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Evolução do Fotojornalismo Histórico

O documento descreve a história do fotojornalismo desde suas origens no século XIX. As primeiras manifestações ocorreram quando fotógrafos registraram eventos para o público. A Guerra da Crimeia em 1855 foi um marco importante, quando Roger Fenton fotografou o conflito. Posteriormente, durante a Guerra de Secessão Americana entre 1861-1865, Matthew Brady e outros fotografaram amplamente o conflito, começando a retratar a violência da guerra.

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Evolução do Fotojornalismo Histórico

O documento descreve a história do fotojornalismo desde suas origens no século XIX. As primeiras manifestações ocorreram quando fotógrafos registraram eventos para o público. A Guerra da Crimeia em 1855 foi um marco importante, quando Roger Fenton fotografou o conflito. Posteriormente, durante a Guerra de Secessão Americana entre 1861-1865, Matthew Brady e outros fotografaram amplamente o conflito, começando a retratar a violência da guerra.

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Histria

do Fotojornalismo

Pr-Fotojornalismo
As primeiras manifestaes do que viria a ser
o fotojornalismo notam-se quando os
primeiros entusiastas da fotograa apontam a
cmera para um acontecimento, tendo em
vista fazer chegar essa imagem a um pblico,
com uma inteno testemunhal. (SOUZA,
Jorge Pedro. Histria Cr+ca do Fotojornalismo
Ocidental. Chapec: SC. Ed Grifos. 2000)

Em 1842 C. F.
Stelzmner
fotografou as Runas
de Hamburgo,
registrando com um
daguerriYpo. A
The Illustrated
London News, a
primeira revista
ilustrada, usou uma
imagem desenhada
a parYr desse
original para
apresentar o
acontecimento aos
leitores.

Portanto, a fotograa faz parte da informao jornalsYca,


como um meio de no[cia, ao menos desde 1842.
Entretanto o processo de reproduo de imagens na
imprensa no era pela fotograa. As fotograas eram
reproduzidas como ilustraes e gravuras, j que por
questes tcnicas, nessa poca, no exisYa a
possibilidade de reproduzi-las diretamente nos jornais e
revistas.

Revistas Ilustradas
A Yragem da The Illustrated London News,
entre 1855 e 1860 subiram de 200 mil para
300 mil exemplares. As imagens
acompanhando no[cias estavam vendendo
bem. Outras revistas ilustradas, em
diferentes pases, comearam a aparecer.
Nessa poca os temas estavam
principalmente ligados ao exYco, da
perspecYva dos pases que as produziam.
Imagens de regies longnquas. Imagens
de pases africanos ou orientais eram o
mais comum na Europa e nos Estados
Unidos fotos do Oeste eram as mais
frequentes.
Os fotgrafos eram, nessa poca,
fotodocumentaritas-viajantes, que
levavam consigo uma pesado equipamento
e um laboratrio prprio para revelao.

Guerra da Crimia
A guerra da Crimia foi o primeiro evento a ser registrado por
diferentes rgos de imprensa e reportados quase em tempo
real por telgrafos.
Roger Fenton o principal fotgrafo que registrou essa
guerra, em 1855. O processo que Fenton usava para
fotografar precisava de um longo tempo de exposio, alm
de ser pesado.
Fenton no fez registros sangrentos da guerra. Suas fotos
mostram ocias sorridentes e uma calma no campo de
batalha. As no[cias que chegavam por outros meio
apontavam o contrrio.
Alm das restries tcnicas, arma-se que Fanton fazia uma
cobertura encomendada pelo governo, por isso no passava
uma imagem de violncia na batalha, com o objeYvo de
acalmar as famlias dos jovens na guerra e a opinio pblica,
mantendo o apoio do povo guerra

Fotograa na Guerra de Secesso


(1861-1865) nos EUA
A Guerra de Secesso dos EUA tambm foi
amplamente registrada.
Matew Brady se juntou a outros fotgrafos para
registrar a guerra. Brady, alm de fotografar, organizava
e distribua imprensa as fotos Yradas.
Brady assinava todas as fotos. Isso causou uma briga
pela questo autoria no fotojornalismo e o m da
parceria entre os fotografos. Pode-se considerar que
esse foi um protYpo das agencias de distribuio de
fotos, que iriam se popularizar anos depois.

Ao contrrio da Crimia, a Guerra da Secesso


comea a registrar a violncia e os mortos.
Comeamos a esboar uma questo que se
aprofundar na imprensa e na fotograa: a
estYca do horror.
Um dos associados de Brady, o fotgrafo
Alexander Gardner, comea a alterar a cena
para fazer suas fotos melhores. Na foto
Home of A Reber Sharp-shooter (1863) ele
rearranja o corpo de um sodado sulista morto
para Yrar sua foto.

