Histria
do
Fotojornalismo
Pr-Fotojornalismo
As
primeiras
manifestaes
do
que
viria
a
ser
o
fotojornalismo
notam-se
quando
os
primeiros
entusiastas
da
fotograa
apontam
a
cmera
para
um
acontecimento,
tendo
em
vista
fazer
chegar
essa
imagem
a
um
pblico,
com
uma
inteno
testemunhal.
(SOUZA,
Jorge
Pedro.
Histria
Cr+ca
do
Fotojornalismo
Ocidental.
Chapec:
SC.
Ed
Grifos.
2000)
Em
1842
C.
F.
Stelzmner
fotografou
as
Runas
de
Hamburgo,
registrando
com
um
daguerriYpo.
A
The
Illustrated
London
News,
a
primeira
revista
ilustrada,
usou
uma
imagem
desenhada
a
parYr
desse
original
para
apresentar
o
acontecimento
aos
leitores.
Portanto,
a
fotograa
faz
parte
da
informao
jornalsYca,
como
um
meio
de
no[cia,
ao
menos
desde
1842.
Entretanto
o
processo
de
reproduo
de
imagens
na
imprensa
no
era
pela
fotograa.
As
fotograas
eram
reproduzidas
como
ilustraes
e
gravuras,
j
que
por
questes
tcnicas,
nessa
poca,
no
exisYa
a
possibilidade
de
reproduzi-las
diretamente
nos
jornais
e
revistas.
Revistas
Ilustradas
A
Yragem
da
The
Illustrated
London
News,
entre
1855
e
1860
subiram
de
200
mil
para
300
mil
exemplares.
As
imagens
acompanhando
no[cias
estavam
vendendo
bem.
Outras
revistas
ilustradas,
em
diferentes
pases,
comearam
a
aparecer.
Nessa
poca
os
temas
estavam
principalmente
ligados
ao
exYco,
da
perspecYva
dos
pases
que
as
produziam.
Imagens
de
regies
longnquas.
Imagens
de
pases
africanos
ou
orientais
eram
o
mais
comum
na
Europa
e
nos
Estados
Unidos
fotos
do
Oeste
eram
as
mais
frequentes.
Os
fotgrafos
eram,
nessa
poca,
fotodocumentaritas-viajantes,
que
levavam
consigo
uma
pesado
equipamento
e
um
laboratrio
prprio
para
revelao.
Guerra
da
Crimia
A
guerra
da
Crimia
foi
o
primeiro
evento
a
ser
registrado
por
diferentes
rgos
de
imprensa
e
reportados
quase
em
tempo
real
por
telgrafos.
Roger
Fenton
o
principal
fotgrafo
que
registrou
essa
guerra,
em
1855.
O
processo
que
Fenton
usava
para
fotografar
precisava
de
um
longo
tempo
de
exposio,
alm
de
ser
pesado.
Fenton
no
fez
registros
sangrentos
da
guerra.
Suas
fotos
mostram
ocias
sorridentes
e
uma
calma
no
campo
de
batalha.
As
no[cias
que
chegavam
por
outros
meio
apontavam
o
contrrio.
Alm
das
restries
tcnicas,
arma-se
que
Fanton
fazia
uma
cobertura
encomendada
pelo
governo,
por
isso
no
passava
uma
imagem
de
violncia
na
batalha,
com
o
objeYvo
de
acalmar
as
famlias
dos
jovens
na
guerra
e
a
opinio
pblica,
mantendo
o
apoio
do
povo
guerra
Fotograa
na
Guerra
de
Secesso
(1861-1865)
nos
EUA
A
Guerra
de
Secesso
dos
EUA
tambm
foi
amplamente
registrada.
Matew
Brady
se
juntou
a
outros
fotgrafos
para
registrar
a
guerra.
Brady,
alm
de
fotografar,
organizava
e
distribua
imprensa
as
fotos
Yradas.
Brady
assinava
todas
as
fotos.
Isso
causou
uma
briga
pela
questo
autoria
no
fotojornalismo
e
o
m
da
parceria
entre
os
fotografos.
