PARABOLA DO BOM SAMARITANO
(CINCO CLASSES DE PESSOAS DESTA PARBOLA)
Propsito da parbola. Um "certo doutor da lei" testou o
conhecimento e a autoridade de Jesus com duas perguntas. A
profisso de um "doutor da lei" era ocupar-se com a lei mosaica.
Perguntou "Mestre, que farei (eu) para herdar a vida eterna?" Ele
queria que o nosso Senhor o instrusse em como obter a vida em
sua plenitude vida perfeita em todos os sentidos.
Jesus disse: "O que est escrito na lei? Como ls?" Isso
direcionou a conversa novamente para o escriba, e forou-o a
recorrer ao que ele j sabia sobre os mandamentos da lei. E ele
ento concedeu a nica resposta correta e completa que poderia
dar, i.e., que tinha de amar a Deus e tambm ao seu prximo.
Jesus o elogiou pela sua resposta e disse: "Respondeste bem. Faze
isso, e vivers". O doutor da lei, por desejar sinceramente mais
instrues, perguntou: "E quem o meu prximo?" Jesus, que lhe
respondeu com essa bela e cativante narrativa, a qual chamamos
de Bom samaritano.
Jerusalm, que significa "a viso da paz", era um local de
paz, histria, religio e privilgio. Essa era a cidade que Deus
escolhera para ali colocar o seu nome, o centro de adorao e
comunho com ele prprio.
Jeric era a cidade da maldio (Js 6:26); no entanto, era
uma bela localidade, graas sua localizao e suas palmeiras.
Mas essa cidade, que estivera debaixo da maldio durante
sculos, tornara-se, naquele tempo, um abrigo sacerdotal, onde
viviam sacerdotes quando no estudavam em Jerusalm, distante
aproximadamente 24 quilmetros.
A estrada entre as duas cidades estava situada num vale
rochoso e perigoso, e era freqentada por ladres e assaltantes;
portanto no oferecia segurana aos viajantes. Sacerdotes e
levitas, graas sua vocao religiosa, nunca eram molestados
pelos ladres que, por causa de seus atos de violncia, fizeram
com que aquela regio selvagem recebesse o nome de Adumim (Js
15:7; 18:7), oupassagem de sangue. Josefo nos conta que um pou-
co antes de Cristo haver narrado essa parbola, Herodes
dispensara 40 mil trabalhadores do templo, e muitos deles se
tornaram assaltantes de estrada, corruptos, e tinham a seu favor
os lugares que ofereciam condies para se esconderem e as
curvas fechadas da estrada, para os ajudarem em seus saques
diablicos.
Sacerdote. Esse saudvel e despreocupado sacerdote, um servo da
lei obrigado a agir com misericrdia at para com um animal (x
23:4,5). Temos aqui um homem que dizia abertamente ser
consagrado a Deus e, nesse exato momento, estava a caminho de
casa, aps ter cumprido o seu turno no servio do templo. E claro
que, aps as suas oraes e sacrifcios, ele ser misericordioso
para com o homem que dolorosamente precisava de misericrdia.
Levita. Em seguida, surge outro viajante e, com o seu caminhar, a
esperana volta a brilhar dentro do homem quase morto. O levita
era da mesma tribo do sacerdote, mas de um dos ramos inferiores.
Era um servo do templo e, como ministro de adorao e intrprete
da lei, deveria ter sentido grande vontade de ajudar aquela alma
assustada que ele viu; contudo, deixou o homem sem assistncia.
Bom samaritano. Os samari-tanos no eram puros em termos
raciais, mas uma mistura de judeu e gentio; por isso, eram
odiados pelos que tinham o sangue integral do grupo tnico
judaico. Os judeus no queriam comunho com os samari-tanos e
os rejeitavam. Embora os dois grupos morassem prximos uns
dos outros, no se consideravam e nem se tratavam como
prximos no sentido moral da palavra. Assim o doutor da lei deve
ter ficado bastante surpreso, quando Jesus apresentou o
samaritano como a nica pessoa que se disps a ajudar aquele
judeu indefeso, na estrada solitria e perigosa. O homem que aju-
dou o pobre necessitado foi exatamente o que ele menos esperava
que o faria.
MENSAGEM:
Quem o meu prximo? Foi esta a pergunta que um certo doutor
da Lei fez a Jesus. Em outras palavras, ele queria saber com quem
ele deveria realmente se importar, ou quem ele deveria amar.
