Elevare 1 - Ebook
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Qualidade, segurana
e ambiente
Segurana no setor dos ascensores
DOSSIER Notas tcnicas
A nova legislao de Segurana
contra Incndio em Edifcios
Srie PA/ PH18: Com microprocessador integrado a tVelocidade de deteco: 500 imp/
detectores fotoelctricos gama PA/PH18 garante um sistema seg
compactos de elevada de deteco e de filtragem avanado, tTenso de alimentao: 10-30 VDC
que permite solues personalizadas, tCorrente de carga: 100 mA
fiabilidade para ambientes
seguras e flexveis. tVerses NPN ou PNP com sadas
adversos Alm disso, estes sensores podem NA e NF.
suportar presses de gua at 100
bar assim como agentes de limpeza,
em conformidade com ECOLAB, IP67,
IP69.
DIRETOR
COLABORAO REDATORIAL
elevare
Suplemento tcnico sobre elevadores e movimentao de cargas
[email protected] 10 NORMALIZAO
A emenda A3 EN 81-1/2
DIRETOR COMERCIAL
Jlio Almeida, Tel.: +351 225 899 626 14 QUALIDADE, SEGURANA E AMBIENTE
[email protected] Segurana no setor dos ascensores
22 LEGISLAO
ASSESSORIA A legislao e o seu papel na regulao do setor de elevao
Joo Miranda
[email protected] 25 DOSSIER
[25] Eficincia energtica
DESIGN [28] Regenerao O que e como funciona
Luciano Carvalho [30] Eficincia Energtica em Elevadores e Escadas Rolantes
[email protected] na Unio Europeia Projeto E4
[34] Normalizao sobre eficincia energtica em ascensores
WEBDESIGN
elevare 1
Editorial
Neste suplemento, e tendo como linha orientadora a promoo e melhoria do setor da ele-
vao, todos os intervenientes so convidados a participar na criao dos seus contedos,
nomeadamente atravs da partilha de experincias, preocupaes, anseios e sugestes.
Hoje, neste primeiro nmero, oferecemos aos leitores um vasto conjunto de artigos tcni-
cos, de elevada qualidade, que certamente sero do interesse do leitor. O tema em destaque
neste nmero a "eficincia energtica", um assunto atual na nossa sociedade e que no
nosso setor comea a dar os primeiros passos impulsionado pela, cada vez maior, presso
para racionalizar os consumos, a consciencializao da necessidade de maior respeito pelo
ambiente, a ameaa de esgotamento das reservas de combustveis fsseis, so alguns dos
fatores que promovem a procura de solues que deem resposta aos asseios da sociedade
e que nosso dever responder afirmativamente de forma a contribuirmos para a garantia
de um futuro melhor para as geraes vindouras. Neste sentido, a reviso do Decreto-lei
n.o 320/2002 de 28 de dezembro j traduz essa preocupao.
Para finalizar desejo que este suplemento v ao encontro das expetativas dos leitores e
que possamos contar com as suas sugestes e crticas de forma a podermos melhorar a
nossa Elevare.
Boa leitura.
2 elevare
Artigo tcnico
1. INTRODUO 2. O PROBLEMA/DESAFIO
Os armazns automticos so sistemas Devido geometria da mquina, existem
complexos de elevado desempenho que elevadas foras de inrcia durante as fases
implementam um conceito logstico, tendo de acelerao e desacelerao. No incio da
em conta o fluxo de materiais, fazendo uso acelerao a coluna move-se momentane-
de um controlo totalmente automtico e amente em sentido contrrio ao do movi-
de tecnologia de informao state-of-the- mento, devido sua inrcia e, em seguida,
art. Este conceito, geralmente, maximiza executa pequenas vibraes naturais ligei- Tempo de vida til;
as sadas com uma utilizao perfeita do ramente amortecidas sobre a sua posio Preciso de posicionamento;
espao. O seu desempenho medido atra- central quasi-esttica. Comportamento no arranque e na
vs do nmero de entregas de entrada e de paragem;
sada por unidade de tempo. A estratgia e Estas vibraes restringem a operao de Suavidade de operao, comportamen-
disponibilidade de armazenamento so de- posicionamento, tendo assim um impacto to devido vibrao;
cisivamente determinadas pela velocidade negativo no tempo de ciclo da unidade uma Tipo de alimentao;
e acelerao dos acionamentos utilizados. vez que, primeiro, tm que baixar para um Consumo energtico, eficincia, energia
nvel admissvel antes do ciclo poder ser regenerativa;
Num armazm automtico possvel identi- feito. Aumentar o desempenho e reduzir a Compatibilidade eletromagntica;
ficar vrios movimentos, nomeadamente, a carga dinmica so os requisitos de opera- ndice de Proteo;
translao, a elevao e o movimento dos o do sistema, para que as vibraes se- Comissionamento, segurana funcio-
braos telescpicos. Frequentemente, estes jam evitadas ou corrigidas. nal, manuteno.
eixos so complementados por eixos adicio-
nais que fazem a interface do armazm com Adicionalmente, as seguintes condies am-
o exterior. Os eixos principais so a elevao 2.1. Critrios de dimensionamento bientais devem ser tidas em considerao:
e a translao, a qual ser abordada mais A interao entre a engenharia de aciona- Temperatura ambiente;
em detalhe ao longo deste artigo. mentos e o controlo em malha fechada, Presena de agentes de limpeza;
bem como a mecnica (esttica/dinmica/ Armazenamento de produtos qumicos;
vibrao), determina o comportamento reas com riscos de exploso;
dinmico, assim como, o desempenho. O Ambientes sensveis ao rudo;
comportamento (estabilidade) da carga Ambientes com sujidade e poeiras.
durante o movimento, particularmente na
acelerao e desacelerao, tem um im-
pacto significativo no projeto. Dependendo 3. CONDIES ADICIONAIS
dos requisitos do sistema so utilizados Este tipo de aplicaes requer que mlti-
motores controlados em velocidade ou em plas condies adicionais sejam tidas em
posio. conta antecipadamente, condies que vo
afetar decisivamente a qualidade dos resul-
Os seguintes critrios so decisivos para a tados.
seleo dos acionamentos:
Figura 1. Armazm automtico (Motion Solution Massa a movimentar; Se as condies adicionais no forem tidas
With MOVI-PLC). Resistncias ao deslocamento; em considerao e no forem tratadas an-
elevare 3
Artigo tcnico
tes do arranque sero necessrios custos Normalmente, cada acionamento deve ser cidos na verso de veio oco, otimizando o
extremamente elevados para garantir uma configurado para uma utilizao de 60% acoplamento ao veio acionado. Caso a pre-
operao perfeita. - 70%! Isto porque as rodas tm cargas ciso de posicionamento seja muito elevada
diferentes durante a acelerao, devido (<2 mm), devem ser usados redutores com
De seguida, apresentam-se fatores influen- distribuio do peso. folga angular reduzida.
ciadores a considerar durante o projeto.
Imagine-se um redutor com relao de
3.2. Tipo de motor transmisso de 35,2 e uma folga angular
3.1. Nmero de acionamentos A relao do momento de inrcia de massa entre 7 e 12. O desvio (erro) causado pela
Normalmente, o sistema de translao externa e a relao do momento de inrcia folga dado pela expresso:
desloca-se sobre um carril e as rodas mo- de massa do motor devem ser tidas em
vem-se numa disposio em linha. poss- conta no projeto e para a seleo do motor.
vel acionar uma roda (trao a uma roda) Esta relao no deve exceder um fator de
ou duas rodas (trao a duas rodas). 20. No caso de sistemas com muita vibra- Para este caso concreto, teremos um
o (vibrao das colunas durante a ace- desvio compreendido entre 0,255 mm e
Trao a uma roda lerao e desacelerao), a relao deve 0,436 mm, considerando a folga angular
Esta configurao permite aceleraes estar bem abaixo do fator 20 para se ga- de 7 e 12, respetivamente.
<0.35 m/s2 (rodas de ao em carril de ao). rantir uma boa configurao do sistema de
Com rodas de Vulkolan em carril de ao controlo em malha fechada. Se a coluna for
possvel obter aceleraes entre 1 e 2.5 m/s . 2
rgida (praticamente no sofrer quaisquer 3.4. Diferencial eletrnico
No caso da unidade percorrer uma curva vibraes), a relao entre o momento de Quando a roda da frente entra na curva, a
utilizando a combinao 2 rodas com 1 inrcia da massa externa e o momento de roda de trs ainda se encontra em linha reta
motorizada, deve ser instalado um encoder inrcia da massa do motor pode exceder o e tem que reduzir de velocidade. Por outro
rotativo na segunda roda para ser possvel fator 20. lado, quando a roda de trs est na curva, a
utilizar a funcionalidade do diferencial ele- da frente j est em linha reta. O resultado
trnico. Quando os momentos de inrcia exter- um incremento elevado na velocidade da
na so muito elevados devem ser usados roda de trs, atravs de um fator de dois
Trao a duas rodas motores assncronos. Este tipo de motores ou superior, dependendo do raio e da dis-
Com trao a duas rodas possvel obter so os mais comuns na indstria. Se as car- tncia entre eixos. Este efeito traduz-se em
aceleraes at 0.74 m/s2 (rodas de ao em gas forem consideravelmente pequenas e elevadas aceleraes transversais durante
carril de ao). Utilizando rodas em Vulkolan o sistema tiver que ser muito dinmico, os o processo da curva. Alm de indesejveis,
em carril de ao atingem-se aceleraes servomotores apresentam-se como sendo estas foras so prejudiciais e podem criar
at 3.0 m/s 2. No caso de a unidade percor- a melhor soluo. Existem ainda situao in- danos. A velocidade da roda da frente tem
rer uma curva, ambas as rodas so tracio- termdias em que os servomotores assncro- que ser ajustada atravs de um diferencial
nadas (diferencial eletrnico em operao nos so vantajosos. eletrnico com controlo ativo durante a
mestre-escravo: Ver 3.4). curva. Esta soluo tem como pressupos-
tos que ambas as rodas so motorizadas
3.3. Tipo de redutor e a distribuio da carga uniforme. Os mo-
Nos armazns automticos, o tipo de redu- tores que acionam as rodas so dotados
tores mais comuns so os de engrenagens de encoder e controlados por Variadores
helicoidais e os de engrenagens cnicas. Tecnolgicos independentes dotados de co-
Frequentemente, estes ltimos so forne- municao entre si. A velocidade da roda da
4 elevare
Artigo tcnico
frente calculada tendo por base informa- Passo 1 - Clculo da relao transmisso do redutor (i):
o da curva e a velocidade atual das duas
rodas. A roda de trs escrava e controla-
da em binrio.
Fator de durao do ciclo 60% (tpico para este tipo de aplicao): trepouso = 8s, tdeslocamento = 10,7s
Tipo de redutor Transmisso de binrio ortogonal, redutor de engrenagens cnicas e veio oco
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Artigo tcnico
Passo 5 Binrio do motor durante a desacelerao: O servomotor assncrono da SEW-EURODRIVE com binrio suficien-
te para a aplicao e dotado do freio tem 0.0071 kgm2 de inrcia.
Passo 7 Binrio rms: Passo 10 Verificao do binrio adicional devido inrcia do motor:
Para recuperar a energia gerada, os dois Variadores Tecnolgicos, que controlam os eixos vertical e horizontal, partilham os seus barramentos CC. A energia eltrica
libertada por um eixo pode ser diretamente reutilizada pelo outro eixo.
O controlador de nvel superior MOVI-PLC fornece funes de controlo inteligentes para os eixos vertical e horizontal. O tempo de ciclo encurtado e a eficincia
dos eixos vertical e horizontal otimizada.
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Artigo tcnico
Componentes do projeto Controlo convencional: a energia libertada Ligao inteligente de barramento CC e Motion
dissipada via resistncia de frenagem Controler MOVI-PLC
Reduo de CO2/ano 10 t
*Clculos baseados no consumo de energia por ciclo, considerando 880 ciclos por dia, 350 dias por ano e 0,10 /KWh.
6. CONCLUSO
Os armazns automticos so usados para armazenar car-
gas de forma rpida e segura. A sua dimenso pode ser
consideravelmente grande, requerendo a coordenao de
forma eficiente de diversos movimentos. Os principais ei-
[email protected] www.schmersal.pt
Atualmente a cobertura GSM quase universal nas zonas urbanas. Os custos das
chamadas e a manuteno destas linhas baixam, enquanto os das linhas fixas sobem.
Cada vez mais clientes veem os telemveis como a opo natural para os telefones
de emergncia, por custo e tambm por comodidade.
PERMITIDO UTILIZAR TELEFONES DE 15 euros dos cartes pr-pagos, aproxima- elevadores, o que lhe confere um controlo
EMERGNCIA GSM? damente. absoluto sobre os aspetos administrativos
A resposta claramente SIM. A legislao e econmicos (o custo das chamadas).
no distingue entre linha fixa ou mvel. As
linhas mveis (ou GSM) podem ter o incon- CUSTO DAS CHAMADAS
veniente de saturaes de linha, que se O preo das chamadas na linha fixa re- CUSTO DA INSTALAO
produzem a certas horas de ponta (como lativamente barato, em especial nas cha- Normalmente cobrado um valor para a
a noite de consoada), mas improvvel madas locais. Nas linhas GSM mais caro, instalao de uma nova linha fixa. Por uma
que falhe toda a rede apenas por um cabo mas como as chamadas de emergncia so linha GSM so cobrados 10 euros pelo car-
cortado. Na maioria dos casos est dispo- pouco frequentes e breves, o custo anual to SIM, mas este valor normalmente
nvel mais do que uma rede ou operador, o das chamadas no superior aos 10 euros. descontado no valor das chamadas.
que d uma segurana no disponvel nas
redes fixas. Os problemas de cobertura
apenas ocorrem quando estamos em mo- CUSTO TOTAL INSTALAO
vimento. Os elevadores no dobram esqui- Tendo em conta os valores mdios indica- Uma linha fixa requer que o tcnico instale
nas e por isso a cobertura estvel. Se dos, o custo total do sistema GSM inferior um cabo at sala de mquinas do eleva-
boa vai continuar a s-lo. Ainda que o ter- ao da linha fixa, se forem realizadas me- dor. O tcnico do elevador deve esperar o
mo linha fixa sugira que as chamadas se nos de quatro chamadas ao ms. Quando funcionrio da companhia telefnica para
transmitem por um cabo, isso certo ape- o vandalismo no alcana nveis elevados e permitir o acesso sala. Nenhuma empresa
nas no ltimo quil- o elevador est em bom estado, apenas se telefnica pode garantir a presena a uma
metro. As chamadas realiza uma chamada de teste ao ano. hora concreta, o que pode significar facil-
so transmitidas por mente esperas de quatro horas. O sistema
sistemas de rdio GSM no requer nenhuma interveno e
ponto a ponto, sem PEDIDO DE INSTALAO DA LINHA configurado pelo prprio funcionrio des-
que o utilizador se TELEFNICA de o seu escritrio. possvel configurar e
aperceba, pelo que a O pedido de instalao da linha telefnica comprovar o telefone antes da instalao,
normativa no pode fixa deve ser efetuado pelo proprietrio assegurando o seu bom funcionamento e
dar preferncia a um do edifcio. Durante a fase de construo poupana de tempo.
sistema ou outro. possvel que o proprietrio final ainda no
esteja decidido ou estabelecido (por exem-
plo no caso de vir a ser dividido em vrias TELEFONES EM EDIFCIOS NOVOS
CUSTO DA LINHA TELEFNICA fraes), pelo que ningum pode pedir a As linhas telefnicas so instaladas no final
O custo de manuteno de uma linha tele- ligao. A empresa de elevadores deve pe- do processo de construo. Em alguns ca-
fnica fixa pode ser superior a 200 euros dir ao proprietrio que a pea e coordene a sos no so ativadas at que os inquilinos
anuais. As alternativas GSM vo desde cus- data de instalao. O sistema GSM pedi- se instalem no edifcio. Isso significa que
to zero para a manuteno da linha at aos do e pago pela empresa de manuteno de durante as mudanas no se possa utilizar
8 elevare
Artigo tcnico
o elevador, j que no cumpre os requisitos (para estar auto- O SISTEMA GSM MAIS BARATO E MAIS SIMPLES
rizado deve dispor de um telefone de emergncia funcional). evidente que os contratos de linha GSM so muito mais
baratos e originam menos problemas. Um carto de pr-
-pagamento custa 20 a 30 euros ao ano e alguns operadores
UTILIZAO DURANTE A CONSTRUO de GSM oferecem a manuteno de linha gratuitamente, pelo
O construtor gostaria de poder utilizar o elevador e, em muitos que apenas se pagam as chamadas. Como o elevador ape-
casos, estaria disposto a pagar por isso. Com o sistema GSM, nas faz uma chamada quando existir um passageiro preso,
o telefone pode utilizar-se assim que o elevador tiver energia. o custo anual de poucos euros. O preo de compra de um
telefone de emergncia GSM pode ser 100 a 200 euros mais
do que um fixo, mas, ainda que a diferena no possa onerada
ENTREGA E COBRANA DO ELEVADOR ao cliente, ele ser amortizada em menos de um ano.
