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Aula 4 - Sistemas de Comunicação Móvel

O documento descreve os principais componentes dos sistemas de comunicação móvel celular. Estes incluem a estação móvel do usuário, a estação rádio base que faz a interface entre as estações móveis e a central de comutação, e esta central que controla o sistema e faz a interface com a rede pública de telefonia. O documento também discute as técnicas de acesso múltiplo como FDMA, TDMA e CDMA.

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Lino Horacio
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O documento descreve os principais componentes dos sistemas de comunicação móvel celular. Estes incluem a estação móvel do usuário, a estação rádio base que faz a interface entre as estações móveis e a central de comutação, e esta central que controla o sistema e faz a interface com a rede pública de telefonia. O documento também discute as técnicas de acesso múltiplo como FDMA, TDMA e CDMA.

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SISTEMAS DE

COMUNICAO MVEL
Componentes do Sistema

Componentes do Sistema

Destacaremos a seguir os principais componentes


dos sistemas de comunicao mvel celular e suas
funes dentro do sistema.

Estao Mvel (EM)


Estao Mvel o terminal mvel do usurio
composto por monofone, teclado, unidade de
controle, bateria, unidade de rdio e antena.
Sua
funo principal fazer a interface
eletromecnica entre o usurio e o sistema.
Estes equipamentos podem ser classificados como
porttil, veicular ou transportvel, dependendo de
suas dimenses e capacidade de potncia e carga
(bateria).

Estao Radio Base (ERB)


A Estao Rdio Base a repetidora da informao de voz e dados
de controle em meio eletromagntico. Na verdade ela faz o papel
de interface entre uma nica CCC e diversas Estaes Mveis. Cada
ERB pode suportar at 154 canais de voz dependendo do
fabricante, do sistema e de sua aplicao.
Cada ERB composta de um sistema de rdio contendo receptores
(Rx), transmissores (Tx), combinadores, divisores, filtros e antenas; de
um sistemas de processamento e controle contendo o processador de
controle, multiplexadores (MUX), Cabos coaxiais, painel de controle;
e da interface com a CCC por um MUX a 2Mbps ou taxa maior.
A ERB responsvel pela monitoria do sinal recebido de uma EM
comunicando CCC qualquer alterao indesejvel em relao a
potncia ou a interferncia no sinal recebido.
Outras funes de sinalizao tambm so agregadas ERB, como o
controle de potncia das EMs, e outros comandos recebidos da CCC.

Central de Comutao e Controle (CCC)


A Central de Comutao e Controle faz a interface entre o Sistema Mvel
e Rede Pblica.
Sua estrutura parecida com a das centrais telefnicas de comutao
automtica (CPAs).
Alguns fabricantes adaptaram suas CPAs ao sistema mvel sendo que em
alguns casos apenas modificaes a nvel de software foram consideradas.
Pelas caractersticas de modularidade, as CCCs podem ser expandidas
gradualmente at atingir sua capacidade mxima de gerncia de trfego
ou ERBs.
Dado que existem vrios padres, arquiteturas, servios e sistemas,
padronizou-se o protocolo de comunicao S-41 para interligar CCCs de
fabricantes diferentes.
Mas pode-se caracterizar as CCCs pelos
equipamentos de entrada e sada de dados, interface de udio e dados
para a ERB (I/F), terminais de operao e manuteno, memria de
configurao, troncos, matriz de comutao e controlador.

O Controlador composto do Home Location Register (HLR), que o registro


de endereos e identifica cada mvel pertencente a esta rea de
localizao; do Visit Location Register (VLR) que o registro de endereos
de visitantes e identifica as EMs visitantes de outra rea de localizao ou
rea de servio; do Base Station Controller (BSC) que controla cada ERB
vinculada a esta CCC; e da Mobile Switch Center (MSC) que controla as
comutaes entre os troncos da Rede Telefnica Pblica Comutada e os
canais das ERBs vinculadas a esta CCC.

A CCC tem como administra o sistema em termos de comutao,


alocao de canais, superviso das ERBs, encaminhamento de
trfego, estatstica de trfego, procedimento de handoff ,
procedimentos de registro de EMs locais, registro de roaming para EMs
visitantes, bilhetagem e tarifao do sistema.
A Central de Controle e Comutao o crebro do sistema de
comunicao mvel celular.
A unidade de controle (Controlador) de uma CCC pode ser
entendida como computador que controla funes especificas de
uma sistema de comunicao mvel celular, tal como alocao de
frequncia, controle do nvel de potncia das EMs, procedimento de
handoff, controle de trfego, rastreamento, localizao, tarifao e
associao de canais so fatores de limitao do sistema.
Portanto, a capacidade de processamento da unidade de controle
nas CCCs deve ser maior que a de sistemas de telefonia fixa.

