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Foust - Capitulo - 18

Operações Unitárias Secagem

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Transferéncia Simultanea de Calor e de Massa — Secagem © termo secagem, na concepgao deste capitulo, aplica-se a transferéncia de um liquido que esté num s6- lido molhado para uma fase gasosa nao saturada. A re- mogao da umidade de gases, que também & chamada de secagem, foi discutida nadesumiditicagéo enaadsorgao. Aplicam-se também as operacées de secagem os fa- tores que discutimos a propésito da umidificagao e da desumidificagao e as equagées da cinética da transferén- cia de massa e de calor que vimosno Cap. 17.0 processo de secagem, entao, é idéntico a um processo de umidifi- cago, exceto quanto a influéncia exercida pelo proprio sélido sobre 0 proceso de secagem. Esta influéncia ‘considerdvel. A investigagao da secagem e 0 célculo das dimensées do equipamento de secagem devem levar em conta uma multidéo de problemas nas éreas da mecanica 40s fiuidos, da quimica das superficies e da estrutura dos s6lidos, além dos problemas de velocidade de transferén- cia que se discutiram na umidificagao. Em muitos casos, 0 projeto perfeitamente cotado do secador € impossivel, pois estes fendmenos fisico-quimicos so muito compli- cados e imperfeitamente compreendidos. Por exemplo, na secagem da madeira, parte do liquido é retida no inte- rior das fibras, Esta umidade sé pode migrar para o ar seco mediante a difuséo através das fibras da parede. Uma vez que a difusao de umidade é muito lenta, @ ma- deira pode estar completamente seca na superficie antes de liquido escapar completamente. Esta secegem desi- gual pode provocar rachadura e empenamento da ma- deira. O problema, em conjunto, foi abordado empirica- mente, de modo que se podem estabelecer condigdes para a secagem eficiente da madeira; 0 mecanismo bé- sico do movimento do liquido, no entanto, ainda perma nece duvidoso. Um outro exemplo 6 0 da secagem de detergentese de muitos outros materiais por nebulizacao. 0 tempo de secagem depende, em grande medida, das dimensées das goticulas dispersadas na camara quente. Qualquer dispositive de nebulizagéo provoca a formagao de goticulas com uma certa faixa de dimens6es, e estas, diferentes goticulas secam de forma diferente, nas mes- mas condigdes. Na secagem de detergentes, a exposicao das goticulas a0 meio secante provoca a formagao, na superficie da goticula, de uma carapaga resistente, par- cialmente seca, o que inibe o escapamento da umidade. O calor, no entanto, escoa com facilidade através da cara~ aga e evapora 0 liquido no interior da goticula. O vapor produzido causa o inchamento da goticula, muitas vezes rompe-a e em alguns casos forma excrescéncias arre- dondadas na superficie da carapaca original. Entao, as particulas secas sao uma mistura de esteras ocas, de fragmentos de esferas e de aglomerados de esférulas cas. A distribuicao das dimensdes nao pode ser prevista apartir da distribuicao das dimensoes na névoaoriginal. A velocidade de queda das particulas, através do ar quente, e portantoo tempo de secagem, é muito dificil de prevere a distribuicao inicial das dimensdes das goticulas s6 oca- sionalmente calculavel. Ainda um terceiro exemplo, o da secagem em tambor de produtos como leite e papas. A suspenséo grossa do produto reveste a superficie de um tambor aquecido e a ela adere durante a secagem. A espessura da camada é uma fungao da tensao superficial e das caracteristicas de coesao da suspensio, mas naose conhecem as relagées exatas entre estas grandezas, Como é natural, a espessura controla o grau de secagem ©, por isso, 0 teor final de umidade. Estes fatores assumem grande importancia, pois em geral o sélido seco € 0 pro- duto valioso. A sua forma, cor, estabilidade e textura fixam (© seu valor de venda e dependem do processo de seca- gem a que foi submetido. COMPORTAMENTO GERAL NA SECAGEM Na secagem de um sélido tmido, mediante um gas a uma temperatura ea uma umidade fixas, manifesta-se sempre um certo tipo de comportamento. Imediatamente depois do contato entre a amostra e o meio secante, a temperatura do sélido ajusta-se até atingir um regime Permanente. A temperatura do sélido e a velocidade de secagem podem aumentar ou diminuir para chegarem as condigdes do regime permanente. Neste regime, uma Prova de medida de temperatura mostra que a tempera~ tura da superficie do sélido molhado é a temperatura de bulbo-tmido do meio secante. As temperaturas no inte- Fior do sélido tendem a ser iguais a temperatura de bulbo mide do gés, mas a concordéncia entre elas é imperteita em virtude das defasagens entre o movimento de massa e ©de calor. Umavez que as temperaturas do sélido tenham atingido a temperatura de bulbo Umido do gas, elas per- manecem bastante estaveis e a taxa de secagem também permanece constante. Este perfodo da secagem ¢ o pe- tlodo de secagem a taxa constante. O periodo termina quando 0 sélido atinge 0 teor de umidade critico. Alem deste ponto, a temperatura da superficie eleva-se e a taxa de secagem cai rapidamente. O poriodo de taxa decres- cente pode ser bem mais dilatado que 0 periodo de taxa constante, embora a remocao de umidade seja muito me- Nor. A taxa de secagem aproxima-se de zero, num certo teor de umidade de equilibrio, que é © menor teor de umidade atingivel, no processo de secagem, com osélidonascondigées a que esta submetido. AS: © 18.2 mostram curvas tipicas de secagem, uma na base do teor de umidade contra o tempo e a outra na base da velocidade de secagem contra o tempo. 0 grafico de teor de umidade contrac tempo (Fig. 18.1)6 atorma que se deve obter com os dados de ensaios de secagem. A Fig. 18.2, que é 0 grdfico da velocidade de secagem em funcao do teor de umidade, é muito mais descritivo do processo de secagem.E o grafico que se obtém derivando os dados na forma da Fig. 18.1; tem considerdvel flutuacao de resulta- 405 @, por isso, razoavel incerteza Estas curvas tipicas de secagem esto relacionadas ‘20s mecanismos de realizago da secagem. O periodo de secagem representado pelo segmento AB das curvas da Fig. 18.1 e da Fig. 18.26 0 periodo em regime nao perma- nente, durante o qual a temperatura do s6lido atinge o seu valor de regime permanente. Embora a forma que esté na figura seja tipica, é possivel obter qualquer outra forma, ¢ AB pode ocorrer com uma velocidade crescente, con- forme se mostra, ou com velocidade decrescente. Du- rante o periodo a taxa constante (segmento BC das curvas de secagem das Figs. 18.1 @ 18.2), toda a superficie ex- Posta do sélido esta saturada de Agua. A secagem ocorre como se fosse a evaporacao de uma massa de liquido, ‘Teor de umidade (%'), massa de Tiquido/massa de Fig. 18.1 Curva de secagem tipica em condigées constantes de ‘Secagem; teor de umidade em funcao do tempo, +t : i Teor de umidade Uf), massa de liquido/messa de sblido seco Fig. 18.2 Curva de taxa de secagem tipica em condigdes cons- tanies de secagem; taxa (velocidade) de secagem em fungao do teor de umidade, sem haver influancia direta do solido na taxa de secagem. E possivel que a aspereza da superficie sélida, sobre a qual se estende a pelicula liquida, provoque aumento dos coeficientes de transteréncia de massa e de calor, mas este efeito nao est firmemente estabelecido. A tempera- tura da superficie atinge, conforme se pode esperé temperatura de bulbo Umido. O regime de secagem a taxa constante continua, com a massa subtraida da super cie sendo substituida pelo liquide que vem do int rior do sélido. O mecanismo do deslocamento do quido, e por isso a velocidade deste movimento, varia acentuadamente com a prépria estrutura do sélido, Nos sélidos que tém espacos vazios e abertos relativamente grandes, o movimento sera, possivelmente, controlado Pela tensdo superficial e pelas forcas da gravidade no interior do s6lido. Nos s6lidos com estruturas fibrosas, ou amortas, 0 movimento do liquido ocorre por difusso atra- vés do sélido. Desde que as taxas de difusdo so menores que 0 escoamento por gravidade ou por capilaridade, os s6lidos nos quais a difusao controla 0 movimento do liquido tendem a ter periodos a taxa constante mais cur- tos, ou mesmo a secarem sem que haja um periodo de taxa constante perceptivel. No pontoC, 0 teorde umidade do sélido ¢ o minimo para suprir, na sua inteireza, a totali- dade da superficie. Durante 0 periodo de secagem, entre os pontosC eD da Fig. 18.2, denominado o “primeiro periodo de taxa decrescente”, a superficie fica paulatinamente mai pobre em liquido, pois a velocidade do movimento do liquido para a superficie é menor que a velocidade com que a massa 6 transferida da superficie. No ponto D nao h4, na superficie, qualquer drea significativamente satu- rada no liquido. A parte da superficie que esta saturada seca pela transferéncia convectiva de calor para a cor- rente gasosa e pela transferéncia de massa para a cor- Fente do gas secante. O vapor, nos niveis mais internos da amostra sélida, difunde-se para a parte da superficie que do esta saturada e continua a difundir-se paraa corrente gasosa. Este mecanismo ¢ muito lento em comparacao com a transferéncia convectiva que ocorre na superficie saturada. Nos teores de umidade mais baixos que os do pontoD da Fig. 18.2, toda a evapora¢ao ocorre a partir do interior 40 sélido. Amedida que o teor de umidade continuaa cair, a distancia a ser coberta na difusdo do calor e da massa aumenta até que, em Xe, 0 teor de umidade de equilibrio. cessa a secagem. O teor de umidade de equilibrio é atin- gido quando a presséo de vapor sobre 0 s6lido é igual Pressao parcial do vapor no gas secante afluente. Este Period 6 denominado o “segundo periodo de taxa de- crescente”” Classes de materiais em fungdo do comportamento na secagem Com base no comportamento durante a secagem, possivel dividir os materiais em duas classes principais. A primeira destas classes ¢ constituida por sdlidos granula- dos ou cristalinos que retém a umidade nos intersticios, entreas particulas, ou em porossuperficiais, rasose aber- tos. Nestes materiais, o movimento da umidade é relat vamente livree ocorre em conseqiiéncia da interagao das, forcas gravitacionais e das forgas de tensao superficial (ou capilares). O petiodo de taxa constante alonga-se até teores de umidade relativamente baixos. Embora 0 pe- riodo de taxa decrescente divida-se nas duas partes men- cionadasacima, 6 comum assumir a forma aproximadade uma reta, no plano da taxa contra 0 teor de umidade, © s6lido em si, que é usualmente inorganico, 6 pouco afe- tado pela presenga do liquido e ndo sofre grande agao do processo de secagem. Por isso, as condigbes de secagem podem ser escolhidas na base da comodidade e da vanta- gem econdmica, com pequena preocupagao a respeito dos efeitos das condigbes da secagem sobre as proprie- dades dos produtos secos. No caso dos hidratos, as con- digdes de secagem afetam o produto pela alteracdo do hidrato que se obtém, mas, fora isto, os materiais nao s40 alterados pelas condigées da secagem sobre uma ampla faixa de temperatura e de umidade. Exemplos de mate- riais que pertencem aesta classe soa moinha de rocha, 0 didxido de titanio, 0 amarelo de cromo, catalisadores, sulfato de zinco monoidratado e fostatos de s6dio. Nestas, substéncias, os teores de umidade no equllibrio sao usualmente muito préximos de zero. ‘A maioria dos sélidos organicos ou é amorta, ou fi brosa ou gelatinosa, e constitui a segunda classe princi- pal de materiais. Estes materiais retém a umidade como parte integral da estrutura do sdlido, ouentao retém-nano interior de fibras ou de poros delgados internos. Nestas substéncias, o movimento da umidade ¢ lento e prova- velmente ocorre pela difusao do liquide através da estru- tura do sélido. Por isso, as curvas de secagem das subs- tancias mostram periodos de taxa constante muito curtos, {que terminam em valores elevados do teor critico de umi- dade, Pelas mesmas raz6es, 0 primeiro periodo de taxa decrescente @ muito reduzido, e a maior parte do pro- ‘cesso de secagem 6 controlada pela difusao do liquido; isto 6, a velocidade de secagem é controlada pela veloci- dade de difuséo do liquido através do sélido. A maior parte da secagem ocorre no segundo periodo de taxa decrescente. Os teores de umidade no equilibrio sao em geral elevados, 0 que indica ser significativa a quantidade de dgua que é retida intimamonte na estrutura do sélido, ‘ou em poros tao delgados que a sua pressio de vapor 6 significativamente reduzida. Em virtude de a Agua pre- sente fazer parte da estrutura do sélido, os sélidos s4o afetados pela remocao da umidade. As camadas superti cials tendem a secar mais rapidamente que o interior. Quando a taxa de secagem for muito elevada, é possivel que se estabelecam diferencas tao grandes no teor de umidade no interior da amostra que a amostra racha ou ‘empena. Em outros casos, possivel que se forme um revestimento relativamente impermedvel de material par- cialmente seco, que inibe o prosseguimento da secagem no interior e pode acentuar a desigualdade de teores de umidade na amostra, com 0 conseqiente realce da ten- déncia de o sélido deteriorar-se. Em virtude destas cir- cunstancias, as condig6es de realizacao da secagem sao criticas. As condigdes devem ser escolhidas tendo em vista, primordialmente, os efeitos que podem ter sobre a qualidade do produto; a economia do proceso ou a co- modidade da operacao sao fatores subordinados. Exem- plos deste tipo de material inciuem os ovos, os detergen- tes, as colas, 0 extrato de café solivel, cereais, amido, sangue animal e extrato de soja. Movimento da umidade — mecanismo da difusao Num sétido relativamente homogéneo, como os séli- dos orgénicos fibrosos, as substancias gelatinosas, as tortas porosas, a umidade movimenta-se, provavelmente, para a superficie em virtude da difusao molecular. A velo- cidade do movimento da umidade 6 entao expressa pela lei de Fick (Eq. 11.13) alterada para aplicar-se a este caso particular, og BR det ax? (18.1) ‘onde = coeficiente de difusao do liquido aplicavel ao movimento atravésdo sélido, em m?