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LPT I Unidades 6 A 17

O documento fornece orientações ortográficas sobre pares de palavras com grafias semelhantes mas significados diferentes, como se não/senão, a fim de/afim, suar/soar, sessão/seção/cessão. Também aborda regras sobre o uso dos pronomes eu/mim, por que/porquê, senão/se não, houve/ouve, a/há, mal/mau e agente/a gente.

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LPT I Unidades 6 A 17

O documento fornece orientações ortográficas sobre pares de palavras com grafias semelhantes mas significados diferentes, como se não/senão, a fim de/afim, suar/soar, sessão/seção/cessão. Também aborda regras sobre o uso dos pronomes eu/mim, por que/porquê, senão/se não, houve/ouve, a/há, mal/mau e agente/a gente.

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6 - GRAMTICA DE USO I

1 parte - Observe as orientaes ortogrficas abaixo para


responder os exerccios
1 a 15
SE NO - SENO
SE NO Pode ser substitudo por caso no.
Devolva o relatrio se no estiver de acordo.
SENO Pode ser substitudo por somente, apenas.
No vejo outra alternativa seno concordar.
SENO Substantivo, significando contratempo.
O show no teve nenhum seno.
A FIM DE - AFIM
A FIM DE Com intuito
Ns procuramos a fim de estabelecermos relaes comerciais.
AFIM Com afinidade

So pessoas afins.

A PAR - AO PAR
A PAR Estar ciente de, sabedor.
Estou a par do ocorrido.
AO PAR Termo usado em Operadores de Mercado Financeiro (indica paridade ou
igualdade).
O lanamento de aes foi feito ao par (com base no valor nominal).
SUAR - SOAR
Suar suou Expulsar (suor) atravs dos poros, ou molhar com suor.

Suei a roupa toda.


Ele suou pouco.1

Soar soou - Fazer que produza, ou produzir som.

Sua tarefa era soar a campainha no final de cada aula.


Um sino soou no final da tarde.2

1 e 2 Disponvel em : < http://aulete.uol.com.br>. Acesso em 23/09/2013.


SESSO SEO - CESSO

Sesso - a palavra sesso escrita desse modo significa espao de tempo de


uma reunio deliberativa, de um espetculo de cinema, teatro, etc. Para se
lembrar desse significado s pensar que ela advm do latim sessio e que
significa sentar-se. Logo, todas as sesses que exijam da pessoa que ela se
sente escrita com trs "esses". 3
A sesso demorou muito a comear, mas o filme valeu a pena.
A sesso ter como objetivo aprovar ou no a nova lei do estudante.
Seo a apalavra escrita desse modo quer dizer o mesmo que seco, ou
seja, do ato ou efeito de repartir. Significa ainda: diviso de reparties
pblicas,
parte
de
um
todo,
departamento.
Saiba tudo sobre as novas regras ortogrficas! s clicar na seo "Acordo
Ortogrfico" do
Portal
Brasil
Escola.
Cada seo deste projeto vai ter que ser analisada. 4
Cesso A apalvra escrita desse modo tem um nico significado: ceder, ou
seja, transferir algo, dar posse de algo a outrem. Para se lembrar do modo
como se escrever lembre-se que ceder comea com c.
A
cesso
de
suas
terras
foi
aceita.
Autorizei a cesso dos materiais deste departamento instituio carente que
os solicitou. 5

3, 4 e 5 Disponvel em:< http://alturl.com/o6wap >. Acesso em 23/09/2013. (Adaptado)

CONCERTO - CONSERTO

Leia a frase abaixo


Ela foi fazer um conserto/concerto hoje.
Esta orao ambgua, pois pode estar dizendo tanto que a pessoa faz parte
de uma orquestra (ou coisa semelhante) ou ento que ela saiu para reparar
alguma coisa.

Use concerto, com c, quando tiver significado de audio musical, harmonia


de instrumentos ou vozes, composio musical extensa.
Use conserto, com s, quando tiver significado de reparo, restaurao,
reforma, remediar, corrigir, colocar algo em bom estado.
Disponvel em:< http://alturl.com/ytqrg>. Acesso em 27/09/2013. (Adaptado)

CAAR - CASSAR

. Use caar quando quiser o significado de perseguir animais:


Eles saram para caar raposas.
. Use cassar quando quiser o significado de anular direitos polticos.
O Congresso cassou o mandato do senador Calheiros.
Confira alguns exemplos:
a) Eles caam por esporte.
b) Eles no caaro mais, foram proibidos!
c) O Congresso cassou o mandato do senador Calheiros.
d) Os direitos do ex-presidente Fernando Collor foram cassados durante o
Impeachment.
Disponvel em:< http://alturl.com/ow5xf >. Acesso em 27/09/2013. (Adaptado)

SEXTA - CESTA
Sexta Ordinal que, numa sequncia, corresponde ao nmero seis ; dia da

semana:
O corredor atingiu a sexta posio.
A festa ser na prxima sexta-feira.
Disponvel em:<: http://aulete.uol.com.br/sexto#ixzz2g7zjZIyg>. Acesso em 27/09/2013.
(Adaptado)

Cesta - Recipiente de vime, palha ou outro material tranado, para colocao ou


transporte de objetos:
A cesta est cheia de frutas.
Disponvel em:< http://aulete.uol.com.br/cesta#ixzz2g80e1csX>. Acesso em 27/09/2013.
(Adaptado)

TACHA - TAXA

Use taxa quando quiser obter o significado de tarifa, tributo, imposto.


Use tacha quando quiser obter o significado de pequeno prego de cabea
chata.
Veja os exemplos abaixo:
O valor das taxas aumenta regularmente.
Para realizarem seu trabalho, os marceneiros compram tachas
frequentemente.
Disponvel em:< http://alturl.com/uqwh2 >. Acesso em 27/09/2013. (Adaptado)

Exerccios
1. Chorarei muito __________________ voltares. (seno se no)
2. No faz nada ________________ estudar. (seno se no)
3. No estou ___________________ conversar neste momento. (a fim de afim)
4. O casal tem comportamento _________________, vivem muito bem. (afim de afim)
5. Eu no estou ________________ do assunto. (a par ao par)
6. A moeda americana caminha _____________ com a moeda inglesa. (a par ao par)
7. Ele correu, por isso ______________ muito. (suou soou)
8. Sua voz ______________ bem alto. (suou soou)
9. O funcionrio foi transferido para uma outra _________________.(sesso seo
cesso)
10. Naquele dia, todos aguardavam a presena do economista para, na Cmara
Municipal, iniciar a _________________. (sesso seo cesso)
11. Espera-se que o conjunto de cordas realize um ________________ nos prximos
dias. (conserto concerto)
12. O _______________ deste aparelho de televiso carssimo. (conserto concerto)
13. O poltico foi __________________ por corrupo. (caado cassado)
14. S na ____________ tentativa o motorista conseguiu estacionar o veculo. (sexta
cesta)
15. Ele no sabia pregar uma _______________ na parede. (taxa tacha)

2 PARTE - Observe

as orientaes ortogrficas abaixo paa

responder os exerccios

16 a 23
EU ou MIM?
O Eu sempre o sujeito da frase enquanto que o MIM NUNCA
ser o sujeito. Em outras palavras, MIM NO FAZ NADA!!
Joo traga um livro para mim.
Joo traga um livro para eu ler.
ATENO!
Quando a frase apresentar a preposio ENTRE, a escolha dever
ser o MIM.
No h divergncias entre MIM e voc.
Somos muito amigas, por isso entre voc e MIM no poder haver
segredos.

16. Complete com o pronome adequado (eu/mim):


a - Diga-me logo o que para _______ trazer.
b - Para _______ , bastam dois copos.
c - Entre ______e ela sempre houve interesse mtuo.
d - Sem _______ nada ser assinado.
Uso do POR QUE, POR QU, PORQUE OU PORQU?
POR QUE Utilizado no incio de frases interrogativas. Com sentido de razo / motivo
pelo(a) qual.
Por que voc no foi festa?
Gostaria de saber por que voc no foi festa.
POR QUE Utilizado no meio de frases afirmativas com o sentido de pelo qual, pelos
quais.
Gostamos dos motivos por que voc nos convidou para o novo emprego.
POR QU Utilizado no final de frases interrogativas ou quando estiver isolado.
Voc no foi festa, por qu?
PORQUE Utilizado em respostas, na introduo de causa ou explicao.
No fui festa porque estava doente.
PORQU Com valor substantivo, precedido de determinante. Pode ser substitudo por
motivo.
Quero saber o porqu de tanta gritaria.

17. Preencha as lacunas com por que, porque, por qu ou porqu.

1. O funcionrio no instalou os cabos, _________________?


2) _________________ eles no elaboram o projeto?
3) Os alunos no se saram bem _________________ estavam despreparados.
4) Os administradores resolveram os problemas, _____________ so profissionais.
5) Elas quiseram saber o _______________do aumento nos preos.
Para responder a questo 18 leia novamente a orientao ortogrfica dos
exerccios 1 a 15 sobre o
uso das expresses se no e seno.
18. Complete as frases com Seno ou Se no
1. Feche o arquivo, ______________ o computador ficar carregado.
2. Ningum, ______________ o programador, conseguiu detectar a falha no sistema.
3. Quem poderia ser ______________ nosso gerente?
4. Os problemas no so ______________ um desafio.
5. ______________ acordar mais cedo, perder o nibus.
Emprego de HOUVE ou OUVE

Houve forma do verbo haver (=existir), no pretrito perfeito do indicativo.