Pode-se
considerar
que
esse
foi
um
protYpo
das
agencias
de
distribuio
de
fotos,
que
iriam
se
popularizar
anos
depois.
Ao
contrrio
da
Crimia,
a
Guerra
da
Secesso
comea
a
registrar
a
violncia
e
os
mortos.
Comeamos
a
esboar
uma
questo
que
se
aprofundar
na
imprensa
e
na
fotograa:
a
estYca
do
horror.
Um
dos
associados
de
Brady,
o
fotgrafo
Alexander
Gardner,
comea
a
alterar
a
cena
para
fazer
suas
fotos
melhores.
Na
foto
Home
of
A
Reber
Sharp-shooter
(1863)
ele
rearranja
o
corpo
de
um
sodado
sulista
morto
para
Yrar
sua
foto.
Home
of
A
Reber
Sharp-shooter
(1863)
Brady
e
seus
associados
acabaram
inuenciando
bastante
a
opinio
pblica
com
as
fotograas
Yradas
de
um
campo
de
prisioneiros
que
entram
na
capa
de
revistas.
Para
Souza
(2000),
a
cobertura
da
Guerra
da
Secesso
levanta
diversas
questes
relaYvas
ao
fotojornalismo:
1
revela
a
fora
das
publicaes
ilustradas
e
como
os
leitores
tambm
queriam
ser
observadores
dos
acontecimentos.
2
inaugura
a
noo
de
que
a
velocidade
entre
a
obteno
da
foto
e
e
a
reproduo
Ynha
que
ser
reduzida,
para
chegar
antes
que
revistas
concorrentes
aos
leitores.
3
-
a
proximidade
com
o
evento
fotografado
passa
a
ser
importante
4
-
o
comeo
da
ideia
de
que
a
fotograa
(mesmo
que
reproduzida
em
pintura)
Ynha
uma
carga
dramYca
maior
do
que
uma
pintura
5
-
a
guerra
perde
seu
carter
de
epopia
6
-
a
imprensa
ajudou
a
criara
histria
dos
vencedores,
j
que
Unio
era
o
exrcito
que
Ynha
uma
imprensa
e
os
Confederados
Tcnica
do
Halnone
O
desenvolvimento
de
uma
nova
tcnica
de
impresso
faz
com
que
a
fotograa
no
precise
mais
ser
reproduzida
por
pintores
ou
gravuristas
nos
jornais.
Essa
tcnica
o
Halnone
(meio
tom).
A
primeira
fotograa
impressa
nessa
tcnica
por
um
jornal
suco
em
1871.
Mesmo
assim
muito
jornais
no
estavam
interessados
na
nova
tcnica.
Esse
jornais,
mais
tradicionais,
consideravam
o
desenho
como
superior
fotograa,
j
que
estava
mais
prximo
ao
mundo
das
artes.
Em
1880
o
The
New
York
Daily
Graphic
vai
reproduzir
a
fotograa
A
Scene
in
a
Shanty
Town,
de
Stephen
Horgan.
E
a
parYr
da
apenas
que
comea
uma
generalizao
do
processo
de
halnone.
Fotograa
Amadora
George
Eastman,
em
1888,
j
produzia
uma
cmera,
a
Kodak
n.1
(Ypo
"caixo",
leve
e
pequena,
carregada
com
um
rolo
de
papel
para
100
exposies
25
dlares),
quando
introduziu
a
base
malevel
de
nitrato
de
celulose
em
rolo.
Colocava-se
o
rolo
na
mquina,
a
cada
foto
ia
se
enrolando
em
outro
carretel
e
ndo
o
lme
mandava-se
para
a
fbrica
em
Rochester.
L
o
lme
era
cortado
em
Yras,
revelado
e
copiado
por
contato,
feitas
as
cpias
e
colocado
um
novo
rolo,
tudo
por
10
dlares.
O
slogan
da
Eastman
"Voc
aperta
o
boto
e
ns
fazemos
o
resto"
correu
o
mundo,
dando
oportunidade
para
a
fotograa
estar
ao
alcance
de
milhes
de
pessoas.