A unidade de comutao similar ao das centrais telefnicas fixas, mas seu


processamento diferente. Na comutao telefnica fixa, a durao da
chamada no fator relevante ao sistema, enquanto que em um sistema de
comunicao mvel celular essa durao funo do gerenciamento dos
canais e do nmero de handoffs processados.
Dois parmetros so considerados no projeto dos sistemas de comutao: a
Acessibilidade e a Graduao.
A Acessibilidade representa a capacidade de trfego de um grupo de
canais determinada pelo nmero destes canais que podem ser atingidos
pelas chamadas que ingressam no sistema de comutao. Esta
considerada Constante quando igual em todos os instantes,
Plena quando seu valor constante e igual quantidade de troncos do
grupo de sada, e limitada em outra situao.
A Graduao representa um esquema de interconexo de grupos de
canais. Em uma CCC com Acessibilidade Limitada, canais de entrada so
agrupados e associados a um grupo de canais de sada, formando um
subgrupo de graduao. O aumento da capacidade de trfego acontece
quando h uma associao eficaz entre os canais de entrada no sistema de
comutao e os subgrupos de sada.

Controladora de Estaes Rdio Base (CERB)


As Controladoras de Estaes Rdio Base fazem apenas a interface entre
um conjunto de ERBs e uma CCC em alguns sistemas. Na verdade as CREBs
tomam algumas funes tanto da CCC como das ERBs, o que descarrega o
processamento centralizado nas CCCs.
Algumas destas funes so a avaliao do nvel de potncia do sinal, o
controle da relao sinal/rudo nos canais, a monitoria da Taxa de Erro de
Bit (BER) dos canais, etc.
Estao Celular (EC)
A Estao Celular resume algumas funes da ERB e trabalha como
repetidora de informao de voz e de dados entre ERBs e o assinante e
basicamente composta por um bando de bateria, ou gruo gerador, e o
Controlador de Unidade de Assinante (SUC).
Cada EC tem como funo a recepo, o tratamento da informao e sua
transmisso para o usurio (EM). Assim, a UR interpreta a sinalizao
proveniente da ERB e executa aes locais ou s retransmite ao usurio.

Unidade Repetidora (UR)


A UR trabalha apenas como repetidora dos canais
do sistema, ou seja, apenas retransmite informaes
entre duas ERBs, entre CERB e ERBs ou entre a CCC
e ERBs.
No h processamento local, apenas h recepo,
filtragem e retransmisso do sinal em potncias e
relao sinal/rudo adequadas.

Tcnicas de Acesso ao Meio

Buscando uma maior eficincia o uso do espectro


disponvel aos servios de rdio mvel, foram
criadas tcnicas que permitem o acesso de mltiplos
usurios ao meio de transmisso, ou seja, o
compartilhamento de canais de rdio.

Tcnicas de Acesso ao Meio

A alocao de canais sob demanda conhecida por DemandAssigned Multiple Access (DAMA). Trs mtodos de acesso ao meio se
destacaram nos sistemas de comunicao mvel celular diferenciados
apenas pela manipulao adequada da freqncia, tempo ou
codigo.
O Frequency Division Multiple Access (FDMA) caracterizado pela
alocao de diferentes faixas do espectro para os canais e voz. O
Time Division Multiple Access (TDMA) faz uso do processamento
digital do sinal de voz e multiplexa a informao de diferentes
usurios em slots de tempo diferentes dentro de um mesmo canal fsico.
J o Code Division Multiple Access (CDMA) multiplica a informao
digital por cdigos de taxa mais elevada espalhando o espectro do
sinal em uma faixa larga compartilhada com outros cdigos.
Assim a comunicao Duplex pode ser feita por diviso de
frequncia, de tempo ou de cdigo, ou seja, utilizando Frequency
Division Duplex (FDD), Time Division Duplex (TDD) ou Code Division
Duplex (CDD).

