0 notas0% acharam este documento útil (0 voto) 193 visualizações301 páginasManual Brasileiro de Sinalização de Trânsito Vol. V PDF
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MANUAL BRASIELIRO DE SINALIZACAO DE TRANSITO
VOLUME V - SINALIZAGAO SEMAFORICA,‘SUMARIO
1. APRESENTAGAO 10
2. INTRODUGAO "1
241. Formas de controle do tréfego em intersegiio ou seg de vi
22 Principios da Sinalizacio Semaférie
3. CONSIDERAGOES GERAIS SOBRE SINALIZAGAO SEMAFORICA 13.
34 Definiso e fungi
3.2. Padrio de sinalizaglo semaf
33 Relacionamento com outras sinalizagbes.. 19
34 Aspectos legas.. 19
35 Componentes da sinalizagfo semafsric 19
4. CRITERIOS GERAIS PARA IMPLANTAGAO DA _ SINALIZAGAO
SEMAFORICA 30
4.1 Estudo dos movimentos numa intersesio
42 Critérios para implantagio da sinalizaso semaféri
43 Critérios para utilizagio da sinalizagio semaférica operando em amarclo intermitent
44 Sinalizagio semaférica operando em tempo parci
5. CARACTERISTICAS GERAIS DO CONTROLE SEMAFORICO 63
5.1 Elementos bisicos
5.2 Controle e operasio.
53 Recursos computacionais para programagio semaférica
54 Anilise comparativa das diferentes formas de controle,
6. _ ELEMENTOS DA PROGRAMAGAO SEMAFORICA 72
6.1 Volume de Tritfeg
62 Volume de Trifego Equivalent
63. Taxa de Fluxo...
64. Fluxo de Saturaglo e Tempo Perdido de um cielo
65 Taxa de ocupagio
6.46 Grupo de Movimentos Criti67
68
69
6.10
oat
6.12
6.16
6AT
6.18,
7.
Tempo de verde real e tempo de Verde efefV0 nmnnnninanniensnnnsnntinnnnnsnnsnn 8S
Pelot
Defasagem.
Tempo de verde de seguranca.
Verde minimo veicutat
Extensio de verd:
Tempo de verde maximo
Medidas de desempenho.
PROGRAMAGAO DE SINALIZAGAO SEMAFORICA ISOLADA DE TEMPO
FIXO 97
1
72
8.
al
a2
83
a
as
86
a7
a8
9.
on
92
93
fixo
PROGRAMAGAO DE SINALIZAGAO SEMAFORICA ISOLADA ATUADA
147
Conceitos basicos.
Projeto de detecsio de vetculos..
Parmetros da programagiio de estagio atuado por veiculo:
Parametros da programasio de estagio atuado por pedestres,
Caracteristicas gerais da programagio de sinal
ago semaférica atuada.
Etapas da programagio atuada,
Exemplos de progeamasio de
lizasio semaférica atuada
Lo
is candidatos A implantaglo de sinal
COORDENAGAO SEMAFORICA 183
slo semaférica isolada atuada .
Aspectos gerais da coordenasio semaférica.
Tipos de sistemas de coordenagio semaféric
Determinagio da programagio para coordenagio de sinalizagées semaféricas operando em tempo
1889.4 Coordenasio de sinalizagdes semaforicas operando em modo atUad0.nennnnnnnnnnnemnenes 200
9.5 Programagio em situagdes de congestionament0sunsnnmnmnnnnnnennnnnninnnnnnenes 200
9.6 Exemplos para tempos f1x08.0.nmmnmnninnninninninmnnmnnnmnnnnnennnnnmnnnnnes 21
10. POSICIONAMENTO DA SINALIZAGAO SEMAFORICA 208
10.1
Wo Semaforica VEICUTAP snsnmmnnmnnmnmnmnininnnnnninmnnmnnnnmnnennnnrnie 208
10.2 Sinalizago semafériea de pedestreS.cmmnminnmeninninennmmnmmnmnnnnnnnnnennnnnnne 19
10.3 Semiforo de ciclistas
srios de locagio do controlador semaférico.
10.4 Cri
11. REMOGAO DE SINALIZAGAO SEMAFORICA. 229
ALA Introdugai
11.2 Metodologia de tomada de de
io para remogio de sinalizagio semafriednsnmennnennie 22D
APENDICES 233
APENDICE 1 - Diagramaso dos focos semaféricos e pictogramas.
APENDICE 2- Pesquisas de Volume ¢ tempo Médio de Espera de Pedestres
APENDICE 3 - Coleta de dados de volume de veiculos
APENDICE 4 - Medico do tempo total de espera dos veiculos da via secundai
APENDICE 5 : TESP - Tempo de Espera de Pedestres.
APENDICE 6 - Fluxo de Saturagic
BIBLIOGRAFIA 297
GLOSSARIO 298LISTA DE FIGURAS
Figura 3.1: Elementos constituintes dos focos semaféricos
Figura 3.2: Exemplos de anteparo sem orla
Figura 3.3: Exemplos de anteparo com orla interna...
Figura 3.4: Elementos de sustentagao.
Figura 3.5: Exemplo de lagos indutivos empregados para detecgio veicular
Figura 3.6: Exemplos de botoeira.
Figura 3.7: Exemplo de sinalizagio educativa para uso da botoeira pelo pedestre
Figura 3.8: Representagdo de imagem de video com zonas de detecso configurad:
na tela do
MONIAOL -orereen a - sestnnnsnessnn 25
Figura 3.9: Feixe de microondas do RTMS e sua superficie OVal...cseennnnneereenne 26
Figura 3.10: Ilustrago da configurag3o transversal de detectores por microondas. 26
Figura 3.11: Mustrago da perturbago do campo magnético terrestre provocada pela
passagem de um veiculo...... 27
Figura 3.12: Emissio e reflexao de energia por veiculos e superficie vida.
Figura 3.13: Formas de posicionamento dos detectores ultrassénicos.
Figura 4.1: Representagdo de movimentos em uma intersegao de duas vias de mao tinica
Figura 4.2: Representagdo das aproximagGes de intersegOes cscs
Figura 4.3: Movimentos convergentes
Figura 4.4: Movimentos divergente:
Figura 4.5: Movimentos interceptantes
Figura 4.6: Movimentos néo-interceptantes
Figura 4.7: Exemplo de um diagrama de conflitos..
Figura 4.8: Procedimentos para a implantago e avaliagao da sinalizagao semaforica.
Figura 4.9: Estrutura geral do estudo.
Figura 4.10: Estudos em locais existentes: abordagem pedestres .
Figura 4.11: Estudos em locais existentes: abordagem veiculos.
Figura 4.12: Exemplos de acidentes evitiveis por sinalizagdo semaforica ..
Figura 4.13: Estudos em locais em fase de projeto: abordagem pedestres.
Figura 4.14: Estudos em locais novos: abordagem veiculos
Figura 4.15: Valores de volume (fluxo) que justificam a implantago de sinalizagio
semaférica em locais em fase de projeto: Caso | 34
Figura 4.16: Valores de volume (fluxo) que justificam a implantago de sinalizagao
semafrica em locais em fase de projeto: Caso 2.. eS
Figura 4.17; Intersegdo de duas vias com velocidade regulamentada de 40 kn/h 58
Figura 4.18: Interseg%o de duas vias com velocidade regulamentada de 30 kmm/h.. 59
Figura 4.19: Intersegdo de vias com velocidades regulamentadas de 40 km/h e 30 km/h 59
Figura 4.20: Intersegdo em “T”, de vias com velocidades regulamentadas de 60 km/h e
40km/h. 59
Figura 4.21: Intersegao de vias de mao tinica ¢ mao dupla com velocidades regulamentadas de
40 km/h e 50 km/h.. 60
Figura 4.22: Exemplo de sinalizagao de ‘adverténcia a ser localizada em segao anterior 4
intersegao 61
Figura 4.23: Exemplo de sinalizagdo especial de adverténcia a ser localizada na coluna ou
brago do seméforo que opera em tempo parcial... 61
Figura 5.1: Ilustragio do conceito de grupo de movimentos e grupo semaférico.. se 3
Figura 5.2: Exemplo de diagrama de estigios... 65Figura 5.3: Exemplo de diagrama de intervalos luminosos....
Figura 6.1: Exemplo da variago horaria do volume em um dia itil
Figura 6.2: Exemplo da variagdo diria do volume ao longo da semana
Figura 6.3: Exemplo da variagao mensal do volume ao longo do ano.
Figura 6.4: Fluxo de saturago e tempos perdidos em estgio saturado....
Figura 6.5: Fluxo de saturago e tempo perdido inicial em estigio ndo saturado...
Figura 6.6: Distancias percorridas pelo veiculo junto & aproximagao.
Figura 6.7: Ilustrago do conceito de determinago do grau de saturagZo
Figura 6.8: Dispersdo de pelotées ao longo de um segmento vidrio
Figura 6.9: Defasagem entre sinalizagdes semaféricas a0 longo de uma via arterial
Figura 6.10: Processo de formagao e dissipago de fila...
Figura 6.11: Ilustragdo do crescimento da fila ao longo de mais de um ciclo.
Figura 7.1: Sequéncia de atividades da Etapa I. .
Figura 7.2: Sequéncia de atividades da Etapa IL . eset 101
Figura 7.3: Sequéncia de atividades da Etapa IV 103
Figura 7.4: Histograma de fluxo son 105
Figura 7.5: Cruzamento da Rua A com a Rua B...... — 106
Figura 7.6: Representagdo esquematica dos movimentos e aproximagoes. 107
Figura 7.7: Diagrama de estigios e108
Figura 7.8: Distribuigio dos grupos semaféricos. oo 109
Figura 7.9: Diagrama de intervalos Iuminosos para o tempo de ciclo de 46s 114
Figura 7.10: Diagrama de intervalos luminosos para o tempo de ciclo de 63s, seve IS
Figura 7.11: Cruzamento da Avenida C com a Rua D...rv sevens IT
Figura 7.12: Representagdo esquemitica des movimentos e aproximagdes . 18
Figura 7.13: Diagrama de estigios .....osoennnnnnnnseenn seesennnnnnneseeene 9
Figura 7.14: Distribuigdo dos grupos semaféricos 120
Figura 7.15: Diagrama de intervalos luminosos para o tempo de ciclo de 107s on 126
Figura 7.16: Diagrama de intervalos luminosos para o tempo de ciclo de 94s. 127
Figura 7.17: Croquis do cruzamento 128
Figura 7.18: Representagdo esquematica dos movimentos e aproximagie on 129
Figura 7.19: Diagrama de estigios . sevnnnnnnessnn 0130
Figura 7.20: Distribuigdo dos grupos semaféricos 130
Figura 7.21: Diagrama dos intervalos luminosos para o tempo de ciclo de 66s 133
Figura 7.22: Diagrama dos intervalos luminosos para o tempo de ciclo de SIs 135
Figura 7.23: Croquis do eruzamento e137
Figura 7.24: Representagdo esquemética dos movimentos ¢ aproximagdes 139
Figura 7.25: Diagrama de estagios 140
Figura 7.26: Distribuigdo dos grupos semaféricos... seeennee 141
Figura 7.27: Diagrama de intervalos luminosos para o tempo de ciclo de 140s 145
Figura 8.1: Funcionamento de um estigio atuado em fungdo de solicitagdes de veiculos.....148
Figura 8.2: Posicionamento de lago detector inibidor 149
Figura 8.3: Relago entre o posicionamento longitudinal da segao de deteccao ¢ a extensao de
verde... : . wo 152
Figuta 8.4: Fluxograma da Ftapa I: atuagao por veiculos 158
Figura 8.5: Intersegdo das ruas Le J. 161
Figura 8.6: Diagrama de estagios.... 162
Figuta 8.7: Distribuigio dos grupos semafricos sevtnnnnnessnn oo 163
Figura 8.8: Posicionamento das segdes de detecgd0....cceesnnnnneinnnnennenennsenee 166
Figura 8.9: Cruzamento da Avenida K com Rua L, onsen 169
Figura 8.10: Diagrama de estigios 170
viFigura 8.11: Distribuigdo dos grupos semaférico: ATL
Figura 8.12: Travessia de pedestres de meio de quadra na Avenida M 175
Figura 8.13: Diagrama de esté . 176
Figuta 8.14 - Distribuigdo dos grupos semaféticos 176
Figura 8.15 - Diagrama de barras referente 4 atuagio do pedestre ocorrida a 60s do inicio do
verde do estgio onc 180
Figura 8.16 - Diagrama de barras referente a atuag io do
verde do estigio 1 180
Figura 9.1; Representagio do conceito de defasagem relativa entre duas interseges sucessivas
do pedestre ocorrida a 120s do i
184
Figura 9.2: Representagdo do conceito de defasagem absolut oo 184
Figura 9.3: Tipos de sistemas de coordenagdo semaférica... se 187
Figura 9.4: Exemplo de diagrama espago-tempo para uma via de mao Unica ....sccscesseeen 190
Figura 9.5: Exemplo de diagrama espago-tempo para uma via de mao dupla.. 190
Figura 9.6: Elementos para 0 calcul da defasagem para via de mo tinica 192
Figura 9.7: Exemplo de coordenagdo em via de mao dupla com verdes centralizados .......196
Figura 9.8: Exemplo de coordenag3o em via de mao dupla com verde e vermelho
centralizados 197
Figura 9.9: Exemplo de coordenago em via de mao dupla com combinagao de estratégias 198
Figura 9.10: Exemplo de uma rede formada por trés intersegdes .. 201
Figura 9.11: Representagio esquematica dos grupos de movimento: 201
Figura 9.12: Diagrama espago-tempo do exemplo de via de mao ini 205
Figura 9.13: Diagrama espaco-tempo do exemplo de via de mao dupla na situagao b.1......206
Figura 9.14: Diagrama espaco-tempo do exemplo de via de mao dupla na situagao b.2......207
Figura 10.1: Campo visual do condutor em movimento .... sestnnnnnseennee 21
Figura 10.2: Distincia do grupo focal 4 linha de retengao 213
Figura 10.3: Angulo entre a linha de visada do condutor e 0 eixo da faixa dd
Figura 10.4: Afastamento lateral e altura livre do grupo focal... 21S
Figura 10.5: Aproximago em curva vertical (posicionamento apés a interse¢ao). 216
Figura 10.6: Seméforo em curva horizontal de via de mio tinica (posicionamento apés a
intersegao). 27
Figura 10.7: Sinalizagao semaforica com caixa de acomodagaio insuficiente 218
Figura 10.8: Sinalizagdo semaférica com caixa de acomodagao suficiente 219
Figura 10.9: Travessias realizadas em estagios distintos 220
Figura 10.10: Exemplo da travessia em um tinico estigio cnn e221
Figura 10.11: Exemplos de posigdes de grupos focais de pedestres 222
Figura 10.12: Exemplo de locago de grupos focais para pedestres 223
Figura 10.13: Posicionamento da botoeia junto a intersegao. seestrnnnnsnessnes D4
Figura 10.14: Afastamento da botoeira com relago ao meio-fio 224
Figura 10.15: Botoeira iinica para atender duas travessias.. 225
Figura 10.16: Posicionamento do conjunto em angulo diferente do ustal 225
Figura 10.17: Uso de duas placas para sinalizar uma tinica botoeira. 226
Figura 11.1: Grupos focais ensacados e placa “desligado”.. e231
Figura A2.1: Trechos para contagem do volume de pedestres... 243
Figura A2.2; Trecho de planilha exibindo hordrios e dados (acumulados) de uma contagem de
pedestres. 244
Figura A2.3: Modelo da planitha para determinagao do volume horario eritico de travessia de
pedestres evenness AS
Figura A24: Planilha contendo tempos de espera coletados 247
Figura A3.1: Exemplo de folha de campo pata pesquisa volumétrica direcional.. 255
viiFigura A3.2: Folha de campo para pesquisa volumétrica classificatéria e direcional
(motocicleta ¢ caminhiio/énibus). 256
Figura A4.1: Planilha para a coleta de dads... 258
Figura A6.1: Planilha do Método | 263
Figura A6.2: Planilha usada para a coleta de dados (Exemplo M1) . 268
Figura A6.3: Planilha para a coleta de dados (Método 2) 273
Figura A6.4: Planitha usada na coleta de dados do exemplo 277
Figura A6.5 : Histograma de tréfego para a aproximagio estudada. 282
viiiLISTA DE TABELAS
Tabela 3.1: Cores e sinais da sinalizagao semaférica em focos de forma circular.
Tabela 3.2: Cores e sinais da sinalizagdo semaférica em focos de forma quadrada
Tabela 3.3: Formas e dimensdes das lentes dos focos semafBtiCOS «cnn
Tabela 3.4; Semaforos para sinalizagdo semaforica de regulamentagao.
Tabela 3.5: Seméforos para sinalizacdo semaférica de adverténcia com dois focos
Tabela 4.1: Movimentos veiculares que interferem com os movimentos de pedestres
Tabela 4.2: Movimentos conflitantes apresentados na Figura 4.7
Tabela 4.3: Classificagdo dos movimentos segundo a trajetéria
Tabela 4.4: Exemplos de problemas em intersegdes e possiveis solugde
Tabela 4.5: Consequéncias da implantagao da sinalizagao semaférica..
Tabela 4.6; Distancia de Frenagem . sev
Tabela 5.1: Vantagens e desvantagens do controle em tempo fixo e atuado
Tabela 6.1: Fator de equivaléneia para diferentes tipos de veiculos
Tabela 7.1: Indicadores de desempenho
Tabela 8.1; Exemplos de cdleulo de extensao de verde para corte timo.
Tabela 9.1: Dados associados a cada grupo de movimento ....
Tabela 9.2: Taxas de fluxo de contribuigdo entre os grupos de movimento...
Tabela 9.3: Resultados globais fornecidos pelo SIRI para os cenarios estudados
Tabela 9.4: Dados para o exemplo de via de mao-inica...
Tabela 9.5: Dados para 0 exemplo de via de mao-dupla
Tabela 10.1: Caracteristicas da posigdo do semiforo antes da via transversal.
Tabela 10.2: Caracteristicas da posigdo do semaforo depois da via transversal
Tabela 10.3: Distancia de Visibilidade de Parada no Semaforo em Fungao da Velocidade..212
Tabela 10.4: Distancia da Linha de Retengo ao Grupo Focal.....
hag
ela A2.1: Distribuigo t de Student - valores de" 248
t
Tabela A2.1: Distribuigdo t de Student — valores de "“*% (continuagao) 249
Tabela A2.2: Valores recomendados para o erro da estimativa (E) 251
Tabela AG.1: Tempos de passagem dos veiculos sobre a linha de retengao .. 264
Tabela A6.2: Resumo dos valores calculados para os 15 ciclos ObSErVadOS vnnnnreeerren 270
Tabela A6.3: Resumos dos valores calculados para os 16 ciclos observados. 279
Tabela A6.4: Dados para o célculo do tamanho da amostta (M))..censseennnnnseesnnnne 284
Tabela A6.5: Dados para o calculo do tamanho da amostra (n). 285
Pabela A6.6: Anilise de sensibilidade do tamanho da amostra com relagio ao erro admissivel
ao nivel de significdncia 286
Tabela A6.7: Valores de ty.1,.2. 2881. APRESENTACGAO
© Manual Brasileiro de Sinalizagio de Transito, claborado pela Camara Tematica de
Engenharia de Trifego, da Sinalizagdo ¢ da Via, abrange todas as sinalizagGes, dispositivos
auxiliares, sinalizagio semaférica ¢ sinalizagio de obras determinadas por Resolugio do
CONTRAN especifica, e é composto dos seguintes Volum
Volume I - Sinalizacio Vertical de Regulamentacio.
Volume Il - Sinalizagio Vertical de Adverténcia.
Volume Il — Sinalizacio Vertical de Indicagao.
Volume IV ~ Sinalizagao Horizontal.
Volume V — Sinalizacao Semaférica.
Volume VI —Sinalizagao de Obras e Dispositivos Auxiliares.
© Departamento Nacional de Transito - DENATRAN, no uso de suas atribuigdes, definidas
no Artigo n° 19, inciso XIX, do Cédigo de Transito Brasileiro, de organizar, elaborar,
complementar ¢ alterar os manuais e normas de projetos de implementagao da sinalizagio,
dos dispositivos e equipamentos de transito aprovados pelo Conselho Nacional de Transito -
CONTRAN, apresenta 0 Volume V do Manual Brasileiro de Sinalizagao de Transito,
aprovado pela Resolugo do CONTRAN N° 483 de 09 de abril de 2014. Este Volume V
refere-se 4 Sinalizagio Semaférica, tendo sido elaborado pela Camara Temitica de
Engenharia de Tréfego, da Sinalizagdo e da Via, gestiio 2007/2009 e 2009/2011.
apresentadas, para a sinalizagdo semafirica, consideragdes gerais ¢ critérios gerais para
implantago dessa sinalizagdo; caracteristicas gerais para o controle semaférico © os
elementos da programagao semaférica,
A programagio de sinalizagao semaférica isolada de tempo fixo, de sinalizagao semaférica
isolada atuada ¢ de sinalizagao semaférica em rede também ¢ abordada.