H vrios tipos de proximidade. Algum pode estar prximo
geograficamente, mas completamente distante em termos
ideolgicos, sociais, at mesmo religiosos. Teramos a obrigao de
nos importar com o que acontece a pessoas que vivem do outro
lado do mundo?
Para responder pergunta capciosa daquele doutor da lei, Jesus
contou uma parbola cuja trama envolvia cinco personagens
distintos:
1 - A vtima Porque Eu? Algum que ia de viagem
tranquilamente, sem saber o que lhe esperava. A vtima abarca a
sociedade como um todo. No h quem jamais tenha sido vtima
de algum descaso, de uma tragdia, ou mesmo de um preconceito
ou injustia. So as pessoas que reclamam de tudo, da vida da
famlia da igreja... indagam de tudo porque eu sofro? porque isso
s acontece comigo?
O QUE MUDA A MINHA E A SUA VIDA NO O QUE VOCE
SABE. E SI O QUE VOCE DECIDE A FAZER.
2 - Os Assaltantes O que seu Meu. Pessoas mal
intencionadas, que se aproximam da vtima com a nica inteno
de tirar-lhe tudo o que tinha, inclusive a vida.
So os invejosos da vida. Pessoas que no pesam em ningum a
no serem nelas.
3 - O Sacerdote O que meu e Meu Algum que Para
preservar o que tenho, no posso se expor pra socorrer quem quer
que seja. de quem se esperava, no mnimo, compaixo, mas que
passa pelo moribundo, fingindo que no o viu, pois de to
ocupado com questes espirituais, no teria tempo pra perder com
algum de carne e osso como ele. Ademais, caso aquele homem
morresse enquanto era socorrido, o sacerdote seria considerado
impuro para o exerccio de seu sagrado ofcio. Havendo tanto em
jogo, era prefervel ignorar o sofrimento de seu semelhante.
So os egostas s olham para o prprio umbigo. Narcisista O
mundo gira em torno de seus problemas. Famoso Crente Seis
Hora por mim. Em nossos dias isso significa uma religio
corrompida. Voc s vale alguma coisa enquanto d. No somo
mais visto como ovelha. No Banco voc Cliente no Hospital voc
Paciente. E na igreja somo consumidores da f. Eu te ofereo
uma beno e voc paga por ela.
E quando no podemos mais render? Pois a dias em que
todos ns passamos por lutas... (se voc ainda no passou vamos
orar pra voc passar e tornar normal kkkk)
4 - O Levita O que teu Teu Em outras palavras, cada um
que carregue a sua cruz. No vou me envolver com problemas
alheios, pois estou por demais ocupado com as coisas espirituais,
pensa o levita, enquanto passa "levitando" por entre os demais
mortais. Algum pertencente a uma tribo considerada especial
(cuidava da manuteno do templo e do louvor) dentre as demais
que compunham o povo de Israel. De to especial, no se disps a
cuidar de algum comum, pertencente a uma outra classe de
pessoas. Por isso mesmo, passou de largo.
So pessoas que sempre pensam esse problema no meu. Em
nossos dias so pessoas que s por terem uma funo na igreja j
fazem o suficiente. No se comove com a situao de misria dos
outros. Cuidado com a vida. Pois ela uma Roda gigante. Um dia.
voc esta em cima e no outro voc esta em baixo (historia do
ratinho na fazenda)
5 - O Samaritano O que meu Teu. Por maior que seja o
abismo que o separa dos demais, ele capaz de transp-lo,
movendo-se por compaixo, e no por preconceito. Mesmo sendo
vtima de discriminao, ele no se v assim. Ele no apenas
surpreende por se importar, como tambm supera todas as
expectativas, fazendo muito alm do que sua obrigao.
Em tempo de globalizao, todos aqueles de quem temos notcia
devem ser considerados nossos prximos.
As tragdias ocorridas ao nosso redor so permitidas por
Deus para que redescubramos o caminho da compaixo e do
amor.
Concluso: Cada um desses personagens aponta para 5 classes
diferentes de pessoas com quem freqentemente esbarramos em
nossa caminhada pela estrada da vida. E como acertadamente
falou algum um dia: Todo mundo nosso professor para o bem o
para o mal.