UNIVERSIDADE DE SÂO PAULO
ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES
DEPARTAMENTO DE JORNALISMO E EDITORAÇÃO
Lógica e Práticas Discursivas Jornalísticas
Profa Rosana Lima Soares
GRUPO 3
Fernando Yassuo Murata
Janaína Castilho Marcoantonio
Sueme
A ARGUMENTAÇÃO NA COMUNICAÇÃO
Philippe Breton
O que é Argumentar
Primeiramente, comunicar.
Não é convencer a qualquer preço (ruptura com a retórica). A argumentação se
restringe em nome de uma ética.
Raciocinar (convencer pela razão).
Uma argumentação nunca será universal (ao contrário da demonstração).
Esquema de Shannon: emissor >> mensagem >> receptor.
Esse esquema serve para explicar a propagação da informação, mas é insuficiente no caso
da argumentação.
O Triângulo Argumentativo
Opinião
ORADOR
ARGUMENTO AUDITPORIO
Contexto de recepção
Opinião: deve ser verossímil.
Orador: aquele que argumenta, para si mesmo ou para os outros.
Argumento: a opinião apresentada de forma a convencer.
Auditório: aquele(s) a quem se dirige o orador na tentativa de convencer.
Contexto de recepção: conjunto das opinões, valores e julgamentos que são partilhados
por um auditório previamente ao ato da argumentação, desempenhando papel
importante na aceitação ou recusa do argumento apresentado.
Limites éticos
1) Nem tudo é argumentável, mas apenas aquilo que está no campo da verossimilhança.
Também não são argumentáveis a ciência, a fé religiosa e os sentimentos, por se
distinguirem da opinião.
2) Nem todos os argumentos são válidos para defender uma opinião. Deve haver coerência
nos argumentos apresentados. Usar um argumento muito distante da opinião que se
defende é um recurso da demagogia.
3) O auditório deve ser livre para aderir à opinião. Uma estratégia para convencer a
qualquer preço é levar o auditório a acreditar que possui total liberdade de escolha.
Mecanismos de intervenção na liberdade de escolha
Apelo aos sentimentos
Uso da sedução (amálgama: relação de contiguidade entre o orador e suas opiniões)
Uso freqüente de figuras de estilo (tradição retórica)