Sao apresentados, ainda, os critérios para posicionamento da sinalizagao semaférica na via e
0s critérios para remogo de sinalizagdo semaférica implantada,
Os Apéndices 1 a 6 deste Volume V apresentam detalhes sobre a obtengao dos dados
necessirios & tomada de decisio sobre implantag’o ou remogio de sinalizago semafirica e
também a programagao de sinalizagao semaférica isolada ou em rede.
102. INTRODUGAO
A sinalizago semaférica & um subsistema da sinalizago viéria que se compée de indicagdes
luminosas acionadas alternada ou intermitentemente por meio de sistema eletromecdnico ou
eletrdnico, Tem a finalidade de transmitir diferentes mensagens aos usudrios da via piblica,
regulamentando o direito de passagem ou advertindo sobre situagdes especiais nas vias.
A sinalizagdo semaférica é classificada segundo sua fungio, que pode ser de:
Y regulamentar o direito de passagem dos varios fluxos de veiculos (motorizados e no
motorizados) c/ou pedestres numa intersegio ou segio de via;
Y advertir condutores, de veiculos motorizados ou ndo motorizados, e/ou pedestres sobre
aexisténcia de obstaculo ou situagao perigosa na via
© subsistema de sinalizagdo semafrica & composto, basicamente, de um conjunto de
indicagdes luminosas (semaforo ou grupo focal), fixado ao lado da via ou suspenso sobre ela,
¢ dispositivo eletromecanico ou eletrénico (controlador) responsavel pelo acionamento dessas
indicagdes luminosas. Em situagGes especificas, tais como uso de dispositivos de detecgZio do
tréfego, equipamentos de fiscalizagdo nao metrolégicos e centrais de controle em drea podem
ser associados 4 sinalizacaio semaférica de regulamentagao.
‘A operago da sinalizagao semaférica deve ser continua e criteriosamente avaliada quanto &
sua real necessidade e adequagao de sua programagio.
2.1 Formas de controle do trafego em intersecio ou seco de
A decisio pela adogao da sinalizagao semaférica no controle do tréfego deve ser precedida da
avaliagdo da eficacia de outras formas de controle, tais como:
Y controle a partir da obediéncia as normas gerais de circulagao e conduta estabelecidas
no Cédigo de Transito Brasileiro (CTB);
Y controle com o uso de sinalizagdo vertical de regulamentagao (placas R-1 ou R-2) e/ou
de sinalizagdo horizontal (faixa de travessia de pedestres tipo zebrada);
Y implantagdo de rotat6rias ou outras formas de canalizagao do trafego em intersegdes.
Orientagdes especificas sobre estudo e gerenciamento de conflitos entre veiculos, ¢ entre
veiculos e pedestres, siio apresentadas na seciio 4.1 deste Manual.
2.2. Principios da Sinalizacio Semaférica
Na concepgio ¢ na implantagdo da sinalizagdo de transito deve-se ter como principio bisico
as condigdes de percepgao dos usudrios da via, garantindo a real eficdcia dos sinais,
Para isso, & preciso assegurar & sinalizagdo semaférica os mesmos princfpios da sinalizagao de
transito em geral, descritos a seguir:
"1Legalidade
Suficiéncia
Padronizagio
Clareza
Precisao
confiabilidade
Visibilidade
legibilidade
Manutengio
conservacio
estar de acordo com o Cédigo de Transito Brasileiro - CTB e
legislagdo complementar;
permitir facil percepgdo do que realmente importante, com
quantidade de sinalizago compativel com a necessidade;
seguir um padrio legalmente estabelecido ¢ atender 4 regra de que
situagGes iguais devem ser sinalizadas segundo os mesmos critérios;
transmitir mensagens objetivas de fcil compreensio;
evitar a ocorréneia de informagao confflitante no direito de passagem;
ser precisa e confidvel, corresponder a situago existente;
ter credibilidade;
atender aos requisitos técnicos minimos de seguranga vidria e fluidez,
alternando 0 direito de passagem de movimentos conflitantes;
ser vista & distancia necesséria e em tempo habil para a tomada de
decisio;
ar permanentemente limpa, conservada ¢ visivel;
softer as adequagdes necessérias, tais como reprogramagio,
atualizagdo e remo¢do, acompanhando a dindmica do transito.
123. CONSIDERACOES GERAIS SOBRE SINALIZACAO SEMAFORICA.
3.1 Definigao e fungao
A sinalizagio semaférica tem por finalidade transmitir aos usudrios a informagdo sobre 0
direito de passagem em intersegdes e/ou segdes de via onde o espago vidrio € disputado por
dois ou mais movimentos conflitantes, ou advertir sobre a presenga de situagSes na via que
possam comprometer a seguranca dos usuarios.
F classificada, segundo sua fungao, em:
V sinalizagio semaférica de regulamentagiio — tem a fungdo de efetuar 0 controle do
trdnsito numa intersego ou segdo de via, através de indicagdes luminosas, alternando
0 diteito de passagem dos varios fluxos de veiculos e/ou pedestres;
Y sinalizagao semaforica de adverténeia — tem a fungdo de advertir sobre a existéncia
de obsticulo ou situago perigosa, devendo o condutor reduzir a velocidade e adotar
as medidas de precaugo compatfveis com a seguranga para seguir adiante,
3.2 Padrio de sinalizagio semaférica
3.2.1 Formas, cores e sinais
As diferentes combinagdes de forma, cor ¢ sinal integrantes da sinalizagdo semaférica
possuem significados distintos e transmitem informagdes especificas ao condutor e pedestre.
Nas Tabelas 3.1 ¢ 3.2 so apresentadas as combinagées envolvendo, respectivamente, focos
de forma circular e retangular, conforme o estabelecido na Resolugio N° 160/04 do
CONTRAN (Anexo II do CTB).
A utilizagao de focos com formas e/ou sinais diferentes dos previstos nas Tabelas 3.1 ¢ 3.2,
em cardter experimental, s6 seré admitida mediante autorizagio expressa do CONTRAN. O
uso de sinais ndo previstos, em cardter definitive, somente poderd ocorrer apés a devida
regulamentagdo pelo CONTRAN.
© Apéndice 1 apresenta a diagramagao dos pictogramas utilizados neste manual, exccto
aqueles utilizados em seméforos de controle ou faixa reversivel, cuja diagramagao para
formato de foco quadrado ainda nao consta da norma ABNT, Para a correta visualizag0, no
deverd ser iluminada a area do foco semaférico externa ao pictograma
As cores dos focos/pictogramas da sinalizagdo semaférica devem seguir as especificagées das
Normas ABNT NBR7995 ¢ NBR15889.
13‘Tabela 3.1: Cores e sinais da sinalizacao semaférica em focos de forma circular
FORMA] COR D SIGNIFICADO
Vermelha Indica a proibigio do | Obrigatoriedade do condutor
direito de passagem em parar 0 veiculo
© condutor deve parar 0 veiculo
A Indica 0 término do direito | salvo se nao for _possivel
‘marela °
de passagem. imobilizé-lo em condigées de
seguranga,
‘0 condutor tem a permissao de
iniciar ou prosseguir em
Verde Indica a permissio do | 2H podendo efetuar os
direito de pessagem movimentos de acordo com a
s indicago luminosa e observar
as normas de circulagio e
conduta,
‘Adverte da existéncia de['O condutor deve reduzir a
Amarela
Cireular
(intermitente)
situago perigosa ou
obsticulo,
velocidade ¢ observar as normas
de circulagio ¢ conduta,
Amarela com
seta
(opcional)
Indica término do direito
de passagem em seméforo
direcional,
condutor deve parar o veiculo
salvo se no for possivel
imobilizé-lo em condigdes de
seguranga,
Vermelha
Indica a proibigdo do
direito de passagem de
acordo com a dire
sentido da seta
apresentada na indicagdo
uminosa,
Obrigatoriedade do condutor
em parar 0 veiculo de acordo
com a indicagio luminosa,
Verde
Indica. a permissio do
direito de passagem, de
acordo com a dire
sentido da seta
apresentada na indicagao
Juminosa.
© condutor tem a permissdo de
iniciar ou prosseguir em
marcha, podendo efetuar os
movimentos de acordo com a
indicagdo luminosa e observar
as normas de circulagio e
conduta.
Vermelha
Indica para 0 ciclista a
ptoibigdo do direito de
passagem.
Obrigatoriedade do ciclista em
parar 0 veiculo,
Verde
Z|
Z
Z
z
Tndica para o ciclista @
permissio do direito de
passagem.
© ciclista tem a permissao de
inicier ou prosseguir em
marcha,
14Tabela 3.2: Cores ¢ sinais da sinalizagao semaférica em focos de forma quadrada
FORMA | COR ‘SINAL
‘SIGNIFICADO
‘ACAO DO USUARIO DA
VIA
Vermelha
Indica para o pedestre a
proibigao da travessia
0 pedestre nfio deve iniciar a
travessia
Vermelha
(intermitente)
Quadrada
Indica para 0 pedestre 0
término do direito de
iniciar a travessia, Sua
durago deve permitir a
conclusio das travessias
iniciadas no tempo de
verde.
‘0 pedestre no deve iniciar a
travessia, O pedestre que ja
iniciou a travessia no tempo
de verde deve conclui-la,
atentando para o fato de que
‘os vefculos estio prestes a
receber indicagio luminosa
verde.
Verde
Indica para o pedestre a
permissio do direito de
travessia
0 pedestre tem a permissao de
iniciar a travessia
Vermelha
Indica, por meio do
simbolo “X”, a proibigio
de circular na faixa
sinalizada
0 condutor nao deve circular
pela faixa sinalizada
Verde
Permite a circulagao na
faixa indicada pela seta
‘© condutor tem @ permissio
de circular pela faixa
sinalizada
Dimensé:
Os focos dos seméforos tém forma e dimensio da lente estabelecidas pela Resolugdo N°
160/04 do CONTRAN (Anexo II do CTB). A Tabela 3.3 apresenta a forma e dimensio dos
focos com base nessa resolugao.
‘Tabela 3.3: Formas ¢ dimensdes das lentes dos focos semaféricos
SEMAFOROS DESTINADOS A_| FORMA DO FOCO_| DIMENSAO DA LENTE (mm)
Veiculos automotores Cireular Didmetro de 200 ou 300
icletas Cireular Didmetro de 200 ou 300
Faixas reversivels Quadrada Didmetro de 300 (minimo)
Adverténcia Circular Didmetro de 200 ou 300
Pedestres Quadrada Lado de 200 ou 300
153.2.2
pos de semaforos
© seméforo, ou grupo focal, ¢ 0 conjunto obtido pela montagem de um ou mais focos
luminosos com suas faces voltadas para o sentido do movimento. Os grupos focais sio
empregados na sinalizagdo semaforica de regulamentagio ¢ adverténcia, de acordo com a
disposigao apresentada na Resolugdo N° 160/04 do CONTRAN (Anexo II do CTB).
a) Seméforos empregados na sinalizacdo semaférica de regulamentagio
VEICULAR (EXCETO DE CICLISTA) - © grupo focal veicular possui trés indicagdes
luminosas: vermelha, amarela e verde, dispostas nesta ordem, de cima para baixo quando
vertical, e da esquerda para a direita quando horizontal. Pode-se, também, utilizar grupo focal
composto de dois focos vermelhos, um amarelo e um verde, dispostos verticalmente.
VEICULAR DIRECIONAL - © grupo focal veicular direcional possui trés indicagdes
luminosas: vermelha com seta, amarela com ou sem seta e verde com seta, dispostas nesta
ordem, de cima para baixo quando vertical, e da esquerda para a direita quando horizontal
Pode-se, também, utilizar grupo focal composto de dois focos vermelhos com seta, um
amarelo com ou sem seta e um verde com seta, dispostos verticalmente. Deve ser utilizado,
apenas, nas aproximagdes em que ha periodos de verde distintos para diferentes movimentos.
‘As setas devem ser orientadas ou para cima, ou para a direita ou para a esquerda.
VEICULAR DIREGAO LIVRE - O grupo focal veicular diregdo livre & constituido somente
pelo foco verde com seta, A seta deve ser orientada ou para cima, ou para a direita ou para a
esquerda,
VEICULAR CONTROLE DE ACESSO ESPECIFICO - 0 grupo focal “veicular controle de
acesso especifico” possui focos vermelho e verde, dispostos nesta ordem, de cima para baixo
quando vertical, ¢ da esquerda para a dircita quando horizontal, para uso exclusivo em
controles do tipo pragas de pedagio e balsa.
VEICULAR CONTROLE OU FAIXA REVERSIVEL - O grupo focal veicular controle ou
faixa reversivel é formado por um foco vermelho com simbolo “X” e por um foco verde com
seta orientada para baixo, dispostos nesta ordem, da esquerda para a direita, na posi
horizontal. No caso de seméforos de LED pode ser utilizado um foco tmmico para mostrar as
duas indicagGes.
PEDESTRES — Os grupos focais de pedestres sto compostos por focos vermetho e verde,
com os pictogramas respectivos, dispostos nesta ordem, de cima para baixo, na posigio
vertical,
CICLISTAS - Os grupos focais de ciclistas so compostos por focos vermelho, amarelo e
verde, com os pictogramas respectivos, dispostos nesta ordem, de cima para baixo, na posigao
vertical.
16‘Tabela 3.4: Semaforos para sinaliz:
0 semaférica de regulamentacao
‘TIPO DO SEMAFORO
‘AO VERTICAL
POSICAO HORIZONTAL
Veicular
Observagdo: O grupo fi
é
00e:
pode
ser configurade com vermetho
300mm e amarelo/verde 200mm
Observagiio: $6 utilizar quando
projetado sobre a via
Veicular Direcional
Observag
jo: Opcionalmente,
ppode-se utilizar foco amarclo com
seta,
Observagies:
Y $6 utilizar quando projetado
sobre a via
Y Opcionalmente, pode-se utilizar
foco amarelo com seta.
Veicular Diregao Livre
Veicular Controle de Acesso
Especifico
Veicular Controle ou Faixa
Reversivel
Em seméforos de LED pode ser
usado foco nico.
Pedestre
7Ciclista
b) Seméforos empregados na sinalizagio semaférica de adverténcia
Os grupos focais utilizados na sinalizagdo semaférica de adverténcia devem ser formados por
um ou dois focos amarelos em funcionamento intermitente. O foco deve piscar de um em um
segundo (frequéncia de 1Hz) ¢ na proporgo aceso/apagado na faixa de 30 a 50% (Lampada
acesa).
A disposigdo dos focos na formagao dos semiforos veiculares de adverténcia duplos poderé
ser vertical ou horizontal (ver Tabela 3.5). No caso da utilizago de dois focos em
funcionamento intermitente, eles devem piscar alternadamente.
Em situagSes especiais definidas na segdo 4.3 deste Manual, 0 semaforo de regulamentagio
pode ser utilizado para efeito de sinalizagéo semaférica de adverténcia. Para tanto, os focos
verde e vermelho so apagados ¢ 0 foco amarelo opera de forma intermitente em todas as
aproximagdes. Nessa situagdo os focos de pedestres também devem ser apagados.
‘Tabela 3.5: Seméforos para sinalizagio semaforica de adverténcia com dois focos
TIPO DO SEMAFORO POSICAO VERTICAL POSICAO HORIZONTAL
Veet $ ee
3.2.3 Sequéncia de acionamento das indicagdes luminosas
As sequéncias de acionamento das indicagdes luminosas dos semaforos de regulamentagao
devem ser:
SEMAFORO VEICULAR e VEICULAR DIRECIONAL:
Verde, amarelo, vermelho, retornando ao verde;
SEMAFORO DE PEDESTRES:
Verde, vermelho intermitente, vermelho, retornando ao verde.
183.3 Relacionamento com outras sinalizagées
A sinalizagdo semaférica deve vir acompanhada por Linha de Retengao (LRE), conforme
especificado no Volume IV do Manual Brasileiro de Sinalizagdo de Transito (Sinalizagao
Horizontal), em todas as aproximagdes da intersegao ou da faixa de pedestres implantada em
segmento vidrio localizado em meio de quadra.
Quando necessirio, em fungio das condigdes de visibilidade do seméforo, deve ser utilizada a
placa A-14 - Semaforo frente, conforme especificado no Volume II do Manual Brasileiro
de Sinalizagao de Transito (Sinalizagao Vertical de Adverténcia),
Quando a sinalizagdo semafiriea incluir grupos focais especificos para pedestres, deve vir
acompanhada de Faixas de Travessia de Pedestres (FTP), conforme especificado no
Volume IV do Manual Brasileiro de Sinalizagao de Transito (Sinalizagao Horizontal),
Em via interceptada por ciclovia ou ciclofaixa, onde esto implantados seméforos para
ciclistas, deve ser implantada Marcacio de Cruzamento Rodocicloviario (MCC), conforme
especificado no Volume IV do Manual Brasileiro de Sinalizagio de Transit (Sinalizagao
Horizontal).
3.4 Aspectos legais
As mensagens da sinalizagao semafiirica de regulamentago so imperativas ¢ seu destespeito
constitu infrago, conforme Capitulo XV do CTB.
3.5 Componentes da sinalizacio semaférica
Os principais componentes da sinalizagdo semaférica sio descritos a seguir
1 Seméforo (também denominado grupo focal)
Elemento que fornece informagées aos condutores de veiculos e aos pedestres através de
indicagées luminosas. E constituido por um conjunto de focos dispostos conforme
apresentado nas Tabelas 3.4 e 3.5. Os principais elementos constituintes dos focos
semaféricos so mostrados na Figura 3.1.
a) Foco semaférico
Unidade que fornece indi luminosa, formada pelos seguintes elementos: conjunto
Sptico, mascara, pestana ou cobre-foco e caixa porta-foco.
CONJUNTO OPTICO - formado pela lente, fonte de luz e, quando necessario, refletor.
Y LENTE - E 0 elemento colocado em frente a fonte de luz para proteger os elementos
intemos do foco contra impactos, sujeira e intempéries e, quando necessério,
19homogeneizar a distribuigdo da luz ¢ dirigir o feixe luminoso aos respectivos usustios,
Quando utilizada fonte de luz branca, a lente tem a fungdo de definir a cor da
indicagio luminosa.
Y FONTES DE LUZ - As fontes de luz usualmente utilizadas so:
‘© - limpada incandescente com filamento reforgado;
‘© - lampada halégena;
‘+ - médulo ou kimpada de LEDs (Diodos emissores de luz)
Y REFLETOR — Elemento destinado a dirigir o fluxo luminoso da fonte de luz.
MASCARA - E 0 elemento colocado sobre a lente para proporcionar a visualizagdo do
simbolo ou pictograma (seta, silhueta boneco andando/parado, mao espalmada, bicicleta e
“X”), As mascaras so opcionais quando utilizado um conjunto de LEDs, pois o simbolo ou
pictograma pode ser obtido pela disposigo dos LEDs no formato desejado.
PESTANA OU COBRE-FOCO - Superficie de forma semicilindrica ou retangular, em cor
preta fosca ou cinza fosca, acompanhando a cor da caixa porta-focos, Deve ser colocada sobre
© foco, com o objetivo de reduzir a incidéncia da luz solar sobre a lente para melhoria da
condigdo de contraste. A pestana também pode colaborar para reduzir a intervisibilidade de
focos dirigidos a correntes de trafego conflitantes,
CAIXA PORTA-FOCO — Elemento onde sao fixados os conjuntos dpticos, na cor preta fosca
ou cinza fos
Caixa Porta Foca
i Pestana Caixa Porta Foco—_
Fonte de 7] wD Pestana
Alimentagao. | Placa cicuto — Lampada i
Scuae = io Incandescente—EE-—) |
Bseronico | tN
/ eat % Lente Colorida
Tampa Refletor “im ide
Fundo Palicarbonato
(a) Foco com LED (b) Foco com lampada incandescente
Figura 3.1: Elementos constituintes dos focos semafor
b) Anteparo
Anteparo é um painel que emoldura o grupo focal com o objetivo de melhorar a visibilidade
em relagdo & incidéncia solar, e/ou destacar a sinalizagao da paisagem urbana, Em seméforo
20instalado em suporte projetado sobre a via deve ser utilizado anteparo, Em seméforo instalado
em coluna simples 0 uso do anteparo é opcional. A cor do anteparo deve ser preta fosca. As
Figuras 3.2 e 3.3 apresentam, respectivamente, anteparos sem orla e com orla intema na cor
branca ou amarela, com ¢ sem tarja branca junto a posigao do foco amarelo.