Ouve forma do verbo ouvir (=escutar), no presente do indicativo.
Lembre-se
Houve verbo haver (existir)
Ouve verbo ouvir (escutar)
Exemplos:
No houve programa jornalstico.
O senhor no ouve bem o programa.
Disponvel em:< http://www.idealdicas.com/emprego-de-houve-ou-ouve/>. Acesso em
10/03/2014.
19. Empregue "ouve" ou "houve", de acordo com o sentido das frases:
1. Se no falar baixinho, algum _____________nosso segredo.
2. No ____________ nenhum erro de clculo, o saldo est correto.
3. Meu chefe no ____________ muito bem.
4. No ano passado ____________ uma srie de atentados no mundo.
A ou H?
A Preposio, indica tempo futuro, idia de distncia e na expresso a tempo.
Ele chegar daqui a duas semanas.
A cidade fica a 20 km daqui.
No chegaremos a tempo de ver o espetculo.
H Indica tempo decorrido, passado. Verbo haver no presente do indicativo.
H tempo que no trabalho tanto quanto agora.
Saiu h pouco do Rio de Janeiro.

20. Complete com H ou A:


1. ____________ dias que no trabalhamos no projeto.
2. Daqui ____________ alguns dias iniciarei em meu novo emprego.
3. Esteve em outros pases ____________ um ms.
4. O gerente dirigiu a palavra ____________ toda equipe
5. Foi ____________ Florianpolis a trabalho.

MAL ou MAU?
MAL Antnimo de bem.
A criana estava passando mal desde ontem.
MAU Antnimo de bom.
Houve mau uso dos equipamentos eletrnicos.

21. Complete corretamente as frases com MAL ou MAU.


1 Aquela atendente estava muito ____________ vestida.
2. Aquele sorvete me fez ____________, fiquei resfriada.
3. ____________ tiveram tempo de chegar da escola, tiveram que trabalhar.
4. O instalador escolheu ____________ os equipamentos.
5. A recepcionista estava de ____________ humor.
AGENTE OU A GENTE?
AGENTE substantivo.
-Este o AGENTE 007.
-Ele um AGENTE da Polcia Federal.
A GENTE forma oral que na linguagem coloquial substitui o pronome NS.
- Vocs preferem ir ao cinema ou ao teatro?
- claro que A GENTE preferi ir ao cinema./ claro que NS preferimos ir ao cinema.

22. Substitua a forma de tratamento A Gente pelo pronome Ns. Faa as alteraes que
forem necessrias.
1. A gente j trabalhou naquela empresa
_________________________________________________________________
2. A gente hoje est atrasada.
_________________________________________________________________
3. A gente s v equipamento destes em grandes empresas.
_________________________________________________________________
4. E se a gente no finalizar a tarefa?
_________________________________________________________________
5. Depois a gente marca um encontro com elas.
_________________________________________________________________

MS, MAS ou MAIS?


MS Ruins.
-Essas pessoas so muito ms.
MAS Conjuno coordenativa adversativa: entretanto, porm.
-A virtude comunicvel. Mas o vcio contagioso.
MAIS Antnimo de menos.
-O jornal de hoje publicou mais fotos da vencedora do festival.
23. Complete com MAS, MS ou MAIS, conforme convenha:
1. Eu sabia do problema, ____________ no tinha autorizao para resolv-lo.
2. As ____________ instalaes geram muitos danos.
3. uma pea pequena, ____________ muito cara.
4. Para este trabalho, o programa Excel ____________ indicado do que o Word.
5. Pode sair, ____________ chegue cedo.

7 - GRAMTICA DE USO II

1 Parte - Complete a lacuna dos exerccios de nmero 1 a 15,


com um dos termos entre parnteses.

1. Meus avs saram do Japo e vieram para o Brasil em 1933. Portanto, aqui no
Brasil, eles podem ser considerados ____________. (emigrantes / imigrantes)

2. Na __________ de erupo do vulco Etna, os habitantes da Siclia foram retirados


de suas casas pelo governo italiano. (eminncia/ iminncia)

3. Com o ajuste no preo da gasolina marcado para a prxima semana, muitos


consumidores _____________-se em encher o tanque do seus automveis.
(apressaram /aprearam)

4. Por (I) o limite de velocidade, os guardas rodovirios (II) advertncias e multas aos
motoristas mais descuidados. I - ( infligirem/ infringem) II ( infligem/ infringem)

5. A __________ de Hugo Chvez foi decisiva na libertao dos sequestrados pelas


FARC. ( intercesso / interseo)

6. Vinte e quatro horas aps terem prestado depoimentos, o casal recebeu


____________ de priso preventiva. ( mandado / mandato)

7. O novo ministro, ao (I) no Palcio do Planalto, jurou comprometimento e


transparncia at o fim de seu (II).
I - (empossar/ empoar)

II (mandado /mandato).

8. Correndo sem parar debaixo desse sol, as crianas __________ muito e se


desidratam.( soam/ suam)

9. O IGPM e o INPC, assim como outras tantas _________, foram anunciados com
moderados aumentos.( taxas / tachas)

10. Com o (I) de drogas descendo os morros e invadindo a cidade, o (II) nas principais
avenidas tem se intensificado devido s constantes blitze policiais.
I (trfego/ trfico)

II ( trfego/ trfico)

11. Espera-se que os _____________ mantenham a paz no estdio no clssico de


domingo. (expectadores /espectadores)

12. Cumprindo (I) preventivo, a suspeita do crime foi colocada em (II) individual para
no sofrer agresses de outras presas. I (mandado/ mandato) II (sela/cela)

13. Os organizadores das Olimpadas em Pequim j encerraram as medies dos (I)


de todas as pistas de atletismo. Esto todas de acordo com o (II) dos regulamentos.
I (comprimentos/ cumprimentos )

II (comprimento/ cumprimento)

14. Comprar um carro zero com seus ________ pode ficar at R$ 6.000,00 mais caro.
(assessrios /acessrios)
16. Apesar de ter passado por um impeachment e seus direitos polticos terem sido
__________, o ex-presidente elegeu-se senador na ltima eleio. (cassados
b) caados

15. Embora o pedido tenha sido (I) (deferido/diferido) ____________pelo reitor, os


alunos

(II)___________(deferem/diferem)

em

suas

opinies

quanto

(III)________________(seo/sesso/cesso) de almoo gratuito para estudantes de


baixa renda.

2 Parte - Complete a lacuna dos exerccios de nmero 1 a 5,


com um dos termos entre parnteses.

1. Gostaria de saber _________ libertaram os suspeitos do crime.(por que/ por qu/


porque/ porqu)

2. (I) libertaram os suspeitos do crime? Todos questionam o (II) dessa ao.


(I) (por que/ por qu/ porque / porqu) (II) (por que/ por qu/ porque / porqu )

3. Libertaram os principais suspeitos do crime. _________ ?! (I) (por que/ por qu/
porque / porqu)

4. Libertaram os principais suspeitos do crime _________ a justia alega que eles no


interferem nas investigaes.( por que/ por qu/ porque / porqu)

5. Os alunos fizeram uma pesquisa prvia sobre o assunto _______ de escreverem


seus artigos. (a fim / afim)

Parte

Assinale

as

alternativas

que

correspondem

ao

preenchimento correto das lacunas dos exerccios de nmero 6 a 26.

6. (I)____________ dez anos, no se falava (II)_______ celulares, DVDs, i-pods e MP


3. No entanto, (III)________ 70% de crianas da classe mdia possuem um ou mais
desses eletrnicos em casa.
(I)a) H cerca de

(II) a) h cerca de

(III) a) h cerca de

b) Acerca de

b) acerca de

b) acerca de

c) Cerca de

c) cerca de

c) cerca de

7. O prefeito j pensa em instituir um outro tipo de rodzio de veculos, (I) _______ o


intenso (II) _______ na capital nos ltimos meses.
(I) a) haja visto
b) haja vista

(II) a) trfego
b) trfico

8. Tenho (I) _______ tempo disponvel durante a semana que no consigo estudar (II)
_______ ler o livro recomendado pela professora.
(I) a) tampouco

(II) a) tampouco

b) to pouco

b) to pouco

9. (I) _______ muitos anos, o homem sonhou em pisar na lua. Hoje (II) _______
aqueles que j podem fazer suas reservas para uma (III) _______ espacial.
(I) a) A

(II) a) a

b) H

b) h

(III) a) viagem
b) viajem

c) ho
10. J (I) _______ anos que trabalho nesta empresa. (II) _______, vim substituir um
funcionrio afastado, (III) _______ acabei sendo efetivado.
(I) a) faz
b) fazem

(II) a) Em princpio

(III) a) mais

b) A princpio

b) ms
c) mas

11. Quando ficou (I) _______ das causas da doena, o governador verificou tambm
que, cada vez mais, (II) _______ pessoas seguem as medidas de preveno.
(I) a) ao par

(II) a) menas

b) a par

b) menos

12. Os alunos que foram (I) _______

na prova disseram que seu (II) _______

desempenho deveu-se ao fato de terem perdido muitas aulas.