O elevador deve estar em funcionamento, comprovado e au-
torizado, antes do cliente pagar a fatura. Com o sistema GSM
o processo pode terminar muito antes do que com uma linha COMO GANHAR DINHEIRO COM ESSA DIFERENA DE PREO
fixa. Com isso melhora-se a liquidez da empresa mas tambm Trata-se de realizar um contrato no qual se incluam os custos
se evita a responsabilidade por danos que sofra o elevador das chamadas por um valor anual fixo. Se lhe cobramos 80%
durante a construo. menos dos seus custos atuais de linha fixa, o cliente ficar
satisfeito. Voc paga umas dezenas de euros pelas chamadas
do telefone GSM e obtm um benefcio adicional de 200 euros
GARANTIR O PAGAMENTO DAS FATURAS TELEFNICAS por elevador em servio. Para alm disso, tem o controlo das
Por vezes o proprietrio do edifcio esquece-se de pagar em- linhas e j no depende de outros. Se o contrato da linha tiver
presa telefnica, ou decide dar baixa da linha, crendo que esta uma durao diferente do contrato de manuteno, aumen-
no utilizada (por no se fazer quase nenhuma chamada). tar o custo para o cliente sem este desejar mudar de empre-
O problema que a empresa de manuteno responsvel sa de manuteno.
pelo funcionamento correto do elevador, e um equipamento
sem um telefone funcional deve ser posto fora de servio.
PUB
Sentimos a modernizao
CUSTO DAS COMPROVAES DE LINHA
A Norma EN-81.28 requer uma comprovao de linha a cada
trs dias. Isso supe 120 chamadas ao ano. O sistema SLCC de elevadores como uma
da SafeLine (patente em curso) permite realizar essas tare-
fas sem qualquer custo. O SLCC funciona automaticamente
imagem de marca
num computador no escritrio e pode ser configurado para
avisar quais os telefones com defeito atravs de um correio
Elevis uma empresa especialista no ramo dos
eletrnico ou um SMS diretamente s pessoas responsveis. elevadores, apresentamos solues, com a instalao de
Se tiver includo o custo das chamadas no contrato de servio todos os tipos de elevadores e plataformas elevatrias,
poupana para o seu bolso. assim como, solues em mobilidade reduzida.
Elevis Elevadores
Rua Professor Egas Moniz, Lote 5, R/C Drt
8005-272 Montenegro
Faro
Normalizao
A emenda A3 EN 81-1/2
Eng.o Jos Pirralha
Diretor Tcnico da Thyssenkrupp Elevadores S.A.
INTRODUO
A partir da resoluo do Conselho Europeu
de 1985, adotada em matria de harmo-
nizao e normalizao das regulamenta-
es nacionais uma Nova Abordagem, em
matria de harmonizao e normalizao
das regulamentaes nacionais, com o ob-
jetivo de facilitar a realizao do mercado
interno.
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Normalizao
A2 aprovada pelo CEN em abril 2004, con- embora a aplicao dos seus critrios mento no comandado da cabina quando
siste na incorporao dos ascensores sem possa ser recomendvel, nomeadamente esta sai do piso, se as portas de patamar
casa de mquina, respondendo ao desen- quando se substitui o sistema de trao e no esto na posio de encravadas e se a
volvimento de tal soluo pela indstria. controlo. porta de cabina no est fechada.
elevare 11
Normalizao
o contrapeso, ou
o sistema de cabos (suspenso ou com-
pensao), ou
a roda de trao (sobre a roda propria-
mente dita ou sobre o seu veio na proxi-
midade desta), ou 3 4 5
12 elevare
Normalizao
bloqueio do dispositivo, no deve requerer mum, passa pelo exame de tipo do tra- instalaes e/ou substituies), nos exatos
o acesso cabina ou contrapeso, sendo que vo da mquina, bem como do sistema termos definidos pela Diretiva, ou seja:
uma vez desbloqueado, o dispositivo deve de auto-controlo;
estar em condies de funcionamento. Em ascensores com exame CE de tipo
Solues de trao com mquinas com (modelo).
Se o dispositivo requer energia externa para redutor (geared) Competir ao Organismo Notificado
operar, a ausncia de energia deve provocar que homologou o modelo decidir da va-
a paragem e manter o ascensor parado. Neste caso, adotar-se- uma das se- lidade das solues implementadas;
guintes solues:
O dispositivo de proteco contra o movi- a) Conjunto controlo/deteo UCM, li- Em ascensores, cuja colocao em ser-
mento no comandado da cabina com por- mitador de velocidade e sistema de vio feita em presuno de confor-
tas abertas entendido como um disposi- pra-quedas; midade com as Normas harmonizadas
tivo de segurana e deve ser verificado. b) Conjunto de controlo/deteo UCM, aplicveis, o UCM tem que ser necessa-
sistema de travagem adaptado riamente aplicado.
roda de trao ou veio; No possvel qualquer outra soluo
5. A RESPOSTA DA INDSTRIA c) Conjunto de controlo/deteo UCM porque pura e simplesmente no existe
PROBLEMAS NA APLICAO DA A3 associado a sistema de travagem outra Norma aplicvel.
Aps uma primeira fase de alguma he- adaptado aos cabos de trao.
sitao, que levou alis ao adiamento da Neste sentido, todos os ascensores, colo-
entrada em vigor da A3 de junho de 2011 Solues UCM para ascensores hidru- cados em servio a partir de 1 de janeiro
para janeiro 2012, esto clarificadas todas licos de 2012 (entendendo-se como momento
as questes decorrentes da aplicao da de colocao em servio o da emisso da
A3, quer do ponto de vista dos fabricantes Do mesmo modo os fabricantes de equi- declarao de conformidade e respetiva
de componentes e/ou ascensores, quer do pamento hidrulico, colocam disposio marcao CE), independentemente da data
ponto de vista dos instaladores. de fabricantes e instaladores solues da sua contratao, esto obrigados ao
preparadas para a A3, normalmente atra- cumprimento da A3.
Existem hoje disponveis no mercado solu- vs de vlvulas especialmente concebi-
es que permitem responder a todos os das e integradas, quer atravs de vlvu- No ignoramos que em relao aos as-
requisitos que a emenda A3 impe. las de segurana aplicveis aos sistemas censores contratados anteriormente, que
existentes. por uma razo ou outra no foram certi-
Sem entrar no domnio da especificao ficados (alguns nem sequer viram o pro-
tcnica das solues, que no cabe no m- De forma geral os princpios so os mes- cesso de instalao iniciado), haver ca-
bito deste artigo, poderemos considerar mos, deteo, atuao e paragem. sos certamente complicados de resolver,
que existem 3 solues tipo, cada uma de- quer em termos comerciais quer mesmo
las com as nuances prprias da especifici- No havendo nesta altura dvidas funda- em termos tcnicos. Importa todavia, no
dade dos equipamentos, a saber: das quanto s solues a aplicar, h todavia perder de vista o essencial a segurana
que deixar muito claro que os requisitos de dos utilizadores, o cumprimento da lei e
Solues de trao com mquinas sem maior segurana para os utilizadores im- a uniformidade de critrios traduzida no
redutor (gearless) postos pela aplicao da emenda A3 so respeito escrupuloso pelas regras da
Neste caso a soluo UCM mais co- aplicveis a todos os ascensores (novas concorrncia.
PUB
Qualidade, segurana e ambiente
Marco Pereira
Orona Portugal, Lda.
Na conceo de um ascensor
importante ter em conta o design,
a adaptabilidade ao edifcio, a
sustentabilidade, a poupana energtica,
os aspetos ecolgicos, mas sobretudo
a segurana para os utilizadores
e tcnicos de conservao. A nvel
de segurana, tem sido criada uma
legislao adequada, embora sem efeitos
retroativos, ou seja, sem aplicao
prtica aos ascensores j existentes.
Em Portugal, a legislao tem evoludo tentava-se adequar o regulamento dos rior a 200 lux na casa de mquinas e a
ao longo dos anos, adaptando-se a regras ascensores eltricos aos ascensores hi- 50 lux na caixa;
cada vez mais exigentes. drulicos. O acesso ao poo ter de ser efetua-
do atravs de um dispositivo fixo, por
Em 1924, atravs do Decreto-Lei n.o 9924 Estas Normas aumentam significativa- exemplo uma escada.
publicada a primeira legislao relativa mente a segurana dos utilizadores e dos
a ascensores onde se salienta a obrigato- tcnicos de conservao. Vejamos alguns A 28 de setembro de 1998 publicado o De-
riedade da utilizao de um pra-quedas. exemplos: creto-Lei n.o 295/98 que transpe a Diretiva
Mais tarde, em 1936 (Decreto-Lei n. 26591),
o
A caixa exclusiva do ascensor; Europeia 95/16/CE alterada posteriormen-
torna-se obrigatria, por exemplo, a utiliza- definido um volume de proteo para te pela Diretiva 2006/42/CE (Decreto-Lei
o de limitador de velocidade. Com a pu- os tcnicos na parte superior da caixa e n.o 176/2008) que estabelece os princpios
blicao do Decreto-Lei n. 513/70 de 30 de
o
do poo; gerais de segurana a que devem obedecer
outubro que aprova o Regulamento de Se- A caixa tem de ser iluminada; os ascensores e respetivos componentes
gurana de Elevadores Eltricos, verifica- obrigatria uma tomada de corrente de segurana. De acordo com esta Direti-
se um aumento significativo da segurana. no poo; va possvel conceber, fabricar e colocar
Por exemplo, passa a ser obrigatrio a cai- O acesso casa de mquinas tem de ser os ascensores disposio dos utentes, de
xa fechada, os encravamentos mecnicos e seguro. No caso de acesso por alapo, vrias formas, de acordo com os diferentes
eltricos, as portas cheias, a casa de mqui- a escada tem de estar com uma incli- anexos.
nas exclusiva dos ascensores. nao compreendida entre 70 e 76 , os
o o
degraus tm dimenso bem definida; Numa das formas, o fabricante cumpre in-
Em 1991 so publicadas a Portaria 375/91 A casa de mquinas tem de ter uma al- tegralmente as Normas Tcnicas (EN 81-1
de 2 de maio onde aprovada a Norma tura mnima de 1,80 m; Ascensores eltricos e EN 81-2 Ascensores
NP 3163/1 (1988) como Regulamento de A botoneira de comando de reviso co- hidrulicos) e depois, o instalador emite a
Segurana de Ascensores Eltricos, que locada por cima da cabina tem carate- declarao de conformidade, se tiver cer-
resultou da atribuio do estatuto de Nor- rsticas prprias; tificao para tal (ISO 9001:2008 + Anexo
ma portuguesa Norma Europeia EN 81-1 obrigatrio colocar um dispositivo de correspondente da Diretiva) ou, caso con-
(1985) e a Portaria 964/91 de 20 de setem- controlo de rutura ou afrouxamento de trrio, contrata um organismo notificado
bro onde aprovada a Norma NP EN 81-2 cabos de limitador em todos os ascen- para efetuar os ensaios finais.
(1990) como Regulamento de Segurana sores;
de Ascensores Hidrulicos. Pela primeira A cabina ter de ser dotada de um aven- Outra das formas que esta Diretiva permite
vez aparece regulamentao prpria para tal com altura superior a 750 mm; , no caso de incumprimento de algum dos
ascensores hidrulicos. At esta data, O nvel de iluminao tem de ser supe- pontos da Norma, a realizao de uma ava-
14 elevare
Qualidade, segurana e ambiente
liao de risco por um organismo notificado a que devem obedecer os ascensores para Assim sendo, a Norma EN 81-80:2003 tem
para a Diretiva Ascensores e a definio de facilitar a sua utilizao por pessoas com como objetivo:
medidas compensatrias. Neste caso, na deficincia, a EN 81-72:2003 Ascensores Classificar por categoria diferentes pe-
minha opinio, estamos apenas a minorar para bombeiros e a EN 81-80:2003 Regras rigos e situaes perigosas, tendo sido
os riscos existentes e a tornar subjetiva a para a melhoria da segurana dos ascenso- efetuada uma avaliao dos riscos para
sua anlise. res existentes. cada uma delas;
Fornecer aes corretivas com vista a
Em 2000, so publicadas as Normas NP EN Se existem Normas Europeias estudadas melhorar, de forma seletiva e progres-
81-1/2, com mais um contributo importan- por comits tcnicos especializados e a siva, a segurana de todo o ascensor de
te para a segurana dos ascensores. Por serem cumpridas na maioria dos estados pessoas ou de carga no sentido do esta-
exemplo: membros, porque que Portugal no as do de arte atual;
Colocao de balaustradas em cima passa para o direito interno? Permitir a possibilidade de verificar cada
das cabinas, se houver risco de queda ascensor e de identificar e pr em pr-
dos tcnicos; Com tanta evoluo para os ascensores no- tica medidas de segurana, de forma
Proteo da zona do contrapeso no vos, ento o que se tem feito pelos ascen- progressiva e seletiva, em funo da
poo; sores mais antigos? frequncia e da severidade de cada risco;
Colocao de rede divisria a toda a al-
tura da caixa, se as cabinas estiverem a O Comit Tcnico CEN/TC10 Comit Euro- Pode ser utilizada como guia:
menos de 50 cm; peu de Normalizao desenvolveu a Norma a) Das autoridades nacionais, para deter-
Existncia de um sistema de comunica- EN 81-80:2003 Regras para a melhoria da minar o seu prprio programa de imple-
o bi-direcional com centro de inter- segurana dos ascensores existentes. mentao, seguindo um procedimento
veno. por etapas, atravs de um processo de
De acordo com esta Norma, mais de trs filtragem (Anexo I), de modo razovel e
Apesar da Direo Geral de Geologia e Ener- milhes de ascensores encontram-se hoje prtico, fundamentado no nvel de risco
gia publicar a lista das Normas que trans- em funcionamento na Unio Europeia e na (extremo, alto, mdio, baixo) e de consi-
pem as Normas harmonizadas no mbito EFTA e quase metade foram instalados h deraes sociais e econmicas;
da Diretiva 95/16/CE relativa a ascenso- mais de 20 anos. Os ascensores existentes b) Dos proprietrios para adaptar as suas
res (despacho do Diretor Geral da Energia foram instalados com o nvel de segurana responsabilidades, segundo os regula-
n.o 9644/2010 de 8 de junho), estas no so apropriado poca da sua instalao. Este mentos existentes;
de cumprimento obrigatrio! nvel de segurana inferior ao atual esta- c) Das empresas de manuteno e/ou dos
do de arte. organismos de controlo, para informar
Destas Normas destacam-se a EN 81- os proprietrios sobre o nvel de segu-
28:2003 - Dispositivos de alarme remoto Alm disso, a esperana de vida maior e rana das suas instalaes;
para ascensores e ascensores de carga, as pessoas portadoras de uma deficincia d) Dos proprietrios, para modernizar os
prev a realizao de testes peridicos e c- esperam dispor da mesma acessibilidade ascensores existentes voluntariamente
clicos para aferir do correto funcionamento e conforto. Consequentemente, particu- e de acordo com a alnea c), na falta de
do sistema de comunicao bi-direcional, a larmente importante disponibilizar, para as regulamentao.