3] 1 tt
Figura 3.2: Exemplos de anteparo sem orla
BUBUou
Figura 3.3: Exemplos de anteparo com orla interna
3.5.2 Elementos de sustentacao
So elementos que tém a fungdo de sustentar os semaforos, como por exemplo: colunas,
bragos projetados, cordoalhas e pérticos. Esses elementos devem ser na cor cinza ou preta
fosca e suas caracteristicas no devem comprometer a visibilidade do grupo focal
O tipo de elemento de sustentagdo a ser utilizado depende da definigdo de alguns fatores a
serem considerados na fase de projeto. Dentre esses fatores, destaca-se: necessidade de
projegdo sobre a via, caracteristicas geométricas do local, dimensionamento da carga a set
suportada, velocidade dos ventos, condigdes de visibilidade, composigao do trafego ¢ largura
das vias.
Na Figura 3.4 sto apresentados desenhos ilustrativos de diferentes tipos de elementos de
sustentago. A orientagdo quanto ao posicionamento desses elementos na via ¢ fornecida no
Capitulo 10 do presente Manual.
21eae Vermatna
Aare,
— Verde
cubranes
(a) Coluna (b) Brago projetado
Vermetho
‘Amarelo
Verde
(©) Pértico
(d) Cordoalha
Figura 3.4: Elementos de sustentagio
223.5.3 Controladores semaféricos
Sao os equipamentos programaveis que comandam as trocas das indicagdes Iuminosas dos
grupos focais. Em relagio a tecnologia empregada, os controladores dividem-se em
eletromecanicos ¢ eletrénicos.
CONTROLADORES ELETROMECANICOS ~— so constituidos por elementos elétricos
mecénicos. Sua programagdo & implementada a partir de uma combinagdo de recursos
mecénicos. Na maioria das vezes comportam apenas uma programagdo semaférica e possuem
recursos operacionais limitados.
CONTROLADORES ELETRONICOS — sao constituidos por componentes elétricos ¢
eletrénicos. Sua programagio é implementada a partir de recursos computacionais do
equipamento. Este tipo de tecnologia permite que os equipamentos disponham de recursos de
programagdo que facilitam as solugdes de engenharia. Diferentes tipos de controladores
eletrénicos estio relacionados as diferentes estratégias de controle do trifego, conforme
apresentado no item 5.2 do presente Manual.
3.5.4 Detectores de trafego
Sao dispositivos que tém a fungao de detectar a demanda de tréfego (veiculos motorizados,
no motorizados e pedestres) em determinado local.
Existem diferentes tecnologias utilizadas para este tipo de dispositivo que so escolhidas de
acordo com a necessidade funcional e com as caracteristicas de cada local.
3.5.4.1 Lagos Detectores Indutivos
Dentre os tipos de dispositivos mais utilizados para a detecgo do tréfego veicular destacam-
se 0s lagos detectores indutivos (ver Figura 3.5). Esses dispositivos so constituidos por cabos
metalicos inseridos no pavimento, construidos geralmente na forma retangular, ¢ conectados a
circuitos eletrénicos dos controladores. Nesses lagos circula corrente elétrica que forma um
campo magnético, 0 qual softe alteragdes quando da passagem ou presenga de massa
metilica, alteragdes estas que indicam aos controladores a passagem ou presenga dos
veiculos.
Figura 3.5: Exemplo de lagos indutivos empregados para deteesao veieular
233.5.4.2 Botoeiras
Sao dispositivos que tém a fungdo de detectar a solicitagao de pedestres em determinado local
(ver Figura 3.6). A botocira ¢ acionada manualmente pelo pedestre para que sua presenga seja
detectada, de forma que o tempo de travessia associado a essa demanda seja implementado
pelo controlador de trifego. Deve ser utilizada sinalizagao educativa que indique ao pedestre a
necessidade de acionar a botoeira para realizar a travessia (ver exemplos da Figura 3.7). No
Apéndice 1 so apresentados os pictogramas a serem utilizados nessa sinalizayao).
Eventualmente a botocira pode ser utilizada em sinalizagdo semaférica veicular para acionar
saidas de veiculos de emergéncia.
7
H
|
st
Figura 3.7: Exemplo de sinalizagao educativa para uso da botocira pelo pedestre
243.5.4.3 Lagos Virtuais por tratamento de imagem
principio de funcionamento da videodetecgao & 0 de utilizar o sinal de video como entrada
para a unidade detectora.
A configuragio do sistema de videodetecgio consiste em sobrepor zonas de detecgao em
posigGes adequadas sobre a imagem da via visualizada no monitor de video (ver Figura 3.8).
A medida que os veiculos percorrem a via cruzando as zonas de detec¢do configuradas elas
sio ativadas pela mudanga do padrio da imagem do video, resultando na detecgdo dos
veiculos.
Figura 3.8: Representacio de imagem de video com zonas de deteceao configuradas na
tela do monitor
3.5.4.4 Detectores por microondas
Os detectores que utilizam o proceso de Sensor Remoto de Trifego a Micro-ondas (RTMS -
Remote Traffic Microwave Sensor) sio equipamentos projetados para aplicagées de trfego
que medem a distancia dos objetos na trajetéria de seu feixe de microondas. A capacidade de
seletividade permite que 0 equipamento detecte veiculos estacionérios e méveis em diversas
zonas de detecgio.
Quando apontado para uma via, o feixe de microondas do equipamento projeta no pavimento
uma superficie oval, cuja largura depende do modo operacional selecionado, do angulo de
‘montagem do sensor e da distancia do sensor (ver Figura 3.9).
O equipamento tem duas configuragdes de montagem tipicas (transversal e longitudinal) e
varios modos de operagio, Para aplicagio em detecso na sinalizago semaforica 0
equipamento geralmente é posicionado transversalmente a via, como ilustrado na Figura 3.10.
Nesse caso, 0 detector est montado em suporte 4 margem da via com sua superficie oval
apontada em Angulo reto para as faixas de rolamento. Os segmentos de seletividade
correspondentes & localizagao das faixas de rolamento so definidos como zonas de detecgdo,
fazendo parte do processo de configuragao.
25a
& car Segmento
Figura 3.9: Feixe de microondas do RTMS e sua superficie oval
laa en
Figura 3.10: Hustragio da configuracio transversal de detectores por microondas
3.5.4.5 Detecedo magnética
Eenica de detecgdo de veiculos, baseada no principio da perturbagdo que os elementos
metélicos provocam no campo magnitico terrestre, Quando o veiculo passa sobre o detector
magnético sua massa metalica causa a distorgo das linhas de forga magnética. A Figura 3.11
ilustra a perturbagdo provocada no campo magnético terrestre devido 4 passagem de um
veiculo.
Normalmente, os detectores magnéticos ndo sio capazes de reconhecer veiculos parados ou
em velocidades inferiores a 10 ou 15 km/h, pois necessitam que 0 padrio magnético se altere
26significativamente ao longo do tempo para conseguir determinar a detecgdo. Como tém um
campo de agdo bastante limitado, necessitam ser posicionados diretamente sob a corrente de
transito que se quer detectar
Esses detectores sio fixados na superficie do pavimento, 0 que permite que sejam utilizados
tanto em cardter permanente como tempordrio. Suas dimensdes so usualmente da ordem de
12 em de largura por 20 cm de comprimento e 2 cm de altura. Sao utilizados para controle de
sinalizago semaférica, contagens classificadas, detecgio de presenga e medigdo de
velocidade. O uso do equipamento em aplicagdes tempordrias é adequado devido a facilidade
da sua instalagdo e retirada.
Linhas de Fluxo Magnético da Terra
superficie terrestre
(a) sem a presenga de vefculos
Linhas de Fluxo Magnético da Terra
Lf.
nna presenga de veiculo
‘Apresenga do veiculo
distoree as linhas de fluxo
Auperficie terrestre
(b) na presenga de veiculos
Figura 3.11: Ilustracao da perturbacio do campo magnético terrestre provocada pela
passagem de um veiculo (Fonte: adaptada de Traffic Detector Handbook, FHWA, 2006)
3.5.4.6 Detecgao por radiagao infravermetha
Técnica de detecgdo de veiculos e pedestres fundamentada em dois tipos de captagao:
27a) detecedo ativa: o detector envia o sinal que ¢ refletido pelos veiculos ou pedestres
captado, em seguida, pelo mesmo detector. O equipamento “ilumina” a zona de detecgo na
faixa infravermelha e captura as ondas refletidas pelos veiculos, pelos pedestres, pela pista de
rolamento ou por outros elementos préximos.
b) detecgdo passiva: ndo hd emissdo de energia pelo detector. O equipamento capta a
radiagdo infravermelha gerada por outras fontes (por exemplo, raios solares), e refletida pelos
veiculos ou pedestres (Figura 3.12).
Esses detectores podem ser posicionados ao lado da via ou sobre a mesma, Sao utilizados para
controle de sinalizagao semaférica, contagens classificadas de veiculos, detecgao de presenga,
medigao de velocidade, identificagao de pedestres bem como transmissio de informagdes aos
condutores,
Figura 3.12: Emissio e reflexio de energia por vefculos e superficie vidria
3.5.4.7 Deteccéo ultrassénica
Técnica de detecgdo de veiculos onde o detector emite energia com frequéncia ultrassénica
que & refletida pelo veiculo e captada, a seguir, por um sensor.
Os detectores ultrassénicos so posicionados sobre a pista de rolamento ou na lateral da
mesma (ver Figura 3.13). Sua operagdo consiste em transmitir, repetidamente, pulsos de
energia em dirego a0 pavimento e medir 0 tempo que cada pulso leva para retornar a0
equipamento. Quando nio ha presenga de veiculos, esse tempo é fungdo da distancia entre 0
detector ¢ 0 pavimento, portanto, fixo para cada situagdo, Quando ocorre uma passagem, 0
tempo varia em fungao da altura do veiculo, o que possibilita, inclusive, a sua classificagao.
As aplicages possiveis so: controle de sinalizagdo semaférica, contagem classificada,
detecgio de presenga e cilculo da taxa de ocupagdo. Esse sistema de detecgao permite medir
velocidades utilizando dois feixes préximos, formando um pequeno angulo entre si. O
intervalo entre a passagem pelos dois feixes permite calcular, com bastante pre
velocidade do veiculo.
E possivel realizar a medigdo da velocidade utilizando o principio do Efeito Doppler, onde &
medida a defasagem entre a onda emitida e a onda refletida, Nesse caso, um inico feixe &
28suficiente. Entretanto, os detectores baseados no Efeito Doppler tém o inconveniente de serem
muito imprecisos na mensuragdo de velocidades baixas, chegando a ser totalmente insensiveis
a veiculos parados.
Figura 3.13: Formas de posicionamento dos detectores ultrassénicos
294. CRITERIOS GERAIS PARA IMPLANTACAO DA _ SINALIZACAO
SEMAFORICA
Este capitulo aborda um dos principais aspectos da sinalizagdo semaférica, que é a decisio
relativa a utilizagao ou nao dessa sinalizago em locais onde 0 conflito dos diferentes usuarios
da via requer a adogio de medidas de controle. A partir dos conceitos relacionados aos
movimentos numa intersegdo, 0 capitulo apresenta os critérios para a implantagdo da
sinalizacio semaforica de regulamentagdo e para seu uso como sinalizagdo semaforica de
adverténcia, Aborda, também, a operagio de sinalizago semaférica em tempo parci
4.1 Estudo dos movimentos numa intersecio
Para efeito do presente Manual, as vias que se interceptam em uma_inters.
classificadas em principais e secundarias. Denomina-se via principal aquela que tem maior
volume de trifego em relago aquelas que a interceptam. As demais vias sio denominadas
undarias,
4.1.1 Definigdes
0 termo movimento, numa intersegdo ou trecho vidrio localizado em meio de quadra, é usado
para identificar o fluxo de veiculos que tém a mesma origem e mesmo destino, e/ou o fluxo de
pedestres que se deslocam na mesma dirego, mas no necessariamente no mesmo sentido
Graficamente, 0 movimento é representado por trago € seta, onde o trago indica a diregdo © a
seta indica o sentido,
A Figura 4.1 ilustra a intersegfio de duas vias de mio tinica com movimentos veiculares (MV)
e de pedestres (MP). Os movimentos MV1 ¢ MV2 possuem mesma origem, porém destinos
diferentes. O mesmo ocorre com os movimentos MV3 e MV4.
Os movimentos MP1 e MP2 compdem-se, cada um deles, de dois fluxos de mesma diregdo
sentidos opostos. Na Tabela 4.1 estdo indicados os movimentos veiculares que interferem em
da um dos movimentos de pedestres considerados.
Figura 4.1: Representagio de movimentos em uma intersegao de duas vias de mio tinica
30‘Tabela 4.1: Movimentos yeiculares que interferem com os movimentos de pedestres
MOVIMENTOS MVL Mv2 Mv3 Mv4
MPL x x
MP2 x x
0s trechos de via por onde os vefculos chegam a intersego so denominados aproximagdes
da intersegdo, A Figura 4.2 ilustra as aproximagdes numa intersegtio de duas vias de mio
mica e numa intersego de duas vias de mio dupla. A area da intersegdo, onde os
movimentos veiculares oriundos das diferentes aproximagdes podem interferir entre si, &
denominada area de conflito.
(a) Intersegdo de vias de mao tinica (b) Intersego de vias de mao dupla
Figura 4.2: Representagao das aproximagies de intersegdes
Os movimentos em uma intersegdo, quanto 4 interagdo de suas trajetérias, podem ser
classificados como:
a) conyergentes: so movimentos que tém origem em diferentes aproximagSes © possuem
mesmo destino (Figura 4.3);
ergentes: sio movimentos que tém origem na mesma aproximagdo e possuem destinos
diferentes (Figura 4.4);
©) interceptantes: sio movimentos que tém origem em aproximagGes diferentes ¢ que se
cruzam em algum ponto da drea de conflito (Figura 4.5);
314) ndo-interceptantes: so aqueles cujas trajetérias ndo se encontram em nenhum ponto da
rea de conflito (Figura 4.6).
Tt
Figura 4.3: Movimentos convergentes
Figura 4.4: Movimentos divergentes
ttt
TTFigura 4.5: Movimentos interceptantes
Figura 4.6: Movimentos nio-interceptantes
Os movimentos, quanto 4 interagdo das suas trajetérias para efeito do controle semaférico,
podem ser clasificados como:
a) conflitantes: movimentos com origens diferentes cujas trajetérias se intereeptam ou
convergem em algum ponto da rea de conflito.
b) nio-conflitantes: movimentos cujas trajetérias nao se interceptam nem convergem em
nenhum ponto da drea de conilito.
A andlise dos conflitos presentes em uma dada intersego deve ser realizada com base na
elaboragdo de um diagrama de conflitos. Esse diagrama consiste na representagdo
esquemitica da geometria da intersego, com a indicago de suas aproximagdes, sobre a qual
sio registrados todos os movimentos veiculares que ocorrem na area da intersegdo, Nesse
diagrama também devem ser representados os movimentos de travessia de pedestres nas
aproximagdes, mostrando seus conflitos com os movimentos veiculares. Um exemplo desse
tipo de diagrama & mostrado na Figura 4.7, com a indicago dos movimentos veiculares
conflitantes mostrada na Tabela 4.2. A Tabela 4.3 mostra a classificasio dos movimentos da
Figura 4.7 com relagao trajetéria,
33Figura 4.7: Exemplo de um diagrama de conflitos
1,23
16 sto movimentos de tifego
Jlovimentos conflitantes apresentados na Figura 4.7
213 5] 6 ]7| 8] 9 || 11] 12] 13 | 4] 15 | 16
1 x [x x [x x x
2 x [x x x
3 xfx[x|[x[x x x [x
4 x x fx |x x |x x
5 x[x|x
6 x x x x x
7 x x
8 x x
9 x [x x x x [x
10 x x [x x x x
ii x [x x [x
12 x x fx |x x x [x
1B x x [x x px
14 x x fx |x x
15 x x
16 x x [x
34Classificagio dos movimentos segundo a trajetéria
mov] 1 | 2/3] 4|s|6/7/ 8/9 | 10] | 12] 13 | 14 {15 | 16
1 pwv | pw | at [con | we [ost [ox | ave | xr | mt [oon | i fave | wr [ovr
2 | ow pw | x [x | m | x | mw eox]cox] m | x five] x | m [ave
3 [ow | ow con | xe | we [ove [con | avr | mt | ost [ove [ot | xe [vt [vr
4 [wr] wt | cow pv | ow | we [con] wr | st | st fave fave | wt | ovr |
s_|con| mt | m | ow pw [xt [om [ow | ox | os [con] ovr fave | | s
6 [or [x [wr] ow | ow con | xt | avr | ant [coy | avr faye [st | [ave
7 [x [x [wr [ave | wr | cow pw | pw [ wr [con | ave | si [avr | nn [ive
s | | s [con|cow] sx | mt | pw pw [ox [os [ow [ow fr[ or |
9 | wt [eon] mr | ovr | x | mr | ow | ow. con | st | at [ovr fave | wt | sr
10 [we [con | wr fo | xc | wr | ove | mi | cow pw | pw [ar] wt [ar]
uw [ os fw [om | ow | x [eon ]con] mm | | ow pw [st | xt | wr [sr
12 [con | st [or [ovr [con] mr | or | xt | wr | ow | ow wt [int | vt | sr
wl far] for] or] or] | fr] or] | ow wf x | sr
ws [or] | | [or] for] efor] ow | [or] st | x
a ee ee cc NI
aw [wrforfor| os |x forfor| | sw | forf sisi
Legenda: CON: convergentes; DIV: divergentes; INT: intereeptantes; NI: nfo-intereeplantes
4.1.2 Gerenciamento de conflitos
© gerenciamento de conflitos deve ser baseado em uma rotina de andlise, que abrange:
identificagdo do problema, determinagao das causas provaveis e proposta de solugdes. A
Tabela 4.4 apresenta alguns exemplos da aplicagao dessa rotina,
35‘Tabela 4.4: Exemplos de problemas em intersegdes e possiveis solugdes
PROBLEMA | __CAUSAS SOLUCOES EXEMPLOS DE MEDIDAS QUE PODEM
provAveis | _possiveis SER ADOTADAS.
Oeondutorndo |= methoria das} Remogfo de aterferéncias visuas,
eoxergaasbrechas | condigées de -
no fluxo a ser visibilidade Adequagdo de geometria para melhor
wept nfo as potisomument dos viata
Fila ‘Nao ha brechas. ‘melhor “Aumento da capacidade da aproximagao, através
excessive de | ficients para fproveitamento | de proibigdo de estacionamento ou alargamento de
velculos para | transposicio pela das brechas Pista;
transpor quantidade de existentes. Alteragiio de geometria
uma veiculos que Tmplantagio de sinalizagio semaforica
intersegio desejam fazé-lo alternincia do Implantagao de minirrotatorias
direito de Implantagao de sinalizagao semaférica
Mhatos redupdo do [Proibigio de movimentos
aenacaioe confite Timplantagio de otafia ou nro
conflitantes Alteragio de circulagio
Tnmplanacho de snlizaglo sonatirica
O condutora Tralhora das | Remogio de inferferénias visuals
cxerga as brecas | condigaes de > TS559 do alinhamento da via perpendicular por
ae 1c _| taco de construgdo de avango de cade ¢
interop immplantagdo de linha de retengfo ou de
Ocorréncia
de acidentes
potencial de
acidentes
impréprias
continuidade do alinhamento
Ni ha brechas
para transposigao
alterndncia do
direito de
passages
Tmplantagdo de rotatdria ou minirrotatGria
Tmplantaglo de Sinalizagio semaTorica
AAs velocidades de
aproximagio so
clevadas ou hi
dificuldade para
avaliar a
velocidade de
aproximago de
veiculos da
transversal
redusio da
velocidade de
aproximagao
Tmplantaglo de sinalizagio de regulamentagio de
velocidade
Tmplantaglo de fiscalizagio de velocidade
Tmplantagio de redutores de velocidade
Tmiplantagio de sinalizagao sematirica
‘As normas de
preferéncia de
passagem nao so
definigio das
regras por meio
de sinalizagao
Definigio da preferencial por meio de sinal R-T —
Parada Obrigatoria ou R-2 ~ Dé a Preferéncia
Redelinigdo da via preferencial — inversio da
sinalizagao de proferéncia de passagem
respeiladas
Implantagdo de sinalizago semaférica de
adverténcia
Implantagdo de roiatéria ou minirotatéria
Tmplantaglo de sinalizagio semaforiea de
regulamentagdo
Muitos redugto dos Proibigdo de movimentos por meio de sinalizagao
movimentos conflitos Tmplantaglo de rotat6ria ou minirrotatoria
conflitantes
“Alteragio de circulagaio
Implantaglo de sinalizagio semaférica (pares de
vias com mio tinica de eirculagdo, em sentidos
opostos)
364.2 Critérios para implantagao da sinal
A sinalizagdo semaférica é uma das alternativas para 0 gerenciamento de conflitos em
intersegdes ou em meio de quadra, Antes de decidir pela implantagdo de sinalizagao
semaférica, deve ser avaliada sua efetiva necessidade, considerando a viabilidade da adogdo
de outras medidas alternativas, tais como as relacionadas a seguir:
a) definigdo da preferéncia de passagem;
b) remogao de interferéncias que prejudiquem a visibilidade;
c) melhoria na iluminagiio;
d) adequagao das sinalizagées horizontal ¢ vertical;
©) redugo das velocidades nas aproxima
f) adequagio na geometria;
8) proibigdo de estacionamento;
h) implantagao de refiigios para pedestres;
i) alteragao de circulagdo;
j) inversao da preferéncia de passagem;
k) implantagao de minirrotatérias;
1) direcionamento dos pedestres para locais de travessia seguros;
m) reforgo da sinalizagdo de adverténcia,
uso apropriado da sinalizagdio semaférica produz impactos positivos no controle de transito,
apresentando muitas vantagens. Entretanto, quando utilizada de forma inadequada,
contrariando os Prineipios da Sinalizagao de Transito, apresenta consequéncias que causam
prejuizos ao desempenho e seguranga do transito,
Na Tabela 4.5 sio apresentadas as principais consequéncias da implantagio da sinalizagao
semaférica, quando justificada e nao justificada por critérios ténicos,
‘Tabela 4.