Home of A Reber Sharp-shooter (1863)

Brady e seus associados acabaram inuenciando


bastante a opinio pblica com as fotograas
Yradas de um campo de prisioneiros que entram na
capa de revistas.

Para Souza (2000), a cobertura da Guerra da Secesso


levanta diversas questes relaYvas ao fotojornalismo:
1 revela a fora das publicaes ilustradas e como os
leitores tambm queriam ser observadores dos
acontecimentos.
2 inaugura a noo de que a velocidade entre a obteno
da foto e e a reproduo Ynha que ser reduzida, para chegar
antes que revistas concorrentes aos leitores.
3 - a proximidade com o evento fotografado passa a ser
importante
4 - o comeo da ideia de que a fotograa (mesmo que
reproduzida em pintura) Ynha uma carga dramYca maior do
que uma pintura
5 - a guerra perde seu carter de epopia
6 - a imprensa ajudou a criara histria dos vencedores, j
que Unio era o exrcito que Ynha uma imprensa e os
Confederados

Tcnica do Halnone
O desenvolvimento de uma nova tcnica de
impresso faz com que a fotograa no precise
mais ser reproduzida por pintores ou gravuristas
nos jornais. Essa tcnica o Halnone (meio tom).
A primeira fotograa impressa nessa tcnica
por um jornal suco em 1871.
Mesmo assim muito jornais no estavam
interessados na nova tcnica. Esse jornais, mais
tradicionais, consideravam o desenho como
superior fotograa, j que estava mais
prximo ao mundo das artes.

Em 1880 o The New York Daily Graphic vai reproduzir a


fotograa A Scene in a Shanty Town, de Stephen Horgan. E
a parYr da apenas que comea uma generalizao do
processo de halnone.

Fotograa Amadora
George Eastman, em 1888, j produzia uma cmera, a
Kodak n.1 (Ypo "caixo", leve e pequena, carregada com
um rolo de papel para 100 exposies 25 dlares), quando
introduziu a base malevel de nitrato de celulose em rolo.
Colocava-se o rolo na mquina, a cada foto ia se
enrolando em outro carretel e ndo o lme mandava-se
para a fbrica em Rochester. L o lme era cortado em
Yras, revelado e copiado por contato, feitas as cpias e
colocado um novo rolo, tudo por 10 dlares. O slogan da
Eastman "Voc aperta o boto e ns fazemos o resto"
correu o mundo, dando oportunidade para a fotograa
estar ao alcance de milhes de pessoas.

Inovaes Tcnicas na Foto


Inovaes tcnicas, que j estavam em andamento,
comeam a se popularizar no comeo do sec XX. Lentes
com diafragmas mais abertos e pelculas bem mais
sensveis fazem com que a prpria ideia de fotograa
mude.
O m da necessidade de longa exposio, cmeras
mais leves e pequenas, comeam a possibilitar uma
maior espontaneidade fotograa
A ideia de congelar uma ao, um momento, em
detrimento de uma pose, ganha fora na fotograa.
Isso somado a impresso direta da foto nos meios
favorece a noo de fotograa como verdade. Isso
muda totalmente a fotograa e impulsiona o foto-
documentarismo

Comeo do Foto-Documentarismo
Com as inovaes tecnolgicas um novo Ypo de
fotograa urbana, com um intenso compromisso
social, humanista e com caractersYcas de
registro e documentao, e as vezes at mesmo
de denncia, comea a aparecer.
A inteno desses fotgrafos a de dar ao leitor
um testemunho: mostrar a quem no estava l
como , ou o que aconteceu.
Fotograas etnogrcas, registrando povos e
culturas diferentes (das dos fotgrafos) comeam
a ser mais comuns tambm.

O fotgrafo John Thomson em parceria com o jornalista


Adolph Smith zeram o livro Street Life in London (1876) em
que retratavam as pessoas nas ruas e cada foto acompanhava
um texto sobre as condies de trabalho e de vida dessas
pessoas.

Para Souza (2000), o fotgrafo Jacob Riis o primeiro fotojornalista a srio,


que acreditava que a fotograa era uma arma para mudar as condies que
conduziam a pobreza. interessante destacar a ulYlizao do ash de
magnsio que o permiYa fotografar em ambientes mais escuros.

