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Artigo Leptospirose Com Conclusao

1. O documento discute a leptospirose, uma doença causada por bactérias transmitidas por animais, especialmente roedores. 2. O objetivo é descrever a transmissão e prevenção da leptospirose em áreas com infraestrutura sanitária precária. 3. A metodologia inclui uma pesquisa bibliográfica sobre a relação entre a leptospirose e o saneamento básico no Brasil entre 2001-2010.

Enviado por

Rafael Arraes
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Artigo Leptospirose Com Conclusao

1. O documento discute a leptospirose, uma doença causada por bactérias transmitidas por animais, especialmente roedores. 2. O objetivo é descrever a transmissão e prevenção da leptospirose em áreas com infraestrutura sanitária precária. 3. A metodologia inclui uma pesquisa bibliográfica sobre a relação entre a leptospirose e o saneamento básico no Brasil entre 2001-2010.

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FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA

LICENCIATURA EM CINCIAS BIOLGICAS


KASSILENE LIMA DE SOUZA
PAULA MORAES PINHEIRO
PAULO EDUARDO RESCINHO

LEPTOSPIROSE: Transmisso e Preveno em reas precrias de saneamento bsico.

Belm-PA
2016
FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA
LICENCIATURA EM CINCIAS BIOLGICAS
KASSILENE LIMA DE SOUZA
PAULA MORAES PINHEIRO
PAULO EDUARDO RESCINHO

LEPTOSPIROSE: Transmisso e Preveno em reas precrias de saneamento bsico.

Artigo apresentado ao Curso de Licenciatura


em Biologia das Faculdades Integradas

Ipiranga como requisito parcial para obteno


do ttulo de graduao. Orientador: Prof. Msc.
Cludia Cristina de Souza de Melo

Belm-PA
2016

KASSILENE LIMA DE SOUZA


PAULA MORAES PINHEIRO
PAULO EDUARDO RESCINHO

LEPTOSPIROSE: transmisso e Preveno em reas precrias de saneamento bsico.

Artigo apresentado ao Curso de Licenciatura


em Biologia das Faculdades Integradas
Ipiranga como requisito parcial para obteno
do ttulo de graduao. Orientador: Prof. Msc.
Cludia Cristina de Souza de Melo.

Data: ______________________
Resultado: __________________

BANCA EXAMINADORA

Prof. (Nome do Professor avaliador)

Nome da Universidade / IES

Assinatura _____________________________________

Prof. (Nome do Professor Orientador)

Nome da

Universidade / IES

Assinatura _____________________________________

SUMRIO
1. Introduo__________________________________________________
2. Objetivos____________________________________________________
2.1 objetivos geral________________________________________________
2.2 objetivos especifico_____________________________________________
3. METODOLOGIA______________________________________________
4. RESULTADOS E DISCURSO___________________________________

4.1 Estudar as principais formas de transmisso da Leptospirose e seus sintomas_____


4.2 Analisar a questo de saneamento bsico relacionado Leptospirose_____________
4.3. Verificar as polticas de preveno a Leptospirose__________________________
5. CONCLUSO_______________________________________________________
6. REFERENCIAS ___________________________________

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Microfotografia de Leptospira sp (microscopia electrnica) (adaptado do site


http://www.med.monash.edu.au/microbiology/staff/adler/ils.html)
FIGURA 2 Espcies de roedores sinantrpicos, reservatrios da leptospirose (Carvalho,
1995)

LEPTOSPIROSE:

TRANSMISSO

PREVENO

EM

REAS

PRECRIAS DE SANEAMENTO BSICO


KASSILENE LIMA DE SOUZA
PAULA MORAES PINHEIRO

PAULO EDUARDO RESCINHO

RESUMO
(250 palavras, justificado, paragrafo nico e fonte 10 = 3 linhas introduo, 5
linhas de objetivo, 5 linhas de metodologia, 5 linhas de resultados e 3 linhas de
concluso)
Sendo assim, o presente trabalho teve por objetivo demonstrar a relao entre a falta
de saneamento, infraestrutura urbana relacionada Leptospirose
Palavras chave:
1- INTRODUO
A Leptospirose uma doena causada por uma bactria de forma helicoidal
(espiroqueta), os animais so os reservatrios essenciais para a persistncia dos focos de
infeco. De acordo com a Fundao Nacional da Sade (FUNASA), os roedores
sinantrpicos das espcies Rattus norvegicus, Rattus rattus e Mus musculus, so os principais
reservatrios da doena, albergando a Leptospira nos rins, eliminando-a viva no meio
ambiente, e contaminando, desta forma, gua, solo e alimentos e os seres humanos so apenas
hospedeiros terminais da cadeia de transmisso.
A penetrao do microrganismo no organismo humano d-se atravs da pele lesada
ou das mucosas da boca, narinas e olhos. Pode tambm ocorrer atravs da pele ntegra quando
imersa em gua por longo tempo. Outras modalidades de transmisso tm sido relatadas,
porm com muito pouca frequncia, como o contato com sangue, tecidos e excretas animais,
mordeduras, ingesto de gua e/ou alimentos contaminados e a via transplacentria
(FUNASA, 2002).
A leptospirose uma doena infecciosa febril de inicio abrupto, cujo espectro pode
variar desde um processo simples ate formas graves. Sua ocorrncia esta relacionada s
precrias condies de infraestrutura sanitria e alta infestao de roedores infectados. As
inundaes propiciam a disseminao e a persistncia do agente causal no ambiente,
facilitando a ecloso dos surtos (BRASIL, 2005).

Segundo o Ministrio da Sade existem registros de leptospirose em todas as


unidades da federao. Com maior nmero de casos nas regies sul e sudeste, em 2015 na
regio norte foram confirmados 1.296 casos. O Acre ficou em primeiro lugar com 944 casos e
o Par em segundo lugar com 133 casos confirmados, revelando-o como importante agravo
urbano.
Entre os casos confirmados, o sexo masculino com faixa etria entre 20 e 49 anos
esto entre os mais atingidos, embora no exista uma predisposio de gnero ou de idade
para contrair a infeco. Quanto s caractersticas do local provvel de infeco (LPI), a
maioria ocorre em rea urbana, e em ambientes domiciliares.
Dentro deste contexto refere-se a uma zoonose estritamente relacionada com
infraestrutura, baixa renda e escolaridade e inundaes ocorridas devido aos altos ndices
pluviomtricos, pois os indivduos acometidos por essa doena normalmente encontram-se em
locais sem saneamento bsico, esgoto a cu aberto e guas contaminadas.
Sendo assim uma doena de interesse pblico, tendo a necessidade uma interveno
para a sua cura/preveno, no somente de carter hospitalar (medicamentoso), mas sim
atravs de educao, sade e polticas publicas para a populao mais afetada.
Com a estreita relao entre a infraestrutura e a leptospirose podemos observar a
necessidade da promoo e sade dessa populao exposta, sendo assim necessria no
somente o tratamento hospitalar, mais sim aes educativas para essa populao afetada.
Podemos notar que para a preveno dessa doena so necessrios outros mtodos de
preveno sade, que sero abordados ao decorrer do estudo.
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
Descrever a infeco da leptospirose, levando em considerao os conceitos para
esclarecer como ocorre a patologia, identificando possveis formas de transmisso e a
preveno principalmente no que se diz respeito aos aspectos de saneamento bsico como est
relacionado com a populao.
2.1 ESPECFICOS

2.1.1 Descrever as principais formas de transmisso da Leptospirose e seus sintomas;


2.1.2 Analisar a questo de saneamento bsico relacionado a leptospirose;
2.1.3 Verificar as polticas de preveno a Leptospirose.
3 METODOLOGIA
A pesquisa a ser apresentada, quanto aos objetivos que se prope ser pesquisa
bibliogrfica de abordagem qualitativa. Apresentando dados coletados em artigos, sites
institucionais e acadmicos, procurando identificar conceitos e aspectos relevantes a
construo deste com a finalidade de entender sobre a leptospirose como um todo e
relacionado ao saneamento bsico.
Inicialmente, os descritores utilizaram pesquisas individuais o que resulto em um
grande numero de livros, artigos e noticias veiculada ao tema utilizando palavras chave como
leptospirose e saneamento bsico em alguns sites como SCIELO, LILACS, GOOGLE
ACADMICO bem como planilhas provenientes de notificaes oficiais, presentes em sites
como o DATASUS, utilizando-se como descritora LEPTOSPIROSE- CONDIES
SOCIOAMBIENTAIS - BRASIL. Sero considerados dados entre os anos 2001 a 2010.
Considerando o objetivo do estudo foram selecionados os mais viveis para a
pesquisa e leitura para aprofundar o desenvolvimento da temtica em questo. Aps a leitura
foram identificados conceitos e os aspectos relevantes para a construo deste estudo.