/s ou ft?/h A integragao desta equagao requer que as condigées de contorno sejam conhecidase que as caracteristicasde 9; sejam especificadas. Noscasos mais simples, 7,” pode ser considerado constante, ea secagem ocorre apenas numa face de uma placa, cujas faces laterais e a face do fundo estéo isoladas. Com estas restrig6es, e admitindo que no estado inicial a umidade esteja uniformemente distribuida na placa, a solugao obtida por Sherwood" e Newman’? 6 . 1 a0(2) 1 ,-7622"e(7) +.) (182 onde 1 = distdncia entre a face e 0 centro, numa placa que seca pelas duas faces, ou espessura total da placa, quando a secagem ocorre apenas por uma face, em m (ou ft) Xe. = teor de umidade no equilibrio, em massa do liquido/m massa do sélido seco, kg/kg (ou Ib/tb) teor de umidade no instanteé, kg de liquido/kg de sélido seco (ou Ib/Ib) Xc! = teor de umidade no inicio do periodo durante © qual a taxa de socagem ¢ controlada pela di- fuséo, kg de liquido/kg de sdlido seco (ou Ib/ib) Uma vez que 0 movimento do liquido por difusdo é relati- vamente lento, a curva da taxa de secagem pode quase ‘nao apresentar o periodo de taxa constante. Em qualquer caso, X¢’ Ser 0 teor de umidade ao término do periodo de taxa constante e é idéntico ao teor de umidade critico. A Eq. 18.2 dé entdo a curva de teor de umidade contra 0 tempo, durante o periodo de taxa decrescente. Uma vez que a Eq. 18.1 86 difere da Eq. 11.13 pela definigao de 2,* e nas unidades coerentes usadas para a concentracao, os métodos de resolugdo da Eq. 11.13, esquematizados no Cap. 11,840 também utilizaveis com a Eq. 18.1. Especiticamente, as cartas de Gurney-Lurie Constituem resolugées graficas dteis da Eq. 18.1, ¢a Fig. 11.2 pode ser usada para resolver a Eq. 18.2. Mesmo quando a difuséo controla o movimento da umidade através do sélido, a Eq. 18.2ndo se ajustaa curva da velocidade de secagem determinada experimental- mente. Muitos s6lidos alteram as caracteristicas dos seus Poros durante a secagem, de modo que “,* é raramente constante. Além disso, a distribuicao de umidade no teor de umidade critico € raramente uniforme. Em algumas substncias, como madeira e argila, verificou-se que a distribuigao 6 praticamente parabélica, e existem* as so- lugdes da Eq. 18.1 com esta condigdo de contorno. Movimento da umidade — mecanismo da capilaridade Nos leitos de sélidos granulados, ou nas substancias que tém uma estrutura com poros abertos, o mecanismo da difuséo molecular é evidentemente inapropriado. Nes- tes materiais, o movimento do liquido dentro do sdlido 6 conseqiiéncia das forgas resultantes das diferencas entre @ pressao hidrostatica e os efeitos da tensao superficial? Atensdo superficial provoca uma pressao sob uma super- ficie liquida encurvada que 6 diferente da prasséo sob uma superficie plana. No caso de uma esfera de raio r, Pode-se demonstrar que 2y ~Ap=— (18.3) r onde —AP = diminuigao da pressao provocada pelos efei- tos da tensao superficial, N/m? (ou Iby/in?) jensao superficial na interface liquido e gas, N/m (ou Iby/in) aio de curvatura da esfera, m (ou in) y r 0 raio, nesta f6rmula, 6 positivo no caso de uma bolha de gas imersa em liquido e negativo no caso de uma goticula de liquido suspensa no gas. Quando se insere um pe- queno tubo num liquido, conformea Fig. 18.3, a ascensao do liquido no tubo pode ser determinada mediante um balango de forgas no ponto A. A superficie do liquide no tubo tem um raio de curvatura igual ao raio do tubo so- ‘mente no caso em que 0 liquido molha completamente o tubo € 0 Angulo de contato na parede do tubo é igual a Zero. Quando isto ocorre, o balango de forcas da g —aP= Azo, — py) =2 i r Ge 27 2 roo. — pv) (18.4) Fig. 18.3 Efeito de capilaridade. €r pode serigualado ao raio interno do tubo. Em qualquer sélido sujeito a secagem, as dimensdes dos poros nao so uniformes e a molhagem pode nao ser completa, mas o mecanismo do movimento o descrito acima. Em teores mais baixos de umidade (entre C e D, na Fig. 18.2), a interface do liquido principia a afastar-se da superficie. Esta retragao nao ¢ uniforme, pois 0s raios de curvatura dos meniscos liquidos na superficie ndo séo uniformes. 0 liquido nos poros maiores ¢ atraido para o terior da amostra pela acao das forgas de tensdo super- icial e supre a formagao dos meniscos nos poros meno- res. A medida que a secagem avanga, 0 liquido dos poros maiores continua a recuar até atingir um “estrangula- mento” no poro, onde entéo assume uma curvatura que se ajusta a curvatura dos outros poros cheios de liquido, ou, entdo, 0 liquido recuao suficiente para que o desequi- librio das forgas capilares seja anulado pelo desequilibrio das forgas gravitacionais. Continuando-se a retirada de umidade, aumenta 0 némero dos poros que perdem a umidade desta forma, de modo que entre C e D, a propor- ‘G0 da superficie total que permanece saturada fica cada vez menor. A Fig. 18.4 mostra a fase sélida durante este periodo. Ataxa global de secagem é reduzida, poiso calor © a massa even, ambos, difundir-se através da camada superior do sélido. No instante em que se atinge o ponto D, 0 “segundo ponto critico", a umidade abandonou todos 05 poros superticiais. A continuagao da secagem envolve uma disténcia cada vez maior para a difusao de calor e de massa. A situagéo fisica, no caso de um leito de slidos granulados, é a da Fig. 18.5. Durante os periodos mais avangados da secagem, a temperatura da superficie do sélido aproxima-se da temperatura do meio secante, mas a superticie onde ocorre realmente a evaporacao permanece na temperatura de bulbo Umido. E dificil de- Escoamento do gs socante Fig. 18.4 Distribuigao da umidade num leito solide particulado, durante 0 primeiro periodo de taxa decrescente, Fig. 18.8 Distribuicao da umidade num leito sélido particulado. durante 0 segundo periodo de taxa decrescente. terminar experimentalmente 0 segundo ponto critico, e nao raro que a curva da velocidade de secagem seja regular de C até E. As curvas diferem bastante em formae inclinagoes, dependendo da estrutura do sdlido e da faci- lidade de movimento da umidade no interior do sélido. No final da secagem, a umidade presente esta em pequenas bolsas, em poros pequenos, espalhadas por todo osélido, conforme o esquema da Fig. 18.6. A superficie de soca- gem real 6 dispersa e descontinua, ¢ 0 mecanismo que controla a taxa de secagem ¢ 0 da difusao de calor e de massa através do s6lido poroso. Fig. 18.6 Distribuigéo da umidade num leito sélido particulado, no final do processo de secagem. CALCULO DO TEMPO DE SECAGEM Nos calculos que envolvem a secagem, a curva da velocidade de secagem deve ser analisada om cada uma das suas secdes principais, pois os fatoresde controle sao diferentes em cada uma das diferentes partes da curva. A velocidade de secagem é definida por —W,dX' N,M, Ad A onde R = velocidade ou taxa de secagem, kg de li ‘evaporado por s m? de superficie do sélido (ou o/h fe) peso do sélido seco, kg (ou Ib) ‘e0r de umidade no séilido, kg de liquido/kg de S6lido seco (ou Ib de liquido/Ib de solido seco) 0S Esta expressio pode ser reordenada @ integrada para se ter 0 tempo de secagem, 0 -W, | 06 (18.6) teor de umidade no instante 0 teor de umidade no instante @ 0 periodo de velocidade constante. No periodo de velocidade constante, R sera constante @ igual aR, ea Eq 18.6 pode ser facilmente integrada e leva a O¢ = LM (Re! — Ks") (18,7) c= ap, Xe % ; onde. ec! = teor de umidade ao término do periodo de velo- cidade constante, em kg de &gua/kg de sélido '8ec0 (ou Ib do fguailb de solido seco) teor de umidade no inicio do processo de se- cagem ¢ = duracao da secagem a taxa constante, s (ouh) 0 parametro Ac dependeré dos coeficientes de transfe- réncia de calor e de massa entre o meio secante e a superficie do sélido, pois A Rom ky\¥;— Yv\My v7 (18,8) onde os cosficientes de transferéncia aplicam-se dainter- face evaporante para a fase gasosa. Uma vez que a quantidade total de calor sera transfe- rida pelos mecanismos de condugao através do sdlido, de convecgao no gas de radiagao provinda do ambiente, tudo dirigido para a superficie evaporante, a taxa total de transferéncia de calor (q;) é ar =hyAlTy ~ Ti) =heAlTy — Ti) + hAlTy ~ T)) + UAlTy Ti) (18.9) onde he =costiciente de transmisséo de calor pela convecgao, do gés para a superficie sélida coeficiente da transmissao de calor radiante entre a superticie do material eas paredes da camara de secagem coeticiente global de transmissao de calor para a superficie de secagem pela convecgao @ pela conducao através do leito até a super- ficie de evaporagao temperatura das paredes do espaco de seca gem Ty. T, = temperatura do gas secante @ da interface liquido-gas, respectivamente Seas paredesda camara de secagem estiverem na tempe- ratura da fase gasosa, hy =he +h, + Up (18.10) Na maioria dos casos, 0 calor transferido pela radiagao e pela condugao nao é parcela importante. Entao, o coefi- ciente de transferéncia total de calor é essancialmente um coeficiente de convec¢ao e pode ser correlacionado por uma formula ao fator j corrente. Entéo, (EJ wnat =o (PEL (18.11) ; ‘Sao poucos os dados existentes que permitam a fixagao segura das constantes na Eq. 18.11. Quase que todos os resultados experimentais publicados tém o ar como meio de secagem e por isso nao podem ser usados para a verificagao do expoente do nimero de Prandtl. O ex- Poente 2/3 é satisfatério para a secagem em vapor de ‘agua superaquecido* e para a evaporacao do Alcool but lico, da gua e do benzeno nos respectivos vapores supe- Faquecidos.* Os dados experimentais levam 4 equacao Ay. (Wp, )2! eeGy (Np,) = 26(224) (18.11) Paraasecagem aar, foram correlacionados muitos dados experimentais,** @ a relagao resultante (em unidades pré- ticas inglesas) & hy =0,01286 /%* (18.12) AEq. 18.12 € a recomendada para determinar-se o coeti- ciente durante periodo a taxa constante, quandoo aréo meio de secagem. Neste caso, a temperatura superficial (7) pode ser tomada como a temperatura de bulbo umido do ar. Teor de umidade critico O teor de umidade que existe a0 final do periodo a taxa constante é 0 teor de umidade critico, Neste ponto, 0 movimento do liquido para a superficie do sélido torna-se insuficiente para substituir 0 liquido que esta sendo eva- Porado. O teor de umidade critico depende da facilidade com que a umidade se desioca no interior do sdlidoe, por isso, da estrutura porosa do sélido diante da velocidade de secagem. Os sélidos porosos com estrutura compli- cada e irregular tornam muito dificil prever 0 teor de umidade critico. Nos dias de hoje, o engenheiro tem que se valer de medi¢bes experimentais, feitas em condicoes semelhantes as da producao, a fim de determinar X_'.0 teor de umidace critico depende, conforme se pode espe- rar, da estrutura do poro do sélido, da espessura da amos- trae da velocidade de secagem. Entéo, as condig6es do ensaio devem envolver parémetros compativeis com os do sélido real a ser seco. A dependéncia entre o teor de umidade critico @ a taxa de secagem ¢ traca e pode ser ignorada, frequentemente, embora tenha sido eviden- ciaga muitas vezes.™ As condigées de secagem deveriam ser fixas de modo que a velocidade de secagem, duranteo Periodo a taxa constante, esteja de acordo com a veloci- dade que se espera ter na fabrica. A Fig. 18.7 ilustra a dependéncia entre o teor de umidade critico, a profundi- dade do leito e a taxa de secagem durante o periodoataxa constante, na secagem da areia com vapor de Agua supe- raquecido.¥ A Fig, 18.8 ilustraa dependéncia entre o teor de umidade critico e a taxa de secagem constante, na o1z-— + Protundisade 30 ito 1 in 7 © Protunaidade do leit 2 in t ae 0 leto in 33 5¢ 08 12 Taxa de secagem durante 0 periodo de taxa Constante (). Ib de H.O/m fe 16 Fig. 18.7 Infludncias da taxa de secagem constante e da espes- sura do ieito sobre oteor de umidade critico, na secagem de areia pelo vapor de agua superaqueciao.» (Com a permissao da Amer. 1951) Chem. Soc., copirraite © 04) oe EE a ee Se 03] oI am NN O10 ‘OS 020 Toor de umidade livre médio, b/s Fig. 18.8 Secagem de polpa de amianto ao ar.*" (Com a permis- 880 da A. Ch. E., copirraite © 1933) ‘operagao de secagem da polpa de amianto pelo ar tmido.” Perfodo a taxa decrescente A forma da curva de secagem durante o periodo a taxa decrescente ¢ 140 dificil de prever quanto 0 teor de umidade critico. A forma dependera primordialmente da estrutura do sélido que deve ser seco ¢ também da taxa de secagem durante o periodo a taxa constante e do teor de umidade critico. A vazao do gas, que influencia tao forte- mente a taxa de secagem constante, torna-se cada vez mais inoperante 4 medida que a velocidade de secagem diminui. Esta diminuigao da importancia da vazao do gas provém do controle crescente da velocidade de secagem pela difusio de calor e de massa através do sélido poroso. Em muitos casos, a a curva da velocidade de secagem contra o teor de umidade, durante 0 periodo de taxa de- crescente, aproxima-se de uma reta que passa pelo teor de umidade critico e vai até a origem."