Jacob Riis

Lewis Hine fotografou entre 1908 a 1917 para o comite contra


o trabalho infanYl denunciando as condies do trabalho de
crianas, que faziam turnos de at 12 horas nas fbricas

Lewis Hine

Hine tambm registou a construo do Empire State


Bulding, com fotos que caram bem famosas

Fotos na Primeira Guerra Mundial


A primeira Guerra Mundial (1914-1918) produziu pela
primeira vez um uxo constante de produo
fotogrca nos jornais.
As empresas de no[cia comeavam a formar um sta
regular de fotojornalistas para cobrir os
acontecimentos. A prosso de fotojornalista,
vagarosamento, comea a se consolidar.
Tambm j acontecia nesse guerra uma manipulao e
censura das fotos. Diferentes ministrios de guerra dos
governos criaram mecanismos de controle dos
fotgrafos. Eles queriam impedir a divulgao de fotos-
choque que podem levar a opinio pblica contra a
guerra.

O Nascimento do Fotojornalismo
Moderno (1920-1930) na Alemanha

Podemos destacar cinco fatores que determinaram o
fotojornalismo moderno na Alemanha:
A valorizao da imagem em parceria com o texto.

1.Novos ashes, cmeras 35mm (Leica e Emanox), lentes
mais luminosas, lmes mais sensveis (ISO 200 400)
2.Gerao de fotojornalistas bem formados
3.AYtude experimental entre fotgrafos, editores e revistas
pela Candid Photography (a foto no posada e no
protocolar) e do foto ensaio
4.Inspirao no Interesse Pblico e Social. A vida coYdiana
5.Ambiente Cultural e Econmico

Ermanox, 1924

Alemanha, 1929, e o novo modelo de cmera Leica

Erich Salomon (1886 1944)


Nascido em Berlim foi o pioneiro na conquista do
ideal da testemunha ocular que fotografava sem ser
notado. Salomon usava um obturador especial que
no fazia barulho e escondia suam mquina nas
roupas. Conseguiu fazer fotos em lugares em que os
fotgrafos no eram aceitos.

Erich Salomon

Erich Solomon, Paris 1931 Recepo no Ministrio dos Negcios Estrangeiros,


Os fotgrafos no eram admiYdos no evento, mas Solomon estava l e
surpreendido com uma fala do Ministro: Le voil!!! Le Roi des Indiscrets.

Em seu livro publicado em 1931 Erich Salomon j estabelece diversos


parmetros que sero essenciais para o fotojornalista at hoje. Ele
escreve:

A aYvidade de um fotgrafo de imprensa que quer ser mais que um
arteso uma luta con[nua pela sua imagem. Tal como o caador est
obcecado pela sua paixo de caar, tambm o fotgrafo est obcecado
pela fotograa nica que quer obter. (...) preciso lutar contra (...) a
administrao, os empregados, a polcia, os guardas (...). preciso
apanh-los [as pessoas] no momento preciso em que elas esto imveis
[por causa do tempo de exposio]. Depois preciso lutar contra o
tempo, pois cada jornal tem uma deadline ao qual preciso antecipar-se.
Antes de tudo o mais, um reprter fotogrco tem que ter uma pacincia
innita, e no se enervar nunca; deve estar ao corrente dos
acontecimentos e sabe a tempo e horas onde que iro se desenrolar. Se
necessrio devemos servir-nos de toda espcie de astcia, mesmo se elas
nem sempre so bem sucedidas (Salomon, apud Souza, 2000)

1 Revoluo no Fotojornalismo
Souza (2000) destaca trs momentos principais, que
ele chama de revolues, no fotojornalismo.
A primeira revoluo ocorre no perodo entre
guerras. Nesse momento a maioria dos jornais j usam
e destacam a importncia de suas fotograas.
Comea a se congurar uma sociedade e da
informao que ser amplamente baseada no uso da
imagem. O fotojornalista comea a ganhar destaque,
cresce o nmero de prossionais
Aparecem nomes de destaque que sero conhecidos e
consolidados no mundo do fotojornalismo. Eles tem
um trabalho bastante autoral, diferente da linha de
produo fotojornalsYca que estava se estabelecendo.

Henri CarYer-Bresson
Bresson elevou o trabalho de fotojornalista
categoria de arte. Em suas fotos podemos
perceber intenses surrealistas, a organizao
geomtrica do espao, a preocupao extrema
com o enquadramento.
Ele se uYlizou e chamou a ateno para o
momento decisivo na fotograa. Era necessrio
buscar o melhor ngulo e enquadramento e
fotografar no momento certo.
Para Bresson no s o contedo importante,
mas tambm a forma.

Calle Cuauhtemoctzin, Mexico City, Mexico, 1934 Henri CarYer-Bresson / Magnum

Henri CarYer-Bresson SPAIN. Valencia. 1933.