(I) a) mal

(II) a) mal

b) mau

b) mau

13. O tcnico preferiu realizar uma (I) _______ de condicionamento fsico (II) _______
treino com bola.
(I) a) seo

(II) a) ao invs de

b) sesso

b) em vez de

14. As medidas preventivas institudas ___________ estadual podem ajudar no


combate dengue.
a) a nvel

b) em nvel

15. Muitas pizzarias devem corrigir suas placas para: Fazemos entregas
______________.

a) em domiclio

b) a domiclio

16. Nosso escritrio situa-se (I) _______ Avenida Naes Unidas, mas residimos (II)
_______ Avenida Higienpolis.
(I) a) na

(II) a) na

b)

b)

17. _________ estiver de acordo com as exigncias do cliente, a encomenda poder


ser devolvida e reposta por outro produto.
a) Seno

b) Se no

18. O professor contraiu uma virose e est de cama. _____________ a aula de hoje
foi cancelada.
a) Porisso

b) Por isso

19. No adianta voc querer ir _________________ novos projetos do diretor. Ele j


decidiu coloc-los em prtica.
a) ao encontro dos

b) de encontro aos

20. _____________ o diretor no vai mudar de ideia. Sabemos o quanto ele


irredutvel.
a) Com certeza

b) Concerteza

21. Hoje em dia, o jovem tem acesso a muita informao devido aos sites de pesquisa
na internet, os canais por assinatura e aos aparelhos eletrnicos de alta tecnologia. (I)
_______ isso, o jovem atual pode crescer melhor preparado para a vida e para o
mercado de trabalho. (II) _______, alguns jovens ainda se negam a estudar.
(I) a) Contudo

(II) a) Contudo

b) Com tudo

b) Com tudo

22. A noite caa normalmente. Os postes se (I) _______, os maridos voltavam s


casas e as portas e portes eram (II) _______ at que, (III) _______, ouviu-se um
grito ecoando pela vizinhana.
(I) a) acendiam
b) ascendiam

(II) a) serrados
b) cerrados

(II) a) derrepente
b) de repente

23. Desculpe, no (I) _______ incomodar voc, mas talvez as crianas (II) _______
sair um pouco para passear.
(I) a) quis

(II) a) quisessem

b) quiz

b) quizessem

24. O (I) _______ da Polcia Federal perguntou se (II) _______ viajava a negcios ou
como turistas.
(I) a) a gente

(II)

b) agente

a) a gente
b) agente

25. O (I) _______

tinha a inteno de investigar a (II) _______

da sociedade

brasileira (III) _______ da legalizao do porte de armas por qualquer indivduo.


(I) a) plebicito
b) plebiscito

(II) a) opnio
b) opinio

(III) a) h cerca
b) acerca

26. Os eleitores (I) _______ pelo poltico (II) _______ e se deixaram levar pela sua
boa imagem.
(I) a) optaram
b) opitaram

(II) a) corrupto
b) corrupito

8 VARIAO LINGUSTICA

A linguagem1 a caracterstica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a


oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinio
frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa
insero ao convvio social.
E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os nveis da fala, que so
basicamente dois: O nvel de formalidade e o de informalidade.
O padro formal est diretamente ligado linguagem escrita, restringindo-se s
normas gramaticais de um modo geral. Razo pela qual nunca escrevemos da mesma
maneira que falamos. Este fator foi determinante para a que a mesma pudesse
exercer total soberania sobre as demais.

Disponvel em: http://www.brasilescola.com/gramatica/variacoes-linguisticas.htm Acesso em


08/09/2014.

Quanto ao nvel informal, este por sua vez representa o estilo considerado de menor
prestgio, e isto tem gerado controvrsias entre os estudos da lngua, uma vez que
para a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira errnea
considerada inculta, tornando-se desta forma um estigma.
Compondo o quadro do padro informal da linguagem, esto as
chamadas variedades lingusticas, as quais representam as variaes de acordo
com as condies sociais, culturais, regionais e histricas em que
utilizada. Dentre elas destacam-se:
Variaes histricas:
Dado o dinamismo que a lngua apresenta, a mesma sofre transformaes ao longo
do tempo. Um exemplo bastante representativo a questo da ortografia, se levarmos
em considerao a palavra farmcia, uma vez que a mesma era grafada com ph,
contrapondo-se linguagem dos internautas, a qual fundamenta-se pela supresso do
vocbulos.
Analisemos, pois, o fragmento exposto:
Antigamente
Antigamente, as moas chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e
muito prendadas. No faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito.
Os janotas, mesmo sendo rapages, faziam-lhes p-de-alferes, arrastando a asa,
mas ficavam longos meses debaixo do balaio."
Carlos Drummond de Andrade
Comparando-o modernidade, percebemos um vocabulrio antiquado.
Variaes regionais:
So os chamados dialetos, que so as marcas determinantes referentes a diferentes
regies. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe
outras nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Figurando tambm esta
modalidade esto os sotaques, ligados s caractersticas orais da linguagem.
Variaes sociais ou culturais:
Esto diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e tambm ao grau
de instruo de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as grias, os
jarges e o linguajar caipira.
As grias pertencem ao vocabulrio especfico de certos grupos, como os surfistas,
cantores de rap, tatuadores, entre outros.
Os jarges esto relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar
tcnico. Representando a classe, podemos citar os mdicos, advogados, profissionais
da rea de informtica, dentre outros.

Vejamos um poema e o trecho de uma msica para entendermos melhor sobre o


assunto:
Vcio na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mi
Para pior pi
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vo fazendo telhados.
Oswald de Andrade
CHOPIS CENTIS
Eu di um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra mode a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
At que tava gostoso, mas eu prefiro aipim.
Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade um credirio nas
Casas Bahia.
Esse tal Chopis Centis muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns rolezinho,
Quando eu estou no trabalho,
No vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
E tambm o Van Damme.
(Dinho e Jlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)

PARA SABER MAIS.... Variaes lingusticas: O modo de falar do brasileiro


Alfredina Nery

Toda lngua possui variaes lingusticas. Elas podem ser entendidas por meio de sua histria
no tempo (variao histrica) e no espao (variao regional). As variaes lingusticas podem
ser compreendidas a partir de trs diferentes fenmenos.
1) Em sociedades complexas convivem variedades lingusticas diferentes, usadas por
diferentes grupos sociais, com diferentes acessos educao formal; note que as diferenas
tendem a ser maiores na lngua falada que na lngua escrita;
2) Pessoas de mesmo grupo social expressam-se com falas diferentes de acordo com as
diferentes situaes de uso, sejam situaes formais, informais ou de outro tipo;

3) H falares especficos para grupos especficos, como profissionais de uma mesma rea
(mdicos, policiais, profissionais de informtica, metalrgicos, alfaiates, por exemplo), jovens,
grupos marginalizados e outros. So as grias e jarges.
Assim, alm do portugus padro, h outras variedades de usos da lngua cujos traos mais
comuns podem ser evidenciados abaixo.

Uso de r pelo l em final de slaba e nos grupos consonantais: pranta/planta;


broco/bloco.
Alternncia de lh e i: mui/mulher; vio/velho.
Tendncia a tornar paroxtonas as palavras proparoxtonas: arve/rvore; figo/fgado.
Tendncia a tornar paroxtonas as palavras proparoxtonas: arve/rvore; figo/fgado.
Reduo dos ditongos: caxa/caixa; pexe/peixe.
Simplificao da concordncia: as menina/as meninas.
Ausncia de concordncia verbal quando o sujeito vem depois do verbo: Chegou duas
moas.
Uso do pronome pessoal tnico em funo de objeto (e no s de sujeito): Ns pegamos
ele na hora.
Assimilao do ndo em no( falano/falando) ou do mb em m (tamm/tambm).
Desnasalizao das vogais postnicas: home/homem.
Desnasalizao das vogais postnicas: home/homem. Reduo do e ou o tonos:
ovu/ovo; bebi/bebe.
Reduo do r do infinitivo ou de substantivos em or: am/amar; am/amor.
Simplificao da conjugao verbal: eu amo, voc ama, ns ama, eles ama.
Variaes regionais: os sotaques
Se voc fizer um levantamento dos nomes que as pessoas usam para a palavra "diabo", talvez
se surpreenda. Muita gente no gosta de falar tal palavra, pois acreditam que h o perigo de
evoc-lo, isto , de que o demnio aparea. Alguns desses nomes aparecem em o "Grande
Serto: Veredas", Guimares Rosa, que traz uma linguagem muito caracterstica do serto centrooeste do

Brasil:

Demo, Demnio, Que-Diga, Capiroto, Satanazim, Diabo, Cujo, Tinhoso, Maligno, Tal,
Arrenegado, Co, Cramunho, O Indivduo, O Galhardo, O p-de-pato, O Sujo, O Homem, O
Tisnado, O Coxo, O Temba, O Azarape, O Coisa-ruim, O Mafarro, O P-preto, O Canho, O
Duba-dub, O Rapaz, O Tristonho, O No-sei-que-diga, O Que-nunca-se-ri, O sem gracejos,

Pai do Mal, Terdeiro, Quem que no existe, O Solto-Ele, O Ele, Carfano, Rabudo.
Drummond de Andrade, grande escritor brasileiro, que elabora seu texto a partir de uma
variao lingustica relacionada ao vocabulrio usado em uma determinada poca no Brasil.
Antigamente
"Antigamente, as moas chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito
prendadas. No faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo
sendo rapages, faziam-lhes p-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses
debaixo

do

balaio."

Como escreveramos o texto acima em um portugus de hoje, do sculo 21? Toda lngua muda
com o tempo. Basta lembrarmos que do latim, j transformado, veio o portugus, que, por sua
vez,

hoje

muito

diferente

daquele

que

era

usado

na

poca

medieval.

Lngua e status
Nem todas as variaes lingusticas tm o mesmo prestgio social no Brasil. Basta lembrar de
algumas variaes usadas por pessoas de determinadas classes sociais ou regies, para
perceber

que

preconceito

em

relao

elas.

Veja este texto de Patativa do Assar, um grande poeta popular nordestino, que fala do
assunto:

O Poeta da Roa
Sou fio das mata, canto da mo grossa,
Trabio na roa, de inverno e de estio.
A minha chupana tapada de barro,
S fumo cigarro de paia de mo.
Sou poeta das brenha, no fao o pap
De argun menestr, ou errante cant
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, percura de am.
No tenho sabena, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o meu nome assin.
Meu pai, coitadinho! Vivia sem cobre,
E o fio do pobre no pode estud.
Meu verso rastero, singelo e sem graa,
No entra na praa, no rico salo,
Meu verso s entra no campo e na roa
Nas pobre paioa, da serra ao serto.
(...)