Inovaes
Tcnicas
na
Foto
Inovaes
tcnicas,
que
j
estavam
em
andamento,
comeam
a
se
popularizar
no
comeo
do
sec
XX.
Lentes
com
diafragmas
mais
abertos
e
pelculas
bem
mais
sensveis
fazem
com
que
a
prpria
ideia
de
fotograa
mude.
O
m
da
necessidade
de
longa
exposio,
cmeras
mais
leves
e
pequenas,
comeam
a
possibilitar
uma
maior
espontaneidade
fotograa
A
ideia
de
congelar
uma
ao,
um
momento,
em
detrimento
de
uma
pose,
ganha
fora
na
fotograa.
Isso
somado
a
impresso
direta
da
foto
nos
meios
favorece
a
noo
de
fotograa
como
verdade.
Isso
muda
totalmente
a
fotograa
e
impulsiona
o
foto-
documentarismo
Comeo
do
Foto-Documentarismo
Com
as
inovaes
tecnolgicas
um
novo
Ypo
de
fotograa
urbana,
com
um
intenso
compromisso
social,
humanista
e
com
caractersYcas
de
registro
e
documentao,
e
as
vezes
at
mesmo
de
denncia,
comea
a
aparecer.
A
inteno
desses
fotgrafos
a
de
dar
ao
leitor
um
testemunho:
mostrar
a
quem
no
estava
l
como
,
ou
o
que
aconteceu.
Fotograas
etnogrcas,
registrando
povos
e
culturas
diferentes
(das
dos
fotgrafos)
comeam
a
ser
mais
comuns
tambm.
O
fotgrafo
John
Thomson
em
parceria
com
o
jornalista
Adolph
Smith
zeram
o
livro
Street
Life
in
London
(1876)
em
que
retratavam
as
pessoas
nas
ruas
e
cada
foto
acompanhava
um
texto
sobre
as
condies
de
trabalho
e
de
vida
dessas
pessoas.
Para
Souza
(2000),
o
fotgrafo
Jacob
Riis
o
primeiro
fotojornalista
a
srio,
que
acreditava
que
a
fotograa
era
uma
arma
para
mudar
as
condies
que
conduziam
a
pobreza.
interessante
destacar
a
ulYlizao
do
ash
de
magnsio
que
o
permiYa
fotografar
em
ambientes
mais
escuros.
Jacob
Riis
Lewis
Hine
fotografou
entre
1908
a
1917
para
o
comite
contra
o
trabalho
infanYl
denunciando
as
condies
do
trabalho
de
crianas,
que
faziam
turnos
de
at
12
horas
nas
fbricas
Lewis
Hine
Hine
tambm
registou
a
construo
do
Empire
State
Bulding,
com
fotos
que
caram
bem
famosas
Fotos
na
Primeira
Guerra
Mundial
A
primeira
Guerra
Mundial
(1914-1918)
produziu
pela
primeira
vez
um
uxo
constante
de
produo
fotogrca
nos
jornais.
As
empresas
de
no[cia
comeavam
a
formar
um
sta
regular
de
fotojornalistas
para
cobrir
os
acontecimentos.
A
prosso
de
fotojornalista,
vagarosamento,
comea
a
se
consolidar.
Tambm
j
acontecia
nesse
guerra
uma
manipulao
e
censura
das
fotos.
Diferentes
ministrios
de
guerra
dos
governos
criaram
mecanismos
de
controle
dos
fotgrafos.
Eles
queriam
impedir
a
divulgao
de
fotos-
choque
que
podem
levar
a
opinio
pblica
contra
a
guerra.
O
Nascimento
do
Fotojornalismo
Moderno
(1920-1930)
na
Alemanha
Podemos
destacar
cinco
fatores
que
determinaram
o
fotojornalismo
moderno
na
Alemanha:
A
valorizao
da
imagem
em
parceria
com
o
texto.
