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Cinomose Canina: Revisão e Diagnóstico

O documento é uma monografia sobre cinomose canina apresentada para obtenção de título de especialização em Clínica Médica de Pequenos Animais. A monografia inclui uma revisão de literatura sobre a cinomose canina, definindo a doença, discutindo sua epidemiologia, etiologia, patogenia, sinais clínicos, diagnóstico, tratamento e profilaxia. O trabalho foi orientado por MSc. Alexandre do Rosário Casseb e apresentado à Universidade Federal Rural do Semi-Árido.

Enviado por

Jonhy Cleber
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Cinomose Canina: Revisão e Diagnóstico

O documento é uma monografia sobre cinomose canina apresentada para obtenção de título de especialização em Clínica Médica de Pequenos Animais. A monografia inclui uma revisão de literatura sobre a cinomose canina, definindo a doença, discutindo sua epidemiologia, etiologia, patogenia, sinais clínicos, diagnóstico, tratamento e profilaxia. O trabalho foi orientado por MSc. Alexandre do Rosário Casseb e apresentado à Universidade Federal Rural do Semi-Árido.

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-RIDO

DEPARTAMENTO DE CINCIA ANIMAL


CLNICA MDICA DE PEQUENOS ANIMAIS

DANIELA DE NAZAR DOS SANTOS NASCIMENTO

CINOMOSE CANINA REVISO DE LITERATURA

BELM PAR.
2009
DANIELA DE NAZAR DOS SANTOS NASCIMENTO

CINOMOSE CANINA REVISO DE LITERATURA

Monografia apresentada Universidade


Federal Rural do Semi rido (UFERSA),
como exigncia final para obteno do ttulo
de especializao em Clnica Mdica de
Pequenos Animais.

Orientador: MSc. Alexandre do Rosrio


Casseb

BELM - PAR
2009
DANIELA DE NAZAR DOS SANTOS NASCIMENTO

CINOMOSE CANINA REVISO DE LITERATURA

Monografia apresentada Universidade


Federal Rural do Semi-rido (UFERSA),
como exigncia final para obteno do ttulo
de especializao em Clnica Mdica de
Pequenos Animais.

APROVADO EM ____/____/____

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________
Prof. Dr. Pedro Marinho de Carvalho Neto - UFRPE
Orientador - Presidente

___________________________________________
Primeiro Membro

___________________________________________
Segundo Membro
AGRADECIMENTOS

Agradeo em primeiro lugar a Deus meu criador e pai pelo amor incondicional;

Aos meus pais Adair e Maria pelo apoio e educao proporcionados e todos estes anos e
tambm ao Bruno meu mano que teve participao fundamental na realizao deste
trabalho e minha mana Neila;

As minhas amigas Ana Estelita, Hertel Barros, Lilian Sinfronio e Silvia Lopes por todo
incentivo e apoio. O amor fraternal da amizade realmente uma ddiva, contem sempre
comigo;

Aos meus colegas da especializao pelo companheirismo, que nos marcou durante todo
o tempo de curso e creio que no meio profissional tambm, valorizando assim a tica
profissional;

Ao meu orientador Alexandre Casseb pela disposio e credibilidade dada a mim;

Ao Instituto de Ensino Equalis pela oportunidade do curso que possibilita uma melhor
reciclagem e atualizao dos profissionais em todas as regies do pas;

E claro no poderia deixar de agradecer aos meus amorecos Dick e Menina que sempre
me demonstraram com olhares e gestos o quanto maravilhoso ser Mdica Veterinria
de Pequenos Animais;

E aos demais que no foram citados no trabalho, mas que de forma direta e indireta
contriburam para a realizao deste trabalho, meu muito obrigada.
RESUMO

A cinomose canina uma doena altamente contagiosa causada por um vrus da famlia
Paramixoviridae, do gnero Morbilivrus que acomete principalmente os ces jovens.
Sua transmisso ocorre por contato direto, atravs de aerossis ou alimentos e objetos
contaminados. Tem um perodo de incubao mdia de quatro dias e dentre alguns
sintomas esto: febre, catarro conjuntival, rinite purulenta, tosse, diarria
mucosanguinolenta e pstulas abdominais, podendo assumir tambm a forma nervosa.
Dentre as tcnicas utilizadas para diagnstico do vrus foram citadas: o isolamento viral,
as tcnicas sorolgicas, o exame histopatolgico, a tcnica de reao em cadeia pela
polimerase precedida de transcrio reversa, a anlise do lquido cefalorraquidiano e o
teste de imunofluorescncia. Quanto ao tratamento no h nada especificado, devendo-
se tratar somente os sintomas, considerando tambm que esta doena pode ser evitada
atravs de imunoprofilaxia. Neste trabalho foi realizada uma reviso bibliogrfica sobre
a cinomose canina enfatizando tambm sua importncia na rotina da clnica mdica
veterinria.

Palavras-chave: cinomose, vrus, co, vacinao


ABSTRACT

The canine canine distemper is a highly contagious disease caused by a virus


Paramixoiridae family, the genus morbillivirus that affects mainly young dogs. Its
transmission occurs by direct contact, by aerosol or contaminated food and objects.
Have an average incubation period of four days and among some symptoms are fever,
conjunctival catarrh, purulent rhinitis, cough, diarrhea, abdominal mucosanguinolenta
and pustules and may also take the form nervosa. Among the techniques used to
diagnose the virus have been mentioned: virus isolation, serological techniques, the
histopathological examination, the technique of polymerase chain reaction preceded by
reverse transcription, the analysis of cerebrospinal fluid and the immunofluorescence
test. On the treatment there is nothing specified, one should only treat the symptoms,
also considering that this disease can be prevented by immunoprophylaxis. This work
was a literature review on the canine distemper canine also emphasizing its importance
in the routine of veterinary medicine.

