CUIDADOS IMEDIATOS AO
RECM-NASCIDO
Disciplina: Enfermagem em Sade da
Mulher
Prof Brbara Fernandes Santos Pinto
INTRODUO
Compreende-se
por
assistncia
imediata ao RN, aquela dispensada
logo aps o nascimento, ou seja, nas
duas primeiras horas que sucedem o
parto.
Segundo
a
recomendao
do
CREMESP, necessria a presena de
um pediatra com conhecimento em
reanimao neonatal na sala de parto
no momento do nascimento
INTRODUO
A lei do Exerccio Profissional de
enfermagem no Brasil, confere ao
enfermeiro,
a
prestao
de
assistncia a mulher, durante a
gestao, parto e puerprio, e
tambm ao RN.
OBJETIVOS
Promover e manter o equilibrio
orgnico
Estabelecer a permeabilidade das
VAS
Manter temperatura corporal
Prevenir infeces
Incentivar o aleitamento natural
ASSISTNCIA
Para a assistncia ao RN normal,
que cosntitui a maioria das
situaes, nada mais deve ser feito
alm de: enxugar, aquecer, avaliar
e entregar me para um contato
ntimo e precoce
ADAPTAO A VIDA
EXTRA-UTERINA
O incio da respirao a alterao
fisiolgica mais crtica, imediata e
necessria ao RN
Os
estmulos
que
ajudam
a
desencadear a primeira respirao
so basicamente qumicos e trmicos
Ocorre a diminuio do oxignio e do
Ph e elevao do dixido de carbono
no sangue
ADAPTAO A VIDA
EXTRA-UTERINA
Esses estmulos qumicos iniciam
impulsos que excitam o centro
respiratrio na medula.
O estmulo trmico o sbito calafrio
do RN, decorrente da transio de
uma ambiente aquecido para outro
relativamente mais frio, provocando
impulsos sensoriais na pele, que so
transmitidos ao centro respiratrio
ADAPTAO A VIDA
EXTRA-UTERINA
A entrada inicial de ar nos pulmes
sofre oposio pela tenso superficial
do lquido que preenche os pulmes e
os alvolos fetais
A remoo do lquido pulmonar ocorre
atravs dos vasos linfticos, capilares
pulmonares e pela fora das
contraes durante o trabalho de parto
ADAPTAO A VIDA
EXTRA-UTERINA
Conforme o trax atravessa o
canal de parto, o lquido
espremido dos pulmes atravs da
boca e do nariz
Aps a expulso do trax, o ar
penetra nas VAS, para substituir o
lquido perdido
ADAPTAO A VIDA
EXTRA-UTERINA
As alteraes circulatrias que
possibilitam o fluxo sanguneo atravs
dos pulmes so tambm de extrema
importncia no incio da respirao
A mudana da circulao fetal para
ps-natal envolve o fechamento dos
Shunts fetais: forame oval, ducto
arterial e eventualmente o ducto
venoso
ADAPTAO A VIDA
EXTRA-UTERINA
Logo aps o parto, quando h
condies satisfatria, o contato
fsico entre a me e o RN e a
suco devem ser estabelecido o
mais precoce possvel, pois alm
de auxiliar no processo de
aleitamento,
favorece
a
contratilidade uterina
ADAPTAO A VIDA
EXTRA-UTERINA
Alimentar, hidratar, proteger,
aquecer, acalentar, aliviar os
incmodos, fornecer apoio e
segurana, permitem o bem estar
do RN e norteiam a estrutura e sua
personalidade
ESTABELECIMENTO DAS
VIAS AREAS
SUPERIORES
O estabelecimento da
permeabilidade das VAS inicia-se
logo aps o desprendimento
ceflico, com a limpeza da face
A desobstruo das VAS
constituda pelo posicionamento
adequado do RN e a aspirao da
boca e narinas
ESTABELECIMENTO DAS
VIAS AREAS SUPERIORES
A aspirao contribui para uma boa
ventilao do RN e afasta a
possibilidade de atresia de coanas e
esfago, porm deve ser realizada
somente quando necessrio
Na presena de secrees, deve-se
realizar a aspirao rpida e suave da
boca e das narinas com sonda de
borracha ou polietileno, conectada ao
aspirador na sala de parto
ESTABELECIMENTO DAS
VIAS AREAS SUPERIORES
Na presena de lquido meconial,
assim que ocorrer o
desprendimento ceflico, o
profissional dever realizar a
aspirao boca e narinas
(aspirao intra-parto).
MANUTENO DA
TEMPERATUA
CORPREA
O RN dever ser recepcionado em
campos estreis aquecido, se enxugado
de maneira rpida, mas suave.
A resposta ao estresse trmico, envolve
mecanismos adaptativo, com um gasto
muito grande de energia e conseqente
aumento no consumo de oxignio
Poder ser colocado em contato pele a
pele com o corpo da me, porm coberto
com o campo aquecido
EFEITOS DA HIPOTERMIA
<36 C
Resfriamento = vasoconstrio perifrica
= forma do organismo controlar a perda
de calor.