1.Novos
ashes,
cmeras
35mm
(Leica
e
Emanox),
lentes
mais
luminosas,
lmes
mais
sensveis
(ISO
200
400)
2.Gerao
de
fotojornalistas
bem
formados
3.AYtude
experimental
entre
fotgrafos,
editores
e
revistas
pela
Candid
Photography
(a
foto
no
posada
e
no
protocolar)
e
do
foto
ensaio
4.Inspirao
no
Interesse
Pblico
e
Social.
A
vida
coYdiana
5.Ambiente
Cultural
e
Econmico
Ermanox,
1924
Alemanha,
1929,
e
o
novo
modelo
de
cmera
Leica
Erich
Salomon
(1886
1944)
Nascido
em
Berlim
foi
o
pioneiro
na
conquista
do
ideal
da
testemunha
ocular
que
fotografava
sem
ser
notado.
Salomon
usava
um
obturador
especial
que
no
fazia
barulho
e
escondia
suam
mquina
nas
roupas.
Conseguiu
fazer
fotos
em
lugares
em
que
os
fotgrafos
no
eram
aceitos.
Erich
Salomon
Erich
Solomon,
Paris
1931
Recepo
no
Ministrio
dos
Negcios
Estrangeiros,
Os
fotgrafos
no
eram
admiYdos
no
evento,
mas
Solomon
estava
l
e
surpreendido
com
uma
fala
do
Ministro:
Le
voil!!!
Le
Roi
des
Indiscrets.
Em
seu
livro
publicado
em
1931
Erich
Salomon
j
estabelece
diversos
parmetros
que
sero
essenciais
para
o
fotojornalista
at
hoje.
Ele
escreve:
A
aYvidade
de
um
fotgrafo
de
imprensa
que
quer
ser
mais
que
um
arteso
uma
luta
con[nua
pela
sua
imagem.
Tal
como
o
caador
est
obcecado
pela
sua
paixo
de
caar,
tambm
o
fotgrafo
est
obcecado
pela
fotograa
nica
que
quer
obter.
(...)
preciso
lutar
contra
(...)
a
administrao,
os
empregados,
a
polcia,
os
guardas
(...).
preciso
apanh-los
[as
pessoas]
no
momento
preciso
em
que
elas
esto
imveis
[por
causa
do
tempo
de
exposio].
Depois
preciso
lutar
contra
o
tempo,
pois
cada
jornal
tem
uma
deadline
ao
qual
preciso
antecipar-se.
Antes
de
tudo
o
mais,
um
reprter
fotogrco
tem
que
ter
uma
pacincia
innita,
e
no
se
enervar
nunca;
deve
estar
ao
corrente
dos
acontecimentos
e
sabe
a
tempo
e
horas
onde
que
iro
se
desenrolar.
Se
necessrio
devemos
servir-nos
de
toda
espcie
de
astcia,
mesmo
se
elas
nem
sempre
so
bem
sucedidas
(Salomon,
apud
Souza,
2000)
1
Revoluo
no
Fotojornalismo
Souza
(2000)
destaca
trs
momentos
principais,
que
ele
chama
de
revolues,
no
fotojornalismo.
A
primeira
revoluo
ocorre
no
perodo
entre
guerras.
Nesse
momento
a
maioria
dos
jornais
j
usam
e
destacam
a
importncia
de
suas
fotograas.
Comea
a
se
congurar
uma
sociedade
e
da
informao
que
ser
amplamente
baseada
no
uso
da
imagem.
O
fotojornalista
comea
a
ganhar
destaque,
cresce
o
nmero
de
prossionais
Aparecem
nomes
de
destaque
que
sero
conhecidos
e
consolidados
no
mundo
do
fotojornalismo.
Eles
tem
um
trabalho
bastante
autoral,
diferente
da
linha
de
produo
fotojornalsYca
que
estava
se
estabelecendo.
Henri
CarYer-Bresson
Bresson
elevou
o
trabalho
de
fotojornalista
categoria
de
arte.
Em
suas
fotos
podemos
perceber
intenses
surrealistas,
a
organizao
geomtrica
do
espao,
a
preocupao
extrema
com
o
enquadramento.
Ele
se
uYlizou
e
chamou
a
ateno
para
o
momento
decisivo
na
fotograa.
