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Estudo de Caso Asma Brônquica

1. O documento é um estudo de caso sobre asma brônquica em uma criança internada. 2. Apresenta informações sobre a definição, patologia, sintomas, diagnóstico e tratamento da asma, incluindo farmacologia. 3. Detalha a evolução do paciente durante a internação e conclusões sobre os cuidados de enfermagem necessários.

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Estudo de Caso Asma Brônquica

1. O documento é um estudo de caso sobre asma brônquica em uma criança internada. 2. Apresenta informações sobre a definição, patologia, sintomas, diagnóstico e tratamento da asma, incluindo farmacologia. 3. Detalha a evolução do paciente durante a internação e conclusões sobre os cuidados de enfermagem necessários.

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FACULDADE ESTCIO DE SERGIPE

CURSO DE GRADUAO EM ENFERMAGEM

ANDRA CARLA GOIS DE JESUS

ASMA BRNQUICA

ARACAJU
2014

ANDRA CARLA GOIS DE JESUS

ASMA BRNQUICA

Estudo
de
caso apresentado
na
Faculdade Estcio de Sergipe, compositor
da nota final da disciplina Estgio
Supervisionado III, ministrada pela Prof.():
Larissa Andreline.

ARACAJU
2014

SUMRIO

1
INTRODUO.............................................................................................3
2
OBJETIVOS.................................................................................................5
2.1

OBJETIVO

GERAL.......................................................................................5
2.2

OBJETIVOS

ESPECFICOS........................................................................5
3
JUSTIFICATIVA...........................................................................................6
4
PATOLOGIA................................................................................................7
4.1
DEFINIO..................................................................................................7
4.2

PATOLOGIA

PATOGENIA.......................................................................7
4.3

QUADRO

CLNICO.......................................................................................8
4.4
DIAGNSTICO............................................................................................9
4.5

FATORES

DESENCADEANTES...............................................................11
4.6

CONDIES

AGRAVANTES

DA

ASMA...................................................13
4.7 CLASSIFICAO PELA GRAVIDADE E APLICAO DO CONTROLE DA
DOENA............................................................................................................13

4.8
TRATAMENTO...........................................................................................13
4.9 CONTROLE AMBIENTAL, REABILITAO RESPIRATRIA E ATIVIDADE
FSICA................................................................................................................14
4.10 COMPLICAES.......................................................................................16
4.11 PROGNSTICO.........................................................................................17
5
FARMACOLOGIA........................................................................................18
6
EVOLUO..................................................................................................24
7 CONCLUSO................................................................................................26
REFERNCIAS..................................................................................................27
APNDICE A SAE...........................................................................................29

1 INTRODUO

asma

uma

doena

inflamatria

crnica,

caracterizada

por

hiperresponsividade das vias areas inferiores e por limitao varivel ao fluxo


areo, reversvel espontaneamente ou com

tratamento, manifestando-se

clinicamente por episdios recorrentes de sibilncia, dispneia, aperto no peito e


tosse, particularmente noite e pela manh ao despertar. Resulta de uma
interao entre gentica, exposio ambiental a alrgenos e irritantes, e outros
fatores especficos que levam ao desenvolvimento e manuteno dos sintomas
(BUSSE, 2001; COOKSON, 1999).
Assim como a DPOC, a asma tambm se caracteriza por momentos estveis e
instveis, os quais chamamos de asma aguda. Asma aguda comumente
caracterizada por um aumento progressivo da dispneia, tosse, aperto no peito ou
sibilncia. Apresenta-se com um decrscimo do volume expiratrio, que pode ser
documentado e quantificado por medidas de funo pulmonar (espirometria ou
PFE). Em geral, crises leves podem ser manejadas com tratamento domiciliar,

enquanto crises mais graves necessitam de suporte hospitalar, em setores de


emergncia, ou posteriormente, internao. Crises muito graves requerem
internao em unidade de terapia intensiva (UTI) para um tratamento e
monitoramento adequado (NATIONAL HEART, 2007).
As manifestaes clnicas da asma podem ser controladas com o tratamento de
manuteno apropriado, com uma completa educao do paciente para o
reconhecimento precoce dos sintomas da crise e um plano de ao escrito para o
tratamento inicial domiciliar e a remoo do fator ambiental desencadeante da
crise. Quando a asma est controlada corretamente, as crises so ocasionais e
leves, sendo crises graves raras. Alguns pacientes apresentam risco de evolurem
com crises mais graves e at mesmo de bito. Esses pacientes, devem ser
orientados a procurar atendimento de urgncia sempre que apresentarem
sintomas de exacerbao da asma. ((NATIONAL HEART, 2007; GINA,2007).

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL


Aprofundar o conhecimento acerca da patologia Asma brnquica, efeitos,
propriedades, aes e cuidados de enfermagem referente as medicaes
utilizadas no tratamento durante sua internao na unidade, demonstrando assim
a importncia da participao do enfermeiro no planejamento assistencial.

2.2

OBJETIVOS ESPECFICOS

Descrever a fisiopatologia da asma;

Discutir os medicamentos usados no tratamento da asma;

Descrever os fatores de risco e medidas apropriadas para preveno e


tratamento da asma;

Descrever os cuidados de enfermagem ao paciente em crise asmtica.