Henri CarYer-Bresson SPAIN. Andalucia. Seville. 1933.

Henri CarYer-Bresson SPAIN. Madrid. 1933.

Henri CarYer-Bresson SPAIN. Valencia. 1933.

Henri CarYer-Bresson INDIA. Kashmir. Srinagar.


1948.

Henri CarYer-Bresson
FRANCE. Paris. Place de
l'Europe. Gare Saint Lazare.
1932.
Para mais fotos de
Bresson: <hp://
goo.gl/l5l0XS>

Andr Kertsz
Fotografo hungaro que inovou no seu modo
de fazer e pensar a composio na fotograa
Fez o primeiro foto-ensaio, em 1921, chamado
A Casa do Silncio.
Ele erta bastante com o surrealismo, fazendo
uma fotograa conceitual, na qual brinca com
as linhas formas e signos
O concreto caminha para o abstrato

Andr Kertsz

Andr Kertsz

Robert Capa
Se a sua fotograa no boa, porque voc
no estava perto suciente! Robert Capa
Capa o mais conhecido fotgrafo de guerra.
Ele ia para a linha de frente das batalhas para
fotografar. Cobriu cinco guerras em dezoito
anos.
Morreu fotografando a guerra da Indochina
(atual Vietn) quando pisou em uma mina.
Dizem que morreu segurando sua cmera

Revistas de fotograa
Alm da insero nos jornais, um outro fato vai
impulsionar enormemente a produo
fotogrca. O grande aumento de revistas
ilustradas.

A revista francesa VU, criada em 1928, foi umas das pioneiras


no uso de fotograas modernas alm de um design inovador.

A revista Ynha uma posio polYca claramente de


esquerda. Isso fez com que os patrocinadores boicotassem
a revista. Esta edio sobre a guerra civil espanhola a gota
dagua para os patrocinadores e a revista no dura mais
muitos tempo.

Fotojornalismo nos EUA (1930-1945)


Esse perodo do entre-guerras foi muito importante ara o
desenvolvimento do fotojornalismo nos EUA.
Diferentes da Europa, nos EUA a prosso sempre esteve
mais ligada as agncias de no[cia que comeavam a se
mulYplicar pelo pas, do que de uma concepo de
fotograa de autor.
A quebra da bolsa de 1929 vai desestabilizar a economia e
tambm o fotojornalismo por um tempo.
Na dcada de 1930 as fotograas j usavam mais de 38% da
supercie dos jornais norte-americanos.
Em 1935 comea-se a usar uma nova tecnologia de
transmisso de fotograa a telefoto (wiredphoto), que
funcionava como um telegrafo.

Weegee / Arthur Felllig (1899 1968)


Foi um precursor do
fotojornalismo, retratando
at exausto uma parte da
vida que a sociedade queria
ignorar: o crime. O fotgrafo
da inquietao noturna,
com a sua cmara quase
sempre regulada para
o mesmo Ypo de abertura,
f/16, e usando o ash.

Weegee (Arthur Felling) 1940

Weegee (Arthur Felling)

Revista LIFE
Criada em 1936 por Henry Luce vai ser um dos mais
importantes meios para a fotograa norte-americana.
O primeiro nmero da Life teve uma Yragem de 466
mil exemplares. Em 1972 eram oito milhes de
exemplares.
Era uma revista familiar que buscava retratar assuntos
que afetavam a vida das pessoas comuns.

Farm Security AdministraYon


O Farm Security AdministraYon foi uma secretaria do governo
criada para ajudar os agricultores depois do crash da bolsa de
1929, criado pelo Roosvelt durante o programa do New Deal.
Essa agncia patrocinou um grande projeto fotodocumental.
O projeto Ynha como objeYvo se tornar uma arma para
despertar a conscincia social, buscando um olhar crYco e de
denncia da situao dos trabalhadores do campo.
Diversas fotos do projeto eram divulgadas para a imprensa e
ajudaram a forma uma ideia para as grandes do que era a vida
no interior do pas
Diversos fotgrafos desenvolveram seu trabalho dentro do
FSA: Dorethea Langue, Walker Evans so dois deles.

Dorethea Lang foi


uma das fotgrafas
que forma
contratadas por um
rgo do governo
americano para sair
pelo campo dos EUA
e registrar em fotos
a situao em que
as pessoas viviam.
Esta foto, Migrante
Mother (1936),
Yrada em Nipomo,
Califrnia vira
smbolo do projeto.