4 RESULTADO E DISCUSSO
4.1

ESTUDAR

AS

PRINCIPAIS

FORMAS

DE

TRANSMISSO

DA

LEPTOSPIROSE E SEUS SINTOMAS


4.1.1 Agente etiolgico
Leptospiras so espiroquetas fortemente espiraladas, que medem cerca de 0,1 mm de
dimetro por 6-20 mm de comprimento e incluem tanto saprfitas quanto espcies
patognicas do gnero Leptospira (FAINE, 1999). So mveis e facilmente visualizadas por

microscopia de campo escuro (figura1), em preparaes fresco, observadas por contraste de


fase ou por tcnicas de impregnao pela prata, e ainda imunofluorescncia e
imunoperoxidase(AVELAR & PEREIRA, 2005)

Figura 1 Microfotografia de Leptospira sp (microscopia electrnica) (adaptado do site


http://www.med.monash.edu.au/microbiology/staff/adler/ils.html)

Segundo Jouglard (2005), a temperatura considerada tima para o crescimento e


manuteno das bactrias gira em torno de 28 a 30C, e o tempo para serem geradas de
aproximadamente 12 horas. No meio ambiente as bactrias necessitam de solos com pH em
torno de 7,2 a 7,4, preferencialmente com muita umidade, as lamas so ideais para a sobrevida
das bactrias.
Em guas e lamas as bactrias podem sobreviver em mdia at 120 dias, e em guas
com pH alcalino entre 7 e 8, tambm favorecem uma maior sobrevida das bactrias. Em guas
salinas elas no conseguem manter-se por mais de 24 horas (JOUGLARD, 2005).
A Leptospira se encontra dividida em duas espcies: Leptospira interrogans que
considerada patognica, e a espcie Leptospira biflexa, que so bactrias de vida livre e no
causam doenas. A L. interrogans possui inmeros sorovares, predominando no Brasil o
sorovar icterohemorragiae como o agente causador da leptospirose em humanos (SILVA et al,
2003).
4.1.2 - Histrico
O papel do rato como uma fonte de infeco humana foi descoberto em 1917 (IDO et
al., 1917). Noguchi isolou pela primeira vez o organismo de um rato, o qual props a criao

do gnero Leptospira, passando a denominar-se leptospira icterohaemorrhagiae, Wadsworth


em 1922 relatou o primeiro caso de leptospirose humano associado exposio ao rato
(LOMAR,2005).
NoBrasil,aleptospirosefoireconhecidapelaprimeiraveznoPar,porMcdowel
(McDOWEL, 1917). No mesmo ano, Arago verificou a presena deLeptospira
icterohaemorrhagiaeao estudar seisRattus novergicusda cidade do Rio de Janeiro
(ARAGO,1917).
Em1950,Gomesecolaboradoresapresentaram45casosdeleptospirosehumanas
comisolamentodeLeptospiraicterohaemorrhagiaeemdoiscasos.Apartirdestemomento,
comearamaintensificaremsenoBrasil,estudos sobreestazoonose,particularmenteem
1960.(LOMARetal.,2005).
No Brasil, acredita-se que a maioria dos casos urbanos seja devida infeco por
cepas do sorogrupo icterohaemorrhagiae, o que fortalece o papel do rato domstico como
principal reservatrio, uma vez que Rattus rattus (rato de telhado ou rato preto) e Rattus
norvergicus (ratazanas ou ratos de esgoto) so os carreadores mais comuns desse sorogrupo.
(LOMAR, 2005)

FIGURA 2: Espcies de roedores sinantrpicos, reservatrios da leptospirose (Carvalho, 1995)

4.1.3 Transmisso
Segundo o manual de controle de roedores, existem trs espcies consideradas
principais na transmisso da doena:

Rattus norvegicus: conhecidos como ratazanas ou ratos de esgoto, so


considerados os maiores de sua espcie, geralmente vivem em beira de crregos, terrenos
abandonados e em tocas que cavam em terras.
Rattus rattus: conhecidos como ratos de telhado ou de forro, normalmente
possuem orelhas muito grandes e uma longa cauda, vivem em lugares altos 4 como telhados,
forros ou stos, descem ao solo procura de alimentos.

