Fernando Ferreira Abade
DIRETRIZES PARA APROVAO DE PROJETOS LONDRINA - PR
Londrina
2014
Fernando Ferreira Abade
DIRETRIZES PARA APROVAO DE PROJETOS LONDRINA - PR
Trabalho de Concluso de Curso apresentado
como requisito parcial para a obteno do ttulo
de Bacharel em Engenharia Civil, pelo Centro
Universitrio Filadlfia Unifil.
Orientadora: Prof.
Patriota Faganello
Londrina - PR
2014
Ms.
Adriana
Macedo
FERNANDO FERREIRA ABADE
DIRETRIZES PARA APROVAO DE PROJETOS
LONDRINA - PR
Trabalho de Concluso de Curso apresentado como requisito parcial para a
obteno do ttulo de Bacharel em Engenharia Civil, pelo Centro Universitrio
Filadlfia Unifil.
COMISSO EXAMINADORA
_____________________________________
Prof. Ms. Adriana Macedo Patriota Faganello
Centro Universitrio Filadlfia
_____________________________________
Prof. Dr. Paulo Adeildo Lopes
Centro Universitrio Filadlfia
_____________________________________
Engenheiro Civil Edson Mitsuo Ogaki
Londrina, 10 de novembro de 2014.
Dedico este trabalho a minha av, (in
memoriam) Leonina Tomzia de Paula, que
com toda a sua simplicidade me ensinou a
nobreza e a importncia do trabalho.
AGRADECIMENTOS
A minha me Neusa Aparecida Calsavara que no mediu esforos para que
eu conclusse o curso de graduao, sempre me incentivando e motivando a ir mais
longe.
A minha tia Eunice Ferreira Abade que sempre me apoiou e ofereceu
condies para que eu continuasse a jornada tanto nos estudos quanto
profissionalmente.
A minha tia Zilda Ferreira Abade que desde cedo condicionou meu esprito a
ser mais artstico e criativo.
Meu pai Joo Ferreira Abade que me auxiliou na coleta de dados para
composio deste trabalho.
A minha orientadora Adriana Patriota Faganello que muito gentilmente me
aceitou como seu orientando mesmo com todas as adversidades continuou a me
auxiliar no desenvolvimento deste trabalho.
Ao professor Paulo Adeildo Lopes, que forneceu material para o
desenvolvimento da reviso bibliogrfica e arquivos digitais para consulta.
A Leia Aparecida Veiga, pela contribuio do conhecimento sociolgico,
geogrfico e dos padres de trabalho tcnico-cientfico.
A minha namorada Natanna Pandini que sempre esteve ao meu lado
tornando os dias mais felizes.
s minhas colegas de faculdade e amigas pessoais Allana Dias Dallmann,
Eduarda Mercurio e Karina Moritz, as quais compartilharam comigo todas as
experincias da vida acadmica de forma conjunta e empenhada para a graduao
em engenharia civil.
s professoras Fernanda Stori e Wanessa Fazinga.
A todo o grupo de profissionais da Prefeitura Municipal de Londrina que de
alguma forma contriburam direta ou indiretamente com este trabalho, em especial
Edson Mitsuo Ogaki.
Aos meus amigos pessoais Joo Paulo Nascimento Dias e Bianca Nunes
que desenvolvem trabalhos extra-acadmicos comigo.
Porque Ele mandar aos Seus anjos que te
guardem em todos os teus caminhos. Na palma
das mos te levaro, para que no tropece em
pedra alguma.
Salmo 91, 11-12.
ABADE, Fernando Ferreira. Diretrizes Para Aprovao De Projetos Londrina
PR. Trabalho de Concluso de Curso (Graduao em Engenharia Civil) Centro
Universitrio Filadlfia, Londrina - PR, 2014.
RESUMO
Com o crescimento acelerado das cidades, a demanda de projetos a serem desenvolvidos pelos
profissionais da construo civil tambm aumenta, gerando a necessidade de maior preciso para
eliminar erros nas fases iniciais do projeto, otimizando o tempo gasto. O objetivo deste trabalho
oferecer ao leitor condies de identificar a legislao pertinente no campo de atividades de projeto
arquitetnico, possuindo como estudo de caso a legislao da cidade de Londrina PR. Com a coleta
de informaes referentes ao assunto, desenvolveu-se um processo de anlise de projetos entre os
anos de 2012 a 2014, possibilitando reproduzir e sintetizar o conhecimento com base na coleta de
dados. Com a identificao dos principais problemas de projeto, elaborou-se uma pesquisa na
literatura pertinente com o objetivo de padronizar solues, constituindo de forma compilada os
principais temas obrigatoriamente a serem abordados de acordo com o tipo da edificao,
estimulando o pensamento sustentvel e acessvel aos futuros usurios das edificaes. Este
trabalho tambm contempla solues relativas representao grfica do projeto, indicando itens que
agreguem valor tcnico ao trabalho a serem desenvolvidos pelos profissionais. Obteve-se como
resultados preliminares do levantamento realizado com a amostragem, valores que indicam que os
principais problemas de projetos esto relacionados a representao topogrfica do terreno (curvas
de nveis e perfil natural do terreno), definio do esgotamento sanitrio adotado, contabilizao de
reas e indicao de piso ttil na calada. O estudo referente este trabalho possibilitou a
identificao dos principais itens de projeto e condicionou-se tecnicamente o leitor ao
desenvolvimento de projetos de maior qualidade.
Palavras-chave: Projeto; aprovao; arquitetura; qualidade; construo civil.
ABADE, Fernando Ferreira. Guidelines for projectapproval Londrina PR.
Completion ofcoursework (graduate in Civil Engineering) Filadlfia University
Center, Londrina - PR, 2014.
ABSTRACT
With the rapid growth of cities, the demand for projects to be developed by construction professionals
also increases , creating the need for higher accuracy to eliminate errors in the early stages of the
project, optimizing the time spent. The objective of this work is to provide the reader can identify the
relevant legislation in the field of architectural project activities, having as a case study legislation of
Londrina - PR. With the collection of information on the topic, developed a method of analysis being
the years 2012 and 2014 projects, enabling it to reproduce and synthesize knowledge -based data
collection. With the identification of key design issues, prepared a survey of the relevant literature with
the aim of standardizing solutions, constituting the compiled form the main issues must be addressed
according to the type of building, encouraging sustainable and affordable thought to future users of the
buildings. This work also includes solutions for the graphical representation of the project, indicating
technical items that add value to the work to be carried out by professionals. Obtained as preliminary
results of the survey conducted with the sample values that indicate that the main design problems are
related to the topographic representation of the terrain (contour lines and natural profile of the land),
definition of sanitation adopted, and accounting areas indication of tactile floor on the sidewalk. The
study related to this work enabled the identification of key project items and conditioned technically the
reader to develop projects of higher quality.
Keywords: Design, approval, architecture, quality, civil construction
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Caractersticas do empreendimento em vrios setores industriais. .......... 28
Figura 2 Espiral de projeto ..................................................................................... 29
Figura 3 Equipes multidisciplinares do projeto simultneo. .................................... 30
Figura 4 O processo de projeto de edificaes: da caixa preta caixa
transparente. ......................................................................................... 30
Figura 5 Custos referentes s mudanas ao longo de um projeto. ........................ 31
Figura 6 Potencial de influncia no custo do empreendimento. ............................. 32
Figura 7 Possibilidade de interferncia durante as fases do empreendimento. ..... 32
Figura 8 Relao entre tempo de projeto e tempo de execuo. ........................... 33
Figura 9 Localizao do municpio de Londrina-PR. .............................................. 43
Figura 10 Topografia genrica do municpio de Londrina-PR. ............................... 44
Figura 11 Presena de banheiros nas edificaes municpio de Londrina-PR. ..... 45
Figura 12 Evoluo da Zona de Expanso Urbana de Londrina-PR. ..................... 46
Figura 13 Evoluo da Implantao dos Loteamentos em Londrina-PR. ............... 47
Figura 14 Unidades privativas do condomnio........................................................ 51
Figura 15 Exemplo de um loteamento com suas quadras e datas. ........................ 54
Figura 16 Jurisdio dos ofcios da cidade de Londrina (esquerda) e detalhe na
zona central (direita). .............................................................................. 58
Figura 17 Transporte das linhas provenientes do arquitetnico. ............................ 59
Figura 18 Cotas das divisas. .................................................................................. 59
Figura 19 Indicao dos lotes vizinhos e quadra.................................................... 60
Figura 20 Indicao do lote subdividido. ................................................................ 60
Figura 21 Indicao dos rumos e desenvolvimento de curva. ................................ 61
Figura 22 Quadro de reas. ................................................................................... 62
Figura 23 Ponto de vista do narrador. .................................................................... 62
Figura 24 Barreira fsica no alinhamento. ............................................................... 74
Figura 25 Boxe para bacia sanitria - Transferncia lateral - Exemplo. ................. 76
Figura 26 Modelo de calada. ................................................................................ 79
Figura 27 Alturas e recuos considerados. .............................................................. 80
Figura 28 Recuos de uma edificao. .................................................................... 83
Figura 29 Configurao da cerca eltrica. .............................................................. 87
Figura 30 Representao tcnica da cota de nvel em corte e planta. ................... 89
Figura 31 Largura de corredores para trnsito veicular em estacionamentos. ..... 102
Figura 32 Dimenses previstas para vagas PNE. ................................................ 103
Figura 33 Dimenses das vagas de estacionamento. .......................................... 103
Figura 34 Inclinaes de rampas internas ao lote. ............................................... 104
Figura 35 Limitadores construtivos de altura no municpio de Londrina-PR. ....... 105
Figura 36 Clculo de altura de edifcios sob o cone de areo de aproximao. .. 106
10
Figura 37 Situao. .............................................................................................. 110
Figura 38 Representao tcnica do esquema ideal de escada. ......................... 113
Figura 39 Rebaixos de guia nas esquinas............................................................ 115
Figura 40 Poo de luz padro PML. ..................................................................... 116
Figura 41 Rebaixos de guia em frente aos lotes. ................................................. 118
Figura 42 Faixa inedificvel em lotes frente a rodovias. ....................................... 119
Figura 43 Perfil natural do terreno em corte e curvas de nveis em planta. ......... 120
Figura 44 Plano ilustrativo de amostras coletadas em funo de toda a
populao. ............................................................................................ 124
11
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Especificaes dos erros analisados e suas respectivas
ocorrncias (%). ................................................................................... 125
Tabela 2 Quantitativos de alvars e habite-ses ao longo dos anos. .................... 130
Tabela 3 Quantitativos de alvars expedidos ao longo dos anos......................... 132
12
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Comparativo entre condomnios e loteamentos fechados. ..................... 55
Quadro 2 Lotes mnimos resultantes de subdivises. ............................................ 57
Quadro 3 - Zoneamento equivocado ......................................................................... 64
Quadro 4 - Dimenses dos ambientes. ..................................................................... 65
Quadro 5 Recuos calculados. ................................................................................ 81
Quadro 6 Tipos de edificaes e rgos pertinentes. ............................................ 84
Quadro 7 Dimensionamento dos ambientes. ......................................................... 90
Quadro 8 Dimensionamento de vagas de estacionamento. ................................... 99
Quadro 9 Dimensionamento de vagas PNE. ........................................................ 101
Quadro 10 Larguras de faixas de domnio em Londrina-PR. ............................... 108
Quadro 11 Dimensionamento de diferena entre pavimentos.............................. 111
Quadro 12 Dimensionamento de piso de escada pela frmula de Blondel. ......... 112
13
LISTA DE DIAGRAMAS
Diagrama 1 Etapas da consulta prvia. .................................................................. 49
Diagrama 2 Etapas da aprovao definitiva. .......................................................... 49
Diagrama 3 Mtodo de pesquisa utilizado............................................................ 122
14
LISTA DE GRFICOS
Grfico 1 Origem de patologias e mau funcionamento das edificaes. ................ 34
Grfico 2 Incidncia de erros................................................................................ 127
Grfico 3 Disperso de erros da amostra. ............................................................ 128
Grfico 4 Quantitativos de alvars e habite-ses ao longo dos anos. .................... 131
Grfico 5 Evoluo da quantidade ao longo dos anos em Londrina-PR e
Florianpolis-SC. .................................................................................. 132
Grfico 6 Padro das quantidades de aprovaes ao longo dos meses. ............. 133
15
LISTA DE EQUAES
Equao 1 Frmula de recuo mnimo lateral. ......................................................... 80
Equao 2 Frmula de recuo mnimo de fundo...................................................... 80
Equao 3 Taxa de ocupao. ............................................................................... 92
Equao 4 Coeficiente de aproveitamento. ............................................................ 92
Equao 5 Altura final do edifcio. ........................................................................ 106
Equao 6 Frmula de Blondel ............................................................................ 110
Equao 7 Nmero de amostra............................................................................ 123
Equao 8 Varincia da amostra. ........................................................................ 128
Equao 9 Desvio padro da amostra ................................................................. 129
16
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS
ART
Anotao de Responsabilidade Tcnica.
CEAL
Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina.
CODEL
Instituto do Desenvolvimento De Londrina.
COHAB
Companhia de Habitao de Londrina.
CTB
Cdigo de Trnsito Brasileiro.
CVCO
Certificado de Vistoria De Concluso de Obra (Habite-Se).
DAP
Departamento de Aprovao de Projetos.
EIV
Estudo de Impacto de Vizinhana.
IPPUL
Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina.
IPTU
Imposto Predial Territorial Urbano.
ISS
Imposto Sobre Servios.
PGRCC
Plano de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil.
PML
Prefeitura Municipal de Londrina.
PNE
Portadores de Necessidades Especiais.
SEMA
Secretaria do Meio Ambiente.
17
SUMRIO
1. CAPTULO I ........................................................................................................ 20
1.1.
INTRODUO .................................................................................................... 20
1.2.
Objetivo Geral...................................................................................................... 23
1.3.
Objetivo Especfico ............................................................................................. 24
1.4.
Justificativa para o Desenvolvimento do Trabalho. ......................................... 24
1.5.
Delimitaes ........................................................................................................ 25
1.6.
Estrutura do Trabalho ......................................................................................... 25
2. CAPTULO II REVISO BIBLIOGRFICA....................................................... 27
2.1.
Contexto Sociolgico .......................................................................................... 37
2.2.
Contexto Sustentvel.......................................................................................... 41
2.3.
Contexto Acessvel ............................................................................................. 41
2.4.
Contexto Geogrfico ........................................................................................... 42
3. CAPTULO III DESENVOLVIMENTO .............................................................. 48
3.1.
Documentao ............................................................................................. 48
3.1.1. Aprovao de Projetos na PML .............................................................. 48
3.1.2. Diferenas Entre Condomnios e Loteamentos Fechados ..................... 51
3.1.3. Subdivises, Anexaes e Anotaes. .................................................. 55
3.1.4. Procedimento para o projeto de subdiviso/anexao de lotes ............. 58
3.1.5. Procedimento para o desenvolvimento do memorial descritivo de
subdiviso/anexao de lotes. ........................................................ .......62
3.1.6. Equvocos e Contradies em Itens nas Leis......................................... 63
3.1.7. Leis em Desuso...................................................................................... 66
3.2.
Comentrios ................................................................................................. 67
18
3.2.1. Nveis de Qualidade do Projeto - Itens ................................................... 67
3.2.2. Orientaes para Elaborao Projetos de Alto Padro de Qualidade .... 69
3.2.3. Proposta de Roteiro ............................................................................... 70
3.2.4. Substituio de Projetos ......................................................................... 71
3.2.5. Aprovao de Projeto sem Emisso de Alvar ...................................... 71
3.2.6. Comunicao Entre Secretaria da Fazenda e Secretaria
de Obras ...71
3.2.7. Consideraes Referentes a Projetos Flexveis ..................................... 72
3.2.8. Acompanhamento dos Processos .......................................................... 73
3.3.
Itens Tcnicos .............................................................................................. 73
3.3.1. Abertura de Acesso no Alinhamento Predial .......................................... 73
3.3.2. reas ...................................................................................................... 74
3.3.3. Banheiros para Portadores de Necessidades Especiais (PNE) ............. 76
3.3.4. Caladas ................................................................................................ 77
3.3.5. Clculo de Recuos ................................................................................. 79
3.3.6. Caracterstica das Edificaes ............................................................... 83
3.3.7. Casos Omissos ...................................................................................... 84
3.3.8. Cercas Eltricas ..................................................................................... 87
3.3.9. Cisternas ................................................................................................ 87
3.3.10. Coberturas no Recuo Frontal e Recuo Zero........................................... 88
3.3.11. Dimenses e Nveis (Representao) .................................................... 88
3.3.12. Dimensionamento dos Ambientes e reas ............................................ 89
3.3.13. Divisas .................................................................................................... 93
3.3.14. Documentaes ..................................................................................... 94
3.3.15. Esgotamento Sanitrio e Fossa Sptica ................................................ 98
3.3.16. Estacionamentos .................................................................................... 98
19
3.3.17. Inclinaes ........................................................................................... 104
3.3.18. Limitaes Verticais das Edificaes ................................................... 105
3.3.19. Limitadores Horizontais das Edificaes .............................................. 107
3.3.20. Sacadas ............................................................................................... 108
3.3.21. Situao ............................................................................................... 109
3.3.22. Tabelas para Projeto de Escadas ........................................................ 110
3.3.23. Telhados............................................................................................... 114
3.3.24. Terrenos em Esquinas ......................................................................... 114
3.3.25. Poo de Luz ......................................................................................... 115
3.3.26. Programa Agiliza Obras ....................................................................... 116
3.3.27. Propostas de Solues para Estacionamentos .................................... 117
3.3.28. Rebaixos de Guia..................................................................................117
3.3.29. Rodovias .............................................................................................. 119
3.3.30. Servido de Passagem ........................................................................ 120
3.3.31. Topografia ............................................................................................ 120
4. CAPTULO IV - MTODO DA PESQUISA ....................................................... 121
5. CAPTULO V - RESULTADOS E DISCUSSO ................................................ 125
5.1.
Levantamento e Anlise dos Principais Erros dos Projetos ....................... 125
6. CAPTULO VI - CONCLUSO.......................................................................... 134
7. CAPTULO VII - REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ....................................... 138
8. CAPTULO VIII GLOSSRIO ........................................................................ 141
9. CAPTULO IX APNDICES ........................................................................... 142
10. CAPTULO X ANEXOS.................................................................................. 147
20
1. CAPTULO I
1.1. INTRODUO
O setor da construo civil vem agregando cada vez mais tecnologias ao
longo de todo o processo de concepo, elaborao e execuo das edificaes. O
aumento na demanda das edificaes oferece situao favorvel para o setor de
projetos que via de regra antecedem as obras.
Os projetos a serem desenvolvidos devem ser submetidos aprovao das
respectivas prefeituras das comarcas em que se situam. A aprovao de projetos
consiste em se submeter o projeto anlise para se identificar possveis erros e
principalmente haver o arquivamento para que haja validade legal em circunstncias
especficas, como a execuo da obra ou possveis conflitos de projeto.
Com todas as novas ferramentas empregadas atualmente, h necessidade
de adequao e implementao das informaes de um dos principais fatores
bsicos para a elaborao de projetos regulares: a legislao pertinente.
H uma gama de detalhes os quais compem um projeto de qualidade, que
pode ser caracterizado como projeto completo, detalhes estes que contribuem
como um facilitador dos processos diante as aprovaes pelos rgos pertinentes,
que quando avaliados, encontram menos empecilhos que retardam suas
aprovaes, portanto, um bom projeto tende a atender a todos os quesitos
pertinentes e consequentemente se obtm sua aprovao mais rapidamente. O
elevado controle de qualidade durante a fase de projeto resulta em um menor
tramite para corrigir erros, os quais poderiam ser evitados ou mesmo, suas dvidas
consultadas previamente.
Para Melhado (2005), a falta ou adiamento de decises, especialmente nas
etapas iniciais da fase de projeto de empreendimentos de construo civil,
potencializam uma grande quantidade de erros e de retrabalho para todos os
agentes envolvidos, constituindo uma fonte significativa de desperdcio, com reflexos
negativos sobre a qualidade do produto final entregue.
de extrema importncia que os profissionais que atuem neste ramo da
construo civil conheam as normas e leis, buscando atualizarem-se quanto s
pequenas exigncias que frequentemente so implementadas nos rgos
21
avaliadores, para que tenham a oportunidade de aplic-las previamente em suas
obras.
Um projeto completo composto de diversos sistemas que constituem os
projetos complementares, como o hidrossanitrio, eltrico, estrutural, de fundaes,
ar condicionado, paginao, executivo, legal, entre outros. Porm cada um deles
deve representar apenas as informaes pertinentes sua categoria, eliminando
assim a saturao de informaes desnecessrias na representao grfica. A
saturao de informaes pode ocasionar problemas como a dificuldade para
identificar informaes fundamentais, a dificuldade para execuo ou at mesmo a
ambiguidade durante sua leitura.
As informaes de cada projeto devem ser acessveis para o leitor, seja um
profissional graduado ou um operrio, devem ser condicionados a captarem a
informao e execut-la com preciso, eliminando a oportunidade de ter problemas
resolvidos in loco, pois o ambiente de escritrio oferece viabilidade para solues
que no so encontradas em canteiro de obra.
A esse respeito Melhado (2005), pontua que devem-se antecipar e
solucionar pontos crticos para a prtica de inovaes e influncia do resultado final
quanto qualidade e custos, acompanhando tendncias na evoluo dos prprios
meios de produo.
Um projeto de qualidade deve obedecer s normas tcnicas e legislao
de acordo com a localidade em que se situa, ou seja, normas da Associao
Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) so vlidas em todo o territrio nacional,
porm, cada cidade possui seu prprio cdigo de obras e lei de uso e ocupao do
solo, sendo que em qualquer cidade deve-se atender s exigncias bsicas do
Cdigo Civil Brasileiro.
O procedimento para aprovao de projetos (arquitetnicos, incndio e
outros) um misto de atividade tcnica para cumprir as normas, leis, resolues,
cdigos, jornais oficiais, pareceres tcnicos e decretos e ao mesmo tempo uma
atividade poltica para conhecer a estrutura a qual submeter a aprovao de seu
projeto e possuir fundamentao cabvel para argumentar a seu favor em situaes
crticas de avaliao. Sendo de suma importncia estabelecer um equilbrio entre
estas duas atividades.
Conforme Faria (2012), a atividade de projetar est garantida para o
engenheiro pela Lei 5.194/66, bem como as demais atribuies deste profissional.
22
Inicialmente esta lei regulava as profisses de engenheiro, engenheiro agrnomo e
arquiteto, porm a partir de 2010 a classe de arquitetura tornou-se independente e
regido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) por meio da Lei
12.378/2010, rgo emissor dos Registros de Responsabilidade Tcnica (RRTs)
equivalentes s Anotaes de Responsabilidade Tcnica (ARTs) emitidas pelo
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).
Atualmente ambos os profissionais - engenheiros ou arquitetos - so
habilitados a projetar e se responsabilizarem pela atividade em seus respectivos
rgos de classe de acordo com suas formaes especficas.
Para a aprovao de um projeto so necessrias duas atividades: a de
projeto e a de execuo da obra. Ambas as atividades podem ser desempenhadas
pelo
mesmo
profissional,
ou
por
profissionais
distintos,
contudo,
ao
se
responsabilizar por uma edificao caber ao profissional responder por suas
atividades. Estaro imputados ao projetista responder pelos itens presentes no
projeto e as implicaes futuras, como por exemplo, os vcios de construo e
defeitos. Ao se responsabilizar pela execuo de uma obra, o profissional se
encarrega
de
estar
presente
garantir
que
seja
executado
projeto
adequadamente, seguindo as normas regulamentadoras de trabalho e as atividades
pertinentes obra.
A tendncia contempornea a utilizao da modelagem em plataforma BIM
(Building Information Model) que consistem no registro de informaes compatveis
entre softwares que sincronizam seus dados de maneira inteligente, identificando
conflitos entre modalidades diferentes (por exemplo: prumada eltrica posicionada
no mesmo lugar das tubulaes hidrossanitrias) e gerando o oramento
automaticamente. O sistema torna as etapas construtivas programveis e lgicas,
oferecendo um maior suporte ao projetista.
O desenvolvimento de projetos em softwares computacionais oferece ao
profissional a possibilidade de realizar alteraes em seus projetos de maneira
rpida e precisa, gerando nicho de trabalho para as empresas que realizam
plotagens.
Existe uma prtica muito comum entre as franquias de grandes empresas,
que a exportao de projetos de um escritrio para todas suas filiais em todo o
territrio nacional garantindo a uniformidade de seus padres, contudo, cada
localidade possui detalhes particulares que podem inviabilizar o projeto, pelo fato do
23
profissional no conhec-los, ocasionando a necessidade de terceirizao para
profissionais locais. Por exemplo, sem consultar alguma fonte, um profissional que
venha atuar em Londrina no saber onde existem limitaes para a construo
devido ao feixe de micro-ondas que corta o centro da cidade, do cone de
aproximao limitador de altura nos beros das extremidades do aeroporto
Governador Jos Richa ou at mesmo da existncia das adutoras que canalizam a
gua bruta captada para o tratamento.
Um dos pontos de grande importncia a ser implantado nos projetos a
acessibilidade. Prescritos pela NBR 9050 (2004), os parmetros tcnicos devem ser
observados quanto ao projeto, construo, instalao e adaptao de edificaes,
mobilirio, espaos e equipamentos urbanos s condies de acessibilidade.
Para Lanchoti (2012), o Brasil nos ltimos anos tem vivenciado uma
transformao urbana e tambm uma transformao no setor da construo civil
com um foco voltado a uma parcela da sociedade antes desconsiderada, os
usurios em potencial.
Outro fator memorvel a ser observado a sustentabilidade das edificaes,
ou seja, tornar a edificao menos impactante para o meio ambiente devido a suas
caractersticas construtivas, possibilitando a preservao de caractersticas naturais
do ambiente. Pode ser citado como exemplo de sustentabilidade a captao de gua
de chuva para usos de guas cinzas, que so imprprias para consumo humano.
De acordo com Keller (2010), a construo e o uso de edificaes so as
principais responsveis pela demanda de energia e de materiais que produzem
gases de efeito estufa derivados. A preocupao com o meio ambiente deve ser
considerada desde o desenvolvimento do projeto, execuo e o fim da vida til da
obra.
1.2. Objetivo Geral
O trabalho tem como objetivo geral compor diretrizes para a aprovao de
projetos na cidade de Londrina PR.
24
1.3. Objetivo Especfico
Identificar os principais problemas encontrados em projetos por
meio de anlises individuais de projetos arquitetnicos sob
aprovao da Prefeitura Municipal de Londrina PR
Contextualizar o desenvolvimento de projetos com as reas
sociolgicas, sustentveis e acessveis.
Orientar o leitor como proceder durante a aprovao de projetos,
com comentrios e dicas fundamentadas da literatura pertinente.