3 JUSTIFICATIVA

O presente trabalho faz referncia a uma doena respiratria muito comum


e que acomete milhes de pessoas em todo o mundo, principalmente crianas, a
asma uma doena inflamatria crnica das vias areas que provoca a
hiperresponsividade dessas vias, edema de mucosa e produo de muco e que
leva a episdios recorrentes de sintomas como tosse, presso torcica, sibilos e
dispneia. Ela afeta grande parte da populao mundial, estimando-se por volta de
5-10%, independente de idade, cultura e localizao geogrfica
O estudo clnico foi desenvolvido durante o Estgio Supervisionado III, na
urgncia peditrica de um hospital pblico na cidade de Aracaju SE, realizado no
dia 23/09/2014, supervisionado pela professora Larissa Andreline, trata-se de
uma experincia em que uma criana do sexo masculino recebeu diagnstico de

Asma brnquica. Aps a visita a urgncia peditrica, Foi realizada coleta de


dados, anamnese, exame fsico, e observado os exames laboratoriais e
prescries mdicas. A criana foi escolhida aps a comparao do seu
pronturio com a sua condio no leito.
O trabalho tem como finalidade abordar o paciente, a fim de preparar
principalmente a equipe de enfermagem a ter uma viso acolhedora, assistencial,
critica e holstica do paciente, garantindo a sistematizao da assistncia ao
paciente.

4 PATOLOGIA

4.1 DEFINIO
A definio atual da asma brnquica, publicada recentemente no
documento IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma1 a seguinte: "Asma
uma doena inflamatria crnica caracterizada por hiper-responsividade das
vias areas inferiores e por limitao varivel ao fluxo areo, reversvel
espontaneamente

ou

com

tratamento,

manifestando-se

clinicamente

por

episdios recorrentes de sibilncia, dispneia, aperto no peito e tosse,


particularmente noite e pela manh, ao despertar. Resulta de uma interao
entre carga gentica, exposio ambiental a alrgenos e irritantes, e outros
fatores especficos que levam ao desenvolvimento e manuteno dos
sintomas".(IV DIRETRIZ, 2006)

Desta forma a asma brnquica uma doena crnica, caracterizada por


inflamao

da

via

area,

hiper-responsividade

brnquica

crises

de

broncoespasmo com obstruo reversvel ao fluxo areo. Um quarto aspecto que


pode ser includo nesta definio diz respeito s alteraes anatomo-funcionais
da via area inferior, chamadas em conjunto de remodelamento brnquico, e que
esto diretamente relacionadas inflamao crnica da via area e ao
prognstico da doena. O desenvolvimento e manuteno da asma dependem da
ao de fatores externos variados em indivduos geneticamente predispostos e
considerada, em todo mundo, um problema de sade pblica, devido alta
prevalncia e custos socioeconmicos.(IV DIRETRIZ, 2006)

4.2 PATOLOGIA E PATOGENIA

A principal caracterstica fisiopatognica da asma a inflamao


brnquica, resultante de um amplo e complexo espectro de interaes entre
clulas inflamatrias, mediadores e clulas estruturais das vias areas. Ela est
presente em todos os pacientes asmticos, inclusive naqueles com asma de incio
recente, nas formas leves da doena e mesmo entre os assintomticos. (KUMAR,
2001; VIGNOLA,1998)

A resposta inflamatria alrgica iniciada pela a interao de alrgenos


ambientais com algumas clulas que tm como funo apresent-los ao sistema
imunolgico, mais especificamente os linfcitos Th2. Estes, por sua vez,
produzem citocinas responsveis pelo incio e manuteno do processo
inflamatrio. A IL-4 tem papel importante no aumento da produo de anticorpos
IgE especficos ao alrgeno. . (BUSSE,2001; KUMAR, 2001; VIGNOLA,1998)

Vrios mediadores inflamatrios so liberados pelos mastcitos (histamina,


leucotrienos, triptase e prostaglandinas), pelos macrfagos (fator de necrose
tumoral TNF-alfa, IL-6, xido ntrico), pelos linfcitos T (IL-2, IL-3, IL-4, IL-5,
fator de crescimento de colnia de granulcitos), pelos eosinfilos (protena
bsica principal, ECP, EPO, mediadores lipdicos e citocinas), pelos neutrfilos
(elastase) e pelas clulas epiteliais (endotelina-1, mediadores lipdicos, xido

ntrico). Atravs de seus mediadores as clulas causam leses e alteraes na


integridade epitelial, anormalidades no controle neural autonmico (substncia P,
neurocinina A) e no tnus da via area, alteraes na permeabilidade vascular,
hipersecreo de muco, mudanas na funo mucociliar e aumento da reatividade
do msculo liso da via area. (BOUSQUET, 1990)

Esses mediadores podem ainda atingir o epitlio ciliado, causando-lhe


dano e ruptura. Como conseqncia, clulas epiteliais e miofibroblastos,
presentes abaixo do epitlio, proliferam e iniciam o depsito intersticial de
colgeno na lmina reticular da membrana basal, o que explica o aparente
espessamento da membrana basal e as leses irreversveis que podem ocorrer
em alguns pacientes com asma. Outras alteraes, incluindo hipertrofia e
hiperplasia do msculo liso, elevao no nmero de clulas caliciformes, aumento
das glndulas submucosas e alterao no depsito e degradao dos
componentes da matriz extracelular, so constituintes do remodelamento que
interfere na arquitetura da via area, levando irreversibilidade de obstruo que
se observa em alguns pacientes (KUMAR,2001)

4.3 QUADRO CLNICO

Na anamnese, deve-se procurar um ou mais dos seguintes sintomas:


dispneia, tosse, sibilncia (chiado), sensao de aperto no peito ou desconforto
torcico, particularmente noite ou nas primeiras horas da manh. (DANIEL,
1981)