Mus musculus: conhecidos como camundongos, so os menores entre as trs


espcies causadoras da doena em meio urbano; habitam em casas domiciliares e gostam de
fazer seus ninhos em despensas e armrios (BRASIL, 2002).
Segundo o manual de zoonoses (2009) Os ces so considerados uma importante
fonte de infeco da leptospirose humana em reas urbanas, pois vivem em estreito contato
com o homem e podem eliminar leptospiras vivas pela urina durante vrios meses, mesmo
sem apresentar nenhum sinal clnico caracterstico.
Os seres humanos so apenas hospedeiros acidentais e terminais dentro da cadeia de
transmisso. Quanto ao modo de transmisso de infeco humana resulta da exposio direta
ou indireta urina de animais infectados. A penetrao do microrganismo ocorre atravs da
pele com presena de leses, da pele ntegra imersa por longos perodos em gua contaminada
ou atravs de mucosas. O contato com gua e lama contaminadas demonstra a importncia do
elo hdrico na transmisso da doena ao homem (BRASIL, 2008, p. 495-496)
O perodo de incubao da doena varia de 1 a 30 dias (mdia entre 7 e 14 dias). A
respeito da transmisso, salienta-se que a transmissibilidade inter-humana muito rara,
podendo ocorrer pelo contato com urina, sangue, secrees e tecidos de pessoas infectadas
(BRASIL, 2005).
tambm importante conhecer, no processo de determinao das doenas o papel
dos fatores demogrficos, sociais e econmicos. Os fatores de risco associado transmisso
de leptospirose dependem das caractersticas da organizao espacial e das condies de vida
e de trabalho da populao (OLIVEIRA, 2009).
Alguns autores afirmam haver uma maior ocorrncia da doena entre indivduos do
sexo masculino, em mdia 80% dos casos, em tese porque pessoas do sexo masculino

exercem profisses que esto ligadas diretamente a animais que possam estar infectados,
consequentemente, infectando-se tambm. Contudo a bactria acomete pessoas de ambos os
sexos e de todas as idades em reas com saneamento bsico precrio ou inexistente
(CAMPOS et al., 2011).
A ocorrncia de leptospirose est estreitamente vinculada aos fatores ambientais, que
podem dar lugar a um foco de infeco, cuja amplitude est na dependncia de condies
favorveis. Na zona urbana, principalmente em grandes cidades, durante a poca das chuvas,
as inundaes se constituem no principal risco, aqui entendido, como percepo de um perigo
possvel, mais ou menos previsvel por um grupo social ou por um indivduo que tenha sido
exposto a ele (VEYRET, 2007: 24).
4.1.4 Sintomas
Os fatores de virulncia das leptospiras so mal compreendidos. Alguns sorovares
geralmente tendem a causar doena ligeira e outros, doenas graves. No entanto, no existe
sorovar-especfico presentes na infeco, podendo qualquer sorovar causar doena leve ou
grave, em diferentes hospedeiros (WHO, 2003).
Os sintomas da leptospirose so parecidos com os de outras doenas como gripe,
febre amarela, dengue, malria, hantavrus e hepatites. Os principais so: febre, dor de cabea,
dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna).
Segundo (BRASIL, 2005) afirma que os indcios podem aparecer logo no dia
seguinte ao contato com a urina do roedor, ou podem demorar um ms para surgir.
Normalmente, eles comeam a aparecer de uma a duas semanas depois da exposio
situao de risco. Se houver contato com a gua ou a lama da enchente, ou ingesto de
alimentos suspeitos, importante ficar atento ao aparecimento de sintomas por pelo menos 40
dias, prazo mximo para o surgimento de sinais da doena.
Na regio Amaznica, o sorovar Icterohaemorrhagiae o que costuma produzir as
formas mais graves da doena (REZENDE et al., 1997). Importantes causas de morte incluem
insuficincia renal, insuficincia cardiorrespiratria e hemorragia generalizada. Insuficincia
heptica rara, apesar da presena de ictercia (WHO, 2003). Clinicamente a leptospirose
pode se apresentar de duas formas: anictrica ou ictrica (FAINE et al., 1999).