Key words: canine distemper, virus, dog, vaccination


LISTA DE FIGURAS pgs

Figura 1 Estrutura do vrus. NP - Nucleoprotena; L - Grande protena; HN 13


- Hemaglutinina; F Protena de fuso; M Protena matriz; P
Fosfoprotena
Figura 2 Progresso da infeco sistmica para a infeco nervosa na cinomose 14
- canina
Figura 3 Co com secreo nasal mucopurulenta causada pela cinomose 17
-
Figura 4 Co com cinomose apresentando dermatopatia 18
-
Figura 5 Doena dos Coxins speros 18
-
Figura 6 Co com cinomose apresentando hipoplasia de esmalte dentrio 18
-
SUMRIO

1 INTRODUO 9

2 OBJETIVOS 10
2.1 OBJETIVO GERAL 10

2.2 OBJETIVO ESPECFICO 10

3 REVISO DE LITERATURA 11
3.1 DEFINIO 11
3.2 EPIDEMIOLOGIA 11
3.3 ETIOLOGIA 12
3.3.1 Inativao do vrus 13
3.4 PATOGENIA 14
3.4.1 Resposta imune 14
3.5 SINAIS CLNICOS 16
3.6 DIAGNSTICO 19
3.6.1 Isolamento viral 19
3.6.2. Tcnicas sorolgicas 19
3.6.3 Histopatolgico 20
3.6.4 Tcnica de Reao em Cadeia pela polimerase precedida de 20
transcrio reversa (RT PCR)
3.6.5 Anlise do lquido cfalorraquidiano 20
3.6.6 Teste da imunofluorescncia 21

3.7 DIAGNSTICO DIFERENCIAL 21


3.8 PROGNSTICO 23
3.9 TRATAMENTO 23
3.10 PROFILAXIA 24
4 MATERIAL E MTODOS 26
5 RESULTADOS E DISCUSSO 27
6 CONSIDERAES FINAIS 28
REFERNCIAS 29
9

1 INTRODUO

A cinomose canina uma enfermidade infecto-contagiosa, que afeta ces e outros


carnvoros, causada por um vrus da Famlia Paramyxovirus, do gnero Morbilivrus, da
espcie Vrus da cinomose canina (VCC) com caracterstica clnica aguda, subaguda e
crnica. (SWONGO, 1997, SHERDING, 1998, MANUAL..., 2008). Sua ocorrncia
mundial, sem sazonalidade e sem preferncia por sexo ou raa, sendo a maior incidncia em
animais jovens, entretanto pode atingir qualquer idade (SHERDING, 1998, NELSON;
COUTO, 2006).
A transmisso ocorre principalmente por aerossis e gotculas contaminadas. Aps
o contato do vrus com o epitlio ocorre a replicao viral nos macrfagos e disseminao
para o sistema respiratrio, gstrico e nervoso, com caractersticas sintomticas especficas
em cada sistema, sendo o nervoso considerado o mais crtico, como destaque a encefalite
(QUINN et al., 2005, MANUAL..., 2008).
O lquor pode indicar alteraes na fase crnica com aumento de protenas. O
isolamento viral em cultivo celular especfico, mas demorada, podendo resultar em falso
negativo, exceto na fase aguda. A tcnica de reao em cadeia de polimerase (PCR) precedida
de transcrio reversa vem sendo usada com sucesso na deteco viral. A tcnica de
imunoflorescncia pode confirmar o diagnstico para cinomose por seu mtodo ser de forma
direta em fludos corporais, sendo importante sua realizao nos primeiros dias dos sinais
agudos da cinomose (SHERDING, 1998, QUINN et al., 2005).
Em corte histolgico possvel confirmar a infeco com a presena de leses
caracterizadas por reas de necrose bem delimitada e corpsculo de incluso (GREENE,
1998, JONES et al., 2000). Ces infectados podem apresentar imunossupresso, permitindo
infeces secundrias por agentes oportunistas como Toxoplasma gondii (RHYAN; DUBEY,
1992).
O tratamento no especfico e consiste na terapia de suporte e sintomtico.
Vacinas produzidas com amostras virais adequadamente atenuadas so eficientes em proteger
os animais contra a infeco natural (SWANGO, 1997, SHERDING, 1998, NELSO; COUTO,
2006, MANUAL..., 2008).
10

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Revisar a literatura sobre a cinomose canina.

2.2. OBJETIVO ESPECFICO

Analisar e comparar as bibliografias referentes cinomose canina.


11

3. REVISO DE LITERATURA

3.1 DEFINIO

Doena dos coxins speros (MANUAL..., 2008) ou simplesmente cinomose


canina, caracterizada como uma doena viral multissistmica altamente contagiosa e severa
(SHERDING,1998), sendo assim conhecida mundialmente (FRASER et al., 1997,
SHERDING,1998).