Voc acredita que a forma de falar e de escrever comprometeu a emoo transmitida por essa
poesia? Patativa do Assar era analfabeto (sua filha quem escrevia o que ele ditava), mas
sua

obra

atravessou

oceano

se

tornou

conhecida

mesmo

na

Europa.

Leia agora, um poema de um intelectual e poeta brasileiro, Oswald de Andrade, que, j em


1922,

enfatizou

busca

por

uma

"lngua

brasileira".

Vcio na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mi
Para pior pi
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vo fazendo telhados.

Uma certa tradio cultural nega a existncia de determinadas variedades lingusticas dentro
do pas, o que acaba por rejeitar algumas manifestaes lingusticas por consider-las
deficincias do usurio. Nesse sentido, vrios mitos so construdos, a partir do preconceito
lingustico.

9 EXERCCIOS:VARIAO LINGUSTICA
QUESTO 1
3

Tendo em vista que as grias compem o quadro de variantes lingusticas ligadas ao aspecto
sociocultural, analise os excertos a seguir, indicando o significado de cada termo destacado de acordo
com o contexto:

a Possivelmente no iremos festa. L, todos os convidados so patricinhas e mauricinhos!


b - Nossa! Como meu pai careta! No permitiu que eu assistisse quele filme.
c Os namoros resultantes da modernidade baseiam-se somente no ficar.
d E a mano? Ests a fim de encontrar com uma mina hoje? A parada vai bombar!
e Aquela aula de matemtica foi pssima, no saquei nada daquilo que o professor falou.

QUESTO 2
A seguir so apresentados alguns fragmentos textuais. Sua tarefa consistir em analis-los e classificlos atribuindo a variao lingustica condizente, so elas: variao social, regional, cultural e histrica.

Disponvel em: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/variacoes-linguisticas-o-modo-defalar-do-brasileiro.htm Acesso em: 08/09/2014


3
Disponvel em: http://www.brasilescola.com/gramatica/variacoes-linguisticas.htm Acesso em
08/09/2014. (Adaptado)

a Antigamente
Antigamente, as moas chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. No
faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapages, faziamlhes p-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio."

Carlos Drummond de Andrade

b - Vcio na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mi
Para pior pi
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vo fazendo telhados.

Oswald de Andrade

c Aqui no Norte do Paran, as pessoas chamam a correnteza do rio de corredeira. Quando a corredeira
est forte perigoso passar pela pinguela, que uma ponte muito estreita feita, geralmente, com um
tronco de rvore. Se temos muita chuva a pinguela pode ficar submersa e, portanto, impossibilita a
passagem. Mas se ocorre uma manga de chuva, uma chuvinha passageira, esse problema deixa de
existir.
d E a mano? Ta a fim de d uns rol hoje?
Qual ! Vai top a parada? V se desencana! Mor velho?

QUESTO 3
Os enunciados lingusticos em evidncia encontram-se grafados na linguagem coloquial. Reescreva-os de acordo com
o padro culto da linguagem.

a Os livros esto sobre a mesa. Por favor, devolve eles na biblioteca.


b Falar no celular uma falha grave. A consequncia deste ato pode ser cara.
c Me diga se voc gostou da surpresa, pois levei muito para preparar ela.
d No aviso havia o seguinte comentrio: No aproxime-se do alambrado. Perigo constante.
e Durante a reunio houveram reclamaes contra o atraso do pagamento dos funcionrios.

10 TPICO FRASAL
O tpico frasal, de acordo com Othon Garcia, em sua obra Comunicao em
prosa moderna, representado por um ou dois perodos curtos iniciais do
pargrafo , em que se expressa de maneira sucinta a ideia-ncleo, tambm
chamado de frase frase-ncleo.
Exemplo 1:
Viver mesmo uma ginstica. O corao se contorce para bombear o
sangue que, por sua vez, corre o corpo inteiro. A respirao estica e encolhe os
pulmes. O aparelho digestivo se dobra e desdobra com o alimento. Tudo na
vida animal movimento - msculos que se contraem, msculos que se
estendem. Graas a cerca de 650 msculos o homem pode, alm de viver,
ficar em p, andar, danar, falar, piscar os olhos, cair na gargalhada,
prorromper em lgrimas, expressar no rosto suas emoes, escrever e ler este
texto. Portanto, o desempenho da musculatura muito mais forte que mera
fora
bruta.
(Revista
Superinteressante,
n.2,
1988)
Exemplo 2:
Todos sabem que a cada dia se torna mais difcil trafegar pelas ruas da
capital amazonense. Com a facilidade que existe hoje para se adquirir um
automvel, o nmero de veculos em circulao vem crescendo em larga
escala. S que a cidade no foi preparada para essa nova realidade. Cresceu
rpida e desordenadamente nas ltimas dcadas, sem ruas e bairros
planejados para a grande demanda de carros. Isso, somado falta de preparo
de motoristas e pedestres, resultou no trnsito confuso e estressante de hoje.
(Carlos
Guedelha)

A IMPORTNCIA DO TPICO FRASAL

O tpico frasal de suma importncia tanto para quem escreve quanto para
quem
l
o
pargrafo.
Para quem escreve, importante para no se perca ao escrever, pois ter
aquela ideia como base do pargrafo, evitando assim um aglomerado de ideias
soltas.
O
tpico
frasal
ser
o
seu
norte.
Para o leitor, importante porque, ao iniciar a leitura do pargrafo tpico
frasal, ele j sabe que ideia ir encontrar ao longo do pargrafo.
11 EXERCCIOS: TPICO FRASAL
Produza um pargrafo para cada um dos tpicos frasais abaixo:
a) O estudo , sem dvida, o melhor passaporte para o mercado de trabalho.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

_______________________________________________________________
____________________________________________________________
b) A internet ganha cada vez mais espao no dia a dia das pessoas.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
____________________________________________________________
PARA SABER MAIS4
Se voc quiser saber um pouco mais sobre o tpico frasal, leia o texto a seguir.
TIPOS DE TPICO FRASAL
Veremos

seguir

os

principais

tipos

de

tpico

frasal:

a)
DECLARAO
INICIAL
Faz-se uma declarao inicial, que ser comentada em seguida.
Ex:
O conhecimento nasceu como uma extenso do corpo, para ajud-lo a
viver. O corpo sentiu dor, e a dor f-lo usar a inteligncia a fim de encontrar
uma receita para por fim dor. O corpo sentiu prazer, e o prazer f-lo usar a
inteligncia a fim de encontrar uma receita para repetir a experincia de prazer.
Esse o incio do conhecimento. Foi assim que nasceu a cincia.
(RUBEM
ALVES.
Folha
de
S.
Paulo,
12.09.99.)
b)
DEFINIO
uma forma de iniciar pargrafos sobre termos que pedem uma ligeira
conceituao.
Ex:
O mito, entre os povos primitivos, uma forma de se situar no mundo,
isto , de encontrar o seu lugar entre os demais seres da natureza. um
modo ingnuo, fantasioso, anterior a toda reflexo e no-crtico de estabelecer
algumas verdades que no s explicam parte dos fenmenos naturais ou
mesmo a construo cultural, mas que do, tambm, as formas da ao
humana.
(Maria Lucia Aranha, Temas de filosofia. So Paulo: Moderna, 1992, p. 62)
c)
DIVISO
Usa-se um numeral ou um pronome indefinido no plural como vrios, alguns,
etc. O que se faz em seguida apresentar as ideias como uma enumerao.
Ex:
O povoamento do sul do Brasil processou-se de dois modos
4

Disponvel em :< http://alturl.com/z8e45>. Acesso em 27/09/2013. (Adaptado)

diferentes: no litoral, pela vinda de colonos aorianos, que chegavam com


algumas ferramentas, sementes, um pouco de dinheiro; no interior, pela
chegada de famlias paulistas, que seguiam os caminhos do altiplano. O duplo
aspecto do povoamento dar lugar a dois tipos de sociedade e dois tipos de
economia.
(Roger
Bastide,
Brasil:
Terra
de
Contraste)
d)
ALUSO
HISTRICA
Utiliza-se algum fato histrico como ponto de partida para desenvolver o
pargrafo.
Ex:
Aps a queda do muro de Berlim, acabaram-se os antagonismos lesteoeste e o mundo parece ter aberto de vez as portas para a
globalizao. As fronteiras foram derrubadas e a economia entrou em rota
acelerada de competio. Preparou-se o terreno para a construo da
chamada
aldeia
global.
(Antonio
Carlos
Viana)
e)
INTERROGAO
(PERGUNTA)
Inicia-se o pargrafo com uma pergunta que desperta a reflexo do leitor. A
pergunta no respondida de imediato, mas ao longo da argumentao.
Ex:
Ser que com novos impostos que a sade melhorar no Brasil?Os
contribuintes j esto cansados de tirar dinheiro do bolso para tapar um buraco
que parece no ter fim. A cada ano, o cidado lesado por novos impostos
para alimentar um sistema que s parece piorar. (Antonio Carlos Viana)
f)
ADJETIVAO
O uso de dois ou mais adjetivos servem de base para a argumentao.
Ex:
O atual e crescente interesse pelo canto gregoriano notvel e
compreensvel. Notvel porque se d numa poca em que tudo o que est na
moda tem de ser barulhento e acelerado; compreensvel porque nenhuma
outra msica proporciona uma sensao de tranqilidade e paz interior to
profunda. Os cantos tranqilizadores conquistaram o mundo em busca de uma
nova
espiritualidade
(Encarte do CD Vozes da tranqilidade, Readers Digest Msica)
g)
CITAO
Inicia-se o pargrafo com a citao de alguma frase interessante dita por
algum
renomado.
Ex:
Todo brasileiro mestio. Se no no sangue nas ideias. A observao
Slvio Romero, e foi feita h cerca de um sculo. De fato, o material de que se
alimenta a vida espiritual de todos os brasileiros provm de fontes tnicas
muito diversas e muito misturadas. Tradies culturais europias se cruzam
com razes africanas e matrizes indgenas, antes de receberem influncias
asiticas, sobretudo atravs da imigrao japonesa. A riqueza (a
universalidade) de uma cultura nacional depende de muitos fatores. E
depende, decisivamente, de sua capacidade de saber assimilar a diversidade
das experincias humanas que lhe chegam, atravs dos mais distintos
caminhos.