Esses sintomas so caracteristicamente episdicos, com frequncia e


intensidade variveis entre diferentes pacientes e eventualmente no mesmo
paciente, em diferentes pocas do ano. Os sintomas melhoram espontaneamente
ou com o uso de medicaes especficas para asma (broncodilatadores ou antiinflamatrios esteroides). Em lactentes e crianas pequenas, a ocorrncia de 3 ou
mais episdios de sibilncia no ltimo ano chamam a ateno para essa
possibilidade diagnstica, principalmente se houver histria de asma materna,

eczema na criana e se os episdios no ocorrem apenas em associao com


infeco de via area superior (IVAS). (DANIEL, 1981)

Em pacientes com asma leve a moderada, no perodo intercrise, o exame


do aparelho respiratrio costuma ser normal. Na maioria dos pacientes,
independente da gravidade da asma, podero estar presentes os sinais
caractersticos ou estigmas das doenas atpicas, como pregas palpebrais,
"olheira alrgica", eczemtides e hiperceratose pilosa, descritos no captulo sobre
rinite alrgica. Os pacientes com asma grave e de longa durao podem
apresentar alteraes semelhantes doena pulmonar obstrutiva crnica, como
deformidade torcica pela hiperinsuflao pulmonar crnica, aumento do dimetro
antero-posterior, diminuio da expansibilidade, hipertimpanismo na percusso e
reduo do murmrio vesicular na ausculta do trax. Estas alteraes podem
tambm estar presentes em crianas com asma grave, mesmo com poucos anos
de doena. (DANIEL, 1981)

Durante a crise de broncoespasmo, e dependendo da sua gravidade, podese encontrar tosse seca ou com expectorao mucoide e viscosa (muitas vezes
comparada clara de ovo pelo paciente), dispneia com prolongamento do tempo
expiratrio, uso de musculatura acessria da respirao, sibilos geralmente
bilaterais e simtricos, roncos esparsos ou difusos. Nos casos mais graves pode
haver cianose e agitao psicomotora secundria a hipoxemia, reduo dos
sibilos at silncio respiratrio, torpor e coma, resultante da fadiga respiratria e
consequente hipercapnia. (DANIEL, 1981)

4.4 DIAGNSTICO

O diagnstico da asma baseia-se em trs pilares: os dados clnicos obtidos


pela anamnese, a identificao da sensibilidade alrgica e, em crianas maiores e
adultos, em parmetros de funo pulmonar. (DANIEL, 1981)

Algumas perguntas facilitam a identificao da doena, e devem ser

10

formuladas aos pacientes (ou responsveis) para se estabelecer ou suspeitar do


diagnstico clnico de asma1: (DANIEL, 1981)
tem ou teve episdios recorrentes de falta de ar (dispneia)?
tem ou teve crises ou episdios recorrentes de chiado no peito (sibilncia)?
tem tosse persistente, particularmente noite ou ao acordar?
acorda por tosse ou falta de ar?
tem tosse, sibilncia ou aperto no peito aps atividade fsica?
apresenta tosse, sibilncia ou aperto no peito aps exposio a alrgenos como
mofo, poeira domiciliar e animais, ou a irritantes como fumaa de cigarro e
perfumes ou aps resfriados ou alteraes emocionais como riso ou choro?
usa alguma medicao quando os sintomas ocorrem, e com que frequncia?
h alvio dos sintomas aps o uso de medicao?
tem antecedentes familiares de doenas alrgicas ou asma?
tem ou j teve sintomas de rinite alrgica ou eczema atpico?

O diagnstico da condio alrgica baseia-se na busca de outras


manifestaes atpicas pregressas ou familiares (asma, rinite ou dermatite
atpica), na relao dos sintomas com fatores especficos (poeira, mofo, animais
domsticos) e na identificao de IgE especfica para os principais alrgenos
inalveis intradomiciliares (caros, fungos, ces/gatos e baratas), atravs do teste
cutneo de leitura imediata, que o mtodo mais rpido, sensvel e de melhor
relao custo-benefcio para este fim, se realizado de forma adequada, por
profissional treinado e com extratos alergnicos confiveis. A dosagem srica de
IgE especfica dever ser utilizada na impossibilidade da realizao de teste
cutneo de forma adequada, como por exemplo, no uso crnico de antihistamnicos, presena de eczema extenso ou durante perodo de descontrole da
asma.( SMELTZER, 2009)

A presena de IgE especfica para um ou mais alrgenos inalveis define a


presena de sensibilizao alrgica/atpica, mas a correlao desta informao
com a histria clnica do paciente que permitir o diagnstico da asma como de
carter alrgico. Em alguns casos, como na asma induzida pelo exerccio (AIE),

11

sem outros fatores desencadeantes de crises, ou ainda em crianas pequenas


com broncoespasmo associado apenas as IVAS, a sensibilidade alrgica pode
no ter relao com o desencadeamento de sintomas e o quadro clnico. Alm
disso, a pesquisa de IgE especfica tambm deve ser direcionada pela relao
dos sintomas com alrgenos especficos no habituais, em casos selecionados,
como na asma associada com a inalao de trigo (asma dos padeiros), a
associada ao contato com animais de laboratrio (camundongos, cobaias) e a
outros agentes ocupacionais, como o ltex. (ASHER, 2006)