* Entao, R_ Re xX Xe! (18.13) onde 0 indice C refere-se ao teor de umidade critico. A substituigao na Eq. 18.6 leva a ro WW, pk? dX? le Fea Nie 0 = = eaintegragao da, Vé-se 0 paralelismo com a média logaritmica (AT); por iss0, pode-se usar uma taxa de secagem média logarit- micana Eq, 18.6 para o periodoa taxa decrescente, coma variagao linear. A taxa de secagem média logaritmica pa- rece ser uma boa aproximagao quando 0 material a ser seco é um s6lido granulado rigido como a areia. Nao é conveniente para se usar com materiais fibrosos, como o couro, ou gelatinosos, como o sabao. Teor de umidade de equilibrio Com muitos materiais, como 0 couro ou os sabées, mencionades acima, 0 teor de umidade do sélido seré significativo quando a taxa de secagem atinge o valor nulo. Aumidade permanece no sélido, qualquer que seja o tempo de secagem, desde que as condigdes da opera- 20 nao se mocifiquem. A umidade esta em equilibriocom vapor contido no meio desecagem e¢ 0 teor de umidade de equilibrio. Aquantidade de umidade retida num sélido, em equ Vibrio com um gas Umido, depende da estrutura do solido, dda temperatura do gas e do teor de umidade do gés. Em muitos materiais, depende também de o sélido reter, no inicio, mais ou menos liquido que © seu valor de equill brio. Na Fig. 18.9 estao algumas curvas tipicas do teor de umidade de equilibrio contra a umidade."” Os dados vale para 0 equil’brio entre a agua retida nos sdlidos em con- tato com 0 ar imido. O grafico mostra que, por exemplo, uma amostra de la contendo 0,2 g de H.0/g de la seca, colocada no ar a 25°C, com 60% de umidade relativa, sera gradativamente seca até que 0 seu teor de umidade seja 0,145 g de H,O/g de la seca. A continuagao da operacao do provocard a diminuigao do teor de umidade. Quando aumidade do ar aumenta até a saturacao de 90%, a 25°C, a laabsorverd umidade até que sejaatingidoo teor de 0,23 de H,0/g de la seca. Em contato com o ar de umidade relativa 0%, 0 teor de umidade de equilibrio sera nulo. A mesma observacdo vale para todos os materiais que apa- recem na figura. O teor de umidade de equilibrio igual a zero, em contato com o ar completamente seco, mostra que nenhuma parcela de agua é retida por uma ligacdo quimica. ‘A Fig. 18.10 mostra a curva de teor de umidade de pel do 2—Ia penteada 5 —mitrocelulose 4 Sted, I 5 —couro, coure solade, Curtidos a earvalno 6 —caulim 0247-7 — fata de fumo (Wort Carotina) 3 —sabio, cola 028} 00 “Teor de umidade em sblidos, massa de Agua/messa de shige seco Umidade rolativa,% Fig. 18.9 Teor de umidade de equilibrio om alguns sélidos a 28°C.” (Com permissao da Nat. Acad. of Sc., copirraite © 1926.) equilibrio da polpa ao sulfito.** Este material é um exem- plo daqueles em que o teor de umidade de equilibrio mostra um efeito de histerese. Nas operacoes de seca- gem, a curva de dessoroao tem sempre 0 seu interesse. Na Fig. 18.11, aparece o efeito da temperatura sobreo teor de umidade de equilibrio no caso do algodao em rama. Prolongando-se as curvas da Fig. 18.9 até a umidade relativa de 100%, elas mostram o teor de umidade méximo ‘ar Teor de umidace de igua/massa de s6lido seco Fig. 18.10 Teor de umidade de equilibrio da polpa ao sutfito mostrando a histerese.** (Com permissae da Amer. Chem. Soc., copirraite © 1937.) “Teor de umidade, Ib de //,0/ib de solids secos 20 0 2 a6 © 5 Too Umidace rolativa, % 18.11 Teor de umidade de equilibrio do algodie em rama, dados de dessorgao."*(Com permissao do Text. Res. J, copirraite ©1947.) que pode existir em equilibrio com o ar Umido. Neste Ponto, a agua exerceria a sua pressdo de vapor integral. Qualquer agua adicional exerceria a mesma pressao de vapor e estaria em equilibrio com o ar saturado. A umi- dade extra atua como uma 4gua nao ligada e é denomi- ada “umidade nao ligada”’. A umidade retida no sélido em equilibrio com 0 ar parcialmente saturado 6 a "umi- dade ligada’’. Ela exerce uma presséo de vapor mais baixa que a da 4gua pura, em conseqliéncia de diversas razoes Possiveis. Por exemplo, ela pode estar retida em poros capilares finos, com superficies fortemente curvas, ou pode conter uma grande proporcao de sélidos dissolvi- dos, ou entéo pode estar em combinagao fisica numa estrutura organica natural. O grau de abaixamento da presséo de vapor, devidoa estes mecanismos, pode variar amplamente com as variagdes do teor de umidade, con- forme vimos. A umidade retida em excesso além do teor de umidade de equilibrio é a “umidade livre”. A Fig. 18.12 mostra a relagdo entre os diversos termos. Nesta figur ‘em qualquer umidade do gas, no ponto A, por exemplo, 0 Curva do teor de ——Lumidade ne equilbrio latva do gts, % “ Umidade yj Migaca —“t Umidade tvre na umigade relativa ce ‘A% Umidede de Umisade Teor do umidace (2), massa de ‘2gua/massa de solldos secos Fig. 18.12 Tiposde umidade envolvidos na secagem de sélidos, teor de umidade de equilibrio correspondante (X,") pode ser lido no grafico. Até agora a discussdo do teor de umidade no equi- librio referiu-se, principalmente, & umidade mantida na estrutura de sélidos insoliveis. Quando os sélidos so solliveis na dgua, s40 possiveis todas as relacées de fase que se encontram nos sistema usuais com dois compo- nents e fases condensadas. Nos textos dedicados a regra das fases discutem-se detalhadamente estas relagdes de fase." Na Fig. 18.13 aparece esquematicamenteo grafico do teor de umidade no equilfbrio para o CuSO,. Neste caso, formam-se diversos hidratos, além da solugao de CuSO,e H,0. 0 produto obtido na secagem deste material depen- deria marcadamente da umidade do ar usado na sece- gem. Por exemplo, com o ar ea pressao parcial do vapor de Agua entre 10 e 20 mm Hg, operando como o meio secante, pode-se obter 0 CuSO,-5H,O, a 25°C. Se a pres- 40 parcial do vapor de dgua cair para 7.8 mm Hg, forma: se uma mistura indeterminada de CuSO,-5H,0 ¢ CuSO,-3H,0. Reduzindo-se para apenas 2 mm Hg a pres- sd0 parcial do vapor de 4gua, o produto seria 0 ‘CUSO,-H,0. Neste caso observa-se também que o teor de umidade no equilibrio 6 igual a zero quando 0 contato ocorre com o ar completamente seco. ae £2 ee ate canara! é + 1 3 c180,251,0 | : | i | g I | i i i ‘ de 0 equilbrio (X moles de H,O/mel de CuSO, Fig. 18.13 Teor de umidade de equilibrio do CuSO, a 25°C. APLICAGAO AO PROJETO DO EQUIPAMENTO DE SECAGEM Nao é direta a aplicagao dos principios basicos ao Projeto do equipamento de secagem. Além da dificuldade de previséo da curva de velocidade de secagem, surgem problemas sobre a variagao das condicéesde secagem ao longo do secador, sobre a diferenca entre adrea da trans- feréncia térmica e aérea da transferénciade massa, sobre a configuracao do escoamento do gas, sobre o efeito das varidveis de operagao e da escolha do equipamento rela- tivamente as condigdes do produto seco. Deve-se levar ‘em conta, também, o fator econdmico habitual dos custos de processamento no que diz respeito as condigées mais desejaveis do produto, do ponto de vista do mercado de vendas. Por estas razOes, a escolha do secador 6 usual- mente baseada em ensaios preliminares, nos quais 0 ma- terial € seco em condigdes que se assemelham as da produgao. A maioria dos fabricantes de unidades de se- cagem mantém laboratorios nos quais existem secadores na escala de planta piloto. O cliente comprador em pers- pectiva pode secar amostras do material nestes secado- res, em diversas condiges operacionais, para tentar en- contrar a combinacao étima do tipo de equipamentoedas condigées de operagao. Vamos descrever aqui alguns tipos principais de se- cadores e a respectiva operacao, realgando os mecanis- mos que controlam os processos. Os secadores serao comparados, de modo que se possam perceber as vanta- gens relativas que apresentam Secadores a bandeja O tipo mais simples de secadoré 0 secador a bandeja, queaparece esquematicamentena Fig. 18.14. 0 secador a bandeja é, essencialmente, uma cémara onde o material a ser seco é colocado em bandejas ou tabuleiros. E uma unidade de operagao descontinua, usada para operagoes em pequena escala. O secador pode ter espaco para dez, vinte ou mais bandejas. As bandejas podem ter o fundo inteirigo, com 0 ar circulando entre o topo de uma e 0 fundo da que fica em cima, ou podem ter fundo telado, com a circulagao do ar controlada de modo que 0 escoz- mento se faga através das bandejas e dos sdlidos nelas. contidos (Fig. 18.15). O material aser seco, no caso de ser constituido por folhas, pode também estar suspenso em cavaletes ou em ganchos. As operagées de secagem séo controladas com simplicidade e modificam-se com facili dade, de modo que o secador éespecialmente apropriado para operagoes de laboratério ou para a secagem de ma- teriais que exigem modificagées das condicées de seca- gem & medida que o proceso avanga. Quando as condi- gées externas controléveis so constantes, as condicées de secagem serdo constantes em qualquer bandeja com 08 sdlidos Gmidos. Entao, 0 decorrer da secagem, em qualquer ponto dado, sera exatamente igual ao que des- revemos acima, As bandejas mais proximas da entrada de ar, no entanto, estardo sujeitas a condigées que sto nitidamente diferentes daquelas nas quais se encontram as bandejas localizadas no final da trajetoria da corrente de ar. Por isso. 0 material em algumas bandejas seca com maior rapidez que a média, enquanto o material em outras Entrada de ar fresco es TE coc Fig. 18.15 Socador a bandojas com circulagao transversal. Nas x 75 x 62,4 x 1,82 Ib de algodao seco No periodo final, durante 0 qual os sélidos secos séo aquecidos, q = 1,82(1 x 0,35 x 30 +.0,1x 1,0 x 30) = 1,82 % 19,50 = 23,6 BtU/tt® da esteira transportadora 23,6 —— = hyA AT m, = 1,86 x 1,0 04-02 (200 — 120) — (200 — 150) * no re 50 0; — 0) = 28 — -oyn99h £02 "1,86 x 63,9” Durante o periodo de taxa constante, a equagao da trans- feréncia de calor pode ser usada diretamente dq = nya are REX ro iq = hy. a G “8 Re! < [Po ya ara =— [°° wera" hyA AT my (8¢ — 03) = W,2'(X3'— Xe’) (c’) Como antes, 0 teor de umidade critico (K') 6 0,4 Ib de H,O/Ib de material seco. Para ter a AT», € preciso conhe- cer a temperatura do ar no ponto onde os sdlidos atingem aXe’. Neste ponto, a temperatura de bulbo umido ainda é 120°F, porém a umidade é Ye — (1,0 - 0,4) Ye = 0,106 mol de Agua/mol de ar seco Deste valor de Yo, tem-se Te fixo em 180°F. Ento, levan- do-se os numeros na equacao (c'), 82 x 0,6 x 1025.8 60-24 4n(60/24) =15,3h 1,86 x 1,0 x perfodo a taxa decrescente pode ser atacado da mesma forma. Neste caso, a evaporacao do liquide per- manece, por hipdtese, em 120°F, maso coeficiente efetivo de transmissao de calor (hy «) diminui a medida que a secagem avanga. Novamente, = hye AAT = dq = hye “a0 [over A aT ao=— (wax (a) Admitindo-se que o periodo a taxa decrescente apresenta uma curva retilinea para a variagdo da taxa com 0 teor de umidade, hy « também sera uma tungao linear de. Tam- bém, hyo, = hy = 1,86 emX" = 0,40 ehy a= Oem! = Xe’, O arafluente, que entra pelo término do percurso de secagem, tem uma umidade relativa de 3%. Entao, da Fig 18.11, Xe" = 0,008 e Ahvel _ constante = 186 stante = 0,4 — 0,008 = 4,75 ou hy = 4,75X' — 0,04 Reordenando a equagao (d) ¢ resolvendo, x aX" c' 4,75 — 0,04 fe" WA : 4,45X;' — 0,04 AAT m 4,75." 4,75Xc' — 0,04 =1,82 x 1025 80 — 60 * {n(80/60) 0475 — 0,04 1,90 — 0,04 8, AAT», [d= —W,r 8¢ 1 x 4,75 xl =8,22h Finalmente, o tempo necessario parao periodo inicial de aquecimento pode ser determinado como se fez para 0 tempo do periodo final de aquecimento = 1,82(1 x 0,35 x 40 + 1 x 1,0 x 40) = rea da esteira transportadora 18,4 Btu/tt*de 98,4 = hyA AT, = 1,86 x 1,0 8 = 6 4 (144 = 80) = (144 — 120) I 64 "24 de onde vem 64 98,4 x In; 63 — sae 13h 3 90° eexa0 O tempo total de secagem 6 1.3 + 15,80 + 8,22 + 0,20 = 25,02 h. Este periodo ¢ extremamente longo para um processamento continuo. Se a esteira transportadora tiver 200 ft de comprimento, a taxa de movimento é 200/ 25,02 = 7,98 ft/h e a taxa de produgéo com o transporta- dor de 2 ft de largura seria 1,82 x 2 x 7,98 = 29,0 Ib/h de algodéo em rama seco ou 29,0 x 1,1 = 31,9 Ib/h de produto seco (X' = 0,1) Este valor requer uma vazéo de ar de 29,0 x 60 = 1.740 Ib/h (em base seca) e permite que a seco reta livre do tdnel, em torno da esteira transportadora, seja 1.740/500 48 ft. Os resultados do Exemplo 18.2 indicam que, no caso de uma produgao continua a taxas elevadas, a secagem pela passagem do ar Sobre a superficie de um leito do s6lido Umido nao é pratica. A circulago do gas secante através do leito, como se faz no secador da Fig. 18.19, ¢ uma solucao possivel. Conforme se mencionou, a carga deve assumir ial forma que 0s gases possam passer atra- vés do leito e as particulas devem ser suficientemente grandes para serem retidas pela esteira transportadora, ‘Também é evidente que a temperatura do ar atiuente deve ser tao elevada quanto possivel, para provocar o aumento de AT. Uma vez que o material permanece, durante a secagem a taxa constante, na temperatura de bulbo mido, os materiais sensiveis 20 calor podem ser secos com o ar entrando em temperaturas pouco acima da tem- peratura segura para a integridade do material. Nestes secadores, a vazdo do gas através do leito sera, possivelmente, baixa, em virtude das limitagoes de Perda de pressio ou gragas As proximidades do efeito de fluidizagdo, que discutiremos no Cap. 22. Por outro lado, a taxa de Secagem serd grande em virtude da area de trans- feréncia muito grande representada pela superficie de todas as particulas secantes. Além disso, a maior parte do proceso de secagem ocorreré no periodo de secagem a taxa constante. As investigagoes tedricase experimentais sobre a transferéncia de massa que ocorre durante 0 escoamento do gas através de um leito compacto levam ae kg = 1,20(Mpe)~ (Ng) 98? (18,15) onde v = velocidade real do gas através do leito = vo/e, mm/h Ve = velocidade de escoamento do gas baseada na segao