: Consequéncias da implantagio da sinalizagio semaférica
IMPLANTACAO JUSTIFICADA, IMPLANTAGAO NAO JU!
FICADA,
Y Aumento das
guranga vidria Y~ Aumento de ocorréncia de acidentes de
Y Melhoria da fluidez do transito, na medida
em que promove distribuigdo adequada dos
tempos destinados a cada movimento
Y Controle do direito de passagem dos
movimentos de vefculos e pedestres com a
consequente redugio de conflitos
Y Redugdo de atrasos
Y Credibilidade por parte dos usuarios em
relagdo a sinalizagao
transito
Impos
Indugao ao desrespeito a sinalizagdo devido &
ociosidade na operago
Deserédito em relagao & sinalizagaio
Gastos desnecessérios de recursos puiblicos
10 de atrasos €
37© estudo para definir a necessidade da implantagdo da sinalizagdo semaférica e,
posteriormente, avaliar a sua eficdcia, deve ser realizado de acordo com os procedimentos
indicados na Figura 4.8.
Todos os documentos referentes & realizagdo desse estudo devem ser reunidos e organizados
em um relatério técnico, a fim de subsidiar o gestor de trinsito em sua decisdo de implantar a
sinalizagdo semaférica e servir como histérico para consultas futuras.
No caso do estudo da implantago de sinalizagdes semaféricas em locais em fase de projeto,
dentre os quais locais que poderdo softer alteragdes de geometria c/ou sinalizagao, as duas
tapas iniciais do procedimento devem ser substituidas por avaliagdes baseadas em estudos de
previsio de demanda e em progndsticos sobre a io do trifego.
Vistorias no local em diferentes horarios e dias da semana
¥
Coleta de dados relativos 4 seguranga ¢ fluidez
_ |
¥
Escolha da sinalizagdo complementar a ser utilizada
¥
Elaboracao do projeto
v
Divulgacao da implantacio
v
Implantagao da sinalizacao semaforica e da sinalizacio
complementar
v
Acompanhamento da operagao inicial da sinalizacao
semaforica
v
Coleta rotineira de dados relativos 4 seguranca e fluidez
v
Ayaliagio rotineira da programagio semafé:
ura 4.8: Procedimentos para a implantagio e avaliacao da sinalizagao semaférica
38Os critérios estabelecidos para a implantagdo da sinalizagao semaférica levam em conta,
inicialmente, se o local em estudo esta em fase de projeto, A partir dessa condigdo deve ser
definida a abordagem principal do estudo, em termos do tipo de usuétio que sera
prioritariamente considerado: veiculo ou pedestre. A abordagem referente ao usudrio ciclista
serd tratada em manual especifico, No fluxograma da Figura 4.9 é apresentada a estrutura
xgeral para a realizagdo do estudo para implantagao de sinalizago semaférica.
© local esté em fase
de projeto?
Qual
abordagem?
Qual
abordagem?
Aplicagtio dos Aplicago dos Aplicagio dos Aplicagio dos
critérios para critérios para eritérios para critérios para
pedestres em veiculos em pedestres em local vefeulos em local
local existente local existente em fase de projeto em fase de projeto
(item 4.2.1) {item 4.2.2) (tem 4.2.3) (item 4.2.4)
Critérios indica
sinalizagio
semafirica?
Legenda: S~Sim; N-Nio; V> Vefculo; P= Pedestre
Figura 4.9: Estrutura geral do estudo
39© estudo para a implantagdo de sinalizagao semaférica, baseado nos critérios apresentados a
seguir, deve levar em conta também o julgamento do especialista em transito, sobretudo em
situagdes mais complexas. Nesses casos, técnicas mais elaboradas para a andlise do impacto
da sinalizagdo semaférica sobre o desempenho do trafego na intersegdo podem ser
empregadas. Dentre essas técnicas, 0 uso de simuladores de trafego se destaca como uma das
mais eficazes e comumente adotadas no meio técnico, especialmente na anélise da operagdo
do trafego em redes viarias.
© atendimento da entrada/saida de veiculos de emergéncia e/ou de outras demandas
prioritérias deverd ser objeto de avaliagSes operacionais e de seguranga especificas. Nesses
casos 0s critérios a seguir apresentados podem ou ndo ser considerados.
4.2.1 Critérios para estudos em locais existentes: abordagem pedestres
As caracteristicas da via do trifego no local devem ser analisadas de modo a identificar se
as mesmas impdem restrigées de seguranga 4 instalagdo de sinalizagdo semaférica, Em
egmentos vidrios com velocidades regulamentadas superiores a 70 km/h a interrupgdo do
tréfego por meio de sinalizagdo semaférica compromete a seguranga dos veiculos e dos
proprios pedestres. Nesses casos, se o volume de travessias assim o justificar, devem ser
adotadas solugdes de travessia em desnivel. Também em locais nas imediagdes de curvas
horizontais ou verticais, onde exista restrigdo a visibilidade do condutor ao longo da distancia
de frenagem, a utilizago da sinalizago semaférica deve ser evitada.
Nas situagdes anteriormente referidas, caso nao seja possivel a implantago de travessia em
desnivel, a velocidade regulamentada deve ser reduzida na aproximagio das faixas de
pedestres, mesmo quando estas se localizam em intersegdes vidrias. Recursos de sinalizagao
horizontal e vertical devem ser empregados para garantir que condutor consiga parar seu
veiculo em seguranga.
O fluxograma da Figura 4.10 apresenta os critérios a serem considerados para verificagao da
necessidade da implantagio de sinalizagao semaférica sob a dtica dos pedestres, em local
onde nao esto previstas mudangas nas caracteristicas atuais de geometria ¢ das dteas
adjacentes.
40ificar a(s) travessia(s)
ceritica(s) [a]
Niimero de atropel
evitiveis por sinalizagao
semafirica® Ny ar? [b]
Produto pedestres x
espera justifica a
implantagao ? fe
Solugio ni semafériea [f]
Sinalizagao semaférica [g]
Legenda: $-Sim; N-Nao
Figura 4.10: Estudos em locais existentes: abordagem pedestres
4Descrigao dos blocos do fluxograma:
Ja] —Identificar as travessias criticas
No estudo de travessias de pedestres em meio da quadra, deve-se considerar que a travessia
titica ocorre na segdo onde os pedestres tém mais dificuldade para atravessar ou o mimero de
pedestres eruzando a via é maior. O estudo, quando em intersecgo, deve considerar esses
mesmos aspectos, separadamente, para cada uma das travessias existentes. Essa andlise é
feita, qualitativamente, a partir de vistorias no local. Geralmente, existe uma ou duas
travessias criticas por intersecgdo. Entretanto, independentemente da quantidade de travessias
criticas identificada em uma determinada intersegao, os critérios definidos sero aplicados
individualmente a cada travessia e no & soma dos fluxos ou média dos atrasos de todas
elas,
A identificagdo de travessias criticas deve levar em conta, também, aspectos de seguranga. As
travessias em locais que oferegam perigos adicionais aos pedestres, seja devido as condigdes
geométricas, seja por causa da velocidade dos vefculos, também so consideradas criticas. O
mesmo se aplica a locais de travessia utilizados por pedestres cujo deslocamento requer
proteco especial (estudantes de escolas de ensino fundamental, frequentadores de instituigs
de salide, portadores de necessidades especiais, ete.).
[6] - Nimero de atropelamentos evitéveis por sinalizacao semaforica é maior do que Nz ar?
O nimero minimo limite de atropelamentos que, por si s6, justifica a implantagdo de
sinalizagdo semaférica, N 1 ar, € igual a 4, observado ao longo dos iiltimos 3 anos, ou 2
atropelamentos nos iiltimos 12 meses.
Ie] - Ha travessias alternativas?
Deve ser vetificado se nas proximidades do local em estudo (aproximadamente num raio de
50m) existe possibilidade do pedestre realizar a travessia com seguranga ¢ nivel aceitavel de
conforto, considerando-se a rota prevista para o seu deslocamento.
A definigio da existéncia, ou da possibilidade de implantagdo, de travessias altemativas
depende de fatores subjetivos que devem ser considerados pelo projetista com base nas
caracteristicas gerais da circulagdo de pedestres na area onde se insere o local em estudo.
[a] ~ Efetuar pesquisas
As pesquisas a serem efetuadas nos locais de travessia compreendem: identificagdo do
volume de pedestres por hora, nos dois sentidos, ¢ medigio do tempo médio de espera do
pedestre para realizar a travessia (em segundos por pedestre), Esses elementos devem ser
observados ao longo do periodo critico para a travessia de pedestres no local, durante tempo
igual ou superior a uma hora. Tempos de coleta mais extensos so preferiveis e devem ser
definidos em fungdo dos recursos disponiveis para a realizagdo da pesquisa,
Os pedestres que efetuam a travessia devem ser contados em ambos os sentidos, no entomo
de 25m da travessia critica nos cruzamentos ¢ de 50m da travessia critica para o meio de
quadra. Os procedimentos a serem adotados na pesquisa do tempo médio de espera ¢ na
determinagio do volume de pedestres na travessia critica sdo detalhados no Apéndice 2.
42Je] - Produto Pedestres x Tempo Médio de Espera justifica a implantagao?
Calcular 0 produto do volume de pedestres pelo tempo médio de espera para efetuar a
travessia critica, a partir dos resultados obtidos em /dj. Considerando 0 erro de estimativa
deste produto, obter os limites de um intervalo de valores (Li-limite inferior ¢ LS=limite
superior) para o mesmo, conforme indicado no Apéndice 2.
Esses limites devem ser comparados com o valor de 4.750 pedestres x segundo, por hora, que
corresponde a um tempo médio de espera de 25 segundos por um volume de 190
pedestres/hora na travessia.
A verificagao da necessidade da implantagdo da sinalizagdo semafbrica deve ser feita com
base na comparagdo dos valores limites (LI e LS) com o valor critico de 4.750 pedestres x
segundo, por hora, como segue:
para L I > 4.750pedestres x segundo, por hora, a implantagdo da sinalizago semaférica &
justificada pelo critério;
para LS < 4.750pedestres x segundo, por hora, a implantago da sinalizagao semaférica no
6 justificada pelo critério;
para os casos em que LI < 4.750pedestres x segundo, por hora < LS, a decisio para
implantag&o da sinalizagdo semaférica fica condicionada a andlises complementares por parte
do técnico encarregado do estudo.
Esse critério permite contemplar com sinalizagao semaférica travessias onde o volume de
pedestres é reduzido (inferior a 190 pedestres/hora), mas 0 tempo médio de espera ¢ elevado
(superior a 25 segundos), seja devido a intensidade do fluxo veicular ou as caracteristicas
geométricas do local, seja pela presenga de pedestres com velocidade de travessia reduzida.
If] -Solucao néo semaférica
Adotar solugio que promova a travessia segura dos pedestres, verificando a necessidade de
implantar faixas de travessia devidamente sinalizadas.
Ig] Sinalizagao semaforica
No caso do local estudado estar em meio de quadra, deve ser implantada sinalizagao
semafirica acionada pelo pedestre (equipamento dotado de botoeira) ou de tempo fixo (no
caso de presenga continua de pedestres).
No caso da travessia critica estar localizada junto a intersegdo, deve ser feita inicialmente a
verificagdo da possibilidade de acomodar em um mesmo estigio o volume de pedestres e 0
fluxo veicular, Nao sendo possivel, deverd ser estabelecido um estigio exclusive para o
atendimento dos pedestres.
O dimensionamento do plano semaférico para todas as situagGes deve ser realizado de acordo
com os procedimentos apresentados nos Capitulos 7 a 9 deste Manual.
434.2.2 Critérios para estudos em locais existentes: abordagem vefculos
© fluxograma da Figura 4.11 apresenta os critérios a serem considerados para verificagao da
necessidade da implantagio de sinalizago semaférica sob a dtica da necessidade dos
veiculos, em local onde no esto previstas mudangas nas caracteristicas atuais de geometria e
das areas adjacentes. Mesmo nesse caso, as condigdes de seguranga na circulagdo dos
pedestres devem ser analisadas.
Niimero Limite de colisdes com
vitimas evitaveis por sinalizagao
semaforica> Neay? [a]
-Efetuar pesquisas inicais (b
Condigdo do local é
segura? [c]
Nimero de ciclos
vazios = Nuey? [4]
Efetuar pesquis
[Na transversal, tempo total de
‘espera indica semaforo? [1]
Figura 4.11: Estudos em locais existentes: abordagem veiculos
Legenda: $=Sim; N=Nio
44Descrig&o dos blocos do fluxograma:
[a] - Nimero de colisées com vitima, evitiveis por sinalizacao semaférica, € maior do que
Nav?
O nimero minimo limite de colisdes com vitimas, evitaveis por sinalizagdo semaférica, (N 1
ay), que justifica a implantagdo de sinalizagdo semaférica é igual a 7, observado nos tiltimos
3 anos ou 3 nos iltimos 12 meses.
Na Figura 4.12 sdo apresentados alguns exemplos de acidentes que podem ser evitados com a
adogdo da sinalizagao semaférica.
EXEMPLOS DE ACIDENTES EVITAVEIS POR SINALIZAGAO SEMAFORICA
(considerar também outros indicadores, como os volumes veiculares das aproximagdes)
+++
he
Figura 4.12: Exemplos de acidentes evitiveis por sinalizagao semaférica
[b] - Efetuar pesquisas iniciais
Fazer contagem classificada de veiculos (nimero de veiculos por
aproximagdes da intersecgdo durante a sua hora-pico (ver Apéndice 3) e levantar os demais
dados iniciais necessarios ao estudo, tais como: mimero de faixas de rolamento em cada
aproximagao; tempo de ciclo da rede, se a intersecdo estiver inserida em uma via com
sinalizagdes semaféricas operando de forma coordenada; distincia da intersegio estudada as
intersegdes controladas por sinalizagdo semaférica a montante e a jusante,
45Calcular 0 nimero de veiculos equivalentes, a partir da conversdo de todos os tipos de
veiculos observados em unidades de carros de passeio (uep), seguindo os procedimentos
apresentados no Capitulo 6.
Ie] - Condigao do local é segura?
Verificar se 0 local apresenta isticas que comprometam a seguranga dos usudtios na
intersego. Essas caracteristicas referem-se principalmente a geometria da via nas
proximidades da intersecZo (curvas horizontais ou verticais), a existéncia de edificagdes ou
outros clementos que dificultem a intervisibilidade dos movimentos conflitantes, ou a
configuragdo da interse¢o que dificulta a percepefio natural de qual via é a via principal
Nesse iltimo caso, a sinalizagdo semafirica sé se justifica apés terem sido testadas sem
sucesso diferentes alternativas para a solugdo do problema por meio da sinalizago horizontal
e vertical
Id] - Nimero de ciclos vazios é maior ou igual a NL CV?
‘A implantagio da sinalizago semaférica na abordagem veicular visa, prin
propiciar seguranga e fluidez ao fluxo da via secundaria. Assim, para o caso da utilizagao de
sinalizagio semaférica de tempo fixo, é preciso verificar se, para o tempo de ciclo que a
inalizago semaférica teria caso fosse instalada, existiriam ciclos sem nenhuma demanda na
via secundaria, isto ¢, ciclos vazios. Para que a sinalizagdo semaférica seja instalada segundo
este critério, 0 niimero de ciclos vazios por hora, na hora-pico, deve ser inferior a um limite
estabelecido pelo projetista (Nicy) em fungdo das caracteristicas gerais de cada cidade. No
entanto, em todas as situagdes, Nicy deve ser menor ou igual a 10% do mimero de ciclos por
hora (NC).
A estimativa do mimero de ciclos vazios na hora-pico (sem demanda na vi
de acordo com os passos a seguir:
secundaria) ¢ feita
Passo 1: determinagao do tempo de ciclo (C) em segundos, que a sinalizagdo semaférica
teria, se instalado, ou, no caso de intersegao inserida em via com sinalizagio semaférica
operando de modo coordenado, adogao do tempo de ciclo da rede. O tempo de ciclo da rede
somente deve ser considerado se pelo menos uma das intersegdes adjacentes estiver a menos
de 500m da intersegdo estudada.
Passo 2: determinagao do nimero de ciclos por hora (NC)
Passo 3: determinagao do fluxo total das aproximagdes da via secundaria (FTS), expresso em
termos de unidade de carros de passeio (ucp) por hora.
Passo 4: determinagao do nimero médio de veiculos por ciclo, em termos de ucp, nas
i da via se ia (m).
FIS
NC
46Passo S: determinagao do nimeto esperado de ciclos vazios nas aproximagées da via
secundaria, ou seja, do mimero de ciclos em que nio existem veiculos na via secundaria
chegando a intersegao (NCV).
NCV =e" xNC
onde:
base dos logaritmos neperianos (igual a 2,72)
A determinaco do NCV pressupde que as chegadas as aproximagGes da via secundiria sto
aleatérias, seguindo uma distribuigdo de Poisson.
Quando 0 fluxo que chega ao menos a uma das aproximagées da via secundaria for
proveniente de uma sinalizagdo semaférica a montante, o pressuposto de chegadas aleatérias
nao mais se verifica. Assim, o valor do NCV estimado pelo procedimento anteriormente
deserito deve ser utilizado com reservas. © ideal, nesses casos, ¢ estimar NCV por meio de
recursos mais elaborados, como técnicas de simulagdo da operagdo do trifego em rede.
Je] Efetuar pesquisas de espera
Determinar o tempo total de espera dos veiculos da via secundaria. O procedimento para 0
levantamento desse tempo em campo é apresentado no Apéndice 4
If] -Na transversal, tempo total de espera indica sinalizacio semaférica?
Se 0 tempo total de espera for inferior a 6.000 uep x segundo, por hora, que corresponde a um
atraso médio de 15 segundos sofrido por um fluxo de 400 uep/hora na via secundaria (sem
considerar as motos), sinalizagao semaférica ndo deve ser implantada.
No caso do tempo total de espera ser superior a 14,000 uep x segundo, por hora, que
corresponde a um atraso médio de 35 segundos sofridos por um fluxo de 400 uep/hora na via
secundaria (sem considerar as motos), a sinalizago semaférica deve ser implantada.
Para tempo total de espera entre 6.000 e 14.000 ucp x segundo, por hora, a decisio para
implantagdo da sinalizagdo semafbrica fica condicionada a andlises complementares por parte
do técnico encarregado do estudo.
Ig] Solucao nao semafirica
Adotar solugo que promova a seguranga do tréfego na intersego sem comprometer
desnecessariamente a fluidez da via principal. Dentre as solugdes possiveis, referidas na
Tabela 4.4, destaca-se: redugdo das velocidades nas aproximages, adequagao da geometria,
implantagio de minirrotatérias e mudanga no sentido de circulagdo com eliminagio do
conflito.
[h] - Sinalizacao semaférica
Definir a estratégia e 0 tipo de controle a ser propiciado pela sinalizagdo semaférica, O
dimensionamento do plano semaférico para a situago definida deve ser realizado de acordo
com os procedimentos apresentados nos Capitulos 7 a 9 deste Manual.
474.23 Critérios para estudos em locais em fase de projeto: abordagem pedestres
im segmentos vidrios com velocidades regulamentadas superiores a 70 km/h a interrupgdo do
trafego por meio de sinalizagdo semaférica compromete a seguranga dos veiculos ¢ dos
priprios pedestres. Nesses casos, se 0 volume de travessias assim 0 justificar, devem ser
adotadas solugdes de travessia em desnivel.
Nas imediagdes de curvas horizontais ou verticais, onde exista restrigdo a visibilidade do
condutor ao longo da distancia de frenagem, a utilizagio da sinalizagdo semaférica deve ser
evitada,
Nas situagdes anteriormente referidas, caso ndo seja possivel a implantagdo de travessia em
desnivel, a velocidade regulamentada deve ser reduzida na aproximagio das faixas de
pedestres, mesmo quando estas se localizam em inters Recursos de sinalizagio
horizontal ¢ vertical devem ser empregados para garantit que 0 condutor consiga parar seu
veiculo com seguranga.
fluxograma da Figura 4.13 apresenta os critérios a serem considerados para verificagdo da
necessidade da implantagao de sinalizago semaférica sob a ética dos pedestres, em locais em
fase de projeto.