Indicar nveis qualitativos nos projetos.
Agrupar por temas os artigos das leis em vigor.
Caracterizar os tipos de edificaes identificando suas principais
necessidades, como itens a serem obrigatoriamente implantados.
Propor checklist padro para o auxlio dos projetistas durante a
concepo de seus projetos.
1.4. Justificativa para o Desenvolvimento do Trabalho.
Este trabalho tem o potencial de contribuir com o processo de elaborao de
projetos arquitetnicos e sua aprovao, configurado de maneira a esclarecer as
principais dvidas e pontos fundamentais a serem considerados para um projeto de
qualidade.
Com a atuao na rea, observou-se grande necessidade dos profissionais
tomarem conhecimento das leis envolvidas no processo de aprovao de projetos
na cidade de Londrina PR.Com os principais temas elencados de maneira verstil
possvel facilitar o processo de concepo da edificao, reduzindo os custos
posteriores com adequaes e retificaes.
O tema deste trabalho est intimamente ligado aos aspectos tcnicos
voltados engenharia civil, sugerindo tanto uma anlise quantitativa (tabelas,
grficos e contagem), quanto uma anlise qualitativa (indicadores) do quadro geral
contemporneo, sendo que o departamento de aprovaes de projetos de Londrina
PR predominantemente composto por profissionais graduados em engenharia
civil.
25
1.5. Delimitaes
Este trabalho ter como resultado final diretrizes para aprovao de projetos,
resultantes da atividade de anlise durante a coleta de dados realizada durante as
correes acompanhadas na Prefeitura Municipal de Londrina PR durante um
perodo de 2 anos, (26/03/2012 a 28/03/2014). As diretrizes sero para projetos
arquitetnicos
dos
tipos
residenciais,
comerciais,
mistos,
unifamiliares,
multifamiliares e industriais a serem aprovados na Prefeitura Municipal de Londrina
PR, ficando exclusos os projetos de obras pblicas, obras de arte, pontes, viadutos,
benfeitorias a fundo de vale, revitalizaes, projetos de segurana contra incndio e
pnico, entre outros.
1.6. Estrutura do Trabalho
O trabalho foi desenvolvido com sua estrutura definida seguindo um conceito
lgico, onde em suma, so apresentadas inicialmente as justificativas bibliogrficas
referentes ao tema, o desenvolvimento baseado nas informaes levantadas por
meio de coleta amostral e a concluso referente ao tema.
Na introduo apresentado o assunto abordado por meio de definies
objetivas do tema e dos itens a serem abordados no desenvolvimento do trabalho, a
qual justifica a escolha do assunto, associando a referncias existentes relacionadas
pesquisa envolvida.
A reviso bibliogrfica rene e elabora a discusso das informaes
existentes em outros trabalhos relacionados aprovao de projetos, bem como a
justificativa da importncia da gesto de projetos para a elaborao do projeto legal,
que servir de base para os demais projetos.
O desenvolvimento contm o ncleo do trabalho desenvolvido, subdividido
em tpicos setorizados a cada elemento relacionado aprovao de projetos,
detalhando cada tpico de forma justificada em normas, leis e resolues legais.
O
item
Contexto
Geral
levanta
observaes
relacionadas
ao
desenvolvimento de projetos com o olhar crtico abordando temas indispensveis
para as edificaes da atualidade, como a sociologia, sustentabilidade e
acessibilidade.
26
O mtodo abordado para o desenvolvimento do trabalho foi detalhadamente
descrita no captulo referente ao assunto, por meio de escrita, diagramas e
definies expressadas por frmulas.
Os resultados e anlises descrevem de forma tcnica, informaes
referentes ao plano geral atual, da aprovao de projetos a nvel municipal (Londrina
PR). Baseado principalmente nos dados levantados pelo autor durante a coleta de
dados.
27
2. CAPTULO II REVISO BIBLIOGRFICA
O desenvolvimento de projetos possui ao longo de sua execuo,
modalidades que apresentam necessidades de representao inerentes ao seu tipo
como o projeto legal, executivo, hidrossanitrio, de preveno de incndio, eltrico,
estrutural ou de fundaes. O trabalho aborda especificamente o projeto legal e suas
particularidades.
Para Gava (2002), projeto legal tem por definio a apresentao sucinta do
projeto definitivo, com o mnimo de desenhos representativos e simplificados, para
to somente obter aprovao do projeto junto aos poderes pblicos.
De acordo com Pusch (2010), o ato de projetar um edifcio a complexa
tcnica criativa que se formaliza na representao grfica de uma ideia. No caso, a
ideia de um edifcio que ainda no existe no mundo real, sem existncia concreta
ainda.
A execuo de empreendimentos tem como produto final o prprio edifcio,
sendo que todas as etapas anteriores foram conduzidas e gerenciadas de maneira
equiparada a uma linha de produo em uma fbrica de produo em massa. A
principal diferena que o produto final esttico, em contraste com as linhas de
produo em fbrica, que tm seus produtos passando pelos diversos setores do
incio at o fim de sua fabricao. Os edifcios possuem a caracterstica de
possurem as centrais de produo e projeto se dispondo, em sua maioria, em
posies perifricas a ele durante o desenvolvimento da obra.
H situaes em que o empreendimento (ou produto) numeroso e sua
produo concentrada (como o item C da figura 1) de produo em larga escala e
situaes em que o empreendimento concentra as atividades de diversas empresas
(como o item A da figura 1) s quais se podem citar os grandes empreendimentos.
28
Figura 1 Caractersticas do empreendimento em vrios setores industriais.
Fonte: Fabrcio (2002).
A semelhana do produto edifcio com os demais produtos produzidos em
ambiente fabril se analisada sob a tica sociolgica, possui diversas consideraes,
porm pode-se afirmar que atualmente h grande presena da linha de produo
pois cada participante do processo executa uma tarefa aps receber a tarefa
concluda de outro, sem um feedback.
O projeto simultneo, de acordo com Fabrcio (2002), prope a realizao do
projeto como um processo multidisciplinar que pode ser associado metaforicamente
a um espiral ou vrtice de procedimentos (figura 2) os quais seguem o fluxo para
uma nova etapa (ou disciplina como mostrado) e retorna para determinado
profissional para sua anlise, sequncia a ser seguida at a concluso do
empreendimento.
29
Figura 2 Espiral de projeto
Fonte: Adaptado de FABRCIO (2002).
A concretizao do projeto simultneo pode ser observada quando h
ocasies onde s equipes de projeto realizam reunies que sincronizam seus
trabalhos de maneira organizada, formando uma multidisciplinaridade ilustrada na
figura 3, onde os profissionais antes separados pelas paredes impostas pela falta
de comunicao tornam-se uma equipe multidisciplinar, quando agem em conjunto
pela troca de informaes.
Pusch (2010) resume que:
Os projetos integrados so as solues especializadas que convergem para
a formao global do edifcio. Constituem-se em elementos projetivos
individualizados em sua concepo e expresso e, devidamente integrados
entre si e ao projeto arquitetnico, contribuem para a formao do conjunto
coerente do projeto da edificao. Sistemicamente so os produtos adidos
ao produto mater do processo.
Em geral, h uma analogia (figura 4) da produo da construo civil
tradicional com uma caixa onde as diversas etapas at o resultado final do
empreendimento ficam veladas em seu interior, j a produo da construo civil
sob a tica da engenharia simultnea substitui esta caixa por uma transparente,
30
onde todas as tarefas, tomadas de decises, projetos e documentos so visveis e
acessveis tanto para os participantes,
participantes, quanto para observadores externos.
Figura 3 Equipes multidisciplinares do projeto simultneo.
Fonte: adaptado de MELHADO (2005).
Figura 4 O processo de projeto de edificaes: da caixa preta caixa transparente.
Fonte: Fabrcio (2002).
A gesto de projetos, isto , a aplicao dos conhecimentos tcnicos no
desenvolvimento do empreendimento, est presente ao longo de toda a elaborao
do que ainda ser executado, a qual tem alta relevncia para resultar em um produto
de qualidade. O Project Management Institute PMI busca abordar os principais
aspectos que tendem a surgir em um projeto, concebendo o Project Management
Body of Knowledge (PMBOK,
(PMBOK 2004), que de
e acordo com Marcio Sampaio, atual
gerente de projetos da Transportes Bertolini Ltda e professor de ps-graduao
ps
do
SENAC RS, no se trata de uma metodologia de gerenciamento de projetos, mas
31
sim, uma padronizao de procedimentos os quais so identificados e nomeados,
abordando reas de conhecimento, tcnicas, regras e mtodos.
Ao analisar-se a figura 5, pode-se observar a importncia de se destinar
maior ateno na fase de projeto, para eliminar possveis alteraes em etapas
futuras, pois o custo para mudanas nas fases iniciais so bem menores que aps
sua execuo. A influncia das partes interessadas se mostra superior nas fases
iniciais, caindo gradativamente, pelo fato de fatores externos inviabilizarem
mudanas cada vez mais ao longo do tempo.
Figura 5 Custos referentes s mudanas ao longo de um projeto.
Fonte: adaptado de PMBOK(2004).
A elevada importncia que se deve dar s fases iniciais referentes aos
projetos pode ser justificada pela figura 6, que indica o alto potencial de influncia no
custo do empreendimento, se comparado s fases finais de execuo e uso, as
quais possuem pequeno potencial de influncia no custo do empreendimento.
A importncia da tomada de decises no desenvolvimento de um
empreendimento est diretamente ligada qualidade final do edifcio. Porm, quanto
mais o tempo passa e as etapas do empreendimento avanam, menor a
possibilidade de interferncia relativa s decises ou alteraes a serem
executadas. A figura 7 mostra a relao entre o custo e a etapa da deciso de
interferncia no empreendimento, ou seja, nas fases iniciais os custos para
alteraes so mnimos, j nas fases finais, os custos para alteraes so elevados.
O custo do empreendimento possui diversas variveis, entretanto, possvel
afirmar que, aplicando-se uma etapa de projeto com maior durao pode-se
racionalizar custos pontuais, trazendo uma economia na esfera global. A prtica
32
corrente no mercado da construo civil uma breve etapa de projetos onde
acarreta diversos gastos futuros suprfluos, devido falta de identificao das
perdas em cada elemento do empreendimento, como se pode observar na figura 8.
Figura 6 Potencial de influncia no custo do empreendimento.
Fonte: adaptado de Melhado (2005).
Figura 7 Possibilidade de interferncia durante as fases do empreendimento.
Fonte: adaptado de Melhado (2005).
33
Figura 8 Relao entre tempo de projeto e tempo de execuo.
Fonte: adaptado de Melhado (2005).
Neste contexto geral da gesto de projetos, o vnculo relativo aos projetos
arquitetnicos se d pela necessidade de se representar precisamente as
dimenses dos ambientes e elementos estruturais nesta modalidade de projeto, ou
seja, a gesto de projetos deve ser harmnica de maneira a prever com o mximo
de clareza o que ser aprovado e posteriormente executado. O principal problema
apresentado pela falta de gesto de projetos a possvel necessidade de
adequao em obra devido compatibilizao de projetos falha ou inexistente.
A definio de gerenciamento de projetos para Gava (2002) a prestao
de servios como assessor tcnico, que o profissional contratado, na qualidade de
coordenar projetos integrantes, adota a produo com organizao e mtodo [...].
Para ilustrar, pode-se citar um exemplo comum: uma escada projetada
para apresentar precisamente um vo vertical de 2,10 m para a passagem dos
usurios (que o mnimo permitido por lei), entretanto foi dimensionada com a
presena de uma viga (desenhada com 15 X 30 cm) do pavimento superior que
passa sobre ela. O projeto foi aprovado e quando observado o projeto estrutural
solicitaria que a viga apresentasse 40 cm de altura, consequentemente sobraria um
vo de 2,00 m para a passagem de usurios, dimenso inferior permitida devido
falta de preciso na gesto de projetos, que no efetuou a compatibilizao
adequada.
A importncia da preciso da representao grfica dos projetos
arquitetnicos possui ainda carter tributrio, pois haver taxas para a emisso dos
CVCOs (Certificados de Vistoria de Concluso de Obra), regularizao de
34
documentos de averbao e tambm taxas referentes receita federal, que
apresentando
entando reas em desacordo, podem ocasionar indeferimentos dos rgos,
refletindo em atrasos de metas e prejuzos financeiros.
A importncia que a fase de projeto tem muito representativa, pois
representa grande parcela na origem das patologias e mau funcionamento
fun
das
edificaes como pode ser observado no grfico 1.
Um famoso caso contemporneo de problemas de gerenciamento de
projetos o do edifcio do Centro Comercial City, na rua Benjamin Constant, que
[...] foi aberto em 2012 sem aprovao de Estudo
Estudo de Impacto de Vizinhana (EIV),
sem ter o alvar de construo e sem Habite-se(FRAZO,
Habite se(FRAZO, 2014). O prdio
comercial foi executado completamente, entretanto encontra-se
encontra se sobre o recuo frontal
de 5 m a partir do alinhamento predial, que deve ser preservado. O caso mostra a
importncia de se elaborar um projeto dentro das normas, aprov-lo,
aprov
desenvolver os
projetos complementares a partir dos ambientes j com dimenses definidas e ento
dar incio execuo do projeto.
Origem de patologias e mau
funcionamento das edificaes
EXECUOOUTROS
4%
USO RPIDA
5%
8%
MATERIAIS
15%
CONCEPO DE
PROJETOS
46%
EXECUO
22%
Grfico 1 Origem
rigem de patologias e mau funcionamento das edificaes.
Fonte: Fabrcio (2002) apud Cnudde (1989).
O desenvolvimento de
de projetos complementares sem o deferimento do
projeto arquitetnico por parte da PML (Prefeitura Municipal de Londrina) pode
ocasionar a possibilidade de retrabalho se houverem alteraes significativas
solicitadas pelo rgo competente, pois todos os projetos possivelmente sofrero
alteraes tambm.
35
O conceito de projeto simultneo de Fabrcio (2002) trata a interao de
projetos que devem ser compatibilizados simultaneamente. Este trabalho tem como
proposta promover organizao do processo de projeto de forma integrada e
simultnea, tornando o projeto exequvel, como no diagrama no anexo I.
Fabrcio (2002) considera que os projetistas no cometero erros durante a
aprovao e, portanto, o desenvolvimento de projetos arquitetnicos est em
paralelo com os demais sistemas, como pode ser observado no diagrama presente
no anexo I.
Faria (2012) afirma que os direitos de autoria, tanto pessoais quanto
patrimoniais, sobre uma obra cientfica, literria ou artstica cabem ao seu autor,
assegurando-lhe a capacidade para fruir e gozar de todos os benefcios que dela
possam advir.
Pusch (2010) destaca que o profissional tem o direito assegurado de fazer
projetos, no entanto cabe a ele avaliar se esta a vertente que lhe convm e se est
efetivamente qualificado para exerc-la com maestria.
No entanto, Gava (2002) afirma que um arranjo polmico (tambm
conhecido como sombreamento), pois permanece o direito comum para se fazer o
projeto arquitetnico e para assumir a responsabilidade tcnica da execuo.
Faria (2012) ainda afirma que os direitos pessoais ou morais do autor so
inalienveis e irrenunciveis, tornando assim sua obra vinculada ao profissional de
forma obrigatria.
O processo de apreciao e compreenso da maior parte dos textos
relacionados a normas e leis so densos e detalhados, de extrema importncia para
a assimilao dos itens expostos, exigindo que o profissional faa uma leitura
adequada. Pode-se afirmar que a leitura analtica seja a mais adequada dentre as
modalidades, sendo que de acordo com Azevedo (2012) durante a leitura analtica
h uma preocupao em interpretar o contedo do texto, de maneira crtica,
observam-se os objetivos dos autores e finalidades dos itens ou artigos.
Azevedo (2012) ainda aponta outro tipo de leitura ainda mais ativa, a leitura
sintptica, onde o leitor apresenta um empenho em relacionar comparativamente o
contedo entre as literaturas preliminarmente estabelecidas, bem como uma reviso
bibliogrfica, neste tipo de leitura o leitor contrasta e associa itens semelhantes ou
divergentes em diferentes fontes.
36
Ambos os tipos de leitura so indicados para os profissionais relacionados
com o ramo de projetos da construo civil, pois alm de fazer uma leitura crtica, o
profissional tem o dever de observar similaridades e divergncia entre as normas,
leis, entre outros.
O mtodo de representao grfica de projetos mudou com o tempo. At a
metade da dcada de 1990 os projetos eram desenvolvidos de maneira artesanal
onde o desenho era impresso manualmente pelo profissional na prancha por meio
da prancheta e nanquim. Atualmente apenas uma minoria ainda utiliza este mtodo
considerado por muitos como arcaico, sendo que a maioria massiva dos
profissionais utiliza softwares computacionais para desenvolvimento de seus
projetos.
Sennett (1999) defende os aspectos positivos do uso do desenho manual
dos projetos, afirmando que quando se desenha um local no papel quadriculado, ele
se entranha em nossa mente, passa-se a conhecer o local de uma maneira que no
possvel no computador, passa-se a conhecer o terreno no deixando o
computador regener-lo para o usurio.
O entendimento quanto ao fato de que a computao grfica gradativamente
vem tomando o espao do desenho manual pode ser observado no trecho de Tussi
(2013) apud Leggitt (2004) que aponta que na ltima dcada tem havido avanos
incrveis na computao com a introduo de novos softwares fazendo com que os
velhos e bons desenhos mo livre sofram o reflexo desses avanos, sendo
deixados de lado.
No
contexto
nacional,
de
acordo
com
Tussi
(2013),
dialtica
prancheta&computador tem avanado nos ltimos anos dentro das escolas, sendo
ainda mais evidenciado a partir do advento da Portaria do MEC 1770/94.
Em virtude desse estudo ultrapassar o mbito de atuao tcnica da
engenharia civil e demandar um olhar mais abrangente, objetiva-se nos prximos
subitens da reviso bibliogrfica, dialogar com reas do conhecimento referente
sociologia do trabalho, a sustentabilidade de edifcios e a acessibilidade.
37
2.1. Contexto Sociolgico
2.1.1.
Dos Escritrios
No decorrer das leituras e levantamentos em documentos diversos,
verificou-se a importncia de uma discusso acerca da organizao da fora de
trabalho no contexto das cidades capitalistas, como forma de contextualizar e
entender a organizao do processo de trabalho nos escritrios de projetos.
Desta forma, se faz necessrio retomar caractersticas gerais das formas de
organizao cientfica do trabalho - o taylorismo, o fordismo e o toyotismo - em
diferentes momentos da evoluo do modo de produo capitalista e como cada
forma de organizar o trabalho foi incorporado pela construo civil.
Com o desenvolvimento industrial aps a I e II Revolues Industriais, os
empresrios capitalistas intensificaram o processo de constante busca pela
produo e reproduo do capital. Isto os impulsionou cada vez mais encontrar
formas e meios de disciplinar, controlar a mo-de-obra e garantir a apropriao do
saber operrio.
Como primeira forma de organizao cientfica do trabalho, tm-se no incio
do sculo XX, as ideias de Frederick Taylor (1856-1915), que props uma
organizao sistemtica do processo produtivo a partir do maior aproveitamento
possvel da fora de trabalho. A partir de um ambiente produtivo mecanizado, com
estudos dos tempos e movimentos realizados pelos trabalhadores, Taylor
apresentou uma forma de organizao do trabalhador no cho de fbrica que
permitia a realizao das aes durante a produo em um tempo desejvel (do
ponto de vista do dono do meio de produo) e um controle maior do tempo do
operrio durante o expediente de trabalho (LAZAGNA, 2002).
Conforme proposto por Taylor, para atingir um padro de fabricao dos
produtos (principalmente em questo de quantidade) era necessrio a seleo, o
treinamento e a organizao dos trabalhadores a partir da diviso em dois grupos de
atuao na fbrica: a) gerncia: que seria responsvel pela fiscalizao, organizao
e criao do processo produtivo sendo, portanto restrita a um nmero pequeno de
trabalhadores qualificados para tal atividade; b) a execuo: que corresponderia ao
trabalho braal (carregamento e descarregamento, etc.) e operao do maquinrio,
38
atividades repetitivas destinadas a grande maioria dos trabalhadores com pouca ou
quase nenhuma qualificao (LAZAGNA, 2002).
Dentre os princpios bsicos desse sistema de organizao do trabalho
Rago (1986) destaca dentre outros, a decomposio das tarefas em operaes
simples; o planejador no processo produtivo como um elemento crucial para o
acompanhamento dos tempos e movimentos alocados a cada operao; a
eliminao do desperdcio do esforo fsico e o cumprimento do tempo prescrito.
Esse sistema de organizao do trabalho preconizado por Taylor foi
aprimorado por Henry Ford (1863-1947) e expandido aps a Segunda Guerra
Mundial. De acordo Gounet (1999), buscando minimizar os custos de produo, o
fordismo parte da decomposio do produto em seus vrios elementos constitutivos,
fazendo com que estes elementos circulem pela linha de montagem. Dentre as
caractersticas do processo fordista pode-se destacar a intensificao da imposio
do tempo de trabalho pela mquina, as inovaes de base tcnica, a especializao
da maior parte dos trabalhadores em uma nica e repetida tarefa, a produo em
grandes volumes, padronizada e a necessidade de investimentos de capital.
A queda da produtividade do trabalho - da mais-valia relativa nos termos de
Marx (1985) - e a maior dificuldade na realizao das mercadorias - reduo da
demanda agregada - afetaram o processo de acumulao de capital, assim como a
taxa de lucro dos diversos empreendimentos privados. Isso levou, grupos industriais
de pases desenvolvidos a implementar, ainda na dcada de 1970 e no decorrer dos
anos de 1980, mudanas no mbito de suas estruturas produtivas via incorporao
de elementos do sistema tcnico-produtivo e organizacional toyotista, criado pelos
japoneses.
Segundo Coriat (1994), grandes empresas passaram a adotar uma
organizao da produo sintonizada com a demanda (just-in-time/Kaban); estoque
mnimo; produo flexvel e ajustvel s flutuaes nos mercados; plantas
produtivas desconcentradas; reduo do operrio estvel; trabalhador polivalente e
multifuncional;
uso
intensivo
de
tecnologias
baseadas
na
microeletrnica;
terceirizaes e subcontratao de mo-de-obra, com destaque para o Japo, que
alcanou a dianteira nessa disputa comercial.
Os elementos dessas formas de organizao cientfica do trabalho tambm
foram incorporadas pelos profissionais de maior qualificao, responsveis pela
produo de projetos. Em se tratando do campo dos projetos, h dois grandes
39
grupos de modelos de trabalho adotados por escritrios de projeto. Um deles
semelhante aos conceitos de Ford e um deles se assemelha ao Toyotismo.
Os escritrios que trazem na produo de seus projetos os princpios
fordistas, via de regra apresentam estruturas internas que apresentam extrema
especializao na rea em que atuam (por exemplo: arquitetnico, eltrico,
hidrossanitrio, estrutural, entre outros) onde trazem em seu produto final a
qualidade expressa na velocidade de desenvolvimento do projeto, seja pelo uso de
estagirios ou pelo nvel de assimilao de conceitos dos profissionais atuantes.
Este modelo pode estar tambm associado gesto de projetos, porm tem perfil
mais voltado execuo de tarefas como a expresso grfica dos projetos em
arquivos. A responsabilidade de coordenao dos projetos fica a cargo de um gestor
responsvel pela compatibilizao entre as modalidades projetivas e organizao do
fluxo de documentaes.
Os escritrios que trazem os princpios toyotistas na produo de seus
projetos contam com a rotatividade de funes, onde os integrantes buscam agregar
conhecimentos em todas as etapas e modalidades dos projetos. A rotatividade de
funes traz ao indivduo maior habilidade de compatibilizao de projetos, que j
possuem na sua concepo os conceitos de compatibilizao. Ao gestor de projetos
fica apenas a responsabilidade de organizar o fluxo de documentaes.
Existem escritrios tanto de porte pequeno como de porte grande que
atribuem ao seu mtodo de produo de projetos os princpios toyotistas ou
fordistas, todavia, pequenos escritrios tendem a serem mais especializados em
determinada atividade por possurem pouco tempo de mercado e grandes escritrios
apresentarem especialidades variadas pelo fato de ao longo do tempo agregarem
profissionais ao seu quadro tcnico de diferentes reas.
2.1.2.
Contexto das Cidades
O conhecimento por parte do profissional que ir desenvolver projetos
quanto s caractersticas da cidade em que atuar um fator muito relevante
durante a etapa de concepo, pois determinadas regies possuem zoneamentos
caractersticos devido evoluo da expanso urbana.
Primeiramente deve-se observar que este trabalho compatvel com
edificaes em lotes urbanos. H uma dialtica entre a definio de urbano que
40
ainda h conflitos em alguns casos: urbano se o lote j foi parcelado e o
proprietrio paga IPTU ou urbano se est inserido dentro do permetro urbano?
O permetro urbano em vigor da cidade de Londrina PR definido pela Lei
11.661/2012 que institui o traado da linha que d forma aos seus limites, onde de
acordo com o artigo 2 considera-se como Zona Rural o restante do territrio
municipal ou seja, para efeito de aprovao nos rgos pblicos, considerado
urbano todo lote situado dentro do permetro urbano. A rea urbana de Londrina-PR,
conforme a Lei 11661/12, de 26.436,36 ha e o permetro possui desenvolvimento
de 88.893,98 m.
Entretanto, existem lotes dentro do permetro urbano que possuem
documentao rural, ou seja, pagam Imposto de Territrio Rural (ITR). Para a
autorizao dos lotes que se encontram nesta condio, indicado que se pea
uma Certido de Zoneamento no IPPUL, para que seja documentado se o lote
apresenta zoneamento previsto ou no. Caso negativo, o lote no est autorizado
construo de edifcios.
Para Castells (1977), h a existncia de um urbano per se, que tem na
cidade a prpria varivel explicativa, no uma cincia, mas, sim, uma ideologia. O
urbano concebido como cotidianidade, que se torna o eixo do desenvolvimento
social e da concluso cultural da histria.
No que se refere ao conceito literrio segundo Wirth (1987), autor de
destaque da Escola de Chicago, ligado vertente culturalista, a cidade fabrica um
produto bem caracterstico: a cultura urbana, expressa na formulao do urbanismo
como modo de vida, que, por sua vez, transcende os limites espaciais.
Uma das mais incisivas crticas de Castells (1977) a Wirth objetiva
exatamente mostrar que a cidade no produz a prpria cultura; no h uma cultura
da cidade, mas, sim, uma cultura da sociedade capitalista.
Corra (1989) afirma que produo do espao urbano se d pela atuao de
cinco agentes sociais que simultnea ou paralelamente atuam para a incorporao
urbana:
a) Os proprietrios dos meios de produo, sobretudo os grandes industriais;
b) Os proprietrios fundirios;
c) Os promotores imobilirios;
d) O Estado;
e) Os grupos sociais excludos.