3.2 EPIDEMIOLOGIA

O VCC tem uma distribuio enzotica mundial (HARTMAN et al., 2007,


SHERDING, 1998). A infeco dissemina-se rpido entre os ces, sendo os no imunizados
de qualquer idade, sexo ou raa os mais susceptveis, porm a doena mais comum em
filhotes entre 3 e 6 meses, j que provavelmente no possuem mais a imunidade passiva
derivada da me (SWANGO, 1997, QUINN et al., 2005, NELSON; COUTO, 2006). Shell
(1990) e Sherding (1998) discordam sobre o perodo de ocorrncia da enfermidade nos
filhotes, onde citam a incidncia mais comum de 6 a 12 semanas de idade.
O VCC acomete uma ampla variedade de hospedeiros alm de ces domsticos,
como raposa, dingo, coiote, lobo e chacal (famlia canidae), da famlia mustalidae tais como
furo, vison, doninha, marta, cangamb, texugo e lontra, da famlia Procyonidae como
guaxinim, panda, jupara e quati, tambm da famlia felidae exticos, mas no os gatos
domsticos (SHERDING, 1998, QUINN et al., 2005, DEEM et al., 2000). O co representa o
principal reservatrio para o vrus da cinomose, servindo at mesmo, como fonte de infeco
para os animais selvagens (GREEN; APPEL, 2006). Nelson e Couto (2006) citam que o VCC
induz a doena em outras espcies como focas, golfinhos e primata no-humano que tem sido
infectada pelo vrus da cinomose ou por uns vrus relacionados.
O vrus relativamente lbil, e sua transmisso ocorre atravs da exposio ao ar,
e liberado por animais infectados em todas as secrees e excrees do corpo, com isto, a
disseminao ocorre onde os ces so mantidos em grupos, mantendo-se o vrus instvel no
12

ambiente (QUINN et al., 2005, LITFALLA et al., 2008). considerado um importante


patgeno devido sua alta taxa de morbidade que varia de 25 a 75% e a relao
fatalidades/casos chega freqentemente at 50-90%, conforme a cepa do vrus, somente a
raiva tem percentagem de fatalidades em ces mais elevada que a cinomose (SHELL, 1990,
APPEL; SUMMERS, 1995, SWANGO, 1997). Ainda hoje faltam dados de estudos
epidemiolgicos que relate ocorrncias de surtos e casos sobre a cinomose canina na medicina
veterinria (HEADLEY; GRAA, 2000, DEZENGRINI et al., 2007).

3.3 ETIOLOGIA

A cinomose canina causada pelo gnero Morbillivirus, da famlia


Paramyxoviridae, sendo tanto antigenicamente quanto biofisicamente, semelhantes ao vrus
do sarampo dos humanos, e ao vrus da peste bovina dos ruminantes, conhecida como peste
do gado (SWANGO, 1997, GEBARA et al., 2004a, SILVA et al., 2007, MANUAL..., 2008).
O VCC um vrus envelopado, pleomrfico, relativamente grande, obtendo uma variedade de
150 a 250 nm (SWANGO, 1997, MURPHY et al.,1999). O genoma viral consiste de uma fita
de RNA simples com polaridade negativa, no segmentada (MURPHY et al.,1999), com
16000 a 20000 pares de bases de extenso (Figura 1) (DIALLO, 1990).
Os agentes virais da cinomose como o selvagem-tipo A75/17 estirpe que induz uma
persistente infeco no sistema nervoso central de ces, Distemperoid descrito em fures,
raposa e ces (GREEN; STULBERG, 1946, SUMMARY, 2009), as estirpes Onderstepoort e
Rockborn so as mais utilizadas em todo o mundo para a elaborao de vacinas contra o VCC
(MOCHIZUKI et al., 1999), a estirpe Snyder Hill, por apresentar grande potencial
neurotrpico, utilizada em experimentos de inoculao intracerebral, tanto em estudos da
patognese viral quanto em desafio ps-vacinal (NEGRO et al,2006, HARTMANN et
al,2007), tambm Cornell, R252 e VR- 128 so outros citados em trabalhos de experimentos
em combate ao VCC (HARTMANN et al,2007).
13

Figura 1 Estrutura do vrus. NP - Nucleoprotena; L -


Grande protena; HN Hemaglutinina; F Protena de
fuso; M Protena matriz; P Fosfoprotena. Fonte:
Canine...(2009).

3.3.1 Inativao do vrus

O agente viral da cinomose canina relativamente lbel, e a sua infectividade


liberada pelo calor (GORHAM, 1960, APPEL; GILLESPIE, 1972, SWANGO, 1997), e por
obter um pH instvel menores que 4,5 inativado pelo calor em 1 hora a 55 C e em 30
minutos a 60 C, permanecem viveis a temperatura de 20 C por 1 hora nos exsudatos por 20
minutos (GORHAM, 1960, APPEL; GILLESPIE, 1972), por vrias semanas entre 0 4c,
sendo estvel durante meses a anos no estado congelado (GORHAM, 1960, APPEL;
GILLESPIE, 1972, LITFALLA et al.,2008).
Tambm so inativados pelo detergente, solventes de lipdios, desinfetantes a base
de amnia quaternria a 0,3 % em 10 minutos, formol a 0,5% em 4 horas e com fenol a 0,75%
em 10 minutos. O VCC suscetvel radiao ultravioleta e as lmpadas germicidas, mas tem
pouca valia no controle da disseminao da cinomose em hospitais veterinrios e canis
(FRASER et al., 1997, SWANGO, 1997, GREENE, 1998).
14

3.4 PATOGENIA

A infeco pelo vrus consiste na excreo de gotculas por meio de aerossol e


outras excrees do corpo a partir dos animais infectados, podendo liberar o vrus por vrios
meses, sendo assim, a disseminao ocorre onde os ces so mantidos em grupos, tornando o
vrus instvel no ambiente (Figura 2) (FRASER et al., 1997, SILVA et al., 2007).