reta total do leito « = fragdo de vezios Npe = nimero de Reynolds, d,vp/12. (O Nee deve ser menor que 4.000) d, = didmetro da particula ke ‘oeficiente de transferéncia de massa, mol/h m? atm Observe que na Eq. 18.15 constante nao adimensional. Sélidos granulados Os materiais particulados, que correm soltos, podem ser dificeis de serem retidos numa tela metalica ou numa esteira transportadora com chapas perfuradas. Nestes 2508, 0 material pode cascatear através da corrente de 94s (conforme se faz na secador rotat6rio), ou ser impe- lido em contracorrente ao gs, numa unidade com dispo- sigdo colunar (conforme se faz no secador a gravidade), ou ento ser soprado juntamente com a corrente de gas (7 secador instantaneo ou flash). No secador rotatério, os sdlides sao derrubados, numa corrente continua, na regio do eixo do tambor rolat6rio, enquanto o ar é injetado através da cascata de graos. Pecas suspensoras internas elevam o sdlido e con- ttolam o cascatear através da corrente de ar. O secador é inclinado, de modo que os sdlidos avangam gradual- mente desde o bocal de alimentacao até o bocal de saida. Podem ser usados como meio secante ou gases de com- bustéo, ou vapor superaquecide ou mesmo ar aquecido eletricamente. Em alguns secadores, existem tubos aquecidos a vapor de agua, que correm longitudinal. mente a0 longo do tambor, para manter a temperatura do are atuar como superficies de secagem. Estes secadores séo construidos em dimens6es até 9 ft de didmetro, em modelos padronizados, tendo comprimentos que atin- gem 08 80 ft Nos secadores @ tambor rotatério a superficie ex- posta do sélido 6 muito maior que a exposta nos secado- res.atabuleiros ou nos tineis secadores; a taxa de seca- gem serd muito maior. A taxa de secagem elevada é uma vantagem apenas quando se pode manter o ar nao satu- i Fig. 18.21 Secador rotatério com tubos de vapor internos. O cabecote mais a frente é 0 terminal de entrada da carga. O vapor de 4gua penetra nos tubos através de um duto central, na outra extremidade do secador. Dal passa para um distribuidor e para os Pakts Fig. 18.22 Vista intorna do secador rotat6rio da Fig. 18.21, ob- Servada do terminal de carga. Aparece a disposicao dos tubos de vapor internes. Cada tubo tem uma aleta transversal espiralada que duplica, aproximadamente, @ rea superficial externa de cada tu! rado. Entdo, 0 engenheiro deve usar uma elevada vazéo de ar ou deve aquecer o ar a medida que ele passa pelo secador. Por esta razao, os tubos aquecidos a vapor podem ser vantajosamente acoplados nos secadores ro- tatorios, conforme esta no secador que aparece nas Figs. 18.21 e 18.22. Os tubos usualmente nao so adequados Para manter constante a temperatura, embora facam com que a curva da temperatura do ar contra a umidade seja tubes. O condensado 6 descarregado na extremidade mais pré- xima do secador, no conjunto de aneis que aparecem na frente, Deste ane, retornaa outra extremidade dosecador através deum tubo interno, para entao ser removido efinitivamente. Cura de saturacto aciabatiea ‘4qua/mel de ar seco ‘Temperatura, °F Fig. 18.23 Curvas possiveis dos estados do ar num secador rota- t6rio com aquecimento interno, ‘Curva A —Sem aquecimento interno, 0 ponto B pode estar forada curva de saturagao adiabética que passa porA om virtude do aquecimento ou do restriamento dos sélidos, Curva AC — 0 aquecimento interno nao é suficiente para manter constante a temperatura do ar. Curva AD — 0 aquecimento interno 6 suficiente para manter @ operacao isotérmica. Curva AE — Ha excesso de aquecimento interno, de modo que a temperatura do ar aumenta & medida que ele passa pelo ‘secador. consideravelmente mais inclinada que a curva de satura- 40 adiabatica. Em alguns casos, 0 aquecimento interno Pode ser suficientemente forte para elevar a temperatura do ara medida que ele passa pelo secador. Entdo, a curva referente ao ar pode assumir qualquer das orientagoes indicadas na Fig. 18.23. ‘Ao se projetarem os secadores rotatérios, 6 preciso estimar o tempo de retengao dos sélidos que passam pelo secador. O tempo de retencao depende da densidade e do Angulo de repouso do sélido, da disposicao dos suspen- sores no secador, da inclinacao do secador eda massa do material presente no secador. © movimento do sdlido através do secador é influen- ciado por trés mecanismos distintos. Em primeiro lugar, a medida que 0 tambor gira, cada particula é levantada pelos suspensores e depois cai de uma certa altura. A cada queda, a particula avanca uma distancia Ds onde D = didmetro do secador e s = inclinacao do secador, em m/m ou ft/tt. Entao, com um tambor com 0 comprimento 1, girando aN rotagées por minuto, o tempo de passagem de uma particula seria proporcional a//sDN. Este efeito é a “ago dos suspensores”. Além disso, as particulas, ao atingirem a parte de baixo do tambor, ricocheteiam; al- ‘gumas outras, que atingem outras particulas, misturam- se a estas, enquanto as particulas que nao foram levanta- das pelos suspensores deslocam-se paraa frente, rolando umas sobre as outras. Estes efeitos em conjunto consti- tuem a “agao de forno girat6rio” @ atetam significativa- mente 0 tempo de retengao de uma particula num seca- dor. Finalmente, 0 gas de secagem, soprando através do secador, ou favorece ou dificulta o avango dos sélidos, de acordo com ser 0 sopro em corrente paralela ou em con- tracorrente. O arraste das particulas pela corrente de gas pode ser estimado somente em bases empiricas, pois a velacidade de sedimentagao é obstada pelo grande nb. mero de particulas presentes. Com estas consideragées, e levando em conta dados obtidos em secadores de porte de planta-piloto, Friedman e Marshall" ofereceram a se- guinte relacao: 0,357 BiGy —sen —— 18.16) sn99p * 8G, ae @ onde 6 = tempo médio de passagem, min omprimento do secador, ft inclinacao do secador, ft/t elocidade de rotacao, rpm iametro do secador, ft constante que depende das dimensées da par- ticula do material operado, B = 5,2 (D,)-** média ponderada dos diémetros das particulas, microns = velocidade massica do gs, Ib/ft? h taxa de alimentagao do secador, Ib de material seco/h ft? de secao reta woz — 29 © © sinal positive vale para o escoamento em contracor- rente e o negativo para o escoamento em correntes para- lelas. ‘As velocidades permissiveis do ar esto limitadas pela tendéncia de o material seco formar poeira. Esta tendéncia varia grandemente, como & claro, com as pro- Priedades do material. Por exemplo, Friedman e Marshall informam que a serragem de madeira principia a formar Poeira excessiva em vazbes da ordem de 250 tb/h ft® (0,339 kg/s m’), mas a areia de Ottawa (uma areia branca, com Particulas bastante redondas) nao apresenta tendéncia significativa ao empoeiramento em vazées de ar da ordem de 1.000 Ib/h ft? (1,36 kg/s m?) A carga dos sélidos Umidos nos secadores rotatérios ateta marcadamente toda a operagao. Uma quantidade muito pequena de sélidos reduzird a taxa de produgao. Uma quantidade muito grande provocar uma aco eleva- t6ria irregular e incompleta, com uma parte dos sélidos simplesmente rolando pelo fundo do tambor; 0 produto resultante pode ser um produto mido. Por isso, a seca- gem serd desigual e a poténcia necesséria a operacao do secador seré maior. Ha maior perigo na sobrecarga do secador do que na subcarga; a experiéncia indica que a manutengao de uns 3-10% do volume do secador cheio leva a uma operacao satistatoria Os coeficientes de transmissao de calor, nestes sece- dores, séo evidentemente indetermindvels, pois nao é co- nhecida a érea interfacial do material. Friedman e Mars- hall" determinaram Ua a partir de ensaios em secadores rotatorios de | t por 6 ft e compararam os resultados com 98 previamente publicados. A equacéo usada para corre- lacionar os resultados 6 0,636 y%'S D [Ge +BGyp_1%® (18.17) onde Ua = produto do coeficiente global de transmisséo de calor pela drea superficial, Btu/h °F ft? de vo- lume do secador diametro do secador, ft taxa de alimentacao do secador, Ib/h ft? de érea de segao reta do secador densidade da massa de s6lidos secos, Ib/tt® Gy = taxa de escoamento do g4s, velocidade massi- ca do gés, Ib/h ft? B = 5,20,-* onde D, é a média ponderada dos did- metros das particulas, em microns Esta equagao esté longe de ser exata, e pode ter desvios da ordem de + 100%, mas dard indicagao sobre o porte necessério do secador. Os materiais a serem secos devern ser granulares, ¢ por isso a maior parte da secagem efetuarse em condicées de taxa constante. A temperatura do s6lido permanece constante nas vizinhancas da tem- Peratura de bulbo Umido até que se eleva bruscamente e aproxima-se da temperatura do ar. Uma observacao nao explicadaé ade que a temperatura constante dos sélidos, especialmente em operagdes com as correntes paralolas, nem sempre é a temperatura de bulbo Umido, mas é um tanto superior a esta, as vezes cerca de 5°F. Este efeito pode ser conseqiéncia de transteréncia radiativa. Exemplo 18.3. Um secador rotatério, de 5 tt de di metro @ 60 ft de comprimento, ser usado para secar didxido de titanio que tem um teor de umidade inicial de 0.3 ib de Agua por libra de sélidos secos, até que 0 teor seja reduzido a 0,02 Ib de Agua por libra de sélidos secos. OTIO, tem particulas de didmetro médio de 50 micronsea densidade de 240 Ib/tt?, © secador opera a 4 rpm, com uma inclinagao de 0,5 in em cada 10 in de comprimento. Determinar a vazao do ar afluente e a temperatura neces- saria. Determinar a taxa de produgao de TiO, seco quando oar de secagem 6 0 obtido pelo aquecimento do ar am- Diente, originalmente a 90°F, com temperatura de bulbo imido de 60°F. Resolucdo. Este problema nao tem as especifica- ges téo completas que possa ter apenas uma resposta. A resposta obtida dependerd da vazdo do gas e dos valores adotados para a carga do secador. Uma vez que nao se excedam limites razodveis, estes dois parametros podem ser arbitrariamente escolhidos. A vazdo do ar deve ser suficientemente baixa para que 0 empoeiramento seja Pequeno. O valor mencionado acima, de 1.000 Ib7h ft? aplica-se, provavelmente, a particulas muito maiores que as do problema, e por isso é necessério um outro método para se estimarem os limites da vazéo permissivel. O em- poeiramento ocorre quando as particulas sao arrastadas pela corrente de ar. Na realidade, a corrente de ar néo escoa em oposi¢ao direta as particulas, a medida que caem, mas pode-se ter um limite seguro mantendo-se 0 escoamento abaixo da velocidade em que o ar arrasta as, particulas sélidas quando escoa em oposicao direta a elas, ‘A equacdo que dé a velocidade maxima de sedimen- tagdo das particulas num fluido, quando estas particulas nao interferem umas com as outras, esta deduzida no Cap. 22. A equacao 2 — phgb? yee (22.18) demonstrada combinando-se um balango de forgas sobre as particulas com a relacao da forga de arraste (Eq, 18.40). O balango de forgas especifica aceleragdo nula quando 0 empuxo e as forgas de arraste equilibram qual- quer forca externa que atue sobre a particula. A simplifi- cagao se obtém admitindo-se que a particula é esférica @ que a velocidade relativa entre particula e fluido é sufi- cientemente pequena para que 0 escoamento seja lami- nar. O estudante pode referir-se & deduce que principia com a Eq. 22.1, para ter a demonstragao completa, Na Eq, 22.15, v; 6 a velocidade maxima de queda da Particula no gas trangililo, quando a queda é bastante Pequena para que o numero de Reynolds (Np,) seja menor que 0,5. Inversamente, como é natural, v, 6 a velocidade vertical do gas necessaria para suspender a particula es- férica na corrente de gas em escoamento de regime lami- nar. Substituindo os valores dados na Eq. 22.15 vem, “= 4 (240 — 0,05)32,2 (22% 10-4)? 