41
2.2. Contexto Sustentvel
A construo sustentvel consiste no desenvolvimento de atividades tanto
no projeto quanto na execuo de edifcios, que busquem reduzir os prejuzos ao
meio ambiente. Preservando os recursos naturais para as futuras geraes,
correlacionam os mbitos: econmicos, sociais e ambientais.
A incorporao de princpios sustentveis a produo de edifcios ainda
enfrenta grande resistncia, entretanto nas ltimas dcadas o mercado vem exigindo
cada vez mais dos construtores, que muitas vezes utilizam a sustentabilidade como
fator diferencial em seus projetos.
Existem itens que devem ser cumpridos para que uma obra seja
considerada sustentvel, atendendo exigncias como reduo dos impactos sobre o
meio ambiente, melhoria na sade e segurana de seus usurios, possuir eficincia
energtica, aproveitamento dos recursos naturais, economia de materiais, gesto de
resduos na construo civil, entre outros.
Os princpios sustentveis apesar de ainda tnues na legislao atual, vem
crescendo ao longo do tempo, tanto em itens construtivos quanto a aspectos de
gesto.
Pode-se citar como medida sustentvel contemplada pela legislao, a
exigncia de cisternas para captao pluvial em edificaes com mais de 200 m,
estimulando a destinao de guas de chuva para o uso menos nobre, como rega
de jardim ou alimentao de bacias sanitrias.
Uma medida sustentvel agregada ao aspecto de gesto a exigncia do
PGRCC (Plano de Gerao de Resduos na Construo Civil) para a liberao de
obras, visando destinao racional dos resduos da construo civil.
Para edificaes que adotam medidas sustentveis alm das convencionais,
os construtores podem adotar a certificao de suas edificaes por meio de selos
nacionais ou internacionais, que exigem medidas para sua classificao.
2.3. Contexto Acessvel
A acessibilidade uma caracterstica fundamental para os edifcios pblicos
e urbanos que contribuem para o aumento na qualidade de vida das pessoas,
principalmente as que apresentam restries de movimentos fsicos. O direito de ir e
42
vir garantido a todos, entretanto edificaes acessveis garantem esse direito
permitindo o fluxo de pessoas tanto em condies fsicas normais, quanto as que
possuem limitaes.
De acordo com o artigo 10 do decreto 5.296/2004, a concepo e a
implantao dos projetos arquitetnicos e urbansticos devem atender aos princpios
do desenho universal, tendo como referncias bsicas as normas tcnicas de
acessibilidade da ABNT.
O decreto federal n 5.296/2004 define pessoa com deficincia como sendo
aquela que possui limitao ou incapacidade para o desempenho de atividade e se
enquadra nas seguintes categorias de deficincia: fsica, mental, sensorial, orgnica
e mltipla.
Os Direitos Humanos (2014) prescreve que todas as polticas relativas
pessoa com deficincia devem assegurar o acesso dessas pessoas a todos os
servios da comunidade e todos os recursos devem ser empregados de tal modo
que garantam uma oportunidade satisfatria.
O autor Ribeiro (2009) salienta que:
Acessibilidade e incluso, como um paradigma de sociedade, o processo
pelo qual os sistemas sociais comuns so tornados adequados para toda a
diversidade humana - composta por etnia, raa, lngua, nacionalidade,
gnero, orientao sexual, deficincia e outros atributos - com a
participao das prprias pessoas na formulao e execuo dessas
adequaes.
A prescrio dos elementos a serem implantados nas edificaes realizada
pela NBR (ABNT) 9050, que fixam critrios e parmetros tcnicos a serem
observados quando da execuo de projeto, construo, instalao e adaptao de
edificaes, mobilirio, espaos e equipamentos urbanos s condies de
acessibilidade entre outros.
2.4. Contexto Geogrfico
Londrina uma cidade localizada ao norte do Paran, que um estado
brasileiro que faz parte da regio sul do pas, (como pode ser observado na figura
9), apresentando 537.566 habitantes (IBGE, 2013).
43
Figura 9 Localizao do municpio de Londrina - PR.
Fonte: Rosolm (2011).
Situado entre ribeires importantes como a Camb e a Jacutinga, o centro
de Londrina - PR apresenta uma topografia varivel em sua extenso, como pode
ser observado na figura 10. A topografia tem influncia direta tanto no valor
agregado ao terreno, quanto aos mtodos construtivos que devem ser previstos em
projeto conforme necessrio, ou seja, um terreno acidentado tende a gerar maior
custo com estruturas de conteno que terrenos planos.
44
Figura 10 Topografia genrica do municpio de Londrina - PR.
Fonte: UEL (2014).
O desenvolvimento de projetos nas diversas zonas da cidade traz aos
projetistas desafios distintos para cada caso, onde h necessidade de buscar a
soluo ideal para cada caso.
A indicao topogrfica de metro em metro de cada lote da cidade est
presente na planta de cada loteamento, sendo que obrigatrio tanto o
levantamento topogrfico do terreno antes da construo como a consulta da planta
de loteamento em que o lote se situa para incio do desenvolvimento do projeto da
edificao.
H diversos elementos construtivos que esto presentes nas edificaes
existentes que indicam seu padro ou o pblico a que se destina. Na dcada de
2010 houve um grande crescimento na construo de edifcios na Gleba Palhano,
sendo que um dos fatores predominantes nestes empreendimentos o nmero de
banheiros. Na figura 11, pode-se observar que a regio da cidade de Londrina PR
que apresenta maior quantidade de edificaes com mais de quatro banheiros por
unidade a regio da Gleba Palhano, e zona sul.
45
As edificaes sem banheiros se concentram na regio perifrica da cidade,
indicando uma regionalizao das classes de alto poder aquisitivo e de baixo poder
aquisitivo.
Figura 11 Presena de banheiros nas edificaes municpio de Londrina - PR.
Fonte: UEL (2014).
O crescimento urbano pode ser observado em diversos nveis de
detalhamento, onde os parmetros mais rudimentares como o permetro urbano
trazem informaes com pouco nvel de informaes ao observador. Com um pouco
mais de refinamento pode-se observar a aprovao dos loteamentos e por fim, o
nvel mais detalhado dado pela indicao dos habite-ses das edificaes em cada
lote.
Analisando-se as reas de expanso urbana de Londrina ao longo dos anos
(figura 12), pode-se observar que a cidade tem um crescimento longitudinal (nortesul), oferecendo neste sentido mais lotes para serem parcelados e futuramente
loteados, a urbanizar cada vez mais reas em torno do centro histrico da cidade. A
gleba Palhano se localiza em uma regio intermediria (1998) entre as expanses
46
urbanas, ou seja, relativamente nova, entretanto j traz algum conceito de tradio
relacionada sua localizao na cidade.
Figura 12 Evoluo da Zona de Expanso Urbana de Londrina - PR.
Fonte: Rosolm (2011).
47
Com um nvel de detalhamento mais refinado, pode-se observar o
crescimento da rea da cidade por meio das aprovaes dos loteamentos em ordem
cronolgica na figura 13.
Figura 13 Evoluo da Implantao dos Loteamentos em Londrina - PR.
Fonte: Rosolm (2011).
48
3. CAPTULO III DESENVOLVIMENTO
3.1. Documentao
Os procedimentos da aprovao de projetos tm sua descrio metdica e
explicativa neste captulo, onde por meio de diagramas, figuras, quadros e listas
deixam clara a sequncia de etapas a ser adotada durante a tramitao.
3.1.1.
Aprovao de Projetos na PML
O DAP (Departamento de Aprovao de Projetos) situa-se na Secretaria de
Obras, no primeiro andar do edifcio da Prefeitura Municipal de Londrina, onde
recebe todos os projetos do municpio que solicitam sua aprovao, ou autorizaes
para execuo de qualquer obra.
A aprovao de um projeto consiste na verificao detalhada do projeto
como um todo em sua representao grfica bem como o acompanhamento do
desenvolvimento da obra at sua concluso, certificando-a caso executada
corretamente seguindo os parmetros apresentados pelos padres existentes em
Londrina, para a maioria das situaes de projeto e execuo.
Pode-se observar a dificuldade que h para a aprovao junto a prefeitura,
seja por desateno ou impercia tcnica do profissional, muitas vezes o projeto
volta para correes que poderiam ser evitadas, por meio de uma elaborao
racional e organizada.
Como principal atividade, o DAP faz correes dos projetos, que tem por
finalidade padronizar as edificaes a serem executadas na cidade, de forma a
garantir o mnimo de segurana, conforto e fluidez nos ambientes. A atividade de
anlise de projetos desempenhada por profissionais orientados a verificar a
legislao em vigor e pelo bom censo, indicarem situaes fora dos padres, por
meio de traos e escrita no espao reservado para a aprovao, obrigatoriamente
presentes em todos os carimbos de projeto.
Os profissionais protocolam seus projetos para serem corrigidos, a maioria
dos projetos possuem falhas, tanto no desenho, quanto na documentao
complementar, que inclui o protocolo de correo, a taxa paga para a Prefeitura, a
Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART) ou Registro de Responsabilidade
Tcnica (RRT), o PGRCC e quando necessria, a subdiviso ou anexao do lote.
49
Na prefeitura pode-se protocolar a consulta prvia (diagrama 1) do projeto
para verificao prvia de seus possveis erros, ou a viabilidade quando entrar com
o pedido de aprovao definitiva (diagrama 2), garantindo maior grau de certeza
junto aprovao.
PRAA DE
ATENDIMENTO
2
1 VIA PROJ ETO
ARQUITETNICO
RETIRAR
INCORR ETO
DEPARTAMENTO
DE APROVAO
DE PROJ ETO
SETOR DE
CORREO
Diagrama 1 Etapas da consulta prvia.
Fonte: Arquivo pessoal (2013).
FISCAL
PROJETO
DEFINITIVO
PRAA DE
ATENDIMENTO
2
SETOR DE
CORREO
RETIRAR INCORRETO
RETIRAR
INCORRETO
DAP
SETOR
DE
ALVAR
DEPARTAMENTO
DE APROVAO
DE PROJETO
OK?
OK
DESENVOLVIMENTO
DA OBRA
RETIFICAO
HABITE-SE
ENVIO DE
PGRCC
DEFINITIVO
CONCLUSO
SOLICITAR
CVCO
FISCAL
RELATRIO
ENVIADO
AO DAP
Diagrama 2 Etapas da aprovao definitiva.
Fonte: Arquivo pessoal (2013).
50
1.
Descrio do Processo Padro de Aprovao:
Envio Praa de atendimento 2 do projeto arquitetnico em trs vias,
anexado as ARTs (Anotao de Responsabilidade Tcnica) de projeto, execuo e
PGRCC qualitativo.
2.
O fiscal visita o terreno e verifica se a obra j se iniciou (caso tenha
sido iniciada, a taxa a ser paga deve ser compatvel com sua modalidade)
3.
O conjunto de documentos enviado ao Setor de Correo, onde
corrigido de acordo com a legislao em vigor.
4.
Se nenhum erro for encontrado, enviado ao DAP (Departamento de
Aprovao de Projeto), onde inicia-se sua validao, se incompleto devolvido
Praa 2.
5.
Se correto, o conjunto enviado ao setor de alvar onde expedir a
autorizao para execuo e ento devolvido ao DAP.
6.
O DAP valida a autorizao, e ento liberada para o cliente na Praa
Dois (02).
7.
Desenvolve-se a obra, e aps sua concluso, solicita-se o CVCO
conhecido popularmente como Habite-se.
8.
Envia-se o PGRCC final, onde estar detalhada quantitativamente a
destinao de todos os resduos da obra.
9.
Ocorre a conferncia do fiscal que envia um relatrio ao DAP
concluindo que a obra foi executada corretamente ou incorretamente.
10. Se incorreto, deve-se retificar a obra nos padres aprovados, se
correto, o CVCO liberado, e a edificao pode ser utilizada.
A formulao da edificao a ser executada, de responsabilidade tcnica
do profissional contratado, afim de que se tenham recursos, conforto e
principalmente segurana. No basta apenas que a obra seja bem projetada, ela
tem que possuir tambm sua representao grfica compatvel e correta, de modo a
consequentemente possibilitar sua aprovao.
A descrio visual do projeto deve representar os elementos fsicos a serem
executados de acordo com a NBR 6492, que determina dimenses, hachuras
especificaes de como representar graficamente o projeto arquitetnico.
51
A maioria das cidades possui um cdigo ou uma diretriz em que se baseia
seu crescimento horizontal e vertical, em Londrina PR o Cdigo de Obras se faz
presente, assim como o Plano diretor, que ordena o meio do uso urbano.
Devido desconsiderao de itens bsicos de qualidade, o profissional,
muitas vezes irregularmente, edifica de forma imprecisa, desconfortvel e isenta de
recursos, desprezando o conforto do usurio.
Passam pelo DAP as edificaes do tipo: residencial, multifamiliares,
comerciais, industriais, pblicas, templos e condomnios horizontais ou verticais.
Por se tratar de sistemas muito semelhantes, os condomnios e loteamentos
fechados so comumente confundidos em suas definies, podendo ocasionar
equvocos durante a concepo do projeto.
3.1.2. Diferenas Entre Condomnios e Loteamentos Fechados
Condomnios:
Os condomnios tm por principal caracterstica a fragmentao de suas
reas em unidades habitacionais (rea privativa), as quais somadas rea comuns
compem um nico lote que possui uma nica inscrio imobiliria, pelo loteamento
em que se situa j ter sofrido parcelamento de solo previamente. Pode-se observar
na figura 14 as ruas de menor porte, e as unidades privativas que compem o lote
de um condomnio. No anexo II, pode-se observar o carimbo referente ao
condomnio.
Figura 14 Unidades privativas do condomnio.
Fonte: PML (2014).
52
A aprovao dos condomnios ocorre primeiramente no DAP, com a
necessidade de itens equivalente a de um prdio (condomnio vertical), sendo vlida
para os condomnios horizontais tambm, sendo baseadas principalmente no cdigo
de obras e na lei de uso e ocupao do solo. Sua municipalizao impossvel j
que no considera os parmetros legais da Lei 11672/12, pode-se observar o
carimbo de aprovao de um condomnio no anexo II.
Sua infraestrutura realizada particularmente, ou seja, pelo dono do lote que
deseja instalar nele um condomnio, sendo isento de participao de recursos
pblicos para sua aprovao.
As suas ruas no so municipalizadas, ou seja, so pertencentes aos
moradores do condomnio e de seu exclusivo direito de trafegar por elas, possuindo
o mnimo de 6 metros de largura, passeio mnimo com 1,5 metros.
As unidades habitacionais podem ser construdas todas de uma nica vez
ou conforme a venda individualizada de cada uma, sendo que com a venda
individualizada, cada residncia a ser construda deve novamente se submeter
aprovao no DAP.
Para Lopes (2009), houve um aumento acentuado da demanda na ltima
dcada, surgindo novas alternativas de moradia, as quais os condomnios e
loteamentos fechados oferecem condies superiores em qualidade de vida,
segurana e conforto.
Loteamentos Fechados
Os loteamentos tm sua aprovao na secretaria de obras, no setor de
loteamentos, sendo que podem ser considerados do tipo aberto ou fechados,
obedecendo principalmente s prescries da Lei 11672/12.
A aprovao dos loteamentos consiste no processo de legalizar a diviso em
lotes menores, por exemplo, um lote grande ainda no loteado pertencente a uma
das glebas que compem a cidade (em Londrina PR: Trs Bocas, Patrimnio
Londrina, Lindia, Cafezal, Palhano, Camb, Jacutinga, Simon Frazer e Primavera)
na diretoria de loteamentos da secretaria de obras, cujo carimbo pode ser observado
no anexo III.
Sua infraestrutura municipal, ou seja, aps loteado, as vias, rede de esgoto
e eltrica so consideradas de uso pblico. Os loteamentos se classificam quanto a
sua regularidade legal em:
53
Caucionados: se referem aos que possuem lotes consignados para a
prefeitura at a concluso do loteador, como garantia de sua execuo, de forma
que caso o loteador no consiga executar, a prefeitura vende os lotes caucionados
para arrecadar fundos e concluir a instalao do loteamento. O prazo estipulado pela
prefeitura de 2 anos para a execuo da infraestrutura, sendo de integral
responsabilidade do loteador ainda nesta fase. Os loteamentos caucionados ainda
no pediram aceitao.
No-caucionado: Durante a aprovao dos loteamentos, o proprietrio
pode bancar os custos com a infraestrutura e beneficiamento interno com recursos
prprios tornando o loteamento denominado No-Caucionado, pelo fato de no ter
caucionado nenhum lote para a prefeitura viabilizar sua aprovao e tambm no
pediu aceitao. Caso muito comum utilizado pela COHAB (Companhia de
Habitao Popular) e CODEL (Instituto do desenvolvimento de Londrina) .
Aceitos: so os que um dia foram caucionados ou no, que j foram
executados totalmente e aceitos pela prefeitura como municipalizado totalmente,
sendo que so de responsabilidade integral dos rgos pblicos, possuindo 100%
de seus lotes descaucionados.
Para a aprovao dos loteamentos, ficam de acordo com cada caso, os
encargos e responsabilidades impressas no verso da planta de parcelamento do
solo, como o exemplo do anexo IV.
De acordo com o artigo 39 da Lei 11672/12 loteador obrigado transferir ao
domnio pblico uma percentagem de reas equivalentes a:
reas maiores que 20.000,00m (vinte mil metros quadrados): 35%
(trinta e cinco por cento) do total a ser parcelado
reas iguais ou inferiores a 20.000,00m (vinte mil metros quadrados):
15% (quinze por cento) do total a ser parcelado.
Nos loteamentos abertos ou fechados todos os lotes possuem inscries
imobilirias para cada unidade distintamente, sendo que nos casos de loteamentos
fechados possvel torn-lo aberto futuramente aps a municipalizao, ao contrrio
dos condomnios que irreversvel.
As ruas internas aos loteamentos so pblicas, sendo que todos os cidados
tm o direito de trafegar sobre elas, as quais obedecem lei do sistema virio para
serem projetadas (Lei 7486/98), com as larguras mnimas de:
54
Estruturais: 35m
Arteriais: 28m
Coletoras: 18m
Locais: 14m
A distribuio dos lotes (exemplo figura 15) fica estabelecida em quadras e
datas, onde cada lote independente e autnomo legal e juridicamente.
Figura 15 Exemplo de um loteamento com suas quadras e datas.
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
Sintetizando-se o que foi exposto, pode-se resumir o comparativo entre
loteamentos fechados e condomnios no quadro 01.
55
Quadro 1 Comparativo entre condomnios e loteamentos fechados.
1
2
3
4
LOTEAMENTO FECHADO
CONDOMNIO HORIZONTAL
Passa por parcelamento de solo
aprovado na diretoria de
loteamentos
Infraestrutura municipal
Ruas pblicas
J sofreu parcelamento de solo
aprovado na diretoria de aprovao
de projetos
Infraestrutura particular
Ruas privadas
A maior parte individual, parte ainda
possui apenas uma inscrio
imobiliria
Nomenclatura: unidades autnomas
Todos os lotes tm inscries
imobilirias individuais
Nomenclatura: quadra e data
rea dos lotes efetiva
Lei vigente: 11672/12, (antiga 7483/98)
Ruas: Lei 7486/98
10
Constri-se nos lotes conforme a
necessidade dos proprietrios
11
Pode se tornar loteamento aberto
rea dos lotes: frao ideal (rea
privativa + parcela da rea comum)
Lei vigente: cdigo de obras
(11381/11), uso e ocupao do solo
(7485/98)
Ruas: mnimo 6m
Constroem-se todas as unidades de
uma vez ou conforme a necessidade
dos proprietrios
Irreversvel
Fonte: arquivo pessoal(2014).
3.1.3.
Subdivises, Anexaes e Anotaes.
Os lotes inicialmente possuem uma geometria pr-determinada onde suas
divisas so dispostas conforme o projeto de loteamento em questo, entretanto, com
o decorrer do tempo alteraes podem ser realizadas em suas divisas resultando
assim em um ganho ou uma perda de rea, a qual pode ser comercializada
particularmente.
Para a realizao das alteraes da configurao inicial do lote, existe uma
srie de procedimentos, respeitando a legislao vigente e os registros a serem
realizados.
Atualmente, a principal atividade que vem sendo realizada pelos
investidores, gerando grande mercado para a construo civil, que est associada
manipulao das divisas do lote a execuo de casas geminadas, as quais
necessitam da subdiviso do lote para sua aprovao, ou seja, um lote ter sua rea
dividida em dois lotes, sendo assim necessria a anulao do cadastro imobilirio
inicial e gerado dois novos cadastros para os lotes remanescentes.
56
O parcelamento do solo uma ferramenta muito importante para a
mobilidade e flexibilidade urbana, pois permite que se faam alteraes na
configurao
da
geometria
que
os
lotes
possuem,
permitindo
assim
comercializao de fraes superficiais do terreno.
A manuteno dos traados virios tambm leva a ocasies em que se
fazem necessrias a manipulao do solo, em casos de alargamentos, por exemplo,
ou mudana de percurso necessitando de outra faixa de solo a ser ocupada.
Existem bairros onde o parcelamento do solo dos lotes impossvel, pois j
esto estabelecidos critrios que os limitam j em sua aprovao, como o caso do
Jardim Pequena Londres, ou seja, os lotes e as quadras no podero possuir
dimenses menores.
Onde h presena de reas inedificveis cruzando o terreno (como so os
casos onde passam adutoras da rede pblica de abastecimento de gua potvel,
sob linhas de alta tenso, feixe de micro-ondas, faixa de domnio das rodovias, etc.)
deve-se fazer estudo para representar graficamente seu traado, seguido da
orientao de seu azimute.
O impacto da presena macia de residncias geminadas em um
loteamento pode abranger variadas circunstncias, como a reduo de vagas de
estacionamento disponveis nas vias por apresentar o dobro de rebaixamento de
guia em um mesmo trecho de alinhamento predial, ou como a demanda de
infraestrutura (rede de energia eltrica, abastecimento de gua potvel, aumento na
rede de esgoto, etc). De acordo com a legislao (Lei 11672/12), subdiviso tem por
definio diviso de lote, chcara e data, que no implique na abertura de novas
vias oficiais de circulao ou logradouros pblicos, ou no prolongamento,
modificao ou ampliao das existentes, j anexao juno de dois ou mais
lotes, chcaras ou datas para formar uma nica unidade fundiria.
O processo de subdiviso e anexao diferente em cada municpio, sendo
assim, para cada comarca existem determinadas exigncias, prescritas nas leis
vigentes. No caso de Londrina, a Lei 11672/12 traz algumas exigncias para esta
modalidade de projeto como:
Rumos e distncias das divisas;
reas de origem;
reas resultantes;
Denominao de origem;
57
Denominao resultante;
Indicao precisa dos lotes, chcaras, datas e vias confrontantes;
Indicao precisa das edificaes existentes;
Indicao precisa da localizao, em relao ao sitio urbano mais
prximo, em casos de subdivises.
Projeto em A4, preferencialmente nas escalas 1:200 e 1:500;
Todos os nmeros decimais marcados por vrgulas;
Indicar o norte
Representao grfica conforme NBR 6492.
Para os casos de subdivises, existem reas mnimas para o parcelamento
do solo, as quais devem ser respeitadas, para que no haja lotes em desacordo com
o zoneamento do local. Os lotes de subdiviso so equivalentes a metade dos lotes
mnimos e esto na ltima coluna do quadro 02 (adaptado da Lei 7485/98):
Quadro 2 Lotes mnimos resultantes de subdivises.
Zona
Usos
Conformes
rea
min. do
Lote (m)
Recuo
Lateral
Subdiviso
(m)
ZR-1
R AR
500
250
ZR-2
R AR
360
180
250
Art 15
125
360
Art 43 e
art 44
180
360
180
2500
1250
ZR-3
ZR-4
ZR-5
ZR-6
R AR CS
IND
R AR CS
IND
R AR CS
GRD -IND
R AR CS
Fonte: Adaptado, Lei 7485/98.
Um dos loteamentos onde h grande presena de empreendimentos deste
tipo o complexo Columbia (A, B, C e D) os quais tem servido como ponto de
especulao para o mercado imobilirio, gerando uma superpopulao dos mesmos.
Para o processo de aprovao, como foi indicado, necessrio que se
colete o registro do imvel nos ofcios compatveis com cada regio da cidade. Os
endereos dos ofcios so:
1 OFCIO DE REGISTRO DE IMVEIS
Rua Minas Gerais, 297 - Sala 34
58
2 OFCIO DE REGISTRO DE IMVEIS
Av. Paran, 427 Ed. Metrpoles s/05
3 OFCIO DE REGISTRO DE IMVEIS
Rua Professor Joo Candido, 344 Ed. Tuparandi sala 304 3 andar
4 OFCIO DE REGISTRO DE IMVEIS
Av. Higienpolis, 210 - Sala 202
A jurisdio de cada ofcio se pode ser observada na figura 16.
Figura 16 Jurisdio dos ofcios da cidade de Londrina (esquerda) e detalhe na zona
central (direita).
Fonte: adaptado da Prefeitura Municipal de Londrina (2013).
As trs ruas verticais que cortam o centro so respectivamente da esquerda
para a direita: Juscelino Kubitscheck, Souza Naves e Duque de Caxias.
3.1.4.
Procedimento para o projeto de subdiviso/anexao de
lotes
1. Coletar as informaes referentes situao atual do lote a ser
subdividido, tanto na planta de loteamento do bairro, como na certido
e tambm em alguns casos quando o lote j resultado de uma
subdiviso, consultar tambm sua origem.
2. Fazer o projeto arquitetnico legal das residncias geminadas com
suas divisas definidas claramente, obedecendo legislao.
59
3. Transportar do projeto arquitetnico as linhas de divisa, calada, e
rea existente na escala adequada para a planta de subdiviso,
eliminando as demais peas grficas (figura 17).
Figura 17 Transporte das linhas provenientes do arquitetnico.
Fonte: arquivo pessoal(2014).
4. Indicar o tamanho das divisas total antigas entre parnteses pelo lado
de fora do lote e indicar o tamanho dos lotes resultantes internamente
sem parnteses, com os nmeros decimais indicados por vrgulas
(figura 18).
Figura 18 Cotas das divisas.
Fonte: arquivo pessoal(2014).
60
5. Cotar as dimenses da calada e da via, com os nmeros decimais
indicados por vrgulas.
6. Indicar os lotes vizinhos com seu nmero inscrito em um crculo
simples e indicar a quadra com seu nmero inscrito em um crculo
duplo (figura19).
Figura 19 Indicao dos lotes vizinhos e quadra.
Fonte: arquivo pessoal (2014).
7. Indicar os lotes subdivididos com seu nmero inscrito em um crculo
simples e indicar o lote antigo inscrito em um crculo de linha
tracejada posicionado na divisa entre os dois lotes (figura 20).
Figura 20 Indicao do lote subdividido.
Fonte: arquivo pessoal (2014).