Figura 2 Progresso da infeco sistmica para a infeco nervosa na cinomose canina. Fonte: Moro et
al. (2004).

3.4 1 Resposta Imune

Durante a primeira semana de infeco, os ces apresentam uma linfopenia e so


imunossuprimidos, e a infeco pelo VCC parece causar um efeito de depleo de clulas T e
B e de necrose nos tecidos linfticos. Ces que recuperam de forma precoce com no mnimo
de sinais clnicos, respondem com vigorosas reaes imunes humoral e celular, produzindo
desta forma uma imunidade duradoura. Anticorpos neutralizantes aparecem inicialmente no
soro de ces infectados em 8 a 9 dias aps exposio viral, alcanando um pico em 4 a 5
15

semanas. Estes anticorpos persistem at mesmo em nvel significativo na maioria dos animais
por pelo menos 1 ano aps a infeco. (TIZARD, 2002; ZEE, 2003)
Os nveis de IgM antiviral so equivalentes tanto em ces infectados de maneira
persistente como em animais recuperados, enquanto altos nveis de IgG so vistos apenas em
animais recuperados da enfermidade. Resposta imune mediada por linfcitos tambm
gerada por ces infectados com o VCC que parcialmente responsvel pela recuperao da
doena. Infeco do VCC de forma fatal est associada a esgotamento sistmico de reas
dependentes de linfcitos T e B que esto situadas em tecidos linfides, e ao passo que em
ces debilitados ou com infeco persistente a repopulao de tecidos linfides com
formaes de centros de germinao associadas ocorre de 2 a 3 semanas aps contaminao
viral (TIZARD, 2002, ZEE, 2003).
O VCC replica-se inicialmente nos macrfagos do trato respiratrio, ocasionando
o primeiro pico febril de 3 a 6 dias ps infeco, dissemina- se para as tonsilas e os linfonodos
bronquiais e da uma viremia associada clula segue-se, com disseminao a outros tecidos
linforreticulares e por via hematgena, o vrus caminha para o trato gastrintestinal,
respiratrio, urogenital e ocasionalmente para o sistema nervoso central (SNC) (GREENE,
1998, QUINN et al 2005).
Axthelm e Krakowka (1987) descrevem que o vrus da cinomose pode penetrar no
SNC atravs de mltiplos stios de entrada, tudo leva a crer que o endotlio vascular seja o
primeiro componente do SNC a sofrer a infeco atravs do contato, ou com o vrus livre do
plasma, ou com complexos formados por vrus IgG plaquetas e aps infectar o endotlio,
o vrus da cinomose passa para os astrcitos, atravessando estes at atingir ento os neurnios.
Segundo Summers et al. (1995), na maioria, ou em todos os casos de infeco
pelo VCC, este atinge o encfalo, mesmo que o animal no apresente manifestao de
transtorno neurolgicos, isso indica que os casos de cinomose canina que progridem de forma
sistmica para a nervosa aparentemente o fazem em decorrncia de falha do organismo animal
em eliminar o vrus que invadiu o SNC.
A extenso da disseminao a tecidos e rgos determinada pela rapidez e pela
efetividade da resposta imunolgica. O vrus que infecta neurnios e clulas gliais dentro do
SNC, podem ali permanecer por longos perodos causando leso considerl (QUINN et al.,
2005). Esta leso descrita como encefalite ou encefalomielite em ces jovens, de carter
grave e agudo; encefalomielite multifocal dos ces adultos, de carter crnico; encefalite dos
ces idosos e encefalite recidivante crnica, que so de ocorrncia espordica (SILVA et al.,
2007).
16

A encefalite dos ces velhos est associada de forma aparente prolongada


persistncia do vrus no crebro, possivelmente como resultado da disseminao no-
citoltica de uma clula a outra sem o brotamento atravs da membrana celular, evadindo,
assim, a deteco imunolgica (QUINN et al., 2005). O comportamento no SNC depende da
estirpe viral, da idade e da imunocompetncia do co, animais jovens e ces com
imunodeficincia desenvolvem necrose neuronal (substncia cinzenta), j os ces adultos e
imunocompetentes geralmente apresentam desmielinizao (substncia branca) (SHELL,
1990).
De uma forma sucinta, durante a primeira semana antes do aparecimento dos
sintomas, a replicao do vrus ocorre inicialmente no tecido linftico (FRASER et al., 1997;
SILVA et al., 2007; MANUAL..., 2008), medula ssea, bao e timo (SILVA et al., 2007), em
seguida, por volta do 7o dia infecciona epitlios gastrointestinal, respiratrio, urogenital, pele
e SNC (FRASER et al., 1997, QUINN et al., 2005, SILVA et al., 2007). A doena ocorre aps
a replicao do vrus nesses rgos (FRASER et al., 1997).

3.5 SINAIS CLNICOS

A forma subaguda da cinomose caracterizada por febre repentina e morte sbita


em 2 ou 3 dias, mas no o normal da doena. O perodo de incubao varia de 3 a 7 dias, os
ces infectados desenvolvem dois picos febris, o primeiro pico febril entre o 2 e o 6 dia,
onde tambm pode ocorrer uma leucopenia e em especial uma linfopenia e o segundo pico
febril ocorre entre o 8 e o 9dia, onde a temperatura pode chegar a 41C. Anorexia,
conjuntivite, depresso so comuns na fase aguda da cinomose (FENNER et al., 1993,
SHERDING, 1998, NELSON; COUTO, 1998; ZEE, 2003, ZANINI; SILVA, 2006).