Em adultos e crianas maiores deve ser realizada a espirometria antes e


aps administrao de broncodilatador inalado, para o diagnstico funcional e
classificao inicial da gravidade da doena. A variao diurna exagerada do pico
de fluxo expiratrio (PFE) pode ser utilizada para documentar a obstruo varivel
do fluxo areo (Fig.3). Em indivduos sintomticos com espirometria normal e
ausncia de reversibilidade demonstrvel ao uso de broncodilatador, o
diagnstico pode ser confirmado pela demonstrao de hiper-responsividade
brnquica atravs de teste de broncoprovocao com agentes broncoconstritores
(metacolina, histamina, carbacol) ou teste de broncoprovocao por exerccio, em
casos suspeitos de AIE. O diagnstico e acompanhamento funcional da asma
discutido com maior detalhe no captulo seguinte.(LASMAR, 2006)

4.5 FATORES DESENCADEANTES

A hiper-responsividade brnquica caracterstica da asma inespecfica,


fazendo que o paciente asmtico esteja sujeito ao desencadeamento de crises
por diversos fatores, especficos (ou alrgicos), e inespecficos (ou no
alrgicos).(ALMEIDA, 2008)

Dentre os especficos, destacam-se os alrgenos inalveis, substncias


derivadas de caros domsticos, animais como co e gato, baratas e fungos do
ar. Na regio sul do Brasil, assim como no hemisfrio norte, onde as estaes
climticas so mais bem definidas e, por conseguinte, ocorre a polinizao em
determinadas

pocas

do

ano,

os

polens

tambm

so

importantes

12

desencadeantes de sintomas.(DANIEL, 1981)

Os fatores inespecficos incluem as infeces virais (rinovrus, vrus


sincicial respiratrio, influenza e parainfluenza), que so a causa mais frequente
de crise de asma em lactentes e crianas (at 90% das crises). Em adultos cerca
de 40% das crises de asma esto associadas infeco viral, enquanto que
cerca de 10% podem associar-se infeco bacteriana. Outros desencadeantes
inespecficos so as mudanas climticas, o ar frio e seco, os poluentes
ambientais, inclusive o tabaco, e cheiros fortes (detergentes, perfumes, tintas).
(ALMEIDA, 2008)

O exerccio fsico desencadeia crises de asma, muitas vezes manifestadas


apenas por tosse seca e baixa tolerncia ao esforo, principalmente em crianas
e adolescentes. Nesses casos, os mastcitos so ativados diretamente pelo
resfriamento e aumento de osmolaridade na via area, secundrios a
hiperventilao do esforo fsico. Estas alteraes tambm podem acontecer
eventualmente durante o riso.(ASHER, 2006)

Cerca de 10% dos asmticos apresentam sensibilidade ao cido acetilsaliclico (AAS) e a anti-inflamatrios no hormonais (AINHs), que podem
desencadear crises se usados por via sistmica ou mesmo tpica. Alguns desses
pacientes evoluem com asma grave, primariamente no alrgica, associada com
rinossinusite e polipose nasal (atualmente chamada doena respiratria
exacerbada pela aspirina DREA, ou sndrome de Samter). Na DREA, o bloqueio
das cicloxigenases (principalmente COX-1) pela ao do AAS ou AINHs, com
consequente aumento da produo de cisteinil-leucotrienos pela via da
lipoxigenase, alm de maior expresso de receptores para leucotrienos em
clulas-alvo

reduo

dos

efeitos

moduladores

da

inflamao

pela

prostaglandina E2 e lipoxinas, so os principais mecanismos responsveis pelo


desenvolvimento da doena respiratria. (BARROS, 2009)

Caracteristicamente, a asma tende a ter evoluo grave, com crises


igualmente graves e necessidade eventual de tratamento intensivo. A doena das

13

vias areas, nesses casos, evolui mesmo aps a suspenso do uso de AAS ou
AINHs. Raramente alimentos podem desencadear crise de asma isolada. Em
quadros de alergia alimentar o broncoespasmo pode ocorrer associado a outras
manifestaes

de

anafilaxia,

como

urticria,

angioedema

hipotenso

arterial.(BARROS, 2009)

Os beta-bloqueadores podem desencadear broncoespasmo em pacientes


com hiper-responsividade brnquica subclnica, ou ainda agravar a asma prexistente, e por isso so contraindicados nesses pacientes. (COSTA, 2006)

Na prtica clnica, nunca se deve menosprezar a influncia de fatores


emocionais sobre as doenas crnicas, e no raro observar sua ao como
desencadeantes ou, pelo menos em parte, como agravantes de crises de
asma.(COSTA 2006)

4.6 CONDIES AGRAVANTES DA ASMA

Algumas condies clnicas podem estar associadas com a asma, e


contribuir para seu agravamento, aumentando a necessidade do uso de
medicamentos. So elas a rinossinusopatia (aguda ou crnica), a doena do
refluxo gastroesofgico (DRGE) e as micoses broncopulmonares alrgicas.
Devem ser investigadas e tratadas quando houver sinais/sintomas de suspeio,
ou quando a asma no responde ao tratamento de manuteno corretamente
institudo. Entretanto, antes disso, deve-se ter em mente que a asma uma
enfermidade de etiopatogenia complexa, e influenciada por diversos fatores
externos, e a adeso s diversas medidas teraputicas para asma difcil,
devendo ser reavaliada em todo paciente que no esteja obtendo a resposta
esperada ao tratamento. (SPIRO, 2002)

4.7 CLASSIFICAO PELA GRAVIDADE E APLICAO DO CONTROLE DA


DOENA

14

indispensvel que se classifique a gravidade da asma tanto fora como


durante a crise em todos pacientes, pois ela direcionar o incio do tratamento da
doena na crise e a longo prazo.(CASAGRANDE, 2008)
importante lembrar que as duas classificaes (perodo intercrise e da
crise) so independentes num mesmo paciente. Sendo assim, pacientes com
asma crnica leve podem apresentar crises graves. Alm disso, a classificao da
gravidade da doena intercrise pode se modificar com o tempo e pelo efeito do
tratamento. (CASAGRANDE, 2008)