1 *\o.54x 12) * 0,02 x 0,000672 240 x 32,2 2,69 x 10-8 180,136 x 10-4 860 Fs © nesta volocidade © New é 1,64 x 10* x 0,860 x 005 0,02 x 0,000672 0,524 (0,860 x 3.600) x (14,7 x 29)/(10,79 x 123 Ib/h ft, haver uma chance de arrastarem-se quantidades signiticativas de s6lido peta corrente de gas. Admitiu-se neste cdlculo a temperatura de 1.000°R. Como 6 natural, parte do arraste pode ocorrer em vaz6es mais baixas do gas, em virtude da configuracéo complicada do escoamento e da interferéncia das particulas entre si Portanto, a vazdo do gas (G,) da ordem de 50 Ib/h tt? parece ser apropriada. (O tempo de passagem pode agora ser calculado pela Eq. 18.16 e a partir da carga do secador. Substituindo-se os nlumeros na Eq. 18.16 ver Nre p= 038X604 52x60 x50 0,05 x (4)%9 x5" (50) x Ge 1320 alosey 0 = 24,2 Gr (a) ‘A carga do secador pode ser escolhida no intervalo dos 3 a 10% que mencionamos acima. Escolhendo §% do volume do secador, 1.86 Ge x7 X55 7 008 0,05 x 60 x 60 x 240 _ 43200 Gr Gr (b) Combinando as Eqs.a eb, 43200 1320 = 24,2 + 1320 Ge 2+ Ge Ge = 1770 Ib/h ft? ‘A temperatura do gas afluente deve ser suficiente- mente elevada para dar uma AT adequada, de modo que a secagem necessaria ocorre no volume disponivel do se- cador e oar ainda eflui ndo saturado na saida do secador. Nas condigées anteriores, 1 Ib de ar deve secar 35,4 Ib de. s6lidos ou absorver 35,4(0,3 — 0,02) = 9,9 Ib de Agua. O ar poder4, possivelmente, absorver esta quantidade de 4gua se for aquecido ao passar pelo secador. No secador rote- torio simples, sem aquecimento interno — como parece ser o secador que estamos analisando — esta tomada de ‘gua é absurda. Uma vez que avelocidade do fluxo do gas nao pode ser alterada pelo projetista, é necessério alterar a carga do secador. Para se ter uma umidade de 1 Ib de gua por libra de ar seco, a carga deveria ser introduzida & taxa de 1.770/9,9 = 179 Ib/h de sélidos secos. Com esta taxa de alimentacao, 6 possivel determinar a temperatura doarafluente por um processo de tentativas. Em Y’ = 1,0, a temperatura de saturagao 6 189°F. Uma vez que a curva de saturagao adiabatica, a0 longo da qual se deslocam os estados do ar de secagem, é representada aproximada- mente por Cay (Ty = Tr) =24(% — Ye) (17.214) fica conhecida a curva seguida pelo ar secante. Em vir- tude de ¥, estar fixada pelo enunciado do problema como sendo 0,0173 moles de H,O/mol de ar seco, a Eq. 17.214 assume a forma 29 985 x 18 (7, —Ta)= (1 «3 40,0173 - 0.0173) a = 4000°F Esta temperatura est além dos limites praticos. Usando- 880 recolhimento de umidade como 0,1 Ib de H,0 por libra de sélidos secos, @ umidade na salda 6 0,1 x 29/18 + 0.0173 = 0,1783 mol de H.O/moldearseco. A temperatura de saturagao para esta umidade é 130°F. ot 2x 1019 x 18 T-Te 41a 7,13 F th 44° F Esta temperatura de entrada s6 pode ser atingida quando © ar de saida esta saturado; entao sera preciso um seca- dor infinitamente longo. A carga térmica para cada libra de ar na entrada 6 q = 0,1 x 1019 = 101,9 Btu (© que da uma taxa de transferéncia total de calor de 101,9 x 50 = 5.095 Btu/h ft? da segao reta do seca- Uma vez que 0 material com que se esté operando & granulado e esté sendo seco na forma de particulas indi- vViduais, ¢ seguro admitir que toda a secagem ocorre no periodo de secagem a taxa constante. O coeficiente glo- bal de transmissao de calor pode ser calculado a partir da Eq, 18.17. Entao, 5,2 x 50 x 240% (50)*/2 = 0,236( 17,90 + 8820)%5 = 22,8 Btu/h °F ft? Ua 016 0,63(50) [17,904 A temperatura média logaritmica ATm &, entéo, 5095 Tm a5 607 EF Em virtude de AT, ser da ordem de 414°F, AT, estara bem préxima de zero. Entao. para uma taxa de alimentagao de ‘s6lidos da ordem de 17.9 Ib/h de sdlidos secos. atempera- tura do ar afluente deve ser 544°F, e deve-se usar 50 Ib/h ft? de ar. Neste exemplo, 0 secador utilizado néo foi conve- niente para a operacao. Seria possivel ter uma taxa de alimentacdo muito mais elevada com um secador de aquecimento interno. A pequena vazao do gas foi imposta pelas dimensoes pequenas das particulas. Neste caso, Poderia ser interessante economicamente pelotizar as Particulas, numa etapa preliminar. Finalmente, seria pos- fel ter maior produgao e utilizaco mais eficiente do equipamento se o secador tivesse diémetro maior e com- Primento menor. © secador a gravidade, com chapas aquecidas, que aparece em forma esquematica na Fig. 18.24, também Pode ser usado para secar sélidos particulados e é espe- mente util quando o empoeiramento é um problema, ou quando se deseja dispor de regides de temperatura varidvel. Neste secador, cada tabuleiro tem uma camisa de aquecimento, de modo que o material pode ser aque- cido ao passar por algumas das chapas ¢ arrefecido ao Passar por outras. Na secagem instanténea (flash) os sélidos particula. dos sao injetados numa corrente mével de gas quente. A ‘uma certa distancia, a jusante do ponto de carga, os s6li- dos sao separados do gas, usualmente num ciclone cole- tor. No Cap. 22 discutimos as exigéncias impostas sobre a vazao do gas neste escoamento conjunto de gas e sélido, analisando 0 transporte das particulas s6lidas pela cor- Fente de gas. Neste caso, 0 projetista se defronta com a complicacao adicional do processo de transferéncia de massa e de calor. As medicdes experimentais das taxas de transferéncia de calor, nos secadores instanténeos’ leva- ram a correlagées do tipo Nwu = 0,16(V po") 19 (Mp,)8? (18.18) onde Npe’ = niimero de Reynolds baseado no diémetro da Particula e na velocidade de escorregamento Ves definida no Cap. 22. As variagbes provocadas pelas forgas que atuam para acelerar as particulas, a medida que elas entram na cor- rentedo gs, e também nas curvaturas do duto do gas, sao Fig. 18.24 Secador a gravidade com chapas aquecidas. Estas Uunidades existem em tamanhos que vao desde as que tém 5 chapas de 1,2 m de didmotro, com 3,8 m? de area das chapas, operadas por um motor de 1,5 HP, até unidades com 36 chapas de 27 m de didmetro, com 176 m? de drea das chapas, com os revolvedores operados por um motor de 16 HP. O mai secant ode ser 0 ar, ou um gas inerte, ou um gas de combustéo a bressdo atmostérica ou em pressao mais baixa. (Cortesia da AMETEK, Inc., Diviséo de Equipamento de Processos.) bastante grandes. Por isso, a Eq. 18.18 deve ser usada ‘com cautela. ‘A secagem instantanea 6 especialmente util quando se quer secar parcialmente uma pasta ou uma massa Gmida, usando-se tempo de contato muito curto. Na Fig. 18.25 esta um diagrama do escoamento deste tipo de secador. Observe-se que a estrutura basica é constituida por um dispositivo de alimentagao dos sélidos — por ‘exemplo, um transportador parafuso — um duto que ofe- rece 0 tempo de residéncia necessério, e um separador Sdlido-gés. O projeto deste separador 6, freqentemente, decisivo, pois a perda de pequenas fragées do produto |Soprador Cietone separador Produto Sogio de secagem Instantines ite @ aids Aquecedor FAITHS ene sSsoprador Fig. 18.25 Instalacao de secagem instantanea flash). O material moihado (possivelmente pré-misturado com parte de material '80¢0) ¢ injetado numa corrente de ar quente que arrasta para cima os sélidos. Depois de asecagem ocorrer no duto vertical, 0 ‘material sélido é separado do ar de descarga em um ciclone, ou ‘om mais do um, © 0 ar pode ser lancado na atmosfera por um ventilador apropriado. (Cortesia da Niro Atomizer Ine.) pode ser custosa quando se processam grandes tonel gens, além de constituir-se em fonte potencial de polui ‘940. No Cap. 22 discutiremos 0 projeto dos ciclones sepa- adores. A Fig. 18.26 mostra o aspecto deste sistema sim- ples, num equipamento desenvolvido para emprego em Qrande escala industrial Desejando-se tempo de contato mais dilatado, ou ha- vendo necessidade de uma secagem adicional do mate- rial seco na operacéo instanténea, pode-se adotar um secador a leito fluidizado. No Cap. 22 discutiremos os princfpios da fluidizagéo. Num secador a leito tluidizado, a carga Gmida é aduzida ao leito fluido do material que esté sendo seco no centro do leito, ou entéo numa das, extremidades de um leito retangular, e o material seco é retirado pelas bordas do leito, ou entao pela extremidade oposta a extremidade de carga. O tempo de residéncia seria, nos casos tipicos, de 30 minutos ou mais. As taxas, de secagom num secador a leito fluidizado seriam deter- minaveis a partir das taxas de transferéncia de calor e de massa para as particulas do leito fluidizado. As taxas de transteréncia de massa podem ser obtidas com a equa- ao:" _kePemMs 0,67 DpG \~%8! jig 9 OFA a 87 = 2;26( Oe) (18.184) No caso do sistema ar-4gua, . + oy ; da (Np)? = 1,12/y (18.185) GG Asecagem descontinua de sélidos particulados pode ser realizada em secadores rotatérios cénicos, onde tam- bém os sdlidos cascateiam através do meio secante. Estes secadores operam, freqientemente, sob vacuo, como o et S AA ewe A x 13 | : ’ vi Sd. a 255 Fig. 18.26 Instalacdo de secagem instanténea em dois estagios, __operam em contracorrente, @ com isto melhorarse a economia ara processar 250 ton/dia de polpa deceiulose. Os doisestégios _—_—térmica dossistema de secagem. (Cortesia da Niro Atomizer Inc) Fig. 18.27 Secador rotatério, cénico, a vacuo. Estes secadores volume de operacao, e giram respectivamente entre 6 e 2 rpm, existem, comumente, em dimensdes que vo de3,5.até 400 de estes dovs limites, (Cortesia da Fennwalt Corporation ) que aparece na Fig. 18.27 © podem dispor de tubos inter- nos aquecidos. Estes secadores so vantajosos quando se deseja ter 0 confinamento integral do vapor, como no caso da secagem de polimeros, ou entdo quando a sensi- bilidade do material impde a operacao em baixa tempera tura, com movimentacao suave dos sélidos, como é 0 caso de produtos farmacéuticos. Secagem de lamas ¢ pastas grossas Os materiais que nao fluem livremente devem, nos casos gerais, ser mecanicamente agitados, espalhados sobrea superficie de secagem e raspados desta superticie a medida que a secagem vai progredindo. Unidades para estes servicos incluem o secador rotatério a vacuo (Fig. 18.28). 0 secador a parafusos geminados (Fig. 18.29), 0 secador a tabuleiro (Fig. 18.30) e os secadores a tambor. Os secadores a vacuo rotatérios, os secadoresapara- fusos geminados ¢ os secadores de tabuleiros operam, muitas vezes, descontinuamente. A variacdo de poténcia do agitador em fungao do teor de umidade dos sélidos,"* de um destes secadores descontinuos, é bastante interes- sante. Um grafico tipico esta esquematizado na Fig. 18.31, Em teor de umidade elevado, a lama escorre com relativa liberdade, mas a medida que a secagem avanca, torna-se mais viscosa e pastosa. Finalmente transforma-se numa massa pesada, aderente, muito dificil de mover. Conti- nuando a secagem, a massa fragmenta-se em torrdes que se deslocam com muito mais facilidade: os torrdes conti- nuamente se fragmentam até que se obtém um produto granulado, capaz de mover-se livremente. As imensas Fig. 18.29 Vista da cémara da secagom de um secador a parafu- ‘808 geminados. Neste caso sao aquecidas nao s6 as laminas dos aralusos, mas também acamisa. Estes secadores séc usados na ‘Secagem de pastas grossas e podem ser operados seja continua seja descontinuamente, Fig, 18.28 Vistaintornade um secador 6 fomecido mediante a camisa do vaso. e as laminas do rotor mantém a massa secante em movimento, além de raspar as su- perficies, mantendo-as limpas. (Cortesia da The Bethlehem Cor- poration.) Fig. 18.30 Secador a tabuleiros, a vacuo. Este secador, com 4 ft de didmetro e 24 in de regiao de operacao, tem uma capacidade de 140 gal e uma superficie de aquecimento de 35 f= Laminas raspadoras internas matém a massa em movimento, & medida ‘que a secagem avanga, e também raspam o material jd seco das ‘superticies calefatoras. (Cortesia da The Bethlehem Corpora tion.) modificagées das propriedades fisicas do material que estd sendo seco parecem afetar de maneira pouco signifi cativa 0 coeficiente de transmissao de calor. O teor de umidade em que ocorre o maximo de poténcia depende da suspensao grossa que est sendo secada e do projeto do secador; nao se tém investigagdes publicadas a res- pelto deste assunto. Costicionte global ‘tansmiasao de calor pada no Covficiente globe Poten ‘Toot de umidade, massa de HO massa de ssiidos secos Fig. 18.91 Desempenho de um agitador com tabulelros na se- cagem de um material que passa de um estagio pastoso para outro, no estado de um gel ‘S80 poucos os dados de desempenho quantitative para se usar no projeto destes secadores. Os coeficientes globais de transmissao de calor variam entreSe 175Btu/h ft °F, conforme publicagdes;"* mas, para fins de projeto, nd havendo dados provenientes de ensaios de planta-pi- loto, usam-se coeficientes entre 10 e 15 Btu/h ft? °F. Secadores a tambor ‘As lamas e as pastas podem ser secadas continua- mente em secadores a tambor. desde que o produto seco do seja duro nem arenoso demais para danificar a super- ficie do tambor. Por isso, os secadores a tambor séo usados com mais freqéncia para secar substancias or- gAnicas. Estes secadores sao cilindros horizontais giraté- ios aquecidos internamente pelo vapor de agua. A sus- pensdo a ser secada & espalhada pela superficie externa do secador, adere a ela, ea secagem serealiza enquantoo ‘tambor etetua suas rotacdes. Quando a suspensao execu- tou cerca de trés quartos de uma rotagao completa sobre a superficie do tambor, a crosta é raspada mediante uma faca. A velocidade de rotacdo é da ordem de 1 a 10 rpm, os casos normais. A velocidade de rotacdo, a tempera- tura da superficie do tambor e a espessura da camada de suspensao sao ajustadas de modo a dar o teor de umidade desejado quando a crosta seca ¢ raspada do tambor. O Produto ¢ obtido na forma de escamas. Existem diversas configuracdese diferentes métodos de alimentacao. Nos secadores a tambor duplo, a suspen- S80 grossa ¢ introduzida entre os dois tambores girantes. ‘Acspessura da camada de suspensao retida sobre o tam- bor dependerd das caracteristicas da suspensdo e da su- Perficie do tambor e também do espacamento entre eles. ‘A Fig. 18.32 mostra um secador deste tipo, e na Fig. 18.33 18.32 Secador a tambor duplo, de42 in de didmetro por 120 inde comprimento, operando & presséo atmosferica, um modelo ovo completo, com distribuidor superior de vapor e batentes terminals e facas pneumaticamente ajustaveis. O motor, de velo- cidade reguldvel, est & direite, no fundo. A separ bores e a velocidade de rotagéo podem ser ajustadas paracom- pensar modificacées nas propriedades da carga. Aremogao dos tambores é facil, através das chapas de montagem terminals fendilhadas, o que possibilita a retificagao das supertici [pre que nocessario. Para mostrar os tambores foram ret transportadores parafuso de descarga. (Cortesia da Blaw-Knox Food & Chemical Equipment, inc., Bullovak Division, umaindus- ‘ria WCI) “Transporador ‘Teansportador" Fig. 18.33 Diagrama esquemitico do secador a tambor dupto, mostrando 0 dispositive de alimentagao, 0 sentido da rotagao dos tambores € 0 sistema de descarga do produto, ‘two e.carga i Sg, 10.28 Secaor a tamborea geminados, oom alimantagso topo. A carga é mantida no lugar por batentes terminais e fela arande aoroximacgo dos dois tambores. (Cortesia a Blam. Knox Food & Chemical Equipment, Inc., Bullovak Division, uma Indistria Wr.) estéo detalhes da disposigo das pegas do secador. Neste caso, a carga também pode ser admitida por uma tubula- gio que oscila como um péndulo de uma até a outra extremidade do secador. Os secadores a tambores geminados operam como mesmo principio que os secadores a tambor duplo, ex- ceto em que giram