CETES
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL
Professor Marcelo Nascimento
Apostila 8 - Fluxogramas de processo
2007
Instrumentação Industrial
Prof. Marcelo Nascimento
REPRESENTAÇÃO DE INSTRUMENTAÇÃO EM FLUXOGRAMAS
Ponto de Medição
São todas as indicações nos fluxogramas de processo que evolvam equipamento de
elétrica e instrumentação (EI) com a finalidade de medição, comando ou regulação.
Circulo do Ponto de Medição
As funções do pontos de medição são representadas por letras e a identificação por
números inscritos num circulo de preferência com 10 mm de diâmetro. Havendo
necessidade de mais espaço pode-se utilizar uma elipse.
Exemplos
Elemento primário
Detetor ou sensor que sente o valor de processo e assume um estado ou sinal pré
determinado.
Elemento final de controle
Dispositivo que altera diretamente io valor da variável de processo manipulada de uma
malha de controle.
Malha de controle
A combinação de um ou mais instrumentos interligados com a finalidade de medir,
indicar, controlar e regular uma variável de processo.
IDENIIFICAÇÃO DO PONTO DE MEDIÇÃO
Os pontos de medição são identificados por letras com os seguintes critérios:
Letras de identificação
Estabelecem a função do ponto de medição. A tabela 1 esclarece o significado das
letras e estabelece sua seqüência.
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Tabela 1
Grupo 1- indica a grandeza da medição ou valores de entrada;
Grupo 2- indica o processamento dessa grandeza ou valor.
Observações relativas á tabela 1
1- Definição de grandeza elétrica (E no grupo 1) será indicada no lado superior
externo do circulo do ponto de medição pelas letras.
I- Corrente
P- Potencia
U- Tensão
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Exemplo:
U
EI
12101
2- Grandezas qualitativas são por exemplo: concentração (02, CO2), valor de pH,
condutibilidade, consistência, etc. A definição deve ser dada no lado superior
externo do circulo do Ponto de Medição.
Exemplo:
pH
QI
12102
3- Quando relacionado á motores as letras subseqüentes O, A tem o seguinte
significado:
A – indicação de motor funcionando
A – indicação de motor parado
4- Os símbolos + e -, indicam valores limites das grandezas representadas pela letra
da primeira posição e devem ser colocados sempre após as letras do segundo
grupo: A, O, S e Z.
De modo análogo pode-se usar os símbolos + e – para caracterizar aberto e fechado
ou ligado e desligado.
Números de Identificação
A numeração tem como base a identificação no fluxograma, do equipamento que
destina-se o ponto de medição. É composto de 5 algarismos conforme o exemplo:
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IDENTIFICAÇÃO DO LOCAL DO PONTO DE MEDIÇÃO:
Atuação
O elemento final de controle é representado genericamente por um triangulo eqüilátero
de 5mm. Entretanto a representação mais utilizada é da válvula na tubulação. Em
ambos os casos o símbolo se completa com o atuador que recebe sinal de malha de
controle. O acompanhamento do atuador em caso de falta de energia auxiliar deve ser
representado conforme na tabela abaixo.
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Válvulas de controle:
No detalhamento do projeto de instrumentação, todas válvulas de controle serão
identificadas pela letra “Y” e o respectivo numero. Nos fluxogramas nem sempre é
necessário usar essa identificação. Existem duas possibilidades.
Quando a válvula de controle esta associada á um ponto de medição especifico. Este
caso fica claro que a válvula terá o mesmo numero do ponto de medição e não recebe
rotação no fluxograma.
Válvula de controle não associada a um ponto de medição especifica deverão ser
identificadas no fluxograma.
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IDENTIFICAÇÃO DO TIPO DE INSTRUMENTAÇÃO
Para projetos em que a instrumentação utiliza-se de controlador lógico programável
(PLC), pode-se identificar um instrumento convencional acrescentando-se a letra “K”
do lado externo ao circulo do ponto de medição.
K = Convencional
Instalações em que toda instrumentação é convencional, uma observação no campo
de Notas Gerais pde substituir a notação K.
Significa, controle de alarme no PLC e registro em instrumento convencional no painel
de controle.
VALORES LIMITES
Na nomenclatura dos pontos de medição, algumas letras são especificas para valores
limites de intertravamento, sinalização e alarme. São as letras abaixo:
O- indicação visual
S – Comandos e Intertravamento
Z – Comandos e intertravamento de segurança. Os pontos de medição com essa
notação deverão ser classificadas conforme WR98-026
A – Alarmes
- Quando um valor limite tiver duas funções distintas, as letras de identificação devem
ser unidas.
Ex. AS + Significa que existem dois pontos distintos de máxima sendo o primeiro
mesmo valor limite.
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- Valores limites distintos devem ser indicados separadamente.
Ex. S +A + Significa que existem dois pontos distintos de máxima sendo o primeiro
para um seccionamento e posteriormente outro para alarme.
Seguem abaixo exemplos que esclarecem essa notação:
Representação Significado Valores limites
A+ Um alarme de máxima 1
A++ Dois alarmes de máxima 2
A+/- SA+ Um alarme prévio de 3
máxima
Um alarme de mínima
Um seccionamento de
máxima com alarme
S+SA+ Um seccionamento prévio 2
de máxima
Um seccionamento de
máxima com alarme.