4.8 TRATAMENTO
De acordo com as IV Diretrizes para o Manejo da Asma1, os objetivos
principais do tratamento da asma so controlar os sintomas, prevenir a limitao
crnica ao fluxo areo, secundria ao remodelamento brnquico, permitir
atividades normais (trabalho, escola e lazer), manter a funo pulmonar normal ou
a melhor possvel, evitar crises, idas emergncia e hospitalizaes, reduzir a
necessidade do uso de broncodilatador para alvio, minimizar efeitos adversos da
medicao e prevenir a morte. (SMELTZER, 2009)

O tratamento de manuteno baseia-se em medidas de controle ambiental,


para diminuir a exposio aos alrgenos e irritantes inalveis, farmacoterapia,
para reduo da inflamao e hiper-responsividade brnquica e, em casos
selecionados, imunoterapia, para reduzir a sensibilidade alrgica. Alm disso, o
tratamento de doenas e condies associadas, como rinossinusite, DRGE,
obesidade, ansiedade e depresso ajudam o controle da doena. (SMELTZER,
2009)

4.9 CONTROLE AMBIENTAL, REABILITAO RESPIRATRIA E ATIVIDADE


FSICA

O controle ou higiene ambiental agrupa uma srie de medidas que


requerem um alto nvel de educao e adeso do paciente, e que devem ser
implementadas no domiclio e, se possvel, no local de trabalho.

15

As diversas medidas, listadas a seguir, se executadas de forma isolada


parecem ter pouco efeito clnico, de acordo com recentes estudos. Portanto
devem

ser

implementadas

em

conjunto

para

todos

os

pacientes,

independentemente da gravidade inicial da doena.


Retirar tapetes/carpetes o piso deve ser liso para acumular menos poeira e
facilitar a limpeza;
Retirar cortinas de pano ideal no t-las ou troc-las por persianas de PVC,
metal ou madeira, de fcil limpeza, pois com o tempo difcil manter uma rotina
de retirada frequente das cortinas para a lavagem;
No guardar livros e bichos de pelcia no quarto de dormir, pois so fonte de
acmulo de poeira e de crescimento de fungos, que servem de alimentos para os
caros;
Colocar capas impermeveis e fechadas no travesseiro e colcho, cuja espuma
amplamente colonizada por caros e fungos. Desta forma impede-se que os
caros cheguem roupa de cama, deixando nelas as bolotas fecais ricas em
alrgenos, as quais sero aspiradas durante o sono. Estas medidas, em geral,
so bem aceitas pelos pacientes, mas questes relativas ao custo econmico
delas podem atrapalhar a adeso dos pacientes;
Limpar diariamente o piso e os mveis com pano mido para retirar a poeira
acumulada no usar vassoura ou espanador, pois estes dispersam as partculas
alergnicas de menor tamanho no ar, que so as derivadas de fungos e animais
domsticos;
Trocar a roupa de cama uma a duas vezes por semana se possvel lav-la
com gua quente (> 55 C), assim como casacos e cobertores que ficaram
guardados por muito tempo antes de us-los, pois os caros so sensveis a
estas temperaturas;
No ter animais com pelos dentro de casa (ces e gatos), que tambm
produzem alrgenos (dos pelos, caspa da pele, urina e secrees), e tambm
servem de carreadores de outros alrgenos na sua pelagem. Na prtica muito
difcil conseguir que portadores de animais de estimao desfaam-se dos

16

mesmos. Em estudo realizado em nosso Servio, apenas 10% dos pacientes


aderiram a esta medida especfica6. Desta forma, costumamos orientar os
portadores de animais e, caso no se desfaam dos mesmos, estabeleam limites
rgidos e permanentes impedindo a frequncia deles ao quarto de dormir e a
mveis estofados;
Dedetizar regularmente a casa e evitar alimentar-se no quarto de dormir, para
evitar a infestao de baratas;
No fumar ativa ou passivamente, o que envolve a colaborao de familiares e
colegas de trabalho;

Alm disso, pacientes com asma de qualquer gravidade devem evitar


alimentos que contenham sulfitos, e os asmticos persistentes em geral, tendo ou
no histria de sensibilidade ao cido acetil-saliclico (AAS) e polipose nasal,
devem evitar o AAS e anti-inflamatrios no hormonais, especialmente os no
seletivos para COX210.

A reabilitao respiratria pode contribuir significativamente para a melhora


da evoluo da doena, da resposta ao tratamento farmacolgico e para a
qualidade de vida do asmtico, e est recomendada para pacientes com asma
moderada a grave e para aqueles onde, independentemente da gravidade da
doena, os sintomas trazem impacto significativo ao seu bem-estar. (BARROS,
2010)

A prtica de esportes aerbicos e ao ar livre, de acordo com o interesse,


idade e capacidade fsica muito importante. Entretanto, devido a pouca
disponibilidade de medicamentos de controle da asma antes dos anos 70-80, e a
evoluo natural da doena para a remisso em uma parcela das crianas com
asma, criou-se um mito sobre os efeitos teraputicos da natao sobre a doena.
A natao, como qualquer outro esporte aerbico, benfica, pois aumenta a
capacidade cardiorespiratria e mantm o indivduo mais tempo longe dos
ambientes fechados, ricos em alrgenos de caros, mas no uma arma
"teraputica" especfica para a asma. (BARROS, 2009)