EN 81-70:2003 Acessibilidade dos Ascen- pessoas idosas ou portadoras de deficin-
sores a pessoas, incluindo pessoas com cia, um meio de transporte vertical seguro A Norma EN 81-80:2003 identifica 74 ris-
deficincia, onde se definem os requisitos no necessitando de qualquer vigilncia. cos/situaes de risco responsveis pelos
Falta de avental ou com um comprimento inadequa- Falta de proteo nas partes em movimento (Risco M preciso de paragem
do (Risco de queda para os utilizadores durante a de entalamento ou esmagamento para os tcnicos (Risco de queda para os utilizadores).
operao de resgate). de conservao).
elevare 15
Qualidade, segurana e ambiente
acidentes mais comuns que ocorrem nos certo que os ocupantes dos edifcios exis- Por isso, o Estado Portugus deveria, se-
ascensores. Esta Norma no de cumpri- tentes nas grandes cidades europeias so melhana de outros pases europeus, criar
mento obrigatrio mas, por toda a Europa, pessoas de maior idade, grande parte delas um plano, co-financiado ou no, articulado
a grande maioria dos pases, aps efetuar reformadas, vivendo das penses de refor- com as empresas de conservao para
uma avaliao dos riscos existentes no ma e, por conseguinte, sem grandes meios que, aps se caraterizar o parque nacional
parque de ascensores instalados nos seus financeiros para proceder modernizao de ascensores, se definam quais as medi-
edifcios, traou um plano de trabalhos dos ascensores. das a implementar de imediato e quais a
escalonados no tempo para implementar implementar, por exemplo, at prxima
aes corretivas, de forma a incrementar o Por outro lado, a atual conjuntura econ- inspeo peridica ou num espao tempo-
nvel de segurana dos ascensores existen- mica tambm no facilita. um problema ral de 10 ou 20 anos.
tes. Por exemplo, a Espanha identificou 16 social!
riscos mais crticos e publicou uma lei (RD Desta forma, teramos a certeza que, quan-
57/2005 de 21 de janeiro) que obriga sua E em Portugal? O que se tem feito para me- do utilizssemos um ascensor antigo, este
implementao. lhorar a segurana dos utilizadores e dos cumpriria os padres mnimos de seguran-
tcnicos de conservao nos ascensores a utilizados atualmente.
Com estas medidas vamos aproximando o antigos?
nvel de segurana dos ascensores antigos to fcil!
ao atualmente exigido! Infelizmente, praticamente nada! Haja vontade poltica!
16 elevare
Qualidade, segurana e ambiente
elevare 17
Notas tcnicas
1. A NOVA LEGISLAO
O Decreto-Lei n. 220/2008 de 12 de no-
vembro estabelece o regime jurdico da
segurana contra incndios em edifcios,
sendo as condies tcnicas gerais e espe-
cficas estabelecidas pelo regulamento tc-
nico aprovado pela Portaria n. 1532/2008
Nota: todos os artigos mencionados no artigo referem-se portaria 1532/2008 exceto
de 29 de dezembro. A legislao aqui dis-
quando indicada outra legislao.
cutida aplica-se s a edifcios cujo licencia-
mento tenha sido requerido aps o dia 1 de
janeiro de 2009. A sua aplicao a imveis
classificados est salvaguardada por um ser isoladas dos restantes espaos do edi- padro EI 30, para as paredes no resis-
artigo prprio que prev a adoo de me- fcio, com exceo da caixa do elevador ou tentes, REI 30, para as paredes resisten-
didas de auto-proteo adequadas, aprova- da bateria de elevadores, por elementos de tes e E 15 C, para as portas de patamar;
das pela Autoridade Nacional de Proteo construo com as classes de resistncia b) Para edifcios de altura inferior superior
Civil em favor do cumprimento das Normas ao fogo padro EI 60, para as paredes no a 28 m: EI 60, para as paredes no re-
de Segurana Contra Incndio. resistentes, REI 60, para os pavimentos e as sistentes, REI 60, para as paredes resis-
paredes resistentes e E 30 C, para as por- tentes e E 30 C, para as portas de pata-
Importa para j tomar contacto com os tas. Realce aqui para as portas das casas mar.
requisitos bsicos aplicveis ao setor do das mquinas que encontram finalmente a
transporte vertical uma vez que se est sua identidade: estanques ao fogo 30 minu- Devem ainda dispor de paredes EI ou REI 60
ainda no incio da aplicao desta legislao tos com fecho automtico (C). e portas de patamar E 30, quando sirvam
cuja aplicao no terreno vai acontecendo mais do que um piso abaixo do plano de re-
em funo do licenciamento de novos pro- Para o significado das letras R, E, I e C ver ferncia. Ter em conta que nos pisos abaixo
jetos de construo civil. ponto 5. do plano de referncia, os acessos aos ele-
vadores que sirvam espaos afetos utili-
O isolamento e proteo das caixas dos zao-tipo II (Estacionamento) devem ainda
2. REQUISITOS BSICOS elevadores apresentados pelo art. 28 es- ser protegidos por uma cmara corta-fogo.
DAS INFRA-ESTRUTURAS RELATIVAS tipula que as paredes e portas de patamar Ponto importante o que estabelece que as
A ELEVADORES devem cumprir: portas de patamar so obrigatoriamente de
Relativo casa de mquinas, quando exis- a) Para edifcios de altura inferior ou igual funcionamento automtico. Este requisito
tir, o art. 101. estabelece que estas devem a 28 m: classes de resistncia ao fogo merece uma ateno especial a ter em con-
18 elevare
Notas tcnicas
ta em remodelaes por causa das reas diferena relativamente aos requisitos da pelo art. 103 aponta para que os ascen-
disponveis e na instalao, por exemplo, de rea prevista diante da porta de patamar sores sejam equipados com dispositivos de
plataformas elevatrias cabinadas vulgo dos ascensores prioritrios de bombeiros chamada em caso de incndio, acionveis
Homelifts. um tema importante que merece discus- por operao de uma fechadura com con-
so dadas as questes de segurana que se tato localizada junto das portas de patamar
Finalmente para edifcios com altura su- prendem com o comportamento do ascen- do piso do plano de referncia, mediante
perior a 28 m, os elevadores podem co- sor durante a sua utilizao para evacuao uso de chave especial, e automaticamente,
municar diretamente com as circulaes e combate ao incndio; a NP EN 81-72, por a partir de sinal proveniente do quadro de
horizontais, com exceo dos ascensores exemplo, declara que deixa de ser aplicvel sinalizao e comando do sistema de alar-
prioritrios de bombeiros que devem ser no momento em que a cmara corta-fogo me de incndio, quando exista.
servidos por um trio com acesso direto for violada pelas chamas.
cmara corta-fogo que protege a escada O regulamento estabelece que exceo
e contm os meios de combate a incndio. de determinadas situaes especficas nele
Refira-se que no existe no regulamento 3. REQUISITOS ESSENCIAIS PARA TODOS definidas (alnea 1 do artigo 116.), todos os
definio para trio mas fica claro que no OS ASCENSORES edifcios devem ser equipados com instala-
uma cmara corta-fogo se levarmos Olhando agora para as exigncias aplicveis es que permitam detetar o incndio e, em
em conta o texto do artigo 105 o qual dis- a todos os ascensores instalados em edi- caso de emergncia, difundir o alarme para
pensa o sensor de temperatura por cima fcios abrangidos pelo novo regulamento, os seus ocupantes, alertar os bombeiros e
da verga da porta se o acesso ao trio for comeamos pelos indicativos de segurana acionar sistemas e equipamentos de segu-
efetuado por cmara corta-fogo a NP EN previstos no art. 102 em que se estabelece rana.
81-72:2007 d-nos a sua definio de trio que junto dos acessos aos ascensores deve
protegido contra o fogo como um espao ser afixado o sinal com a inscrio: No A chave de acionamento do dispositivo de
protegido do fogo, permitindo um acesso utilizar o ascensor em caso de incndio ou chamada em caso de incndio deve estar
seguro a partir das reas de utilizao do com pictograma equivalente. O Dispositivo localizada junto porta de patamar do piso
edifcio ao ascensor de bombeiros. Esta de chamada em caso de incndio referido do plano de referncia, alojada em caixa
PUB
Notas tcnicas
protegida contra o uso abusivo e sinalizada gislador adotou alguns dos requisitos es- funcionamento automtico com largura
com a frase Chave de manobra de emer- tabelecidos pela Norma Europeia EN 81-72 no inferior a 0,8 m; para equipamentos
gncia do elevador. Caso exista um posto relativa a ascensores de bombeiros. destinados a evacuao de pessoas em ma-
de segurana, dever existir a uma cpia da cas ou camas a cabina deve ter 1,1 m x 2,1 m
chave referida. O regulamento define como ascensor e as portas no inferiores a 1,1 m.
prioritrio para bombeiros, um elevador
O comportamento do ascensor na sequn- situado na fachada de um edifcio ou no seu O legislador cria condies para que o
cia da ativao do dispositivo de chamada (e interior, dispondo neste caso de caixa prpria auto-socorro do bombeiro que utiliza o
que na Norma NP EN 81-72:2007 designa- protegida, equipado com maquinaria, fonte ascensor para o combate ao incndio seja
do de Fase 1) deve ser o seguinte: de energia permanente e comandos espe- possvel exigindo um alapo de socorro
a) Enviar as cabinas para o piso do plano cialmente protegidos, com dispositivo de co- no teto da cabina com dimenses mnimas
de referncia e mant-las a estaciona- mando para utilizao exclusiva pelos bom- de 0,4 m x 0,5 m para os ascensores de
das com as portas abertas; beiros, em caso de emergncia. 630 kg e 0,5 m x 0,7 m para os restantes
b) Anular todas as ordens de envio ou de com meio de acesso a partir do interior
chamada eventualmente registadas; O art. 104 refere que este ascensor deve da cabina, degraus escamoteveis por
c) Neutralizar os botes de chamada dos ser aplicado em edifcios de altura superior exemplo para permitir a abertura do ala-
patamares, os botes de envio e de pa- a 28 m ou com mais de dois pisos abaixo do po alm de uma escada que colocada no
ragem das cabinas e os dispositivos de plano de referncia servindo todos os pisos interior ou exterior da cabina que permite
comando de abertura das portas; do edifcio e cada compartimento corta-fogo ao bombeiro a sada para o patamar mais
c) Se, no momento do acionamento do dis- (referncia aparentemente distinta da indi- prximo, medida que perante as distncias
positivo, qualquer das cabinas se encon- cada pelo art. 28) neles estabelecidos por entre portas de patamar que podem existir
trar em marcha, afastando-se do piso via da compartimentao geral e as zonas nas caixas poder no ser suficiente, sendo
do plano de referncia, devem parar, de refgio referidas no artigo 68. Deve ser aconselhvel seguir o requisito estabeleci-
sem abertura das portas e, em seguida, identificado no patamar do plano de refern- do na NP EN 81-72 de colocao de escada
ser enviadas para o piso referido. cia com a inscrio Ascensor prioritrio de fixa no interior da caixa do ascensor.
bombeiros ou pictograma equivalente.
A exigir particular ateno est o facto Dever estar previsto um sistema de in-
de existir um sinal de aviso que deve soar Alm do dispositivo de chamada referido no tercomunicao entre a cabina e o piso do
na cabina se, no momento de acionamen- ponto anterior, est previsto um dispositivo plano de referncia e o posto de segurana,
to do dispositivo, o ascensor se encontrar complementar acionado por chave prpria, quando exista.
em servio de inspeo ou de manobra de colocado no piso do nvel de referncia, que
socorro. Os tcnicos de manuteno de- desencadeia uma segunda atuao e o co- Refira-se que se o ascensor partilhar a cai-
vero ser informados em particular sobre loca ao servio exclusivo dos bombeiros, xa com outro ascensor como o caso dos
este ponto e sobre a correta forma de agir. restabelecendo a operacionalidade dos bo- ascensores duplos, as paredes da caixa
O funcionrio que se encontrar no teto da tes de envio da cabina e dos dispositivos de desse ascensor devero cumprir os re-
cabina, deve sair para o patamar, colocar comando de abertura das portas devendo a quisitos do artigo 28. o que implica que
o ascensor em modo automtico para que chave de manobra cumprir com os requi- a parede divisria da caixa dever ter as
regresse ao plano de referncia e sair do sitos da chave do dispositivo de chamada. caratersticas, tendo em conta a altura do
edifcio atravs do caminho previsto de eva- Alerta-se que a chave da manobra de bom- edifcio, de REI30/REI60 ou EI30/EI 60 quer
cuao do edifcio. Caso se encontre na casa beiros deve estar colocada na porta de pa- se tratem de paredes resistentes ou no.
de mquinas, ou qualquer local de maqui- tamar e no no interior da cabina. Quanto ao poo de cada ascensor, este
naria (que para um ascensor sem casa de deve ser equipado com meios apropriados
mquinas corresponde ao local da mqui- O regulamento no estabelece mais ne- para impedir o aumento do nvel da gua
na e quadro de manobra) deve proceder da nhum requisito relativamente ao compor- acima do nvel dos amortecedores da ca-
mesma forma. tamento do ascensor quando colocado bina completamente comprimidos, deven-
em modo de uso de bombeiros e que na NP do ser adotado um sistema de drenagem
Caso o ascensor esteja imobilizado por atu- EN 81-72: 2007 referido como Fase 2. conforme previsto no Captulo X do regu-
ao de um dispositivo de segurana quan- lamento.
do for acionado o dispositivo de chamada, A capacidade de carga nominal exigida no
deve-se manter imobilizado. pode ser inferior a 630 kg aumentando este O percurso entre o plano de referncia e o
valor para 1000 kg quando so equipamen- piso mais afastado deste deve ser feito num
tos para evacuao de pessoas em macas tempo inferior a 60 segundos, que ser rea-
4. ASCENSORES PARA USO PRIORITRIO ou camas de ascensores com acesso duplo. lizado com o ascensor alimentado por uma
DE BOMBEIROS A cabina de capacidade de carga de 630 kg fonte de emergncia como a definida no
Abordemos agora o ascensor para uso deve ter dimenses de 1,1 m x 1,4 m com artigo 72 e que dever existir sempre que
prioritrio de bombeiros para o qual o le- portas de patamar e cabina deslizantes de exista ascensores de bombeiros.