61
8. Indicar os rumos de todas as linhas (divisas) e em caso de
desenvolvimento de curva, indicar seu raio e desenvolvimento, com
os nmeros decimais indicados por vrgulas (figura 21).
Figura 21 Indicao dos rumos e desenvolvimento de curva.
Fonte: arquivo pessoal (2014).
9. Indicar a escala em que se apresenta o projeto.
10. Indicar legenda e hachura do existente locado nos terrenos.
11. Indicar norte.
12. Conter no cabealho os dizeres preenchidos adequadamente:
PLANTA DE SUBDIVISO DA DATA N XX, DA QUADRA XX,
SITUADO NO JARDIM XXXXXXX, MUNICPIO DE LONDRINAPARAN
13. Conter quadro de reas (figura 22) indicando a rea do terreno de
origem separada das reas discriminadas dos outros terrenos
resultantes.
62
Figura 22 Quadro de reas.
Fonte: arquivo pessoal (2014).
14. Reservar espaos distintos no rodap da folha para a assinatura do
proprietrio e do responsvel tcnico.
3.1.5. Procedimento para o desenvolvimento do memorial descritivo de
subdiviso/anexao de lotes.
Existem alguns mtodos para o desenvolvimento do memorial descritivo,
porm selecionou-se o mtodo do caminhamento para anlise, onde o ponto de
vista do narrador encontra-se no interior da data, como na figura 23, seguindo as
divisas no sentido horrio.
Figura 23 Ponto de vista do narrador.
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
63
1. Incluir no cabealho o texto MEMORIAL DESCRITIVO DA DATA XX
E DA DATA XX, RESULTANTE DA SUBDIVISO DA DATA XX, DA
QUADRA XX, DO JARDIM XXXX - LONDRINA PARAN.
2. Criar um tpico para cada data subdividida de ttulo Data XX com
rea de XXXX m, divisas e confrontaes:.
3. Criar subitens para cada face descrevendo com qu cada trecho
compartilha a divisa:
Frente: Para a rua XXXX numa extenso de XXXX metros
Lateral Direita: Com a data XX, numa extenso de XXXX
metros no rumo XXXX.
Fundos: Com a data XX, numa extenso de XXXX metros no
rumo XXXX.
Lateral Esquerda: Com a data XX, numa extenso de XXXX
metros no rumo XXXX.
4. Indicar campo no rodap da pgina para a assinatura do profissional
responsvel tcnico.
3.1.6. Equvocos e Contradies em Itens nas Leis
Compilao de pontos equivocados nas leis vigentes:
1. Quadro III (Lei 7485/98)
64
Quadro 3 - Zoneamento equivocado
Fonte: Lei 7485 (1998).
O quadro indica que zonas comerciais 1, 2, 3 e 4 devem adotar coeficientes
para uso residencial igual zona residencial 3, entretanto na mesma Lei 7485/98 o
artigo 66 indica que seja adotado uso dos coeficientes das zonas residenciais 2: Art.
66: Nas Zonas ZC-1, ZC-2, ZC-3 e ZC-4 as residncias unifamiliares devero
obedecer s exigncias da ZR-2. (7485, 1998).
Artigo 111 (11381/2011):
Toda calada construda ou reformada em data de esquina deve apresentar
rebaixamentos em rampas, compostas de um acesso principal com largura
de 1,20m (um metro e vinte centmetros) a 1,50m (um metro e cinquenta
centmetros) e abas laterais construdas junto ao meio-fio com largura de
0,50m
(cinquenta centmetros), conforme detalhes
construtivos
demonstrados no Anexo IV.
O artigo descreve como devem ser os rebaixos de guia nas esquinas,
entretanto no existe anexo IV nesta lei.
65
Artigo 233 (11468/2011):
VI - ser construda mureta de alvenaria, com altura mnima de 5 cm (cinco
centmetros) no alinhamento predial[...].
O artigo indica a necessidade de mureta no alinhamento predial de lotes em
esquinas, entretanto o correto 50 cm (cinquenta centmetros), de acordo com o
artigo 51 da Lei 11024/2010.
Anexo I (11381/2011):
Quadro 4 - Dimenses dos ambientes.
Fonte: Lei 7485 (1998).
A tabela composta por valores mnimos de itens diversos, a coluna indica a
necessidade de revestimento nas paredes que tornem os ambientes estanques
fazendo uso de materiais impermeveis com altura de cobrimento mnima de 1,5 m
podendo ser at o teto, e no somente at 1,5 m como est na tabela.
Artigo 28 (7485/98):
[...] IV taxa de ocupao mnima de 80% (oitenta por cento) do lote [...].
O item trata sobre os coeficientes referentes a zona industrial I, entretanto a
legislao indica os coeficientes mximos a serem utilizados nos lotes, no a poro
mnima.
Artigo 29 (7485/98):
[...]IV taxa de ocupao mxima de 50% (cinquenta por cento) do
Lote[...].
66
O item trata sobre os coeficientes referentes zona industrial 2, entretanto
para esta zona aceita uma taxa de ocupao mxima de 80% do lote.
Artigo 5 (7485/98):
[...] XIII mezanino ou girau: piso intermedirio, contido em um
compartimento, com no mximo 60% (sessenta por cento) da rea do piso trreo
[...].
O item descreve o limite da proporo mxima que os mezaninos podem
assumir em relao ao piso trreo, entretanto em 2011 entrou em vigor a Lei
11381/2011 que indica em seu artigo 7:
[...] LVII - mezanino: piso intermedirio entre o piso e o teto de um
compartimento, subdividindo-o parcialmente e com rea de at 50% (cinquenta por
cento) da rea inferior e computada como rea construda [...].
3.1.7. Leis em Desuso
Existem leis criadas e no utilizadas, ou no cobradas pelo poder pblico,
como:
LEI N 10.530 DE 9 DE SETEMBRO DE 2008: durante a aprovao
de projetos esta lei fica em desuso, no sendo cobrada at a presente
data.
Art. l obrigatria a instalao de aquecedor solar em edificaes
residenciais unifamiliares que se enquadrem em uma das seguintes situaes:
I tenham mais que 100m (cem metros quadrados) de construo;
II tenham dois ou mais banheiros;
III estejam situadas em loteamento fechado; e
IV estejam situadas em condomnios horizontais e verticais.
Art. 2 Fica ainda obrigada a instalao de aquecedor solar em edificaes
que abriguem as seguintes atividades:
I hotis;
II motis;
III academias de ginstica; e
IV associaes recreativas. [...]
67
DECRETO N 480: o decreto foi utilizado durante o ano de 2012 e em
2013 entrou em desuso e posteriormente substituda pelo plano
Agiliza Obras.
Art. 1 - A aprovao de projetos de obras residenciais unifamiliares com
rea de construo inferior a 100,00m2 obedecer aos procedimentos estabelecidos
por este decreto.
Art. 2 - A anlise e aprovao de projetos de obras residenciais
unifamiliares, com rea de construo inferior a 100,00 m2, seguir regime
simplificado com a verificao dos parmetros de interesse pblico e coletivo
conforme a legislao municipal pertinente em vigor, ou seja: local da obra,
zoneamento, taxa de ocupao, coeficiente de aproveitamento, recuos obrigatrios
(frontal, laterais e fundos), rea permevel, rebaixo de guia, rampa no recuo frontal,
altura mxima da parede junto divisa (7,50m) e dimenses de poo de iluminao
(1,50m x 1,50m), se for o caso.
Art. 3 - Ser de total responsabilidade do proprietrio, do autor do projeto e
do responsvel pela execuo da obra, o cumprimento das disposies da
legislao municipal pertinente em vigor, no que se refere s reas e dimenses
mnimas dos ambientes, das esquadrias para acesso, ventilao e iluminao, do
p-direito e das escadas como condio para a liberao do Visto de Concluso da
obra.[...]
3.2. Comentrios
As questes mais abstratas representadas graficamente nos projetos
geralmente ficam a cargo dos autores definirem os nveis de refinamento das
caractersticas a serem expostas ou o nvel do projeto a ser desenvolvido. Este
tpico caracteriza os itens mais comuns e orienta o autor como desenvolver projetos
com um valor agregado maior.
3.2.1.
Nveis de Qualidade do Projeto - Itens
Lista com caractersticas de projetos com desenho grfico de acordo com
os nveis: baixo, mdio e alto padro.
Baixo:
68
- Desenho simplificado;
- Sem detalhamento de elementos construtivos;
- Informaes resumidas ou inexistentes;
- Alterao proposital de cotas para mascarar erros;
- Monopena (ausncia de diferenciao de espessura de linha);
- Monocolor (uso de apenas um tom, geralmente linhas pretas e fundo
branco);
- Expressiva falta de habilidade ou conhecimento das leis;
- Falta de padres para representao grfica;
- Dimensionamento incoerente de espaos;
- Sobreposio de elementos grficos;
- Papel de baixa qualidade, favorecendo a degradao do projeto quando
arquivado;
- Excessivo uso de cores, prejudica a identificao dos elementos;
- Tamanho das peas grficas incoerentes com a escala;
- Elementos estruturais representados de forma inexeqvel.
- Ausncia de cotas;
- Supresso de elementos bsicos como vigas e solo nos cortes;
- Pranchas fora do padro ABNT, geralmente muito estreitas para plotagem
possuir custo menor;
- Projeto saturado com informaes de projetos complementares;
- Dobragem da prancha mal executada, proporcionando deformao no
carimbo;
- Falta de preocupao do projetista com quem vai ler seu projeto;
-Falta de assimilao de conceitos como reas existentes, a construir e
demolir;
- Orelha da prancha no recortada.
Mdio:
- Representao grfica regular;
- Informaes resumidas, porm precisas;
- Otimizao do que desenhado, ou seja, mostra-se o que necessrio;
- Diferenciao bsica de materiais de revestimento;
Alto:
- Hachura de fundo de rea construda;
69
- Uso de escala 1:50 para maior exposio dos detalhes;
- Indicao de mobilirio, peas hidrulicas e vegetao;
- Papel de boa qualidade, garantindo durabilidade quando arquivado;
- Recorte na orelha da prancha;
- Multipena, diferenciao de espessuras das linhas;
- Multicolor, diversificao de cores para exposio e contraste dos detalhes;
- Acomodao do lote conforme tamanho da prancha (horizontal/vertical);
- Qualidade do desenho grfico;
- Cotas de colorao diferenciada, facilitam a identificao de dimenses;
- Incluso de detalhes em escala maior;
- Carimbo adequado e com indicao de todas as informaes necessrias;
- Indicao do escritrio responsvel pelo projeto sobre o carimbo;
- Memorial de reas, facilitam a identificao dos limites compreendidos
pelas reas;
- Nmero de pranchas maior que 1 (um), indicam quantidade de
informaes, nvel de detalhamento.
3.2.2.
Orientaes para Elaborao Projetos de Alto Padro
de Qualidade
Lista com orientaes para ter um projeto com desenho grfico de alto nvel,
e itens que otimizam o desenho:
Indicar hachura da rea construda;
Desenhar linha de recuo frontal de 5 metros;
Indicar juntas de dilatao;
Posicionar a central de gs no recuo;
Quadro de esquadrias em todas as pranchas, quando possvel;
Indicar observaes referentes ao projeto;
Explorar o uso de lajes tcnicas;
Explorar o uso de sacadas mistas (parcialmente internas e sobre
recuo);
Desenhar na escala 1:50;
Incluir memorial de reas;
70
Padronizao
de
letras
em
todo
projeto,
com
variaes
concordantes;
Indicar nmero do habite-se dos existentes;
Diferenciar espessuras de linhas;
Indicar linhas de corte tambm na planta de cobertura;
Indicar reas inabitveis;
Escrever artigos da legislao utilizados no projeto, se necessrio em
algum caso muito particular;
Representar mobilirio e arborizao;
Carimbo com identificao da empresa originria;
Cortar orelha das pranchas;
Atribuir cdigos para as reas permeveis quando fragmentadas,
seguidas de memorial.
3.2.3.
Proposta de Roteiro
Sugesto de roteiro de procedimentos para o desenvolvimento e aprovao
de projetos:
1.
Consultar se o lote est liberado ou embargado;
2.
Consultar pelo loteamento, quadra e data a inscrio municipal, seu
zoneamento e rea do lote;
3.
Consultar a situao legal do lote, ou seja, se o terreno est legalmente
vago ou j h algum projeto aprovado com habite-se, se houver coletar dimenses e
reas para serem representadas no projeto;
4.
Consultar planta de loteamento do bairro para coletar situao com
norte, desenvolvimento de curva da esquina mais prxima, distncia at a esquina,
largura de passeio e rua, dimenses das divisas do lote, curvas de nveis;
5.
Consultar a lei de uso e ocupao do solo para identificar o que pode
ser construdo no lote e suas especificaes;
6.
Projetar o que o cliente deseja obedecendo legislao, indicando
bocas de lobo, postes ou qualquer outro elemento no passeio pblico;
7.
Plotar o projeto em 3 vias;
8.
Desenvolver o PGRCC da obra e imprimir em 3 vias;
71
9.
Desenvolver ART ou RRT e ento coletar assinatura do proprietrio;
10. Protocolar o PGRCC na SEMA (Secretaria do Meio Ambiente) e busclo aps aprovao;
11. Anexar as vias do projeto, PGRCC, ART/RRT gerando taxa para
aprovao e quit-la;
12. Tirar cpia ou guardar uma via sobressalente de cada documento a ser
protocolado;
13. Protocolar toda a documentao na praa de atendimento da
Secretaria de Obras;
14. Aguardar aprovao;
15. Aps aprovado, retirar o processo e executar a edificao guardando
todas as notas fiscais de caambas de resduos, e os demais insumos utilizados e
descartados na obra;
16. Aps a execuo, dar entrada no pedido de habite-se com todos os
comprovantes referentes obra;
17. Aguardar o clculo de valores e quit-lo;
18. Aps a retirada a edificao est autorizada a ser habitada.
3.2.4.
Substituio de Projetos
A substituio de projetos em sua maioria se d aps a execuo da obra,
que aps a etapa de obra apresenta incompatibilidades com o projeto original,
necessitando de um as built. Para o pedido de habite-se, o novo projeto deve estar
compatvel com o que foi construdo.
3.2.5.
Aprovao de Projeto sem Emisso de Alvar
Procedimento realizado para garantir o direito de construir em poca
posterior com mesmo quadro de legislao de perodo anterior, no precisa de ART
de execuo nem assinatura de execuo nem de PGRCC.
3.2.6.
Comunicao
Secretaria de Obras
Entre
Secretaria
da
Fazenda
72
A Secretaria da Fazenda tem como principal atribuio, a realizao de
transferncias de recursos estaduais e federais, com as receitas resultantes da
arrecadao dos tributos de sua competncia (como IPTU e ISS).
A Secretaria de Obras tem como principal atribuio fiscalizar todas as obras
da cidade quanto legalidade dos projetos com o que executado.
Os impostos (IPTU e ISS) so cobrados sobre a rea referente aos projetos
aprovados e com Habite-se, entretanto, h diversos casos onde a cobrana do IPTU
ocorre sobre uma edificao que ainda no possui documentao aprovada na
Secretaria de Obras, fato este que ocasiona diversos problemas e questionamentos
legais, por exemplo, uma edificao que paga IPTU regularmente h algum tempo,
entretanto, no possui projeto aprovado na Secretaria de Obras, pode obter o alvar
para funcionamento comercial?
Outro exemplo que se pode citar a anotao de rea cadastrada para os
lotes, que ocorre quando esta diverge da rea indicada na planta de loteamento do
bairro em que determinado lote se situa. A divergncia entre as duas fontes de
informao pode ocasionar impactos diretos no desenvolvimento de projetos, pois
ao se considerar a rea (hipoteticamente equivocada) presente no carn do IPTU
pode-se superestimar coeficientes como a taxa de ocupao, aproveitamento ou de
permeabilidade.
O controle municipal referente s multas por se executar edificaes
irregulares certamente seria otimizado se houvesse comunicao direta e
sincronizao de informaes entre a Secretaria de Obras e a de Fazenda, pois a
troca de informaes atualmente se d ou por consulta ao banco de dados, ou
informaes inseridas nos processos digitais individualmente durante seu percurso.
3.2.7.
Consideraes Referentes a Projetos Flexveis
A prtica de aprovar edifcios com um layout padro para o pavimento tipo e
comercializ-los com um layout diferenciado para cada cliente, atualmente muito
utilizada pelas construtoras, entretanto durante a aprovao no est discriminado
os tipos de apartamentos a serem produzidos.
Se por um lado a possibilidade de escolha da arquitetura interna do
apartamento traz maior conforto ao comprador, por outro traz possibilidade de se
73
estar morando em um apartamento que no possui sua configurao analisada nem
arquivada em nenhum lugar da PML.
O fato de no ser analisado, traz ao apartamento a possibilidade de possuir
ambientes com dimenses incompatveis com as leis municipais, como por exemplo
um banheiro com dimenses menores que 1,20 m ou um quarto com a iluminao
natural insuficiente.
O recomendvel seria a atualizao da planta baixa dos apartamentos
flexveis aps a execuo como um as built que garanta ao proprietrio a
configurao de seu apartamento.
3.2.8.
Acompanhamento dos Processos
indicado acompanhar o processo para ver se fica parado em algum setor
estando preparado para montar um novo processo. Considerar imprevistos como o
extravio de processo.
3.3. Itens Tcnicos
Ncleo da monografia em desenvolvimento que tem por principal objetivo
discorrer sobre os temas agrupando leis e normas referentes a cada assunto de
maneira detalhada. Os itens selecionados a serem abordados neste captulo
correspondem aos itens com maior ocorrncia no levantamento estatstico realizado
nas anlises deste trabalho, portanto apresenta potencial para solucionar a maior
parte dos problemas de projeto.
3.3.1.
Abertura de Acesso no Alinhamento Predial
ERRO: ALIN (Alinhamento predial: barreira fsica ou abertura)
ARTIGO: LEI 11024/2010
Art. 51.
1 Ser permitido estacionamento descoberto no recuo frontal obrigatrio,
desde que seja executada uma barreira fsica fixa junto ao alinhamento predial do
lote (mureta, gradil ou floreira, com altura mnima de 0,50m), sendo permitida uma
74
abertura de acesso no alinhamento predial com extenso mxima de 5,00m (cinco
metros) para cada dimenso de frente mnima do lote estabelecida pelo
zoneamento em que se situar [...].
SOLUO: As aberturas para acesso de veculos (figura 24) devem se limitar ao
permetro do lote que coincidir com seu rebaixo de guia, pois lotes sem barreira
fsica em seu alinhamento possibilitam o estacionamento irregular de veculos que
cruzam o passeio indevidamente, oferecendo risco aos pedestres.
Figura 24 Barreira fsica no alinhamento.
Fonte: arquivo pessoal (2014).
3.3.2.
reas
ERRO: AC (rea Construda, ou reas existentes)
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
Art. 7 Para efeito do presente Cdigo so adotadas as definies abaixo:
X - rea construda coberta: rea da superfcie correspondente projeo horizontal
das reas cobertas de cada pavimento;
75
SOLUO: As reas construdas compreendem a forma horizontal da edificao
inclusa pelo permetro da face externa das paredes e reas cobertas com cobertura
de p-direito superior a 2,10 metros.
ERRO: AL (rea do lote)
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
Art. 7 Para efeito do presente Cdigo so adotadas as definies abaixo:
XXXII - data: unidade imobiliria destinada edificao resultante de
loteamento, desmembramento, remembramento e subdiviso, com pelo menos uma
divisa lindeira via pblica;
SOLUO: Consultar a rea cadastrada no sistema interno da PML, e tambm na
planta de loteamento em que o lote se situa. H raramente um conflito entre o
sistema e a planta de loteamento, entretanto cabe ao profissional realizar anotao
de reas em caso de divergncia. Os lotes de esquina apresentam maior
dificuldade para representao grfica por possurem desenvolvimento em arco,
entretanto via de regra so compatveis com o loteamento. A rea do lote um fator
fundamental para o clculo dos coeficientes de potencial construtivo para a
edificao a ser projetada.
ERRO: AP (rea permevel)
ARTIGO: USO E OCUPAAO DO SOLO:
Art. 92. Em todo lote, qualquer que seja a zona, haver rea gramada ou
empedrada para infiltrao das guas pluviais, numa proporo de 20% do total do
lote.
CDIGO DE OBRAS:
Art. 103.
2 Alternativamente, poder ser adotada a soluo de sumidouro,
devidamente, dimensionado para atender at 50% (cinquenta por cento) da rea
permevel.
SOLUO: A rea permevel fundamental para a contribuio da drenagem das
guas pluviais pelo prprio lote, aliviando o sistema pblico de guas pluviais.
Indicar os 20% da rea do lote como permevel fundamental para contribuir com
76
o meio ambiente, podendo ser executada com grama, pedrisco ou simplesmente
solo exposto.
3.3.3.
Banheiros
para
Portadores
de
Necessidades
Especiais (PNE)
ERRO: PNE (Ausncia ou dimenses inadequadas dos banheiros para portadores
de necessidades especiais)
ARTIGO: NBR 9050/2004:
7.3.3.1 Os boxes para bacia sanitria devem garantir as reas para
transferncia diagonal, lateral e perpendicular, bem como rea de manobra para
rotao de 180, conforme figura 25.
SOLUO:
Figura 25 Box para bacia sanitria - Transferncia lateral - Exemplo.
Fonte: Adaptado, (NBR 9050)
77
3.3.4.
Caladas
De acordo com as orientaes cedidas pelo folheto publicado pelo DAP:
As caladas devem ser contnuas, sem degraus, sem mudana abrupta de
nveis, inclinaes, barreiras ou salincias no seu trajeto, com superfcie
regular, firme, estvel e antiderrapante.
Toda calada em terreno de esquina deve apresentar rebaixamento em
rampas com largura de 1,20 a 1,50 metros e abas laterais construdas junto
ao meio fio, com largura de 0,50 metros.
As caladas localizadas fora do quadriltero central, em vias locais ou
coletoras devero apresentar 0,70 metros para faixa gramada e/ou outro
material que permita a permeabilidade do solo, posicionada a partir do meio
fio.
Os rebaixos de guia, para entrada e sada de veculos, podem avanar na
calada, no mximo 0,85 metros a partir do meio fio, com inclinao
transversal da calada de 2% em direo sarjeta.
Eventual desnvel entre calada e a parte interna do lote, dever ser
acomodado exclusivamente no interior do imvel, a inclinao da calada
dever acompanhar a mesma inclinao do meio fio.
O piso ttil para deficientes visuais dever ter 30 cm de largura e ser
posicionado a 40 cm do alinhamento predial. A cor da faixa do piso ttil
dever ser contrastante com a do piso da calada, sendo recomendada a cor
vermelha.
ERRO: FP (Faixa permevel na calada conforme padro de Londrina PR)
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
Art. 106. As caladas localizadas fora do quadriltero central, em vias locais
ou coletoras devero apresentar 0,70m (setenta centmetros) para faixa gramada
e/ou outro material que permita permeabilidade do solo, posicionada a partir do
meio-fio.
Pargrafo nico. A construo ou manuteno de caladas de imveis
pertencentes ao Poder Pblico dever ser feita com material pr-moldado e de fcil
reposio.
SOLUO: Locar na calada junto ao meio fio, faixa permevel constituda de
78
pedrisco ou grama de largura de 70 cm, exceto na interseo de rampas de acesso
ou em caladas menores que 2 metros.
ERRO: PT (Ausncia ou incompatibilidade da faixa de piso ttil na calada)
ARTIGO: NBR 9050:
5.14.2.3 A sinalizao ttil direcional deve ser utilizada em reas de circulao na
ausncia ou interrupo da guia de balizamento, indicando o caminho a ser
percorrido e em espaos amplos.
CDIGO DE OBRAS:
Art. 109. Nos logradouros pblicos as caladas devero apresentar faixa de
piso ttil, para facilitar a identificao do percurso e constituir linha guia ou alerta
para as pessoas com deficincia sensorial visual.
Decreto 5296/2004:
Art. 15.
No planejamento e na urbanizao das vias, praas, dos
logradouros, parques e demais espaos de uso pblico, devero ser cumpridas as
exigncias dispostas nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT:
I - a construo de caladas para circulao de pedestres ou a adaptao
de situaes consolidadas;
[...]
III - a instalao de piso ttil direcional e de alerta.
SOLUO: Indicar piso ttil na calada, de maneira contnua com a vizinhana,
garantindo a fluidez do trfego dos deficientes visuais. Foi lanado o programa
Calada Caminhar Seguro que padroniza as caladas de maneira a facilitar a
locomoo dos que precisam de auxlio, como na figura 26, que indica que o piso
ttil (largura 30cm) deve estar a 40 cm do alinhamento predial e se estender at os
rebaixos de guia dos lotes de esquina.
79
Figura 26 Modelo de calada.
Fonte: PML (2014).
3.3.5.
Clculo de Recuos
A partir das frmulas encontradas nos artigos 43 e 44 da lei de uso e
ocupao do solo, desenvolveu-se o quadro 5, que pela altura da edificao, podese encontrar os recuos laterais e de fundo calculados previamente conforme figura
27 pela equaes 1 e 2.
80
Figura 27 Alturas e recuos considerados.
Fonte: arquivo pessoal (2014).
R = (H/15) + 1,2m
Equao 1 Frmula de recuo mnimo lateral.
Fonte: Lei 7485 (1998).
em que:
R = recuo lateral mnimo em metros
H = altura da edificao em metros
F = (H/15) + 4,4m
Equao 2 Frmula de recuo mnimo de fundo.
Fonte: Lei 7485 (1998).
em que:
F = recuo de fundo mnimo em metros;
H = altura da edificao em metros.
81
Quadro 5 Recuos calculados.