17

Em indivduos com rinite alrgica associada, o que acontece em 80% dos


casos, o alto teor de cloro em muitas piscinas pode at mesmo causar irritao
qumica da mucosa nasal, piorando os sintomas das vias areas superiores. Alm
disso, em atletas de alta performance, que fazem treinamento por vrias horas
todos os dias, a combinao do cloro com o suor d origem a compostos que
podem

aumentar

hiper-responsividade

brnquica

quando

inalados

repetidamente5. (BARROS, 2010)

4.10 COMPLICAES
So complicaes possveis da crise de asma: infeco respiratria,
desidratao,

atelectasias

por

tampes

de

muco,

sncope

por

tosse,

pneumotrax, cor pulmonale agudo, fadiga respiratria e insuficincia respiratria


com hipercapnia, hipoxemia e suas consequncias, como agitao psicomotora,
coma, parada cardiorespiratria e bito. (SPIRO,2002)
Quanto a asma crnica, com o crescente conhecimento das alteraes
decorrentes do remodelamento brnquico, cada vez mais se aceita que na asma
grave e de longa durao, a evoluo para pouca ou nenhuma reversibilidade da
obstruo ao fluxo areo aproxima-a muito da DPOC, com perda progressiva de
funo respiratria, limitao importante e permanente da qualidade de vida, alm
de maior incidncia de infeces.(SMELTZER, 2009)
Os pacientes com asma crnica grave ou de difcil controle geralmente
esto expostos s complicaes decorrentes dos efeitos adversos do uso
frequente ou continuado de corticosteroides sistmicos. (SMELTZER, 2009)

4.11 PROGNSTICO
extremamente varivel. Cerca de 60% das crianas que tm sibilncia
recorrente associada com infeco viral respiratria nos primeiros 3 anos de vida,
e no so atpicas, evoluem para remisso. O restante, geralmente com asma
alrgica, pode evoluir para remisso espontnea no final da infncia ou na

18

adolescncia, ou para asma crnica na idade adulta, com perodos alternantes de


melhora e piora, necessitando controle ambiental e medicamentoso em longo
prazo atingindo sobrevida longa e com qualidade de vida preservada.(COSTA,
2006)
A imunoterapia com alrgenos, quando bem indicada e iniciada
precocemente na asma leve a moderada, contribui para melhor evoluo em
longo prazo nos pacientes onde a exposio a alrgenos inalveis desempenha
papel importante na induo de crises e na manuteno do processo inflamatrio
crnico das vias areas. A terapia anti-IgE, que ser abordada em captulo
posterior, apresenta-se como potencial modificador do prognstico da asma grave
de difcil controle.(COSTA, 2006)
Os pacientes com asma no alrgica e de incio tardio, assim como os com
asma associada sensibilidade ao cido acetil-saliclico ou com micoses
broncopulmonares alrgicas, tendem a um pior prognstico, com sintomas mais
intensos e persistentes, maior perda funcional respiratria, maior necessidade de
medicamentos e maior limitao na qualidade de vida, e no se beneficiaro da
imunoterapia com alrgenos. (SPIRO,2002)

5 FARMACOLOGIA

Segue prescrio mdica em 1 DIH:


Cloreto de sdio 0,9 %

NBZ 3ml 1/1 h

Berotec

NBZ 6 gotas 1/1 h

O2

NBZ 8 litros 1/1 h

19

Ceftriaxona

1000 mg, IV, 12/12 h

Hidrocortisona

130 mg, IV, 4/4 h

Dipirona

500 mg, IV, SOS at 6/6 h

Cloreto de Sdio
Indicao

Utilizada para o restabelecimento de fludos e


eletrlitos. Tambm e utilizada como repositora
de gua e eletrlitos em caso de alcalose
metablica de grau moderado, em carncia de
sdio,

tambm

como

diluente

para

medicamentos e outros.
Efeito adverso

Pode causar sensao febril, infeco do ponto


de injeo, trombose venosa ou flebite estendida
no

local

de

hipervolemia.

injeo,
Em

extravasamento

pacientes

com

ingesto

inadequada de gua, a hipernatremia pode


causar sintomas respiratrios, como edema
pulmonar, embolia ou pneumonia.
Interao medicamentosa Avaliar as caractersticas da compatibilidade dos
outros medicamentos a

serem

diludos ou

dissolvidos na soluo de cloreto de sdio 0,9%.


Este

medicamento

incompatvel

com

anfotericina B, ocorrendo precipitao dessa


substncia, e ou com o glucagon
Vias de administrao

Endovenoso, intramuscular, individualizado e


tpico

Cuidados de enfermagem A dosagem deve ser determinada por um mdico


e dependente da idade, do peso, das condies
clnicas do paciente, do medicamento diludo em
soluo e das determinaes em laboratrio;
Antes de serem administradas as solues

20

parenterais

devem

ser

inspecionadas

visualmente para se observar a presena de


partculas, turvao na soluo, fissuras e
quaisquer violaes na embalagem primria; A
Soluo acondicionada em bolsas, frascos e/ou
ampolas em sistema fechado para administrao
intravenosa usando equipo estril; No perfurar a
embalagem,

pois

comprometimento

da

esterilidade do produto e risco de contaminao;


Verificar

se

existem

vazamentos

mnimos

comprimindo a embalagem primria com firmeza.


Se

for

observado

vazamento

de

soluo

descartar a embalagem, pois a sua esterilidade


pode estar comprometida.