Os sistemas tambm podem ser classificados com relao a largura


de faixa do canal.
Assim, um sistemas de faixa estreita tem seu espectro dividido em
canais de faixa suportando taxas inferiores a 2 Mbps, enquanto na
arquitetura de faixa larga, todo o espectro compartilhado pelos
usurios. O FDMA intrinsecamente uma arquitetura de faixa
estreita, enquanto CDMA uma arquitetura de faixa larga. TDMA,
por outro lado, pode ser implementado como de faixa estreita ou
de faixa larga.
A escolha do mtodo de acesso para sistemas de rdio mvel
uma tarefa tanto complexa pois todos os mtodos FDMA, TDMA e
CDMA apresentam vantagens e desvantagens.

FDMA
O Acesso Mltiplo por Diviso de Freqncia mtodo
mais comum de acesso, principalmente entre os sistemas
analgicos. Neste caso o espectro dividido em canais
onde cada assinante sintoniza sua portadora.
Podemos fazer analogia a pares que querem se
comunicar, onde cada par utiliza um tubo,
representando uma portadora.
A informao de um par que se propaga em um tubo
no interfere a que se propaga em outro paralelo.

O nmero de canais no sistema ser funo da largura


de cada canal. Dentre os canais disponveis, uma
pequena poro dedicada a canais de controle,
sendo os demais utilizados para trfego de voz. No
caso do sistema AMPS o espectro dividido em canais
de 30 kHz usados durante todo a durao de uma
chamada.

Os canais de uma ERB podem ser acessados por qualquer


EM dentro de suas rea de cobertura. Para isto basta a EM
sintonizar um portadora, sendo a alocao de canais feita
sob demanda pela CCC. O esquema Single Channel Per
Carrier (SCPC) implementa o FDMA atribuindo apenas um
canal por portadora.

Os equipamentos eletrnicos de uma ERB apresentam aspectos de


no-linearidade. Assim, a informao transmitida pode ser afetada
por interferncia.
O espalhamento espectral corresponde ao alargamento do canal
excedendo sua prpria faixa causando interferncia nos canais
adjacentes.
A intermodulao acontece quando harmnicas de certas
freqncias interferem em outras. A transferncia de modulao
promove distores na fase e na amplitude do sinal. A supresso do
sinal resultante da amplificao no linear do sinal.
Na verdade o FDMA compem os sistemas que utilizam outras
tcnicas. O TDMA, por exemplo, os canais fsicos so definidos pelas
portadoras do FDMA. Em seguida definem-se os canais lgicos
como slots de tempo peridicos dentro destes canais. No CDMA, o
espectro dividido em grandes canais de 1,25 MHz pelo FDMA.

TDMA
O Acesso Mltiplo por Diviso de Tempo reparte um canal fsico em
diversos slots de tempo fazendo com que cada canal possa ser
usado por mais de uma pessoa, uma de cada vez. A cada assinante
alocado uma sequncia peridica e slots de tempo dentro de um
canal fsico, assim uma mesma portadora pode ser compartilhada
por diferentes assinantes.
Neste caso a analogia , por exemplo, com trs pares que dividem
o tempo de acesso a um nico tubo (a portadora). Cada par deste
grupo tem direito a usar o tubo por um intervalo de tempo que
acontece periodicamente.
Mesmo assim outros grupos de trs pares podem utilizar outros
tubos. Esta forma o TDMA utilizado pelos sistemas digitais , na
verdade, uma combinao FDMA/TDMA.

Observe que quanto maior nmero de canais lgicos por portadora,


maior a taxa de transmisso e maior a largura de faixa necessria
ao canal. Tcnicas de processamento digital e compresso do sinal
de voz reduzem as taxas de transmisso e a largura dos canais.
Na verdade a transmisso da informao neste esquema feita
forma buffer-and-burst. A informao primeiramente armazenada
em depois enviada em rajadas dentro de seu slot de tempo
correspondente, assim diversas EMs alternam a transmisso e
recepo de bursts de dados atravs de uma portadora comum
compartilhada. Este mtodo apresenta um aumento significativo no
trfego atendido em relao ao FDMA.
Pela caracterstica digital do sistema h maior imunidade a rudo e
interferncia e tambm mais segurana no enlace de comunicao
promovendo privacidade ao usurio. H tambm a necessidade de
equalizao, mas esta pode ser usada para combater o
desvanecimento.

Uma grande vantagem deste mtodo que as


taxas de transmisso podem ser variveis em
mltiplo da taxa bsico do canal. A potncia do
sinal e a taxa de erros de bit podem controladas
facilitando e acelerando o processo de handoff.
O mtodo TDMA atribudo sistemas digitais
como GSM, D-AMPS (IS-136) e PDC.