A doena pode evoluir em quatro fases:

A) Respiratria, com presena de tosse seca ou produtiva, pneumonia, secreo nasal (que
comumente provocada por infeces secundrios dentre elas a bactria Bordetella
bronchiseptica) (figura 3) dificuldade respiratria, secrees oculares, febre (41C),
inflamao da faringe, dos brnquios e aumento das tonsilas (FENNER et al., 1993,
SHERDING, 1998, NELSON; COUTO, 1998, JAYME, 2004, ZANINI; SILVA, 2006).
17

Figura 3 Co com secreo nasal


mucopurulenta causada pela cinomose.
Fallbrook (2009).

B) Gastrointestinal, com vmito, diarria eventualmente sanguinolenta (freqentemente


conseqncia de infeces secundrias), anorexia, febre, predispondo a infeces bacterianas
secundrias (FENNER et al., 1993, SHERDING, 1998, JAYME, 2004,QUINN et al, 2005,
ZANINI; SILVA, 2006).

C) Nervosa com alteraes comportamentais (vocalizao como se o animal estivesse


sentindo dor, respostas de medo e cegueira), convulses, contrao rtmica persistente e
indolor mesmo durante o sono de um ou de um grupo de msculos (coria, espasmos flexores
e hipercinese), isso porque a infeco ativa um circuito eltrico semelhante a de um marca-
passo na medula espinhal, paresia ou paralisia ascendente, frequentemente comeando a se
tornar evidente como uma ataxia nos membros plvicos, bexiga, mandbula e reto, sintomas
cerebelares (mioclonia, hipermetria), sintomas vestibulares (nistgmo, ataxia, cabea
pndula), movimentos de andar em circulo e movimentos de pedalagem, a mortalidade nesta
fase varia entre 30% a 80%, ces que sobrevivem esta fase geralmente apresentam seqelas, e
podem desenvolver mais tarde a encefalite do co velho, a magnitude do envolvimento
neurolgico tem grande influncia no prognstico da cinomose (FENNER et al., 1993,
SWANGO, 1997, SHERDING, 1998, JAYME, 2004, CHRISMAN et al, 2005; ZANINI;
SILVA, 2006).
Os sinais neurolgicos variam consideravelmente, Shell (1990) cita convulses e
paralisia dos membros plvicos, juntamente com sinais vestibulares, como ataxia e nistagmo,
e cerebelares como tremores e hipermetria. Sherding (1998) concorda com os sinais citado
anteriores, mas acrescenta neuropatias perifricas e cranianas incluindo neurite ptica.
18

D) Cutnea: marcada por dermatite com pstulas abdominais (figura 4), hiperqueratose nos
coxins podais (doena dos coxins speros) (figura 5) e focinho onde comum os mesmos
apresentarem tambm sintomas neurolgicos de ces adultos, no caso de infeces neonatais
pode ter hipoplasia de esmalte dentrio (figura 6), conjuntivite e leses na retina (FENNER et
al., 1993, SHERDING, 1998; NELSON; COUTO, 1998; JAYME, 2004, ZANINI; SILVA,
2006).

Figura 4 Co com cinomose apresentando Figura 5 - Doena dos Coxins


dermatopatia. Fonte: Diniz (2009). speros. Fonte: Canine...(2009).

Figura 6 Co com cinomose


apresentando hipoplasia de esmalte
dentrio. Fonte: Encyclopedia...(2008).

O curso da doena pode ser de at 10 dias ou se prolongar por semanas ou meses


podendo haver perodos intermedirios seguidos por recidiva, a gravidade e a durao da
19

doena so variveis e influenciadas pela virulncia do vrus infectante. Frequentemente,


quando a recuperao parece iminente, surgem sequelas neurolgicas permanentes como as
descritas anteriormente (FRASER, et al. 1997, ZEE, 2003, QUINN et al, 2005).

3.6 DIAGNSTICO

O diagnstico da cinomose fundamentado nos sinais clnicos, e devido as suas


vrias manifestaes, levam a certa confuso e dificuldade, tanto para diagnstico clnico
como na investigao experimental da molstia (FRASER et al., 1997, GEBARA et al.,
2004b, SILVA et al., 2007, MANUAL..., 2008) e os exames complementares como
hemograma, anlise do lquor, e exame radiogrfico no possibilitam a realizao do
diagnstico diferencial conclusivo da infeco pelo vrus da cinomose em ces (APPEL;
SUMMERS, 1999, ZEE, 2003).

3.6.1 Isolamento Viral

O isolamento viral em cultivo celular especifica (SHIN et al., 1995). Mas pode
ser de difcil realizao (QUINN et al., 2005). Bexiga urinria, creme leucocitrio de sangue
com heparina e cerebelo so espcimes pos mortem adequados para a tcnica (QUINN et
al.,2005). Se o animal no estiver na fase aguda da doena, a tcnica demorada e pode
resultar em falso- negativo (SHIN et al., 1995).

3.6.2 Tcnicas Sorolgicas

As tcnicas sorolgicas demonstraram que anticorpos IgM como de um aumento


de quatro vezes no ttulo de anticorpo entre o soro coletado na fase aguda e na de
convalescena, pode ser determinada por vrus neutralizao, por ELISA ou por
imunofluorescncia indireta (QUINN et al., 2005). Os mtodos sorolgicos apresentam um
20

valor diagnstico limitado para o CDV j que animais morrem por cinomose podem ou no
apresentar ttulos mensurveis de anticorpos (APPEL; SUMMERS, 1999, FRISK et al., 1999,
ZEE, 2003).