20 elevare
Notas tcnicas
Realce para as classes de proteo exigidas b) Ter capacidade de carga nominal no novos patamares o que ir representar um
para certo equipamento eltrico localizado inferior a 1 600 kg, dimenses mnimas custo acrescido para os ascensores, colo-
na caixa e cabina (IPX3) e instalado a menos de 1,3 m 2,4 m, e portas com largura cando mais presso nos custos da cons-
de 1 m do fundo do poo (IP67). no inferior a 1,3 m. truo, em especial para edifcios de altu-
ra superior a 28 m ou mais de 2 caves e
No artigo 105 mencionam-se os dispositi- Os artigos 211 e 214 definem as condies hospitalares e lares de idosos. Fica desde j
vos de segurana contra a elevao anor- para instalao de uma monta carros em o repto Elevare para que convide outros
mal da temperatura. edifcios de habitao e estacionamento. profissionais a apresentar a sua experincia
e conhecimento da nova legislao de segu-
Os parmetros que compem as classes rana contra incndio pois, como qualquer
5. OUTROS REQUISITOS de resistncia ao fogo padro (Anexo II do documento desta dimenso e complexida-
O artigo 235 estipula que os ascensores a 220/2008) para produtos de construo de, no estar isento de crticas mas sero
instalar em edifcio de utilizao tipo V Hos- mencionados nos requisitos para ascenso- estas, juntamente com a experincia do ter-
pitalares e lares de idosos que no sendo res so os seguintes: reno que o podero fazer evoluir.
de uso prioritrio de bombeiros e se desti- a) R: capacidade de suporte de carga;
nam a apoiar a evacuao de pessoas em b) E: estanquidade a chamas e gases Deixa-se entretanto uma sugesto: a con-
camas, com assistncia mdica, devem, para quentes; sulta da Norma NP EN 81-72: 2007 Ascen-
alm de alguns dos anteriormente mencio- c) I: isolamento trmico; sores de Bombeiros para esclarecimento
nados, cumprir os seguintes requisitos: f) C: fecho automtico; e adoo de eventuais medidas para situa-
a) Possuir acesso protegido por cma- es consideradas importantes mas que se
ra corta-fogo em todos os pisos, com encontrem omissas na atual legislao.
exceo dos trios de acesso direto ao 6. CONCLUSES
exterior e sem ligao a outros espaos Face ao apresentado conclui-se que o grau Conclumos referindo que a leitura deste
interiores distintos de caixas de escadas de exigncia aumentou relativamente le- artigo no dispensa a leitura da legislao a
protegidas; gislao anterior, levando a segurana para qual aconselhamos vivamente.
PUB
Legislao
INTRODUO
O setor da elevao tradicionalmente (auto)
regulado vive, atualmente, momentos de
incerteza a que a no alheia a profunda
crise em que estamos mergulhados.
Neste quadro, importa que todos os inter-
venientes tenham claro o seu papel e que
as regras sejam totalmente claras e trans-
parentes. Na presente conjuntura, o papel Novas instalaes; Como decorre do seu prprio estatuto, es-
da regulao e o suporte da legislao so Modernizaes/reparaes tas Diretivas esto transpostas para o nos-
fundamentais, num setor que tem como (instalaes existentes); so ordenamento jurdico, respetivamente
principal misso assegurar a movimenta- Servio de assistncia tcnica/manu- pelos DL 103/2008 e DL 295/98 com as
o de pessoas em condies de conforto teno. alteraes introduzidas pelo DL 176/2008.
e segurana. Todavia, nem sempre a exis-
tncia da lei condio suficiente, se bem Vejamos ento qual a situao e o suporte De forma simplificada, podemos dizer que
que necessria, sendo fundamental o papel legal para cada uma das atividades: a colocao no mercado (ou em servio)
da tutela para que no haja perverso das de novas instalaes, incluindo-se neste
regras do jogo. 1.1. Novas instalaes conceito a instalao de novas unidades em
Vivemos como sabido uma profunda crise edifcios existentes ou a substituio de as-
A ANIEER Associao Nacional dos Indus- no setor da construo civil com os inevit- censores, faz-se com base no Decreto-Lei
triais de Elevadores e Escadas Rolantes, veis reflexos no negcio de novas instala- n.o 295/98, no respeito pelos requisitos es-
consciente do seu papel, pretende com este es. Esta , todavia, a rea que em termos senciais de sade e segurana, recorrendo
artigo contribuir para situar os problemas de suporte legal est melhor enquadrada ou no s normas harmonizadas aplicveis.
e chamar a ateno para os riscos que se e regulada, pese embora se verifique a ne-
correm se, em tempo oportuno, no forem cessidade de reforo dos mecanismos de Neste processo, para l das empresas, in-
tomadas medidas que re-coloquem a ati- salvaguarda. tervm uma nova categoria de agentes, de-
vidade no seu verdadeiro lugar. Questes nominados Organismos Notificados (ON), os
como a aplicao da Diretiva 95/16/CE, o Em Portugal, tal como na Europa em geral, quais assumem em todo o processo um pa-
exerccio da atividade de manuteno, a as novas instalaes so realizadas com pel de extrema relevncia, quer na certifica-
forma como as inspees peridicas so ou base num conjunto de Diretivas, designa- o de componentes e ascensores, quer na
no realizadas, devem merecer uma pro- das Diretivas Nova Abordagem, as quais, realizao do controlo final, ps instalao.
funda reflexo por parte de todas as enti- so suportadas num conjunto de normas
dades e/ou empresas envolvidas. harmonizadas. Pese embora, o conjunto de Em jeito de resumo podemos dizer que as
Diretivas com impacto direto na atividade novas instalaes podem ser colocadas no
seja bastante extenso, no mbito deste arti- mercado por duas vias fundamentais:
1. PONTO DE SITUAO - COMO ESTAMOS? go faremos referncia apenas s duas prin-
No que se segue, pese embora a atividade cipais, dado o seu papel estruturante para Ascensores com exame CE de tipo (mo-
seja um todo, vamos especializ-la nas di- todo o setor da elevao. delo): neste caso, as empresas direta-
ferentes reas de negcio como forma de mente se forem empresas certificadas
melhor podermos caraterizar a situao de Referimo-nos naturalmente s Diretivas : com extenso Diretiva, ou atravs
cada uma. So as seguintes as trs reas de Mquinas 2006/42/CE de organismo notificado, procedem ao
atividade que nos propomos abordar: Ascensores 95/16/CE controlo final, e verificadas as condi-
22 elevare
Legislao
es de instalao procedem emisso tindo zonas cinzentas que urge clarificar. Municipais - em si mesmo uma vantagem,
da declarao de conformidade e apo- Sendo certo, nos termos do Decreto-Lei no tem respondido, antes pelo contrrio.
sio da marcao CE na cabina. n.o 320/2002, que a substituio parcial de As dificuldades de algumas Cmaras Muni-
componentes deve fazer-se de acordo com cipais em responder s competncias que
Ascensores em presuno de confor- a Diretiva. No est, todavia, claro o alcance lhe esto cometidas pelo Decreto-Lei, a
midade: neste caso deve ser aferida a e a extenso das suas implicaes, havendo juntar perspetiva "puramente financeira"
aplicao das normas harmonizadas interpretaes dspares sobre esta matria. de algumas outras, leva a que o processo
correspondentes, seja pela prpria em- se tenha afastado dos saudveis princpios
presa instaladora se para tal possuir O exemplo mais ilustrativo desta falta de que levaram sua instituio melhorar a
estatuto, seja atravs de organismo no- clareza a situao que resulta da instala- segurana dos equipamentos, aproveitan-
tificado. o de porta de cabina em ascensores que do para tal o conhecimento e a proximidade
a no possuem. dos municpes.
Este processo fecha-se com a emisso da
declarao de conformidade e com a aposi- Qual a extenso da interveno? Foi partindo desta realidade que nos lti-
o da marcao CE, como na situao an- Est claro que a porta deve obedecer aos mos 3/4 anos dedicamos muito da nossa
terior. A situao do ponto de vista legal requisitos da Diretiva 95/16/CE, mas, o que ateno necessidade de alterao do DL
hoje suficientemente clara, havendo todavia dizer do aumento de peso da cabina? Em 320/2002, propondo a melhoria dos aspe-
um dfice do ponto de vista de controlo de que medida se assegura que este aumen- tos reformveis, a substituio de outros,
aplicao da Diretiva que importa sublinhar. to de peso suportvel pelos diversos r- bem como a introduo de instrumentos
gos do ascensor afetados pela alterao, que ajudem a melhorar o funcionamento
Comea a ser evidente que o nvel de cum- nomeadamente o pra-quedas? Como se do diploma e com ele a melhoria de segu-
primento dos requisitos da Diretiva pouco refletem estas alteraes no cadastro das rana para os utilizadores. O problema das
consistente, havendo indcios de que h situ- instalaes? Como se inspecionam estes instalaes mais antigas e das suas condi-
aes no mercado pouco regulares, para as equipamentos no futuro? Deixamos o lei- es de segurana , todavia, uma questo
quais entendemos que a entidade respons- tor com estas interrogaes, reiterando comum grande maioria dos pases euro-
vel pela aplicao da Diretiva - DGEG, deve que esta uma rea muito sensvel, quer peus, razo pela qual em 2000, a Comisso
dirigir a sua ateno. do ponto de vista das salutares regras de Europeia concedeu ao CEN (Comit Europeu
concorrncia, quer pelas implicaes na se- de Normalizao) mandato para a prepara-
1.2. Modernizaes/Reparaes gurana dos utilizadores. o de uma norma para a melhoria da segu-
Esta a rea de atividade onde a falta de re- rana dos elevadores existentes, que viria a
gulao mais se faz sentir. Tal situao que 1.3. Assistncia tcnica/manuteno ser publicada em 2003.
j era suficientemente difusa em termos As questes da manuteno esto hoje
de processo e de responsabilidade, assu- suportadas no Decreto-Lei n.o 320/2002. Esta norma, EN 81-80:2003, viria a ser
me com o advento dos ascensores modelo Pese embora o esforo meritrio de algu- conhecida pelo acrnimo de SNEL (Safety
uma particular acuidade. Questes como mas entidades Empresas (EMAs), Enti- Norm for Existing Lifts).
as que resultam da interveno sobre com- dades Inspetoras (Eis), Cmaras Municipais
ponentes de segurana (de acordo com o (CM), e outras a verdade que os grandes O que a SNEL?
conceito da Diretiva) de ascensores modelo objetivos desta legislao no foram atingi- Partindo da constatao de que uma par-
so crticas, exigindo por isso uma resposta dos. As Inspees peridicas, pea nuclear te significativa do parque existente, mais
das autoridades, que impea uma completa como garante da segurana das instala- de 50%, tem 30 ou mais anos e tendo em
perverso dos critrios de segurana sub- es, ficaram muito aqum do esperado. conta a natural evoluo do estado de arte,
jacentes aplicao das Diretivas. chegou-se concluso de que existem mais
hoje, um dado adquirido que o nmero de de 70 pontos crticos, que correspondem a
Do nosso ponto de vista, qualquer interven- IPs realizadas, no ultrapassa os 50-60% outras tantas situaes de risco, que afe-
o sobre ascensores modelo que tenha do parque, sem esquecer a complexa situa- tam esses equipamentos. Todavia, reconhe-
que ver com componentes de segurana ou o resultante de grande nmero de reins- cendo-se que as condies do parque so
outros que possam afetar funes de segu- pees, que ou no se realizam nos prazos diferentes de pas para pas e que as realida-
rana do equipamento s poder ter um de legais ou pura e simplesmente no se rea- de econmico-social so distintas, a norma
dois caminhos: ou se substitui o componen- lizam, deixando fora do processo as situa- contm em si mesmo os mecanismos para
te por outro igual, ou se se verificar qual- es mais problemticas, gerando uma teia a adaptao a cada pas. Cada pas decidi-
quer alterao tal implicar a necessidade complexa de problemas no mbito comer- r, as suas medidas, quais a prioridades e
de validao por organismo notificado. cial, em benefcio do infrator e agravando o os respetivos calendrios. O mapa a seguir
risco para os utentes. ilustra a situao de aplicao da SNEL na
De igual modo, a modernizao das unida- Europa, encontrando-se Portugal no lote
des instaladas antes da entrada em vigor da O diploma apresenta algumas fragilidades, de pases em que pouco ou nada foi feito no
Diretiva Ascensores, est pouco clara, exis- a que a descentralizao pelas Cmaras sentido da sua aplicao.
elevare 23
Legislao
3. CONCLUSES
Do que fica dito, lcito retirar um conjunto
2. EXPETATIVAS DO SETOR Recolha e divulgao oficial das es- de ideias fora que na nossa opinio deve-
Que podemos esperar nos prximos tem- tatsticas do parque de equipamentos ro estar na base de um plano de ao para
pos? De forma telegrfica poderemos sin- em explorao e em particular dos os tempos que se avizinham:
tetizar as expetativas do setor em 3 gran- acidentes; A reviso do Decreto-Lei n.o 320/2002
des reas: Cumprimento das exigncias legais e como pea nuclear, para melhorar a
2.1. Melhoria da segurana; regulamentares de mobilidade segura qualidade do parque instalado e reforar
2.2. Reforo do controlo/fiscalizao e re- para todos, incluindo os portadores de a confiana dos proprietrios e utentes;
gulao da atividade; deficincia. A DGEG deve assumir uma liderana
2.3. Maior e decisivo envolvimento da tutela. clara e efetiva de todo o processo, cha-
2.2. Reforo do controlo/fiscalizao mando ao mesmo os meios humanos
Apresentamos na continuao as medidas e regulao da atividade necessrios, contando para tal com a
que consideramos indispensveis em cada Alargamento do processo de IPs, cobrin- cooperao da indstria, em benefcio
uma das vertentes, pese embora possamos do o universo de unidades instaladas; do consumidor;
considerar que as mesmas se entrecruzam Adoo de medidas de salvaguarda que As medidas de melhoria da segurana
entre si. Vejamos: garantam o normal funcionamento das tipificadas na SNEL devem ser prioriza-
regras da concorrncia, nomeadamente: das e calendarizadas, processo este que
2.1. Melhoria da segurana - Processos de apoio cobrana de deve ser institudo atravs de um ade-
Nesta matria consideramos prioritrias as servios prestados, naturalmente quado instrumento legal. Este processo
seguintes medidas: com a salvaguarda dos legtimos deve ser desenvolvido com a participa-
Reviso do Decreto-Lei n.o 320/2002, direitos dos proprietrios; o das associaes do setor bem como
por forma a adequ-lo s reais necessi- - Acesso a documentao, informa- de outros intervenientes, nomeadamen-
dades do setor, conferindo s IPs um pa- o tcnica e ferramentas neces- te em representao dos consumidores;
pel fundamental como garante das con- srias e/ou componentes, que per- A legislao existente deve ser aplicada
dies de segurana dos equipamentos; mitam o exerccio da atividade de no seu esprito e letra com total respei-
Regulamentao da SNEL, definindo-se manuteno de forma sria e res- to pela segurana dos utilizadores, no-
quais as medidas a adotar e respetivos ponsvel, garantindo a segurana meadamente das pessoas portadoras
calendrios; dos utilizadores; de deficincia.