Identificar a(s) travessia(s) critica(s) [a]
Ha travessias
alternativas? [b]
N
timativa do volume de pedestres na hora pico [¢]
¥
Estimativa do tempo de travessia e da espera dos pedestres [4]
Produto pedestres
espera > 4750? [e]
Semaforo Ig]
Legenda: S~Sim; N-Nao
Solucio nao semaférica [f]
Figura 4.13: Estudos em locais em fase de projeto: abordagem pedestres
48Descrigao dos blocos do fluxograma:
Ja] — Identificar as travessias criticas
Devem ser identificadas ¢ analisadas as rotas esperadas de pedestres em fungdo da presenga
de polos geradores de viagens a pé (pontos de énibus, escolas, hospitais, shoppings, etc.). As
andlises devem considerar a continuidade dos itinerdrios e as caracteristicas fisicas do entorno
(topografia, largura de calgadas, obstaculos, seguranga publica, etc.), que afetardo diretamente
a decistio do pedestre na realizago da travessia. Serdo consideradas criticas as travessias com
potencial de concentragao de diferentes rotas esperadas de pedestres.
Se o local em estudo for uma interse¢do, cada uma das travessias previstas deve ser analisada
separadamente.
[b] - Hé travessias alternativas?
Deve ser verificado se nas proximidades do local em estudo (aproximadamente 50m) existe
possibilidade do pedestre realizar a travessia com seguranga e nivel aceitivel de conforto,
considerando-se a rota prevista para o seu deslocamento.
A definigdo da existéncia, ou da possibilidade de implantagdo, de travessias alternativas
depende de fatores subjetivos que devem ser considerados pelo projetista com base nas
caracteristicas gerais da circulagdo de pedestres na area onde se insere o local de estudo.
Jc] - Estimativa do volume de pedestres na hora-pico
Estimar 0 fluxo de pedestres que ocorrerd em cada travessia critica em fungdo de eventuais
polos geradores a serem criados e do remanejamento que o novo projeto provocard na
Aistribuigdo do fluxo atual de pedestre
Id] - Estimativa do tempo de travessia e cdlculo do tempo médio de espera dos pedestres
O tempo de travessia é estimado por meio da Equagio 4.1.
Lp
Tt=— 4.1
Vi a1)
sendo:
Tt= tempo de travessia [s];
Vt= velocidade do pedestre na travessia [m/s];
Lp = largura da pista [m]
Considera-se a velocidade de travessia dos pedestres igual a 1,2 m/s. Dependendo das
caracteristicas especfficas dos pedestres no local em estudo, o projetista pode ter que adotar
valores inferiores.
tempo médio de espera dos pedestres deve ser estimado a partir do uso do simulador TESP,
disponivel na pagina do Denatran na Internet (ver Apéndice 5).
49Este & o tempo médio de espera de todos os pedestres na travessia critica e, por isso, nao cabe
© cilculo de erro de estimativa como ocorre com a determinagdo por meio de amostra
Je] - Produto pedestresxtempo médio de espera > 4.750 pedestres x segundo, por hora?
Calcular o produto do volume de pedestres pelo atraso médio, a partir dos resultados obtidos
em (ef ¢ {d}.
Esse produto deve ser maior ou igual a 4.750 pedestres x segundo, por hora, que corresponde
a um atraso médio de 25 segundos para um volume de 190 pedestres/hora na travessia,
Esse valor deve ser usado como referencia para a decisdo da implantagZo ou ndo da
sinalizagdo semaférica. Ele permite contemplar com sinalizagdo semaférica travessias onde 0
fluxo de pedestres ¢ inferior ao valor de referéncia mas sofie atrasos elevados, seja devido &
intensidade do fluxo veicular ou as caracteristicas geométricas do local, seja pela presenga de
pedestres com velocidade de travessia reduzida.
simulador TESP, que estima 0 tempo médio de espera, também fornece 0 resultado da
aplicagdo do presente critério. As principais caracteristicas do simulador, bem como as
instrugdes para sua utilizagao, so apresentadas no Apéndice 5.
If] -Solugao nao semaférica
Adotar solugdo que promova a travessia segura dos pedestres, verificando a necessidade de
implantar faixas de travessia devidamente sinalizada:
Ig]— Sinalizagéo semaférica
No caso do local estudado estar em meio de quadra, deve ser implantada sinalizagio
semaférica acionada pelo pedestre (equipamento dotado de botoeira)
No caso da travessia critica estar localizada junto a intersegdo, deve ser feita inicialmente a
verificagdo da possibilidade de acomodar em um mesmo estigio o volume de pedestres ¢ 0
fluxo veicular. Nao sendo possivel, deve ser estabelecido um estégio exelusivo para o
atendimento aos pedestres.
O dimensionamento do plano semaférico para todas as situagdes deve ser realizado de acordo
com os procedimentos apresentados nos Capitulos 7 a 9 deste Manual.
42.4 Crit
s para estudos em locai
em fase de projeto: abordagem veiculos
© fluxograma da Figura 4.14 apresenta os critérios a serem considerados para verificagdo da
necessidade da implantagao de sinalizagdo semaforica sob a ética dos veiculos, em local que
se encontra em fase de projeto.
50Determinar grandezas envolvidas [a]
Caleular programagio (b]
Ha fatores de risco no
local? [e}
‘Niimero de ciclos
vazios >Ni ev? [
E possivel estimar 0
atraso dos veiculos na via
secundaria? [c]
Aplicar ertério de
fluxos minimos (g]
Critério justifica
implantagdo de
seméforo? [h]
Na transversal,
combinagio fluxo
com espera indica
semaforo? [i]
¥
N
Solus nao semaférica {Kk}
Sinalizagao semaférica [j]
Legenda: S~Sim; N=Nao
51Figura 4.14: Estudos em locais novos: abordagem vefculos
Descrigao dos blocos do fluxograma:
Ja] - Determinar grandezas envolvidas
Determinar, para todas as aproximag@es da intersegdo, os dados necessérios & programagdo da
sinalizagdo semaférica, tais como os valores de taxa de fluxo (hora pico), fluxo de saturagio e
tempo perdido, Os dois primeiros s4o os préprios valores que foram utilizados no projeto de
reconfiguragdo/definigdo do local estudado,
Calcular 0 ntimero de veiculos equivalentes, a partir da conversio de todos os tipos de
veiculos observados em unidades de carros de passeio (ucp), seguindo os procedimentos
apresentados no Capitulo 6.
[6] Calcular programacio
Calcular a programagao semaférica do local a partir dos dados do item [a], seguindo os
procedimentos indicados neste Manual para sinalizagdo semaférica de tempo fixo. Esse
céleulo visa permitir a andlise a ser efetuada em fe}.
[ec] - Ha fatores de risco presentes no local?
Verificar se 0 local apresenta caracteristicas que comprometam a seguranga dos usudtios na
intersegdio. Essas caracteristicas referem-se principalmente a geometria da via nas
proximidades da interse¢o (curvas horizontais ou verticais) ou & existéncia de edificagdes ou
outros elementos que dificultem a intervisibilidade dos movimentos conflitantes.
[d] - Niimero de ciclos vazios é maior ou igual a Ni cv?
A implantagdo da sinalizagdo semaférica na abordagem veicular visa, principalmente,
propiciar seguranga ¢ fluidez ao fluxo da via secundaria. Assim, para o caso da utilizago de
inalizagao semaforica de tempo fixo, é preciso verificar se na programacdo caleulada em [b]
existirao ciclos sem nenhuma demanda na via secundaria, isto é, ciclos vazios. O nimero de
ciclos vazios por hora, na hora-pico, deve ser inferior a um limite estabelecido pelo projetista
(icy) em fungdo das caracteristicas gerais de cada cidade, No entanto, em todas as situagdes,
Nicy deve ser menor ou igual a 10% do nimero de ciclos por hora (NC).
A estimativa do numero de ciclos vazios na hora-pico, sem demanda na via secundaria, é feita
de acordo com os passos a segui
Passo 1: determinagio do tempo de ciclo (C) em segundos, qu
se instalada, ou, no caso de intersegdo inserida em via com sinalizagdo semaférica operando
de modo coordenado, adogao do tempo de ciclo adotado para a rede. O tempo de ciclo da rede
somente deve ser considerado se pelo menos uma das intersegGes adjacentes estiver a menos
de 500m da interse¢ao estudada.
Passo 2: determinagao do nimero de ciclos por hora (NC).
52NC san
Passo 3: determinagdo da taxa de fluxo total das aproximagdes da via secundaria (FTS),
expresso em termos de unidades de carro de passeio (uep) por hora.
Passo 4: determinagdo do niimero médio de vefculos por ciclo, expresso em ucp, nas
aproximagées da via secundaria (m).
io do mimero esperado de ciclos vazios nas aproxims
secundaria, ou seja, do numero de ciclos em que nao existem veiculos na via secundaria
chegando a intersegaio (NCV).
NCV =e" xNC
onde:
= base dos logaritmos neperianos (igual a 2,72)
‘A determinagdo do NCV considera que as chegadas nas aproximagdes da via secundaria silo
aleatérias, seguindo uma distribuigdo de Poisson.
Quando © fluxo que chega em pelo menos uma das aproximagdes da via secundaria for
proveniente de uma sinalizagdo semaférica a montante, o pressuposto de chegadas aleatdrias
nao mais se verifica. Assim, 0 valor do NCV estimado pelo procedimento anteriormente
descrito deve ser utilizado com reservas, somente quando nao for possivel estimar NCV por
meio de recursos mais elaborados, como técnicas de simulagdo da operagao do trafego em
rede.
Ie] - Verificar se é possivel estimar 0 atraso dos veiculos da via secundaria na situacao néo
semaforizada
Verificar se 0 érgio dispde de técnicas analiticas ou simuladores, devidamente calibrados para
representar as condigdes de operagao do trafego local, que permitam a estimativa do atraso
médio dos vefculos na(s) aproximagio(Ges) da via secundaria.
If] - Considerar o atraso dos veiculos da via secundaria na situagao nao semaforizada
Usando a(s) téenica(s) disponivel(is), estimar 0 atraso médio dos veiculos da via secundaria
na situagéo nao semaforizada,
Ig] —Aplicar critério de fluxos minimos
Considerar os valores dos fluxos estimados para a hora-pico, previstos no bloco [a], aplicé-
los aos gréficos correspondentes, mostrados nas Figuras 4.15 e 4.16, extraidas do Manual on
Uniform Traffic Control Devices (MUTCD-2003).
© grafico da Figura 4.15, correspondente ao Caso 1, deve ser utilizado quando a velocidade
limite definida para a via principal é inferior a 70km/h, No caso em que essa velocidade for
53superior ou, ainda, quando a intersegao em estudo estiver localizada em cidade com
populagdo inferior a 10.000 habitantes, deve ser utilizado o grifico da Figura 4.16 (Caso 2).
No Caso 1, a implantagdo de sinalizagio semaférica s6 pode ser justificada quando a
aproximagao mais carregada da via secundéria apresentar fluxo igual ou superior a 150
veiculos/h, se essa aproximagao tiver duas ou mais faixas de transito. Quando a aproximagio
mais carregada da via secundaria tiver somente uma faixa, o valor minimo do fluxo veicular
que pode justificar a sinalizagao semaférica é de 100 vefculos/h. No Caso 2, estes limites so,
respectivamente, 100 veiculos/h e 75 veiculos/h.
Para efeito da utilizagio dos grificos é possivel a utilizagdo do. fluxo expresso em veiculos
equivalentes, desde que essa unidade seja adotada para as aproximagSes das duas vias (ver
procedimento no Capitulo 6).
Identificar no grifico correspondente ao caso considerado (Figura 4.15 ou 4.16) © ponto
definido pelos fluxos estimados para a aproximago mais carregada da via secundaria ¢ para
todas as aproximages da via principal.
t {i 3 OU HAIS FAAS & V8.2 OU MAIS FAAS
00 + |
[L- VP: 2 OU MAIS FAIXAS & VS: 1 FAIXA
VP" 1 FAIXA & VS: 1 FAIA
1
“150,
100 = “100
400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1990 1400 1500 1600 1700 1600
via Principal (VP) -Fluxo total das duas aproximacées emveiculos/h
Via Secundarie (VS) - Fluxo da aproximaciio
mais carregada em veiculos/h
Figura 4.15: Valores de volume (fluxo) que justificam a implantacio de sinalizacio
semaférica em locais em fase de projeto: Caso 1 (Fonte: MUTCD-2003)
54proximaco.
hes/h
VP: 2 OU MAIS FAIXAS & VS: 2 OU MAIS FAIXAS
|
VP: 20U MAIS FAIKAS & VS: 1 FAIXA
400
300
VP: 4 FAIXA & VS: 1 FAIKA|
200
“100
75
100
mais cerregada em vei
Via Secundaria (VS) - Fluxo da a
300 400 500 600 700 800 900 1000 1100-1200 1300
via Principal (VP) - Fluxo total das duas aproximagBes em velcules/h
Figura 4.16: Valores de volume (fluxo) que justificam a implantacio de sinalizacio
semaférica em locais em fase de projeto: Caso 2 (Fonte: MUTCD-2003)
[h] - 0 Critério justifica a implantacao de sinalizagao semaférica?
Se 0 ponto identificado em [g] estiver acima da linha referente ao mimero de faixas das vias
principal e secundaria, a implantagao da sinalizagdo semaférica é justificada pelo critério,
[il - Na transversal, combinagdo fluxo com espera indica sinalizagdo semaférica?
Caleular © produto do fluxo de veiculos da via secundaria pelo atraso médio, a partir dos
resultados obtidos em faf e [ff
Se o tempo total de espera for inferior a 6.000 uep x segundo, por hora, que corresponde a um.
atraso médio de 15 segundos para um fluxo de 400 ucp/hora na via secundéria (sem
considerar as motos), a sinalizagdo semaférica no deve ser implantada.
No caso do tempo total de espera ser superior a 14.000 ucp x segundo, por hora, que
corresponde a um atraso médio de 35 segundos para um fluxo de 400 ucp/hora na via
secundaria (sem considerar as motos), a sinalizagdo semaférica deve ser implantada.
Para tempo total de espera entre 6.000 e 14.000 ucp x segundo, por hora, a decisio para
implantago da sinalizagao semaforica fica condicionada a andlises complementares pot parte
do técnico encarregado do estudo.
[il - Sinalicagao semafériea
Definir a estratégia e 0 tipo de controle a ser propiciado pela sinalizagdo semaférica. O
dimensionamento do plano semafdrico para a situago definida pode ser realizado de acordo
com os procedimentos apresentados nos Capitulos 7 a 9 deste Manual.
Jk] - Solugéio nao semaférica
55Adotar solugdo que promova a seguranga do tréfego na intersego sem comprometer
desnecessariamente a fluidez da via principal. Dentre as solugdes possiveis, referidas na
‘Tabela 4.4, destaca-se: redugdo das velocidades nas aproximag
implantagdo de minirrotatérias,
4.3 Critérios para utilizagio da sinalizagio semaférica operando em amarelo
intermitente
Os controladores semaféricos eletrénicos permitem a programasio, por horirio, para
operagdo em amarelo intermitente, Nesse caso 0 condutor do veiculo fica obrigado a reduzir a
velocidade e respeitar o disposto no Art. 29, inciso III, do CTB.
4.3.1. Utilidade da operago em amarelo intermitente
Em horérios em que a demanda de veiculos em uma intersegdo semaforizada é muito baixa, a
inalizago semafwrica, quando programada em tempos fixos, acaba gerando paradas
desnecessarias. Em geral, as situagdes de baixa demanda ocorrem durante a madrugada
Sinalizagdes semaféricas exclusivas para travessia de pedestres em meio de quadra também
podem operar em amarelo intermitente em periodos onde a demanda de pedestres & muito
reduzida,
Quando utilizado corretamente, 0 amarclo intermitente reduz as paradas dos veiculos.
Entretanto, existem varias restrigdes ao seu uso, que devem ser observadas, de modo a evitar
43.2 Restrigdes ao uso do amarelo intermitente
© amarelo intermitente em interse
utilizado nos seguintes casos:
s, em periodos de baixa demanda veicular, nfio deve ser
Y onde pelo menos uma das vias tenha velocidade regulamentada acima de 60 km/h;
Y onde a intervisibilidade dos condutores dos movimentos conflitantes nfo atende a
distincia de frenagem definida na segao 4.3.3
Y em sinalizasio semaférica que opera com trés ou mais estagios veiculares;
Y onde existirem duas ou mais linhas focais préximas, em sequéncia, no mesmo campo
de visio do condutor, ¢ uma delas nao possa operar em amarelo intermitente, para no
gerar dividas de interpretagaio do condutor
Além das restrigdes apresentadas recomenda-se, por questdes de seguranga, que a decisio
pelo uso do amarelo intermitente considere os seguintes fatores de risco:
Y presenga de pedestres na inters
io;
Y existéncia de duplo sentido de circulagdo em pelo menos uma das vias da intersega0
com velocidade regulamentada igual ou superior a 40 km/h, sem canteiro central ou
com canteiro central com largura inferior a 5 m;
56Y circulagdo de caminhdes ¢ Gnibus.
43.3. Critérios de uti
so
Em relagdo as sinalizagdes semaféricas veiculares, 0 aspecto mais importante em uma
intersego que opere em amarelo intermitente ¢ a intervisibilidade dos condutores que se
aproximam por movimentos conflitantes. Se a distancia de frenagem for suficiente para que
‘os condutores detenham seus veiculos a tempo, o risco de colisées sera minimizado. Essa
distincia é fungo da velocidade do veiculo e da taxa de desacelerasio, ¢ assume os valores
apresentados na Tabela 4.6.
‘Tabela 4.6: Distancia de Frenagem
Velocidade (km/h) 30 }40 |s0 | 60
Distancia de Frenagem (m)\" 12 }21 |33 | 47
Distancia de Frenagem Minima(m)? [9 | 16 | 25. | 35
Nols: “distincia calculada ufilizando taxa de desaccleragio igual a 3,0 mis"
tempo de percepgio e reago igual a zero,
"distancia uilizada na cidade de Sa0 Paulo para vias urbana.
Na aplicagdo desse conceito, o téenico deve considerar a velocidade regulamentada da via
A seguir, exemplos de aplicagdo deste método em alguns casos tipicos, onde foi considerada a
distincia de frenagem minima. A utilizagdo do amarelo intermitente s6 é admitida se a area
junto da intersegao, limitada pela linha que liga a posigio dos dois vefculos (ver Figuras 4.17
4.20), estiver livre de obstaculos que dificultem a intervisibilidade dos condutores.
1) Situagdes em que as duas vias so mao tinica. Exemplos dessas situagdes so mostrados nas
Figuras 4.17, 4.18, 4.19 e 4.20,
57Figura 4.17: Intersegio de duas vias com velocidade regulamentada de 40 kav/hFigura 4.18: Intersedo de duas vias com yelocidade regulamentada de 30 km/h
Figura 4.20: Intersecio em “T”, de vias com velocidades regulamentadas de 60 km/h e
40km/h
IN) Situagdo em que pelo menos uma das vias ¢ mao dupla, Exemplo dessa situagiio é
mostrado na Figura 4.21.
59iD Bio mates [OT s0msios
Figura 4.21: Intersegio de vias de mio tnica e mao dupla com velocidades
regulamentadas de 40 km/h e 50 kn/h
4.3.4 Especificagdes das informagées luminosas dos semaforos
Todos os grupos focais veiculares do local devem operar em amarelo intermitente e todos os
grupos focais de pedestres devem permanecer apagados,
43.5 Consideragées finais
A determinagao da faixa de horario de abrangéncia do modo amarelo intermitente deve ser
precedida de estudos especificos para cada local, que levem em conta o fluxo veicular, a
composigao do trafego ¢ 0 fluxo de pedestres. Recomenda-se que cada implementagio do
modo amarelo intermitente seja acompanhada em campo ¢ que scus efeitos sejam
monitorados por meio de vistorias periédicas e relatérios de acidentes.
Situagdes excepcionais podem surgir, decorrentes de particularidades de um determinado
local. Nesses casos, a decisao de implementar ou retirar 0 modo amarelo intermitente devera
ser tomada pelo técnico, devidamente fundamentado.
4.4 Sinalizagio semaférica operando em tempo parcial
Denomina-se operago em tempo parcial aquela em que a sinalizagao semaférica opera
normalmente em determinados periodos do dia e permanece com todas suas luzes apagadas
em outros perfodos.
60Essa operagdo pode ser adotada quando a sinalizagio semafbrica s6 é justificada em poucos
periodos do dia. Por exemplo, para atender movimentos esporddicos como ocorre nos acessos
a postos de bombeiros, quartéis e hospitais.
