aumenta a segurana no trabalho aumentando a confiana tranqilidade e a
produtividade. Alm dos traumatismos tipo contuses, fraturas, cortes, hemorragias, etc., causados
pela queda de uma pessoa, outras conseqncias to mais graves podem ocorrer.
O uso correto do equipamento de segurana minimiza os efeitos de uma queda. O equipamento
dever estar bem ajustado e confortvel durante o dia de trabalho para no trazer conseqncias de
fadiga ao final do dia ou prejudicar o individuo que por ventura possa sofrer uma queda.
Em caso de uma queda o resgate deve ser urgente!
A permanncia de uma pessoa inerte em qualquer tipo de cinturo de segurana pode causar srios
danos fisiolgicos. Caso a vtima esteja consciente estes problemas no ocorrem, pois a pessoa se
movimenta mudando os pontos de compresso, o que j no ocorre com a vtima inconsciente.
Srios danos circulatrios em conseqncia das compresses dos vasos sanguneos podem acarretar
comprometimento cerebral e at morte. Uma pessoa mesmo consciente pode perd-la caso no seja
removida rapidamente.
Ocorrncias como um trauma craniano causado pela queda de um objeto ou o impacto proveniente
de uma queda da prpria pessoa, uma emergncia como um sinal sbito causados por doenas
crnicas ou agudas ou ainda a exausto do trabalho que exija esforos fsicos excessivos, podem
levar o indivduo a solicitar o cinto de segurana e permanecer suspenso por este.
O tempo entre a perda da conscincia e o surgimento dos agravos fisiolgicos muito curto,
portanto necessrio atendimento rpido e eficaz.

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