Era
necessrio
buscar
o
melhor
ngulo
e
enquadramento
e
fotografar
no
momento
certo.
Para
Bresson
no
s
o
contedo
importante,
mas
tambm
a
forma.
Calle
Cuauhtemoctzin,
Mexico
City,
Mexico,
1934
Henri
CarYer-Bresson
/
Magnum
Henri
CarYer-Bresson
SPAIN.
Valencia.
1933.
Henri
CarYer-Bresson
SPAIN.
Andalucia.
Seville.
1933.
Henri
CarYer-Bresson
SPAIN.
Madrid.
1933.
Henri
CarYer-Bresson
SPAIN.
Valencia.
1933.
Henri
CarYer-Bresson
INDIA.
Kashmir.
Srinagar.
1948.
Henri
CarYer-Bresson
FRANCE.
Paris.
Place
de
l'Europe.
Gare
Saint
Lazare.
1932.
Para
mais
fotos
de
Bresson:
<hp://
goo.gl/l5l0XS>
Andr
Kertsz
Fotografo
hungaro
que
inovou
no
seu
modo
de
fazer
e
pensar
a
composio
na
fotograa
Fez
o
primeiro
foto-ensaio,
em
1921,
chamado
A
Casa
do
Silncio.
Ele
erta
bastante
com
o
surrealismo,
fazendo
uma
fotograa
conceitual,
na
qual
brinca
com
as
linhas
formas
e
signos
O
concreto
caminha
para
o
abstrato
Andr
Kertsz
Andr
Kertsz
Robert
Capa
Se
a
sua
fotograa
no
boa,
porque
voc
no
estava
perto
suciente!
Robert
Capa
Capa
o
mais
conhecido
fotgrafo
de
guerra.
Ele
ia
para
a
linha
de
frente
das
batalhas
para
fotografar.
Cobriu
cinco
guerras
em
dezoito
anos.
Morreu
fotografando
a
guerra
da
Indochina
(atual
Vietn)
quando
pisou
em
uma
mina.
Dizem
que
morreu
segurando
sua
cmera
Revistas
de
fotograa
Alm
da
insero
nos
jornais,
um
outro
fato
vai
impulsionar
enormemente
a
produo
fotogrca.
O
grande
aumento
de
revistas
ilustradas.
A
revista
francesa
VU,
criada
em
1928,
foi
umas
das
pioneiras
no
uso
de
fotograas
modernas
alm
de
um
design
inovador.
A
revista
Ynha
uma
posio
polYca
claramente
de
esquerda.
Isso
fez
com
que
os
patrocinadores
boicotassem
a
revista.
Esta
edio
sobre
a
guerra
civil
espanhola
a
gota
dagua
para
os
patrocinadores
e
a
revista
no
dura
mais
muitos
tempo.
Fotojornalismo
nos
EUA
(1930-1945)
Esse
perodo
do
entre-guerras
foi
muito
importante
ara
o
desenvolvimento
do
fotojornalismo
nos
EUA.
Diferentes
da
Europa,
nos
EUA
a
prosso
sempre
esteve
mais
ligada
as
agncias
de
no[cia
que
comeavam
a
se
mulYplicar
pelo
pas,
do
que
de
uma
concepo
de
fotograa
de
autor.
A
quebra
da
bolsa
de
1929
vai
desestabilizar
a
economia
e
tambm
o
fotojornalismo
por
um
tempo.
Na
dcada
de
1930
as
fotograas
j
usavam
mais
de
38%
da
supercie
dos
jornais
norte-americanos.
Em
1935
comea-se
a
usar
uma
nova
tecnologia
de
transmisso
de
fotograa
a
telefoto
(wiredphoto),
que
funcionava
como
um
telegrafo.
Weegee
/
Arthur
Felllig
(1899
1968)
Foi
um
precursor
do
fotojornalismo,
retratando
at
exausto
uma
parte
da
vida
que
a
sociedade
queria
ignorar:
o
crime.
O
fotgrafo
da
inquietao
noturna,
com
a
sua
cmara
quase
sempre
regulada
para
o
mesmo
Ypo
de
abertura,
f/16,
e
usando
o
ash.