(Leandro

Konder,

Globo,

11

out.

1992.

h)
UMA
SEQUNCIA
DE
FRASES
NOMINAIS
Inicia-se o pargrafo com uma srie de frases nominais (frases sem verbo).
um
tipo
de
tpico
frasal
bastante
expressivo.
Ex:
Desabamento de shopping em Osasco. Morte de velhinhos numa clnica
do Rio. Meia centena de mortes numa clinica de hemodilise em Caruaru.
Chacina de sem-terra em Eldorado dos Carajs. Muitos meses j se
passaram e esses fatos continuam impunes, comprovando a mxima de que
no
Brasil
a
impunidade
alimenta
o
crime.
i)
ILUSTRAO
Inicia-se o pargrafo apresentando um fato para ilustrar o tema.
Ex:
Na mesma semana que morreu Ayrton Senna, morreu atropelada no Rio,
mais precisamente na Avenida das Amricas, na Barra da Tijuca, uma
empregada domstica chamada Rosilene. Durante uma hora os carros
passaram por cima de seu corpo, a ponto de s ser reconhecida atravs das
impresses digitais que restaram. O Brasil inteiro chorou a morte de Senna,
mas poucos souberam do fim trgico de Rosilene. Este bem o retrato do pas
que habitamos. Somos cada dia mais dois Brasis. Um, dos ricos e famosos,
que faz uma nao inteira chorar ou pelo menos se interessar pelo caso. Outro,
o dos miserveis, cujas vidas no interessam a ningum. (Antonio Carlos
Viana)
j)
OMISSO
DE
DADOS
IDENTIFICADORES
Omite-se do leitor a identificao do tema do pargrafo, criando suspense nas
primeiras
linhas.
Ex:
Esta palavra j virou uma das principais bandeiras da juventude. Com certeza
no algo que se refira somente poltica ou s grandes decises do Brasil e
do mundo. Ela deveria pautar a conduta do ser humano em todos os seus
aspectos, pois sem ela a convivncia em sociedade se transformaria em um
caos. Infelizmente, existem espalhados por a centenas de milhares que fazem
pouco caso dela, a tica, e entre estes est a maioria dos polticos. (Paulo
Marinho, aluno de Letras)

12 ESTRUTURA DO PARGRAFO

O QUE O PARGRAFO

O pargrafo uma unidade de composio do texto constituda por um ou mais


de um perodo, em que se desenvolve determinada ideia central, ou nuclear,
qual se agregam outras, secundrias, intimamente relacionadas pelo sentido e
logicamente
decorrentes
dela.

(...) esse conceito se aplica a um tipo de pargrafo considerado como padro,


e padro no apenas no sentido de modelo, de prottipo, que se deva ou que
convenha imitar, dada a sua eficcia, mas tambm no sentido de ser frequente,
ou predominante, na obra de escritores sobretudo modernos de
reconhecido
mrito.
(Othon Garcia. Comunicao em prosa moderna. RJ: FGV, 1988, p.203)

O PARGRAFO-PADRO

Em geral, o pargrafo-padro,(...) consta, sobretudo na dissertao e na


descrio, de duas e, ocasionalmente, de trs partes: a introduo,
representada na maioria dos casos por um ou dois perodos curtos iniciais, em
que se expressa de maneira sumria e sucinta a ideia-ncleo ( o que
passaremos a chamar daqui por diante de tpico frasal ou frase-ncleo); o
desenvolvimento, isto , a explanao dessa ideia-ncleo; e a concluso,
mais rara, mormente nos pargrafos pouco extensos ou naqueles em que a
idia
central
no
apresenta
maior
complexidade.
(Othon Garcia. Comunicao em prosa moderna. RJ: FGV, 1988, p.206)

ESTRUTURA DO PARGRAFO-PADRO

Como vimos, o pargrafo-padro compe-se de:


- tpico frasal ou frase-ncleo: contm a sntese da ideia central de todo o
pargrafo.
- frases de desenvolvimento: so utilizadas para comentar, exemplificar,
desenvolver, ampliar o tpico frasal.
- frases de concluso: so utilizadas para fechar o pargrafo, arrematando a
ideia.
Exemplo:

Quatro funes bsicas tm sido atribudas aos meios de comunicao:


informar, divertir, persuadir e ensinar. A primeira diz respeito difuso de
notcias, relatos e comentrios sobre a realidade. A segunda atende procura
de distrao, de evaso, de divertimento por parte do pblico. A terceira
procura persuadir o indivduo, convenc-lo a adquirir certo produto. A quarta
realizada de modo intencional ou no, por meio de material que contribui para a
formao do indivduo ou para ampliar seu acervo de conhecimentos. (Samuel
P.
Netto)

13 EXERCCIOS: PARGRAFO E TPICO FRASAL

Leia os textos para responder as questes.


Texto 1
Educao e Conhecimento em Cincias Ambientais
As cincias desempenham um importante papel na divulgao do real
significado das transformaes do nosso planeta, enquanto sustentador da
vida, com as estratgias apropriadas de desenvolvimento de acordo as vrias
reas do conhecimento. Atualmente, muitos pesquisadores apontam que a
Educao Ambiental uma das principais formas de atuao do movimento
ecolgico que pode obter resultados prticos e significativos. Esses resultados
podem ser obtidos atravs das Cincias Ambientais, que uma rea criada
para aprofundar mais nas disciplinas que so relacionadas ao Meio Ambiente
como: Ecologia, Biologia, Geografia e Zoologia. A partir desse aprofundamento
interdisciplinar, poder estudar solues para os grandes impactos ambientais
gerados pelo homem.(...)
O desenvolvimento da sociedade, impulsionada pela globalizao, faz
com que cada vez mais sejam absorvidos profissionais capacitados a planejar
e gerenciar a qualidade do meio ambiente, assim, a prpria sociedade que
demanda a participao destes profissionais no processo produtivo, obrigando
as empresas e governos a situarem-se dentro de padres economicamente
produtivos, socialmente responsveis e ecologicamente corretos para diminuir
os problemas no meio ambiente.
(...) Nas prximas dcadas, a sobrevivncia da humanidade vai
depender da educao ecolgica, da capacidade do ser humano compreender
os princpios bsicos da ecologia e viver de acordo com eles. Isso significa que
essa educao tem de tornar-se uma qualificao essencial dos polticos,
lderes empresariais e profissionais de todas as reas, e tem que ser, um dos
assuntos mais importantes da educao primria, secundria e superior.
A natureza e o homem devem viver em harmonia e equilbrio, com isso,
precisamos ensinar aos estudantes os fatores fundamentais da vida e a
educao atravs das cincias ambientais, que o primeiro passo em direo
sustentabilidade.
QUESTO 1
Grife, no texto, o tpico-frasal de cada pargrafo.
QUESTO 2

A partir da concluso apresentada pelo autor, elabore um pargrafopadro para expor sua opinio.

Texto 2
Softwares: Obsolescncia e Vulnerabilidades
Todo software um dia se torna obsoleto, pois aps um determinado
tempo ou nmero de verses, o software abandonado, ou seja, deixa de ser
suportado. At a chegada desse dia, cabe a seu distribuidor, fabricante ou
autor, manter fazer sua manuteno, principalmente no que diz respeito
segurana, de modo a manter seu funcionamento satisfatrio.
O custo dessa manuteno, em geral, alto e tende a aumentar com o
tempo, o que leva a definio de uma "poltica de manuteno", que define
como e quando correes e atualizaes sero lanadas e por quanto tempo
determinadas verses sero suportadas.
Na utilizao de softwares livres, as atualizaes, em termo de custo de
licenas, so gratuitas. Em cenrio onde uma vulnerabilidade encontrada em
uma verso j no suportada, basta o usurio fazer a atualizao para uma das
ltimas verses que estar seguro.
Uma boa e consolidada poltica de manuteno de sistemas
computacionais "evitar alterar aquilo que est funcionando". Se determinada
verso de um programa est suprindo as necessidades do usurio, por que
instalar a ltima verso disponvel? Esse cenrio extremamente comum em
grandes corporaes e onde se pode notar mais uma grande vantagem do
software livre: uma vez que o cdigo fonte est disponvel, usurios nesta
situao podem simplesmente fazer as alteraes por conta prpria, conseguir
ajuda junto comunidade desenvolvedora ou mesmo contratar um servio
terceirizado para a manuteno do sistema. J os softwares fechados tornamse esquecidos, sem suporte, sem atualizaes e, inevitavelmente, com
problemas de segurana.
Ademar de Souza Reis Jr.
(Revista Tema, Ano XXVII, Nmero 163, p.53, Set/Out 2002)

QUESTO 1
Grife, no texto, o tpico-frasal de cada pargrafo.
QUESTO 2

A partir da concluso apresentada pelo autor, elabore um pargrafo-padro


para expor sua opinio.