Em trav de pedestres localizadas em meio de quadra, para atender_movimentos
esporddicos de pedestres, como nos acessos a escolas, a sinalizagdo semaférica pode ser
desligada,
‘A operago em tempo parcial deve vir acompanhada de sinalizagdo vertical de adverténcia
(A-14 com informagao complementar), Na coluna ou brago do semiforo deve ser adotada
sinalizagao especial de adverténcia, As Figuras 4.22 ¢ 4.23 apresentam exemplos desta
aliza
Figura 4.22: Exemplo de sinalizagio de adverténcia a ser localizada em segao anterior A
intersegio
Figura 4.23: Exemplo de sinalizagao especial de adverténcia a ser localizada na coluna
ou brago do semaforo que opera em tempo parcial
61625. CARACTERISTICAS GERAIS DO CONTROLE SEMAFORICO
Neste capitulo so apresentados os principais elementos relacionados 4 implantago da
sinalizagdo semaférica, dado que essa implantagdo foi justificada com base nos critérios
definidos no Capitulo 4 deste Manual. O presente capitulo aborda os elementos bisicos que
caracterizam a concepgao do controle semaférico, e apresenta as diferentes estratégias, tipos
de controle ¢ os modos de implementagdo do controle semaférico. Na segao final do capitulo
& feita uma anilise geral dos diferentes tipos de controle e operagdo apresentados.
5.1 Elementos basicos
Na definigdo do controle semaférico s4o empregados os termos apresentados a seguir.
a) Grupo de movimentos
E © conjunto de movimentos presentes em uma mesma aproximagdo que recebem
simultaneamente o direito de passagem (ver Figura 5.1),
b) Grupo semaférico
E 0 conjunto de seméforos (grupos focais) com indicagées luminosas idénticas que controlam
grupos de movimentos que recebem simultaneamente o direito de passagem (ver Figura 5.1)
ws
ws
va
Grupo de Movimentos 1: conjunto formado pelos movimentos MVI e MV2
Grupo de Movimentos 2: conjunto formado pelo movimento MV3
Grupo de Movimentos 3: conjunto formado pelos movimentos MV4, MVS e MV6
Grupo semaférico 1 (G1): conjunto de semaforos que controla os grupos de movimentos 1 ¢ 2
Grupo semaférico 2 (G2): conjunto de semaforos que controla o grupo de movimentos 3
Figura 5.1: Hustragio do conceito de grupo de movimentos e grupo semaférico
63©) Estagio
Denomina-se estégio 0 intervalo de tempo em que um ou mais grupos de movimentos
recebem simultaneamente o direito de passagem. O estagio compreende o tempo de verde ¢ 0
tempo de entreverdes que 0 segue.
d) Entreverdes
0 intervalo de tempo compreendido entre o final do verde de um estagio e 0 inicio do verde
do estégio subsequente.
Para seméforos veiculares, o entreverdes é composto de um tempo de amarelo, acrescido de
um tempo de vermelho geral sempre que nec
Para semaforos de pedestres, o entreverdes corresponde ao tempo de vermelho intermitente
seguido de um tempo de vermelho geral,
¢) Vermelho geral
E 0 intervalo de tempo entre o final do amarelo (ou do vermelho intermitente) de um estagio e
0 inicio do verde do proximo estagio.
f) Ciclo
Denomina-se ciclo a sequéncia completa dos estégios de uma sinalizagio semaférica, A
duragdo do ciclo (tempo de ciclo) em uma interseg%o, ou segdo de via, é definida pela soma
dos tempos de todos os estigios programados para 0 controle do trafego no local.
2) Intervalo luminoso
E 0 periodo de tempo em que permanece inalterada a configuracao luminosa dos seméforos
(grupos focais) que controlam o tréfego em um determinado local.
h) Plano semaférico
Denomina-se plano semaférico ao conjunto de elementos que caracteriza a programagio da
sinalizagao semaférica (ver Capitulo 6 do Manual) para uma interse¢ao ou segdo de via, num
determinado periodo do dia. O diagrama de estagios e 0 de intervalos luminosos sto partes
integrantes do plano semafrico.
i) Diagrama de estagios
© diagrama de estagios ¢ a representagdo gréfica da alocagdo dos movimentos que podem ser
realizados (motorizados e ndo motorizados) em cada estégio do ciclo. © movimento de
pedestres e/ou ciclistas sé deve ser representado no diagrama de estigios quando for
sinalizado por grupos focais especificos. A Figura 5.2 mostra um exemplo de diagrama de
estagios para 0 controle dos movimentos apresentados na Figura 5.1
64Estagia 1
Figura 5.2: Exemplo de diagrama de estagios
i) Diagrama de intervalos luminosos ou diagrama de barras
Consiste na representagao da duragdo e sequéncia dos intervalos luminosos ¢ estagios por
meio de barras horizontais, associando-os aos grupos semafiricos corespondentes. A Figura
5.3 apresenta um exemplo de diagrama de barras para o diagrama de estigios mostrado na
Figura 5.2.
DIAGRAMA DE INTERVALOS LUMINOSOS
INSTANTE (a)
at
INTERVALOS:
DURAGAO (5)
% CICLO 5 40 6
EsTAgios 1 2
Figura 5.
xemplo de diagrama de intervalos luminosos
655.2, Controle e operagao
© controle do trafego em uma intersegdo ou segdo de via por meio da sinalizagdo semaférica
pode ser realizado de acordo com diferentes tipos ¢ estratégias ¢ ser implementado por
diferentes modos. Nesta sego as prineipais alternativas so apresentadas,
5.2.1 Tipos de controle
Basicamente, so dois os tipos de controle proporcionados pela sinalizago semafvrica, O
primeiro é 0 controle em tempo fixo ¢ o segundo o controle atuado pelo trafego, que possuem
niveis distintos de resposta a variagdes observadas nos movimentos controlados.
a) Tempo fixo
© controle em tempo fixo utiliza planos semaféricos calculados com base em dados de
trafego disponiveis, obtidos por contagens volumétricas e outros levantamentos de campo. AS
contagens volumétricas, sempre que possivel, devem ser classificatorias. O controle pode ser
efetuado com base em um iinico plano semaférico, ou na adogio de planos especificos para
atender a demanda de trafego historica de periodos distintos do dia e de diferentes dias da
semana
Ao longo do periodo de agdo de um plano semaforico, o tempo de ciclo, a sequéncia de
estigios, a duragdo dos intervalos luminosos e a defasagem, no caso das redes semafricas,
sio mantidos constantes. Os procedimentos para a determinagdo desses elementos sio
apresentados no Capitulo 7 do Manual.
b) Atuado
Os principais tipos de controle atuado pelo tréfego so: semiatuado e totalmente atuado,
b.1) Semiatuado
© controle semiatuado ¢, em geral, empregado em cruzamentos de vias de grande volume
(vias prineipais) com vias de baixo volume de tréfeego (vias secundirias),
Nesse tipo de controle a indicagdo verde ¢ dada continuamente para os veiculos da via
principal, sendo interrompida quando detectores implantados nas aproximagdes da via
secundéria indicarem a presenga de veiculos motorizados.
Quando o controle semiatuado for empregado em travessias de pedestres ou ciclistas, a
interrupgdo da indicagdo verde para os veiculos da via principal ocorre quando as botoeiras
forem acionadas.
O momento de interrupgao do verde da via principal, a partir da detecgo na via secundsi
do acionamento da botoeira, ¢ a duragdo do tempo de verde a ser atribuido & via secundaria,
so definidos com base em parimetros de programagio especificos, estabelecidos de acordo
com os procedimentos indicados no Capitulo 8 deste Manual
66b.2) Totalmente atuado
© controle totalmente atuado decorre do monitoramento da demanda de tréfego na intersegao,
mediante a implantagdo de detectores de trafego em todas as suas aproximagées, permitindo
alteragdes nos tempos dos estagios.
principio basico do funcionamento em modo totalmente atuado & o da determinagdo do
tempo de verde associado a cada estagio de sinalizago, variando entre um valor minimo e um
valor maximo pré-estabelecidos.
Esse tipo de controle pode permitir o ajuste em tempo real dos valores de alguns dos
pardmetros de programagdo, como por exemplo, a prioridade a ser dada para uma
aproximagio congestionada.
Sua implantago requer a definigdo desses e de outros parimetros de programagio,
apresentados no Capitulo 8 deste Manual,
5.2.2 Estratégias de controle
Ao definir o controle semafvrico o projetista deve decidir entre duas estratégias basicas de
controle: controle isolado ou controle em rede.
a) Controle isolado
No controle semafrico isolado, cada intersegdo controlada independentemente das demais,
ou seja, nao ocorre nenhum tipo de coordenasaio semaférica. Nesse caso, a definigdo da
programagdo semaférica leva em conta apenas a demanda (historica ou atual) do trafego em
todas as aproximagdes.
Essa estratégia pode comprometer seriamente 0 desempenho da circulagio do trafego em
ituagdes onde as intersegdes controladas por sinalizagio semafrica estiverem muito
proximas entre si. As situagdes em que 0 uso do controle isolado nao & recomendado so
apresentadas no Capitulo 9.
b) Controle em rede
controle em rede pode visar 0 aumento do desempenho da circulagdo do trifego ao longo
de uma rede aberta ou de uma rede fechada, O controle em rede aberta visa privilegiar a
circulagdo do tréfego em uma via (ou em um percurso pré-estabelecido) e, por isso, é
comumente referido como controle em corredor. O controle em rede fechada, que visa
melhorar o desempenho geral do trafego em uma determinada regiao, é denominado controle
em érea,
A estratégia de controle em rede permite a programagio da sinalizagdo semaférica visando
no somente o desempenho do trafego em cada interseg3o mas, sobretudo, o seu desempenho
global ao longo do conjunto de cruzamentos. Esse desempenho é avaliado com base em
critérios definidos pelo érgdo gestor do transito, em fungio do propésito do controle.
‘A programagio da sinalizagdo semaférica operand em rede implica, além da determinagio
dos parametros necessdtios para a programagio isolada, a definiggo de um pardmetro
adicional, denominado defasagem. Esse parametro estabelece, tomando como base uma
67referéneia temporal especificada, 0 momento de iniciar o verde de um estagio para cada
interseg&o que integra a rede.
‘A definigio da defasagem considera a chegada do tréfego nas aproximages na forma de
pelotdes. Tem-se, nesse caso, uma operagdo dita coordenada. Essa operagdo requer que a
durago do ciclo seja a mesma para todas as intersegdes.
‘A determinago da defasagem & baseada no comportamento dos pelotdes de veiculos que
circulam entre as intersegdes e, por isso, é relativamente complexa. A defasagem pode ser
calculada manualmente ou com o auxilio de fertamentas computacionais. Existem diferentes
programas computacionais comerciais para esse fim, tanto para o caso de operagdo em tempo
fixo quanto de operagdo atuada pelo trifego.
No caso do controle em rede aberta, procedimentos mais simples podem ser adotados, dentre
os quais se destaca a utilizagao do diagrama espago-tempo, apresentado no Capitulo 6 deste
Manual.
As caracteristicas do controle em rede so detalhadas no Capitulo 9 deste Manual
5.2.3 Modos de operacéo
a) Controle local (descentralizado)
A programagio semaférica é implementada diretamente no controlador, em campo. Qualquer
alteragdo descjada na programagao é feita usando os recursos disponiveis no controlador para
a entrada manual de dados.
b) Controle centralizado
Nesse modo de operago, os controladores eletrénicos de tréfego sio ligados a um
computador central que gerencia a operagdo conjunta dos equipamentos.
© controle centralizado ¢ utilizado para agilizar a oper
semaforizadas, admitindo varios niveis de funcionamento.
do sistema de interseg
No nivel basico, séo executadas as seguintes fungdes:
Y monitoragio do estado de funcionamento dos controladores e semaforos (grupos
focai
Y implementagio remota de alguns elementos da programagio dos planos semaféricos.
Em outros niveis, quando da disponibilidade de sistemas de detecsio de veiculos, outras
fungdes podem ser incorporadas, tais como:
Y coleta de dados do trafego;
Y monitoracdo das condigdes de circulagao;
Y selegdo ¢ implementagao de planos semaféricos em fungdo da demanda;
Y geracdo ¢ implementagdo de planos semaféricos em fungao da demanda,
68Quando da implantagdo do controle centralizado, as seguintes caracteristicas devem ser,
também, consideradas:
Y controle depende da confiabilidade do computador central , por isso, so utilizadas
algumas técnicas para evitar que problemas com o computador central comprometam
as agdes de controle;
Y 0 controle centralizado requer uma rede de comunicagao de alta confiabilidade e,
portanto, de uma manutengio eficiente e eficaz;
Y o controle centralizado requer a adogdo de um protocolo de comunicagio que facilite a
sua futura expansdo (recomenda-se a adogao de protocolo aberto);
Y a operagdo do controle centralizado requer a atuagio de equipe téenica
especificamente treinada para esse fim;
Y custo de implantagdo, operagdo e manutengo superior ao do modo local
(descentralizado).
Devido as caracteristicas do controle centralizado, recomenda-se que a decisio para sua
adogdo seja justificada por um estudo de viabilidade técnica, econdmica e financeira,
5.3 Recursos computacionais para programagio semafériea
Para operagdo de sistemas centralizados em tempo fixo € atuados, encontram-se disponiveis
no mercado diversos programas.
O érgio gestor deve utilizar 0 programa que melhor atender suas necessidades de controle ¢
sua disponibilidade de dados, de pessoal técnico e de equipamentos.
5.4 Andlise comparativa das diferentes formas de controle
As principais vantagens ¢ desvantagens dos controles em tempo fixo e atuado sio
apresentadas na Tabela 5.1.
69‘Tabela 5.1: Vantagens e desvantagens do controle em tempo fixo e atuado
TIPO DE VANTAGE! DESVANTAGENS:
CONTROLE
YA claboragdo da ¥ _Planos semaféricos
programagio e sua implantago | claborados com dados de volume
em campo sao simples no caso da_| que nao refletem a real situagd0
operaciio isolada e em redes do trafego podem gerar excessivo
pequenas. atraso para veiculos e pedestres.
Y — Custo de implantagioe | ¥ ——_Requer coleta periédica
operagio inferior ao do controle _ | de dados de tréfego para
Tempo fixo atuado. assegurar a qualidade dos planos
semaféricos, 0 que implica em
Y Quando bem programado, | custos elevados.
levando em conta a variagao do
trfego ao longo do dia, tem ¥ Pouce eficiente para 0
desempenho satisfat6rio. controle em locais, ou perfodos
do dia, em que o volume de
trifego sofre muitas variagde
Y A determinagio dos
planos para a operagao
coordenada exige conhecimentos
especificos,
Y —_Desempenho favoravelno | ¥ — O custo de implantagao ¢
controle do trifego em situagées | manutengiio do sistema atuado é
de volume muito variével. mais elevado do que o de tempo
fixo.
Y_ Minimiza tempos de verde
ociosos, ¥ Nem todos os
controladores podem operar em
v Eo mais indicado para o modo totalmente atuado.
controle de travessias de pedestres
em meio de quadra, quandoa | YA instalago dos
sinalizacio sematférica for detectores é dispendiosa e requer
‘Atuado justificada. inspegdo e manutengao
periddicas para sua adequada
Y _ Ocontrole atuado permite | operagdo,
a omissdo de estégios. Na situagdo
de milltiplos estagios, o aspecto
de seguranga deve ser
cuidadosamente observado
¥ A definigao dos
pardmetros para a operagdo dos
controladores atuados,
especialmente no controle
totalmente atuado, exige
conhecimentos especificos.
70Com relagdo & comparagao entre o modo de controle local (descentralizado) ¢ centralizado,
levando em conta as estratégias de controle (isolado e em rede) além dos aspectos referidos
2.2 € 5.2.3, cabe destacar:
Yo modo de controle centralizado facilita a gestio semafvrica, pois permite
modificagdes rapidas na programagdo da sinalizagfo scmaférica, reduzindo os
transtomos ocasionados pelas diversas ocorréncias que obstruem o sistema viirio,
como colisdes, veiculos em pane, obras, desvios de trifego ete.;
Y © controle centralizado permite também que a programag3o semaférica seja
aperfeicoada sistematicamente, pois é mais conveniente planejar e aplicar as alteragées
pela central do que em campo;
¥ em modo centralizado sdo eliminados ou minimizados os problemas de erro no relégio
do controlador;
¥ no modo centralizado, a rdpida identificagdo de falhas no funcionamento dos
equipamentos permite um atendimento mais eficiente das equipes de manutengai
Y © modo local tem custo de implantagao e, geralmente, de manutensao inferior ao do
modo centralizado.
16. ELEMENTOS DA PROGRAMACAO SEMAFORICA
presente capitulo aborda os principais elementos envolvidos na programagdo semaforica.
Para cada elemento considerado, ¢ apresentado 0 conceito, a forma de determinagdo ¢
exemplos de aplicagao, quando for pertinente. A definicZo de alguns elementos ja foi
apresentada no Capitulo 5, mas ser repetida neste capitulo a fim de facilitar as explicagGes.
Questdes relacionadas & programagio de seméforos para ciclistas serdo tratadas em manual
especifico,
6.1 Volume de Trafego
Denomina-se volume de trafego (ou fluxo de tréfego) ao mimero de veiculos ou pedestres que
passa por uma dada sego de via durante o periodo de realizagdo de uma contagem. No caso
da programagdo semaférica, o volume de trifego veicular é sempre determinado por sentido
de circulagao do trafego, e & geralmente formado por diferentes tipos de veiculos.
© volume de trifego de cada movimento varia ao longo do tempo, sendo fungtio da hora do
dia, do dia da semana, da semana do més, do més e do ano em que esse movimento é
observado, A variagdo temporal do volume de trafego depende das caracterfsticas da cidade e
do local especifico.
Para efeito da programagao semaférica, é importante analisar essa variago temporal do
volume de trafego, especialmente ao longo do dia ¢ do dia da semana, Portanto, recomenda-se
que as contagens sejam feitas, pelo menos, ao longo de um dia util tipico. A partir dessa
andlise & possivel determinar, no caso da programag3o em tempo fixo, 0 mimero de planos
semaféricos a serem calculados ¢ o perfodo do dia ¢ dia da semana em que cada plano sera
implementado.
As Figuras 6.1 a 6.3 ilustram a variag&o do volume de trafego de veiculos pesquisado em uma
via urbana, permitindo identificar os periodos de maior volume para cada unidade de tempo
considerada.
72“fo 8 8
(somn)onszya 30 34m0n
od
| ost
| oer
| ooze
| 090
| 080
oe
Figura 6.1: Exemplo da variagdo hordria do volume em um dia iitil
g 3
(pen ooazyal 3a 30MOA
once
woe
wore
oe
ost
out
over
one
onset
onze
ont
oot
ono
on90
mse
onieo
neo
onzo
oosto
ARUTERCAAQUINTA, —s-SexTA “9 sA@NDO ——DONINGO
secur
Figura 6.2: Exemplo da variacio didria do volume ao longo da semana
73gow \\
ie -
Figura 6.3: Exemplo da variagdo mensal do volume ao longo do ano
As contagens so usualmente registradas a cada 15 minutos ¢ devem apresentar o mimero de
pedestres e veiculos de cada movimento.
No caso dos movimentos veiculares, a contagem deve ser classificada por tipo de veiculo.
Essa classificagdo se justifica pelo fato de vefculos de tipos distintos apresentarem
desempenho operacionai diferenciado, que deve ser contemplado no célculo da programagio
semaférica. Os tipos de veiculos a serem considerados devem ser definidos na fase de
planejamento dos trabalhos de coleta, em fungdo das caracteristicas do tréfego do local ¢ do
propésito da pesquisa, O Apéndice 3 traz um modelo de planilha utilizado para a contagem
volumétrica classificada.
6.2 Volume de Triifego Equivalente
Denomina-se volume de tréfego equivalente o volume de tréfego veicular expresso em termos
de unidades de carros de passeio (ucp).
© desempenho de cada tipo de veiculo difere em fungdo de suas caracteristicas. Os
automéveis, referidos na literatura técnica como veiculos leves, tém mais agilidade no transito
se comparados aos veiculos comerciais (nibus, caminhdes, carretas). Do mesmo modo, as
motocicletas tém mais agilidade do que os automéveis.
Para se poder compor o volume de trifego de uma via numa base nica, utiliza-se 0 conceito
de veiculo equivalente, © veiculo equivalente tem como valor de referéncia o automével, para
© qual se adota fator de equivaléncia = 1,0 uep (unidade de carro de passeio).
Para os demais tipos de veiculos, 0 fator de equivaléncia de cada um reflete o desempenho de
sua circulagao no sistema vidrio em comparagdo com o desempenho do automével.
74No caso particular da sinalizagdo semaférica, o desempenho de um veiculo esté diretamente
associado ao tempo de verde necessario para atendé-lo. Se, por exemplo, para passar por uma
intersegdo semaforizada, certo tipo de vefculo demorar o triplo do que demoraria um
automével, entdo seu fator de equivaléncia é igual a 3
Na Tabela 6.1 sdo apresentados os fatores de equivaléncia usualmente utilizados. A
equivaléncia de veiculos ndo previstos na tabela, tais como dnibus articulados, carretas
bicicletas, deve ser avaliada em estudos especificos.