Weegee
(Arthur
Felling)
1940
Weegee
(Arthur
Felling)
Revista
LIFE
Criada
em
1936
por
Henry
Luce
vai
ser
um
dos
mais
importantes
meios
para
a
fotograa
norte-americana.
O
primeiro
nmero
da
Life
teve
uma
Yragem
de
466
mil
exemplares.
Em
1972
eram
oito
milhes
de
exemplares.
Era
uma
revista
familiar
que
buscava
retratar
assuntos
que
afetavam
a
vida
das
pessoas
comuns.
Farm
Security
AdministraYon
O
Farm
Security
AdministraYon
foi
uma
secretaria
do
governo
criada
para
ajudar
os
agricultores
depois
do
crash
da
bolsa
de
1929,
criado
pelo
Roosvelt
durante
o
programa
do
New
Deal.
Essa
agncia
patrocinou
um
grande
projeto
fotodocumental.
O
projeto
Ynha
como
objeYvo
se
tornar
uma
arma
para
despertar
a
conscincia
social,
buscando
um
olhar
crYco
e
de
denncia
da
situao
dos
trabalhadores
do
campo.
Diversas
fotos
do
projeto
eram
divulgadas
para
a
imprensa
e
ajudaram
a
forma
uma
ideia
para
as
grandes
do
que
era
a
vida
no
interior
do
pas
Diversos
fotgrafos
desenvolveram
seu
trabalho
dentro
do
FSA:
Dorethea
Langue,
Walker
Evans
so
dois
deles.
Dorethea
Lang
foi
uma
das
fotgrafas
que
forma
contratadas
por
um
rgo
do
governo
americano
para
sair
pelo
campo
dos
EUA
e
registrar
em
fotos
a
situao
em
que
as
pessoas
viviam.
Esta
foto,
Migrante
Mother
(1936),
Yrada
em
Nipomo,
Califrnia
vira
smbolo
do
projeto.
Lague:
"Eu
vi
e
me
aproximei
da
me
que
estava
desesperada
e
com
fome,
como
que
atrada
pela
fora
de
um
im.
No
lembro
como
expliquei
para
ela
a
minha
presena
ou
a
cmera,
mas
eu
lembro
que
ela
no
perguntou
nada.
Eu
z
cinco
fotos,
chegando
cada
vez
mais
perto,
da
mesma
direo.
Eu
no
perguntei
o
nome
ou
a
histria
dela.
Ela
me
disse
sua
idade,
ela
Ynha
trinta
e
dois.
Ela
disse
que
eles
estavam
comendo
os
vegetais
congelados
dos
campos
em
volta,
e
alguns
pssaros
que
as
crianas
matavam.
Ela
Ynha
acabado
de
vender
os
pneus
dos
carros
para
comprar
comida.
Ela
sentou
ali
e
se
curvou
pra
frente,
com
os
seus
lhos
amontoados
em
volta
dela,
e
parecia
saber
que
minha
fotograa
iria
ajudar
ela,
ento
ela
me
ajudou.
Parecia
haver
uma
igualdade
sobre
em
relao
a
isso."
Wakler
Evans
foi
outro
fotgrafo
que
atuou
no
FSA.
Buscava
muito
os
planos
frontais,
na
mesma
altura
dos
olhs
dos
fotografados,
dando
uma
sensao
de
proximidade.
Foi
um
documentarista
rigoroso
dos
acontecimentos
das
regies
que
visitava.
Ps-Guerra
A
cobertura
da
segunda
guerra
seguiu
os
padres
de
fotograa
que
j
estavam
estabelecidos
at
ento.
Entretanto
o
ps-guerra
v
nascer
toda
uma
nova
gerao
de
fotojornalistas
que
trazem
novidades.
Alm
disso
vemos
nesse
perodo
uma
impulso
das
agncias
de
fotograa
por
todo
mundo,
fazendo
com
que
o
fotojornalismo
aYgisse
nveis
semi-industriais.