em diregdes opostas — isto 6, afas- tam-se um do outro no topo. O espagamento entre os tambores nao influencia a espessura da camada mas pode ser ajustado para arrebentar bolhas @ uniformizar 0 revestimento da suspenséo sobre os tambores quando a alimentacao ¢ feita pelo merguiho dos tambores nesta suspensao. O dispositivo mais simples de alimentagéo consiste, exatamente, em fazer os tambores girarem imersos parcialmente na suspensao. Nas Figs. 18.34 6 18.35 aparecem outros dispositivos de alimentagao. A alimentagao pelo topo, na Fig. 18.34, permite a formagao de um revestimento espesso sobre as superticies rolan- tes, que 6 vantajoso quando o material é granular e facil- mente seco. A alimentagao por projecdo, da Fig. 18.35, forca a suspensao contra os tambores e ajuda aimpedir 0 descolamento a medida que a secagem avanca. Os secadores a tambor simples, assim como os seca- dores a vacuo com um ou dois tambores, operam com os mesmos principios que acabamos de expor. Estes seca- dores aparecem esquematicamente nas Figs. 18.36 e 18.37. A operagao dos secadores a tambor e 0 projeto deum secador a tambor, visando a um servico especial, ainda so mais uma arte que umaciéncia. Usualmente, 0 projeto deve ser baseado em ensaios de planta-piloto, efetuados nas condigées operacionais que se pretende adotar. Mesmo assim, os métodos de ampliago de escala nao a0 seguros. As experiéncias com os secadores a tambor fornecem considerdvel informagao sobre a secagem de certos materiais particulares sob algumas condigées de operacio. Os resultados néo podem ser diretamente ex- trapolades para unidades de porte industrial, nem podem ser aplicados 4 secagem de outros materiais, Os problemas que aparecem na operacao dos seca dores a tambor estao relacionados com a obtengao de uma camada regular, inteiriga, pelicular, do material se- cante, colada ao tambor com uma certa adesio, e coma ‘obtengao das condigées apropriadas a atribuir ao pro- duto as propriedades desejadas. A necessidade de uma elevada taxa de producao sé pode ser atendida quando a camada do sélido secante ¢ espessa, densa e continua Faca _-taspadeira Fig. 18.25 Secador a tambores geminados com alimentagao Projetante, A projecéo da carga sobre o tambor auxilia a Sua jeréncia As superficies e forma um revestimento denso. (Corte- sia da Blaw-Knox Food & Chemical Equipment, Inc., Butlovak Division, uma Industria WC!) ‘Tambor rotatério Fig, 18.36 Diagrama esquematico de um secador a tambor nico com tabuleiro de alimentagao. Os secadores também odem ser alimentados por mergullo, caso em queo tambor gira arcialmente imerso no tanque que contém a suspenséo da carga, ou entao a alimentacdo pode ser projetante, conforme esta na Fig. 18.95. (Cortesia da Blaw-Knox Food & Chemical Equipment, inc., Butlovak Division, uma Industria WC) ‘aida do vapor Fig. 18.37 Diagrama esquematico de um secador a tambor du- plo, a vacuo. (Cortesia da Blaw-Knox Food & Chemical Equip- ‘ment Inc., Butlovak Division, uma Industria WCI.) Para isto, a suspenséo de alimentacdo deve ser tao con- centrada quanto possivel. Como é natural, medida que a concentragao aumenta, também aumenta a viscosidade de modo que ¢ dificil manter uma distribuigéo uniforme a0 longo do cilindro, e a suspensao pode néo molhar a superficie dos tambores, nem a ela aderir. O ajustamento do espagamento entre os rolos e do nimero de rotagées Por minuto podem ser feitos para ajustagem de pequenas modificagdes nas condigdes da carga. As taxas de produ- ‘G20 atingem coisa da ordem de 5 Ib de solidos secos por hora e por pé quadrado da superticie do tambor, nos casos normais, usando-se vapor de égua a 50 psig como meio calefator da unidade. ‘Secadores pulverizadores Os secadores pulverizadores usam uma carga bom- bedvel (solugao, suspensdo fina, geles, emulsées etc.) € produzem como produto um material pulverulento ou na forma de pequenas contas, com taxas variando desde unidades co porte piloto até unidades industriais com Procugao de 25 ton/h de sélidos. Em contraste, os seca- dores a tambor produzem escamas e estao limitados & produgao baixa ou moderada. Outra vantagem do seca- dor pulverizador esté na curta exposigdo do produto aos gases quentes, ao mesmo tempo que a evaporacao do iiquido das goticulas mantém a temperatura do produto baixa, até em presenca de gases muito quentes. Os seca- dores pulverizadores s4o relativamente grandes © podem ser pouco eficientes na utilizacao da energia. Em virtude da ampla faixa de utilizagao e da forma conveniente do produto, os secadores pulverizadores so usados com uma enorme variedade de produtos. Uma lista parcial inclui: café, leite, detergentes, corantes, pes- ticidas, polimeros, suspens6es cerdmicas, plasma de sangue, enzimas, pericilina, amido, concentrados meté- licos, caulim, alumina, lavados de tumos de fornos de aco. ‘A Fig. 18.38 mostra uma instalacao tipica de secador pulverizador. O ar, injetado através de um filtro e de um aquecedor, penetra pelo topo da camara de secagem, fluindo em corrente paralela com as goticulas a serem secadas, que se formam num bocal pulverizador ou num atomizador a disco rotatério. A medida que as goticulas atomizadas caem, a umidade se evapora no gés quente, e deixa 0 material s6lido constitutivo da particula. As maio- res caem até o fundo da cémara. As menores séo arrasta- das pelo gas até os ciclones separadores. As muito finas passam pelo soprador eentram num sistemade lavagem a Umido, andlogo aos que descrevemos no Cap. 17. A sus- penséo, ou a solugdo, que se obtém neste depurador do gs pode retornar a carga inicial para ser recirculada. S40 Possiveis amplas variagdes neste sistema, usualmente di- tadas polas propriedades da carga e pelas caracteristicas desejadas do produto. A cAmara de secagem pode operar em contracorrente com o fluxo de ar @° fluxo do produto, ou entao ter uma contiguragao complicada de fluxos. O ar secundario pode entrar na camara de secagem conforme esté no esquema, ou pode ser omitido ou pode ser inje- tado em diversos pontos. O sistema de coleta do produto usa 0 mais das vezes um ciclone coletor, mas pode tam- bém ter um filtro de mangas, ou mesmo um precipitador eletrostatico. Na Fig. 18.39 esta uma instalagao de seca- dor pulverizador. Qualquer sistema de secagem a pulverizagso dispée das seguintes partes principais: sistema injetor de cargae DEAR 7 FILTRO DE AR 1 PRODUTO Fig. 18.38 Fluxograma de um sistema de secagem a pulveriza- G80 tipico. (Cortesia da Stork-Bowen Engineering, Inc.) atomizador, sistema de produgéo e de injegao de gés quente, cémara de secagem, sistema de separacao séli- do-gas e sistema de descarga do produto. O projeto de cada um destes sistemas depende do material a ser se- cada €€ influenciado pelos projetos das outras partes da Fig. 18.39 Instalagdo de socagem a pulverizagao para produzir 28 ton/h de concentrado de niquel numa instalacao geminada, ‘As duas cmaras de pulverizagao oporam om paralelo. O aque- cedor do gas de carga esta a esquerda. Os ciclones eos depura- dores a Gmido a dirsita. O pequeno tanque, no fundo & direita, retém 0 liquido usado na reciclagem dos depuradores. O tanque de depésito da carga esta por detras deste tanque. (Cortesia da Niro Atomizer Inc.) cARGA IWIClAL DESCARGA { LAVADOR A UMIDO E ELIMINADOR, DE NEVOA CcIcLoNe MULTIPLO. SOPRADOR BOMBA PRODUTO PRODUTO unidade. Assim, a forma do secador pulverizador final pode variar bastante de produto para produto e mesmo de instalagao para instalagéo do mesmo produto. Talvez a parte mais importante do sistema de seca- gem a pulverizacdo seja 0 atomizador de carga. Usam-se normalmente trés classes de atomizadores nestes seca- dores pulverizadores. Os bocais injetores a dois fluidos, como 0s da Fig. 18.40, séo usados na secagem a baixa taxa de producao, especialmente quando se deseja uma dimensao pequena de particula. © mecanismo da atomi- zacao nestes bocais ocorre pela fragmentagdo da cor- rente liquida provocada pelo ar injetado. Em baixas pres- ‘s6es de ar, 0 gas forma bolhas no liquido que, ao serem destruidas, projetam goticulas. Em press6es mais eleva- das, 0 liquido eflui do bocal na forma de filamentos que 840 subdivididos em goticulas pela corrente do gés. A dimensdo média da goticula diminui a medida que a pres- 840 das duas correntes no bocal aumenta.* Os bocais a dois fluidos séo usados em secadores pilotos e farmacéu- ticos, onde o volume da cdmara é pequeno, e que visam & obtencao de pequenas goticulas, e também na secagem de ceramicas, etc., em circunstancias em que a mistura- go externa de gas ¢ lama impede a erosao do orificio do injetor. Os bocais injetores a um sé fiuido e alta pressao operam com maior taxa de produgao e produzem goticu- las maiorese mais uniformes do que o bocal a dois fluidos da Fig. 18.40. Por isso s4o freatientemente adotados nos secadores pulverizadores de porte industrial. Na Fig 18.41 aparece um injetor a pressdo para operar num seca- dor pulverizador. O injetor provoca um movimento tan- gencial muito rapido no liquide que vai ser pulverizado. A forga centrifuga causa a rotagao do fluido ao longo da circunferéncia do oriticio do bocal, formando um nicleo de ar na regio do eixo do orificio. 0 fluido é entao impe- Fig. 18.40 Bocal atomizador a dois fluidos, com sistema de con- {role da alimentacao do liquido comandada pneumaticamente, Neste bocal o ar atomiza a corrente tiquida externa ao corpo da valvula. A presséo de ar, fornecida pela cémara da valvula central, forga a haste da vélvula para longe da sua sede, o que possibi © inicio da pulverizagao. A queda da pressao do ar de control provoca a imediata suspensdo da carga ce lquido, mas 0 escoa- mento de ar nao @ interrompido. O ar ce atomizagao deve estar entre 10 ¢ 60 psig, enquanto oar de controle opera a cerca de 30 psig. (Cortesia de Spraying Systems Co.) lido contra uma superficie cénica oca e fragmenta-se em goticulas. A Fig. 18.42 mostra este mecanismo de atom zagao a partir de um turbilhao, obtido num bocal que opera a pressao de 30 psig, pulverizando Agua. Parase ter ‘© mesmo grau de atomizacéo com um liquido viscoso, ¢ Preciso usar uma pressdo de varios milhares de toneladas por polegada quadrada, Nao 86 08 bocais pneumaticos, mas também os que ‘operam a pressao, exigem que 0 fluido a ser pulverizado passe através de passagens estreitas. Por isso, quaisquer Particulas, cristais ou outros sélidos, suspensas no fluido, entupirao 0 bocal. Além do mais, qualquer material duro, ‘mesmo muito fino, provocaré a erosao do bico do bocal concorrendo com isto para atomizagao menos eticiente e mais desigual. Estas sao as razbes que exigem seja com- pletamente homogéneo o material injetado nos bocais. Quando a carga é formada pela misturacao de diversos componentes, a filtragao deve ser suficionte para eliminar quaisquer particulas. Para garantia, instalam-se usual- mente telas muito finas na linha de carga, antes do bocal pulverizador, e até no proprio bocal. Incorporam-se tam- bém, muitas vezes, homogeneizadores nas bombas de alta presséo e deslocamento positive, usadas para al mentar os bocais de press4o. Os homogeneizadores for- gam a carga através de pequenos tubos capilares, a velo- cidade elevada, ¢ assim fragmentam acorrente de cargae Provocam a sua violenta remisturacdo. Os atomizadores a disco centrifugo podem ser usa- dos para pulverizar liquidos que no se conseguem sufi cientemente homogéneos para passar através de um bo- al. Além do mais, produzem goticulas de dimensoes muito uniformes @ nao precisam de uma carga a alta Pressdo nem atribuem velocidade axial as goticulas pul- verizadas. Os atomizadores séo também menos afetados Pelas variagées nas propriedades da carga, como a per- ‘pul centagem de sélidos ou a viscosidade, e até pelas varia- oes na vazdo da carga. Na Fig. 18.43 aparece um destes atomizadores. No atomizador, a carga liquida é langada sobre um disco que gira a 6.000-20.000 rpm. O fluido é acelerado até uma velocidade centrifuga alta, sobre 0 disco. e descarregado. Nos casos usuals, 0 fluido deixa 0 disco na forma de uma pelicula liquida que se fragmenta em goticulas — ou entdo em filamentos e depois em go culas. Em alguns atomizadores, o disco tem a borda serri- thada, ou interrompida, para impedir a formagao de peli- cula @ favorecer a imediata formacao de filamentos. Nas aplicagées praticas, usa-se nos casos habituais apenas um atomizador a disco numa camara de secagem fenquanto podem ser vérios os bocais pulverizadores numa mesma cdmara. Desta forma é possivel substituir os bocais danificados ou entupidos, com redugao apenas Carga de iiquso. [sob pressto ip 18.41 Bocal de pressdo a um s6 fluido. 0 bocal 6 do tipo de ‘icleo sulcado. Os bocais deste tipo pulverizam de 60 até 1.600 gal/h de agua. A produgao para um unico bocal varia de um fator entre 2,5 @3 quando a presséo passa de 1.000 para 7.000 psig. O corpo do bocal 6 normalmente em ago inoxidével, enquanto 0 Rlicleo eo bico dobocal, substituive's, saoem ago endurecido ou em carbeto de tungsténio. (Cortesia de Spraying Systems Co.) YA" Fig. 18.42 Fragmentacao de uma corrente liquida efluente de lum’ modelo de bocal 4 pressdo turbilnonante, em lucite, ope- rando a 30 psi. O cone oco de liquido, que as ondulagées frag- mentam em goticulas, ¢ claramente visivel, assim como se ve 0 ‘AUcleo oco dentro do bocal.