A forma anictrica pode ser discreta, de incio sbito com febre, cefalia, dores
musculares, anorexia, nuseas e vmitos. Tende a ser autolimitada e cura em poucos dias, sem
deixar sequelas. frequentemente rotulada como sndrome gripal, virose ou outras
doenas que ocorrem na mesma poca, como dengue ou influenza (BRASIL, 2005).
A fase septicmica da forma anictrica dura de 4 a 7 dias, incio geralmente sbito,
raramente insidioso, calafrio precedendo a febre, cefalia gradativa fronto-orbitria, mialgias
espontneas ou exacerbadas pela palpao, envolvendo msculos da panturrilha, coxa, regio
vertebral e abdmen, podendo, neste caso, simular abdmen agudo. Anorexia, nuseas,
vmitos alimentares ou biliosos, obstinao intestinal ou diarria, fotofobia com dor ocular,
hiperemia ou hemorragia conjuntival, so outros sintomas que aparecem (REZENDE et al.,
1997).
A fase imune se inicia na segunda semana de doena e desaparece entre 7 a 21 dias.
Inicialmente, 24 a 48 horas, na maioria das vezes, o doente se apresenta relativamente bem;
logo a febre recrudesce, poucas vezes evolui com quadro de meningismo caracterizado por
cefalia intensa e vmitos (REZENDE et al., 1997).
No que se refere forma ictrica, (BRASIL, 2005) informa que em alguns pacientes
a fase septicmica evolui como uma doena ictrica grave com disfuno renal, fenmenos
hemorrgicos, alteraes hemodinmicas, cardacas, pulmonares e de conscincia. A ictercia,
de tonalidade alaranjada (ictercia rubnica), bastante intensa e caracterstica, tm incio entre
o 3 e 7 dia da doena. A disfuno heptica associada maior incidncia de complicaes
e a maior mortalidade.
Pacientes que possuem fatores como idade avanada e mltiplos problemas mdicos
subjacentes esto muitas das vezes associados a mais grave doena clnica e aumento da
mortalidade. A maioria dos pacientes recuperam-se totalmente da leptospirose. No entanto,
alguns pacientes podem levar meses ou at mesmo anos para se recuperarem (WHO, 2003).
Trata-se de uma zoonose de grande importncia social e econmica, por apresentar
elevada incidncia em determinadas reas, alto custo hospitalar e perdas de dias de trabalho,
como tambm por sua letalidade, que pode chegar a 40%, nos casos mais graves. Sua
ocorrncia est relacionada s precrias condies de infraestrutura sanitria e alta infestao

de roedores infectados. As inundaes propiciam a disseminao e a persistncia do agente


causal no ambiente, facilitando a ocorrncia de surtos (BRASIL, 2006)
4.2 ANALISAR A QUESTO DE SANEAMENTO BSICO RELACIONADO
LEPTOSPIROSE.

Para Sampaio et al. (2011), a urbanizao um processo de transformao de uma


populao rural em populao urbana decorrente da migrao, levando-se em conta o
crescimento vegetativo. Foi mais ou menos o que aconteceu no Brasil, em especial nas
dcadas de 1960 e 1990, que tiveram como consequncia o xodo rural e o aumento das
cidades brasileiras, transformando uma populao que era predominantemente rural em
populao predominantemente urbana, levando a um aumento de cerca de 350% na populao
nos centros urbanos.
O processo de urbanizao no Brasil tem suas origens na revoluo industrial
ocorrida a partir da segunda metade do sculo XVIII. At ento, a populao brasileira era
predominantemente rural e sua fonte de subsistncia era a agricultura. Em pases
subdesenvolvidos como o Brasil, o processo de urbanizao refletiu em uma mudana no
territrio ocupado pelo homem que de forma desigual perdeu suas caractersticas para poder
se adequar ao novo cenrio composto por fbricas e mquinas.

