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Variação Linguística no Brasil

O documento discute a variação da língua portuguesa no Brasil, explicando que ela não é homogênea em todo o território devido a fatores regionais, sociais e situacionais. A variação ocorre em diferentes níveis como a língua culta, coloquial, popular, regional e de grupos específicos. O texto pretende demonstrar que a língua varia de acordo com a região, faixa etária, classe social e situação de comunicação.

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Variação Linguística no Brasil

O documento discute a variação da língua portuguesa no Brasil, explicando que ela não é homogênea em todo o território devido a fatores regionais, sociais e situacionais. A variação ocorre em diferentes níveis como a língua culta, coloquial, popular, regional e de grupos específicos. O texto pretende demonstrar que a língua varia de acordo com a região, faixa etária, classe social e situação de comunicação.

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É fato que o português, língua majoritária no Brasil, constitui uma realidade

monolítica e homogênea. Diante desta constituição, surge o fenômeno da variação lingüística,


próprio a todas as línguas. O português do Brasil apresenta diversidade interna correlacionada
com o espaço geográfico. Essa questão será tematizada neste trabalho, que tem a proposta de
estudar as variações geográficas dentro do território brasileiro. Assim, os falantes de
diferentes regiões do país mostram diferenças no uso da língua, bem como os falantes que
ocupam diferentes lugares na estrutura social ou que pertencem a gerações diferentes, ou
mesmo falantes que são de sexo distinto. Essas diferenças ocorrem em função das
circunstâncias específicas em que se realiza o ato da fala: conforme o canal utilizado na
comunicação, conforme o grau de intimidade existente entre os interlocutores, conforme o
assunto tratado, o local em que ocorre a interação. Assim, podemos dizer que, diferentes
recursos da língua são mobilizados conforme o falante da língua esteja se comunicando
oralmente ou por escrito.
De acordo com a situação da fala é permitido um estilo mais informal ou uma
linguagem mais formal. Quando pensamos em variação geográfica, precisamos considerar o
Brasil como um país que apresenta um vasto território, caracterizado por regiões geográficas
diversas. Com isso, temos, obviamente, diferentes formas de pronúncia, vocabulário e
estrutura sintática, portanto a língua não é usada de modo homogêneo por todos os seus
falantes. O uso de uma língua varia de época para época, de região para região, de classe
social, e assim por diante. Nem individualmente podemos afirmar que o uso seja uniforme.
Dependendo da situação, uma mesma pessoa pode usar diferentes variedades de uma só forma
da língua. Ao trabalhar com o conceito de variação geográfica, estamos pretendendo
demonstrar:

 Que a língua portuguesa, como todas as línguas do mundo, não se apresenta de


maneira uniforme em todo o território brasileiro;
 Que os diversos fatores, como região, faixa etária, classe social e profissão são
responsáveis pela variação da língua;
 Que não há hierarquia entre os usos variados da língua, assim como não há uso
linguisticamente melhor que outro. Em uma mesma comunidade lingüística,
portanto, coexistem usos diferentes, não existindo um padrão de linguagem que
possa ser considerado superior. O que determina a escolha de tal variedade é a
situação concreta de comunicação;
 Que a possibilidade de variação da língua expressa à variedade cultural existente
em qualquer grupo. Basta observar, por exemplo, no Brasil, que, dependendo do
tipo de colonização a que uma determinada região foi exposta, os reflexos dessa
colonização estarão presentes de maneira indiscutível;

Diante dessas informações e do fato de que a língua não é homogênea, podemos, concluir,
que a variação lingüística, além de contemplar as diferenças fonológicas de uma região à
outra (variação geográfica); ela, também, contempla os vários níveis da linguagem, que
podem ser especificados da seguinte maneira:

 Língua Culta Padrão: escolhida por várias razões, como a língua que deve ser
usada em todos os documentos oficiais, na imprensa, etc.; procura seguir todas as
regras da gramática e é empregada, primordialmente na forma escrita;
 Língua Coloquial ou Comum: é aquela usada no cotidiano, com a finalidade de
comunicação e interação, apresenta subníveis;
 Língua Familiar: de caráter afetivo;
 Língua Popular: usada pelas pessoas de baixa escolaridade;
 Língua Grupal: característica de pequenos grupos classifica-se em subníveis, de
acordo com o tipo de grupo que a utiliza, assim:
 Os regionalismos ou Línguas Regionais ou Dialetos: decorrentes da
dialetação das regiões;
 As Gírias: que variam conforme os grupos que a usam, por exemplo, a
gíria dos jovens, dos marinheiros, dos malandros, etc.;
 As Línguas Técnicas: das várias profissões, como linguagem médica, da
informática, linguagem jurídica, etc.

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