Berotec (bromidrato de fenoterol)


Indicao

Tratamento sintomtico de crises agudas de


asma, profilaxia da asma induzida por exerccio,
tratamento sintomtico da asma brnquica e de
outras enfermidades com constrio reversvel
das

vias

areas,

por

exemplo,

bronquite

obstrutiva crnica.
Efeito adverso

Leves tremores dos msculos esquelticos,


nervosismo,

cefaleia,

tontura,

taquicardia

palpitaes.
Interao medicamentosa Pode ser potencializado por betas adrenrgicos,
anticolinrgicos

derivados

da

xantina.

inalao de anestsicos halogenados, tais como


halotano,
aumentar

tricloroetileno
a

enflurano,

susceptibilidade

aos

cardiovasculares dos betas agonistas.


Vias de administrao

Inalao via oral

pode
efeitos

21

Cuidados de enfermagem Medicao deve ser administrada exatamente


conforme recomendado e o tratamento no deve
ser interrompido, sem o conhecimento mdico,
ainda que o paciente alcance a melhora; No caso
de gravidez, ou ainda se a paciente estiver
amamentando, o mdico dever ser comunicado
imediatamente;

Recomende

ao

paciente

aumento da ingesto de lquidos para facilitar a


fluidificao das secrees, durante a terapia;
Aps a nebulizao, os acessrios devem ser
lavados com gua e

sabo de

coco

ou

detergente e imersos em solues de hipoclorito


de sdio a 9% num recipiente com tampa at a
administrao da prxima dose, quando seu uso
no for necessrio, todo equipamento dever ser
guardado limpo, desinfetado e seco

Oxigenoterapia
Indicao

Corrigir

hipoxemia/hipxia

trabalho

tissular;

cardiopulmonar

Prevenir
excessivo;

Desobstruo das vias areas; Otimizao do


dbito cardaco; Manuteno dos nveis de Hb;
Suporte nutricional.
Efeito adverso

Contaminao, ressecamento da mucosa nasal,


se uso prolongado pode ser irritante e incomodo,
provocando

nusea,

fluxos

rpidos

podem

provocar dor nos seios nasais, altos nveis em


RN pode causar cegueira, tosse seca e irritativa,
diminuio da atividade ciliar, leses provocadas
pelo cateter. Este efeito colateral da terapia de
oxignio muito raro e, provavelmente, no

22

causam nenhum dano permanente.


Interao medicamentosa
Vias de administrao

Sist. de baixo fluxo: cateter nasal, cateter


nasofarngeo, mscaras para NBZ. Sist. de alto
fluxo: mscara de Venturi. Sist. de umidificao:
umidificadores de ambiente. Sist. de nebulizao:
NBZ pneumtico, ultra-snico, micro-nebulizado.
Cateter nasal: Este meio fornece uma quantidade
moderada de oxignio (20 a 28%) com um fluxo
de 1 a 8 litros por minuto.

Cuidados de enfermagem Manuteno da permeabilidade das vias areas,


mobilizao

das

umidificao

das

secrees
vias

pulmonares,

areas,

hidratao

adequada, posicionamento correto do paciente.

Ceftriaxona
Indicao

Gonorreia

endocervical

(no

complicada);

gonorreia uretral (no complicada); infeco


articular; infeco da pele e dos tecidos moles;
infeco

intra-abdominal;

infeco

ssea;

infeco plvica (em mulheres); infeco urinria;


meningite; pneumonia; septicemia.
Efeito adverso

Distrbios

gastrointestinais,

sangramento,

reaes alrgicas, ictercia, reaes no local da


administrao

(inflamao);

trombocitose;

leucopenia; eosinofilia
Interao medicamentosa Varfarina, m pacientes hipersensveis penicilina
deve-se

considerar

possibilidade de reaes alrgicas cruzadas. A


CEFTRIAXONA

SDICA

no

deve

ser

adicionada a solues que contenham clcio

23

como a soluo de Hartmann ou solues de


Ringer.
Vias de administrao

Injetvel

Cuidados de enfermagem A colorao amarela no altera a eficcia do


produto, Monitorar tempo de protrombina (TAP) e
aumento das evidncias de sangramento

Hidrocortisona
Indicao

Anti-inflamatrio esteroide: Asma brnquica; otite


ulcerativa;

doena

do

colgeno;

edema

angioeneurtico; inflamao grave; insuficincia


suprarrenal; Pfingo; reao alrgica grave
Efeito adverso

Para

injeo

intra-articular:

anterior

artroplastina articular, transtornos da coagulao


sangunea,
instvel.

fratura

intraocular,

Infeco

fngica

articulao
sistmica.

Hipersensibilidade aos componentes. Para todas


as indicaes deve-se avaliar a relao risco
benefcio em presena de AIDS, cardiopatia,
insuficincia cardaca congestiva, hipertenso,
diabetes mellitus, glaucoma de ngulo aberto,
disfuno

heptica,

hipertireoidismo,

miastenia
osteoporose,

graves,
lpus

eritematosos, TBC ativa, disfuno renal severa


Interao medicamentosa Intravenosa ou Intramuscular. As doses habituais
IM so as mesmas da administrao EV, tpica e
retal
Vias de administrao

Intravenosa e tpico

Cuidados de enfermagem Deve

ser

administrado

lentamente,

checar

periodicamente: altura; peso; sangue (funo


hematopoitica, eletrlitos, tolerncia glicose);

24

presso ocular e do sangue; funo da suprarenal (em casos de uso prolongado ou de doses
altas); perda ssea; sangue oculto nas fezes.