RECUO
RECUO
RECUO
RECUO
ALTURA DA
DE
ALTURA DA
DE
ALTURA DA
DE
ALTURA DA
DE
LATERAL
LATERAL
LATERAL
LATERAL
EDIFICAO
FUNDO EDIFICAO
FUNDO EDIFICAO
FUNDO EDIFICAO
FUNDO
7,50
8,00
8,50
9,00
9,50
10,00
10,50
11,00
11,50
12,00
12,50
13,00
13,50
14,00
14,50
15,00
15,50
16,00
16,50
17,00
17,50
18,00
18,50
19,00
19,50
20,00
20,50
21,00
21,50
22,00
22,50
23,00
23,50
24,00
24,50
25,00
25,50
26,00
26,50
27,00
27,50
28,00
28,50
29,00
29,50
30,00
1,70
1,73
1,77
1,80
1,83
1,87
1,90
1,93
1,97
2,00
2,03
2,07
2,10
2,13
2,17
2,20
2,23
2,27
2,30
2,33
2,37
2,40
2,43
2,47
2,50
2,53
2,57
2,60
2,63
2,67
2,70
2,73
2,77
2,80
2,83
2,87
2,90
2,93
2,97
3,00
3,03
3,07
3,10
3,13
3,17
3,20
4,90
4,93
4,97
5,00
5,03
5,07
5,10
5,13
5,17
5,20
5,23
5,27
5,30
5,33
5,37
5,40
5,43
5,47
5,50
5,53
5,57
5,60
5,63
5,67
5,70
5,73
5,77
5,80
5,83
5,87
5,90
5,93
5,97
6,00
6,03
6,07
6,10
6,13
6,17
6,20
6,23
6,27
6,30
6,33
6,37
6,40
30,50
31,00
31,50
32,00
32,50
33,00
33,50
34,00
34,50
35,00
35,50
36,00
36,50
37,00
37,50
38,00
38,50
39,00
39,50
40,00
40,50
41,00
41,50
42,00
42,50
43,00
43,50
44,00
44,50
45,00
45,50
46,00
46,50
47,00
47,50
48,00
48,50
49,00
49,50
50,00
50,50
51,00
51,50
52,00
52,50
53,00
3,23 6,43 53,50
4,77
3,27 6,47 54,00
4,80
3,30 6,50 54,50
4,83
3,33 6,53 55,00
4,87
3,37 6,57 55,50
4,90
3,40 6,60 56,00
4,93
3,43 6,63 56,50
4,97
3,47 6,67 57,00
5,00
3,50 6,70 57,50
5,03
3,53 6,73 58,00
5,07
3,57 6,77 58,50
5,10
3,60 6,80 59,00
5,13
3,63 6,83 59,50
5,17
3,67 6,87 60,00
5,20
3,70 6,90 60,50
5,23
3,73 6,93 61,00
5,27
3,77 6,97 61,50
5,30
3,80 7,00 62,00
5,33
3,83 7,03 62,50
5,37
3,87 7,07 63,00
5,40
3,90 7,10 63,50
5,43
3,93 7,13 64,00
5,47
3,97 7,17 64,50
5,50
4,00 7,20 65,00
5,53
4,03 7,23 65,50
5,57
4,07 7,27 66,00
5,60
4,10 7,30 66,50
5,63
4,13 7,33 67,00
5,67
4,17 7,37 67,50
5,70
4,20 7,40 68,00
5,73
4,23 7,43 68,50
5,77
4,27 7,47 69,00
5,80
4,30 7,50 69,50
5,83
4,33 7,53 70,00
5,87
4,37 7,57 70,50
5,90
4,40 7,60 71,00
5,93
4,43 7,63 71,50
5,97
4,47 7,67 72,00
6,00
4,50 7,70 72,50
6,03
4,53 7,73 73,00
6,07
4,57 7,77 73,50
6,10
4,60 7,80 74,00
6,13
4,63 7,83 74,50
6,17
4,67 7,87 75,00
6,20
4,70 7,90 75,50
6,23
4,73 7,93 76,00
6,27
Fonte: arquivo pessoal ( 2014).
7,97
8,00
8,03
8,07
8,10
8,13
8,17
8,20
8,23
8,27
8,30
8,33
8,37
8,40
8,43
8,47
8,50
8,53
8,57
8,60
8,63
8,67
8,70
8,73
8,77
8,80
8,83
8,87
8,90
8,93
8,97
9,00
9,03
9,07
9,10
9,13
9,17
9,20
9,23
9,27
9,30
9,33
9,37
9,40
9,43
9,47
76,50
77,00
77,50
78,00
78,50
79,00
79,50
80,00
80,50
81,00
81,50
82,00
82,50
83,00
83,50
84,00
84,50
85,00
85,50
86,00
86,50
87,00
87,50
88,00
88,50
89,00
89,50
90,00
90,50
91,00
91,50
92,00
92,50
93,00
93,50
94,00
94,50
95,00
95,50
96,00
96,50
97,00
97,50
98,00
98,50
99,00
6,30
6,33
6,37
6,40
6,43
6,47
6,50
6,53
6,57
6,60
6,63
6,67
6,70
6,73
6,77
6,80
6,83
6,87
6,90
6,93
6,97
7,00
7,03
7,07
7,10
7,13
7,17
7,20
7,23
7,27
7,30
7,33
7,37
7,40
7,43
7,47
7,50
7,53
7,57
7,60
7,63
7,67
7,70
7,73
7,77
7,80
9,50
9,53
9,57
9,60
9,63
9,67
9,70
9,73
9,77
9,80
9,83
9,87
9,90
9,93
9,97
10,00
10,03
10,07
10,10
10,13
10,17
10,20
10,23
10,27
10,30
10,33
10,37
10,40
10,43
10,47
10,50
10,53
10,57
10,60
10,63
10,67
10,70
10,73
10,77
10,80
10,83
10,87
10,90
10,93
10,97
11,00
82
ERRO: REC (Recuos insuficientes, sendo eles: frontais, laterais ou de fundo)
ARTIGO: USO E OCUPAAO DO SOLO:
Art. 43. As edificaes com mais de dois pavimentos ou que tenham mais
de 7,50m (sete metros e cinquenta centmetros),[...] , devero, acima das alturas
referidas, obedecer frmula para o clculo dos recuos laterais.
Art. 44. As edificaes com mais de dois pavimentos ou que tenham mais
de 7,50m (sete metros e cinquenta centmetros) ou mais de 9 m (nove metros), [...] ,
devero, acima das alturas referidas, obedecer ao recuo de fundo mnimo de 2,5m
(dois metros e cinqenta centmetros), sendo que os pavimentos em que as taxas
de ocupao mxima exigida so de 50% (cinquenta por cento), dever ser
obedecida a frmula para clculo do recuo de fundo.
Art. 45. Para os efeitos do disposto nos artigos 43 e 44 desta lei, que tratam
dos recuos laterais e de fundo, a altura total da edificao a diferena entre a
menor cota do pavimento trreo e a laje ou o forro do andar mais alto,
desconsiderando-se os blocos de caixa dgua e a casa de mquinas, desde que
recuados das bordas externas da edificao.
Art. 61. Nos lotes de esquina, s sero considerados os recuos de frente e
laterais.
Art. 62. Os recuos de frente referem-se tambm s construes do subsolo.
Art. 72. Os recuos normais de 5m (cinco metros) das vias pblicas so
exigidos para todos os lotes, independentemente de sua localizao na quadra,
salvo as excees previstas nesta lei.
Art. 87. Nas Zonas ZR-1, ZR-2 e ZR-3, permitida a instalao de abrigo,
para guarda de veculo, na faixa de recuo de frente, desde que sua largura no
ultrapasse 3m (trs metros).
SOLUO: Observar os recuos mnimos expostos no captulo de recuos e apliclos no projeto, conforme figura 28.
83
Figura 28 Recuos de uma edificao.
Fonte: arquivo pessoal (2014).
3.3.6.
Caracterstica das Edificaes
As edificaes possuem caractersticas particulares, as quais demandam
tambm percursos distintos durante sua aprovao. A seguir esto listados os tipos
mais comuns de edificaes e os rgos a que esto submetidos durante sua
aprovao (quadro 6).
84
Quadro 6 Tipos de edificaes e rgos pertinentes.
RGO
Residencial (fossa)
Geminadas
Multifamiliares
Comercial (at 100m)
Comercial (>100m)
Mercados (EIV)
Shoppings (EIV)
Industrial
Escolar Pblico
Sade
Ensino
Templo (EIV)
Loteamentos
Condomnios
IAP
ANVISA
COPEL
SANEPAR
BOMBEIROS
Residencial (esgoto)
CMARA
IPPUL
OBRAS PBLICAS
ILUMINAO
SEMA
DAP
TIPO DA EDIFICAO
LOTEAMENTOS
PREFEITURA
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Praas
Ruas
x
x
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
3.3.7.
Casos Omissos
So considerados omissos os casos em que a legislao no contempla em
seus artigos, entretanto so observados durante as aprovaes, devido
diversidade de projetos que so submetidos aprovao no DAP, sendo os
principais:
a. Espessura de muro em casa geminada: mnimo de 20 cm na divisa,
ou 10cm em cada lado da divisa do lote subdividido.
b. Janela com recuo 1,5m da divisa, e em caso de poo de iluminao e
ventilao dimetro de 1,50m, circulo inscrito.
85
c. Para Obra que tenha EIV, colocar como Observao no Alvar de
Licena para Construo, como condicionante do Habite-se: o
cumprimento das responsabilidades do Termo de Compromisso, conf.
a Lei 10637/2008 EIV art. 156- pargrafo 2 e 3, onde define as
responsabilidades e cronograma.
d. Lei de uso e ocupao do solo art. 42 , o Taxa de Ocupao =
100% para ZR4.
e. Art. 46 (item IV) do cd. obras, permitir o Habite-se parcial para casas
geminadas ou construes de vilas.
f. Caladas em condomnios fechados no so exigidas conf. Cdigo.
Nos loteamentos fechados so, exceto naqueles que tm desenho
prprio.
g. Em calada inferior a 3m, respeitar o piso ttil 30 cm e o distncia
40cm, e mn. 1,00m de passagem, o restante para drenagem, se a
largura da calada for menor ou igual a 2,5m no precisa de faixa de
drenagem;
h. Coberturas no recuo para passarelas ttulo precrio, conforme ofcio
25.08 do CMTU.
i.
Estabelecer altura da edificao mx. 7,5m, junto divisa para ZR2 e
ZR3. Ser considerada com base no perfil natural do terreno.
j.
Altura mxima de muro de 2,5m.
k. Varanda e sacada junto divisa dever respeitar a privacidade do
vizinho com muro ou empena cega de altura mnima de 2,0m.
l.
Considerar abrigo de gs no art. 144, pargrafo 1 da Lei 11383/11.
m. Vidro como vedao de cobertura no recuo a ttulo precrio, art. 57 da
Lei 7485/98.
n. Acessibilidade e faixa permevel de drenagem nos distritos, permitir
prazo maior para instalao at final de 2014.
o. Proibio de Abertura na divisa (e opcional para obra financiamento
CAIXA a distncia de 75 cm da abertura de janela/porta (transversal)
da divisa.)
p. Estacionamento para barraces comerciais/ industriais uma vaga a
cada 60m apenas externo construo.
q. Desenhar a servido de passagem (gua e esgoto) no lote a jusante.
86
r. Para aprovaes de construes em ruas com previso de
alargamento, aprovar a ttulo precrio com escritura de renncia
revisado pela Procuradoria, assinada pelo proprietrio e prefeito,
registrada no Cartrio de Ttulos e Documentos. Dever estar descrito
nas pranchas aprovadas e alvar que existe escritura de renncia no
lote.
s. Todas as escolas, independente do porte e zoneamento, devem
passar pelo IPPUL para anlise do sistema virio, embarque e
desembarque.
t. Todas as clnicas mdicas, laboratrios e congneres devero ser
analisados
pelo
IPPUL
impacto
especfico
de
trnsito
estacionamento.
u. Todos os convnios de estacionamento apresentados na aprovao
de projetos comerciais, mistos e industriais devero ser cobrados no
alvar de funcionamento e expor publicamente aos usurios do
estabelecimento.
v. Estabelecimentos industriais em ZI, no sero necessrio EIV,
apenas a anlise de infraestrutura pela Diretoria de Loteamentos.
w. Para hotis e congneres devero ser analisadas reas de embarque
e desembarque no IPPUL.
x. Para postos de combustveis atenderem Lei 11792/2012 (altera
art.133 do Cdigo de Posturas).
87
3.3.8.
Cercas Eltricas
As cercas eltricas apesar de no fazerem parte do projeto arquitetnico,
so instalaes eltricas previstas por lei, onde devem obedecer a configurao
conforme figura 29.
Figura 29 Configurao da cerca eltrica.
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
3.3.9.
Cisternas
ERRO: CIST (Ausncia ou problemas de posicionamento da cisterna no projeto)
ARTIGO: RESOLUO N 18 DE 31 DE AGOSTO DE 2009:
Art. 7 A captao da gua de chuva ser obrigatria em todas as novas
edificaes com rea total construda igual ou superior a 200 m e na ampliao de
edificaes existentes, igual ou superior a 200 m de rea de construo.
Art. 9 O volume mnimo do(s) reservatrio(s) de gua de chuva ser
determinado pela frmula abaixo:
V = 0,01 x Ac, onde:
V = Volume mnimo do reservatrio em metros cbicos, sendo 1 m = 1.000
88
litros
Ac = rea total de cobertura das edificaes novas ou rea de cobertura da
ampliao de edificaes existentes, em metros quadrados (m)
Pargrafo Primeiro em todos os casos fica estabelecido um reservatrio
com capacidade mnima de 2.000 litros.
Art. 10 Devem constar no projeto arquitetnico a indicao do local a ser
instalada a cisterna de captao de gua de chuva e a memria de clculo do
volume, sendo que o no cumprimento destas disposies implica na negativa de
concesso da aprovao do projeto e consequentemente do alvar de construo.
SOLUO: Incluir no projeto a cisterna j dimensionada, cotada e locada no terreno
fora do recuo frontal. Incluir tambm o clculo para dimensionamento na prancha.
3.3.10.
Coberturas no Recuo Frontal e Recuo Zero
Conforme o artigo 87 da Lei 7485/98, nas Zonas ZR-1, ZR-2 e ZR-3,
permitida a instalao de abrigo, para guarda de veculo, na faixa de recuo de frente,
desde que sua largura no ultrapasse 3m (trs metros).
Os lotes autorizados a possuir recuo frontal zero esto listados no artigo 71
da Lei 7485/98 que atualizado com frequncia, sendo que os demais lotes podem
ser consultados na secretaria de obras.
3.3.11.
Dimenses e Nveis (Representao)
ERRO: COTA (Ausncia de cotas indicando as dimenses de elementos grficos)
ARTIGO: NBR 10126:
3.2.1 Toda cotagem necessria para descrever uma pea ou componente,
clara e completamente, deve ser representada diretamente no desenho.
3.2.2 A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais
claramente o elemento.
SOLUO: Incluir cotas de todos os elementos, esclarecendo todas as dimenses
em projeto, de acordo com as normas da ABNT, exceto na fachada que no deve
ser cotada.
89
ERRO: NIVEL (Ausncia ou incompatibilidade dos nveis altimtricos dos
ambientes)
ARTIGO: NBR 6492:
A-10 Cotas de nvel
A-10.1 As cotas de nvel so sempre em metro.
A-10.2 Indicar:
a) N.A. - Nvel acabado;
b) N.O. - Nvel em osso.
A-10.3 As cotas de nvel tm duas representaes, como as indicadas na
figura 30.
SOLUO: Forma de representao de cota de nvel em planta e em corte pode
ser observada na figura 30.
Figura 30 Representao tcnica da cota de nvel em corte e planta.
Fonte: NBR 6492 (1994).
3.3.12.
Dimensionamento dos Ambientes e reas
ERRO: DIM (Dimenses dos ambientes incompatveis com a legislao do
municpio), ILVE (Deficincia no fornecimento de iluminao e ventilao naturais a
um ou mais compartimentos da edificao) e PD (Dimenso incompatvel para pdireito)
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
90
Quadro 7 Dimensionamento dos ambientes.
CIRCULO
INSCRITO
DIMETRO
(m)
REA
MN.
(m)
ILUMINAO
MNIMA
VENTILAO
MNIMA
P
DIREITO
MN.
(m)
REVESTIMENTO
PAREDE
Salas
Quarto
principal
(pelo menos
um na
edificao)
Demais
quartos
Copa
2,50
10,00
1/8
1/16
2,60
2,40
8,00
1/8
1/16
2,60
2,00
6,00
1/8
1/16
2,60
1,50
4,00
1/8
1/16
2,60
Cozinha
1,50
4,50
1/8
1/16
2,60
Banheiro
1,20
2,50
1/8
1/16
2,30
Lavanderia
1,50
2,00
1/8
1/16
2,60
Impermeabilizao at 1,5m
Impermeabilizao at 1,5m
Impermeabilizao at 1,5m
Depsito
Vaga de
garagem
Corredor
Sto
Poro
Escada
1,00
1,50
1/16
2,60
2,30
10,58
1/16
2,60
0,90
1/8
2,60
1/8
1/16
2,00
1/16
2,00
0,80
2,10
WC/Servio
1,20
1,44
1/8
1/16
2,30
REVESTIMEN
-TO PISO
Impermeabilizao
Impermeabilizao
Impermeabilizao
Impermeabilizao
Impermeabilizao at 1,5m
Impermeabilizao
Fonte: Adaptado de Cdigo de Obras (2011).
SOLUO: Atender s solicitaes expostas no quadro 7.
ERRO: AZ (Falta de indicao dos revestimentos em reas molhadas como
banheiros, cozinhas ou reas de servio)
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
Art. 27. O requerente apresentar o projeto para aprovao composto e
acompanhado de:
5- especificao dos materiais de revestimento utilizados;
SOLUO: A especificao dos materiais nos ambientes potenciais de infiltraes
uma forma de garantir um maior tempo para o surgimento de infiltraes. A
impermeabilizao traz a edificao maior salubridade, agregando uma durabilidade
superior devido baixa degradao referente a infiltraes.
91
ERRO: AMB (Falta de indicao dos nomes dos ambientes)
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
Art. 27. O requerente apresentar o projeto para aprovao composto e
acompanhado de:
4 - a finalidade de cada compartimento;
SOLUO: A indicao dos ambientes fundamental para a identificao dos
limitadores legais de dimenses que variam conforme o ambiente.
ERRO: QE (Ausncia ou incompatibilidade do quadro de esquadrias)
ARTIGO: Art. 27. O requerente apresentar o projeto para aprovao
composto e acompanhado de:
3 - dimenses dos vos de iluminao e ventilao.
SOLUO: Desenvolver caracterizao precisa das esquadrias projetadas no
quadro de esquadrias, para que se possa consultar suas dimenses para efeito de
clculos de iluminao e ventilao.
ERRO: TOCA (Equvoco no clculo dos coeficientes de aproveitamento e taxa de
ocupao do terreno)
ARTIGO: USO E OCUPAAO DO SOLO:
Art. 5.
V coeficiente de aproveitamento: ndice pelo qual se deve multiplicar a
rea do lote para se obter a rea mxima de construo no lote, na qual no so
computados:
a) pavimento livre destinado a lazer comum dos ocupantes do imvel;
b) galeria ligando logradouros pblicos que devero permanecer acessveis,
com, no mnimo, 4m (quatro metros) de largura, aumentando 1m (um metro) de
largura para cada 15m (quinze metros) de comprimento, quando exceder de 60m
(sessenta metros);
c) ptio interno sem coberturas e passagem, em que possa ser inscrito um
crculo com dimetro mnimo de 4m (quatro metros);
92
d) rea comum de circulao nas edificaes coletivas;
e) sacada aberta do pavimento-tipo, exceto o trreo;
f) rea de estacionamento ou garagem, exceto edifcio-garagem;
g) loggia com altura de 5,10m (cinco metros e dez centmetros), no
mnimo, e largura de 3m (trs metros), no mnimo.
XXVI taxa de ocupao: valor expresso em porcentagem que define a
poro da rea de lote que pode ser ocupada pela projeo em planta da totalidade
da construo;
SOLUO: Desenvolver dimensionamento das reas de projeto j com a cincia do
potencial construtivo mximo oferecido pelo lote, observando para que no
extrapole este limite. Os coeficientes podem ser calculados pelas equaes 3 e 4.
TO =
Atrreo
Alote
Equao 3 Taxa de ocupao.
Fonte: Lei 7485 (1998).
Onde:
Atrreo : rea do pavimento trreo ou da maior projeo do edifcio.
Alote : rea do lote.
TO : taxa de ocupao em porcentagem (%).
CA =
Atotal
Alote
Equao 4 Coeficiente de aproveitamento.
Fonte: Lei 7485 (1998).
Onde:
Atotal : rea total construda de todos os pavimentos.
Alote : rea do lote.
CA : coeficiente de aproveitamento em nmero decimal.
93
ERRO: ZC (rea mxima destinada ao comrcio extrapolada)
ARTIGO: USO E OCUPAAO DO SOLO:
Art. 15. 4 Na Zona Residencial 3 as atividades permitidas, que no sejam
a residencial, podero ocupar no mximo a 15% da rea do lote.
SOLUO: Desenvolver atividades comerciais em reas especficas compatveis, e
em casos residenciais at 15% se ZR-3.
ERRO: ZON (Zoneamento incorreto)
ARTIGO: USO E OCUPAAO DO SOLO:
Art. 5. XXVII zona: rea definida por esta lei onde prevalece o mesmo
parmetro de uso e ocupao.
Art. 7 A Zona Residencial tem a finalidade de atender predominantemente
ao uso residencial individual ou coletivo e de apoio residencial.
Art. 8 A Zona Comercial destina-se predominantemente s atividades
comerciais e de servios.
Pargrafo nico. permitido o uso residencial e a pequena indstria anexa
atividade principal.
Art. 9 A Zona Industrial destina-se predominantemente s atividades de
produo ou de transformao.
Pargrafo nico. permitido o uso comercial, admitindo-se o uso
residencial, quando previsto na aprovao do loteamento.
Art. 10. A Zona Especial aquela destinada atividade no passvel de
classificao nas demais zonas.
SOLUO: Consultar o zoneamento do lote no site oficial da PML ou fazer pedido
de certido de zoneamento no IPPUL.
3.3.13.
Divisas
ERRO: DIV (Indicao das divisas inexistente ou problemas referentes altura
mxima permitida para construo)
ARTIGO: USO E OCUPAO DO SOLO:
Pode ser encontrado em cada especificao de zoneamento as alturas
94
mximas das respectivas zonas.
SOLUO: Dentre as zonas comerciais (de 1 a 6), apenas ZC- 4 e 6 apresentam
limitao de 7,5 metros na divisa, as demais so 9 metros. Adota-se como altura
mxima na divisa 7,5 metros para todas as zonas residenciais.
Outro item a ser observado a altura do muro, que deve guardar a privacidade dos
lotes vizinhos.
ERRO: ARR (Necessidade de muro de arrimo)
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
Art. 26. Mediante processo administrativo e a pedido do proprietrio ou do
possuidor do imvel, o Municpio proceder aprovao de projetos de:
II - muro de arrimo acima de 1,80m (um metro e oitenta centmetros);
Art. 104.
3 Para a construo de muros de arrimo dever ser apresentada a
Anotao de Responsabilidade Tcnica - ART junto ao Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura do Paran - CREA.
SOLUO: Os muros de arrimo devem ser executados para manter a integridade
tanto do patrimnio particular quanto ao dos vizinhos, pois em loteamentos com
grande declividade do perfil natural do terreno, as edificaes tm grande potencial
de abalar as estruturas circundantes.
3.3.14.
Documentaes
ERRO: ART (Ausncia de ART ou RRT, ou problemas referentes ao nmero de
registro dos profissionais (CREA ou CAU))
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
Art. 27. O requerente apresentar o projeto para aprovao composto e
acompanhado de:
IX - Anotao de Responsabilidade Tcnica - ART de projeto arquitetnico.
SOLUO: A responsabilizao do profissional que projetou ou executou uma obra
fundamental para a viabilidade de uma edificao, pois comum o surgimento de
problemas referentes a patologias ou irregularidades das edificaes, sendo que o
95
profissional deve preservar seu objeto de trabalho de maneira a viabilizar a
concluso da obra regularmente e apresentando a maior qualidade possvel.
ERRO: ASS (Nmero de assinaturas insuficiente: campos destinados a assinatura
dos profissionais ou proprietrios protocolados sem assinatura)
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
Art. 29. Todas as vias de peas grficas e de memorial descritivo devero
trazer campo para as seguintes assinaturas:
I - do proprietrio ou possuidor do imvel onde vai ser feita a edificao;
II - do responsvel tcnico pela autoria do projeto;
III - do responsvel tcnico pela execuo da obra, quando a aprovao do
projeto for pedida conjuntamente com a solicitao do alvar de licena, para
execuo da obra; e
IV - do responsvel tcnico pela execuo da obra.
SOLUO: Coletar todas as assinaturas em todos os campos faz parte da tarefa do
profissional que desenvolveu os projetos, pois garante a cincia de todos os
participantes envolvidos do empreendimento.
ERRO: BOMB (Ausncia do projeto aprovado previamente no corpo de Bombeiros)
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
Art. 27. O requerente apresentar o projeto para aprovao composto e
acompanhado de:
5 Os projetos de edificao comercial com rea total acima de 100m
(cem metros quadrados) e de edificaes residenciais acima de duas unidades
devero ser apresentados com a consulta prvia de preveno de incndios emitida
pelo Corpo de Bombeiros.
SOLUO: O projeto de plano de segurana contra incndio e pnico
fundamental para a segurana dos usurios que habitaro as edificaes
comerciais ou multifamiliares posteriormente. Deve ser aprovado previamente ao
protocolo na PML.
96
ERRO: CAR (Rasuras ou emendas no carimbo: alterao posterior da plotagem, ou
carimbo com dimenses inadequadas)
ARTIGO:SOLUO: A colagem de etiquetas para solucionar pequenos erros nos projetos
evitando a reimpresso um erro, pois a cola da etiqueta funciona at determinado
perodo, sendo que arquivados por tempo indeterminados podem desgrudar da
prancha,
se
posteriormente
consultadas
podem
oferecer
informaes
equivocadas.
ERRO: IPTU (Incompatibilidade ou ausncia do nmero da inscrio imobiliria do
lote)
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
Art. 22. 1 Ao requerente caber indicar:
III - Inscrio imobiliria;
SOLUO: Consultar previamente na PML a inscrio imobiliria referente ao lote,
e inseri-la no carimbo.
ERRO: PCPA (Apresentar projeto completo para anlise)
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
Art. 28. Os projetos de arquitetura, para efeito de aprovao e outorga de
licena para construo, somente sero aceitos quando legveis e de acordo com a
NBR 6492.
SOLUO: A incidncia de erros em projetos comum, entretanto h casos em
que o projeto apresentado incompleto, seja por falta de elementos grficos ou
pela falta grave de itens tcnicos. Quando h uma falta grave desta classe, o
projeto devolvido para complemento e viabilizao da posterior correo.
97
ERRO: PGRCC (Apresentar Plano de Gerenciamento de Resduos da construo
civil)
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
Art. 27 4 A concesso do alvar de licena para construo de imveis
que apresentem rea de preservao permanente ser condicionada licena da
Secretaria Municipal do Ambiente SEMA.
SOLUO: Desenvolver o PGRCC conforme padro da SEMA, aprov-lo na SEMA
e ento protocol-lo junto com o processo na PML.
ERRO: SL (Ausncia da planta de subdiviso ou anexao dos lotes envolvidos)
ARTIGO:
Art. 159. Consideram-se residncias agrupadas duas ou mais unidades de
moradias contguas que possuam uma parede comum e testada mnima, de acordo
com a Lei de Uso e Ocupao do Solo.
1 Para o caso de construo de casas agrupadas paralelas ao
alinhamento, permitida a subdiviso em lotes quando cada unidade resultante
tiver as dimenses e reas mnimas da data estabelecidas pela Lei de Uso e
Ocupao do Solo previamente aprovao do projeto e emisso do alvar de
licena para construo.