3.6.3 Histopatolgico

outro mtodo de diagnstico que se caracteriza por ser definitivo, j que as


leses causadas pelo vrus da cinomose no sistema nervoso central so bastantes
caractersticas. Mas este procedimento constitui um diagnstico pos mortem, no permitindo
o diagnstico precoce e ante mortem da infeco (JONES et al., 2000). O vrus da cinomose
pode ser confirmado pela identificao de corpsculos de incluso em clulas associadas
exudato, em clulas epiteliais e em neutrfilos, porm sua ausncia no exclui a infeco pelo
CCV (GREENE, 1998, JONES et al., 2000).

3.6.4 Tcnica de Reao em Cadeia pela Polimerase Precedida de Transcrio Revesa


(RT- PCR)

A RT-PCR vem sendo empregada na deteco do vrus da cinomose, devido sua


rapidez na obteno dos resultados, a no exigncia da infecciosidade da partcula viral e os
altos nveis de sensibilidade e especificidade. Seu procedimento requer diferentes tipos de
amostras biolgicas como sangue, soro, urina e fragmentos de rgos (ZEE, 2003, GEBARA
et al., 2004a).

3.6.5 Analise do Lquido Cefalorraquidiano

A tcnica de anlise do lquido cefalorraquidiano (LCR) pode auxiliar no


diagnstico da infeco pelo vrus da cinomose, embora alguns ces com a infeco no SNC
apresentem anlise normal do LCR, muitos apresentam pleocitose das clulas mononucleares
21

e aumento na concentrao de protenas (NELSON; COUTO, 2006).


Gama et al (2005) informam que as caractersticas fsico-qumicas do liquor tais
como, colorao, aspecto, densidade, pH e glicose, no foram capazes de contribuir para
indicar qualquer anormalidade liqurica, nas diferentes fases da cinomose canina, por outro
lado, o componente protico e a celularidade liqurica mostraram alterao importantes na
presena de sinais neurolgicos, porm na ausncia destes, no adicionam informaes
capazes de levar a deteco precoce de leses do sistema nervoso central em colaborao ao
diagnstico da referida enfermidade.
Anticorpos no LCR contra o vrus da cinomose so elevados em alguns ces com
encefalite (SHERDING, 1998, NELSON; COUTO, 2006, MANGIA; PAES, 2008) e oferecem
uma evidncia presuntiva da encefalite pela cinomose, j que estes anticorpos so produzidos
no local, e este aumento no encontrado em animais vacinados ou na cinomose sistmica
sem alteraes neurolgicas, sendo importante citar que a amostra no deve estar contaminada
para um diagnstico seguro (NELSON; COUTO, 2006, MANGIA; PAES, 2008).

3.6.6 Teste de Imunofluorescncia

As partculas virais podem ser detectadas por meio da imunofluorescncia de


clulas das tonsilas, da rvore respiratria, do trato urinrio, da conjuntiva e do LCR por 5 a
21 dias aps a infeco (NELSON; COUTO, 2006). A tcnica consiste na coleta do material
isento de contaminao, mediante a raspagem suave da membrana mucosa, utilizando
extremidade romba do cabo de bisturi ou cotonete que ser transferido para lmina limpa e
examinada logo aps procedimento, o xito do teste, traduzido pela deteco de clulas
positivas para VCC, positivo durante os primeiros dias dos sinais agudos da cinomose
canina (SWANGO, 1997, ZEE, 2003).

3.7 DIAGNSTICO DIFERENCIAL

A sintomatologia clnica para qualquer vrus determinado no geralmente


patognomnica, j que muitos vrus diferentes provocam sndromes patolgicas similares e no
22

VCC (vrus da cinomose canina) a sintomatologia que bem ampla porque ocasiona sintomas
oculares, respiratrios e digestivos que, isoladamente ou em associao, podem ser
encontrados em vrias outras doenas infecciosas, tornando o diagnstico clnico da cinomose
difcil (GOUVEIA et al., 1987, RUDE, 1987, SHELL 1990, TIPOLD, 1995, ZEE, 2003).
Dentre estas doenas podemos citar algumas como: parvovrus, coronavrus,
parainfluenza, raiva, toxoplasmose, sendo est ltima de origem parasitria (CARLTON;
McGAVIN, 1998, ZANINI; SILVA, 2006). O VCC causa diarria eventualmente
sanguinolenta, mas de forma branda, enquanto que a parvovirose inicia com anorexia,
prostrao, letargia e febre, progredindo para vmito e diarria sanguinolenta de odor ptrido,
e conseqentemente desidratao, emagrecimento e hipoproteinemia (MACINTIRE; CARR,
1997). O coronavrus em certos casos produz infeco assintomtica e em outros causa
infeco aguda com vmito, depresso e diarria mole a aquosa e algumas vezes muco e
sangue vivo fresco (SHERDING, 1998, NELSON; COUTO, 2006).
Parainfluenza normalmente causa rinofaringite com exsudato nasal seroso ou
seromucoso, predispondo a infeco secundria que ento pode levar a tosse e pneumonia, a
temperatura normalmente menor que 40C, enquanto que na VCC acima de 40,5C, com
corrimento conjuntival e nasal mucopurulento e a pneumonia precoce e sem tosse.
(SHERDING, 1998, NELSON; COUTO, 2006, ZANINI; SILVA, 2006).
De acordo com Sherding (1998); Zanini e Silva (2006) os primeiros sinais clnicos
da raiva podem incluir alteraes comportamentais como depresso, demncia ou agresso,
em seguida apresenta salivao excessiva, ataxia, paresia dos membros plvicos, progredindo
para tetraparesia flcida, enquanto que na VCC no h distrbios comportamentais, porm h
ataxia, paresia, mioclonias.
J a cinomose canina pode provocar alteraes neurolgicas, expressas por
mioclonias, movimentos mastigatrios, salivao excessiva, incoordenao, tiques
neuromusculares, convulses e ataxia, mas no apresenta os distrbios de comportamento.
(APELL; SUMMERS, 1999). A toxoplasmose causa diarria, pneumonia, apatia, tiques
nervosos e convulses, isso porque o parasita tem tropismo por pulmes e crebro (RHYAN;
DUBEY, 1992) Entretanto, o Toxoplasma. gondii tem um tropismo pelo crebro no organismo
canino (SOGORB et al., 1972). A intoxicao por chumbo tambm outro diagnstico
diferencial, pois o mesmo pode ocasionar sintomas gastroentricos como mese e diarreia
seguido de sintomas neurolgicos como tremores, hiperestesia, mastigao ruidosa e
espasmos musculares (FRASER et al, 1997, NELSON; COUTO, 2006).
23