Dipirona
Indicao

Analgsico e antipirtico

Efeito adverso

Hipotenso

Interao medicamentosa Pode causar reduo dos nveis plasmticos de


ciclosporina.
Vias de administrao

Oral, injetvel, supositrio

Cuidados de enfermagem Verificar sempre o prazo de validade do produto


consta na embalagem externa, O medicamento
dever ser administrado segundo a prescrio
mdica

de

acordo

com

posologia

recomendada, Informar a ocorrncia de reaes


desagradveis de maior importncia ou reaes
intensas como alergias do cliente para com o
medicamento

ao

mdico,

Nos

casos

de

hipertermia, podem ser indicados banhos ou


envoltrios at a estabilizao da temperatura,
administrar lentamente por via endovenosa e no
misturar com outras substncias na mesma
seringa

6 EVOLUO

E.N.M.B., 5 anos, sexo masculino, acompanhado da sua genitora S.B.M.B.,

25

a mesma relata que a renda familiar do marido que professor, e atualmente


residem em uma casa de 05 cmodos no bairro Aruana, 05 moradores, possui 01
animal domstico (cachorro pequeno porte), a casa possui saneamento bsico e
rua calada, porm vizinhos ainda possuem esgoto a cu aberto. Criana
frequenta escola em turno integral e sua recreao durante os intervalos e finais
de semana, alm dos lanches, faz de 05 a 06 refeies dirias, dorme em mdia
08 horas por noite, apresenta higiene corporal satisfatria, refere alergia
medicamentosa a sulfa, faz uso contnuo de propranolol 10 mg 12/12 h. Possui
antecedentes familiares de hipertenso (av materna, av paterna e pai).
Antecedentes patolgicos de arritmias frequentes, crises asmticas.
E.N.M.B., admitido neste setor hospitalar, proveniente da urgncia
peditrica, encontra-se em 1 DIH, em BEG, consciente, ativo, aciantico,
normocorado,

febril,

normocrdico,

normopnico,

apresentando

cansao

respiratrio. Genitora relata crise de espirros, tosse seca e dispneia h 48 horas.


Em uso de AVP em MSE, oxmetro de pulso contnuo, mscara de venturi a 50%
e das seguintes medicaes: Ceftriaxona, hidrocortisona, dipirona, e nebulizao
com SF 0,9%, O2, berotec. Com diagnstico mdico de Asma brnquica. Ao
exame fsico: Crnio arredondado, couro cabeludo ntegro, higienizado, cabelos
bem distribudos, acuidade auditiva bilateral preservada, pavilho auricular com
presena de cerume fisiolgico em pequena quantidade, pupilas isocricas,
mucosas hipocoradas, boa acuidade visual, esclerticas anictricas, nariz regular,
sem desvio de septo, apresentando permeabilidade parcial, cavidade oral mida,
ntegra, dentio completa, apresentando higiene satisfatria, tireoide no
palpvel, pescoo com ausncia de ndulos e gnglios palpveis, pulso carotdeo
rtmico, forte e cheio. Trax simtrico com boa expansibilidade. Ausculta
pulmonar: MV+, ausculta cardaca: BRNT em 2T, abdome flcido indolor a
palpao, RHA + nos quatro quadrantes. Genitlia no inspecionada. MMSS com
boa mobilidade, ausncia de edemas em MMII, tnus e fora muscular adequada
para idade, perfuso perifrica < 2 segundos. Diurese com aspecto normal em
quantidade satisfatria e evacuaes ausentes h 48 horas (SIC). SSVV: FC
72bpm, FR 24 rpm, T 37.8 C, Sat o2 98%. Exames laboratoriais sem alterao,
Radiografia de trax apresentando infiltrao perihilar D.

26

7 CONCLUSO

Atravs desse estudo de caso foi possvel conhecer um pouco mais sobre
a patologia. Ao que se presenciou, conclui-se que a sistematizao da assistncia

27

de enfermagem (SAE) favorvel para um bom prognstico. primordial o


conhecimento de que a melhor assistncia a individualizada e humanizada,
assistindo o cliente como um ser nico, respeitando as suas necessidades
biopsicossociais.
A asma uma doena que pode ser grave, causando grande impacto na
qualidade de vida do indivduo, podendo resultar em faltas ao trabalho e escola.
No entanto, embora no exista cura, ela pode ser controlada, permitindo que a
pessoa tenha uma vida produtiva e ativa. E de suma importncia diagnostic-la
nos estgios precoces, pois pode impedir alteraes irreversveis das vias areas
e evitar o uso prolongado de. O diagnstico clnico da asma baseado em um
conjunto de sintomas, na histria familiar e pessoal do paciente, achados de
exame fsico na fase aguda como sibilos expiratrios, expirao prolongada,
taquipneia, taquicardia, utilizao de musculatura acessria ou evidncia de outra
doena atpica.
A prestao de cuidados o principal papel do Enfermeiro dentro da
unidade de internao, um momento que requer cuidados especficos e
individualizados para cada paciente, as condies clnicas devem ser analisadas
cuidadosamente para que a prescrio de enfermagem possa atingir seus
objetivos, auxiliando na evoluo do paciente. A prescrio traz embasamento
para a equipe de enfermagem que consegue exercer os cuidados ao indivduo
hospitalizado com mais segurana, o que proporcionou um atendimento integral e
humanizado, reduzindo as complicaes. Sobretudo, este trabalho possibilitou a
obteno de uma viso holstica sobre a ao de enfermagem e no apenas um
enfoque tcnico-medicamentoso.

REFERNCIAS

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