® (Com a permissao da A..Ch.E., copirraite © 1954) Pequena na producao da unidade. Esta facilidade de ma- nutengao compensa o fato de os bocais exigit tuicéo mais freqdente que o atomizador a disco. Aescolha do atomizador influencia o projeto de toda @ cimara de secagem. Os bocais pulverizam o material numa diregao axial e por isso tém que operar numa torre alta, relativamente elevada. Os atomizadores a disco pul- verizam em diregao radial. A torre de pulverizacao deve ter didmetro maior, mas pode ser mais curta. Em geral, o Angulo cOnico no tundo da torre ¢ de 60-70", e desta forma ‘amaior parte da altura da torre, onde o atomizador adisco esté instalado, seré ocupada por este cone. Nos dois ca- 808, a maior parte da secagem ocorre a curta distancia do atomizador. No instante em que uma particula atinge parede da camara (se este evento puder ocorrer) é preciso que esteja bem seca para evitar a aderéncia. Depois de sairem do atomizador, as goticulas de It- quido caem através do gés quente da camara de secagem Se acarga fosse 4gua pura, a goticula seria evaporada na temperatura de bulbo tmido do ar de secagem, até desa- parecer completamente. Na secagem de solugdes ou de emulsées, a particula secante atinge a uma temperatura um tanto mais elevada que a temperatura de bulbo imido, A medida que a secagem avanga. Inicialmente, o liquido evapora da superficie da goticula. A superficie, relativa- mente seca, pode formar uma carapaca rigida através da qual deve haver a difusao do liquide interno. Esta difusdo um processo muito mais lento que oda transteréncia de calor através da carapaga, para o interior da goticula, € Por isto o liquido tem a possibilidade de evaporar-se no proprio interior do sistema. Desta maneira, a goticula in- cha, a carapaca fica mais fina e a difusdo através dela torna-se mais rapida. Se a carapaga externa for relativa- mente ineldstica e impermeavel, a evaporagao interna serd, em geral, suficientemente intensa para provacar a ruptura da casca, soja fragmentando-a seja formando uma excrescéncia bulbosa lateral. Entéo, 0 produtotipico de um secador pulverizador constituido por esferas ocas partidas e esferas inteirigas. A Fig. 18.442 mostra uma fotomicrografia de um acido organiico secado a pul verizagao. Neste caso a ruptura das goticulas foi relativa- mente pouco violenta, formando-se esférulas ocas se- cundarias geminadas as esferas originais. Na Fig. 18.44b, aparece uma fotomicrografia de um pé de moldagem se- cadoa pulverizagao. Neste exemplo, a ruptura das goticu- las provocou a formagao de fragmentos. E evidente que o tempo necessério para a secagem néo pode ser calculado mediante o mecanismo simples de secagem em leitos secantes de material poroso. O tempo de secagem vai depender da temperatura, da umi- Fig. 18.432 Conjunto atomizador a disco centritugo, com um disco aiomizador na forma de um prato invertido. O disco ato- mmizao liquido pela intensa agao cisalhante que ocorte na borda agucada. O aparslho ¢ relativamente barato e se usa quando se espera serem freaUentes as substituigses. (Cortesia da Stork: Bowen Engineering, Inc.) dade e das condigées de escoamento do gas de secagem, das dimensoes das goticulas produzidas pelo atomizador @ das propriedades do material que esta sendo proces- sado. Além disso, as propriedades do produto acabado dependerao dos mesmos fatores. A importancia destes tatores é reconhecida hé muito tempo e é vultosa a quan- tidade de trabalhos tericos e experimentais que foi feita visando a relacionar uns com os outros e a permitir 0 projeto do secador. A maior parte deste trabalho sugere o relacionamento da distribuigéo de dimensdes das particu- las provenientes do atomizador com o modelo do seca- dor, com as propriedades da carga e com a producao. O mecanismo da formagao das gotas é diferente nas trés grandes classes em que se dividem os atomizadores, ¢ as correlagbes obtidas sao diferentes para diferentes atomi- zadores." Os atomizadores a dois flu {os formam as goticulas pela colisio de um jato de gas aelevada velocidade como liquido que sai através do bocal, conforme discutimos acima. No caso da atomizagao de misturas de alcool e glicerina por um jato de ar, Nukiyama e Tanasawa* obti- veram paz de propiciaro conhecimento da dist'ibulgao de particu fas, esta aiscutiaa com outeas propriedades dos sistemas solidos particu lados no Apénice 8. Nos pardgrafos seguintes, esperase afamilanicade {6 letor quanto ao material deste aperdic Fig. 18.430 Discos atomizadores proprios para diversas aplica: (ges. O superior é uma roda com chicanas retas, usaca em véi aplicagoes de capacidades médias ou baixas. O inferior € uma oda de alta capacidade, com bicos resistentes & abrasio, dest nada a operar com materiais semelnantes aos concentrados de minérios. Os discos deste modelo sa0 capazes de operarcargasa taxa de 200 ton/h. (Cortesia da Niro Atomizer Inc.) _ 1410/6 045 19000, \ 15 De +191 (ey 7 Ya VP. Qn (18.19) onde D., = didmetro médio Sauter, microns ¥, = velocidade relativa entre o liquido e o ar, t's @ = tensao superficial, dinavom # = viscosidade do liquido, cP pi = densidade do liquido, Ib/tt? Q., Q, = vazo volumétrica do liquido e do ar No caso de bocais de pressao, a pulverizagéo 6 pro- vocada, em geral, forcando-se um liquido em rotagéo centrifuga através da saida do bocal. Normalmente acen- trifugagao provoca a formagao de um nucleo de ar que vai do centro do bocal até a cémara de turbilhonamento, Neste tipo de bocal, 0 didmetro médio da gota, usual- mente expresso como um didmetro médio Sauter, é uma fung&o do diametro do bocel, da pressdo aplicada, da viscosidade do liquido e, em menor grau, da tensao super- ficial. As Figs. 18.45 e 18.48 dao algumas indicagoes sobre as dimensdes médias das gotas que se podem esperar nos bocais de pressao. Deduziram-se correlagées empiricas, admitindo-se que o diémetro médio Sauter é uma funcéo das componentes axial etangencial da velocidade nobico Fig. 18.443 Fotomicrogratia de um produto orginico secado a pulverizacéo a partir de uma solucao verdadeira. (Cortesia da Stork-Bowen Engr. Co.) do bocal.** Em papel probabilidade, as distribuicdes le- vantadas experimentalmente levam a um grafico linear. A uniformidade das gotas foi relacionada ao desvio padrao obtido a partir destas retas. Uma versao modificada do desvio padrao é, conforme se encontrou, uma fungao da velocidade tangencial e do didmetro do orificio. Outras correlagées empiricas existem para a distribuigao das Fig. 18.44 Fotomicrografia de um pé de moldagem ceramico secado a pulverizacao a partir de uma emulsao verdadeira, (Cor- tosia da Stork-Bowen Engr. Co.) oo 3 x 4 | 400 — | a fs T ge 0— ——e 4 ay ° ° ge 4 Es 200 _ E a “ © Pulverizaderas com pico comien 060 109 095 010 02 930 940 Didmetro do onticio, in Fig. 18.45 Efeito do didmetro do orificio sobre a dimensao media das gotas obtidas num bocal de pressao. P = 50 psig, fluido @ a agua (Com permissio da Amer. Chem. Soc., copir- raite © 1951.) dimensoes das particulas, baseadas em propriedades mais facilmente mensurdveis do bocal, mas em geral s6 so utilizaveis com bocais do mesmo modelo que o usado nos ensaios. Na maioria das investigagées, a Agua é 0 fluido primarioaser atomizado. O efeito das propriedades do fluido, especialmente da viscosidade, sobre a dimen- 40 da particula produzida, ainda nao foi adequadamente determinado. ‘A capacidade dos bocais pulverizadores depende do didmetro do bocal, da pressao, do modelo interno do bocal eda viscosidade do fluido. Aimporténciado modelo da disposicao interna do bocal reflete-se na variacao da oa| 120 5 centistoxes 100) Po — 0] sz 21 | Cy 100 150 200 250 300 P, tine Fig. 18.46 Influencia da pressao eda viscosidade sobre odiame- tro médio Sauter das goticulas formadas num bocal a pressao ‘urbilhonante."* (Com permissao do Inst. for Fuels, Londres, co- pirraite © 1949) componente da velocidade tangencial Impressa ao | quido turbilhonante e na queda de pressdo através do bocal, para um dado tamanho da peca. A influéncia da viscosidade ¢ pequena mas conhecida, em geral, s6 quando a pressao de carga é constante, desde que ocorra a atomizagao. A explicagéo deste efeito esta em que o didmetro do ndcleo de ar diminui a medida que a viscosi- dade aumenta. As capacidades dos bocais sio dadas, frequentemente, em termos de um “numero de escoa- mento”, que nao é sensivel a pressao. Definindo o nimero de escoamento pela equagéo Q eal (18.198) onde Q = capacidade, volume/unidade de tempo K’ = numero de escoamento, relacionado a eficién- cia de conversao da pressao em energia cinética do bocal verifica-se que K’ 6 relativamente independente da pres- séo, mas varia um tanto com a viscosidade do liquido e muito com 0 modelo do bocal. Entdo, K’ pode ser usado para se ter uma estimativa da capacidade do bocal em P,, ‘quando se conhece a sua capacidade em P,. A Fig. 18.47 mostra. relacao entre o diémetrodoorificio, apressdoe a ‘eapacidade de bocais com nticleo suleado, com a area dos sulcos constante, pulverizando um liquido com vis- cosidade de 50 oP. Na atomizagao a disco girante, 0 fluido deixa o disco em correntes que se fragmentam em goticulas em virtude doatrito que sofrem quando passam pelo gis em repouso relativo. A taxa de alimentacao pode ser controlada inde- Pendentemente do disco. Embora a hidrodinamica desta fragmentagdo seja complicada, foi com mais éxito que, no aso dos atomizadores a dois fiuidos, ou dos bocais a presséo, se determinou a correlagao pertinente as dimen- s6es médias das gotas formadas pelos discos girantes. Didmetro do ot Gol 002 003 O04 005 006 Capacidade, gal/min Fig. 18.47 Efeito do didmetro do bocal sobre a capacidade de bocaisa pressio com niicleo sulcado **A area dos sulcos6de7,7 x 10 in®, Viscosidade 50 oP. (Cortesia da A./.Ch.E.) Friedman, Gluckert e Marshall” correlacionaram odiame- tro médio Sauter mediante a equago adimensional Pano 5)" (E)" ee” ca onde r= raio do disco elocidade més: ‘ensdo superficial perimetro mothado, ft /elocidade do disco, rpm a, Ib/(tempo) (ft de L) Num papel logaritmo-probabilidade normal, a distribui- ‘Gao dos tamanhos das goticulas leva a uma reta. Entéo, toda a distribuigao das goticulas pode ser determinada pelo diametro médio Sauter @ por um outro ponto. O ponto extra escolhido ¢ o da dimensao maxima das go! culas. Friedman observou que o didmetro maximo das Particulas Dom = 3D,., mediante uma correlagao adimen- sional, mas outros investigadores encontraram distribui- g6es mais uniformes.” As taxas de transferéncia de calor e de transferéncia de massa para uma gota cadente, e dalataxa de secagem, foram investigadas mediante a teoria da camada limite. Os resultados mostram que estas taxas devem ser maximas nas partes da gota que faceiam a corrente incidente dear, @ devem diminuir até um minimo vizinho do ponto de ‘separagdo da camada limite, além do equador da gota, © devem aumentar novamente, até um valor elevado, na regio central da traseira da gota. Destas consideragées, ‘combinadas com as equagées de transferéncia de calor e de massa, organiza-se um conjunto de equacées diferen- ciais parciais simulténeas, de onde se determinam as ve- locidades de transferéncia de calor, de massa e de mo- mento. A resolugao geral destas equacdes envoive tantas hipéteses que parece nao ter valor pratico. No limite, com um sistema finamente disperso. 0 Nneaproxima-se de zero e, neste caso, a resolucao dé? heDp _ kgMDpP k Bp (18.21) Coeficiente de transmissao de calor pela convec- a0, Btu/h tt® °F (ou J/s m*°C) k = condutividade térmica da fase gasosa, Btu/hft °F (ou J/s m °C) Coeficiente de transferéncia de massa da fase ga- 08a, Ib-mol/h ft? atm (ou mol/s m? atm) MM = massa molecular média da fase gasosa, Ib/Ib- mol (ou mo!) Coeficiente de difusao na fase gasosa, ft*/h (ou m/s) Esta expressao tem importancia pratica e tedrica, pois fixa as condigdes durante a evaporacao de uma gota li- quida até a secura completa. Asinvestigagoes experimen- tals?” dao kgMDpP = 2+ Ki (Ns) (Maol” (18.22) “Pp onde K;, m en sao constantes. Esta equacao deveria dar, por analogia,"® # heD, @k = 2+ K2(Np,)?(NRel® (18.23) onde Com um New elevado, o efeito da constante 2 torna-se desprezivel, de modo que as Eqs, 18.22 e 18.23 conver- tem-se na relacdo usual do fator j © tempo de exposigaio de uma gota & atmosfera da camara de secagem depende das dimensées da gota, da forma da particula, da sua densidade e da configuragaoe velocidade da corrente de gas. A configuracdo da cor- rente de gas num secador é, normalmente, bastante com- plicada, e também pelotato de as particulas percorrerem trajetorias mais alongadas do que aquelas calculadas a partir de condigdes minimas. Os modelos experimentais, para investigagao das correntes de gés num secador com escoamento em contracorrente do ar e do pulverizado,** mostraram que as correntes se dividem em duas corren- tes em espiral, uma no centro da camara e outra ao longo das paredes. Na regio das vizinhangas do ponto de pul- verizagao, estas espirais sao interrompidas e 0 escoa- mento € mais direto. As equagées usuais para a queda livre de uma particula através de um fluido (ver o Cap. 22) séo vélidas depois de a acao inicial do jato do bocal se ter esvaido. Como é natural, os valores numéricos emprega- dos devem alterar-se de acordo com as dimensbes das particulas presentes na névoa pulverizada, e também mo- dificam-se & medida que as particulas alteram as suas formas e densidades durante a queda. Pode-se estimar o tempo necessario para secar uma goticula mediante as equagées usuais de velocidade de secagem, desde que se possam resolvé-las. O perlodo a taxa constante termina quando a superficie da gota fica sélida, Esta circunstancia pode ocorrer enquanto 0 inte- rior da gota ainda esté na forma de uma solucdo relativa mente diluida. Nao ocorrendo nem o inchamento nem a ruptura da gota, a velocidade de secagem durante o pe- riodo a taxa decrescente serd controlada pela cifusdo através da carapaca solida. As informag6es estampadas anteriormente visam a dar uma imagem clara dos principios fundamentais en- volvidos na secagem a pulverizacdo e a chamar a atencéo sobre o grau de confianga que se pode ter ao usar estes Principios no projeto de equipamento. Raramente estas informagdes so suficientes para projetar um secador a pulverizagao. A abordagem usual que se adota & a de ‘estimar aproximadamente o custo dosecador necessério, usando a experiéncia acumulada como uma base* e de- ois explorar 0 processo de secagem em si, submetendo amostras do material a ser secado a ensaios pilotos, reali- zados pelos fabricantes dos secadores. O engenheiro de produgao deve saber como as varia- Goes das condigdes da carga e da operacao ‘afetam 0 produto seco por pulverizagao. Os efeitos diferem acer tuadamente de produto para produto, e somente algumas poucas generalizagoes podem ser feitas em relagao a eles. Dutfie e Marshall investigaram o efeito da tempera- tura da carga inicial, da temperatura do ar eda concentra 40 da carga sobre a densidade do produto, usando vé- ios materlais que so tipicamente secos por pulveriza- 40, e depois compararam os resultados obtidos com outros resultados publicados. Somente quanto a tempe- ratura do ar os resultados mostraram-se coerentes para todos os materiais estudados, que incluiram desde sais inorganicos até xarope de milho. Em todos 0s casos, 0 aumento da temperatura do ar afluente provocou a dimi- nuigao da densidade do material. No caso da concentra- ¢40 da temperatura da carga inicial, 0s efeitos sobre a atomizagéo e sobre 0 comportamento na secagem in- fluenciam a densidade do produto de forma confiitante. 