A infraestrutura urbana e sanitria sem condies necessrias bem como o


tumultuado processo de ampliao da urbanizao desempenham uma ntida relao com a
situao da sade e com a qualidade de vida das populaes. As modificaes da natureza
resultantes das reas ribeirinhas alteram o curso natural dos rios, contribuindo com a maior
ocorrncia de inundaes, o que expe um nmero maior de pessoas doena (OLIVEIRA et
al., 2009).
A falta de saneamento bsico nas grandes cidades, principalmente nas favelas, e a
frequente exposio contaminao ambiental durante as fortes chuvas e enchentes so
considerados os fatores fundamentais para a ocorrncia das epidemias de leptospirose em rea
urbana (TASSINARI et al., 2004). A leptospirose uma doena relacionada baixa condio
socioeconmica e precrias condies de infraestrutura e de servios, que ficam ainda mais
debilitados em situaes de desastres naturais causados por fortes chuvas (VASCONCELOS
et al., 2012).
Nos centros urbanos, a deficincia de saneamento bsico constitui um fator essencial
para a proliferao de roedores. Portanto, os grupos socioeconmicos menos privilegiados,
com dificuldade de acesso educao e sade, habitando moradias precrias, em regies
perifricas s margens de crregos ou esgotos a cu aberto, expostos com frequncia a
enchentes, so os que apresentam maior risco de contrair a infeco. Seres humanos
envolvidos em servios de saneamento ambiental apresentam alto risco de contrair a
leptospirose, devido ao contato direto com ambientes contaminados por urina de roedores e
ces domsticos. (MANUAL DE ZOONOSE 2009)
Epidemias tm sido registradas todos os anos, principalmente em regies
consideradas pobres, logo aps as enchentes ou inundaes, podendo tambm estarem
associadas a fatores ambientais (ALMEIDA et al, 1994).
De acordo com Vieira (2012), epidemias de Leptospirose, esto associadas ao
comportamento do homem, contaminaes das guas, alto ndice de animais carreadores da
infeco, ou por acontecimentos naturais como as enchentes.
Jouglard (2005) ressalta que a Leptospirose uma doena com graves riscos sade
da populao e pode estar associada ao acmulo de lixo, entre outros fatores, como as grandes

construes de casas, como as favelas que crescem desordenadamente com pouco ou


nenhuma atividade de saneamento bsico.
4.3 Verificar as polticas de preveno a Leptospirose
doena de notificao compulsria em todo o Brasil, dessa forma, todos os casos
suspeitos devem ser notificados vigilncia epidemiolgica municipal, por meio das fichas de
notificao (em anexo) para incluso no Sistema Nacional de Agravos de Notificao
(SINAN). A notificao importante, pois permite o registro dos casos e o desencadeamento
das medidas de preveno e controle da doena (ZOONOSES, 2002).
De acordo com Almeida (1994), a falta de saneamento bsico nas reas urbanas
fator considerado essencial para a ocorrncia da leptospirose.
Calijui et al (2009) define sade ambiental como sendo os aspectos da sade humana
e das enfermidades que so determinados por fatores ambientais. Os servios de saneamento
so de vital importncia para proteger a sade da populao, minimizar as consequncias da
pobreza e proteger o meio ambiente (TEIXEIRA, 2005)
Por tratar-se de doena transmissvel de notificao compulsria, todos os casos de
doena humana ou animal devem ser comunicados, para permitir que as autoridades de sade
16 estabeleam medidas preventivas, visando bloquear os elos da cadeia de transmisso
(REZENDE et al., 1997).
Primeiramente deve-se haver uma conscientizao da populao sobre a doena, pois
um fator muito importante para minimizar a proliferao desta a questo do
acondicionamento correto dos lixos domiciliares em sacos plsticos apropriados ou
containers, principalmente o lixo que contenha restos de alimentos, pois os ratos possuem um
hbito sinantrpico que so atrados por esse tipo de lixo, sendo necessrias medidas de
higiene, cuidados pessoais, e principalmente saneamento bsico (VIEIRA, 2012).
De acordo com o manual de controle de roedores (BRASIL, 2002), a Leptospirose
pode ser evitada atravs de algumas medidas profilticas como: combate aos ratos, fazendo o
uso de controles qumicos conhecidos como raticidas produzidos atravs de produtos naturais
como caules de rvores, ou sintticos, como monxido de carbono, bissulfeto de carbono e
outros. Os raticidas classificam-se em crnicos que causam a morte dos roedores aps 24

horas de ingesto ou ento raticidas agudos que causam a morte dos animais nas primeiras 24
horas da ingesto. Esses produtos so extremamente txicos e eficientes e agem no sistema
nervoso central do animal, portanto, devem ser manipulados somente por tcnicos
especializados. No Brasil desde 1982, foi proibido o uso de raticidas agudos por causa dos
riscos de acidentes que se tornaram fatais em humanos.
Dentro deste contexto, esto as aes que o governo deve exercer, frente a problemas
de sade pblica, como a responsabilidade de drenagem urbana para controle de certas
enfermidades, planos de contingncia para evitar riscos sade humana, causadas por
inundaes, pois em pocas de grandes ndices pluviomtricos, h a preocupao com o
surgimento de doenas de veiculao hdrica, caso da leptospirose, bem como a preocupao
ecolgica com aterros sanitrios, lixes, coleta seletiva e resduos slidos (servios pertinentes
de manejo urbano). Em suma, no que diz respeito a termos sanitrios, o poder pblico possui
um papel fundamental de responsabilidade sanitria, possibilitando assim, doenas como a
leptospirose e outras mais venham a ser prevenidas.