Texto 3
A rapidez das informaes na organizao5
A rapidez com que as informaes so obtidas e circulam atualmente nas
empresas impressionante. A cada dia somos defrontados com novos
sistemas e novas tecnologias possibilitando a obteno de informaes
estratgicas de mercado, de clientes, concorrentes, etc, permitindo decises
mais rpidas em todos os nveis de uma organizao. Mesmo atravs da
internet, em pouco tempo so obtidas informaes as mais diversas. Mas, ser
que todas estas informaes que passam pelas nossas mos so totalmente
confiveis?
importante lembrar que h pouco mais de 10 anos esta facilidade no
existia. H 15 anos atrs dependamos de enormes computadores que exigiam
um enorme tempo para processar a informao de que necessitvamos. E h
20 anos atrs, por incrvel que parea aos profissionais mais jovens do
mercado, utilizvamos listagens com centenas de folhas no levantamento
manual (isso mesmo, manual) de dados que se transformavam em informaes
desejadas para importantes tomadas de deciso. Afinal, no faz tanto tempo
assim e at parece que vivamos no tempo das cavernas!
O que mudou nestes ltimos anos? Obviamente no podemos mais
perder tempo aguardando que uma mquina nos d a informao de
necessitamos para fechar um negcio, agilizar um contato, atender um cliente
ou eliminar custos indesejveis. Seria um contrassenso querer voltar atrs e
manusear listagens de computador. Mas o que devemos nos perguntar :
ainda temos a capacidade de analisar e avaliar se os dados que esto sobre a
nossa mesa de trabalho so totalmente confiveis? O que eles nos revelam?
Se h 15 ou 20 anos atrs perdamos muito tempo no levantamento
manual de dados, por outro lado, isto nos permitia a anlise instantnea do que
estava sendo transformado em informao. Estvamos ao mesmo tempo
obtendo informaes e analisando o seu contedo, avaliando detalhes que
5

Adaptado de : Jos Carlos Maron Jr. http://www.artigonal.com/inf-artigos/a-rapidez-das-informacoes-na-organizacao

podiam influenciar decisivamente o negcio da empresa. Era justamente esta


capacidade analtica que tornava um funcionrio diferenciado e valorizado dos
demais dentro de um ambiente organizacional. Esta facilidade se perdeu nos
dias atuais, uma vez que a nossa vida se transformou num grande computador.
Hoje fazemos parte de processos nas organizaes que nos cobram cada vez
maior rapidez e menos tempo para analisar profundamente o que estamos
fazendo e como estamos fazendo, em busca apenas de resultados.
A tecnologia da informao veio para ficar e facilitar a nossa vida, mas
devemos ter discernimento quanto sua aplicao, lembrando que ela deve
ser

utilizada

para

nossa

evoluo

profissional

intelectual.

E,

consequentemente, para o crescimento das organizaes, da economia e do


pas como um todo.
QUESTO 1
Grife, no texto, o tpico-frasal de cada pargrafo.
QUESTO 2
A partir da concluso apresentada pelo autor, elabore um pargrafo-padro
para expor sua opinio.

Para lembrar: Alguns argumentos so baseados em dados objetivos: trabalhos


cientficos, resultados estatsticos, pesquisas de opinio, etc. Outros
argumentos expressam apenas impresses ou vivncias pessoais: so
argumentos subjetivos. Os argumentos e contra-argumentos podem ser
baseados em dados objetivos ou em impresses subjetivas.
14 LINGUAGEM VERBAL E NO VERBAL
O que linguagem? o uso da lngua como forma de expresso e comunicao
entre as pessoas. Agora, a linguagem no somente um conjunto de palavras
faladas ou escritas, mas tambm de gestos e imagens. Afinal, no nos
comunicamos apenas pela fala ou escrita, no verdade?
Ento, a linguagem pode ser verbalizada, e da vem a analogia ao verbo. Voc
j tentou se pronunciar sem utilizar o verbo? Se no, tente, e ver que
impossvel se ter algo fundamentado e coerente! Assim, a linguagem verbal
que se utiliza de palavras quando se fala ou quando se escreve.
A linguagem pode ser no verbal, ao contrrio da verbal, no se utiliza do
vocbulo, das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, no de expor
verbalmente o que se quer dizer ou o que se est pensando, mas se utilizar de
outros meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou
seja, dos signos visuais.

Vejamos: um texto narrativo, uma carta, o dilogo, uma entrevista, uma


reportagem no jornal escrito ou televisionado, um bilhete? Linguagem verbal!
Agora: o semforo, o apito do juiz numa partida de futebol, o carto vermelho, o
carto amarelo, uma dana, o aviso de no fume ou de silncio, o bocejo, a
identificao de feminino e masculino atravs de figuras na porta do
banheiro, as placas de trnsito? Linguagem no verbal!
A linguagem pode ser ainda verbal e no verbal ao mesmo tempo, como nos
casos das charges, cartoons e anncios publicitrios.
Observe alguns exemplos:
Carto vermelho denncia de falta grave no futebol.

Charge do autor Tacho exemplo de linguagem verbal (xente, polo norte


2100) e no verbal (imagem: sol, cactus, pinguim).

Placas de trnsito frente proibido andar de bicicleta, atrs quebra-molas.

Smbolo que se coloca na porta para indicar sanitrio masculino.

Imagem indicativa de silncio.

Semforo com sinal amarelo advertindo ateno.

PARA SABER MAIS...6


Linguagem verbal: aquela que utiliza palavras
Sueli Amaral

Disponvel em: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/linguagem-verbal-e-aquela-queutiliza-palavras.htm Acesso em 09/09/2014.

O termo "verbal" tem origem no latim "verbale", proveniente de "verbu", que


quer dizer palavra. Linguagem verbal , portanto, aquela que utiliza palavras - o
signo lingustico - na comunicao.
A linguagem verbal tem duas modalidades: a lngua escrita e a lngua oral.
Linguagem oral a que se usa quando o interlocutor est frente a frente
conosco e justamente podemos falar com ele. J a escrita, em tese, usada
quando o interlocutor est ausente. Entre a linguagem oral e a escrita h
muitas diferenas, mas no uma oposio rgida.
Na linguagem oral, o ambiente comum a ambos os falantes. Por isso, quando
usam "eu", "aqui", "hoje", no precisam explicitar do que se trata. Alm disso,
os gestos, expresses faciais, altura do tom da voz, contribuem para a clareza
da comunicao. Nesse sentido, a linguagem oral usa recursos diferentes
daqueles usados na linguagem escrita.
Veja a frase "Joo comeu o bolo". Podemos diz-la:
1) Colocando nfase na palavra Joo, em Joo comeu o bolo. Ento, essa
frase poderia estar respondendo a uma pergunta como "Quem comeu o bolo?".
2) Falando de maneira mais forte a palavra comeu, em Joo comeu o bolo.
Nesse caso, poderamos estar respondendo a algo como "Que fez Joo?".
3) Colocando o acento na expresso o bolo, em Joo comeu o bolo, o que
poderia ser a resposta de "O que comeu Joo?".

Recursos da escrita
Na linguagem escrita, precisamos explicitar quase tudo que queremos que o
nosso interlocutor entenda. A frase acima precisaria vir acompanhada de uma
informao a respeito do ambiente onde se encontram Joo e o bolo (uma
festa, o trabalho, a cozinha etc..), explicitao de quem participa do dilogo,
introduo de um verbo dicendi (fulano/a falou, disse, perguntou, gritou,
murmurou, cochichou, berrou, por exemplo), o sinal grfico que indica a
introduo
da
fala
de
algum:
o
travesso
ou
aspas.

Mas nem por isso a escrita mais complexa e a fala mais simples. O grau de
formalidade no uso da linguagem oral depende do ambiente em que se
encontra o falante, do objetivo a atingir, de quem so os ouvintes.
H situaes que exigem falas elaboradas, isto , com vocabulrio e
organizao mais prxima da escrita, mas na maior parte do tempo ns
usamos a chamada linguagem coloquial, a linguagem do dia-a-dia. Por outro
lado, h situaes em que convm o uso de uma escrita mais pessoal, como
no caso de um bilhete ou em uma lista, como h ocasies, precisamos
organizar um texto formal, de acordo com a norma culta da lngua.

A escrita alfabtica
Em linhas gerais, o alfabeto um sistema de sinais, as letras, que representam
os sons da fala. A palavra vem do latim alphabetum, formada por duas outras
palavras alpha e beta, as duas primeiras letras do alfabeto grego.
Sabe-se que o alfabeto grego veio de adaptao da escrita dos fencios. Os
estudos da escrita antiga so realizados geralmente a partir de inscries de
vasos e outros objetos, encontrados por arquelogos. No caso da cultura
grega,
existem
inscries
em
cermicas
no
sculo
8
a.C.
O uso da escrita marcou a civilizao moderna, principalmente a partir da
inveno da imprensa, por volta de 1450, por Gutemberg, que pelo uso das
letras mveis tornou possvel a reproduo rpida de textos escritos,
anteriormente copiados mo. Como consequncia, a civilizao moderna
pde se organizar em torno da transmisso da informao pela escrita: jornais,
revistas, livros...

As linguagens no verbais
Quando voc v um captulo de novela na televiso, voc ouve a fala das
personagens e uma msica de fundo. Simultaneamente v um cenrio e o
vesturio das personagens. As cores do cenrio, a iluminao do espao, os
gestos e as expresses dos atores contribuem para a construo do
significado. Tudo isso tambm contribui para criar um clima, para reforar uma

ideia, para direcionar uma mensagem. No levamos em conta cada um dos


aspectos separadamente, mas todos juntos quando procuramos entender o
que
se
passa
na
tela.
Para expressar um mundo, onde as mudanas so aceleradas, as novas
linguagens transmitem rapidamente um nmero cada vez maior de mensagens.
A ilustrao, o desenho, a figura, a fotografia, os sons, associados a textos
verbais curtos e diretos buscam atingir o leitor com maior impacto. A
valorizao da imagem supe um leitor que no tenha tempo para ler
mensagens

longas

ou

complicadas.

Dado o intenso uso de linguagem no verbal nos dias atuais, pode-se dizer que
entre uma e outra existe integrao e influncia recproca, de forma que uma
provoca alteraes na outra.