Aumenta o cosnumo de O2 e glicose,
diminundo a oferta de O2 para os tecidos
Ocorre hipoxemia = aumento da FR =
vasoconstrio pulmonar
Diminui a captao de O2 pelos pulmes e
o O2 para os tecidos = glicose anaerbica
Ocorre liberao de cido ltico na
corrente sanguinea = Acidose Metablica
BOLETIM DE APGAR
O ndice de escore de Apgar refleta na
avaliao do estado clnico do RN
epresso umericamente (escore de 1 a
10) pelo boletim de Apgar no primeiro,
quinto e dcimo minuto de vida
Baseia-se na observao da FC, esforo
respiratrio, tnus muscular,
irritabilidade reflexa e colorao da
pele
BOLETIM DE APGAR
Quando o Apgar for > ou = a 8, o
prognstico geralmente bom
Se a nota estiver entre 4 e 7, classificase o RN como moderadamente
asfixiado, sendo necessrio a utilizao
de manobras como estmulo cutneo
plantar ou leve frico nas costas na
tentativa de provocar choro forte
ESCALA DE APGAR
Tabela para clculo do ndice
Pontos
Freqncia
cardaca
Ausente
<100/min
>100/min
Respirao
Ausente
Fraca, irregular
Forte/Choro
Tnus
muscular
Flcido
Flexo de pernas
e braos
Movimento
ativo/Boa flexo
Cor
Ciantico/P
lido
Cianose de
extremidades
Rosado
Irritabilidade
Reflexa
Ausente
Algum
movimento
Espirros/Choro
CIANOSE CENTRAL
No caso de haver cianose central,
com movimentos respiratrios
normais e FC > que 100bpm, o RN
dever receber oxignio
umedecido e aquecido, para evitar
perda de calor e o ressecamento
das mucosas da VAS
MTODOS DE ADMINISTRAO
DE OXIGNIO AO RN
Ajustar o fluxomtro em 5l/minuto
e colocar o tubo a uma distncia de
2 cm das narinas
Dessa forma 80% de oxignio so
administrados, jamais encostar o
tubo na narina, para evitar
pneumotrax devido a presso das
VAS
MTODOS DE
ADMINISTRAO DE
OXIGNIO AO RN
Assim que o RN se tornar rosado,
remover a cnula e desligar o
oxignio gradativamente
Observar colorao do RN, caso
volte a ficar ciantico, administrar
novamente oxignio
CREDEIZAO
Para prevenir a oftalmia e a vaginite
gonoccica, deve ser instilada de uma
a duas gotas de nitrato de prata a 1%
em cada olho e na genitlia feminina.
Essa soluo dever ser armazenada
e frasco escuro, em pequenas doses,
pois fotossensvel e torna-se
irritante para a conjuntiva
CREDEIZAO
O colrio no deve ser pingado sobre
a crnea e sim na mucosa conjuntival,
o excesso dever ser removido com
gaze, uma para cada olho e a soluo
incompatvel com SF0,9%
Poder ocorrer uma conjuntivite
medicamentosa, pois a soluo
produz reao infalmatria
ADMINISTRAO PROFILTICA DE
FITOMENADIONA- KANAKION
A vitamina K lipossolvel necessria
para a produo dos fatores de
coagulao, principalmente a protrombina
absorvida da dieta e produzida
normalmente pela microbiota intestinal,
onde absorvida e transportada ao fgado
para a sntese dos fatores de coagulao
O RN ainda no tem o colo colonizado
com bactrias e so deficientes de
vitamina K
ADMINISTRAO
PROFILTICA DE
FITOMENADIONA- KANAKION
Apresentao: ampolas de 10mg/ml
Dosagem: de 0,5 a 1,0 mg por via IM
Mtodo:aspirar 10UI na seringa de
1ml e adm com agulha 13x4,5 no M.
vasto lateral em ngulo reto (90)
Cuidados: medicamento fotossensvel
e termossensvel, manter longe da
luz e a uma temperatura de 25,
sobras devem ser descartadas
IDENTIFICAO DO RN
O RN dever ser identificado com pulseira de
material plstico no pulso e no tornozelo, com
o nome da me, n de ident. Hospitalar, sexo,
Apgar, hora, data de nasc. E peso
Em sequncia realiza-se a identificao pela
impresso plantar do RN e a digital materna
que devem ser registradas, bem como os
dados especficos do nascimento, na
Declarao de Nascido Vivo e na ficha do RN
IDENTIFICAO DO RN
DNV: documento padronizado e
distribudo nacionalmente pelo MS,
que alm de carter legal, alimenta
os sistemas de informao de
nascimentos (SINASC)
Responsabilidade do enfermeiro,
cuidados no preenchimento,
controle e encaminhamento
EXAME FSICO DO RN
parte integrante dos cuidados ao
RN e consta de inspeo e
palpao, com finalidade de avaliar
respirao, circulao, condies
vitais, malformaes.
Realizado rapidamente ainda na
sala de parto e posteriormente
mais detalhado
Cuidar de um recm-nascido ajud-lo a superar a fase de
maior vulnerabilidade da vida do ser humano: a transio da
vida intra para extra-uterina