CDMA
O Acesso Mltiplo por Diviso de Cdigo foi desenvolvido nos EUA
pelo segmento militar. Sua primeira utilizao foi para a
comunicao entre avies de caa e radio controle de msseis
teleguiados. Neste mtodo de acesso as EMs transmitem na mesma
portadora e ao mesmo tempo, mas cada comunicao individual
provida com um cdigo particular. Isto garante alta privacidade na
comunicao.
Voltando a analogia, podemos considerar no mais os tubos, mas
uma sala repleta de pares que se comunicam, s que cada par fala
um idioma diferente que s eles entendem. Quanto mais deferentes
os idiomas utilizados nesta sala, menor a probabilidade de
confuso na comunicao (interferncia entre os cdigos). Por
exemplo, o portugus e o espanhol so idiomas bastante parecidos;
j o portugus e o alemo tm bastante diferenas.

As conexes simultneas so diferenciadas por cdigos distintos de


baixa correlao. Sequncias digitais do tipo pseudo-noise (PN) so
geradas por cdigos pseudo-randmicos (PN codes) e ortogonais com
taxa alta de transmisso por Direct Sequence, ou Direct Spread.
Obtm-se, ento, um sinal de faixa larga por Spread Spectrum
(espalhamento espectral) pelo fato de se transmitir o sinal em uma
taxa maior que a taxa da informao. A largura de faixa
padronizada para os servios mvel celular de 1.25 MHz. A razo
entre a faixa espalhada do sinal e sua faixa original conhecida
como ganho de processamento.
Na verdade o Direct Sequence no o nico esquema de modulao
capaz de espalhar o sinal.
Sero apresentados outros esquemas de modulao por
espalhamento espectral do sinal apresentada no Captulo 3. A
utilizao destes esquemas consiste apenas em especificao de
projeto do sistema.

O cdigo utilizado na transmisso dever ser conhecido na recepo. Na teoria


poderamos tantos assinantes quanto cdigos geradores existentes, mas isto no v
erdade uma vez que a comunicao se processa em um ambiente ruidoso. Cada EM
gera uma parcela do rudo total do sistema que proporcional ao nmero de
chamadas em curso. Assim, o receptor correlaciona os sinais recebidos com o cdigo
gerador multiplicando-os, detectando o sinal desejado que agora se destaca sobre
os demais. Um sistema de comunicao utilizando o CDMA mostrado em blocos na
Figura 2.21.

No processo de transmisso pelo mtodo do CDMA a voz


primeiramente codificada, passa por um expansor (spreader) que a
multiplica por seqncia preestabelecida e nica para cada EM, o
sinal de espectro agora espalhado modulado em amplitude e
transmitido.
O rudo pode ser trabalhado utilizando-se taxas menores nos
perodos de silncio em uma conversao. O controle da potncia
nas EMs equaliza o nvel de interferncia provocado por usurios
prximos ou distantes da ERB. A utilizao de antenas diretivas
limitando o ngulo de chegada dos sinais tambm reduz o nvel do
rudo.
Verifica-se que o fator limitante do mtodo CDMA a relao
sinal-rudo por EMs. Assim, a capacidade do sistema determinada
pelo nvel da relao sinal-rudo e pelo ganho de processamento.
Mesmo assim considera-se uma ganho da ordem de 8 vezes em
relao capacidade do mtodo FDMA.

Os sistemas que utilizam o mtodo CDMA tem como padro de reuso


somente uma clula por cluster. Isto dispensa o planejamento de frequncias.
O que diferencia uma clula de outra so os conjuntos de cdigos utilizados
j que todas as clulas utilizam a mesma freqncia portadora. Isto facilita
a implementao do procedimento de soft-handoff. Neste procedimento a
EM cruzando a fronteira entre duas clulas poder utilizar os sinais das
duas ERBs ao mesmo tempo, transmitindo o mesmo cdigo, combinando os
sinais recebidos para melhorar a recepo.
Os sistemas que utilizam o CDMA seguem o padro IS-95 com taxa de
espalhamento a 1,2288 Mbps utilizando uma portadora de 1,25 MHz de
faixa. O uso de uma taxa bsica de 9,6 kbps implica em maior
capacidade do sistema e em menor qualidade de transmisso.
Utilizando 14,4 kbps teremos uma menor capacidade do sistema, porm
uma melhor qualidade de transmisso. Um fato curioso que as
operadoras podem prover servios em ambas as taxas com tarifas
diferenciadas.