‘Tabela 6.1: Fator de equivaléncia para diferentes tipos de veiculos
TIPO FATOR DE EQUIVALENCIA
Automével 1,00
Moto 0,33
Onibus 2,00
Caminhio (2 eixos) 2,00
Caminbio (3 eixos) 3,00
Para efeito da programagdo semaforica, a Tabela 6.1 pode ser utilizada em situagdes onde nao
for possivel medir o fluxo de saturago diretamente no local (Ver Apéndice 6).
6.3 Taxa de Fluxo
Denomina-se taxa de fluxo de um movimento o niimero de veiculos projetado para 0 periodo
de uma hora a partir dos volumes medidos em uma dada segdo de via, durante intervalos de
tempo inferiores a uma hora.
Essa taxa de fluxo pode ser projetada a partir do Volume de Trifego ou do Volume de
Trafego Equivalente.
Na programagao em tempo fixo, a taxa de fluxo € projetada, usualmente, com base no volume
maximo observado nos intervalos de 15min ao longo do perfodo jé estabelecido para a
duragio do plano. Deve ser considerado 0 intervalo de 15min em que a soma dos movimentos
em todas as aproximagées da intersegdo ¢ maxima.
Para planos com duragio superior a duas horas, os volumes devem ser observados, no
minimo, ao longo das duas horas mais carregadas.
Na literatura técnica, o termo "fluxo de trafego" & empregado como sindnimo de volume de
trafego, isto é, como o mimero de veiculos ou pedestres que passa por uma dada segio de via
durante o periodo de realizag3o de uma contagem. Em alguns casos, esse termo também é
usado como sinénimo de taxa de fluxo, Por isso, ¢ importante que o técnico esteja atento para
distinguir em qual dos dois sentidos o termo fluxo esté sendo empregado: se é 0 volume
efetivamente observado num intervalo ou se é sua projegdo para o periodo de uma hora
(correspondendo a taxa de fluxo).
756.4 Fluxo de Saturacao e Tempo Perdido de um ciclo
6.4.1 Fluxo de saturagio
© Fluxo de Saturagiio de um grupo de movimentos corresponde ao numero maximo de
veiculos que poderia passar em uma aproximagdo controlada por sinalizagdo semaférica no
caso dessa aproximagio receber indicag3o verde durante uma hora inteira. E representado pela
méxima taxa de fluxo de tréfego observada em periodos saturados, como ilustram as Figuras
6.46.5.
Fluxo de Saturagio € afetado pelas condigdes da via, do tréfego e do ambiente. Em relagZo
as condigdes da via, os fatores mais importantes s4o a topografia, geometria, 0 nimero € a
largura das faixas, e o estado do pavimento. Em fungdo dessas condigées, seu valor em geral
varia entre 1600 e 2000 unidades de carro de passeio por hora por faixa.
jes do tréfego, o fluxo de saturagdo é influenciado pela composigao do
trafego veicular (tipos de veiculos), pelo volume de pedestres por eventuais interferéncias
tais como pontos de énibus préximos ou estacionamentos.
6.4.2. Tempo perdido de um ciclo
No que diz respeito as caracteristicas ambientais, a ill
relevantes.
ago ea chuva so os fatores mais
Para efeito da programacao semafiriea, Tempo Perdido de um ciclo, ou simplesmente Tempo
Perdido Total, é a parte do ciclo que nao é efetivamente utilizada pelos veiculos. Sua
ocorréneia pode ter duas causas:
a) Existéncia de estigio de pedestres. Durante um estigio exclusivo para pedestres, a
passagem dos vefculos na intersegdo é interrompida
b) Alternancia de passagem entre as correntes de trafego veicular. Em toda troca de
estagio, por razdes de seguranga, ocorre um periodo de entreverdes durante o qual o fluxo
dos veiculos que esto perdendo o direito de passagem vai se reduzindo até chegar a zero,
Além disso, demora certo tempo até que o fluxo dos veiculos que esto ganhando 0 direito
de passagem atinja o valor do fluxo de saturag4o. Durante estes dois intervalos, portanto,
existe uma petda representada pela diferenga entre 0 néimero de veiculos que poderia ter
passado, se o fluxo se mantivesse no patamar do fluxo de saturagio, e o m
veiculos que conseguiu efetivamente pass:
A Figura 64 mostra 0 que ocorre ne
formulago matemética da questo, O segmento de reta AB est posicionado de forma que as
reas das duas figuras hachuradas no inicio do verde sejam iguais entre si
Analogamente, o segmento de reta CD iguala as duas dreas hachuradas durante o entreverdes.
Dessa forma, pode-se afirmar que a situagdo real equivale aquela em que o fluxo & nulo
durante os intervalos tpi (tempo perdido no inicio do estégio) e tpf (tempo perdido no final do
estdgio) e igual ao fluxo de saturagdo durante o resto do estigio.
© tempo perdido total, representado por Tp, seré calculado, entdo, com o uso da Equagio 6.1.
76= to Delon om) (4)
em que,
T, - tempo perdido total, em segundos;
tep— tempo de estigio exclusivo para pedestres, caso existente, em segundos;
n—nimero de estagios veiculares existentes;
yim, — tempo perdido no inicio do estigio i, em segundos;
asm, — tempo perdido no final do estdgio i, em segundos.
a Fluxo de saturago
BL \. A
Taxa de fluxo.
‘Tempo de verde efetivo
— —___ ___,
Tempo
Vermeino Yermetho
geral » geral
\ /
Via principal
Figura 6.4: Fluxo de saturagio e tempos perdidos em estigio saturado
A Figura 6.5 apresenta a condigao mais comumente encontrada nas vias em que a passagem
dos veiculos & taxa de fluxo de saturagdo ocorre apenas durante um tempo inferior ao tempo
de verde, até que a fila que se formou durante 0 vermelho seja dissipada. Apés esse periodo
verifica-se que o fluxo muda para um patamar inferior, que corresponde a demanda de
veiculos que continuam chegando & aproximagio.
Nessa condigao, ainda é possivel medir diretamente no local o fluxo de saturago € © tempo
perdido no inicio do estagio, mas ndo é mais possivel medir 0 tempo perdido no final,
7an Fluxo de saturagaio
Taxa de fluxo
Tempo
Figura 6.5: Fluxo de saturagao e tempo perdido inicial em estagio nao saturado
E recomendavel medir diretamente no local os valores do fluxo de saturagio ¢ dos tempos
perdidos inicial e final. © Apéndice 6 apresenta métodos para a medigo desses pardmetros,
além de procedimentos para estimé-los quando a medi¢do ndo for possivel.
6.5 Taxa de ocupasio
Denomina-se taxa de ocupagdo de um grupo de movimentos, representada pelo simbolo y, a
relagdo entre sua taxa de fluxo e 0 respectivo fluxo de saturago, expressos na mesma
unidade. F calculada pela Equagdo 6.2.
F
“5 (6.2).
em que,
y-taxa de ocupagdo;
F —taxa de fluxo do grupo de movimentos, em veiculos por hora, ou uep por hora;
FS-— fluxo de saturagdo do grupo de movimentos, em veiculos por hora ou uep por hora.
6.6 Grupo de Movimentos Critico
Denomina-se grupo de movimentos critico de um estégio o grupo de movimentos que
apresenta maior taxa de ocupagdo dentre aqueles que recebem verde nesse estagio. O tempo
78de ciclo e os tempos de verde so calculados em fungio das taxas de ocupagdo somente dos
grupos de movimentos criticos.
Quando um grupo de movimentos é servido em mais de um estigio, a determinago do tempo
de ciclo ¢ tempos de verde segue procedimento especial, apresentado no Exemplo 7.2.3 do
Capitulo 7,
6.7 Entreverdes
O entreverdes € a parte do estagio programada apés o fim do intervalo de verde, com o
propésito de evitar acidentes entre os usuirios que esto perdendo seu direito de passagem e
aqueles que vao passar a adquirielo no estagio subsequente,
No caso dos grupos focais veiculares, compde-se do intervalo de amarelo seguido, sempre que
possivel, do intervalo de vermelho geral. No caso de grupos focais de pedestres consiste no
intervalo de vermelho intermitente seguido do intervalo de vermelho geral.
6.7.1 Entreverdes para os veiculos
Este tempo tem a fungio de assegurar a travessia da intersego por veiculos que, ao receberem
a indicagdo amarela, se encontrem a uma disténcia da linha de retengo insuficiente para parar
com seguranga,
Neste caso, 0 tempo de entreverdes deve ser suficiente para que o veiculo possa tanto
percorrer a distincia até a linha de retengdo (dj na Figura 6.6) como coneluir a travessia
abandonando a drea de conflito (dz na mesma figura) antes que os veiculos ou pedestres dos
movimentos conflitantes recebam direito de passagem.
Figura 6.6: Distancias percorridas pelo veiculo junto & aproximagio
79A partir deste conceito a Equagdo 6.3 calcula 0 tempo de entreverdes necessario para atender
© veiculo que estiver na posig&o mais desfavoravel no instante em que seu intervalo verde &
encerrado.
v
fone = ton + Sea iD (63).
em que,
fou — tempo de entreverdes para o grupo focal de veiculos; em segundos;
fpr~ tempo de pervepgdo e reagdo do condutor, em segundos;
y= velocidade do vefculo, em m/s;
@,q— maxima taxa de frenagem admissivel em via plana, em m/s”;
i — inclinagdo da via na aproximagdo, sendo “+” em rampas ascendentes e “-" em rampas
descendentes (mim);
g—aceleragio da gravidade (9.8 m/s’):
dz — extensio da trajetéria do veiculo entre a linha de retengao e 0 término da area de conflito,
em metros;
—comprimento do vefculo, em metros.
Ao compor 0 tempo de entreverdes, o tempo de amarelo (lan) deve ser igual & soma das duas
primeiras parcelas da Equagio 6.3 ¢ o tempo de vermelho geral (f,;) deve ser igual & ultima.
Nesse caso, esses tempos sero calculados segundo as Equagaes 6.4 e 6.5.
fare Ope * FE (64)
‘ot TED
e
te
tg = (65)
em que fan Tepresenta 0 tempo de amarelo enquanto fy, indica o tempo de vermelho geral.
Usualmente, adotam-se os seguintes valores para as grandezas envolvidas:
tyr = 1,085
y= velocidade regulamentada da via, expressa em m/s;
0 mis";
m (onde o fluxo & predominantemente constituido por automéveis).
Em situagdes em que 0 local apresente condigdes particulares de topografia ou composigao do
trafeego, estes valores devem ser substituidos por outros levantados diretamente em campo.
80A maxima taxa de frenagem admissivel varia em fungdo das caracteristicas dos veiculos ¢ da
via. Assim, o valor usual de 3,0 mvs" representa condigdes médias observadas na pratica. Para
is, 0 técnico deve realizar estudos para definir a taxa a ser usada no projeto.
Por razdes de seguranga, em vias com velocidade méxima regulamentada igual ou inferior a
40 km/h, 0 tempo de amarelo nao deve ser inferior a 3s, independentemente do valor do
vermelho geral.
Analogamente, em vias com velocidade méxima regulamentada igual a 50 ou 60 km/h, 0
tempo de amarelo nao deve ser inferior a 4s. Para vias com velocidade regulamentada igual a
70 km/h, 0 tempo minimo de amarelo deve ser igual a 5s.
Para todas as velocidades maximas regulamentadas, o tempo de amarelo ndo deve ser superior
a 5s, Portanto, se valor calculado pela equagao 6.4 for superior a 5s, deve ser adotado tay =
55 € o restante do entreverdes concedido na forma de vermelho geral.
No caso de controladores antigos, em que no seja possivel adotar 0 vermelho geral, 0 tempo
minimo de amarelo deve corresponder ao tempo total de entreverdes, e deve ser calculado de
acordo com a Equagdo 6.3. No entanto, se esse valor for superior a 5s, deve ser adotado ty
5s eo restante do entreverdes concedido na forma de vermelho geral, mesmo que isso
implique na troca do controlador
vermelho geral do estigio veicular deve ser acrescido de, no minimo, 1 segundo sempre
que 0 estigio subsequente atender travessia de pedestres.
6.7.2 Entreverdes para os pedestres
© entreverdes para os pedestres ¢ composto basicamente pelos intervalos de vermelho
intermitente e de vermelho geral. O intervalo de vermelho intermitente deve ser suficiente
para que o pedestre que iniciou sua travessia no intervalo de verde possa concluf-la com
seguranga na velocidade normal de caminhada. O intervalo de vermelho geral deve ter
duragio minima de 1 segundo.
A Equagao 6.6 calcula o tempo do intervalo de vermelho intermitente necessério para atender
© pedestre que estiver na posigdo mais desfavordvel no instante em que seu intervalo verde &
encerrado.
fee tot 69
em que,
fox — tempo do intervalo de vermelho intermitente para o grupo focal de pedestres, em
segundos;
fpr= tempo de percepgdo e reagdo do pedestre, em segundos;
1 extensdo da travessia, em metros;
Yp— velocidade do pedestre, em mis.
81Usualmente, adota-se o tempo de percepgdo © reagdo do pedestre igual a 1,0 s ¢ a sua
velocidade igual a 1,2 mis.
Em situagdes especificas, em que o local ¢ utilizado sistematicamente por pedestres com
mobilidade reduzida ou quando, devido as caracteristicas do local, sao verificados
deslocamentos mais lentos, estes valores devem ser substituidos por outros levantados
diretamente em campo.
Considerando que 0 tempo de entreverdes calculado conforme a Equagiio 6.6 é suficiente para
garantir a realizagao da travessia, 0 tempo de verde deve ser definide de acordo com 0
estabelecido na seco 6.14.
6.8 Grau de Saturagio
Grau de saturacao de um grupo de movimentos, representado pelo simbolo x, é uma grandeza
obtida pela relagdo entre a taxa de fluxo do grupo de movimentos e a capacidade para 0
atendimento desse fluxo durante 0 perfodo de uma hora.
© grau de saturagio é um indicador que reflete se existe reserva de capacidade para o
atendimento do grupo de movimentos, ou se a aproximag3o correspondente esta préxima da
saturagdo, e & calculado pela expresso mostrada na Equaco 6.7.
FE
x= 6.7
Cap 6.7)
em que,
x— grau de saturagio;
F-— taxa de fluxo do grupo de movimentos, em veiculos por hora, ou uep por hora;
Cap — capacidade, em veiculos por hora, ou uep por hora (ver item 6.11).
A Figura 6.7 ilustra 0 conceito de determinagio do grau de saturag4o, com base na observasio
deum ciclo. A drea hachurada representa 0 volume que passou durante um ciclo , nese
exemplo, é inferior a area do retingulo, que representa 0 maximo volume que pode passar no
ciclo (capacidade de atendimento no ciclo). Quanto maior for a rela¢do entre o volume que
passou e 0 méximo que pode passar, mais préxima da saturagdo esti a aproximagdo
correspondente no referido ciclo.
824 Fluxode ‘saturagao
Capacidade de
Tennant a
@
g Volume observado
e no ciclo,
>
- . Tempo
Tempo de verde efetivo
Figura 6.7: Iustragio do conceito de determinacao do grau de saturagio
6.9 Tempo de Ciclo
Denomina-se ciclo a sequéncia completa das indicagdes de uma sinalizagiio semaférica. O
tempo de ciclo é © tempo necessirio para que um ciclo inteiro seja cumprido em uma
interseg%o, ou segdo de via, e & determinado pela soma dos tempos de todos os estigios
programados para o controle do trifego no local.
Como valores altos para o tempo de ciclo implicam em tempos de espera muito elevados, nas
situagdes comuns de controle esse valor nao deve superar 120s. Em situagdes excepcionais de
trdfego e/ou de geometria da intersegao, pode ser necessdrio adotar tempos de ciclo maiores.
Nesses casos deve ser dada especial atengo ao tratamento para a travessia dos pedestres no
local, adotando-se medidas como implantagdo de travessia em etapas, travessia em desnivel,
dentre outras solugées possiveis.
Apresenta-se a seguir dois métodos para calcular 0 tempo de ciclo: Método do grau de
urago maximo e Método de Webster.
6.9.1 Método do grau de saturagio maximo
E baseado no grau de saturagdo maximo definido pelo projetista para cada grupo de
movimentos no periodo dos 15 minutos de volume maximo, conforme indicado no item 6.3.
© método inicia pelo céleulo da fragio de verde necesséria para cada estégio, por meio da
Equagao 6.8,
ae (68)
em que,
‘Pi~ frago de verde requerida para o estigio i;
yi taxa de ocupagdo do grupo de movimentos eritico do
83xm,— grau de saturagdo maximo definido para 0 grupo de movimentos critico do estagio i
A partir do cdlculo da fragdo de verde para cada estigio, o tempo de ciclo calculado por
meio da Equacio 6.9.
Tp
te (69)
em que,
1.— tempo de ciclo, em segundos;
T,— tempo perdido total, em segundos;
‘Pi~ frago de verde requerida para o estigio i;
n= nimero de estigios.
No caso particular em que se deseja adotar o mesmo grau de saturagdio xm para os grupos de
movimentos criticos de todos os estagios, a determinagao do tempo de ciclo é feita por meio
da Equagdo 6.10, que é um caso particular da Equagao 6.9.
=a (6-0)
Usualmente, adotam-se valores de grau de saturag#o compreendidos entre 0,75 ¢ 0,90.
Valores superiores a 0,90 podem conduzir a uma reserva de capacidade insuficiente para
absorver tanto a flutuagao aleatéria do trinsito como a redugdo ocasional do fluxo de
saturagdo devido a ocorréncia de incidentes. Por outro lado, valores inferiores a 0,75 podem
conduzir a tempos de ciclo injustificadamente elevados.
6.9.2 Método de Webster
Caleula o tempo de ciclo, denominado pelo autor de tempo de ciclo dtimo, de forma que 0
tempo de espera veicular seja minimo. Este método pressupée chegadas aleatérias dos
veiculos nas aproximagdes e, portanto, sua utilizagio ndo ¢ recomendada quando essa
condigao ndo se verifica. Também no caso de intersegdes com alto grau de saturago, a
utilizagio desse método nao é recomendavel.
O tempo de ciclo timo ¢ calculado por meio da Equagao 6.11
(641)
em que,
fey tempo de ciclo étimo, em segundos;
T,— tempo perdido total, em segundos;
i taxa de ocupagdo do grupo de movimentos eritico do estigio i;
84n—niimero de estagios.
De acordo com Webster, tempos de ciclo na faixa de 0,75 a 1,5 do tempo de ciclo étimo
produzem atrasos médios por veiculos no maximo 20 % superiores ao valor do atraso obtido
com 0 tempo de ciclo étimo,
6.10 ‘Tempo de verde real e tempo de verde efetivo
Denomina-se tempo de verde real de um estigio a duragao do periodo em que o respectivo
grupo focal permanece em verde, durante um ciclo.
Denomina-se tempo de verde efetivo de um estagio ao tempo de verde de um ciclo que seria
efetivamente utilizado pelo fluxo do grupo de movimentos critico, se este fosse descarregado
com valor igual ao fluxo de saturagdo, Esse conceito somente se aplica no caso de operagdo
saturada (ver Figura 6.4).
O tempo de verde efetivo é calculado pela Equagio 6.12, quando o ciclo for determinado pelo
Método do grau de saturagao maximo, ou pela Equagio 6.13, no caso da utilizagao do Método
de Webster.
bsateen MPU (642)
emaque,
tyr; — tempo de verde efetivo do estagio i, em segundos;
f.—tempo de ciclo, em segundos;
— fragdio de verde requerida para o estagio i.
toapes = Ce Teg (643)
emaue,
tyeei — tempo de verde efetivo do estagio i, em segundos;
t.— tempo de ciclo, em segundos;
Tp— tempo perdido total, em segundos;
y;~ taxa de ocupagdo do grupo de movimentos critico do estagio i;
n= nimero de estigios.
A Equagio 6.14 relaciona o tempo de verde real ao tempo de verde efetivo.
treat = tnsapee~ Cone + tom # form (14)
em que,
85areal tempo de verde real, em segundos;
taefer tempo de verde efetivo, em segundos;
fon: ~ tempo de entreverdes, em segundos;
fyi tempo perdido no inicio, em segundos;
fn — tempo perdido no final, em segundos.
No caso de estagio de pedestres, o tempo de verde efetivo ¢ igual ao tempo de verde real. O
valor minimo do tempo de verde do estigio de pedestres deve ser igual a quatro segundos,
sendo o valor recomendado igual a sete segundos. Caracteristicas especificas da travessia ou
do fluxo de pedestres podem recomendar a adocao de valores superiores a sete segundos para
tempo de verde.