24 elevare
Dossier: eficincia energtica
Eficincia energtica
F. Maurcio Dias
Departamento de Engenharia Eletrotcnica do Instituto Superior
SUMRIO
A eficincia energtica uma preocupao
crescente na sociedade face a questes
econmicas e ambientais. nesse cenrio
que o setor da elevao se insere e, tam-
bm, deve responder afirmativamente ao
desafio ultrapassando as barreiras existen-
tes e aproveitando as oportunidades que
vo surgindo com vista a contribuir para o
bem comum atravs de adoo de medidas
Gideon Tsang
de promoo da eficincia energtica.
PALAVRAS CHAVE
Eficincia energtica, desenvolvimento sus- das suas reservas mundiais. Muito em- final do sculo XX atravs da constatao
tentvel, elevadores, diretivas comunit- bora, nos nossos dias se fale e se aposte que todo o desenvolvimento econmico
rias, modo standby, modo funcionamento. nas energias renovveis como a solar e a ter de estar suportado num equilbrio eco-
elica, estas apenas servem de comple- lgico/ambiental e garantir a manuteno
mento a formas de produo de energia da qualidade de vida das populaes. A de-
1. INTRODUO mais intensivas. Outro problema associado finio mais usada para o desenvolvimento
Sempre que desenvolvemos qualquer ta- utilizao dos combustveis fsseis para sustentvel [1] :
refa, tal como: ver televiso, utilizar um produo de energia est relacionado com O desenvolvimento que procura satis-
computador, utilizar um veculo motori- o aumento da concentrao de dixido de fazer as necessidades da gerao atu-
zado, utilizar uma caixa automtica para carbono na atmosfera, agravando o efeito al, sem comprometer a capacidade das
consulta do saldo de uma conta bancria, de estufa e tendo como consequncia o geraes futuras de satisfazerem as
utilizar o elevador para sair de casa... esta- aquecimento global do planeta que arrasta suas prprias necessidades, significa
mos a consumir energia. Este simples ato uma srie de outros problemas para todos possibilitar que as pessoas, agora e no
dirio, embora passe quase despercebido, os seres vivos. futuro, atinjam um nvel satisfatrio de
est presente no nosso trabalho, na nossa desenvolvimento social e econmico e
casa, nos transportes, no nosso conforto, Perante esta situao estamos num dilema: de realizao humana e cultural, fazen-
ou seja, no nosso modo de vida. Esta depen- ou abrandamos o consumo e hipotecamos do, ao mesmo tempo, um uso razovel
dncia faz com que a energia, nas suas mais o nosso modo de vida, ou continuamos a dos recursos da terra e preservando as
diversas formas, constitua algo de extrema consumir para manter o estado atual e pro- espcies e os habitats naturais.
importncia para a sociedade atual e cujo vocamos o colapso do planeta. Certamente
consumo tendencialmente se acentua fruto a realidade no possui s duas faces, so Ou seja, no devemos consumir os recur-
do desenvolvimento econmico, da procura possveis outras sadas para o problema sos naturais numa taxa superior taxa de
de maior conforto por parte da populao e que satisfaam todas as partes. renovao desses recursos de modo a evi-
do aumento demogrfico da mesma. tar o seu esgotamento.
elevare 25
Dossier: eficincia energtica
Aumento das energias renovveis; que podem (e devem) ser implementadas e variao de velocidade por variao de
Fixao de dixido de carbono. cujos resultados so facilmente visveis em frequncia;
termos econmicos. As medidas a adotar b) Utilizao de motores de alto rendi-
No caso dos ascensores, e considerando podem-se agrupar atendendo ao estado do mento (Classe IE 3) ou muito alto rendi-
o elevado nmero de unidades em todo o elevador, em modo standby e em modo de mento (Classe IE 4);
mundo, segundo [3], na Unio Europeia, o funcionamento. c) Aplicao de variadores de velocidade
consumo dos motores eltricos dos eleva- por variao de frequncia a elevado-
dores/escadas mecnicas/tapetes rolantes O modo standby responsvel por um res com mquinas de 1 ou 2 velocida-
de 11% do consumo de energia eltrica consumo assinalvel do equipamento, e des;
no setor tercirio. Este facto revela que em equipamentos com baixa utilizao d) Utilizao de variadores eletrnicos de
a aplicao de tcnicas que promovam a pode ultrapassar 50% do consumo do velocidade com regenerao.
eficincia energtica destes equipamentos elevador. Por este facto deve ser dada
possui resultados extremamente motiva- muita ateno a este estado quando pre- Outras medidas de carter mais geral tam-
dores para a reduo dos consumos e com tendemos tornar o elevador mais eficiente bm devem ser adotadas para melhorar a
reflexos significativos na reduo (indireta) energeticamente. As principais medidas a eficincia energtica. Dessas medidas des-
de emisses de CO2. tomar devem incidir em: tacam-se:
a) Comando do Ascensor: mesmo com o a) Tornar o elevador mais "leve" atravs
Com vista a promover uma drstica redu- elevador parado h diversos equipa- da utilizao de novos materiais para
o de emisses de CO2, e dar cumprimen- mentos a consumir energia (autmato, que a mquina possa ter uma potncia
to ao Protocolo de Kioto, a Unio Europeia transformadores, ...); inferior;
emanou Diretivas que, direta ou indireta- b) Displays nos patamares: lmpadas ou b) Sistema de arrefecimento da casa de
mente, abordam o tema da utilizao de segmentos continuamente ligados: mquinas controlado por termstato;
energia. As Diretivas mais relevantes so: c) Painel de botoeira de cabina: situao c) Nos ascensores com casa das mqui-
Diretiva 2002/91/CE de 16 de dezembro idntica dos displays nos patamares; nas, instalao de luminrias de baixo
de 2002 - "EPB - Energy Performance of d) Variador de frequncia: quando o as- consumo na casa de mquinas do as-
Buildings" (Desempenho Energtico de Edi- censor dotado de um sistema de va- censor;
fcios), transposta parcialmente para o di- riao de frequncia, o variador estar d) Prever luminrias de baixo consumo
reito nacional pelo Decreto-Lei n.o 78/2006 sempre ativo, mesmo quando o ascen- nos patamares, podendo o seu coman-
de 04 de abril, e a Diretiva 2005/32/CE de sor no se encontra em movimento; do ser efetuado por sensores de movi-
06 de julho de 2005 EuP Energy Using e) Cortina foto-eltrica ou clula foto-el- mento;
Products (Requisitos de conceo ecolgi- trica: continuamente ativo; e) Instalao de luminrias de baixo con-
ca dos produtos que consomem energia). f) Luz de cabina: em muitos ascensores, sumo na caixa do ascensor.
alm de possuir iluminao incandes-
Ambas as Diretivas no referem explici- cente, est permanentemente ligada; Contudo, importante ter em ateno que
tamente os ascensores quando se aborda g) Motor da porta de cabina: sempre em a preocupao com a eficincia energtica
a temtica do aumento da eficincia ener- carga, para garantir que a porta de ca- deve estar presente em todas as fases do
gtica. Na Diretiva EPB so referidos es- bina se mantm fechada; produto, assim desde a conceo, venda
sencialmente equipamentos tcnicos dos h) Dispositivo de excesso de carga: siste- (adequao do equipamento ao tipo de edi-
edifcios como sistemas de aquecimento, ma continuamente ligado; fcio), utilizao, manuteno e abate deve-
climatizao e iluminao, bem como sis- i) Extrator instalado no teto da cabina: mos garantir que tudo foi feito de forma a
temas de isolamento trmico dos edifcios. quando existe, em certos casos, pode minimizar o consumo de energia.
Na EuP, por sua vez, tambm no se indi- estar permanentemente ligado;
cam especificamente os ascensores, em- j) Sistema de comunicao bidirecional:
bora sejam referidos por exemplo motores para os ascensores instalados ao abri- 4. PROMOO DA EFICINCIA ENERGTICA
eltricos, que faro parte integrante de um go da Diretiva Ascensores a sua instala- DIFICULDADES/DESAFIOS
ascensor. Em Portugal, o Sistema de Cer- o obrigatria. um dispositivo que Nos nossos dias, a preocupao com a efici-
tificao Energtica de Edifcios tambm deve estar permanentemente ativo, ncia energtica nos equipamentos de ele-
no contempla os ascensores com vista logo possui um consumo permanente. vao algo que comea a dar os primeiros
classificao energtica do edifcio, o que passos, logo, a quebrar diversas barreiras
se revela uma lacuna importante e que Quanto ao modo de funcionamento, tradi- tpicas da mudana. Salvo raras excees,
urge corrigir. cionalmente, somos mais sensveis ao seu as principais barreiras que se podem apon-
consumo quando comparado com o modo tar esto associadas a:
standby. Aqui, as medidas a implementar a) Pouca sensibilidade dos intervenientes
3. SOLUES TCNICAS E TECNOLGICAS podero incidir nos seguintes aspetos: no mercado para as questes da efici-
Com vista a potenciar a eficincia energtica a) Utilizao de mquinas sem redutor de ncia energtica;
dos elevadores existem diversas medidas manes permanentes com controlo por b) Desconhecimento das tecnologias que
26 elevare
Sancho McCann
Dossier: eficincia energtica
permitem promover a eficincia ener- finir a metodologia de certificao das de promoo da eficincia energtica
gtica dos ascensores; energtica dos elevadores (a Norma no setor um dever moral para com as ge-
c) O Sistema Nacional de Certificao alem VDI 4707:2009 Ascensores raes futuras que todos temos de assumir
Energtica e da Qualidade do Ar Interior Eficincia Energtica (2009), define e que a ELEVARE est a dar o primeiro passo
nos Edifcios (SCE) no contempla os a metodologia); destacando este tema na sua primeira pu-
ascensores; d) Alteraes nos regulamentos: blicao.
d) Os fabricantes/instaladores, na grande a. Exigncia, no ato da venda, de apre-
maioria dos casos, desconhece o com- sentao da classificao energti-
portamento energtico dos equipamen- ca do ascensor; 6. BIBLIOGRAFIA
tos; b. Nas remodelaes exigir que as [1] Report of the World Commission on Environ-
e) Utilizao de tecnologias mais baratas alteraes sejam realizadas obser- ment and Development, United Nations, Au-
e menos eficientes; vando-se as melhores prticas de gust de 1987;
f) Quem adquire o equipamento, normal- eficincia energtica. [2] Manual de Boas Prticas de Eficincia Ener-
mente, no o cliente final, logo, no ato e) As empresas de maior dimenso j apre- gtica, ISR Departamento de Engenharia
da compra, a sua maior preocupao sentam solues energeticamente mais Eletrotcnica e de Computadores da Univer-
o preo; eficientes o que faz com que o mercado sidade de Coimbra, novembro 2005;
g) A eficincia energtica dos equipamen- tendencialmente as acompanhe. [3] Ferreira, F.; Coelho, D.; Otimizao de Siste-
tos no um fator que pese na escolha mas Eltricos de Fora Motriz", Revista Manu-
do equipamento, concorre com outros teno, n.o 85, 2005;
fatores mais valorizados (conforto, es- 5. CONCLUSES [4] Diretiva 1995/16/CE do Parlamento Europeu
ttica, ...); As principais concluses relativas ao tema e do Conselho de 29 de junho de 1995 Di-
h) No existe uma norma europeia ou na- da eficincia energtica no so novas e retiva Ascensores. Jornal Oficial das Comuni-
cional que defina os critrios com vista aparecem numa perspetiva muito abran- dades Europeias;
determinao da classe energtica gente a nvel global. A Unio Europeia, atra- [5] Diretiva 2002/91/CE do Parlamento Europeu
dos ascensores. vs da publicao de Diretivas, pretende e do Conselho de 16 de dezembro de 2002
colocar os seus membros numa posio EPB Energy Performance of Buildings
No entanto, existem outros aspetos que ativa face a estas questes. O caso dos Desempenho Energtico de Edifcios. Jornal
podem ser considerados com vista a pro- elevadores uma pea deste puzzle com- Oficial das Comunidades Europeias;
mover a aplicao de tcnicas e tecnolo- plexo mas com grande relevncia face ao [6] Diretiva 2005/32/CE do Parlamento Euro-
gias ao nvel da eficincia energtica des- nmero de equipamentos instalados, o que peu e do Conselho de 06 de julho de 2005
tacando-se: representa uma fatia significativa nos con- EuP Energy Using Products Requisitos
a) O aumento crescente do preo da ener- sumos de energia eltrica. No entanto, v- de Conceo Ecolgica dos Produtos que
gia eltrica; rios fatores, nomeadamente econmicos e Consomem Energia. Jornal Oficial das Comu-
b) Incentivos adoo de medidas que vi- desconhecimento tcnico, levam a que haja nidades Europeias;
sem o fomento da eficincia energtica; alguma dificuldade na implementao das [7] Norma Alem VDI 4707:2009 Ascensores
c) Adoo/criao de normas euro- medidas. Independentemente de questes Eficincia Energtica (2009), Verein Deuts-
peias ou nacionais com vista a de- tcnicas e econmicas, a adoo de medi- cher Ingenieure (VDI).
elevare 27
Dossier: eficincia energtica
Regenerao
O que e como funciona
Carlos Dias Gens
28 elevare
Dossier: eficincia energtica
elevare 29
Dossier: eficincia energtica
INTRODUO
Atualmente existem cerca de 4,8 milhes
de elevadores, bem como cerca de 75 mil
escadas e tapetes rolantes instalados por
toda a Unio Europeia dos 27. Todos os
anos, 115 mil novos elevadores e 3,5 mil
escadas rolantes so colocados em fun- Figura 1. Distribuio de elevadores por setor.
cionamento. Tendo em conta as tendncias
demogrficas, bem como uma necessidade
crescente por convenincia, esperado que de associaes nacionais de elevadores e tributo para melhorar a compreenso do
o nmero de elevadores e escadas rolan- escadas rolantes da Associao Europeia consumo de energia e eficincia energtica
tes instalados mundialmente aumente, tal de Elevadores (ELA) de 19 pases europeus de elevadores e escalas rolantes na Euro-
como na Europa. O consumo energtico Alemanha, ustria, Blgica, Repblica pa. Os objetivos desta campanha foram a
dos elevadores estima-se atualmente em Checa, Dinamarca, Finlndia, Frana, Gr- ampliao da base emprica do consumo de
3 a 5% do consumo global de um edifcio cia, Hungria, Luxemburgo, Holanda, Polnia, energia de elevadores e escadas rolantes,
[1] [2]. Cerca de um tero do consumo fi- Portugal, Espanha, Sucia, Reino Unido, No- fornecer dados de monitorizao dispon-
nal de energia na Comunidade utilizado ruega e Sua. O objetivo deste inqurito foi veis publicamente e encontrar dicas para
no setor tercirio e residencial, sobretudo a caraterizao dos equipamentos instala- configuraes de sistemas de elevada efi-
em edifcios. Devido crescente exigncia dos, de acordo com as suas caratersticas cincia. O nmero inicial de instalaes a
de conforto, o consumo de energia em edi- tecnolgicas bsicas e o tipo de edifcio serem monitorizadas no mbito deste Pro-
fcios registou recentemente um aumento onde esto instalados. De acordo com os jeto era de 50 mas, no final, 74 elevadores
significativo, sendo este um dos principais resultados do inqurito existem cerca de e 7 escadas rolantes, isto , um total de 81
motivos que levaram a uma maior quan- 4,5 milhes de elevadores instalados nos instalaes, foram analisadas nos quatro
tidade de emisses de CO2. Existem, neste 19 pases pesquisados. A Figura 1 mostra a pases em estudo: Alemanha, Itlia, Polnia
setor, elevados potenciais de poupana distribuio, por setor, dos elevadores ins- e Portugal.
inexplorados em equipamentos energica- talados em cada um dos pases estudados.
mente eficientes, decises de investimento Foi feito um esforo para selecionar eleva-
e abordagens comportamentais. O Projeto Nos pases estudados, os elevadores re- dores com diferentes idades e utilizando di-
E4 teve como objetivo melhorar o desem- sidenciais representam, de longe, o maior ferentes tecnologias de forma a permitir a
penho energtico dos elevadores e escadas grupo com cerca de 2,9 milhes de eleva- comparao da performance de uma vasta
rolantes, nos edifcios do setor tercirio e dores em utilizao. Segue-se o setor ter- gama de elevadores com diferentes cara-
nos edifcios residenciais multi-familiares. cirio com cerca de 1,4 milhes de elevado- tersticas.