A
famosa
agncia
Magnum
criada
em
1958
Foi
um
perodo
de
bastante
experimentao
no
campo
da
fotograa
e
tambm
do
fotojronalismo
Eugene
Smith,
Tomoko
banhada
pela
sua
me,
1972
Em
1956,
Minamata,
uma
pequena
aldeia
de
pescadores
japoneses,
foi
contaminada
por
uma
grande
quanYdade
de
mercrio
que
estava
sendo
jogada
em
suas
baas.
Milhes
de
pessoas
comearam
a
desenvolver
doenas,
pelo
envenenamento
do
mercrio,
apresentando
diversos
problemas
de
sade.
Quase
todos
os
animais
morreram.
Eugene
Smith
(1918
-1978)
Marc
Riboud,
Marcha
Pela
Paz,
Whasington,
21/10/1967
Marc
Riboud
usou
a
fundo
a
ideia
de
Capa,
de
que
o
fotgrafo
deveria
estar
no
momento
certo
e
no
lugar
certo
e
de
Bresson
o
princpio
do
instante
decisivo.
Marc
Riboud
Garry
Winogrand
Srie
The
Americans
2
Revoluo
no
Fotojornalismo
A
Guerra
do
Vietn
o
principal
fator
que
faz
com
que
Souza
(2000)
considere
o
perodo
como
uma
segunda
revoluo
no
fotojornalismo
Com
uma
menor
censura
e
maior
liberdade
para
os
fotgrafos
quase
um
senso
comum
dizer
que
a
imprensa
e
sobretudo
o
fotojornalismo,
foram
fatores
decisivos
para
a
sada
dos
EUA
do
pas.
Alm
disso,
a
televiso
passa
a
exercer
uma
forte
inuncia
na
imprensa
de
uma
forma
geral,
no
fotojor
por
exemplo
amplia-se
o
uso
da
cor.
Esse
e
outros
fatores
acarretam
no
m
de
revista
consagradas,
como
a
Life,
e
a
apario
de
novas
revistas,
como
a
Times.
Uma
reao
ao
domnio
americano
no
campo,
com
o
surgimento
de
diversas
agncias
europrias,
sobretudo
na
Frana.
Os
limites
do
fotojornalismo
se
ampliam
e
esse
muitas
vezes
se
confunde
com
o
fotodocumentarismo.
Por
sua
vez
o
fotodocumentarismo
tambm
entra
com
fora
nos
mercados
de
arte
e
nos
museus.
Don
McCullin
-
Vietnam
Don
McCullin
-
Vietnam
Larry
Burrows
-
Vietnam
Larry
Burrows
-
Vietnam
Nick
Uts
Ataque
com
bombas
de
Napalm,Vietn,1972
Eddie
Adams,Vietn
1968.
Execuo
de
um
suspeito
vietcong.
A
guerra
do
Vietn
relanou
o
fotojornalismo,
a
Televiso
no
Ynha
a
mobilidade
que
possua
um
fotgrafo
com
sua
cmera
A
terceira
revoluo
no
fotojornalismo
(
ocorre
no
inicio
dos
anos
90
)
1.Imagem
Digital
e
as
Manipulaes
via
Photoshop
2.Tempo:
Agilizao
na
transmisso
digital,
telefoto
por
satlite.
3.Novas
portas
para
o
Fotojornalismo
4.As
novas
tendncias
grcas
,
possibilitando
a
melhor
visualizao
impressa.
A
Imagem
IlustraYva
5.Aumento
da
industrializao
midiYca,
cresce
a
produo
fotogrca
6.Surgem
agencias
na
linha
Magnum,
cresce
o
trabalho
autoral
7.O
foto-choque
conYnua
perdendo
espao
para
o
Glamour.
8.
Revalorizao
da
Fotograa-Retrato
no
ambito
jornalsYco.
9.As
Agencias
Fotogrcas
perdem
para
as
Agencias
de
No[cias,
que
hoje
dominam
completamente
o
fotojornalismo
mundial.
Associated
Press
Reuters
France
Press
EPA
10.Exige-se
exibilidade
e
polivalencia
aos
jornalistas
,
o
que
reYra
a
expecicidade
ao
fotojornalista.