SOLUO: Proceder com a subdiviso do lote que deve ser protocolada antes ou
em paralelo com a aprovao das geminadas.
ERRO: VIAS (Nmero de vias insuficientes)
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
3 O projeto definitivo dever ser apresentado, no mnimo, em 3 (trs) vias
impressas e 1 (uma) via em arquivo digital; uma das vias impressas e uma em
arquivo digital sero arquivadas no rgo competente da Prefeitura e as outras vias
impressas sero devolvidas ao requerente aps a aprovao, contendo em todas as
folhas o carimbo "APROVADO" com o nmero da aprovao, o nome e assinatura
do funcionrio responsvel.
SOLUO: Apresentar o projeto em no mnimo 3 vias.
98
3.3.15.
Esgotamento Sanitrio e Fossa Sptica
ERRO: ESG (Problemas referente ao esgotamento sanitrio seja com rede pblica
de esgoto ou fossa sptica com sumidouro)
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
Art. 27. O requerente apresentar o projeto para aprovao composto e
acompanhado de:
8 - soluo de esgotamento sanitrio e localizao da caixa de gordura.
SOLUO: Indicar um ramal de descarga para a rede pblica de esgoto quando for
o caso, ou locar a fossa sptica dentro do terreno obedecendo aos recuos de 1,5
metros de divisas e edificaes.
ERRO: CG (Ausncia da caixa de gordura no projeto)
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
Art. 27. O requerente apresentar o projeto para aprovao composto e
acompanhado de:
8 - soluo de esgotamento sanitrio e localizao da caixa de gordura;
SOLUO: A instalao de caixas de gordura garantem um alvio ao sistema de
esgotamento sanitrio pblico, pois retm a gordura mais pesada em seu interior,
concentrando os resduos que podem ser destinados da maneira mais eficaz
posteriormente.
Tem por finalidade reduzir a poluio dos efluentes por leos provindos dos
resduos da cozinha. Em planta basta-se um circulo com a indicao para tal
representao prxima a cozinha.
3.3.16.
Estacionamentos
ERRO: ESTAC (Itens referentes ao dimensionamento de vagas de estacionamento
seja pelo nmero insuficiente ou dimenses inadequadas)
ARTIGO: USO E OCUPAAO DO SOLO:
Art. 51. Para todos os usos, devero ser previstas e constar do projeto as
99
vagas para estacionamento de veculos, em local de fcil acesso para via pblica,
razo de 20 m2 (vinte metros quadrados) por vaga, inclusive rea de circulao e
na proporo mnima, conforme o Anexo 3 desta lei.
Art. 53. Todas as edificaes pblicas e privadas devero possuir
equipamentos para o acesso e para o uso das pessoas portadoras de deficincia,
de acordo com a NBR-9050 da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT).
Pargrafo nico. Das vagas de estacionamento, de acordo com o artigo 51
e previstas no Anexo 3 desta lei, devero ser reservados espaos para veculos que
transportam pessoas portadoras de deficincia, na proporo mnima de uma vaga
a partir de 11 (onze) at 100 (cem) vagas, e 1% (um por cento) acima de 100 (cem)
vagas, as quais devero ter largura suplementar de 1,20m (um metro e vinte
centmetros) a mais que as vagas comuns.
Art. 55. Nas vias coletoras, conforme os termos da Lei do Sistema Virio,
todos os estabelecimentos de comrcio ou servios devero atender ao disposto no
artigo 52 desta lei, independentemente de serem considerados Polos Geradores de
Trfego, admitindo-se como soluo para o nmero de vagas convnio com
estacionamento rotativo, distante no mximo 200m (duzentos metros), obedecida a
facilidade de acesso de pedestres.
Quadro 8 Dimensionamento de vagas de estacionamento.
TIPO DE INSTALAO
VAGAS NECESSRIAS
Centros Comerciais e Shopping Centers
1 vaga a cada 30m de rea construda
Supermercados
1 vaga a cada 40m de rea construda
Lojas de Departamentos
1 vaga a cada 60m de rea construda
Entrepostos e Depsitos Atacadistas
1 vaga a cada 35m de rea construda
Edifcios de Escritrios
1 vaga a cada 50m de rea construda
Consultrios Mdicos e Odontolgicos
1 vaga a cada 50m de rea construda
Prontos-socorros, Clnicas e Laboratrios de 1 vaga a cada 60m de rea construda
Anlise, Farmcias e Drogarias
Instituies de Ensino Pr-Escolar de 1o Grau 1 vaga a cada 100m de rea construda
Instituies de Ensino de 2o e 3o Grau
1 vaga a cada 75m de rea construda
Escolas Profissionalizantes, de Ginstica, 1 vaga a cada 35m de rea construda
Dana e Congneres
Restaurantes, Casas Noturnas, Choperias e 1 vaga a cada 30m de rea construda
Congneres
Agncia Bancria, Casas de Cmbio e 1 vaga a cada 50m de rea construda
Congneres
Oficinas Mecnicas de Automveis
1 vaga a cada 50m de rea construda
Hotis
1 vaga por apto com mais de 50m por
apto.
1 vaga a cada 2 apartamentos, se
menores de 50m
Hospitais, Sanatrios e Congneres
1 vaga a cada 2 leitos, se menor de 50
[Continua]
100
[Continuao]
leitos
1 vaga a cada 1,5 leitos, se maior de 50
leitos e menor de 200
1 vaga a cada 2 leitos, se maior de 200
Locais de Culto Religioso
1 vaga a cada 40m para at 100 lugares
Acima de 100 lugares mnimo de 10
vagas, considerando uma vaga a cada
40m de rea construda.
Uso Residencial
1 vaga a cada habitao at 70 m
2 vagas a cada habitao com metragens
de 71m a 160m e a cada acrscimo de
80m de rea construda, acresce-se mais
uma vaga
reas de Lazer e Parques
1 vaga a cada 200m de terreno
Centro de Eventos
1 vaga para cada 20 m de rea
construda
Salas de espetculos (teatro, cinema, quadra, 1 vaga para cada 25,00 m de rea
etc)
construda
Fonte: Adaptado da Lei 7485(1998).
CDIGO DE OBRAS:
Art. 100. obrigatria a reserva de espaos para o estacionamento ou
garagem de veculos vinculados destinao das edificaes, com rea e
respectivo nmero de vagas calculadas de acordo com o tipo de uso do imvel,
previstas na Lei de Uso e Ocupao do Solo.
1 Cada vaga dever ter largura mnima de 2,30m (dois metros e trinta
centmetros) e 4,60m (quatro metros e sessenta centmetros) de comprimento,
livres de colunas ou qualquer outro obstculo, com espao de manobra com largura
mnima de 5,00m (cinco metros), para vagas dispostas em 90 (noventa graus)
circulao, circulao mnima de 4,00m (quatro metros) para vagas dispostas em
30 (trinta graus) circulao e circulao mnima de 3,50m (trs metros e
cinqenta centmetros) para vagas dispostas em 45 (quarenta e cinco graus)
circulao.
2 Quando a divisa lateral da vaga coincidir com a parede, a largura da
vaga dever ser, no mnimo, de 2,50m (dois metros e cinquenta centmetros).
ESTATUTO DO IDOSO:
Art. 41. assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da lei local, de
5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentos pblicos e privados, as quais
devero ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao idoso.
NBR 9050:
6.12.3.Previso de vagas
101
O nmero de vagas para estacionamento de veculos que conduzam ou
sejam conduzidos por pessoas com deficincia deve ser estabelecido conforme
quadro 9.
Quadro 9 Dimensionamento de vagas PNE.
At 10
Vagas
reservadas
-
De 11 a 100
Acima de 100
1%
Nmero total de vagas
Fonte: Adaptado da NBR 9050 (2004).
SOLUO: O dimensionamento de estacionamentos deve ser realizado primando
pela fluidez dos veculos, obedecendo aos distanciamentos mnimos indicados
(figura 31).
102
Figura 31 Largura de corredores para trnsito veicular em estacionamentos.
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
As vagas de estacionamento reservadas para PNE devero obedecer s
dimenses conforme figura 32.
103
Figura 32 Dimenses previstas para vagas PNE.
Fonte:NBR 9050 (2004).
Figura 33 Dimenses das vagas de estacionamento.
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
104
3.3.17.
Inclinaes
ERRO: INC (Problemas referentes a inclinaes na calada, rampas ou telhado)
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
Art. 70. As rampas de uso coletivo podero apresentar inclinao mxima
de 20% (vinte por cento), para uso de veculos e, para uso de pedestres, dever
respeitar a NBR - 9050 da ABNT.
1 Se a inclinao das rampas exceder a 6% (seis por cento) o piso
dever ser executado ou revestido com material antiderrapante.
2 As rampas de acesso para veculos devero respeitar a inclinao
mxima de 5% (cinco por cento), quando ascendente sada, e 10% (dez por
cento), no sentido descendente sada, quando localizadas no recuo frontal,
podendo chegar a at 15% (quinze por cento) no caso de residncia unifamiliar em
que no houver fechamento de qualquer natureza que impea a visibilidade em
ambas as divisas no trecho do recuo.
3 A fim de permitir o acesso, circulao e utilizao por pessoas com
necessidades especiais, os logradouros pblicos e edificaes, exceto aquelas
destinadas habitao de carter permanente unifamiliar, devero seguir as
orientaes previstas na Norma Brasileira (NBR) 9050 - Associao Brasileira de
Normas Tcnicas (ABNT)
SOLUO: Seguir as especificaes da figura 34.
Figura 34 Inclinaes de rampas internas ao lote.
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
105
3.3.18.
Limitaes Verticais das Edificaes
Em condies normais, os lotes so limitados verticalmente apenas pelo
potencial construtivo expresso pelo coeficiente de aproveitamento, e alturas
mximas junto s divisas, entretanto h alguns fatores externos ao lote que limitam a
altura da edificao mediante seu posicionamento na malha urbana como o feixe de
microondas, o cone areo (figura 35) de aproximao do aeroporto, os fundos de
vale e o teto.
Feixe de microondas
Consiste em um limitador de altura linear de largura em planta de 50 metros
e altura varivel devido a topografia da cidade, os quais todos os lotes sob ele
devem obedecer alm da legislao municipal em vigor e de acordo com o artigo 70
da Lei 7485/98 tambm s normas fixadas pela Companhia de Telecomunicaes.
Figura 35 Limitadores construtivos de altura no municpio de Londrina - PR.
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
106
Cone areo de aproximao
O aeroporto de Londrina Governador Jos Richa tem sua pista na cota
altimtrica de 569 metros, onde a partir da cabeceira de pouso e decolagem
constitudo um cone imaginrio que limita as construes de avanarem sobre seu
plano, com suas dimenses horizontais definidas em planta e suas dimenses
verticais expressas por frmula.
A altura total do edifcio (H) pode ser encontrada pelo valor da diferena (Z)
entre a cota do terreno e a cota da pista do aeroporto (569m) somada ao valor (Y)
dado pela equao 5 associada a figura 36.
H =Y +Z
Equao 5 Altura final do edifcio.
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
Figura 36 Clculo de altura de edifcios sob o cone de areo de aproximao.
Fonte: arquivo pessoal (2014).
Fundos de vale
Para Gava (2002), fundo de vale uma limitao administrativa que
condiciona o direito de construir, pois uma imposio geral, sem indenizao,
unilateral e de ordem pblica que intervm na construo.
107
Os fundos de vale que so as regies da cidade que via de regra
apresentam efluentes em seu interior, tem seu permetro como fator limitante para a
altura das edificaes vizinhas, onde a Lei 7485/98 prescreve no artigo 86 que:
Nas reas circunvizinhas a fundo de vale ou de preservao permanente
dever ser preservada uma faixa de 120 metros a partir do alinhamento
predial superior da via marginal implantada, onde somente sero permitidas
edificaes at dois pavimentos incluindo o trreo, com altura mxima de
7,5 metros.
Teto
Londrina, pelo fato de possuir atividade area intensa relativa ao aeroporto,
possui uma cota mxima para construo onde os edifcios que alcanarem tal cota,
devem limitar toda sua estrutura abaixo dela, incluindo antenas e sinalizadores. A
altitude mxima construtiva em Londrina de 692 metros.
3.3.19.
Limitadores Horizontais das Edificaes
Adutoras
As adutoras so parte da infraestrutura da cidade que alimentam o sistema
de abastecimento de gua potvel da regio.
A cidade possui diversas adutoras pela cidade em diversas direes,
entretanto a que passa sob lotes e os limitam construes a da Gleba Palhano que
tem origem na rotatria do cruzamento da avenida Madre Lenia Milito e Ayrton
Senna e se desenvolve no rumo SW 30 04 00 NE.
O eixo da adutora passa sob diversos lotes, constituindo uma rea
inedificvel de 4 metros para cada lado (totalizando 8 metros), ou seja, os projetistas
so obrigados a projetar os edifcios recuados da mesma.
Linhas de alta tenso
As linhas de alta tenso so redes de infraestrutura que conduzem a
eletricidade a diversas estaes e subestaes em alta tenso.
Via de regra reservada uma faixa inedificvel de 15 metros para cada lado
do eixo das linhas, onde so delimitadas j na aprovao do loteamento.
Rodovias
As rodovias, sejam elas estaduais ou federais, possuem uma faixa de
domnio ao longo de seu percurso em que no se pode construir pelo fato de
108
pertencer ao governo pblico, ou seja, reservada para administrao pblica, seja
ela alargamento ou manuteno da via.
Um fato importante a ser observado que o eixo pode no estar no centro
da via, sendo necessria a consulta da diretriz na concessionria local. Para as
demais pode-se consultar o quadro 10.
Quadro 10 Larguras de faixas de domnio em Londrina - PR.
LARGURA DA FAIXA
RODOVIA
TRECHO
DENOMINAO
DE DOMNIO (m)
BR - 369
PR - 445
PR - 445
PR - 545
Av. Braslia - Av. Tiradentes
BR 376 - Warta
Celso Garcia Cid
Warta - Bela Vista do
Paraso
Joo Tavares da Silva
BR 369 - PR 323
Carlos Joo Strass
Fonte: DER (2014).
3.3.20.
60
60
50
Varivel
Sacadas
As sacadas so espaos abertos e cobertos ou descobertos ao nvel dos
pavimentos de uma edificao, (11381/2011) que visam o lazer dos usurios ou
contemplao da paisagem do entorno. Existem sacadas externas (as mais
convencionais) que se desenvolvem em balano sobre os recuos e sacadas internas
(minoria) que apresentam sua rea interna ao pavimento com o permetro protegido
por guarda corpo.
O artigo 79 da Lei 11381/2011 aponta que nas edificaes afastadas do
alinhamento, ser permitida construo de sacada em balano ou marquise de
proteo ao pavimento trreo, no podendo exceder o limite mximo de 1,20 m
sobre os recuos e afastamentos previstos.
Em suma, as marquises podem avanar em balano sobre os recuos no
mximo 1,20 m. Se no forem sobre os recuos (internamente ao lote) podem
apresentar qualquer dimenso (limitadas apenas pela geometria e resistncia
estrutural).
As reas sob sacadas de at 1,20 metros no contam como rea construda,
entretanto as com dimenses maiores que 1,20 m contam como rea construda. As
reas da prpria sacada no so computadas como rea construda desde que
109
coberta apenas pelo beiral da edificao de no mximo 1 m, caso contrrio sua rea
deve ser computada.
Pelo fato de em sua maioria estar sobre os recuos, as sacadas laterais
muitas vezes tendem a invadir a privacidade dos lotes vizinhos, sendo que de sua
face mais extrema deve apresentar afastamento de 1,50 m at a divisa ou o muro de
divisa possuir altura que impea o contato visual com o lote vizinho.
3.3.21.
Situao
A planta de situao deve ser posicionada no carimbo conforme padro da
cidade, e indicar as informaes:
Distncia at a esquina;
Desenvolvimento da esquina;
Nomes oficiais das ruas;
Largura da calada e da rua;
Dimenses do terreno;
rea do lote (opcional);
Quadra (crculo duplo) e data (crculo simples);
Norte.
ERRO: SIT (Situao incompatvel com a planta de loteamentos)
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
Art. 27. O requerente apresentar o projeto para aprovao composto e
acompanhado de:
I - planta de situao na escala 1:200, 1:250, 1:500 ou 1:1000, de acordo
com a dimenso do imvel;
SOLUO: A planta de situao tem por objetivo permitir a localizao do lote sem
que se abra a prancha para isto (figura 37). Na representao grfica da situao
deve-se informar itens que permitam ao leitor v-la e buscar em outra fonte de
dados. H uma grande importncia na preciso da distncia do lote at o
desenvolvimento de curva da esquina, pois em quadras onde ainda no h
construes, h a possibilidade de locar-se a obra sobre parte do lote vizinho,
110
caracterizando invaso do lote.
Figura 37 Situao.
Fonte: arquivo pessoal (2014).
3.3.22.
Tabelas para Projeto de Escadas
O clculo do dimensionamento das medidas das escadas baseia-se na
frmula de Blondel (equao 6).
63 cm< 2H + P < 64 cm
Equao 6 Frmula de Blondel
Fonte: Lei 11381 (2011).
Onde:
H: espelho
P: piso
Com os espelhos mais comuns (mltiplos de 0,001 m) entre 16 e 18 cm,
pode-se observar no quadro 11 as diferenas entre pavimentos entre 15 e 20
espelhos. Os campos com tons cinzas mais escuros so mltiplos de 10 cm, os tons
intermedirios so mltiplos de 1 cm, os tons alaranjados so fora de norma e os
campos com fundo branco so desaconselhveis por apresentarem mltiplos de
1mm.
111
Quadro 11 Dimensionamento de diferena entre pavimentos.
DIFERENA ENTRE PAVIMENTOS (m)
ESPELHO
NMERO DE ESPELHOS
(m)
15
16
17
18
19
20
0,1600 2,4000 2,5600 2,7200 2,8800 3,0400 3,2000
0,1610 2,4150 2,5760 2,7370 2,8980 3,0590 3,2200
0,1620 2,4300 2,5920 2,7540 2,9160 3,0780 3,2400
0,1630 2,4450 2,6080 2,7710 2,9340 3,0970 3,2600
0,1640 2,4600 2,6240 2,7880 2,9520 3,1160 3,2800
0,1650 2,4750 2,6400 2,8050 2,9700 3,1350 3,3000
0,1660 2,4900 2,6560 2,8220 2,9880 3,1540 3,3200
0,1670 2,5050 2,6720 2,8390 3,0060 3,1730 3,3400
0,1680 2,5200 2,6880 2,8560 3,0240 3,1920 3,3600
0,1690 2,5350 2,7040 2,8730 3,0420 3,2110 3,3800
0,1700 2,5500 2,7200 2,8900 3,0600 3,2300 3,4000
0,1710 2,5650 2,7360 2,9070 3,0780 3,2490 3,4200
0,1720 2,5800 2,7520 2,9240 3,0960 3,2680 3,4400
0,1730 2,5950 2,7680 2,9410 3,1140 3,2870 3,4600
0,1740 2,6100 2,7840 2,9580 3,1320 3,3060 3,4800
0,1750 2,6250 2,8000 2,9750 3,1500 3,3250 3,5000
0,1760 2,6400 2,8160 2,9920 3,1680 3,3440 3,5200
0,1770 2,6550 2,8320 3,0090 3,1860 3,3630 3,5400
0,1780 2,6700 2,8480 3,0260 3,2040 3,3820 3,5600
0,1790 2,6850 2,8640 3,0430 3,2220 3,4010 3,5800
0,1800 2,7000 2,8800 3,0600 3,2400 3,4200 3,6000
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
Por meio da frmula de Blondel, desenvolveu-se o quadro 12, que tem como
objetivo identificar a dimenso do piso em funo do tamanho do espelho
predefinido com a frmula variando dentro dos limites de 63 e 64 cm.
Em resumo os espelhos de acordo com as normas, podem apresentar pisos
com dimenses mltiplas de centmetros inteiros:
Espelho 16 cm: pisos de 31 ou 32 cm.
Espelho 16,5 cm: pisos de 30 ou 31 cm.
Espelho 17 cm: pisos de 29 ou 30 cm.
Espelho 17,5 cm: pisos de 28 ou 29 cm.
Espelho de 18 cm: pisos de 27 ou 28 cm.
112
Quadro 12 Dimensionamento de piso de escada pela frmula de Blondel.
CLCULO DE ESCADA (BLONDEL)
ESPELHO
PISO (m)
(m)
0,1600 0,3100 0,3120 0,3140 0,3160 0,3180 0,3200
0,1610 0,3080 0,3100 0,3120 0,3140 0,3160 0,3180
0,1620 0,3060 0,3080 0,3100 0,3120 0,3140 0,3160
0,1630 0,3040 0,3060 0,3080 0,3100 0,3120 0,3140
0,1640 0,3020 0,3040 0,3060 0,3080 0,3100 0,3120
0,1650 0,3000 0,3020 0,3040 0,3060 0,3080 0,3100
0,1660 0,2980 0,3000 0,3020 0,3040 0,3060 0,3080
0,1670 0,2960 0,2980 0,3000 0,3020 0,3040 0,3060
0,1680 0,2940 0,2960 0,2980 0,3000 0,3020 0,3040
0,1690 0,2920 0,2940 0,2960 0,2980 0,3000 0,3020
0,1700 0,2900 0,2920 0,2940 0,2960 0,2980 0,3000
0,1710 0,2880 0,2900 0,2920 0,2940 0,2960 0,2980
0,1720 0,2860 0,2880 0,2900 0,2920 0,2940 0,2960
0,1730 0,2840 0,2860 0,2880 0,2900 0,2920 0,2940
0,1740 0,2820 0,2840 0,2860 0,2880 0,2900 0,2920
0,1750 0,2800 0,2820 0,2840 0,2860 0,2880 0,2900
0,1760 0,2780 0,2800 0,2820 0,2840 0,2860 0,2880
0,1770 0,2760 0,2780 0,2800 0,2820 0,2840 0,2860
0,1780 0,2740 0,2760 0,2780 0,2800 0,2820 0,2840
0,1790 0,2720 0,2740 0,2760 0,2780 0,2800 0,2820
0,1800 0,2700 0,2720 0,2740 0,2760 0,2780 0,2800
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
ERRO: ESC (Problemas referentes a dimenses de escada, piso, espelho,
corrimos, patamares, larguras ou altura de vo)
ARTIGO: NBR 9077:
4.7.3 Dimensionamento de degraus e patamares
4.7.3.1 Os degraus devem:
a) ter altura h [...] compreendida entre 16,0 cm e 18,0 cm, com tolerncia de
0,05 cm;
b) ter largura b [...] dimensionada pela frmula de Blondel.
CDIGO DE OBRAS:
Art. 68. As escadas de uso privativo ou coletivo devero ter largura
113
suficiente para proporcionar o escoamento do nmero de pessoas que dela
dependem, sendo:
I - a largura mnima das escadas de uso coletivo ser de 1,20m (um metro e
vinte centmetros);
II - as escadas de uso privativo
privativo ou restrito do compartimento, ambiente ou
local, podero ter largura mnima de 0,80m
(oitenta centmetros);
III - as escadas devero oferecer passagem com altura mnima nunca
inferior a 2,10m (dois metros e dez centmetros);
IV - as escadas em leque devero
devero atender s prescries da norma
brasileira especfica;
V - as escadas devero ser de material incombustvel, quando atenderem a
mais de dois pavimentos, excetuando-se
excetuando
as localizadas em habitao unifamiliar;
VI - as escadas devero ter um patamar intermedirio,
intermedirio, de pelo menos
1,00m (um metro) de profundidade, quando o desnvel exigir mais que 19
(dezenove) degraus; e
VII - os degraus das escadas devero apresentar espelho ("e") e piso ("p"),
que satisfaam relao 0,63m <= 2 e + p <= 0,64m, admitindo-se
admitindo
a altura do
espelho entre 0,16m (dezesseis centmetros) e 0,18m (dezoito centmetros)
SOLUO: Atender ao dimensionamento prescrito na legislao (figura 38),
buscando o conforto
nforto e a segurana do usurio, sempre indicando o corrimo com
altura de 92 cm.
Figura 38 Representao tcnica do esquema ideal de escada.
Fonte: NBR 9077 (2001).
114
3.3.23.
Telhados
ERRO: COB (Cobertura com problemas na representao grfica ou ausncia de
elementos)
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
Art. 27. O requerente apresentar o projeto para aprovao composto e
acompanhado de:
III - cortes transversais e longitudinais na mesma escala da planta baixa,
com a indicao de:
3 - perfis do telhado;
Art. 66. Alm das demais disposies legais, dever ser observado o que
segue em relao s coberturas das edificaes:
I - quando a edificao estiver junto divisa dever obrigatoriamente
possuir platibanda;
II - todas as edificaes de beiral com caimento no sentido da divisa
devero possuir calha quando o afastamento desta at a divisa for inferior a 0,50m
(cinquenta centmetros); e
III - no so considerados como rea construda os beirais com balano
cuja projeo horizontal no ultrapasse 1,00m (um metro) em relao ao seu
permetro, no podendo a distncia do beiral at a divisa ser inferior a 0,50m
(cinquenta centmetros).
SOLUO: A preocupao com o distanciamento das guas pluviomtricas
conduzidas pelos telhados advm da preservao das edificaes vizinhas a
patologias referentes a infiltraes, logo, os telhados devem manter uma distncia
segura de seus beirais s divisas ou possurem calhas para coleta.
3.3.24.
Terrenos em Esquinas
Os terrenos em esquinas geralmente apresentam maiores dificuldades de
representao nos projetos pelo fato de envolverem linhas retas e arcos, entretanto
sua representao ideal deve estar de acordo com a planta de loteamentos em que
o lote se situa.
115
No desenho da planta de locao deve-se indicar junto a esquina seu
desenvolvimento e seu raio, alm de indicao dos rebaixos de guia nos dois
sentidos para a acessibilidade dos portadores de necessidades especiais (figura 39).
O cdigo de obras em seu Art. 111 aponta que:
Toda calada construda ou reformada em data de esquina deve apresentar
rebaixamentos em rampas, compostas de um acesso principal com largura
de 1,20m (um metro e vinte centmetros) a 1,50m (um metro e cinquenta
centmetros) e abas laterais construdas junto ao meio-fio com largura de
0,50m (cinquenta centmetros), [...].
Figura 39 Rebaixos de guia nas esquinas.
Fonte: NBR 9050(2004).
3.3.25.
Poo de Luz
ERRO: PL (Poo de luz fora dos padres)
ARTIGO: Casos omissos.
SOLUO: Convencionou-se que os poos de luz mnimos devem apresentar um
formato de quadrado com lado de 1,5 metros entre esquadria-divisa e esquadriaesquadria (figura 40).