Alocao de canal

Para um uso eficiente do espectro rdio disponvel, requerido um


esquema de reuso de freqncias que seja consistente com os objetivos de
aumento de capacidade e reduo de interferncia. Com o intuito de
aumentar a eficincia na utilizao do espectro, uma variedade de
estratgias de alocao de canais foi ento desenvolvida.
Tais estratgias podem ser classificadas como fixas ou dinmicas. A escolha
da estratgia impacta no desempenho do sistema, particularmente em
como uma chamada gerenciada quando um mvel desloca-se de uma
clula para outra.
Numa estratgia de alocao fixa de canais, alocado um determinado
conjunto de canais de voz a cada clula. Qualquer tentativa de chamada
dentro da clula s poder ser servida pelos canais desocupados
pertencentes quela clula. H algumas variantes da estratgia de
alocao fixa de canais. Em uma delas, chamada de estratgia
de emprstimo(borrowing strategy), uma clula pode pedir canais
emprestados de uma clula vizinha se todos os seus canais estiverem
ocupados.
A Central de Comutao Mvel supervisiona os procedimentos de
emprstimo e garante que o emprstimo do canal no interfere em
nenhuma chamada que esteja em progresso na clula de origem do canal.

Alocao de canal

Na estratgia de alocao dinmica de canais, os canais de voz no so


alocados s clulas permanentemente. Ao invs disso, cada vez que h uma
tentativa de chamada, a estao base requisita canal para a MSC. A Central
ento aloca um canal para a clula que o requisitou.
A MSC apenas aloca uma determinada freqncia se essa freqncia no
est em uso na clula nem em nenhuma outra clula que esteja a uma distncia
menor que a distncia de reuso, para evitar interferncia. A alocao
dinmica de canais diminui a probabilidade de bloqueio de chamadas,
aumentando a capacidade de troncalizao do sistema, pois todos os canais
disponveis esto acessveis a todas as clulas.
Esse tipo de estratgia requer que a MSC colete dados em tempo real de
ocupao de canais, distribuio de trfego, e de indicaes de intensidade
de sinal de rdio (RSSI- Radio Signal Strength Indications) de todos os canais,
continuamente. Isso sobrecarrega o sistema em termos de capacidade de
armazenamento de informaes e carga computacional, mas prov vantagem
de aumento de utilizao dos canais e diminuio da probabilidade de
bloqueio.

Handoff

Quando um mvel desloca-se entre clulas enquanto uma


conversao est em andamento, a CCC automaticamente transfere
a chamada para um novo canal pertencente nova estao base.
Esse procedimento de handoff no apenas envolve a identificao
de uma nova estao base, mas tambm requer que os sinais de
voz e de controle sejam transferidos para canais associados nova
clula.

O processamento de handoffs uma tarefa muito importante em qualquer sistema


celular. Muitas estratgias de handoff priorizam os pedidos de handoff em relao
a pedidos de inicializao de novas chamadas, quando da alocao de canais
livres em uma clula.
Handoffs devem ser realizados com sucesso (e o menor nmero de vezes possvel) e
deveriam ser imperceptveis aos usurios. Projetistas de sistemas devem especificar
um nvel timo de sinal que iniciar o processo de handoff. Uma vez que um nvel
particular de potncia de sinal tenha sido estabelecido como sendo o nvel que
oferece a qualidade de voz mnima aceitvel no receptor da estao base
(normalmente entre 90 dBm e 100 dBm) , um nvel de sinal ligeiramente superior
usado como limiar no qual o handoff feito.
Para se decidir se um handoff necessrio ou no, importante garantir que a
queda no nvel do sinal medido no devida a um desvanecimento momentneo e
que o mvel est realmente afastando-se da estao base que o serve. Para se
certificar disso, a estao base monitora o nvel de sinal por um certo tempo antes
do handoff ser iniciado.
Esse procedimento deve ser otimizado de forma que handoffs desnecessrios no
ocorram e que handoffs necessrios sejam realizados antes da chamada ser
interrompida.