Este artigo tem como objetivo apresentar res instalados e no setor industrial existem
os principais resultados do projeto. apenas 180 mil elevadores. A Figura 2 mostra a segmentao das uni-
dades monitorizadas pelo tipo de tecnolo-
gia utilizada.
MERCADO EUROPEU DE ELEVADORES E CONSUMO DE ENERGIA DOS ELEVADORES E
ESCADAS ROLANTES ESCALAS ROLANTES Foi utilizada uma metodologia comum a
Como parte do Projeto E4 foi realizado um Uma campanha de monitorizao foi rea- todos os parceiros para garantir a repe-
inqurito com a colaborao dos membros lizada no mbito do Projeto E4 como con- tibilidade das medies [3]. Esta metodo-
30 elevare
Dossier: eficincia energtica
logia descreve a medio da energia el- Os valores medidos da potncia em standby Como pode ser visto, o consumo de energia
trica consumida durante um perodo de tambm apresentam uma grande variao. elctrica em standby representa uma parte
utilizao normal de elevadores, escalas Este consumo em standby deriva dos siste- importante do consumo total de eletricida-
e tapetes rolantes. Em particular feita ma de controlo, iluminao, displays e con- de, sobretudo em elevadores instalados no
a distino entre o consumo em funcio-
namento e em standby nos equipamentos
analisados.
elevare 31
Dossier: eficincia energtica
32 elevare
PUB
TWh quando as tecnologias que esto a ser desenvolvidas
so utilizadas, o que se traduz numa reduo de cerca de 4,4
milhes de toneladas de CO2eq e 5,2 milhes de toneladas de
CO2eq, respetivamente, com os mtodos atuais de produo
de eletricidade.
CONCLUSES
Weidmller Weidmller
O potencial de reduo da energia consumida no modo standby
Quadros para Fotovoltaicas Ethernet/Profibus
uma oportunidade para a eficincia energtica que no pode
ser ignorada: a necessidade energtica no modo standby pode
ser reduzida em mais do que 70% se for utilizada a melhor
tecnologia disponvel. No entanto, a percentagem do modo
standby nos elevadores representa 5 a 95% do consumo total,
o que um amplo intervalo. Este amplo intervalo deriva, por
um lado, do padro de utilizao quanto maior o nmero de Carlo Gavazzi Carlo Gavazzi
viagens, maior a importncia relativa deste tipo de consumo Sensores de Nvel Sensores de Vento
e, por outro lado, o consumo de energia durante o modo de
funcionamento e o modo de standby determinado pela tecno-
logia utilizada e pela sua eficincia energtica.
o que se traduz numa reduo de cerca de 4,4 milhes de Rels de Estado Slido Contadores Analgicos e Digitais
REFERNCIAS
Schmersal Schmersal
[1] Sachs, H. M. Opportunities for elevator energy efficiency impro-
Autmatos de Segurana Barreiras de Segurana IP69K
vements, ACEEE, April 2005. www.aceee.org/buildings/coml_
equp/elevators.pdf;
[2] E4 - Energy Efficient Elevators and Escalators, WP3 D3.2-Coun-
try reports with the results of the monitoring campaign, Report
elaborated for the EC, December 2009, www.e4project.eu (docu-
ments section);
[3] Brzoza-Brzezina, Krzysztof (2008): Methodology of energy me- Enda Enda
asurement and estimation of annual energy consumption of lifts Controladores de Temperatura Potenciometros Digitais
(elevators), escalators and moving walks. Project report of the E4
project. www.e4project.eu (documents section);
[4] De Almeida, A. T., Patro C., Fong J., Nunes U., Arajo, R. E4 - Ener-
gy Efficient Elevators and Escalators, WP4 D4.2: Estimation of
Savings, Report elaborated for the EC, December 2009, www. AVControlo - Material Elctrico, Lda.
e4project.eu (documents section). Centro Empresarial AAA - Rua Ponte de Pedra - 240 D19 - 4470-108 Gueifes - Maia
Telefone: 220 187 283 - Fax: 222 455 240
www.avcontrolo.pt - [email protected]
Dossier: eficincia energtica
que possibilitem uma comparabilidade das mente para a ordem jurdica nacional esta
diferentes solues oferecidas pelos fabri- 2 O objetivo desta Diretiva passa pela promo- Diretiva Comunitria, tendo como finalidade
cantes atravs de uma identificao fcil, o da melhoria do desempenho energtico assegurar a aplicao regulamentar, nome-
uniforme e normalizada da classe de efici- dos edifcios na Comunidade, tendo em conta adamente no que respeita s condies de
ncia energtica. as condies climticas externas e as condi- eficincia energtica, utilizao de sistemas
es locais, bem como as exigncias em ma- de energias renovveis e, ainda, s condies
Este artigo apresentar um breve resumo tria de clima interior e a rentabilidade eco- de garantia da qualidade do ar interior, de
de algumas das normas atualmente exis- nmica. Esta Diretiva estabelece requisitos acordo com as exigncias e disposies con-
tentes ou em fase de elaborao sobre a em termos de: tidas em:
eficincia energtica em ascensores. a) enquadramento geral para uma metodologia a) Regulamento das Caratersticas de Compor-
de clculo do desempenho energtico inte- tamento Trmico dos Edifcios (RCCTE) De-
grado dos edifcios; creto-Lei 80/2006 de 04 de abril, e
2. AS NORMAS EXISTENTES b) aplicao de requisitos mnimos para o de- b) Regulamento dos Sistemas Energticos e de
Segundo um estudo da Unio Europeia1, o sempenho energtico de novos edifcios; Climatizao dos Edifcios (RSECE) Decreto-
setor dos edifcios ser responsvel por c) aplicao de requisitos mnimos para o de- Lei 79/2006 de 04 de abril.
neste espao geogrfico. Cerca de 70% do existentes que sejam sujeitos a importantes 3 Esta Diretiva cria um quadro de definio dos
consumo de energia deste setor verificar- obras de renovao; requisitos comunitrios de concepo ecol-
-se- nos edifcios residenciais. Em Portu- d) certificao energtica dos edifcios; gica dos produtos consumidores de energia
gal, mais de 28% da energia final e 60% da e) inspeo regular de caldeiras e instalaes com o objetivo de garantir a livre circulao
energia eltrica consumida em edifcios. de ar-condicionado nos edifcios e, comple- destes produtos no mercado interno.
mentarmente, avaliao da instalao de Prev ainda a definio de requisitos a obser-
Por forma a dar cumprimento ao Protocolo aquecimento quando as caldeiras tenham var pelos produtos consumidores de energia
de Kyoto, no qual se definiu uma drstica mais de 15 anos. abrangidos por medidas de execuo, com
reduo da emisso de CO2, a Comunidade O Decreto-Lei n. 78/2006 de 04 de abril vista sua colocao no mercado e/ou co-
Sistema Nacional de Certificao Energtica locao em servio. Contribui para o desen-
1 Ver Diretiva 2002/91/CE de 16.12.2002. e da Qualidade do Ar (SCE), transpe parcial- volvimento sustentvel, na medida em que
34 elevare
Dossier: eficincia energtica
Os ascensores no so referidos explici- Contudo a sua adoo falha na falta de co- energtica e uma classificao em ter-
tamente nestas duas Diretivas, quando se nhecimento e divulgao, bem como na dis- mos energticos de ascensores. atu-
aborda a temtica do aumento da eficincia tribuio dos custos resultantes. almente a Norma mais utilizada pelos
energtica. Na Diretiva EPB so referidos Um ascensor representa cerca de 3% a 8% principais fabricantes europeus de as-
essencialmente equipamentos tcnicos dos do consumo anual global estimado de ener- censores;
edifcios como sistemas de aquecimento, gia eltrica de um edifcio, em funo da es- Em 2010 o grupo de trabalho WG10 do
climatizao e iluminao, bem como sis- trutura do edifcio, do seu tipo de utilizao, Comit Tcnico ISO/TC178 em colabora-
temas de isolamento trmico dos edifcios. do tipo e da quantidade de ascensores neles o com o Comit Tcnico CEN/TC10 ini-
Na EuP, por sua vez, tambm no se indicam instalados. Este consumo anual de energia ciou o desenvolvimento da Norma prEN
especificamente os ascensores, embora eltrica determinado por trs fatores: ISO 25745:2010.
sejam referidos, por exemplo, motores a. o consumo durante o standby5;
eltricos, que faro parte integrante de um b. o consumo durante cada manobra;
ascensor. c. a frequncia de utilizao do ascensor. 2.1. A Norma sua SIA 380/4
A Sua foi um dos primeiros pases do
De acordo com um estudo da S.A.F.E O consumo de energia eltrica de um as- mundo a incluir exigncias em termos de
Agncia Sua para a Utilizao Eficiente da censor relativamente baixo quando com- consumo de energia eltrica em ascenso-
Energia, realizado em 2005, os ascensores parado com outros equipamentos eltricos res. A Norma SIA 380/4 Energia eltrica
podem representar uma parte significativa instalados num edifcio, como os sistemas em edifcios em altura descreve, na parte
do consumo de energia num edifcio (o con- de aquecimento, de arrefecimento, venti- referente a ascensores, baseia-se num es-
sumo energtico de um ascensor poder re- lao e iluminao. Mas perante o elevado tudo de consumo de energia eltrica de as-
presentar em mdia 5% do consumo total nmero de ascensores instalados num pas censores e os seus potenciais de poupana.
de energia de um edifcio de escritrios). Na (em Portugal estima-se que estejam ins- Pela primeira vez faz-se referncia impor-
Sua estima-se que o somatrio do consu- talados mais de 130.000 ascensores) ou tncia que assume o consumo de energia
mo de energia dos cerca de 150.000 ascen- numa regio, o consumo global dos equi- eltrica em standby em ascensores.
sores instalados represente cerca de 0,5% pamentos de elevao pode assumir uma
do total de 280 GWh de consumo energti- grande relevncia. Para a Norma SIA 380/4 foi desenvolvido
co do pas. um mtodo de clculo do consumo ener-
Existem vrias tentativas nacionais na defi- gtico de um ascensor a partir dos valores
O Projeto E4 Energy efficient elevators nio de Normas que permitam comparar o de consumo de energia eltrica extremos
and escalators4 foi concludo em abril de consumo energtico de ascensores e ava- medidos na manobra subida e na mano-
2010 e tinha como objetivo a melhoria da liar a eficincia energtica: bra descida, ao longo de todo o curso do
eficincia energtica de ascensores e esca- Em 2000, em Hong-Kong, foram defini- ascensor.
das mecnicas em edifcios de servios e de das regras para a eficincia energtica
habitao. de ascensores, tendo sido prescritos Para a determinao do consumo anual de
valores limite para o consumo dos mo- energia a partir dos valores medidos, uti-
Como resultado do projeto verificou-se tores eltricos, em funo da velocida- lizado o seguinte modelo:
que, do ponto de vista tcnico, possvel de e carga nominal dos ascensores;
ZF * k1 * k2 * hmax * Pm
obter-se uma reduo no consumo ener- Em 2005 foi introduzida na Sua a EF, a = [Eq. 1]
v* 3600
gtico atravs da adoo de modernas tec- Norma SIA 380/4 Energia eltrica em
nologias (mquinas gearless, variadores de edifcios em altura que descreve, entre Legenda:
frequncia de ltima gerao, iluminao outras, as exigncias em relao aos EF,a: consumo de energia para a movimentao da
por intermdio de lmpadas LED, e outros). ascensores; cabina (manobras) [kWh/ano];
Em 2009 (maro) foi publicada a VDI ZF: nmero de manobras por ano;
aumenta a eficincia energtica e o nvel de 4707 Parte 1 pela Associao dos En- k 1: fator de carga mdio (fator tecnolgico):
proteo do ambiente, e permite ao mesmo genheiros Alemes (Verein Deutscher ascensor eltrico: k1=0,35;
tempo aumentar a segurana do forneci- Ingenieure). a base para a avaliao ascensor hidrulico: k1=0,30.
mento de energia. k 2: fator de curso, curso mdio/curso mximo:
5 Estado em que se encontra o ascensor quan-
k 2=1 para 2 pisos;
do no est em movimento (ascendente ou
4 O Projeto E4 foi fomentado oficialmente pela k 2=0,5 para > 2 pisos.
descendente). O consumo de energia eltrica
Comisso Europeia no mbito do programa Hmax: curso mximo, entre piso inferior e piso su-
de standby provocado por vrios compo-
Intelligent Energy Europe e foi desenvolvi- perior;
nentes do ascensor, nomeadamente o co-
do conjuntamente entre a ELA (European Lift Pm: Potncia da mquina indicada na chapa de
mando do ascensor, a sinalizao (displays)
Association), a Universidade de Coimbra, a caratersticas [kW];
instalados nos patamares, o variador de
ENEA (Agncias de energia italianas), a KAPE v: velocidade [m/s];
frequncia e luz de cabina constantemente 1
(Polnia) e o Frauenhofer Institut fr Sys- : tempo de viagem em horas
ligada. vx3600
tem- und Innovationsforschung (Alemanha). (simplificado)
elevare 35
Dossier: eficincia energtica
Este modelo descreve os fatores de carga, ascensores o facto de a eficcia desses do as manobras de abertura e de fecho da
bem como um fator de curso, a partir dos dados s poder ser verificada aps a entra- porta de cabina.
quais, com a indicao do curso mximo, da da em funcionamento do ascensor.
potncia do sistema de trao e velocida- Para normalizar o valor do consumo ener-
de do ascensor, bem como do nmero de A parte 2 desta Norma, que se encontra em gtico ao longo da manobra de referncia,
viagens, possvel calcular o consumo de preparao, dever permitir que a classifi- cria-se uma relao entre a manobra e a
energia anual para movimentao do as- cao em termos de eficincia energtica carga nominal do ascensor e o seu consu-
censor. seja possvel para os componentes indivi- mo energtico efetivo. Desta forma obtm-
duais do ascensor. O objetivo o de poder -se uma dada energia de manobra em
O consumo em standby determinado a planear a classe de eficincia energtica de mWh/kgm, que pode ser utilizada para ela-
partir das medies e baseia-se no pressu- um ascensor atravs da escolha dos com- borar a comparao de ascensores com
posto de um funcionamento do ascensor de ponentes adequados, antes do ascensor ser diferentes dimenses.