Lague: "Eu vi e me aproximei da me que estava desesperada e com


fome, como que atrada pela fora de um im. No lembro como
expliquei para ela a minha presena ou a cmera, mas eu lembro que
ela no perguntou nada. Eu z cinco fotos, chegando cada vez mais
perto, da mesma direo. Eu no perguntei o nome ou a histria dela.
Ela me disse sua idade, ela Ynha trinta e dois. Ela disse que eles
estavam comendo os vegetais congelados dos campos em volta, e
alguns pssaros que as crianas matavam. Ela Ynha acabado de vender
os pneus dos carros para comprar comida. Ela sentou ali e se curvou
pra frente, com os seus lhos amontoados em volta dela, e parecia
saber que minha fotograa iria ajudar ela, ento ela me ajudou.
Parecia haver uma igualdade sobre em relao a isso."

Wakler Evans foi outro fotgrafo que atuou no FSA. Buscava muito os planos
frontais, na mesma altura dos olhs dos fotografados, dando uma sensao de
proximidade. Foi um documentarista rigoroso dos acontecimentos das regies
que visitava.

Ps-Guerra
A cobertura da segunda guerra seguiu os padres
de fotograa que j estavam estabelecidos at
ento.
Entretanto o ps-guerra v nascer toda uma nova
gerao de fotojornalistas que trazem novidades.
Alm disso vemos nesse perodo uma impulso
das agncias de fotograa por todo mundo,
fazendo com que o fotojornalismo aYgisse nveis
semi-industriais.
A famosa agncia Magnum criada em 1958
Foi um perodo de bastante experimentao no
campo da fotograa e tambm do fotojronalismo

Eugene Smith, Tomoko banhada pela sua me, 1972

Em 1956, Minamata, uma pequena aldeia de pescadores japoneses, foi


contaminada por uma grande quanYdade de mercrio que estava sendo jogada em
suas baas. Milhes de pessoas comearam a desenvolver doenas, pelo
envenenamento do mercrio, apresentando diversos problemas de sade. Quase
todos os animais morreram.

Eugene Smith (1918 -1978)

Marc Riboud, Marcha Pela Paz, Whasington, 21/10/1967



Marc Riboud usou a fundo a ideia de Capa, de que o fotgrafo deveria estar
no momento certo e no lugar certo e de Bresson o princpio do instante
decisivo.

Marc Riboud

Garry Winogrand Srie The Americans

2 Revoluo no Fotojornalismo
A Guerra do Vietn o principal fator que faz com que Souza (2000)
considere o perodo como uma segunda revoluo no fotojornalismo
Com uma menor censura e maior liberdade para os fotgrafos quase
um senso comum dizer que a imprensa e sobretudo o fotojornalismo,
foram fatores decisivos para a sada dos EUA do pas.
Alm disso, a televiso passa a exercer uma forte inuncia na
imprensa de uma forma geral, no fotojor por exemplo amplia-se o uso
da cor. Esse e outros fatores acarretam no m de revista consagradas,
como a Life, e a apario de novas revistas, como a Times.
Uma reao ao domnio americano no campo, com o surgimento de
diversas agncias europrias, sobretudo na Frana.
Os limites do fotojornalismo se ampliam e esse muitas vezes se
confunde com o fotodocumentarismo. Por sua vez o
fotodocumentarismo tambm entra com fora nos mercados de arte e
nos museus.

Don McCullin - Vietnam

Don McCullin - Vietnam

Larry Burrows - Vietnam

Larry Burrows - Vietnam

Nick Uts Ataque com bombas de Napalm,Vietn,1972

Eddie Adams,Vietn 1968. Execuo de um suspeito vietcong.


A guerra do Vietn relanou o fotojornalismo, a Televiso no Ynha a mobilidade que
possua um fotgrafo com sua cmera

A terceira revoluo no fotojornalismo


( ocorre no inicio dos anos 90 )

1.Imagem Digital e as Manipulaes via Photoshop
2.Tempo: Agilizao na transmisso digital, telefoto por satlite.
3.Novas portas para o Fotojornalismo
4.As novas tendncias grcas , possibilitando a melhor visualizao
impressa. A Imagem IlustraYva
5.Aumento da industrializao midiYca, cresce a produo fotogrca
6.Surgem agencias na linha Magnum, cresce o trabalho autoral
7.O foto-choque conYnua perdendo espao para o Glamour.
8. Revalorizao da Fotograa-Retrato no ambito jornalsYco.
9.As Agencias Fotogrcas perdem para as Agencias de No[cias, que
hoje dominam completamente o fotojornalismo mundial. Associated
Press Reuters France Press EPA
10.Exige-se exibilidade e polivalencia aos jornalistas , o que reYra a
expecicidade ao fotojornalista.

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