Esses exemplos aplicam-se analogamente ás letras “0,z”.
SINAIS DE ATUAÇÃO
Para o fluxo dos sinais de atuação utiliza-se uma linha tracejada entre o ponto de
medição e o respectivo atuador.
Sempre que possível deve-se representar o fluxo de sinal sem interrupção.
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Por questões de estética e simplificação do desenho, algumas vezes é preferível a
representação conforme item 11, que indica o intertravamento como se fosse um
ponto de medição.
Deve se indicar de forma abreviada á nomenclatura dos pontos de medição exceto
nos casos de atuação de controle, quando acrescenta-se a letra C.
Nos casos de acionamento simples as letras subseqüentes são suprimidas.
INDICAÇÃO ABREVIADA DE INTERTRAVAMENTO
Qualquer intertravamento, seja ele feito através de – PLC ou de instrumentos
convencionais, devem ser indicados no fluxograma.
Afim de que o desenho fique o mais limpo e simplificado possível, adotaremos a
seguinte forma de representação.
O intertravamento apesar de não ser um instrumento especifico mas sim um
processamento de sinais elétricos, receberá uma rotação igual á um ponto de
medição, ou seja, um circulo com uma identificação composta de letras e números
conforme o seguinte critério.
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Letras de identificação
Será indicado sempre pelas letras “KS”
Numero de identificação
Será utilizado um numero de 3 dígitos sendo o ultimo sempre zero para facilitar a
memorização e de forma seqüencial obedecendo apenas a ordem tambem seqüencial
dos fluxogramas.
Por exemplo
No fluxograma 0001 – KS 100, KS 110, KS 120
No fluxogramas 0002 – KS 200, KS 210
Exemplo
Significa:
A válvula Y12503 é atuada pelo intertravamento KS120 e a formação da posição
aberta/ (fechada) é processada tambem no mesmo intertravamento como sinais de
entrada.
Significa
A válvula é controlada pelo controlador LC 12053 sendo que existe um fechamento
rápido pelo intertravamento KS150.
Exemplos de indicação Abreviada de intertravamento.
Todos os sinais de entrada e saida na lógica de intertravamento devem ser indicados
com uma seta no sentido de atuação e a identificação do intertravamento.
EXEMPLO DE INDICAÇÃO DE INTERTRAVAMENTO NO FLUXOGRAMA
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Na parte inferior do fluxograma deverão ser indicados os contidos no desenho. Trata-
se de um resumo dos sinais de entrada e saida para cada lógica de intertravamento
(KS).
Deve-se indicar a nomenclatura dos pontos de medição de forma abreviada apenas
com a primeira letra seguida dos números de identificação.
SINAIS DE ENTRADA NA LÓGICA DE INTERTRAVAMENTO
SINAIS DE ATUAÇÃO DO INTERTRAVAMENTO
INDICAÇÃO ABREVIADA DE CONTROLE
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Apesar de mais esporádica, eventualmente pode-se optar por uma representação
análoga a do item 1 para um ponto de medição com controle.
Nestes casos, conforme o exemplo acima, é conveniente indicar na nomenclatura
abreviada tambem com a letra C.
MOTORES
Representação no fluxogramas:
O motor (equipamento) deve ser indicado com a simbologia á seguir:
A velocidade síncrona do motor (rpm) deve ser indicada no rodapé do fluxograma.
Quando for regulável, indicar a faixa no campo de notas do rodapé.
O motor recebe um numero seqüencial acima da identificação do equipamento que
esta acionado.
Exemplo:
Ponto de medição
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Por razoes de segurança, todo motor terá obrigatoriamente.
Em casos de comando com botões liga/desliga e lâmpada sinalizadora de
funcionamento, o mais próximo possível dele e em posição que possibilite sua
visualização.
Em casos de motor com acionamento remoto, nesse posto de comando será
instalados uma chave seletora local/remoto (L/R) que deve ter possibilidade de
chaveamento com cadeado na posição local (requisito de segurança).
Sendo a execução acima um padrão para todos motores, não é necessário indicá-los
nos fluxogramas, simplificando dessa forma o desenho. Somente variações desse
padrão recebem notação de ponto de medição nos fluxogramas de processo,
conforme os exemplos abaixo.
Conforme norma DIN Indicação simplificada no P & I.
HS SO+ Sem indicação
Configuração padrão
HS SO+ SO + −
SOA
A-
HS SO+A- HS
HS
HS SO+A-
L/R
Identificação do ponto d medição para motores
Conforme já visto, quando necessária a identificação do ponto de medição, sua
identificação ser análoga a definido.
Informações no rodapé dos fluxogramas de processo
Cada motor receberá no rodapé do fluxograma uma coluna com informações básicas,
conforme exemplo abaixo.
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Nome RGM Nota
Curso Série/Módulo/Turma Período Data
2° Noturno
Disciplina Tipo de Atividade Conteúdo ou Módulos
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL Lista de exercícios 2° BIMESTRE
Objetivo Visto do Coordenador do Curso
AVALIAR OS CONHECIMENTOS PRÁTICOS E TEÓRICOS DO ALUNO
1. Faça a descrição de todos os elementos indicados no processo.
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