8.760 horas (365 dias x 24 horas) / ano. instalado.
O nmero de viagens determinante para o A VDI 4707 apresentou novos impulsos 3. A NORMA VDI 4707:2009 PARTE 1
clculo do consumo de energia do ascensor para o desenvolvimento de novos produ- Com a Norma Alem VDI 4707:2009 Parte
em movimento. Assim, so considerados tos mais eficientes energeticamente, sendo 1 pretende-se realizar uma avaliao e clas-
os seguintes valores para o nmero de via- a Norma atualmente mais utilizada pelos sificao universal e transparente da efici-
gens em funo do tipo de edifcio: fabricantes europeus de ascensores, pelo ncia energtica de ascensores, com base
que a iremos apresentar em mais detalhe em critrios standardizados.
Tabela 1. Nmero de viagens por ano, em funo do no ponto 3.
tipo de edifcio.
3.1. Os objetivos da Norma:
Tipo de Edifcio N de Viagens / Ano 2.3. prEN ISO 25745 1. Permitir uma avaliao e classificao
Habitao 60.000 A Norma prEN ISO 25745:2010 Eficincia universal e transparente da eficincia
Escritrios 200.000
energtica de ascensores, escadas mecni- energtica de ascensores, baseada em
Shopping-Centre 200.000
cas e tapetes rolantes ser constituda por mtodos de clculo e teste dos seus
Hospital 200.000
Parque Estacionamento 150.000
duas partes: a parte 1 incidir sobre a de- consumos energticos;
Indstria 60.000 terminao e a medio das necessidades 2. Disponibilizar um enquadramento que
energticas de ascensores e a parte 2 des- permita incluir a procura de energia de
Para comparar o consumo energtico do crever a avaliao e as aes a desenvol- ascensores na avaliao da eficincia
ascensor em movimento e em standby, ver para aumentar a eficincia energtica energtica do edifcio e assim selecio-
ser calculado o consumo de energia por de ascensores. nar os equipamentos mais adequados;
ano para a movimentao da cabina a partir 3. Servir de base para um rating energ-
da equao 1. Trata-se de uma Norma elaborada como tico de ascensores no mbito da efici-
reao ao aumento da necessidade de sal- ncia energtica total do edifcio, dando
O consumo de energia eltrica determina- vaguarda e apoio utilizao eficiente e origem elaborao de um certificado
do, por viagem e por ano para os ascenso- eficaz da energia eltrica. Esta proposta de energtico.
res tipificados, permitir obter uma grande- Norma apresenta um procedimento unifor-
za da relao energtica. me para a medio do consumo energtico 3.2. O mbito da Norma:
de ascensores, escadas mecnicas e tape- A Norma aplica-se avaliao e classifica-
tes rolantes j instalados em edifcios. Isto o de novos ascensores de pessoas e de
2.2. A Norma alem VDI 4707 possibilitar a elaborao de um certifica- cargas, quanto sua eficincia energtica.
A VDI 4707 a base para a avaliao ener- do da conformidade energtica de um dado Pode igualmente ser utilizada para a:
gtica e uma classificao em termos equipamento. a. Determinao da eficincia energtica
energticos de ascensores. A Parte 1, j de ascensores j instalados;
publicada em maro de 2009, define um Trata-se de uma tentativa internacional de b. Comprovao dos parmetros forneci-
procedimento atravs do qual o ascen- apresentar um mtodo de medio unifor- dos pelos fabricantes de ascensores;
sor no seu todo, dada uma determinada me do consumo energtico para ascenso- c. Determinao do consumo energtico
utilizao, classificado de acordo com o res, escadas mecnicas e tapetes rolantes. estimado.
seu consumo energtico em standby e em Ao contrrio da VDI 4707, os ascensores
movimento. A VDI 4707 Parte 1 apresenta no so subdivididos em categorias. O ciclo 3.3. Os valores caratersticos:
explicitamente a forma como se devem da manobra de referncia idntico ao de- A necessidade energtica, isto , o valor
obter os dados dos consumos energticos finido na VDI 4707: uma cabina vazia sobe esperado de consumo de energia, calcula-
atravs de medies. Problemtico para os e depois desce ao longo de todo o curso, do com base em determinadas premissas,
fabricantes e empresas de montagem de medindo-se o consumo energtico, incluin- pode ser caraterizada com base na:
36 elevare
Dossier: eficincia energtica
A necessidade energtica de manobra a Intensidade de Utilizao muito baixa baixa mdia elevada muito elevada
Frequncia de Utilizao muito rara rara pontualmente elevada muito elevada
necessidade energtica total do ascensor
Tempo mdio de 0,2 (0,3) 0,5 (>0,3-1) 1,5 (>1-2) 3 (>2-4,5) 6 (>4,5)
durante a manobra para um ciclo de mano- manobra
(horas / por dia)
bras previamente definido e com uma de-
Tempo mdio de 23,8 23,5 22,5 21 18
terminada carga especfica. standby
(horas / por dia)
Tipo de Edifcio e de Edifcio de Edifcio de Edifcio de Edifcio de
Dependendo dos valores de necessidade utilizao habitao habitao habitao habitao com
energtica, os ascensores so divididos com at 6 com at 20 com at 50 mais de 50
apartamentos apartamentos apartamentos apartamentos
em classes de necessidade energtica de
Pequeno Pequeno Edifcio de Edifcio de Edifcio de
standby e de manobra. edifcio de edifcio de escritrios e de escritrios e escritrios e
escritrios e escritrios e servios com de servios de servios
de servios de servios at 10 pisos em altura com em altura com
Estes dois valores de necessidade ener- com pouco com 2 a 5 mais de 10 mais de 100m
movimento pisos pisos
gtica determinam a classe de eficincia
Pequeno Hotel Hotel de Grande Hotel
energtica do ascensor, dependendo da sua dimenso
mdia
intensidade de utilizao.
Hospital de Grande hospital
pequena
ou mdia
Existem sete classes de necessidade ener- dimenso
gtica e de eficincia energtica, represen- Ascensor Ascensor de Ascensor de Ascensor de
tadas pelas letras A a G. A classe A repre- de carga carga com carga integrado carga integrado
com pouco movimento no processo no processo
senta a menor necessidade energtica, e movimento mdio produtivo, com produtivo, com
1 turno vrios turnos
logo a de melhor eficincia energtica.
elevare 37
Dossier: eficincia energtica
lores de consumo de energia em standby e em manobra, projetando a potncia em standby 3.6. Certificado
e a necessidade energtica em manobra com os tempos mdios de standby e viagem para Os valores caratersticos podero ser final-
a obteno do consumo dirio, de acordo com a Tabela 3 e dividindo o valor obtido pelo mente apresentados num certificado ener-
nmero de metros percorridos e pela carga nominal. Obtm-se assim a energia necessria gtico. Apresenta-se um exemplo de um
total especfica para o ascensor. certificado energtico para um ascensor j
existente.
Para a atribuio das necessidades especficas de energia a classes de eficincia energtica,
os valores limite para a manobra e para as necessidades de standby pertencentes a uma
mesma classe so combinados de acordo com as Tabelas 4 e 5, utilizando-se a seguinte 4. CONCLUSO
equao: Apesar do ascensor ser responsvel por
uma parte reduzida do consumo global
Pstand-by, max tstand-by 1000
EAscensor, max = Emanobra, max + [Eq. 2] anual de energia eltrica de um edifcio, o
Q vnominal tmanobra 3600
consumo global de todos os ascensores
Pstandby dever ser indicado em mW e tmanobra em h. instalados num pas ou em todo o espao
geogrfico da comunidade europeia, au-
menta substancialmente a sua relevncia.
Tabela 4. Classes de necessidades energticas standby. A eficincia energtica de ascensores um
dos maiores desafios que se coloca in-
Classes de necessidades energticas - standby dstria de ascensores, procurando-se atu-
Potncia / Output (W) 50 100 200 400 800 1600 > 1600 almente propor mtodos de medio, ava-
Classe A B C D E F G liao e classificao, bem como medidas
de ao para reduzir o consumo energtico
Tabela 5. Classes de eficincia energtica - manobra numa base normalizada e por todos aceite.
Os ascensores deviam ser includos nas
Classes de eficincia energtica - Manobra
avaliaes indicadas na Diretiva Comuni-
Consumo energtico tria EPB. Dessa forma, o tema eficincia
especfico 0,56 0,84 1,26 1,89 2,80 4,20 > 4,20 energtica conduziria rpida introduo
(mWh/(kg.m) de uma Norma harmonizada (como o caso
Classe A B C D E F G das Normas da famlia EN81).
38 elevare
Figuras
Resumo biogrfico de
Amadeu Ferreira da Silva
Amadeu Moura Ferreira da Silva, nascido empresa lhe confiassem desde muito cedo
a 20 de fevereiro de 1934, no Porto, obras de grande importncia.
muito cedo comeou a contactar com o
mundo dos materiais eltricos atravs Por volta dos vinte anos, j fazia parte da
da antiga empresa de engenheiros G. equipa que esta empresa destacou para
Perez, Lda representante na altura trabalhar na Barragem de Picote.
em Portugal dos ascensores suos
Schlieren, do Porto. Aos vinte e quatro anos, nomeado chefe
de montagens, foi transferido para Lisboa,
O seu pai, Antnio Ferreira da Silva Jnior tendo ficado responsvel pela instalao
foi nesta empresa tambm um tcnico es- e montagem do elevador num dos pilares
pecializado e desde muito cedo comeou a do Cristo-Rei com uma equipa de cinco co-
levar os filhos com ele para a empresa nas legas.
frias da escola.
Pode-se imaginar o esforo e o engenho Mais informaes:
Rapaz sagaz, curioso e inteligente desde mui- que foram necessrios queles homens Pesquisa Google: Elevador vai durar
to cedo comeou a ter a estima e carinho dos para que, no espao de quinze meses, com mais 50 anos ou http://videos.sapo.pt
trabalhadores mais velhos e at dos pr- as escassas ajudas tcnicas que existiam
prios donos desta empresa que, como ele naquela poca, tivessem pronto no prazo
considerava, foi a sua Maior Universidade. previsto o elevador Schlieren. aquilo que construa, apesar de todos os
contratempos por que tinha passado. Dedi-
Foi ali que, depois de ter completado o ciclo Atualmente, continua a funcionar como no cou grande ateno a todos os projetos em
preparatrio da Escola Industrial Infante D. primeiro dia e est apto para funcionar por que participou, mas demonstrava um cari-
Henrique no Porto, se quis empregar e con- mais uns largos anos. A Schlieren, empre- nho especial pelo projeto do Cristo-Rei e
tinuar a aprender com aqueles que j muito sa sua, que faliu nos finais dos anos seten- pelo Projeto da EDPda Rua Camilo Castelo
respeitava pelo empenhamento, dedicao ta do sculo passado apostava na qualidade Branco, 43 em Lisboa.
e capacidade de ensino aos mais novos. e segurana dos materiais para que estes
tivessem uma longa durao e segurana Como lembrava muitas vezes, parafrase-
Mas esta era s uma das vertentes que ele para os utentes. ando Lavoisier, "na natureza nada se cria,
considerava muito importante, e que acha- nada se perde, tudo se transforma". Era esta
va no ser suficiente e por isso continuou a Desta qualidade era adepto Amadeu Ferrei- mxima que servia para pautar tudo quan-
estudar no curso noturno da escola acima ra da Silva, pois conhecia deveras os com- to fazia. No seu trabalho, tentava todos os
referida. Como Amadeu Ferreira da Silva di- ponentes da marca, dado que tinha estuda- dias aprender e descobrir algo de relevante,
zia: para toda a prtica havia sempre uma do profundamente todos os seus atributos. que lhe garantiu o reconhecimento de tc-
razo terica e toda a teoria somente fazia Entre eles estava o sistema de pra-quedas nico conhecedor, responsvel e eficiente.
sentido quando podia ser aplicada prtica. que garantia a segurana das pessoas que Na sua vida pessoal, em que o seu traba-
Continuou a estudar, chegando a frequentar se encontravam dentro da cabine em caso lho era uma das suas principais paixes,
o antigo Instituto Industrial, cujo curso no de desprendimento dos cabos, que em 1970 tentou transformar os seus valores e co-
terminou, pois a sua opo a tempo inteiro ainda no era conhecido pelos engenheiros nhecimentos em sabedoria, o que fez deste
foi a dedicao G. Perez Lda. portugueses. Homem, uma pessoa, solidria, atenciosa,
amante de valores altrustas e da partilha
O seu interesse, empenhamento e perfecio- Falava do seu trabalho com uma paixo dos seus conhecimentos, com todos os que
nismo, fez com que os responsveis desta intensa, prpria de quem amava a vida e com ele lidavam.
elevare 39
Informao tcnico-comercial
A subir!
Os fabricantes de elevadores atingem
um novo patamar com o elevado
desempenho do drive de mquina ABB
Matti Turtiainen
ABB Drives, Helsinki, Finland, [email protected]
Mika Alakotila
ABB Automation Products, Mlndal, Sweden, [email protected]
40 elevare
Informao tcnico-comercial
aplicao na maioria das mquinas de ele- Muitas opes de ligao para exten- as tecnologia de cadeia guiada que a em-
vado desempenho. A nica abertura do dri- ses I/O, interfaces do estado do motor presa desenvolveu e patenteou na dcada
ve permite que os utilizadores se adaptem e comunicaes. de 90 e a qual exige o mnimo espao para o
e modifiquem esses programas segundo elevador subir ou descer (Figura 2).
as suas exatas necessidades. A combina-
o destas caratersticas tem benefcios ULTRAPASSAR EXPETATIVAS O drive ABB ajudou-nos a simplificar o pro-
considerveis para muitos construtores de Uma das muitas aplicaes de mquinas duto. O Motala 6000 mais fcil de montar,
mquinas em termos de engenharia e mon- na qual o elevado desempenho do drive mais fcil no servio e na inspeo. Isto reduz
tagem final, distribuio e logstica, alm da ABB teve um impacto significativo nos os nossos custos operacionais e o dos nos-
proteo e substituio de componentes. elevadores. Uma empresa que selecionou sos clientes, segundo Ari Nieminen, Mana-
este drive e obteve mais benefcios do que ger Local, Motala Hissar
A ABB separou o hardware principal e a fun- o anteriormente previsto foi a fabricante de
cionalidade do software em trs mdulos elevadores sueca, Motala Hissar. Como parte do seu programa de pesquisa e
uma unidade de eletrnica de potncia, desenvolvimento relacionado com o produ-
uma unidade de controlo eletrnica e uma Parte da Kone Corporation, um dos princi- to, a Motala Hissar redesenhou recentemen-
unidade de software de memria. pais fabricantes de elevadores e escadas te esta tecnologia para um novo elevador,
rolantes, Motala Hissar fabrica dois produ- o Motala 6000, atravs da substituio da
Os mdulos de hardware (unidades de po- tos especializados: a plataforma elevatria corrente guiada por um nico sistema de
tncia e de controlo eletrnicos) podem Motala 2000 para pessoas deficientes e correia de drive que permite que o elevador
ser entregues ao cliente final atravs dos fisicamente imobilizadas; e o Motala 3000, funcione duas vezes mais rpido e com
habituais horrios de distribuio, enquan- um elevador compacto para edifcios que menor rudo e mais conforto do que o seu
to a entrega da unidade de memria pode foram concebidos originalmente sem ele- concorrente mais prximo (Figura 3). Foi to
ser adiada at ao ltimo momento. No vador. A empresa vende cerca de 1.000 grande a procura deste novo elevador por
existe necessidade de custos de viagem elevadores por ano para todo o mercado parte do cliente que foram vendidas mais de
atravs do envio de engenheiros para colo- europeu. Tem cerca de 60 funcionrios e 30 unidades antes do seu lanamento ofi-
car em funcionamento um tcnico local rendimentos anuais volta de 22 milhes cial. O principal fator do sucesso deste ele-
com formao bsica em drives pode ligar de dlares (SEK 140 milhes). vador e da tecnologia que est por detrs
facilmente a unidade de memria no local. do mesmo passa pelo elevado desempenho
O nmero de componentes do produto e A Motala Hissar diferencia-se dos concor- do drive de mquina ABB. Ari Nieminen, Ma-
as suas variantes mnimo, e os direitos rentes com o slogan Maior no interior me- nager Local na fbrica da Hotala Hissar no
de propriedade intelectual para OEMs que nor no exterior. As cabines dos seus ele- centro da Sucia, explica as razes.
desenvolvem as suas prprias funes de vadores possuem as maiores dimenses
controlo so protegidos por criptografia. internas e as menores reas de cobertura Tnhamos atingido uma fase onde se aproxi-
Se a unidade de memria ou um dos mdu- do mercado, caratersticas possveis gra- mava a nossa data de lanamento mas tive-
los de hardware falha durante o trabalho
facilmente removido e substitudo por uma
ligao.