Vale pena lembrar que para efeito de aprovao na PML aceito o poo de
luz conforme figura 40, entretanto o Cdigo Civil no artigo 1.301 delibera que As
janelas cuja viso no incida sobre a linha divisria, bem como as perpendiculares,
no podero ser abertas a menos de setenta e cinco centmetros, ou seja, deve-se
apresentar janelas perpendiculares a linha de divisa com distanciamento mnimo de
116
75 cm.
Figura 40 Poo de luz padro PML.
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
3.3.26.
Programa Agiliza Obras
O programa Agiliza Obras trata-se de uma modalidade de processo, onde
os projetos enquadrados passam por uma anlise simplificada. Incluem-se no
programa todas as residncias e comrcios at 100 m.
De acordo com o site oficial da PML, os parmetros construtivos analisados
pela PML neste programa so:
Uso compatvel com zoneamento;
Coeficiente de aproveitamento;
Taxa de ocupao;
Altura mxima da edificao;
Nmero de pavimentos;
Dimenses e configurao do mezanino se houver;
Taxa de permeabilidade;
Recuo frontal;
Afastamento das divisas laterais e de fundo;
117
Altura da edificao junto s divisas;
Soluo de esgotamento sanitrio e localizao da caixa de gordura;
Cisterna para edificaes com rea superior a 200,00m;
Dimenses e configurao do passeio pblico;
Estacionamento e circulao de veculos;
Acesso de pedestres e veculos;
Elevao do fechamento frontal;
Nvel do trreo;
Atingimento por alargamento ou prolongamento do sistema virio
bsico;
Indicao de postes, rvores, bocas de lobo ou placas de sinalizao
existentes;
Perfis longitudinal e transversal da data;
Sanitrio adaptado conforme NBR 9050 para uso no residencial;
PGRCC.
3.3.27.
Propostas de Solues para Estacionamentos
A partir das dimenses mais comuns de lotes urbanos, desenvolveu-se
solues para disposio de vagas no recuo frontal de acordo com as dimenses
previstas na legislao pertinente. Representao grfica no apndice I.
Consiste em solues pr-definidas para estacionamentos no recuo frontal
com as vagas locadas em diversos sentidos para lotes de 10 a 15 metros de
testada.
3.3.28.
Rebaixos de Guia
ERRO: RG (Rebaixo de guia fora dos padres, sendo para acesso de veculos ou
nas esquinas para portadores de necessidades especiais.)
ARTIGO: USO E OCUPAAO DO SOLO
Art. 82. Para qualquer que seja o uso, ser permitido o rebaixamento de guia
para acesso de veculos em 3,5 metros lineares por lote, exceto em vias arteriais e
estruturais, onde o rebaixamento pode ser apresentado com 5,00 metros linear
118
(figura 41).
Art. 83. Em edificaes coletivas ser permitido um rebaixamento de guia de
3,0 metros (trs metros) linear por pavimento de estacionamento, com no mnimo 5
(cinco) vagas por pavimento.
CDIGO DE OBRAS:
Art. 108. Na rea de acesso aos veculos, a concordncia entre o nvel da
calada e o nvel do leito carrovel na rua, decorrente do rebaixamento do meio-fio,
dever ocorrer numa faixa de at 0,85m (oitenta e cinco centmetros) na seo
transversal.
Art. 110. A faixa de piso ttil pode ser do tipo direcional ou de alerta, com
largura constante de 0,30m (trinta centmetros) e afastamento de 0,40m (quarenta
centmetros), em relao ao alinhamento, com cor contrastante com a do piso
adjacente, atendendo aos parmetros de relevo e de instalao previstos na NBR9050 da ABNT.
Art. 111. Toda calada construda ou reformada em data de esquina deve
apresentar rebaixamentos em rampas, compostas de um acesso principal com
largura de 1,20m (um metro e vinte centmetros) a 1,50m (um metro e cinquenta
centmetros) e abas laterais construdas junto ao meio-fio com largura de 0,50m
(cinquenta centmetros), [...].
SOLUO:
Figura 41 Rebaixos de guia em frente aos lotes.
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
119
3.3.29.
Rodovias
ERRO: ROD (Recuo frontal incompatvel com rodovias)
ARTIGO: USO E OCUPAAO DO SOLO:
Art. 24. Na Zona Comercial 5, o lote e a edificao devero obedecer s
seguintes normas:
VI em lotes voltados para rodovias oficiais o recuo do alinhamento ser
de 15m (quinze metros) no mnimo a contar da faixa de domnio;
Art. 90. Ao longo de rodovias oficiais, os lotes resultantes de parcelamento
do solo para fins urbanos que tenham aprovao anterior Lei Federal n 6.766/79,
com frente para via local (marginal), o recuo de frente ser de 5m (cinco metros),
entretanto nos parcelamentos aprovados aps a publicao da referida lei o recuo
de frente ser de 15m (quinze metros).
SOLUO: Obedecer ao recuo conforme solicitado na legislao (figura 42),
guardando seu direito de manter sua edificao em caso de desapropriao por
alargamento da via.
Figura 42 Faixa inedificvel em lotes frente a rodovias.
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
120
3.3.30.
Servido de Passagem
A Lei N 8.472, de 23 de julho de 2001 institui que o proprietrio de imvel
lindeiro de cota altimtrica inferior a permitir a passagem das tubulaes do ramal de
ligao de esgoto captado de edificao construda em imvel lindeiro de cota
altimtrica superior.
3.3.31.
Topografia
ERRO: PNT (Ausncia ou incompatibilidade do perfil natural do terreno ou de suas
curvas topogrficas)
ARTIGO: CDIGO DE OBRAS:
Art. 27. O requerente apresentar o projeto para aprovao composto e
acompanhado de:
6 - perfil longitudinal da data, tomando-se como referncia de nvel (R.N) o
nvel do eixo do terreno em relao calada;
2 - demarcao planialtimtrica da data na quadra a que pertence;
SOLUO: Representar na planta de locao as curvas de nveis compatveis com
as encontradas na planta de loteamento e representar nos cortes o perfil natural do
terreno compatvel com as curvas de nveis (figura 43).
Figura 43 Perfil natural do terreno em corte e curvas de nveis em planta.
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
121
4. CAPTULO IV - MTODO DA PESQUISA
O mtodo da pesquisa adotado para o desenvolvimento deste trabalho o
estudo de caso da condio estabelecida na cidade de Londrina - PR,
especificamente no contexto dos projetos de edifcios submetidos aprovao na
prefeitura desta cidade, no setor DAP, por meio de pesquisa exploratria e
qualitativa.
O mtodo foi selecionado por tratar de um fenmeno contemporneo
(aprovao de projetos em Londrina - PR), com o principal intuito de responder a
questo de que proporo cada erro contribui para a reprovao de projetos. O
fenmeno estudado a grande parcela de projetos com erros bsicos. Os processos
que em conjunto foram tomados como objeto, foram observados e catalogados,
gerando um grande volume de dados documentados.
De acordo com Yin (2001), o estudo de caso representa uma maneira de se
investigar um tpico emprico seguindo-se de um conjunto de procedimentos prespecificados. Ainda afirma que uma estratgia de pesquisa ideal para situaes
de pesquisa em administrao pblica, que o caso.
Para Schramm (1971) apud Yin (2001):
A essncia de um estudo de caso, a principal tendncia em todos os tipos
de estudo de caso, que ela tenta esclarecer uma deciso ou um conjunto
de decises: o motivo pelo qual foram tomadas, como foram implementadas
e com quais resultados.
Com a coleta de dados realizada durante o perodo compreendido entre
26/03/2012 a 28/03/2014, identificaram-se os principais problemas de projetos, bem
como suas peculiaridades, constituindo uma matriz de dados de 530 amostras, com
as colunas:
N de processo (ttulo e localizao);
Requerente;
Data de emisso e repasse;
Data de despacho;
Observaes/correes.
De maneira a sanar os principais problemas de projeto, buscou-se na
legislao e normatizao vigente uma compilao de prescries referentes a cada
assunto, tornando a informao geralmente fragmentada mais acessvel. O
diagrama 3 ilustra graficamente o mtodo da pesquisa utilizado.
122
IDENTIFICAO DO
PROBLEMA (EXCESSO
DE REPROVAES)
IDENTIFICAO DE
SOLUES
(LITERATURA/LEGISLA
O)
OBSERVAO
PARTICIPATIVA
(CORREES DE
PROJETOS)
COLETA DE DADOS
(COMPOSIO DA
AMOSTRAGEM)
APRIMORAMENTO
NA COLETA
COMPILAO DE
SOLUES
ANLISE DOS
DADOS
LEVANTAMENTOS
DIVERSIFICADOS
(PRODUO DE
GRFICOS E TABELAS)
IDENTIFICAO DOS
PROBLEMAS DE
PROJETO (PRINCIPAIS
CAUSAS)
APLICAO DO
CONHECIMENTO
TCNICO
PRODUO DASDIRETRIZES PARA APROVAO
DE PROJETOS
RESULTADO ESPERADO:
MELHORIA NA ELABORAO DE PROJETOS (CONCEPO
DIRECIONADA)
Diagrama 3 Mtodo de pesquisa utilizado.
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
123
A principal caracterstica da coleta foi a observao participativa, pois
durante cada anlise individual dos processos, foram orientadas as solues para os
erros encontrados, fazendo-se referncia s normas, croquis explicativos nas
pranchas ou at mesmo anexando-se cpias de documentos onde o profissional
pudesse buscar a soluo para seu problema.
Como alternativa sugerida pela profissional docente do curso de engenharia
da Unifil Fernanda Taline da Silva Stori, graduada em licenciatura plena em
Matemtica e Mestre em Matemtica, o clculo do tamanho da amostra foi operado
por meio da equao 7, proposta por Marangoni (2014), onde a populao de
processos foi de 530, admitindo erro mximo de 5%, com nvel de confiana de 90%
e heterogeneidade de 50% encontrou-se o nmero de 180, entretanto utilizou-se 185
(valor superior ao mnimo recomendado).
n=
N .Z . p (1 p )
( N 1).e + Z . p.(1 p )
Equao 7 Nmero de amostra.
Fonte: Marangoni (2014).
Onde:
n = tamanho da amostra que queremos calcular
N = tamanho do universo
Z = o desvio do valor mdio que aceitar a alcanar o nvel de confiana
desejado. Dependendo do nvel de confiana que se procura, utiliza-se um
determinado valor que determinado pela forma que tem a distribuio de Gauss.
Os valores mais comuns so:
Nvel de confiana de 90% -> Z = 1,645
Nvel de confiana de 95% -> Z = 1,96
Nvel de confiana de 99% -> Z = 2,575
e = A margem mxima de erro admito (por exemplo, 5%)
p =heterogeneidade
A anlise da populao total de processos se deu por amostragem
sistemtica, onde h um critrio padro estabelecido para a seleo de membros
que iro compor o objeto de estudo, neste caso aproximadamente 1 a cada 5
124
elementos da matriz de dados foi selecionado, caracterizando-a como amostra no
probabilstica, ilustrado em escala aproximada pela figura 44, onde se pode observar
a populao inteira, e as amostras selecionadas em cor cinza. Selecionaram-se
completamente os 100 ltimos processos devido a sua maior qualidade durante a
coleta.
Figura 44 Plano ilustrativo de amostras coletadas em funo de toda a populao.
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
125
5. CAPTULO V - RESULTADOS E DISCUSSO
5.1. Levantamento e Anlise dos Principais Erros dos Projetos
Por meio do grfico 2, com valores referentes amostra de 185 processos
em relao a populao de 530 processos, com erro admissvel mximo de 5%,
pode-se observar que os 5 principais erros mais cometidos pelos projetistas so
referentes a:
PNT (67,03%): perfil natural do terreno, ou relacionado a curvas de
nveis topogrficas, com 124 ocorrncias;
ESG (39,46%): esgotamento sanitrio, seja rede pblica de esgoto ou
fossa sptica e sumidouro, relacionado ausncia de indicao,
problemas de locao ou recuos requeridos.
AC (38,92%): rea construda, ou erros referentes representao de
reas existentes com habite-se.
CG (38,84%): caixa de gordura, referente sua ausncia no projeto.
PT (37,84%): piso ttil, referente ausncia ou inconformidade da
instalao do piso ttil na calada do lote.
A anlise completa dos dados tabelados pode ser observada na tabela 1.
Tabela 1 Especificaes dos erros analisados e suas respectivas ocorrncias (%).
CDIGO ESPECIFICAO DO ERRO
OCORRNCIA
AC
rea Construda, ou reas existentes.
38,92%
AL
rea do lote
17,30%
ALIN
Alinhamento predial: barreira fsica ou abertura,
11,35%
AMB
Falta de indicao dos nomes dos ambientes
3,24%
AP
rea permevel
20,00%
ARR
Necessidade de muro de arrimo
6,49%
ART
Ausncia de ART ou RRT, ou problemas referentes ao
11,35%
nmero de registro dos profissionais (CREA ou CAU)
ASS
Nmero de assinaturas insuficiente: campos destinados a
5,41%
assinatura dos profissionais ou proprietrios protocolados
sem assinatura
AZ
Falta de indicao dos revestimentos em reas molhadas
como banheiros, cozinhas ou reas de servio.
20,54%
BOMB
Ausncia do projeto aprovado previamente no corpo de
Bombeiros
Rasuras ou emendas no carimbo: alterao posterior da
plotagem, ou carimbo com dimenses inadequadas.
Ausncia da caixa de gordura no projeto.
22,16%
CAR
CG
10,81%
37,84%
[Continua]
126
[Continuao]
CIST
Ausncia ou problemas de posicionamento da cisterna no
projeto.
13,51%
COB
Cobertura com problemas na representao grfica ou
ausncia de elementos.
20,00%
COTA
Ausncia de cotas indicando as dimenses de elementos
grficos.
18,92%
DIM
Dimenses dos ambientes incompatveis com a legislao
do municpio.
8,65%
DIV
Indicao das divisas inexistente ou problemas referentes a
altura mxima permitida para construo.
23,78%
ESC
Problemas referentes a dimenses de escada, piso,
espelho, corrimos, patamares, larguras ou altura de vo.
Problemas referente ao esgotamento sanitrio seja com
rede pblica de esgoto ou fossa sptica com sumidouro.
25,41%
ESTAC
Itens referentes ao dimensionamento de vagas de
estacionamento, seja pelo nmero insuficiente ou
dimenses inadequadas
28,11%
FP
ILVE
Faixa permevel na calada conforme padro de Londrina
Deficincia no fornecimento de iluminao e ventilao
naturais a um ou mais compartimentos da edificao.
Problemas referentes a inclinaes na calada, rampas ou
telhado.
Incompatibilidade ou ausncia do nmero da inscrio
imobiliria do lote.
Ausncia ou incompatibilidade dos nveis altimtricos dos
ambientes.
Apresentar projeto completo para anlise.
Dimenso incompatvel para p-direito.
Apresentar Plano de Gerenciamento de Resduos da
construo civil.
Poo de luz fora dos padres.
Ausncia ou dimenses inadequadas dos banheiros para
portadores de necessidades especiais.
36,76%
14,05%
Ausncia ou incompatibilidade do perfil natural do terreno
ou de suas curvas topogrficas
Ausncia ou incompatibilidade da faixa de piso ttil na
calada.
Ausncia ou incompatibilidade do quadro de esquadrias.
Recuos insuficientes, sendo eles: frontais, laterais ou de
fundo.
Rebaixo de guia fora dos padres, sendo o para acesso de
veculos ou nas esquinas para portadores de necessidades
especiais.
67,03%
Recuo frontal compatvel com rodovias.
Situao incompatvel com a planta de loteamentos.
0,54%
16,76%
ESG
INC
IPTU
NIVEL
PCPA
PD
PGRCC
PL
PNE
PNT
PT
QE
REC
RG
ROD
SIT
39,46%
14,59%
11,89%
8,65%
0,54%
4,86%
3,78%
1,08%
14,05%
37,84%
6,49%
6,49%
12,97%
[Continua]
127
[Continuao]
SL
Ausncia da planta de subdiviso ou anexao dos lotes
envolvidos.
10,81%
TOCA
Equvoco no clculo dos coeficientes de aproveitamento e
taxa de ocupao do terreno.
11,35%
VIAS
ZC
ZON
Nmero de vias insuficientes.
rea mxima destinada ao comrcio extrapolada.
Zoneamento incorreto.
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
6,49%
0,54%
4,32%
Grfico 2 Incidncia de erros.
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
O elevado percentual de incidncia de erros referentes topografia do
terreno (PNT - 67,03% da tabela 1) indica que h uma carncia de consulta do
d
projeto de loteamento em que o lote se situa. A representao topogrfica do terreno
no projeto tem por finalidade a identificao da necessidade ou no de muros de
arrimo, alm de definir a base da altura
altura mxima permitida para construo na divisa
ao longo do lote.
5.1.1.
Medidas de Disperso da Amostra
Por meio da anlise realizada sobre a amostragem referente ao presente
trabalho, encontrou-se
se um nmero mdio de 6,25 erros por projeto analisado. O
expressivo nmero de erros mdios por projeto contrasta com o baixo nmero de
projetos que no apresentam erro algum representando apenas 4,86% (9 de 185
processos selecionados)).
128
Grfico 3 Disperso de erros da amostra.
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
Por meio do grfico 3 de disperso, pode-se
se observar que a linha de
tendncia se inclina positivamente, indicando que nos ltimos processos encontrouencontrou
se maior nmero de erros. Este fato se deu pelo aprimoramento progressivo na
qualidade da coleta dos dados. Neste grfico ainda possvel observar na ordenada
0 (zero), os 9 projetos sem erros.
De acordo com Vieira (1999), a varincia a soma dos quadrados dos
desvios de cada observao em relao mdia X, dividida por n-1.
n
Em suma,
indica o quo distante os valores esto da mdia.
m
Por meio da equao 8 pode-se
encontrar a varincia da amostra equivalente a 15,8.
s =
( x x)
n 1
Equao 8 Varincia da amostra.
Fonte: Vieira (1999).
Onde:
S=varincia
129
X=valor individual
x =mdia da amostra
n= tamanho da amostra
O desvio padro, de acordo com Vieira (1999), a raiz quadrada da
varincia (equao 9). A amostra indica um valor de desvio padro de 3,97.
s=
( x x)
n 1
Equao 9 Desvio padro da amostra
Fonte: Vieira (1999).
Onde:
S=desvio padro
X=valor individual
x =mdia da amostra
n= tamanho da amostra
5.1.2.
Quantitativo de Alvars e Habite-ses
A condio de regularidade das edificaes se d pelo fato de estarem de
acordo com as solicitaes legais exigidas pelos rgos pblicos competentes. A
aprovao de projetos na Prefeitura Municipal de Londrina - PR tem sua concepo
desenvolvida por profissionais habilitados, que alm de elaborarem os projetos e se
responsabilizarem por eles, tm a obrigao de preservar a edificao em condio
regular.
Aps o tramite de aprovao do projeto de uma edificao, a obra est
autorizada a ser executada pelo alvar emitido pelo departamento de aprovao de
projetos (DAP) da secretaria de obras, que em caminhos convencionais deve ser
concludo aps sua execuo, pelo certificado de vistoria de concluso de obra
(CVCO) ou conhecido popularmente por Habite-se.
Por definio da Lei 11381/2011, o Habite-se um documento expedido
pelo Municpio, atestando a verificao da regularidade da obra, quando da sua
concluso, que autoriza a ocupao ou uso de uma edificao.
130
Um dos principais problemas quanto regularidade das obras na cidade de
Londrina/PR que uma parcela significante dos processos obtm o alvar para
execuo da edificao e no concluem o processo at a etapa final que o Habitese, oferecendo riscos aos usurios e s edificaes vizinhas.
Com o objetivo de quantificar o percentual de edificaes que aps
executadas continuam sem habite-se, pesquisou-se o nmero de alvars e habiteses emitidos em cada ano.
Considerando-se que a etapa de emisso do alvar de uma edificao para
sua execuo preliminar a etapa de emisso do habite-se, comumente h
processos que aps a execuo da obra, muitos proprietrios optam por utilizar
irregularmente a edificao, sem habite-se. Com a coleta de dados realizada ( tabela
2 e grfico 4), pode-se observar que o nmero de habite-ses via de regra menor
que a emisso de alvars entre os anos de 2004 a 2013. Durante este perodo em
mdia 23,84% dos processos onde h a execuo das obras mas no concluem o
processo com a emisso do habite-se.
Tabela 2 Quantitativos de alvars e habite-ses ao longo dos anos.
ANO
ALVAR HABITEDIFERENA
SE
QUANTIDADE PERCENTUAL
2004
2622
1950
672
25,63%
2005
2477
1506
971
39,20%
2006
1873
1637
236
12,60%
2007
3134
1965
1169
37,30%
2008
3046
2321
725
23,80%
2009
3177
2301
876
27,57%
2010
4229
2974
1255
29,68%
2011
4289
3439
850
19,82%
2012
3644
3299
345
9,47%
2013
3940
3415
525
13,32%
Fonte: Arquivo pessoal(2014).
131
5000
Q
U
A
N
T
I
D
A
D
E
4500
4000
3500
3000
2500
ALVAR
2000
HABITE-SE
1500
1000
500
0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
ANO
Grfico 4 Quantitativos de alvars e habite-ses ao longo dos anos.
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
H uma gama de motivos para o nmero crescente de edificaes
concludas sem o certificado de vistoria de concluso de obra, como a falta de
recursos para custeio do imposto sobre servios (ISS) ou obras com execuo lenta
e prolongada, entretanto a parcela preocupante destes nmeros referente s
edificaes que passam a ser utilizadas e/ou habitadas sem a vistoria dos fiscais
para autorizao.
A preocupao se d pelo fato do risco da obra ter sido executada em
desacordo com o projeto aprovado. De acordo com o cdigo de obras, o habite-se
tem como principais funes a garantia de: segurana aos usurios, que as
instalaes previstas em projeto funcionem adequadamente, conforto trmico
acstico, luminoso e qualidade do ar, compatibilidade da edificao com as normas,
compatibilidade com as exigncias do Corpo de Bombeiros, e soluo para
esgotamento sanitrio.
5.1.3.
Detalhamento do nmero de aprovaes ao longo do tempo.
Por meio do grfico 5 e tabela 3 pode-se observar a curva de crescimento do
nmero de aprovaes na cidade de Londrina - PR comparando-se com o mesmo
quesito de Florianpolis-SC ao longo do perodo compreendido entre 2004 e 2012,
pelo fato de apresentarem porte populacional anlogo, (dados de Florianpolis-SC
coletados do site oficial do SINDUSCON regional).
132
Ao se comparar a quantidade das aprovaes de projeto de duas cidades de
porte semelhante, pode-se caracterizar o padro evolutivo das mesmas, onde uma
serve de parmetro da outra para comparaes e posterior anlise.
A disponibilidade das informaes referentes ao volume de processos nas
prefeituras, ao serem disponibilizados em meio tecnolgico promovem maior
transparncia quanto s atividades do poder pblico, fornecendo margem para
estudos tcnico-cientficos entre outros.
QUANTIDADE
EVOLUO DAS APROVAES
4500
4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
FLORIANPOLIS
LONDRINA
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
ANO
Grfico 5 Evoluo da quantidade ao longo dos anos em Londrina - PR e Florianpolis/SC.
SC.
Fonte: DAP e Sinduscon Seconci (2014).
Tabela 3 Quantitativos de alvars expedidos ao longo dos anos.
ANO
FLORIANPOLIS LONDRINA
2004
1305
2622
2005
936
2477
2006
781
1873
2007
800
3134
2008
910
3046
2009
882
3177
2010
878
4166
2011
1197
4275
2012
870
3623
Fonte: DAP e Sinduscon Seconci (2014).
No grfico 5, observa-se que houve um crescimento acentuado entre os
perodos de 2006 e uma reduo em 2012, que pode ser associada com a bolha
imobiliria que vem tangenciando o mercado de imveis nos ltimos anos. A bolha
133
imobiliria consiste na produo de unidades acima da demanda imposta pela
sociedade, ou seja, a oferta maior que a procura. O mercado da construo civil
intrinsecamente associado ao mercado consumidor, sendo que seu interesse pela
compra de imveis dita a produo deste setor.
Os valores encontrados na tabela 3, e ilustrados no grfico 5 mostram que
os traados de ambas as cidades (Londrina e Florianpolis) so semelhantes,
indicando que fatores em mbito nacional atuam simultaneamente sobre o mercado
consumidor da construo civil, como por exemplo a economia e/ou poltica.
Cada ano possui um padro de aprovaes, sendo que durante o decorrer
acontece um numero maior ou menor de aprovaes devido a diversos motivos. O
grfico 6 mostra que no houve uma correlao ou padro comum aos anos do
estudo, pelo contrrio, o contexto cronolgico que cada perodo se desenvolve traz
diferentes impactos na construo civil de Londrina - PR.
500
450
2004
350
2005
QUANTIDADE
400
2006
300
2007
250
2008
200
2009
150
2010
100
2011
50
2012
00
JAN
FEV
MAR ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT NOV
DEZ
MS
Grfico 6 Padro das quantidades de aprovaes ao longo dos meses.
Fonte: Arquivo pessoal (2014).
5.2. Proposta de Checklist
O checklist aqui proposto est no apndice II, est disponvel na ntegra no
site Oficial da PML, cuja participao do autor contribuiu inicialmente para seu
desenvolvimento e pode ser utilizado durante o processo de concepo do projeto
de uma edifcio. O checklist atualizado pelo poder pblico com determinada
frequncia.
134
6. CAPTULO VI - CONCLUSO
A matriz de dados coletada aps sua anlise indicou que os erros mais
presentes nos projetos so referentes falta de consulta dos autores de projetos
aos rgos pblicos quanto s informaes referentes ao lote, principalmente quanto
a sua topografia (TOPO), esgotamento sanitrio (ESG) e representao das reas
(AC).
Na reviso bibliogrfica, houve a busca pela contextualizao do leitor
quanto aos fenmenos relacionados aprovao de projetos e suas vertentes.
A orientao aos projetistas foram dadas ao longo do trabalho, em diversos
momentos, onde o leitor conhece o funcionamento do rgo fiscalizador com
orientaes de procedimentos que garantem a ele maior facilidade para a atividade
de projeto e aprovao de projetos.
O grande nmero de informaes abordadas pela diversidade de leis
referentes s aprovaes de projetos requer ateno do profissional habilitado a
realizar o desenvolvimento do projeto e tramitao de documentos. Cabe ao
engenheiro civil ou arquiteto responsvel pelo gerenciamento de projetos proceder
ativamente exercendo sua profisso conforme seus deveres e cobrando seus
direitos.
No desenvolvimento do trabalho foram citadas diversas normas e leis, cuja
principal diferena entre elas quanto obrigatoriedade que as leis possuem
carter coercitivo e devem ser fundamentalmente seguidas, j as normas tm
carter prescritivo, onde suas orientaes podem ser tomadas legalmente como
referncia em algum processo legal, entretanto cabe a deciso ao profissional
quanto ao seu cumprimento. H alguns itens que a PML toma como obrigatrio nos
projetos referenciados principalmente nas normas NBR 9077 e NBR 9050.