A comunicao eletrnica
Nos dias atuais surgem novos gneros textuais, como o e-mail, os chats (salas
de bate-papo) e os fruns on-line (espaos de opinio e debate), que
apresentam
linguagem
escrita
e
linguagem
oral.
O "hipertexto", por exemplo, constitui-se em uma escrita no-sequencial e no
linear, que permite ao internauta acessar outros textos, atravs de "links" que o
fazem interagir com outras mensagens, num novo espao - o ciberespao.
Outras linguagens ou outras formas de usar as linguagens que j existem
caracterizam esse tempo como um tempo de informao rpida, que abre uma
enorme gama de possibilidades novos contatos e relacionamentos.
Veja como exemplo o blog. uma forma contrada de weblog, nome da verso
eletrnica dos antigos dirios pessoais. As famosas confisses de adolescente,
anotadas em cadernos e guardadas a sete chaves, so agora escancaradas na
internet. Com um detalhe: alm de bisbilhotarem os desabafos alheios, os
internautas ainda podem deixar l seus comentrios, fazer crticas e at dar
conselhos.
O sucesso dos blogs deve-se a dois fatores. So fceis de fazer e permitem
muita interatividade, juntando texto, fotos, desenhos, animaes, vdeos e
msicas. Para ter um blog no necessrio saber nada sobre criao de

pginas na internet. Basta entrar em um dos sites que ensinam a produzir um


dirio
virtual
e
seguir
as
indicaes
do
assistente
on-line.
Ainda no superamos, porm, a linguagem verbal, que a que, embora por
meio
eletrnico,
torna
possvel
a
comunicao
com
voc!
Leia
"Amor

trecho

seguir

fogo

ferida
que

um
dor que desatina sem doer."

que
di

de

um
arde

poema

de

sem

e
no
contentamento

se
se

Cames:
ver,
sente,
desconte,

15 COESO TEXTUAL7
Coeso a conexo, ligao, harmonia entre os elementos de um texto.
Percebemos tal definio quando lemos um texto e verificamos que as
palavras, as frases e os pargrafos esto entrelaados, um dando continuidade
ao outro.
Os elementos de coeso determinam a transio de ideias entre as frases e os
pargrafos.
Observe a coeso presente no texto a seguir:
Os sem-terra fizeram um protesto em Braslia contra a poltica agrria do pas,
porque consideram injusta a atual distribuio de terras. Porm o ministro da
Agricultura considerou a manifestao um ato de rebeldia, uma vez que o
projeto de Reforma Agrria pretende assentar milhares de sem-terra.
JORDO, R., BELLEZI C. Linguagens. So Paulo: Escala Educacional, 2007,
p. 566
As palavras destacadas tm o papel de ligar as partes do texto, podemos dizer
que elas so responsveis pela coeso do texto.
H vrios recursos que respondem pela coeso do texto, os principais so:
- Palavras de transio: so palavras responsveis pela coeso do texto,
estabelecem a inter-relao entre os enunciados (oraes, frases, pargrafos),
so preposies, conjunes, alguns advrbios e locues adverbiais.
Veja algumas palavras e expresses de transio e seus respectivos sentidos:
- inicialmente (comeo, introduo)
- primeiramente (comeo, introduo)
7

Disponvel em: http://www.brasilescola.com/redacao/coesao.htm Acesso em:09/09/2014

- primeiramente (comeo, introduo)


- antes de tudo (comeo, introduo)
- desde j (comeo, introduo)
- alm disso (continuao)
- do mesmo modo (continuao)
- acresce que (continuao)
- ainda por cima (continuao)
- bem como (continuao)
- outrossim (continuao)
- enfim (concluso)
- dessa forma (concluso)
- em suma (concluso)
- nesse sentido (concluso)
- portanto (concluso)
- afinal (concluso)
- logo aps (tempo)
- ocasionalmente (tempo)
- posteriormente (tempo)
- atualmente (tempo)
- enquanto isso (tempo)
- imediatamente (tempo)
- no raro (tempo)
- concomitantemente (tempo)
- igualmente (semelhana, conformidade)
- segundo (semelhana, conformidade)
- conforme (semelhana, conformidade)
- assim tambm (semelhana, conformidade)
- de acordo com (semelhana, conformidade)
- da (causa e consequncia)
- por isso (causa e consequncia)
- de fato (causa e consequncia)
- em virtude de (causa e consequncia)
- assim (causa e consequncia)
- naturalmente (causa e consequncia)
- ento (exemplificao, esclarecimento)
- por exemplo (exemplificao, esclarecimento)
- isto (exemplificao, esclarecimento)
- a saber (exemplificao, esclarecimento)
- em outras palavras (exemplificao, esclarecimento)
- ou seja (exemplificao, esclarecimento)
- quer dizer (exemplificao, esclarecimento)
- rigorosamente falando (exemplificao, esclarecimento).
Ex.: A prtica de atividade fsica essencial ao nosso cotidiano. Assim sendo,
quem a pratica possui uma melhor qualidade de vida.
- Coeso por referncia: existem palavras que tm a funo de fazer
referncia, so elas:
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os...
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso...

- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...


- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...
- pronomes relativos: que, o qual, onde...
- advrbios de lugar: aqui, a, l...
Ex.: Marcela obteve uma tima colocao no concurso. Tal resultado
demonstra que ela se esforou bastante para alcanar o objetivo que tanto
almejava.
- Coeso por substituio: substituio de um nome (pessoa, objeto, lugar etc.),
verbos, perodos ou trechos do texto por uma palavra ou expresso que tenha
sentido prximo, evitando a repetio no corpo do texto.
Ex.: Porto Alegre pode ser substituda por a capital gacha;
Castro Alves pode ser substitudo por O Poeta dos Escravos;
Joo Paulo II: Sua Santidade;
Vnus: A Deusa da Beleza.
Ex.: Castro Alves autor de uma vastssima obra literria. No por acaso que
o "Poeta dos Escravos" considerado o mais importante da gerao a qual
representou.
Assim, a coeso confere textualidade aos enunciados agrupados em conjuntos.
16 OPERADORES ARGUMENTATIVOS
O que so operadores argumentativos?
So elementos lingusticos que servem para orientar a sequncia do discurso.
(KCHE, 2008, p.31)
Operadores ou conjunes argumentativas so palavras ou expresses
responsveis pela ligao, pela coeso de duas oraes.
Principais Operadores Argumentativos:
1- Operadores de Adio: somam argumentos a favor de uma mesma
concluso, isto , indicam a soma de duas ideias.
So eles: e, tambm, ainda, nem, alm de etc.
Ex: Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa , e eles
convocaram pintassilgos, sabis e canrios para um inqurito.(ALVES, Rubem,
1984)
Lucas o melhor candidato: alm de ter boa formao em Economia, tem
experincia no cargo, e tambm no se envolve em negociatas.
2- Operadores de Finalidade: indicam uma relao de finalidade, objetivo.
Destacam-se: a fim de, a fim de que, com o intuito de, para, para a, para que,
com o objetivo de etc.
Ex: Nas duas semanas seguintes, mais de uma vez armou-se de coragem para
falar com Aurlio.(POZENATO, 2000)
Thiago estuda a fim de entender melhor a sua profisso.

3- Os operadores de causa e consequncia: Indicam uma orao


subordinada, denotadora de causa.
So eles: porque, visto que, em virtude de, uma vez que, devido a, por
motivo de, graas a, em razo de, em decorrncia de, por causa de, pois,
como, por isso que, j que, visto que, etc.
Ex: A esposa trabalhava agora com mais vontade, e assim era preciso, uma
vez que, alm das costuras pagas, tinha de ir fazendo com retalhos o enxoval
da criana. (ASSIS, 2001)
Desde que este sonho no fique s na cabea, o projeto vai comear ser
colocado em prtica.
4- Os operadores de explicao: Induzem uma justificativa ou explicao
relativa ao enunciado anterior.
Entre eles, citam-se: porque, que, j que, pois, etc.
Ex:Restavam-me, portanto, menos de duas horas, pois o trem chegaria s
cinco .(LINS,2011)
Estou alegre porque fiz um bom exame.
5- Os operadores de oposio: Contrape argumentos voltados para
concluses contrrias.
Os principais so: mas, porm, contudo, todavia, entretanto, no entanto,
embora, muito embora, contra, apesar de, no obstante, ao contrrio,
conquanto, a despeito de, etc.
Ex: Posso perfeitamente respeitar uma pessoa diferente e estranha, embora
nunca pretenda am-la. (KANITZ, 2003) O candidato esforou-se para causar
boa impresso, mas ele no foi selecionado.
Principais Operadores Argumentativos:
Os operadores de condio: Indicam uma hiptese ou uma condio
necessria para a realizao ou no de um fato.
Destacam-se: caso, se, contato que, a no ser que, a menos que, desde que,
etc.
Ex: Mas os meninos teriam de comear tudo do nada, ou passar a vida
trabalhando para os outros, como teria sido o destino deles se os pais ficassem
na Itlia (POZENATO, 2000)
Se o aluno estudar, (ento) far uma boa prova.
Os operadores de tempo: Indicam uma circunstncia de tempo.
Entre eles, relacionam-se: em pouco tempo, em muito tempo, logo que, assim
que, antes que, depois que, quando, sempre que, etc.
Ex: Ela responde que no nenhum incmodo, ao contrrio,
far isso com maior prazer. Depois podero conversar sobre
o livro, se ela quiser, claro. (POZENATO, 2000)
Assim que Antonio chegar, pea- o para vir a minha sala.
Os operadores de proporo: Iniciam uma orao em que se refere a um fato
realizado ou para realizar-se simultaneamente a outro.
So eles: medida que, proporo que, ao passo que, tanto quanto, tanto
mais, a menos que, etc.
Ex: Na Nova Zelndia ou nos EUA, um pontinho a mais de inflao causa
enorme estrado, pois afeta contratos longos por toda a sua extenso, ao passo
que, no Brasil, o efeito s sentido at o reajuste. (FRANCO, 2003)