0 aumento da concentracao da carga leva mais sélido para cada gota de tamanho fixo, mas também aumenta a di- mensao média da particula. 0 efeito liquido sobre a maio- ria dos materiais estudados foi o de uma pequena dimi- nuigdo da densidade do produto com o aumento da con- centracao da carga inicial. O aumento da temperatura da carga diminui a viscosidade, 0 que diminui a perda de ressao no bocal e provoca a formagao de goticulas ligel- ramente menores na pulverizacao. Por outro lado, 0 pe- rlodo de aquecimento inicial pode ser mais curto, 0 in- ‘chamento das particulas mais acentuado @ 0 teor de umi- dade mais baixo. Na maioria dos materiais pulverizados, a densidade final diminui _ligeiramente com o aumento da temperatura da carga, embora no caso da gelatina oefeito aparentemente seja 0 inverso. Os resultados normais de outras modificagées ope- racionais podem ser inferidos qualitativamente apartir da experiéncia. O aumento da pressao num bocal de pulveri- zagao deverd aumentar a produgao e também as dimen- s6es das goticulas. O aumento deve provocar menor tem- eratura do ar e produto de teor de umidade mais elevado, além de particulas sélidas maiores e densidade também maior. 0 aumento da carga injetada num atomizador a disco também deve ter os mesmos efeitos. Se, simulta- neamente, for elevada a temperatura do ar, 0 resultado liquido pode ser um produto com particulas maiores mas teor de umidade ¢ densidade rolativamente invariaveis. Os secadores que discutimos neste capitulo consti- tuem apenas alguns entre os diversos Discutimo-los pois ilustram uma ampla variedade de se- cadores e porque estao entre os mais comuns. Em coni oes especiais alguns secadores podem ser fundamen- talmente diferentes — por exemplo, os secadores a infra- vermelho, nos quais a maior parte do calor é transferida ela radiagéo. Amaioria dos secadores, no entanto, difere somente em detalhes secundarios dos que discutimos aqui. Por exemplo, 0s secadores a cilindro, como os usa- dos para secagem de papel, so em esséncia secadores a tambor nos quais 0 material é operado sob a formade uma folha, REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 1. Bradshaw, R.O., and J.E. Myers, A./.Ch.E. Jour., 9, p. 590 (1963). 2. Carberry, J. J., AChE. Jour., 6, . 460 (1960). 3. Ceaglske, N.H., and O. A. Hougen, Trans. AJ.Ch.E., 33, p. 263 (1937); Ind. Eng. Chem., 29, p. 805 (1937), 4. Chirife, J, and R.G. Gardner, Ind. Eng. Chem., Process Des. Dev., 11, p. 312 (1972). 5. Chu, J.C., A.M. Lowe, D. Conklin, ind. Eng. Chem. 45, p. 1686 (1953). 6. Cook, E.M., Chem. Eng. Prog., 62, No. 6, p.93 (1966). 7. Debrand, S., ind. Eng. Chem. Proc. 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As folhas passam polo secador em suportes que carregem 20 folhas cada um, de Modo ques folhas estho soparadas eeecam polas duas faces. No secador ‘entrar 50g de ar a 130°C, com temperatura de bulbo Omida de35°C, por (0.5 kg ce material seco; oar escoa em tormo do material a taxa de 4 000 kg/h mde drea livre. O material entra no secador a30°C, com um teor de umicade de 0.80 kg de H,O/kg de material seco e sai com um teor ce umicade de 0.04 kg de H.07kg de material seco. O material seco tem uma ensidace de 200 kg/m e uma capacidade caloritica de 1.3 4/9 °C. Os lensaios om planta pilot indicam que se pode esperar aingit um teor de umicade de 0.25 kg de H.0/k de material seco, com um toor desprezival {de umidade de equilibrio. Determinaro tempo de secegem necessariow as concicoes do ar etluente 18.3. Num secsdor com etter transportadora de 9 ft de largura, seca-se argila para tjolos, com a dansidade py ~ 110 Ib/¥?. A camada de srgllatem 1 in de espessura.e oar escoa om contracorrente coma eseira, ‘Oespaco para. tiuxode.ar,porcimacaesteira,¢ de fteiguala largura da ssteira transportadora, Oar entra secador @80°F, com temperatura de bulbo mide de 50°F. Este are misturado com igual quanticade (em base de peso de ar seco) de ar do reciclagem ea corrente combinada dos dos fluidos 6 aquecica a 250°F num aquecedor a tubos de vapor. Depots de passar sobre a amostra, uma metade do aré descarregada co secador ea ‘utra metade ¢ reaquecica. Oar de saida tom umidade relativa de 80%, O Produto temX;' = 0,2 lb de H,O/lb de slides secose a cargaiicial tem ky = 1,5 de H,O/Ib de sblidos secos. Para este material, 0 teor de umigade critica," ~ 0,15 1b de H,O/Ib de sélidos secos. Admitindo que atranste- rncia de calor ede massa so ocorra pola superficie superiordacamada de agila, que aargilaantrano socador na temperatura de saturagao adiabé- tica do ar efluente, determina {a) A taxa de escoamonto do ar, em lbh 1, que pssea por cima da estera transportadora, quando esta movimenta-se @ velociéade de 1 / (@) © comprimento que deve ter @ esteira, 184. Um secador com estelra transporiadora 6 usado para secar ‘avacos de madeira, com teor de umidade nical de. kg/kg de madeira, 16 um toor final 400,02 kg de H.O/kg de madeira, Os cavacos.esto sobre uma correia ransportadora entelada, que se movimenta & velocidade ce 0.1 mis, ¢ forma camada com espeseura de 10 cm. O ar de secagem, iniialmente a 120°C e comuma umidade de0.005 kg deH,0/kg dear s0c0, ‘2c0a polo lito de cavacos & velocidace de 5 cm/s. Os cavaccs tém a forma aproximada de um cubo com 05 em de aresta, Os ensaios de laboratério, roalizados com tragmentosisolados, mastram que oteor de Uumidade eritico 6 08 0.1 kg’kg de madeira que o tear de umidade de equllbrio 6 d¢ 0,01 kg de H,0/kg de sélidos secos. quando'se opera como arnas concigdes iniciais mencionadas acime. Estimar 0 comprimento necessério para que o secador fornega um Produto mécio com as especiicagdes desejadas, De acordo com uma publicacao (Harcourt, antigo apresentada Falls Meeting, ASNE, 17-23 de satembro de 1236) sto 08 eguintes os dados da secagem de acetato de sodio num secador alambor Auplo, com calna de slimentagao: Velo: Tempe- _Capa- Teor de umidade, Pressio cidade ratura —_cidade, "% ponderal do do. da Ibdo pro- vapor, tambor, carga, duto/h. Carga Produto psia’ rpm °F ft 395 04870 3 205 1,87 405 100367 8 200 516 65 959 67 8 170 3.26 Deseja-se secar 0 acotato do sSdio num destos socedores, desde uma compesiggo inicial com 60% ponderais de sdlidos até uma composicéo final com 95% pondorais do a6ices. Osecador atambor duplo tem 10 ce comprimenta 3 ftde clametro. Orluide deaquecimento oe vepordedgua 870 pia, ea carga sord pré-aquecica a 200°. Recomendar velocidade do arbor para se er aconcentragao dese- lada do produto. © estimar a taxa de produgao em libras por hora de Broduto seco. Discutr as areas de incertezas na resolugao final listar ‘Quaisquer hipoteses que se facam. Sugerr os dads fsicos ou quimicos (que, uma vez conhecidos, diminuam a incerteza da estimativa, 18.6. Nos ensaios de um processo om planta-ploto, seca-se pasta ce bataiaem tabuleiros de 0,5in do profundidadee isolades no tunde, Oar de secagem est4 a 180°F, com umidade rolativa do 10%. Aeecagem desde um teor de umidade nicial de 0.6 Ib de H.O,"b de solidos secos ate um ear de lumidade final de 0.15 Ib de H,O/lb de séiidos socos leva 6 h. Toda a ‘secagern realza-se durante o periodo de taxa decrescente e controleda pela ditusdo. Oteor de umidade deequillrio6 de, b/lb desdlidossocos {uando.em contato como ar natemperatura.e na umidade mencionadas. A ensidade do produto 6 0.75 g/em No processo em eecala industrial, as batatas devem ser secas «partir 140 mesmo teor de umidade inicial que no processo piloto. até um teor ‘umidade final de 025 lbp. © processo ser efetuado em tabuleites com 2 ln de protuncidade, mas com 0s fundos perturados, de modo ave a seca- ‘gemocorrepelas duas faces do bolo. Qual serdo tempo de secegem 30 a Condigées do ar de secagem forem controladas para reproduait as do secador da planta-piloto? 18,7. Um secadorrotatério com tubos decaletagio a vepor de 4gua 6 Usaco para secar dolomita moida (yg ~ 180 Ib/tt) com as dimensoes da Pentcula one as peneiras de mana #4¢20(D, = 0,039 in) O secador tem ‘ft de cidmetro.e pase ser comprado em sages de 5 ft de comprimente, (040 ubos devaportém cada qual3inde didmetro elocalizam-se em dols anéls concértricosjustapostos a parede intecna. Estes tubos ado providos de aletas baixas e 18m uma area superficial total de 40 fit de compr- mento do secador. As experiéncias antetiores mostram que o costiciente Global de transmissio de calordo vepordeagua condensante a325°F par © ar, no secador, 6 da ordem de 10 Btu/h fF. 0 ar entra no secador a SO0EF, com Uma urmidad inicial da 0,003 Ib de H,0/1b de ar seco, numa taxa de escoamento de 1.500 Ib/hft da segao reta do secador. Os so1c08, eslocando-se em contracarrente com o ar, entram a O4 Ib de H,O/0 60 s6lidos gecos # saem a 0,02 Ib de H,0/Ib de solidos secos, O produto se ‘obtém @ taxa de 1 500 b/h, Nosecador os solidos estdo na temperaiura de bulbo dmigo do ar de secagem, Determinar o comprimento do secacor, sabendo que a sua inclinaco 4 de 1 in/tt ce comprimente e a velocidade de rotagao ¢ de 5 rpm. 18.8. Um catalisador de GrNi (p= 2.65 9/6r), ria forma deumatorta de fitragao lavada, ¢ secads num flash, A torta entra no seeador com um teor de umidade de0,5 g de H.0/g de séidos «30°C. A corrente.de ar de secagem entra a 300°C e auma velocidada de 15!m/s. A proporgéo da sua ‘azo em relacao aossélidasé deSkg/kg desblidos. Asparticulas datoria {témo didmetro tipico de 0,5 mm e permanecem no secador,em media, 10 5. Determinar o teor de umidade médio do catalsador obtido como pro- ute 189. Deseja-se secar fragmentos de carvéo, com o didmetro médio {60 2cm, num secadoraleitoluidlzado, O melo de uicizagdoe um gas 60 ‘combustio, com 80% molares de Ny, 15% molares d@ CO, @ §9.molares se 60, a 500°C. 0 leitotuidizado tem uma percentagem media ce slidos Ge 10%, com 0 gis fluindo a 5 m/s. O carvéo entra com 0.2.9 de H,O!g de sblidossecoseoteor de umidade de equllbric €0.02 g de H,0/9 de s6lidos 'ecos. Deseja-te secar 15.000 kg/h de carvao até um teor de umidade final {400,04 g de H,0/g de solidos secos.O carvao tem ura densidage de 1,6 {/em? ¢ uma capacidade calorific de 08 J/g °C, e entra no lito & 30°C. Determinar o tempo de residéncia necessario para que 0 carvao sela s2co, admitindo-se que leit esteja perfeltamente misturado e calcularo volume do leit 18.10. Um secedor rotatério, om contracorrente, ¢alimentade com areia molhaca com 80% de umigade e cescarrega arela seca com $s de \umidade. Oar afluente esta a 120°Ce tom a umicade absoluta de 0.007 gde H,0/g de ar. A areia molnada entra a25°C e sa & 40°C, Oa sala 45°C. A {axa de alimentacdo de areiag de 10kg/s. A rad.agao atinge aS cal/gde ar Calcular a massa, om libras, do ar seco que passa pelo secador umidade do ar eftuente, Calor latente da H.0 a 409% Gy para aareia seca Cz para o ar seco Cr para o vapor de agua 575 cag 021 eavg eo. = 0238 cag °C 048 caivg °c 10.11, Um secadorrotatrio, a tamborsimples,direto eem contiacor- rente.6 usedo para secar minério da manganés, a taxado 10ton/n, aB0°F, om partculas dediémetro médio de 0,04 in, principlando comumteor de \umidade de 0, de H,O/n de slido'saco até um teor de umidade final de 0.005 Ib de H,0/b de sélidos sacos. Nestas condicdes, 0 Teor de umidade ertce sera menor qun0,006!b/lb meio secanta serd oar inicislmente a 80°F. com temperatura de bulbo mide de 70°F, aquecdo.a 260°F antes de entrar no sacador. Calcular o comprimento do secador. 0 sau dlamatro.e Inclinacao, a velocidade de rotagao em rpm e a vazso do ar 18.12, Numsecador pulverizador, seca-se café 2o\Uvel a partir de uma tolugdo com 25% de aélidos e densiede de 0,95 g/em’, com viscosidade e5.P, A solugde # pulverizada meciante um bocal de presséo, turbilho- ante, que opera a 250 psia. Vamos admitir, pare resolver este problema, que as goticulas tormadas tennam dimensées uniformes. A secagem & feita em correntes paralelas. Admitir que 8s particulas pulverizadas nem) inchem nem diminuam de tamanho, © que 0 processo de secager obe- {deca ao modelo de taxa constante e depois taxa decrescente linearmente,

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