No caso em que a travessia de pedestres é servida durante um estagio veicular (travessia tipo
carona), o tempo de verde do grupo focal do pedestre é determinado em fungdo da duragdo
desse estigio. O tempo de verde do grupo focal do pedestre sera igual ao tempo do estigio
veicular subtraido do tempo de vermelho intermitente (acrescido ou no de um tempo de
vermelho geral) que deve ser igual ao tempo necessério para a travessia. Nesse caso, 0 tempo
de verde para pedestres deve atender os valores minimos estabelecidos no pardgrafo anterior,
podendo excedé-los,
Em todos os casos, o tempo de vermelho intermitente deve ser dimensionado de acordo com a
Equacdo 6.6 (ver item 6.7.2), para garantir a travessia segura dos pedestres.
6.11 Capacidade
Denomina-se capacidade de um grupo de movimentos o mimero maximo de veiculos que
pode passar em uma aproximagdo controlada por sinalizag3o semaférica durante uma hora,
considerando-se a sua operacdo normal. E determinada pela Equacdo 6.15.
Cap: rontielet (615)
em que,
Cap — capacidade, em veiculos por hora ou uep/h;
FS— fluxo de saturagtio, em veiculos por hora ou uep/h;
th,ger— tempo de verde efetivo, em segundos;
1.— tempo de ciclo, em segundos.
conceito de capacidade esta representado na Figura 6.7.
866.12 Pelotoes
A retengdo dos vefculos durante 0 intervalo vermelho faz com que se agrupem até serem
liberados durante o verde. Quando liberados, eles iniciam a circulagao em grupos compactos,
denominados pelotdes, A medida que 0 pelotio vai se afastando da linha de retengdo, tende a
se dispersar, processo denominado dispersdo de pelotdes. A Figura 6.8 ilustra esse processo
ao longo de um segmento visrio localizado a jusante de uma faixa de pedestres controlada por
sinalizagdo semaforica.
4
4
e
Ht a
5
3 a
|
é ‘
3
3
5
a
A
Fluxo de saturagio
“Taxa de fluxo
Linha de retengaio
Tempo
Figura 6.8: Dispersio de pelotaes ao longo de um segmento vidrio
876.13 Defasagem
Considerando-se uma corrente de trifego que passa por dois locais semaforizados
pertencentes mesma rede, denomina-se defasagem o intervalo de tempo decorrido entre 0
inicio do verde que essa corrente recebe nos dois locais.
Dois locais que pertencem 4 mesma rede devem operar no mesmo tempo de ciclo, ou na
situagdo particular em que o tempo de ciclo de um local & submiltiplo do existente no outro,
A Figura 6.9 apresenta diagramas espago-tempo, que ilustram a defasagem entre sinalizagdes
semaféricas 20 longo de uma via arterial, tendo como referéncia o inicio do verde da
intersego mais a esquerda,
Pane
(a) Via de mao tinica
88GICLO: 1045
(b) Via de mao dupla
Figura 6.9: Defasagem entre sinalizagdes semaféricas ao longo de uma via arterial
6.14 Tempo de verde de seguranga
‘Tempos de verde excessivamente curtos no séo admissiveis, mesmo que sejam suficientes
para atender a respectiva demanda, pois conduzem a situagées com alto potencial de
acidentes, Para evité-los, define-se para cada grupo de movimentos, um parimetro
denominado tempo de verde de seguranga, que corresponde ao valor minimo admissivel para
a duragdo do tempo de verde que atende a esse grupo,
© dimensionamento da duragdo desse elemento para veiculos ¢ fungao da hierarquia da via,
do volume de veiculos, da largura da transversal, da composigao do trifego ¢ da presenga de
pedestres.
Especificamente com relago 4 presenga de pedestres, o tempo de verde de seguranga para os
veiculos deve ter a duragdo necessiria para garantir a travessia dos pedestres, com ou sem
grupo focal para pedestres, cujo deslocamento é paralelo ao movimento para o qual esta se
determinando o verde de seguranga veicular.
Os valores utilizados para o tempo de verde de seguranga para os veiculos variam usualmente
entre 10 ¢ 20 segundos, ndo sendo admitidos valores inferiores a 10 segundos.
O dimensionamento do tempo de verde de seguranga para pedestres é fungdo do volume de
pedestres e das caracteristicas especificas de cada travessia. Recomenda-se que a duragio
89desse verde de seguranga seja igual ou superior a 4 (quatro) segundos. Deve-se ressaltar que 0
tempo de verde de seguranga nao é dimensionado em fungo do tempo de duragio da
travessia. A realizagdo da travessia é assegurada pelo intervalo de vermelho intermitente.
A maior parte dos controladores semaféricos fabricados atualmente permite a programago do
tempo de verde de seguranga associado a cada grupo de movimentos. Essa programagao deve
refletir os valores calculados para os tempos de verde de seguranga na etapa de
dimensionamento da sinalizagao semaférica,
6.14.1 Recélculo da programagio
Quando o tempo de verde para certo grupo de movimentos resultar inferior a0 correspondente
verde de seguranca, deve-se recalcular a programagio a fim de permitir que essa condica0
passe a ser satisfeita.
Em primeiro lugar, impde-se que o tempo de verde do grupo de movimentos para 0 qual
ocorren a insuficiéncia seja igual ao correspondente tempo de verde de seguranga; isso
realizado ajustando o(s) tempo(s) de verde dos) estagio(s) em que tal grupo de movimentos &
liberado. © préximo passo consiste em recalcular 0 tempo de ciclo para, em seguida,
redimensionar os tempos de verde dos estagios.
Apresentam-se, a seguir, os dois métodos mais utilizados para recalcular 0 tempo de ciclo em
fungo da necessidade de impor, para o estagio j, um tempo de verde real igual ao seu tempo
de verde de seguranga.
© Método 1 conduz & condigdo de que todos os grupos de movimentos eriticos possuam 0
mesmo grau de saturagdo. Entretanto, para garantir tal igualdade, o tempo de ciclo,
usualmente, atinge valores muito elevados causando atrasos indesejaveis. Por isso, em geral,
se utiliza 0 Método 2, onde o usuério adota os valores de grau de saturagdo desejados, exceto
para o estégio que teve seu tempo de verde fixado como igual ao tempo de verde de
seguranga,
No subitem 7.2.4 € apresentado um exemplo numérico de recéleulo da programagao, para 0
caso em que o verde calculado é inferior ao verde de seguranga, Ievando em conta os dois
métodos.
6.14.2 Método 1
A partir do célculo do tempo de verde efetive (Equagdo 6.13) e do tempo de verde real
(Equagao 6.14), chega-se a seguinte expresso para a obtengdo do tempo de ciclo:
te= E52) Gans tenet — Som Te
Impondo nessa expresso a condigdo de que o tempo de verde do estigio j ¢ igual ao seu
tempo de verde de seguranga (tyseg;), chega-se a Equagao 6.16.
a ee on «ao
te
calculo dos tempos de verde é realizado utilizando a Equagiio 6.13.
906.14.3 Método 2
A Equagao 6.9 pode ser eserita na forma:
te= te xpptt, x Pet wm Ht x By tm +t Xp, + Ty
Consideremos que o estigio j tenha seu tempo de verde real igualado ao seu tempo de verde
de seguranga (ty.seg;). Aplicando essa condigdo 4 Equagao 6.14, vem:
Bayepene = Poceant bones — tyes — Feet
Combinando as duas equagdes anteriores e considerando a Equaso 6.12, chega-se a seguinte
expressio para a obtengdo do tempo de ciclo:
fom by mPa tt (buseg.st Cones — Soins fpgng) tm PeoRPa tT, — 6.17)
A fim de obter as fragdes de verde pj utilizadas na Equagao 6.17, 0 usudrio deve impor 0
correspondente grau de saturagiio desejado e recorrer 4 Equagao 6.8.
0 calculo dos tempos de verde € realizado utilizando a Equagio 6.12, exceto para o estigio
cuja duragao do tempo de verde real foi imposta como sendo igual ao tempo de verde de
seguranga,
6.15 Verde minimo veicular
Verde minimo veicular ¢ um elemento da programagio de uma sinalizagio semaférica,
operando no tipo de controle atuado. Tem por objetivo garantir a passagem de um niimero
minimo de veiculos durante o periodo de verde de um estdgio. Sua duragdo deve ser igual ou
maior do que a do verde de seguranga.
6.16 Extensio de verde
Extensdo de verde é um elemento da programagio do tipo de controle atuado. E 0 intervalo
que se acresce ao tempo de verde veicular quando um veiculo é detectado durante o verde
minimo veicular ou durante a extensdo de verde anterior,
6.17 Tempo de verde maximo
Verde maximo é um elemento da programagio do tipo de controle atuado. Tem por objetivo
impedir que o tempo de verde se prolongue além de determinado valor, mesmo se ocorrerem
ininterruptas solicitagGes de extensdes de verde.
E utilizado para limitar o tempo de espera maximo dos pedestres ou dos veiculos que
pertengam a movimentos conflitantes com aquele que esti sendo atendido pelo verde corrente.
91dimensionamento da duragdo do tempo de verde maximo depende das caracteristicas do
trdfego e da via. Sugere-se que esse valor seja 50% maior do que o tempo de verde que seria
programado se 0 controle fosse feito por sinalizagaio semaférica de tempo fixo.
6.18 Medidas de desempenho
E essencial avaliar continuamente o desempenho da operaco do trafego em decorréncia da
programacio semaférica. Esta necessidade ¢ maior quando uma nova programago é
implementada, mas continua a ser necessiria posteriormente, devido ao carter dinamico do
transito
Existem varias medidas de desempenho que podem ser empregadas nesta avaliagdo, dentre as
quais as mais utilizadas so fila maxima, velocidade média, mimero de paradas, atraso,
consumo de combustivel, emissio de poluentes e custo monetério.
‘As medidas podem ser determinadas indiretamente por meio de programas de computador,
denominados simuladores de transito. Algumas dessas medidas podem ser obtidas
diretamente por meio de pesquisas em campo usando, por exemplo, os métodos indicados nos
Apéndices 2 e 4,
A partir de algumas hipéteses simplificadoras, algumas das medidas de desempenho mais
empregadas, como o atraso total e a fila maxima podem ser estimadas por expressGes
matemiticas (ver itens 6.18.2 e 6.18.3).
importante ressaltar que & necessirio avaliar 0 desempenho do
ocupantes dos veiculos como para os pedestres.
insito tanto para os
6.18.1 Numero de paradas
© mimero de paradas ¢ um dos principais indicadores da qualidade da operagdo do transito
podendo ser caracterizado pelo nimero total de paradas, numero médio de paradas por
veiculo, ou porcentagem de veiculos que param devido a sinalizagdo semaférica.
‘A programagao semaférica deve visar a minimizagio do nimero de paradas que, além de
gerar desconforto ao usuario, aumenta o consumo de combustivel e a emisséo de
determinados poluentes,
© miimero de paradas np, no caso de operagio nfo saturada e taxas de fluxo de chegada e
partida constantes (ver Figura 6.10) pode ser calculado pela Equagdo 6.18.
PRS (te-tueperdy
oF" — aa (6.18)
em que,
np miimero de veiculos, ou uep, que softem parada por ciclo;
—taxa de fluxo, em veieulo por hora ou uep por hora;
FS fluxo de saturagdo, em veiculo por hora ou uep por hora.
926.18.2 Fila maxima
Define-se fila como © numero total de vefculos aguardando em uma aproximagdo para
transpor um local semaforizado. Veiculos aproximando-se devagar do final de uma fila
usualmente também so considerados como integrantes da mesma.
indicador “fila maxima” é um dos mais utilizados devido a facilidade com que pode ser
observado diretamente em campo e ao fato de que reflete adequadamente os outros
indicadores.
A obtengio em campo do indicador “fila maxima” é feita pela observagaio, ao longo de varios
ciclos, do mimero maximo de vefculos na fila por ciclo, O valor do indicador ¢ calculado
como a média das filas maximas observadas.
A Figura 6.10 representa uma situagdo hipotética em que tanto a taxa de fluxo de chegada dos
veiculos (segmento AD) como a de saida (segmento BC) so constantes, sem aleatoriedade
sem sobredemanda. A cota fj exemplifica a fila em um instante durante o periodo de
vermelho enquanto f; corresponde a um instante durante 0 periodo de verde. A fila fnax
representa a fila maxima, que ocorre no instante de abertura do verde.
Na Figura 6.10, “n,” é 0 niimero de vefculos que pararam no cielo, o ponto C corresponde a0
instante em que a fila é zerada, e “n,” é 0 numero total de veiculos que chegaram no ciclo.
1 (vefculos acumulados)
B t(s)
——
te
The
<<
te
Figura 6.10: Processo de formagio e dissipagio de fila
A partir da Figura 6.10 pode-se deduzir as expressdes da fila méxima e do tempo necessério
para sua dissipagdo (Equagdes 6.19 e 6.20).
93Ioan = Fn greg
(6.19)
e
t= pcp te — tare) (620)
emaue,
Jax ~ fila maxima, em veiculo ou wep;
14~ tempo necessério para dissipago da fila, em segundos;
F taxa de fluxo, em veiculo por hora ou uep por hora;
FS fluxo de saturagdo, em veiculo por hora ou uep por hora
Situagdes onde o tempo necessirio para dissipagdo da fila & superior ao tempo de verde
resultam em congestionamento, com crescimento da fila residual ciclo a ciclo, como pode
ser observado na Figura 6.11.
4 FLARESDUAL
AOFINALDO
FLARESIOUAL
‘AO FINAL DO
FILARESIDUAL
| ROFINAL DO
VERDE DO?
‘cic.
FILARESIDUAL
‘AO FINAL 00)
‘VERDE DO '*
‘ICL
Taxa de fuxo de chogada 8 nteso 0 ——
Tara de fuxo de sada satva¢30)—
Figura 6.11: Iustracio do crescimento da fila ao longo de mais de um ciclo
946.18.3 Atraso
0 indicador “atraso” visa medir a espera causada aos veiculos pela sinalizagdo semaférica,
© atraso representa a diferenga entre tempo gasto por um veiculo para percorrer um
determinado trecho sob 0 controle semaférico ¢ o tempo que gastaria se percorresse o mesmo
trecho em regime de fluxo ininterrupto, na velocidade desejada,
Nas situagdes de trénsito livre, em que todos os vefculos conseguem passar no primeiro
periodo de verde, o atraso é composto pelas parcelas atraso uniforme e atraso aleatério. A
medida que o trinsito vai ficando mais saturado, surge também uma terceira parcela que & 0
atraso por sobredemanda. Quando a operago atinge o congestionamento total, 0 atraso
aleatério desaparece, permanecendo os outros dois.
Na Figura 6.10, a drea do triéngulo ABC corresponde ao somatério dos atrasos dos veiculos
durante um ciclo. Como nesse exemplo hipotético a taxa de fluxo de chegada dos veiculos é
constante, sem aleatoriedade ¢ sobredemanda, este valor é formado somente pelo atraso
uniforme.
valor da area do triangulo, dividido pelo nimero de veiculos durante um ciclo (n, na
6.10), equivale ao atraso uniforme médio de um veiculo e pode ser determinado pela Equagio
6.21
fe(d-p)?
= [=m 21)
em que
dy —atraso uniforme médio de um veiculo, em segundos;
1.—tempo de ciclo, em segundos;
p= fragdo de verde (relagao entre o tempo de verde efetivo ¢ o tempo de ciclo);
X= grau de saturagao.
A expresso da Equagio 6.22, elaborada por Webster, pode ser usada para calcular o atraso
médio de um vefculo, em situagdes nao congestionadas, desde que a chegada dos veiculos
obedega a uma distribuigao aleatéria em torno de um mesmo valor médio, o que significa que
a chegada nfo deve ser influenciada por sinalizagdes semaféricas a montante ou quaisquer
outras condigdes que causem a alteragdo do valor médio de chegada ao longo do tempo.
Nessa equagdo, a primeira parcela corresponde ao atraso uniforme, a segunda ao atraso
aleatério e a terceira consiste num termo de ajuste da formulagdo teérica aos resultados
priticos registrados
ft-w* xt i es)
Bia me © ass (2) J (6.22)
em que,
95yea! — atraso médio de um veiculo, composto pelas parcelas atraso uniforme © atraso
aleatério, em segundos;
1.—tempo de ciclo, em segundos;
p~fragdo de verde (relagdo entre o tempo de verde efetivo e o tempo de ciclo);
q~ taxa de fluxo expresso em veiculo por segundo ou uep por segundo;
x — grau de saturagio
Na maioria dos casos priticos, ndo se pode considerar que a chegada dos veiculos obedega a
um padrdo de alcatoriedade em tomo de um mesmo valor médio. Interferéncias a montante,
tais como intersegdes semaforizadas ou no, tornam o padrdo de chegada por demais
complexo para ser modelado analiticamente com a devida preciso. Além disso, situagdes
sujeitas a sobredemanda, como aquela exemplificada na Figura 6.11, apresentam,
evidentemente, dificuldade adicional de modelagem.
Existem algumas expressées analiticas propostas, como por exemplo, as apresentadas no
HCM ~ Highway Capacity Manual (TRB, 2000), que procuram tratar os casos priticos.
Entretanto, existem varios programas de computador (simuladores da operagao do trafego)
que so capazes de oferecer respostas muito mais acuradas do que aquelas obtidas pelas
expresses analiticas devido & possibilidade que tém de retratarem mais fielmente as
particularidades de cada situagao.
967. PROGRAMAGAO DE SINALIZACAO SEMAFORICA ISOLADA DE TEMPO
FIXO
7.1 Etapas de programagao
A programagdo da sinalizagdo semaférica deve ser claborada de acordo com as etapas
apresentadas a seguir.
A elaboragio da programagdo semaférica de tempos fixos de uma intersegdo semaforizada é
composta por quatro etapas principais:
Etapa I - Definigdo das condigdes em que a programagio iré operar. No caso de
reprogramagao de sinalizagdo semaforica existente, muitas vezes essa etapa nao ¢ realizada,
pois sto adotadas as condigdes pré-existentes.
Etapa Il - Determinagao das caracteristicas operacionais do tréfego.
Etapa III - Célculo da programagdo semaférica.
Etapa IV - Implementago da programagdo e avaliago dos resultados. Esta é uma etapa que
deve ser cumprida sempre, mesmo que seja através da simples avaliagdo visual caso ndo
cexistam recursos para efetivar uma avaliagao mais elaborada.
‘A seguir, apresenta-se 0 detalhamento de cada uma dessas etapas. Nas Figuras 7.1 a 7.3 silo
apresentados, respectivamente, os fluxogramas das Etapas I, III e IV.
977.1.1 Etapa I - Definigdo das condigdes em que a programagio deveré operar
Levantamento das caracteristicas do local [a]
¥
Definigdo do perfodo de abrangéncia
de cada plano semafirico [b]
¥
Definigdo do tempo de ciclo maximo [e]
+
tudo dos movimentos [d]
1
Determinagao dos grupos de movimentos [e]
Y
Definigdo do diagrama de estagios [f]
Determinagao dos grupos Determinagao dos pardmetros de seguranga
semaféricos [g] dos grupos de movimentos [h]
Figura 7.1: Sequéncia de atividades da Etapa I
Descricdo dos blocos do fluxogram:
[a] Levantamento das caracteristicas do local
© levantamento de campo deve contemplar, pelo menos, a observagio das seguintes
caracteristicas:
Y geometria e topografia;
medigdo do tempo de percepedo e reagdo dos pedestres;
v
Y medigdo da distincia de travessia dos pedestres;
v
medigdo da velocidade dos pedestres;
98Y velocidade regulamentada;
Y movimentos permitidos/proibidos;
Y regulamentagdo de estacionamento;
Y lovalizagao de ponto de énibus;
Y localizagdo de pélos geradores préximos;
«<
observagdo de risco de acidentes no local;
histérico de acidentes;
histérico de sugesties ¢ solicitagdes;
histérico de intervengdes no local;
SSN AK
programagio semafirica, no caso de sinalizagdo semaférica existente, especialmente
quanto a:
* sequéncia de estigios;
‘+ tempo de verde ocioso;
‘+ tempo de verde insuficiente para veiculos e pedestres;
‘+ anilise dos tempos de entreverdes para veiculos e pedestres;
[0] Definicao do periodo de abrangéncia de cada plano semaférico
¥ Levantamento dos volumes 20 longo do dia (ver Apéndice 3).
Y Definigio do periodo de operagao da programagao (hordrios de entrada e saida de cada
plano, dias da semana e datas especiais).
Ie] Definicao do tempo de ciclo miximo
Y Vetificar as orientagdes apresentadas no item 6.9.
Id] Estudo dos movimentos (veiculos e pedestres)
¥ Movimentos nao-conflitantes.
Y Movimentos conflitantes que podem ser atendidos simultaneamente.
Y Movimentos conflitantes que ndo podem ser atendidos simultaneamente.
Je] Determinagao dos grupos de movimentos
Y Determinagdo dos grupos de movimentos que chegam A sinaliz.
cada aproxima\
99