100% acharam este documento útil (1 voto)
161 visualizações3 páginas

Revisionismo e Memória do Holocausto

O documento discute os métodos e motivações dos revisionistas que negam o Holocausto. Afirma que os revisionistas rejeitam qualquer testemunho de judeus ou documentos nazistas que confirmam o genocídio, substituindo a verdade pela mentira para negar a existência das câmaras de gás e o extermínio em massa. O objetivo é privar os judeus de sua memória histórica e justificar a violência do Estado de Israel. Negar a história não é o mesmo que revisá-la.

Enviado por

sirlenesf
Direitos autorais
© Attribution Non-Commercial (BY-NC)
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
100% acharam este documento útil (1 voto)
161 visualizações3 páginas

Revisionismo e Memória do Holocausto

O documento discute os métodos e motivações dos revisionistas que negam o Holocausto. Afirma que os revisionistas rejeitam qualquer testemunho de judeus ou documentos nazistas que confirmam o genocídio, substituindo a verdade pela mentira para negar a existência das câmaras de gás e o extermínio em massa. O objetivo é privar os judeus de sua memória histórica e justificar a violência do Estado de Israel. Negar a história não é o mesmo que revisá-la.

Enviado por

sirlenesf
Direitos autorais
© Attribution Non-Commercial (BY-NC)
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 3

Os assassinos da memria: um Eichman de papel e outros ensaios sobre o revisionismo P.

33 claro que uma histria no pode ser escrita unicamente pelos vencedores. O massacre de Katyn, o bombardeio de Dresden, a destruio de Hiroshima e Nagasaki, a volta, em condies terrveis, dos alemes expulsos do leste europeu, os campos instalados perto de Perpignan pelos governos da Terceira Repblica do Estado francs, a entrega aos soviticos dos prisioneiros russos refugiados no Oeste tambm fazem parte dela tanto quanto Auschwitz ou Treblinka. Nesse caso, tambm preciso empregar comparaes honestas. P. 34 No caso do genocdio judeu, evidente que uma das ideologias, o sionismo, explora o grande massacre de forma por vezes escandalosa. Mas o fato de uma ideologia se apropriar de um fato no o suprime P. 35 SOBRE ESCOLAS QUE SE DIZEM REVISIONISTAS Considerar o avesso do que ensinado um hbito um pouco perverso, mesmo que parta de um reflexo por vezes saudvel. Por exemplo, possvel explicar que Stalin s dispunha de uma fantasia de poder no final dos anos trinta, ou que somente o governo americano deu incio guerra fria (...). Nesses casos, trata-se de trabalhos bastante discutveis, mas que, de qualquer modo, se referem a uma tica e uma prtica histricas. Nada disso acontece com os revisionistas do genocdio hitlerista, onde se trata simplesmente de substituir a verdade insuportvel pela mentira tranqilizadora.

PP.37-38 De fato, os revisionistas compartilham todos, mais ou menos, alguns princpios extremamente simples: P. 40 Trata-se de privar ideologicamente uma comunidade do que representa sua memria histrica. Afinal, estamos sendo obrigados a provar o que aconteceu.P. 1 Todo testemunho direto de um Judeu uma mentira ou imaginao; 2 Todo testemunho, todo documento anterior liberao falso, ignorado ou considerado boato[...]; 3 Em geral, todo documento que nos informa em primeira mo sobre os mtodos nazistas falso ou manipulado [...]; 4 Todo documento nazista que traz um testemunho direto compreendido em seu sentido literal se escrito em cdigo, mas ignorado (ou subinterpretado) se escrito em linguagem direta [...]; 5 Consideram que todo testemunho nazista posterior ao final da guerra, nos processos do Leste ou do Oeste, em Varsvia ou Colnia, Jerusalm e Nuremberg, em 1945 ou em 1963foram obtidos sob tortura ou intimidao [...]; 6 Mobiliza todo um arsenal pseudotcnico para mostrar a impossibilidade do extermnio macio por gs [...]; 7 Podemos dizer que, para os revisionistas, as cmaras de gs no existem porque a inexistncia um de seus atributos. a prova no-ontolgica [...];

8- Enfim e principalmente tudo o que pode tornar conveniente e crvel essa histria terrvel, marcar sua evoluo, fornecer termos de comparao poltica ignorado ou falsificado. P. 69 Embora no haja sentido cientfico no termo debate sobre a existncia de cmaras de gs, os senhores revisionistas pretendem que o debate existe, ou melhor, que no existe, pois esto convencidos feitas as reservas a respeito da atividade de um ou dois SS loucos de que nada disso existiu. Mas a cmara de gs no existe por si prpria, existe como termo de um processo de seleo que, entrada ou dentro do campo, separava sumariamente homens de mulheres, julgados pelos mdicos da SS aptos para o trabalho, dos outros. P. 81 Substituir a histria pelo mito um procedimento que no ofereceria perigo se existisse um critrio absoluto para distinguir primeira vista um do outro. prprio da mentira apresentar-se como verdade. claro que essa mentira nem sempre tem vocao universal. P. 124 No caso do campo de Auschwitz, por exemplo, s em abril de 1944 pde ser estabelecida, a partir das evases, uma descrio de primeira mo que se revelou notavelmente exata dos processos de extermnio. Esses protocolos de Auschwitz s viriam a pblico em novembro de 1944. P. 130, 131 preciso ferir a criao do Estado de Israel. Israel um Estado que emprega a violncia e a dominao. Desta forma, fingindo-se que tal entidade j existia em 1943, pode-se fazer esquecer que as comunidades judaicas eram desarmadas. Pode-se at mesmo explicar por que o nazismo a criao, sem dvida imaginria, do sionismo. P. 150 Trata-se de um esforo gigantesco no s para criar um mundo de fico, mas para apagar um imenso acontecimento da histria. P. 150 O revisionismo coisa antiga, mas s aconteceu no Ocidente aps a difuso macia do Holocausto, ou seja, aps a espetacularizao do genocdio, sua transformao em linguagem pura e objeto de consumo das massas. P. 160 No existe histria perfeita, nem histria exaustiva. Por mais positivista que queira ser, por mais desejosa que esteja de deixar os fatos falarem, como dizem as almas cndidas, a histria no consegue escapar sua responsabilidade, de suas escolhas pessoais e at de seus valores. P. 162 A Gnese da soluo final aconteceu, por assim dizer, aos poucos, medida que os campos se sobrecarregavam, por exemplo, e que era necessrio abrir espao e livrar-se de um material humano estorvante.

P. 171 Negar a histria, porm, no revis-la.

Você também pode gostar