CARATERSTICAS DO DRIVE
Design compacto modular:
3 mdulos separados para uma
potncia, controlo e memria
eletrnicos;
Controlo de velocidade, binrio e movi-
mento;
Unidade de memria separada para
uma facilitada instalao Plug-and-Play;
Memria programvel com funcionali-
dades ilimitadas;
Programas pr-fabricados disponveis
para a maioria das aplicaes de mquinas;
Controlos de qualquer tipo de motor des-
de a gama 0.75 at 110 kW/1 at 150 hp; Figura 2. O Motala 6000 geralmente instalado Figura 3. Motala 6000 mostrando o sistema de
Controlo de circuito aberto ou circuito numa escada j existente, algo possvel pela capaci- correia do drive em amarelo e o motor na parte su-
fechado; dade compacta do design. perior do eixo.
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Informao tcnico-comercial
42 elevare
Informao tcnico-comercial
Segurana em altura
igus, Lda.
Tel.: +351 226 109 000 Fax: +351 228 328 321
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Informao tcnico-comercial
RVEQOWPKECECQ"UEJPGKFGTGNGEVTKEEQOYYYUEJPGKFGTGNGEVTKEEQORV
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Informao tcnico-comercial
elevare 45
Informao tcnico-comercial
[email protected] www.schmersal.pt
Os ascensores so os meios de
transporte mais seguros a segurana
absoluta inatingvel. Mas devemos
trabalhar para aproximar-nos o mximo
possvel do objetivo de 100% e para
encontrar solues para superar a
diferena que nos separa de 100%.
Deste ponto de vista, a SafeLine gosta
de tratar o tema da comunicao ou,
mais concretamente, o das ligaes
telefnicas de emergncia.
46 elevare
Informao tcnico-comercial
elevare 47
Informao tcnico-comercial
[email protected] www.weidmuller.pt
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Informao tcnico-comercial
quatro condutores; por exemplo, para piso, indicadores luminosos, digital display,
ligaes de servio tcnico, iluminao campainha, entre outros). Finalmente, o
ou boto de paragem de emergncia. sistema configurado mediante o softwa-
Assim poder trabalhar de forma r- re fornecido, de acordo com a cablagem
pida, segura e cmoda. praticamente correspondente.
impossvel que surjam erros.
No caso de utilizar um PLC como controlo
A caixa: Qualidade com um simples do elevador, pode-se fornecer o softwa-
movimento re para se comunicar diretamente com os
A robusta e compacta caixa rene to- circuitos da instalao, sem necessidade de
dos os componentes e pode ser facil- utilizar o circuito Concentrador.
mente montada, sem necessidade de
parafusos. Basta uma chave de fendas
normal e j temos o KonBoX ligado. CAIXA DE FOSSO: POUPANA DE TEMPO E
Mais simples impossvel. E, se neces- REDUO DE CUSTOS
srio, tambm pode engatar na porta Para facilitar a cablagem do fosso do eleva-
do elevador o sistema j montado sem dor com o KonboX, a Weidmller desen-
necessidade de o aparafusar. Ligao segura graas s suas posi- volveu uma caixa de fosso especial. A caixa
es de contacto fixas; j est completamente cablada e pode ser
A combinao destes elementos individuais Maior segurana pela ausncia da calha ligada de forma simples e rpida como uma
garante inmeras vantagens em todos os de plstico no fosso do elevador; soluo Plug & Play.
mbitos. Simplificao na instalao.
As caratersticas tcnicas destas configu-
Aproveite tambm estes benefcios. Au- raes so feitas medida para a sua uti-
VANTAGENS CONVINCENTES mente a eficincia e a segurana. Reduza os lizao com o KonBoX, e oferecem vanta-
Quando se opta por uma tecnologia nova custos de mo-de-obra e o material utiliza- gens decisivas:
normal que, no incio, surjam as seguintes do de forma a conseguir timos benefcios, J no necessrio realizar nenhuma
questes comerciais e tecnolgicas: alm de clientes satisfeitos e vantagens pe- cablagem;
Podem-se reduzir os tempos de tra- rante a concorrncia. Reduo do tempo de instalao
balho, e em simultneo, os custos de Caixas de diferentes dimenses, o que
mo-de-obra? permite uma utilizao flexvel.
Pode-se poupar material? APLICAO DO EASY WIRING
A montagem simplificada? Aumenta a O circuito Concentrador Easy Wiring, como No entanto, uma caixa standard nem sem-
segurana? unidade de controlo, representa uma liga- pre satisfaz as exigncias: por isso desen-
A taxa de erros reduzida? o com as suas entradas e sadas do ar- volvemos e produzimos estas caixas com
mrio de distribuio do elevador. Median- uma configurao individual, consoante as
Com o sistema KonBoX todas estas per- te uma linha de ligao de quatro plos, suas necessidades.
guntas tm a mesma resposta, um Sim, de preferncia o cabo plano do KonboX,
pois oferece um verdadeiro e real rendi- so unidas as diferentes instalaes entre
mento relativamente cablagem tradicio- si mediante slaves do Easy Wiring. Cada
nal devido sua uma destas instalaes pode ter vrias
entradas e sadas consoante o seu modelo
... poupana de tempo (por exemplo: botes de chamada de cada
... maior segurana
... e facilidade de instalao.
elevare 49
Produtos e tecnologias
iluminao uniforme onde quer que se apli- 13.6.3.2, 6.3.7 confirma a necessidade da
que, mesmo em espaos pequenos. existncia de um ponto de luz perto das
Notcias zonas de trabalho e de mquinas. Para
As suas caratersticas especiais passam dar cumprimento a este requisito so ins-
HL1: Loop magntico para tecto por ser uma luminria LED economizado- talados pontos de comando em cada piso
de cabine ra e para encastrar com os LEDs de ele- dos elevadores, assim como um rel, ori-
Schmersal Ibrica, S.L. vado fluxo OSRAM OSLON. Tem uma liga- ginando um custo mais elevado devido ao
Tel.: +351 219 593 835 Fax: +351 219 594 283 o direta a 220 240 V, uma longa vida nmero de pontos de comando necess-
[email protected] www.schmersal.pt mdia de 20 mil horas, aros de remate rios e respetivas cablagens. Assim sendo,
em branco mate e alumnio anodizado, utilizando apenas o interruptor FR 573 h
O HL1 faz com que o seu elevador seja extremamente compacta com 13 mm de um comando de luz por cada um dos pisos,
plenamente acessvel para pessoas com profundidade de instalao e um dimetro utilizando somente a sua prpria cablagem,
dificuldades auditivas. Este um produto de perfurao de 68 mm. Encontra-se dis- sem haver necessidade de outros pontos de
adequado para a comunicao entre passa- ponvel em 2 temperaturas de cor (830 e luz, rels e outro tipo de cablagens. O inter-
geiros com dificuldades auditivas e o centro 840) e pode substituir o downlights de 20 W ruptor encontra-se fixado na parte superior
de assistncia. Est disponvel para novas de halogneo. do elevador, sendo-lhe anexado um cordo
instalaes ou atualizaes de instalaes com passagem decrescente (de cima para
existentes. Alm disso h diferentes ver- ... baixo) junto cabine do elevador.
ses de montagem, como em superfcie,
encastrado ou no tecto da cabine. Interruptor de sinalizao O cordo deve ser guiado atravs dos anis
para elevadores FR 573 de forma a evitar flutuaes excessivas
O tamanho do HL1 muito compacto e ape- Casa das Lmpadas, S.A. devido circulao de ar na cabine. Ao lon-
nas requer a ligao a uma alimentao e Tel.: +351 229 059 000 Fax: +351 229 024 596 go do cordo, em intervalos regulares, por
alta-voz. O HLI pode ser aplicado em edif- [email protected] norma, em cada andar, anexado um indi-
cios pblicos, prdios, centros de sade, es- www.casadaslampadas.com cador que nos fornece indicaes da respe-
critrios de turismo, centros de formao tiva funo. Na extremidade final do cordo,
e administrao. Ou para centros de lazer O interruptor FR 573 da Pizzato Elettrica, o indicador possui um peso, o qual permite
como centros comerciais, cinemas, teatros representada em Portugal pela Casa das manter o cordo sob tenso. Desta forma
ou salas de exposio. Lmpadas, foi especificamente estudado o operador, em qualquer posio, ao longo
para o comando da luz no vo dos eleva- do espao da cabine do elevador, pode acio-
... dores. A Norma EN 81 pargrafos 6.4.9, nar o interruptor, puxando o dispositivo ou
diretamente o cordo. O interruptor FR 573
LEDVANCE DOWNLIGHT S possui uma modalidade de funcionamento
da OSRAM em posio constante, o que significa que
OSRAM o primeiro acionamento estreita os con-
Tel.: +351 214 165 860 Fax: +351 214 171 259 tactos, e no seguinte os contactos abrem,
[email protected] www.osram.pt e assim sucessivamente. Com tal descrio
conclui-se que o interruptor FR 573 pos-
sui capacidade para substituir a utilizao
do rel. Este interruptor foi testado com
20 lmpadas de Neon de 36 W, superan-
do 100.000 manobras. O funcionamento
simples: para acender a luz no elevador,
basta puxar o cordo e para a desligar, bas-
ta repetir a mesma operao.
50 elevare
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sistema de instalao Click & Go para uma desbloqueio remoto ZSM 476
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reiras ticas SGS da Sick. [email protected] www.schmersal.pt
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ainda mais universal a toda uma ampla va- proporcionam estabilidade na velocidade e e um timo equilbrio ecolgico, graas aos
riedade de aplicaes. Tendo uma classe de uma rotao suave do motor, mesmo em reduzidos requisitos energticos na produ-
proteo IP 67, esta gama de interruptores velocidades de rotao reduzidas. Outras o e no funcionamento, sem mercrio e
adequada para ambientes com humidade funes como travagem controlada aps com um menor desperdcio e baixo consu-
ou com p. Oferecem-se diferentes comu- paragem em emergncia, controlo opcional mo de recursos graas muito longa du-
tadores com um mximo de trs contactos em malha fechada e um PLC integrado so rao. De destacar algumas caratersticas
NF e tambm h disponvel uma combina- algumas das mais-valias desta srie. importantes desta lmpada PARATHOM
o de dois contactos NF e 1 contacto NA. PAR16 20 como: uma vida mdia at 35.000
As opes de tenso so de 24 V, 110 V e Ao nvel de caratersticas do variador de horas (ciclos de manobras 165 minutos li-
230 V. Da mesma forma que os interrupto- velocidade FR-A700 da Mitsubishi Electric gada, 15 minutos desligada), um ngulo de
res estandardizados convencionais, o resis- destacam-se a alimentao: 3x400 VAC; abertura de 35, um casquilho GU10, e
tente invlucro plstico possui uma largura potncia: 0,75 KW a 630 KW; frequncia de adequada para a substituio direta de lm-
de apenas 30 mm; alm disso, o interruptor Sada: 0 a 400 Hz; e o tipo de Controlo: Ve- padas de halogneo 20 W.
possui as mesmas dimenses de monta- torial avanado sensorless. As vantagens
gem. O cabo de ligao pode ser fornecido, deste variador so inmeras desde o bin- ...
de forma opcional, em trs dos lados do rio de arranque excecional; filtro EMC inte-
invlucro. Alm de oferecer as vantagens grado; controlo do motor em malha aberta Sistema telefnico de emergncia
de numerosas possibilidades de seleo ou fechada; controlo de velocidade, binrio Schmersal Ibrica, S.L.
e uma classe de proteo elevada, o ZSM ou posio; alerta de manuteno e PLC in- Tel.: +351 219 593 835 Fax: +351 219 594 283
476 constitui uma alternativa mais flexvel tegrado. As aplicaes tpicas so mquinas [email protected] www.schmersal.pt
e econmica em relao srie ZSM 241 j de elevada performance onde a preciso na
disponvel. velocidade de elevada importncia, como
elevadores, guindastes e posicionamento
... (embalagem, paletizao, indexao).
Esta uma gama inovadora de lmpadas O sistema a dois fios de fcil instalao e
A srie de variadores de velocidade FR- LED com formas variadas e casquilhos tem disponveis PSTN e GSM instalados ao
A700 da Mitsubishi Electric apresenta-se ao tradicionais, que oferece uma economia mesmo tempo, sendo imune a falhas por
mercado como a melhor escolha quando convincente, funcionalidade e variedade. redundncia. As estaes extras so sis-
requerida uma elevada performance. Com- As suas caratersticas passam pela luz temas de comunicao sem equipamentos
binando uma elevada robustez, modo de 100% instantnea, baixo desenvolvimento separados, incluindo sistemas de comuni-
funcionamento e tecnologias de controlo trmico, sem UV e reduzida radiao infra- cao de incndio. Tem ainda uma bateria
de potncia avanadas, a gama A700 pos- vermelha, luz branca com boa restituio monitorizada, algo requerido pela EN 81-28
sui a flexibilidade e o desempenho neces- de cores, resistente a impactos e vibraes. e sem paragens imprevistas. E como tem
srios e para solues de engenharia topo uma luz de emergncia no necessrio
de gama ou aplicaes muito exigentes. Alm disso tem at 90% menos emisso um sistema externo.
Tecnologias como controlo vetorial sem de CO2 comparada com as lmpadas con-
recurso a sensores e auto-tuning online vencionais incandescentes e de halogneo, ...
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