A dificuldade encontrada na busca de material para reviso bibliogrfica se
deu pelo fato do trabalho apresentar carter indito, onde a fonte principal utilizada
baseada em legislao e normas tcnicas. A literatura encontrada para composio
da reviso bibliogrfica em sua maior parte traz a base terica (livros, trabalhos
cientficos, mestrados, doutorados) ao trabalho, sendo que em seu desenvolvimento
predomina o cunho tcnico (normas, leis, cdigos, resolues). Os nveis qualitativos
dos projetos foram divididos em 3 grandes grupos onde so classificados quanto ao
que representado nos projetos, em baixa, mdia e alta qualidade. A classificao
135
dos projetos tem por finalidade a identificao do nvel dos projetistas e estimul-los
a buscar melhorias em seus projetos.
No desenvolvimento do trabalho, o item Itens Tcnicos (que agrupa os
temas dos artigos das leis em vigor) soluciona de forma detalhada os principais
erros levantados pela amostragem realizada. As respostas para cada pergunta
foram expostas de maneira didtica por meio de referncias e ilustraes.
A caracterizao das edificaes permite ao projetista prever suas principais
necessidades, ou seja, a concepo direcionada traz uma maior facilidade ao leitor
em incluir os itens solicitados pela PML.
A execuo de obras onde o responsvel tcnico um indivduo distinto do
autor do projeto requer estrita comunicao entre estes profissionais, pois o autor do
projeto tem o direito de rejeitar o projeto caso seja executado em desacordo com o
que concebeu, registrando seu protesto de maneira pblica em um tabelionato.
A volatilidade da legislao que por meio de erratas, emendas, minutas ou
at mesmo criao de novas leis indica a possibilidade de mudana de itens
fundamentais para o desenvolvimento dos projetos, portanto, manter-se atualizado
quanto ao assunto fundamental para uma dinmica mais precisa na relao
profissional-prefeitura.
O percentual da diferena entre obras que tem seus projetos aprovados e
no possuem habite-se (em mdia 23,84%) tem sua presena constante ao longo
dos anos, como pode ser observado nos resultados deste trabalho. Esta parcela de
obras que permanecem irregulares somadas s edificaes que nem projetos
aprovados possuem encontra-se em risco, pois a mudana de lei pode inviabilizar r
a aprovao da edificao por apresentar itens diferentes do perodo de execuo
da obra. Aprovar o projeto de uma obra j executada mais trabalhoso e implica em
uma srie de agravantes que j comeam na taxa diferenciada para dar entrada no
processo.
O processo interno da estrutura do setor integrado de alvars e habite-ses
poderia ser melhorado pelo poder pblico, que teria como resultado um maior
faturamento no arrecadamento de impostos pelo maior nmero de interessados em
manter suas obras regulares e com o maior nmero de obras regulares a cidade
apresentaria uma maior qualidade de vida, pelo fato de que a sociedade tenderia a
estar mais segura sob edificaes dentro da legislao.
136
Fica aqui como sugesto, o fornecimento de um roteiro ou manual detalhado
para disponibilizao populao que divulgue de forma mais eficiente as
informaes principais solicitadas por ela, tornando a aprovao de projetos mais
rpida e dinmica.
Por se tratar de uma estrutura orgnica e hierrquica, a PML possui rgos
(secretarias) e pastas menores (diretorias), as quais se complementam e permitem a
tramitao e fluxo interno de processos, entretanto ainda h algumas discrepncias
e ciclos viciosos que poderiam ser evitados por meio de uma anlise minuciosa do
sistema atuante e por sua vez a flexibilizao das secretarias para intervenes.
Apesar dos dois departamentos estarem prximos fisicamente, a secretaria da
fazenda e a de obras ainda possuem etapas de processos que ainda se encontram
dissonantes. O feedback e a retroalimentao com dados referentes ao
desempenho dos processos entre as secretarias citadas poderiam ser uma
alternativa para afinao dos itens que ainda se encontram em desarmonia.
Com o objetivo de primar pela transparncia, um aspecto a ser cogitado a
maior proximidade entre a secretaria de obras e o Clube de Engenharia e
Arquitetura de Londrina (CEAL), onde haveria maior nmero de aes integradas
como palestras, encartes, folhetos entre outras medidas de promoo da
regularidade das obras. Com os laos mais estreitos, o CEAL, que o rgo
referente aos profissionais, traria uma maior proximidade de contato com o rgo
executivo, a PML.
A atualizao constante de um canal de informaes referente s
atualizaes da legislao traria condies igualitria aos profissionais que esto em
contato frequente com a PML e os profissionais ocasionais (que aprovam projetos
com menor frequncia). Esta atualizao alm de alertar os profissionais sobre
alteraes, padronizaria e documentaria o que solicitado de fato pelos servidores
pblicos que executam e solicitam as leis nos projetos.
O checklist apresentado como padro tem o potencial de contribuir com os
projetistas, potencializando e otimizando o tempo de consulta legislao em vigor,
pois condensa os principais e mais relevantes itens referentes ao tema de forma
sucinta.
A PML ainda no possui nenhuma ferramenta online para a consulta das
informaes referentes quantitativo de alvars e habite-ses, sendo que para obter
estas informaes o contribuinte tem que protocolar um pedido e ser retornado pelo
137
rgo. Florianpolis/SC j possui esta ferramenta online e por meio dela obtiveramse alguns nmeros citados neste trabalho. A insero desta ferramenta tecnolgica
viabilizaria o estudo referente a expanso da cidade de Londrina - PR para diversos
cursos interessados como: engenharia civil, geografia e arquitetura.
6.1. Sugesto de continuidade do trabalho
A construo do conhecimento se d pelo processo contnuo de pesquisa
desenvolvido pela comunidade cientfica, onde o meio em que determinado trabalho
se situa oferece condies para sua posterior continuidade por outro autor. Ficam
aqui como sugesto de continuidade deste trabalho os itens:
Elaborao de diretrizes de projetos para aprovao nas prefeituras de
diferentes municpios, fornecendo condies para quem tem menos contato com
esta rea da engenharia civil tambm aprovar projetos com maior facilidade.
Elaborao de diretrizes para elaborao e aprovao de projetos para
outros rgos, como por exemplo, o de preveno de incndio aprovado pelo corpo
de bombeiros.
Proposta de diretrizes para o procedimento de aprovao de projetos
em condomnios e loteamentos fechados, pelo fato dos condomnios e loteamentos
fechados atualmente apresentarem procedimento tcnico interno de aprovao de
projetos
Desenvolver diretrizes para a aprovao de projetos junto ao corpo
tcnico de aceite de programas como Minha Casa, Minha Vida. No contexto atual da
aquisio de imveis, os financiamentos vm ganhando cada vez mais espao na
viabilidade de sua compra e venda.
138
7. CAPTULO VII - REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 6492: Representao de
projetos de arquitetura. Rio de Janeiro. 1994.
______. NBR 9050: Acessibilidade a edificaes, mobilirio, espaos e equipamentos
urbanos. Rio de Janeiro. 2004.
______. NBR 9077: Sadas de Emergncia em Edifcios. Rio de Janeiro.2001.
______. NBR 10126: Cotagem em desenho tcnico. Rio de Janeiro. 1987.
BRASIL. Cdigo civil, 2002. Cdigo civil. 53.ed. So Paulo: Saraiva; 2002.
BRASIL. DECRETO N 5.296, de 2 de dezembro de 2004.
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DIREITOS HUMANOS. Programa de Ao Mundial para as Pessoas Deficientes. .
Disponvel em: < http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/onu/deficiente/progam.htm >.
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FABRCIO, Mrcio Minto. Projeto simultneo na construo de edifcios. 2002. 350 f.
Tese (Doutorado em Engenharia) - Escola Politcnicada Universidade de So Paulo.
FARIA, Claude Pasteur de Andrade. Comentrios lei 5.194/66 Regula o exerccio
das profisses de engenheiro e engenheiro agrnomo. Claude Pasteur de Andrade
Faria. 2 Ed. Ver.,ampl., at. Florianpolis: Insular. 2012. 352 p.
FRAZO, Marcelo. Prefeitura volta atrs e considera prdio da Havan regular. Jornal de
Londrina. Geral Tema do dia. Pg4. 08/05/2014.
GAVA, Ronaldo. Dicas legais para quem projeta e constri. Curitiba. Ed. Da UFPR,
2002. 178p.
GOUNET, T. Fordismo e toyotismo na civilizao de automvel. So Paulo:
Boitempo, 1999.
LAZAGNA, A. Lenin, as foras produtivas e o Taylorismo. Dissertao (Mestrado)
- Departamento de Sociologia do Instituto de Filosofia e Cincia Humana da
Universidade Estadual de Campinas, Campinas/SP, 2002.
139
LONDRINA. Lei n 7.485 de 20 de julho de 1998 Uso e ocupao do solo.
______. Lei n 11.381 de novembro de 2011 Cdigo de Obras de Londrina.
______. CONSEMA (Conselho Municipal do Meio Ambiente) Resoluo n18, 31 de
agosto de 2009.
LOPES, Paulo Adeildo. Condomnios horizontais e loteamentos fechados: uma
metodologia de avaliao de desempenho de ambientes coletivos a partir do
caso de Londrina PR So Paulo, 2009.
MARX, K. O capital: crtica da economia poltica. 10. ed. So Paulo: Difel, Livro 1, v.
1, 1985.
MELHADO, Silvio Burratino. Coordenao de projetos de edificaes So Paulo
: O Nome da Rosa, 2005.
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<http://www.netquest.com/br/panel/index.html#calculadora_muestras>. Acesso em:
04/05/2014.
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(Guia PMBOK). Project Management Institute, Inc. 2004. 405 P.
PUSCH, Jaime. Programa de excelncia: projetos, execuo e manuteno.
Folheto. CREA-PR. Curitiba. 2010.
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ROSOLM, Nathlia Prado. Visualizao cartogrfica da expanso da cidade de
Londrina por meio de coleo de mapas digitais. Dissertao de Mestrado em
Geografia UEL. Londrina, 2011.
SENNETT, Richard. A corroso do carter: as conseqncias pessoais do
trabalho no novo capitalismo. 3 tiragem. Rio de Janeiro: Record, 1999.
SCHRAMM, W. Notes on cases studies of instructional media projects. Working
paper, the Academy for Educational Development, Washington, DC. 1971.
140
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Arquitetura e Urbanismo. Artigo cientfico. Centro Universitrio Filadlfia. Londrina,
2013. 10 p.
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Disponvel
em:
<
http://www.uel.br/revistas/atlasambiental/NATURAL/Hipsometrico.jpg >. Acesso em:
15/08/2014.
VIEIRA, Sonia. Princpios de estatstica. So Paulo: Pioneira, 1999.
WIRTH, L. O urbanismo como modo de vida. In: VELHO, G. (Org.). O fenmeno
urbano. Rio de Janeiro: Zahar 1987.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e mtodos. 2.ed. Porto Alegre:
Bookman, 2001.
141
8. CAPTULO VIII GLOSSRIO
AS BUILT
Projeto representativo
que descreve
exatamente o
que foi
construdo, com a traduo livre: como construdo.
GIRAU
Piso intermedirio, contido em um compartimento, com no mximo
50% (cinquenta por cento) da rea do piso trreo. estrutura
independente construda de materiais de fcil remoo com
ocupao limitados a 30,00m (trinta metros quadrados) e que no
ser computada como rea construda.
LINDEIRO
Confrontante; adjacente.
LOGGIA
Elemento arquitetnico aberto inteiramente ou em um dos lados como uma galeria ou prtico - coberto e, normalmente, sustentado
por colunas e arcos.
142
9. CAPTULO IX APNDICES
9.1. APNDICE I Proposta de estacionamentos para lotes mais comuns.
143
9.2. APNDICE II Check list para desenvolvimento de edificaes.
PARMETROS GERAIS (TODAS AS EDIFICAES)
1
2
3
Abrigo no recuo - permisses (Art. 87 da Lei 7485/1998)
Adutora SANEPAR quando localizadas em terrenos particulares
Altura mxima da edificao, limites pr-estabelecidos (Arts. 16 a 29 da Lei 7485/1998)
Apresentao da ART de muro de arrimo/estruturas acima de 1,80m de altura (Arts. 26,
inciso II e Art. 104, 3 da Lei 11.381/2011)
rea permevel mn. de 20% (Art. 92 da Lei 7485/1998)
rea de lazer (Art. 102 da Lei 11.381/2011 e Art. 56 da Lei 7485/1998)
Barreira fsica no alinhamento predial (Art. 51 da Lei 11.024/2010)
Beirais (Art. 66, inciso II e Art. 7, inciso XXI da Lei 11.381/2011)
Carimbo - dados de localizao e informaes relevantes emisso do Alvar
10
Cisterna - obrigatoriedade e dimensionamento (Art. 92 da Lei 11.471/2012 - Cdigo
Ambiental e art. 9 da Resoluo 18 do CONSEMMA respect.)
11
Coeficiente de aproveitamento e Taxa de ocupao (Lei 7485/1998):
|Definio Art. 5, incisos V e XXVI respectivamente
|Limites pr-estabelecidos Arts. 13 a 29
12
Curvas de nvel na implantao do lote (Art. 50, nico da Lei 11.381/2011)
13
Edificaes de preservao histrica
14
Esgotamento sanitrio e Locao da caixa de gordura (Art. 27-V-8 da Lei 11.381/2011 Cdigo de Obras)
15
Faixa de alargamento de vias (Art. 8 da Lei 7486/1998)
16
Faixa permevel no passeio (Art. 106 da Lei 11.381/2011)
17
Fossa sptica, quando existir, aprovada pela SEMA
Lei 11.471/12 - Cdigo Ambiental)
(Art. 212 da
18
Fundo de Vale - limitao altura e n pav. (Art. 86 da Lei 7485/1998)
levantamento topogrfico.
Apresentar
19
Legenda e conveno p/ apresentao de proj. reformas (Art. 28 da Lei 11.381/2011)
20
Locar postes, rvores, bocas de lobo e demais obstculos existentes no passeio (Art. 27 da
Lei 11.381/2011 - Cdigo de Obras)
21
Mezanino - dimensionamento (Art. 7, inciso LVII da Lei 11.381/2011 )
22
P direito mnimo (Art. 161 e Anexos I, II e III da Lei 11.381/2011 )
23
Perfil natural longitudinal e transversal da data (Art. 27 da Lei 11.381/2011 - Cdigo de
Obras)
24
Piso ttil no passeio (Arts. 109 e 110 da Lei 11.381/2011 )
25
Rampa para cadeirantes em lotes de esquina (Art. 111 da Lei 11.381/2011)
26
Rampa para pedestres/veculos (Art. 70 da Lei 11.381/2011)
27
Recuos frontais obrigatrios - excees (Arts. 62, 71, 72 e 90 da Lei 7485/1998)
28
Rebaixo de guia (Art. 108 da Lei 11.381/2011 e Art. 82 da Lei 7.485/1998)
29
Reservatrio de captao/deteno guas pluviais lotes com rea 2.000m2 com aval da
Diretoria de Loteamentos (Art. 118 da Lei 11.381/2011)
30
Sacadas junto divisa com parede-cega (Art. 1.301 do Cdigo Civil Brasileiro)
31
Sacadas no recuo (Art. 79 da Lei 11.381/2011)
32
Termo de Responsabilidade assinado para processos Agiliza Obras
4 da Lei 11.849/2013)
33
Zona Aeroporturia (Portaria 538/gm5 de 07/08/1989 e Lei 10.412/2007)
34
|Nota de cincia no projeto arquitetnico: "O PROJETO ACSTICO PARTE INTEGRANTE
( nico, art.
[Continua]
144
DESTE PROJETO."
35
|Nota de cincia no projeto acstico: "O TRATAMENTO ACSTICO RESPEITA A REDUO DE
RUDO EM 25 A 30 db(A) CONFORME A NBR 8572."
PARMETROS GERAIS (EDIFICAES COMERCIAIS)
36
Estacionamento:
|Vaga para cadeirantes e espao adicional (NBR 9050/2004)
|Vaga para idoso (NBR 9050/2004 e Estatuto do Idoso - Lei Federal 10.741/2003)
|Vagas em n suficientes atividade (Anexo III da Lei 7485/1998)
|Vagas/raio de manobra - dimensionamento (Art. 100 da Lei 11.381/2011)
37
Sanitrio adaptado Pessoa com Deficincia - PCD (NBR 9050/2004)
38
Apresentao do Plano de Segurana Contra Incndio e Pnico - PSCIP para edificaes no
residenciais com rea 100m2 (CSCIP/PMPR)
AGNCIAS BANCRIAS
39
Apresentao do Estudo de Impacto de Vizinhana - EIV aprovado pelo IPPUL (1, art. 154
da Lei 10.637/2008 e art. 3 da Lei 7485/1998)
40
Atendimento aos dispositivos da NBR 9050/2004 (Art. 182 da Lei 11.381/2011)
POSTOS DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTVEIS
41
Apresentao do Estudo de Impacto de Vizinhana - EIV aprovado pelo IPPUL (1, art. 154
da Lei 10.637/2008 e art. 3 da Lei 7485/1998)
42
Apresentao da Licena de Instalao IAP e parecer da SEMA quanto existncia de bices
ambientais
43
Parmetros pertinentes ao art. 233 da Lei 11.468/2011 - Cdigo de Posturas
44
Atendimento Lei 11.792/2012 - Altera o 5 do artigo 233 da Lei n 11.468/2011.
45
Parmetros pertinentes - (Arts. 186 a 190 da Lei 11.381/2011 - Cdigo de Obras)
ANTENAS
46
Atendimento aos dispositivos das Leis 8462/2001 e 11.934/2009
EDIFCIOS MULTIFAMILIARES / TORRES
47
Verificao da alt. limite e indicao das cotas altimtricas - Cone de voo
48
Nota de cincia - Cone de voo
49
Verificao da altura limite permitida - Incidncia do feixe de micro-ondas ( 3 e 4 da
Portaria 002 de 12/04/2013)
50
Nota de cincia - Nos casos de incidncia do feixe de micro-ondas no lote.
51
Levantamento topogrfico - Nos casos de incidncia do feixe de micro-ondas. ( 3 e 4
da Portaria 002 de 12/04/2013)
52
Apresentao das elevaes dos muros nas divisas laterais (Arts. 16 a 29 da Lei
7485/1998)
53
Atendimento aos dispositivos da NBR 9050/2004
54
Passarelas no recuo - permisso instalao (Ofcio 25.08 CMPU de 19/08/2008)
55
Instalaes de elevadores (Seo VIII da Lei 11.381/2011)
RESTAURANTES, BARES E SIMILARES
56
Cobertura a Ttulo Precrio no recuo (Art. 57 da Lei 7485/1998 e Art. 166 da Lei
11.381/2011)
57
Parmetros pertinentes Seo II da Lei 11.381/2011
58
Atendimento aos dispositivos da NBR 9050/2004 (Art. 182 da Lei 11.381/2011)
CASAS NOTURNAS, CASAS DE SHOW E SIMILARES
[Continua]
145
59
Apresentao do Estudo de Impacto de Vizinhana - EIV aprovado pelo IPPUL (1, art.
154 da Lei 10.637/2008 e art. 3 da Lei 7485/1998)
60
Apresentao do Projeto de Isolamento Acstico (Art. 146 da Lei 11.381/2011)
ESCOLAS E ESTABELECIMENTOS DE ENSINO
61
Apresentao do Estudo de Impacto de Vizinhana - EIV aprovado pelo IPPUL (1, Art.
154 da Lei 10.637/2008 e Art. 3 da Lei 7485/1998)
62
Reserva de rea junto DGBM quando se tratar de terreno/obra pblica
63
reas de embarque e desembarque aprovadas pelo IPPUL (9, Art. 167 da Lei
11.381/2011)
64
Parmetros pertinentes Seo I (Art. 169 da Lei 11.381/2011)
65
66
Atendimento aos dispositivos da NBR 9050/2004 (Art. 182 da Lei 11.381/2011)
Passarelas - permisso instalao (Ofcio 25.08 CMPU de 19/08/2008)
HOTIS
67
Apresentao do Estudo de Impacto de Vizinhana - EIV aprovado pelo IPPUL (1, art.
154 da Lei 10.637/2008 e art. 3 da Lei 7485/1998)
68
reas de embarque e desembarque aprovadas pelo IPPUL (Art.171 da Lei 11.381/2011 Cdigo de Obras)
69
Parmetros pertinentes Seo III (Art. 171 da Lei 11.381/2011)
70
Atendimento aos dispositivos da NBR 9050/2004 (Art. 182 da Lei 11.381/2011)
HOSPITAIS
71
Apresentao do Estudo de Impacto de Vizinhana - EIV aprovado pelo IPPUL (1, Art.
154 da Lei 10.637/2008 e Art. 3 da Lei 7485/1998)
72
Permisso para instalao (Art. 39 da Lei 7485/1998)
73
74
Passarelas - permisso instalao (Ofcio 25.08 CMPU de 19/08/2008)
Atendimento aos dispositivos da NBR 9050/2004 (Art. 182 da Lei 11.381/2011)
PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA
75
Dimensionamento - Lei 10.730/2009
76
Parmetros urbansticos - Lei 10.850/2009
77
Atestado do PMCMV emitido pela COHAB (Art. 3 da Lei 10.850/2009)
TEMPLOS RELIGIOSOS
78
Apresentao do Estudo de Impacto de Vizinhana - EIV aprovado pelo IPPUL (1, art.
154 da Lei 10.637/2008 e art. 3 da Lei 7485/1998)
79
Estacionamento nos termos da Lei 10.651/2008
80
Apresentao do Projeto de Isolamento Acstico (Art. 37 da Lei 7485/1998)
81
Parmetros pertinentes Seo IV (Art. 174 da Lei 11.381/2011)
82
Passarelas no recuo (Ofcio 25.08 CMPU de 19 de agosto de 2008 )
83
Atendimento aos dispositivos da NBR 9050/2004 (Art. 182 da Lei 11.381/2011)
SUPERMERCADOS E ATACADISTAS
84
Apresentao do Estudo de Impacto de Vizinhana - EIV aprovado pelo IPPUL (1, art.
154 da Lei 10.637/2008 e art. 3 da Lei 7485/1998)
85
rea de doca e de carga e descarga aprovadas pelo IPPUL
86
Atendimento aos dispositivos da NBR 9050/2004 (Art. 182 da Lei 11.381/2011)
CEMITRIOS E CREMATRIOS
87
Apresentao do Estudo de Impacto de Vizinhana - EIV aprovado pelo IPPUL (1, art.
154 da Lei 10.637/2008 e art. 3 da Lei 7485/1998)
[Continua]
146
88
Parmetros pertinentes aos Captulos II e III da Lei 11.468/2011
89
Parmetros pertinentes ao Captulo XV da Lei 11.381/2011
90
Parmetros pertinentes ao Captulo IV da Lei 11.468/2011
91
Parmetros pertinentes ao Captulo XV da Lei 11.381/2011
92
Documentao para implantao - Art. 208 da Lei 11.381/2011
147
10. CAPTULO X ANEXOS
10.1.
ANEXO I - Modelo de organizao de projetos simultneos,
adaptado de Fabrcio (2002)
148
10.2.
ANEXO II - Carimbo de um condomnio, PML (2014).
149
10.3.
ANEXO III - Carimbo de um loteamento, PML (2014).
150
10.4.
ANEXO IV - Especificaes de encargos e responsabilidades de
um loteamento, PML (2014).
Aprovamos o Projeto Topogrfico de Parcelamento do Solo Urbano para fins
de Loteamento do Lote n 04 A da Subdiviso do Lote n 04 da Fazenda
Palhano, conforme processo n 213.864/2002 e Diretrizes expedidas pelo Instituto
de Pesquisa e Planejamento de Londrina IPPUL, aprovado em 29.04.2002, sob n
de ordem 05, cabendo ao proprietrio Loteador, na forma de Legislao aplicvel, os
seguintes encargos e responsabilidades:
I - SERVIOS DE INFRAESTRUTURA URBANA
a. Terraplenagem do leito das ruas e caladas;
b. Locao de quadras e datas;
c. Meio-fio com sarjetas e execuo de caladas e muretas;
d. Galeria de guas pluviais;
e. Rede de energia eltrica compacta protegida com iluminao Pblica;
f. Rede de gua potvel;
g. Pavimentao asfltica das ruas;
h. Urbanizao de Praas e Fundo de Vale conforme Lei Municipal n
7.483/98;
i. Arborizao das ruas;
j. Rede de esgoto Sanitrio;
k. Mdulo Escolar;
L. Infraestrutura das duas rotatrias.
OBS: Todas as esquinas, depois do PC dever ser feito acesso para
cadeirantes (guia rebaixada) de acordo com especificaes de projeto elaborado
pelo IPPUL.
II REAS PBLICAS DESTINADAS AO SISTEMA DE CIRCULAO E
IMPLANTAO DE EQUIPAMENTOS URBANOS, COMUNITRIOS E ESPAOS
LIVRES.
a. Ruas [...] num total de 173.618,52 m;
b. reas destinadas Praa Pblica (P01 a P05) e ELUP (ESPAO LIVRE
DE USO PBLICO) [...] num total de 99.620,25 m;
c. rea destinada Vielas (V01 a V06) num total de 1.849,75 m;
151
d. reas Verdes internas (AVI01 a AVI29) num total de 5.351,10 m
OBS: [...]
III ZONEAMENTO
As construes interna ao Loteamento Fechado devero obedecer s
exigncias da Zona Residencial Dois e as externas devero atender s exigncias
do Zoneamento Comercial Trs, de acordo com a Lei 7.485/98.
IV ENCARGOS E OBRIGAES GERAIS DO LOTEADOR
a. O Loteador dever providenciar o Registro do Loteamento no Registro de
Imveis, [...] a apresentar Secretaria Municipal de Obras e Pavimentao a
certido expedida pelo Cartrio Imobilirio comprovando a inscrio do Loteamento
e das reas Pblicas que passam a integrar o domnio Pblico do Municpio de
Londrina.
b. Caucionar reas nos termos da lei Municipal n7.485/98, bem como
providenciar o Registro da Escritura de Assuno de Obrigaes, Garantida por
Hipoteca.
c. Apresentar projetos complementares e submeter a aprovao de rgos
Especficos como SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E PAVIMENTAO,
COPEL, SANEPAR, SEMA E CMTU antes de iniciar cada servio.
d. A presente aprovao fica vinculada obteno do Licenciamento
ambiental a ser expedido pelo IAP ou rgo afim.
e. Para inicio das obras de infraestrutura dever ser solicitado o Alvar de
Licena para execuo, acompanhado da matrcula das obras junto ao IAPAS.
f. Nos contratos de compra e venda dever constar o prazo para concluso
dos servios, que deve ser observado de acordo com o disposto no Artigo 22 da Lei
Municipal n7.483/98.