3.8 PROGNSTICO

O prognstico reservado na maioria dos casos de cinomose aguda, mas a taxa de


mortalidade alta quando a doena atinge cezinhos jovens e quando h sinais neurolgicos
juntamente com infeco secundria nos animais acometidos pelo vrus da cinomose
(SWANGO, 1997, SHERDING, 1998, ZANINI; SILVA,2006). A eutansia recomendada no
caso de animal com sinais neurolgicos progressivos graves e incapacitantes (SHERDING,
1998, ZANINI; SILVA,2006).

3.9 TRATAMENTO

O tratamento para a infeco pelo vrus da cinomose e de suporte, no h


medicamentos antivirais de valor especifico, assim como o uso de agentes quimioterpicos,
ou que sejam considerados bem-sucedidos na terapia da cinomose canina (SWANGO, 1997,
FRASER et al., 1997, SHERDING, 1998, NELSON; COUTO, 2006, MANUAL..., 2008).
Antibiticos de amplo espectro esto indicados nas infeces bacterianas secundarias do trato
gastrointestinal e do sistema respiratrio. Umidifacao das vias areas, solues eletrolticas,
vitaminas do complexo B, antipirticos, expectorantes, bronco dilatadores, antiemticos e
complementos nutricionais esto indicados para a terapia auxiliar (FRASER et al., 1997,
SHERDING, 1998, NELSON;COUTO, 2006).
Para o controle dos ataques convulsivos, so indicados anticonvulsivantes, como
por exemplo, fenobarbital, isto quando necessrio (FRASER et al, 1997, SHERDING, 1998;
NELSON; COUTO, 2006). A mioclonia considerada intratvel e irreversvel (TIPOLD et
al., 1992, GREENE, 2006). Administrao de glicocorticides pode ter algum valor em ces
com a doena no SNC por infeco crnica pelo vrus da cinomose (SHERDING, 1998,
NELSON; COUTO, 2006), sendo que sua administrao em ces com infeco aguda
contra-indicada (NELSON; COUTO, 2006).
A administrao de vacina de vrus da cinomose modificado por via endovenosa
(EV) apresenta um valor teraputico (SWANGO, 1997; SHERDING, 1998), mas no possui
efeito quando os sinais clnicos neurolgicos tenham iniciado. A severidade da doena pode
ser reduzida se dentro de 4 dias de exposio, a vacina for utilizada no animal (SHERDING,
24

1998; ANDRADE, 2002), no entanto, vacinas que contenham outros agentes (Leptospira ou
adenovrus) no devem ser administrados pela via EV (SHERDING,1998). O soro
hiperimune utilizado para tentar aumentar a resposta imunolgica do animal, mas devido
seu alto custo no vem sendo empregado frequentemente na rotina clinica veterinria (ZEE,
2003, ZANINI; SILVA, 2006).
A acupuntura vem sendo empregada no tratamento da cinomose com o objetivo de
estimular nos pontos cutneos locais especficos por onde percorrem os meridianos que esto
em desarmonia, com isto, promove um equilbrio do organismo e recuperao do paciente
com encefalite instalada e paralisia dos membros, aps a regresso dos sintomas agudos.
(MATTHIESEN, 2004).

3.10 PROFILAXIA

A imunizao bem sucedida dos ces filhotes com as vacinas de vrus vivos
modificados (VVM) da cinomose canina depende da ausncia de um anticorpo materno, j
que este pode bloquear o vrus vacinal. (SWANGO, 1997, SHERDING, 1998, ANDRADE,
2002, NELSON; COUTO, 2006; MANUAL..., 2008). Os filhotes podem ser vacinados com
vacina viva modificada no perodo de 6 a 8 semanas de idade, com intervalo a cada 3 a 4
semanas at completarem 14 a 16 semanas de idade (BIAZZONO et al.,2001, ANDRADE,
2002, NELSON; COUTO, 2006). Devendo ser reforadas com um ano de idade, j que alguns
ces tornam-se suscetvel neste perodo (QUINN et al.,2005, NELSON; COUTO, 2006,
MANUAL..., 2008).
Cepas atenuadas do vrus do sarampo induzem imunidade heterotpica, e pode ser
administrada em filhotes com alto risco e exposio ao vrus da cinomose. (ANDRADE,
2002; ZEE, 2003; NELSON; COUTO, 2006). A vacina contra sarampo que no a mesma
administrada em humanos contra indicada em cadelas reprodutoras e em cezinho com mais
10 semanas de idade (SWANGO, 1997, ZANINI; SILVA, 2006). Existem fatores que
interferem na imunidade do animal, onde a vacina no efetiva como em condies
estressantes, temperatura (igual ou maior a 39,9C) e doena sistmica detectada (JULIANO,
2004, NELSON; COUTO, 2006).
Experimentos realizados sobre vacinas recombinantes que consistiu em avaliar a
segurana e eficcia de um vrus canarypox recombinante vivo contra o VCC e tambm com
25