Os operadores de conformidade: Exprimem uma ideia de conformidade ou


acordo em relao a um fato expresso na orao principal.
Os principais so: para, segundo, conforme, de acordo com, consoante, como,
etc.
Ex: Manaus a maior e a melhor cidade do Norte do Pas, segundo pesquisa
da Simonsen Associados, publicada pela Revista Exame.
Os operadores de concluso: Induzem uma concluso relacionada a
argumentos apresentados anteriormente.
Destacam-se: portanto, ento, assim, logo, por isso, por conseguinte, pois
(posposto ao verbo), de modo que, em vista disso, etc.)
Exemplo: Um escritor respondeu que se parasse de escrever morreria,
portanto, escrevia para no morrer...(LUFT,2003)Principais Operadores
Argumentativos:
Os operadores alternativos: Induzem argumentos alternativos, levando a
concluses
opostas ou diferentes. Entre eles: ou, ou..., ou, ou ento, quer... quer, seja...
seja, ora... ora, etc.
Ex: Sem ningum por perto ia se esquecer at de falar, ou ia terminar falando
sozinha, como fazem os loucos (POZENATO)Principais Operadores
Argumentativos:
Os operadores de comparao:
Estabelecem relaes de comparao entre elementos. Destacam-se entre
eles: mais... (do) que, menos que, to (tanto)... como, to, to (tanto, tal)...
quanto, assim como, etc.
Ex: Sentiam que a luz do sol a trespassava, como a um vitral (LINS, 2001)
Os operadores de esclarecimento:Introduzem um enunciado que esclarece
o
anterior. Dentre eles, citam-se: vale dizer, ou seja, quer dizer, isto , etc.
Exemplo: Uma lngua que no para nunca. Evolui sempre, isto , muda sempre
(LOBATO, 1952)
Os operadores de incluso: Assinalam o argumento mais forte, orientando no
sentido de uma determinada concluso. Citam-se: at, mesmo, at mesmo,
inclusive,
tambm, etc.
Ex: Das dores sente-se livre em meio s tarefas, e at mesmo extrai delas
algum
prazer (ANDRADE,2001)
Os operadores de excluso: Indicam uma relao de excluso entre duas
oraes.
Entre eles, destacam-se: s, somente, apenas, seno, etc.
Ex: Quando a ltima carroa alcana a estrada, os braos param de acenar e a
praa vai aos poucos se esvaziando e caindo em silncio. Somente ficam as
flores espalhadas pelo cho, de mistura com as folhas secas do outono, e o
vento frio que desce dos Alpes (POZENATO).
Referncias:
KCHE, Vanilda Salton; et al. Prtica Textual:
atividades e leitura escrita. 5 edio:Petrpolis,
vozes, 2008.
17 RECURSOS DE COESO E COERNCIA TEXTUAL

Coeso8
Coeso a conexo, ligao, harmonia
tal definio quando lemos um texto e
pargrafos
esto
entrelaados,
Os elementos de coeso determinam
pargrafos.

entre os elementos de um texto. Percebemos


verificamos que as palavras, as frases e os
um
dando
continuidade
ao
outro.
a transio de ideias entre as frases e os

Observe a coeso presente no texto a seguir:


Os sem-terra fizeram um protesto em Braslia contra a poltica agrria do
pas, porque consideram injusta a atual distribuio de terras. Porm o ministro da
Agricultura considerou a manifestao um ato de rebeldia, uma vez que o projeto de
Reforma Agrria pretende assentar milhares de sem-terra.
JORDO, R., BELLEZI C. Linguagens. So Paulo: Escala Educacional, 2007, p. 566
As palavras destacadas tm o papel de ligar as partes do texto, podemos dizer que
elas
so
responsveis
pela
coeso
do
texto.
H vrios recursos que respondem pela coeso do texto, os principais so:
- Palavras de transio: so palavras responsveis pela coeso do texto,
estabelecem a inter-relao entre os enunciados (oraes, frases, pargrafos), so
preposies,
conjunes,
alguns
advrbios
e
locues
adverbiais.
Veja algumas palavras e expresses de transio e seus respectivos sentidos:
- inicialmente (comeo, introduo)
- primeiramente (comeo, introduo)
- primeiramente (comeo, introduo)
- antes de tudo (comeo, introduo)
- desde j (comeo, introduo)
- alm disso (continuao)
- do mesmo modo (continuao)
- acresce que (continuao)
- ainda por cima (continuao)
- bem como (continuao)
- outrossim (continuao)
- enfim (concluso)
- dessa forma (concluso)
- em suma (concluso)
- nesse sentido (concluso)
- portanto (concluso)
8

Disponvel em: http://www.brasilescola.com/redacao/coesao.htm Acesso em 09/09/2014.

- afinal (concluso)
- logo aps (tempo)
- ocasionalmente (tempo)
- posteriormente (tempo)
- atualmente (tempo)
- enquanto isso (tempo)
- imediatamente (tempo)
- no raro (tempo)
- concomitantemente (tempo)
- igualmente (semelhana, conformidade)
- segundo (semelhana, conformidade)
- conforme (semelhana, conformidade)
- assim tambm (semelhana, conformidade)
- de acordo com (semelhana, conformidade)
- da (causa e consequncia)
- por isso (causa e consequncia)
- de fato (causa e consequncia)
- em virtude de (causa e consequncia)
- assim (causa e consequncia)
- naturalmente (causa e consequncia)
- ento (exemplificao, esclarecimento)
- por exemplo (exemplificao, esclarecimento)
- isto (exemplificao, esclarecimento)
- a saber (exemplificao, esclarecimento)
- em outras palavras (exemplificao, esclarecimento)
- ou seja (exemplificao, esclarecimento)
- quer dizer (exemplificao, esclarecimento)
- rigorosamente falando (exemplificao, esclarecimento).
Ex.: A prtica de atividade fsica essencial ao nosso cotidiano. Assim sendo, quem a
pratica possui uma melhor qualidade de vida.
- Coeso por referncia: existem palavras que tm a funo de fazer referncia, so elas:
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os...
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso...
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...
- pronomes relativos: que, o qual, onde...
- advrbios de lugar: aqui, a, l...
Ex.: Marcela obteve uma tima colocao no concurso. Tal resultado demonstra
que ela se esforou bastante para alcanar o objetivo que tanto almejava.
- Coeso por substituio: substituio de um nome (pessoa, objeto, lugar etc.), verbos,
perodos ou trechos do texto por uma palavra ou expresso que tenha sentido prximo,

evitando

repetio

Ex.:
Porto
Alegre
pode
Castro
Alves
pode
ser
Joo
Paulo
Vnus: A Deusa da Beleza.

no

ser
substituda
substitudo
por
II:

corpo
por
a
O
Poeta
Sua

do

texto.

capital
gacha;
dos
Escravos;
Santidade;

Ex.: Castro Alves autor de uma vastssima obra literria. No por acaso que o "Poeta
dos Escravos" considerado o mais importante da gerao a qual representou.
Assim, a coeso confere textualidade aos enunciados agrupados em conjuntos.

Coerncia9
A construo textual deve ser a construo de um todo compreensvel aos olhos do leitor. A coerncia
textual o instrumento que o autor vai usar para conseguir encaixar as peas do texto e dar um sentido
completo a ele.
Cada palavra tem seu sentido individual, quando elas se relacionam elas montam um outro sentido. O
mesmo raciocnio vale para as frases, os pargrafos e at os textos. Cada um desses elementos tem um
sentido individual e um tipo de relacionamento com os demais. Caso estas relaes sejam feitas da
maneira correta, obtemos uma mensagem, um contedo semntico compreensvel.

O texto escrito com uma intencionalidade, de modo que ele tem uma repercusso sobre o leitor, muitas
vezes proposital.

Em uma redao, para que a coerncia ocorra, as idias devem se completar. Uma deve ser a
continuao da outra. Caso no ocorra uma concatenao de idias entre as frases, elas acabaro por se
contradizerem ou por quebrarem uma linha de raciocnio. Quando isso acontece, dizemos que houve um
quebra de coerncia textual.

A coerncia um resultado da no contradio entre as partes do texto e do texto com relao ao mundo.
Ela tambm auxiliada pela coeso textual, isto , a compreenso de um texto melhor capturada com o
auxlio de conectivos, preposies, etc.

Vejamos alguns exemplos de falta de coerncia textual:


"No vero passado, quando estivemos na capital do Cear Fortaleza, no pudemos aproveitar a praia,
pois o frio era tanto que chegou a nevar"
Esto derrubando muitas rvores e por isso a floresta consegue sobreviver.

Disponvel em: http://www.infoescola.com/redacao/coerencia-textual/ Acesso em 09/09/2014.

Todo mundo viu o mico-leo, mas eu no ouvi o sabi cantar


Todo mundo destri a natureza menos todo mundo
Podemos notar claramente que a falta de recursos para a escola pblica um problema no pas. O
governo prometeu e cumpriu: trouxe vrias melhorias na educao e fez com que os alunos que estavam
fora da escola voltassem a freqent-la. Isso trouxe vrias melhoras para o pas.

A falta de coerncia em um texto facilmente detectada por um falante da lngua, mas no to simples
not-la quando voc quem escreve. A coerncia a correspondncia entre as idias do texto de forma
lgica.

Quando o entendimento de determinado texto comprometido, imediatamente algum pode afirmar que
ele est incoerente. Na maioria das vezes esta pessoa est certa ao fazer esta afirmao, mas no
podemos achar que as dificuldades de organizao das idias se resumem coerncia ou a coeso.
certo que elas facilitam bastante esse processo, mas no so suficientes para resolver todos os
problemas. O que nos resta nos atualizarmos constantemente para podermos ter um maior domnio do
processo de produo textual.

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