5. Concluso
Este estudo visou descrever fatores socioambientais que esto associados
ocorrncia da Leptospirose no Brasil, atravs de buscas no Scientific Electronic Library
Online (SciELO) Foram encontrados 112 artigos relacionados a Leptospirose, sendo
selecionados 13 destes, e todos os artigos ressaltaram as questes ambientais, como a grandes
enchentes, atividade ocupacional e social, como sendo os principais fatores de risco para a
infeco por Leptospiras. Atingindo assim este objetivo, conclui-se atravs desta reviso que a
Leptospirose uma doena diretamente ligada a fatores ambientais e sociais.
Atravs deste estudo podemos descrever que a Leptospirose uma doena causada
pela bactria do gnero leptospira. A doena pode ser assintomtica ou apresentar os
seguintes sintomas: febre alta de incio sbito, mal-estar, cefaleia, dores musculares (mialgias)
principalmente na panturrilha e no trax, olhos vermelhos, tosse, cansao, calafrios, nuseas,
diarreia, desidratao, exantemas (manchas vermelhas no corpo), meningite. Normalmente a
leptospirose autolimitada, geralmente desenvolve bem e os sintomas retrocedem depois de
alguns dias. Porm, essa melhora pode ser temporria; Ictercia, hemorragias, complicaes
renais, torpor e coma so sinais da forma grave da doena, tambm conhecida como doena
de Weil.
Tambm podemos concluir que os animais sinantrpicos, tanto domsticos quantos
os selvagens, so os vetores essenciais da leptospirose com nfase nos roedores das espcies
Rattus norvegicus (ratazanas ou ratos de esgoto), Rattus rattus (ratos de telhado ou de forro) e
Mus musculus (camundongos ou popularmente conhecidas como catitas) que so os
principais hospedeiros e transmissores da doena para os seres humanos. A bactria causadora
da doena fica alojada nos rins sendo eliminada atravs da urina no meio ambiente, tal
microrganismo pode sobreviver at seis meses no ambiente depois de ter sido eliminado,
contaminando gua, solo e alimentos.
A infeco nos seres humanos se d atravs do contato direto ou indireto urina de
animais infectados. O microrganismo consegue penetrar atravs da pele lesionada, ou na pele
ntegra quando ela fica imersa por perodos prolongados em gua contaminada, ou atravs de
mucosas. A bactria tem maior sobrevida em ambientes midos e/ou molhados, com pH em
torno 7,2 a 7,4, tais como lama, gua de enchentes, de esgotos de rios e igaraps
contaminados, isso comprova a seriedade do fator gua na transmisso da doena para o

homem. Por isso muito importante polticas pblicas no sentido de garantir saneamento
bsico e melhores condies de infraestruturas em moradias da populao mais pobre, j que
essa faixa da populao mais acometidas pela doena. Tambm necessrio construir um
sistema vivel com a finalidade de acabar ou ao menor diminuir casos de alagamentos e
enchentes, aps fortes chuvas. Deve-se fazer o controle de animais sinantrpicos,
principalmente de roedores que so os maiores transmissores da doena para o homem.
Individualmente tambm podemos prevenir a doena acondicionando bem o nosso lixo, usar
sempre gua filtrada ou fervida, evitar de jogar o lixo em terrenos baldios ou nos canais da
cidade evitando enchentes e a proliferao de roedores, usar luvas e botas de borracha quando
for trabalhar em locais com possibilidades de reservatrios de leptospira e outras medidas
bsicas de higiene.
Com relao poltica adotada pode-se aferir que a leptospirose e uma doena
transmissvel de notificao obrigatria, devendo ser comunicada vigilncia epidemiolgica
municipal para posterior incluso no Sistema Nacional de Agravos de Notificao (SINAN),
para possibilitar que as autoridades de sade possam estabelecer medidas preventivas de
forma mais eficiente com base em dados estatsticos, objetivando obstar os elos da cadeia de
transmisso.

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