o propsito de documentar a falta de interferncia entre outros vrus vivo demostraram que
sua administrao por via subcutnea ou intramuscular um mtodo seguro e que no
interfere com outras vacinas componentes e desta forma protege filhotes contra VCC.
(PARDO et al, 1997). Em estudos recentes com utilizao de vacina recombinantes
(Recombitek da merial) que consistiu em avaliar a durao da resposta sorolgica para VCC,
demostraram que a durao imunologica de pelo menos 36 meses com isto a vacinao
inicial de duas ou mais doses podem ser administradas aproximadamente 4 semanas de
intervalo, com a ltima dose em 12 a 16 semanas de idade ou mais, e re-vacinao com 1 ano
de idade, podendo ser adiministrada de forma confiavel a cada 3 anos com garantia de
proteo em ces (ZEE, 2003; LARSON & SCHULTZ, 2007).
26

4 MATERIAL E MTODOS

A metodologia utilizada neste trabalho foi feita atravs de consulta a literatura


especializada, dentre elas artigos cientficos, livros e peridicos da internet a fim de analisar
teoricamente o assunto considerado relevante e que possua possibilidade de uma aplicao
prtica.
27

5 RESULTADOS E DISCUSSO

A cinomose conhecida mundialmente por ser uma doena viral altamente


contagiosa como citam Nelson e Couto (2006) e Fraser et al (1997). A sua forma de infeco
rpida principalmente em filhotes entre 3 e 6 meses como descrevem Swango (1997) e Quinn
et al (2005), sendo que Shell (1990) e Sherding (1998) discordam com o perodo citado
anteriormente, onde afirmam no periodo de 6 a 12 semanas de idade. O VCC acomete uma
vasta variedade de hospedeiros conforme pesquisa de Sherding (1998) e Grenne e Appel
(2006), e apresenta uma alta taxa de mortalidade que varia de 25 a 75% entre estes
hospedeiros perdendo somente para a raiva que varia de 50 a 90% conforme relato de Shell
(1990), Appel e Summer (1995) e Swango (1997).
evidenciado que a cinomose causada pelo gnero Morbillivirus que estar
estreitamente relacionado com o vrus do sarampo dos humanos e obtem caractersticas fsico
qumicas importantes, mas por seu agente ser lbel facilmente eliminado pelo calor,
solventes e desinfentantes conforme orientao de Swango (1997) e Manual (2008). A
infeco ocorre pela liberao de excrees dos animais contaminados permanecendo no
ambiente por vrios meses como cita Silva et al (2007) e com isto a disseminao ocorre mais
rpida onde os ces so mantidos em grupos.
Nos estudos de Silva et al (2007) a disseminao do VCC percorre o sistema
respiratrio,gstrico, cutneo e nervoso causando graves leses que podem levar o animal a
bito ou deixar seqelas permanentes o que Quinn et al (2005) e Manual (2008) confirmam e
ainda enfatizam o sistema nervoso o mais preocupante, onde citam a encefalite dos ces
velhos pois o vrus pode permanecer no crebro por longo perodo. Estes sinais clnicos so
considerveis para o diagnstico da cinomose canina com diz Gebara et al (2004) mas
tambm necessrio para segurana do diagnstico exames complementares como
isolamento viral, tcnicas sorolgicas, histopatolgico, PCR e analise do lquido
cefalorraquidiano, e o que vem se destacando cita Gebara et al (2004) o PCR por sua rapidez
na obteno dos resultados e a no exigncia da infecciosidade.
Como descrito por Nelson e Couto (2006) e Zee (2003) o tratamento para
cinomose no especifico e sim sintomtico, mas conforme estudos de Matthiesen (2004) a
acupuntura vem sendo empregada com considervel resultado. Mas bem claro que a
profilaxia a melhor arma contra cinomose canina onde Zee, 2003, Larson e Schultz, 2007
citam vacina recombinante segura e eficaz no combate desta doena.
28

6 CONSIDERAES FINAIS

A escassez de estudo sobre a ocorrncia epidemiolgica da cinomose algo


aberto para novos trabalhos, j que sua importncia contribui para nova forma estratgica de
controle contra esta doena que apresenta alta taxa de mortalidade.
Muitos estudos esto sendo realizado sobre diagnstico da cinomose e atualmente
o PCR o que mais se destaca por sua eficincia, segurana e rapidez. Embora a presena de
corpsculo de incluso em clulas confirma a infeco pelo CCV.
Para um diagnstico seguro fundamental a coleta de material no contaminado.
Embora a cinomose seja uma enfermidade muito estudada, no existem pesquisas sobre
tratamento antiviral especfico e ainda hoje o tratamento basicamente de suporte e
sintomtico, dependendo diretamente da imunidade do animal.
A preveno continua sendo o melhor ataque contra a cinomose, com vacinas
eficientes e um esquema vacinal adequado que imunize o mais rpido possvel o filhote.
29

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