Em sistemas celulares analgicos de primeira gerao, a medio dos


nveis de sinal feita pelas estaes base e supervisionada pela CCC.
Cada estao base constantemente monitora a intensidade de sinal de
todos os seus links de voz reversos (mvel para base) para determinar a
posio relativa de todos os usurios em relao torre da base.
Alm de medir a RSSI de chamadas em progresso dentro da clula, um
receptor adicional em cada estao base, chamado de locator receiver,
usado para determinar o nvel de sinal de usurios que esto em clulas
vizinhas. Esse receptor comandado pela CCC e usado para monitorar a
intensidade de sinal de usurios em clulas vizinhas que possam ser
candidatos a handoff e reportar os valores de RSSI medidos CCC.
Baseada na informao de nvel de sinal fornecida pelo locator receiver de
cada estao base, a MSC decide se ohandoff necessrio ou no e, caso
seja, para que clula ele dever ser feito.
Em sistemas celulares de segunda gerao que utilizam tecnologia TDMA
(Time Division Multiple Access), as decises de handoff so assistidas pelo
mvel. No handoff assistido pelo mvel (MAHO), cada estao mvel
monitora o nvel de sinal recebido de estaes vizinhas e continuamente
reporta essas medies para a estao base que a serve no momento.

Um handoff iniciado quando a potncia recebida de uma estao base vizinha


comea a exceder a potncia recebida da estao base que serve o mvel de um
determinado valor ou por um certo perodo de tempo.
Esse mtodo permite que a chamada seja transferida entre estaes base muito
mais rapidamente do que o mtodo da primeira gerao permite, j que as
medies so feitas por cada mvel e a MSC no precisa mais da constante
monitorao de nveis de sinal. O esquema MAHO particularmente bem
adaptado a ambientes de microclulas, onde handoffs so mais freqentes.
Sistemas diferentes possuem diferentes polticas e mtodos para gerenciar os
pedidos de handoff. Alguns sistemas tratam pedidos de handoff da mesma forma
que os pedidos de inicializao de novas chamadas.
Nesses sistemas, a probabilidade de que um pedido de handoff no seja atendido
por uma nova estao base igual probabilidade de bloqueio de novas
chamadas. Entretanto, do ponto de vista do usurio, ter sua chamada
abruptamente interrompida no decorrer da ligao parece ser muito mais
incmodo do que ser bloqueado eventualmente na tentativa de fazer uma nova
chamada. Para melhorar a qualidade dos servios sob esse aspecto, vrios
mtodos foram desenvolvidos para priorizar os pedidos de handoff sobre os
pedidos de inicializao de novas chamadas quando da alocao de canais de
voz.

Consideraes prticas sobre handoff

Na prtica, problemas podem surgir pelo fato dos mveis


trafegarem nas mais diferentes velocidades. Veculos a
altas velocidades passam pela regio de cobertura em
questo de segundos enquanto que pedestres podem no
precisar de nenhum handoff no decorrer de uma chamada.
Particularmente, com a adio de microclulas (clulas de
algumas centenas de metros de raio) para prover
capacidade,
a
MSC
pode
rapidamente
ficar
sobrecarregada se usurios a altas velocidades esto
constantemente sendo transferidos entre clulas muito
pequenas.
Muitos esquemas foram e esto sendo desenvolvidos para
lidar com o trfego simultneo de mveis a altas e baixas
velocidades, ao mesmo tempo em que minimizam a
interveno da MSC para o handoff.

Embora o conceito celular oferea claramente um aumento de capacidade atravs


da adio de clulas, na prtica difcil para provedores de servios celulares
encontrar novas localidades para instalar estaes base, especialmente em reas
urbanas.
Devido s dificuldades encontradas, fica mais atraente para os provedores instalar
canais adicionais e novas estaes base na mesma localidade de uma clula j
existente, ao invs de procurar novas localidades. Atravs do uso de diferentes
alturas de antenas (freqentemente no mesmo prdio ou torre) e de diferentes
nveis de potncia, possvel se prover clulas maiores e menores localizadas numa
mesma regio.
Essa abordagem conhecida como clula guarda-chuva (umbrella cell approach) e
usada para prover grandes reas de cobertura a usurios em alta velocidade e
pequenas reas de cobertura para usurios a mais baixas velocidades. Essa
abordagem garante que o nmero de handoffs ser minimizado para usurios a
altas velocidades.
A velocidade de cada mvel pode ser estimada pela estao base ou pela MSC
atravs, por exemplo, da medio de quo rapidamente a intensidade mdia em
pequena escala (short-term) do sinal varia no tempo. Se um mvel, deslocando-se a
grande velocidade na clula maior est aproximando-se da estao base e sua
velocidade est decrescendo rapidamente, a estao base poder decidir
transferir o mvel para uma clula menor, sem interveno da MSC.

Conceito de clula guarda-chuva

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