Grupo I
1. O verso e que no tem corrimo ajuda a compreender o comportamento descrito
no verso citado, pois uma escada sem corrimo torna-se mais perigosa e, por isso,
Quem tem medo no a sobe. (Poderiam ser tambm escolhidos os versos uma
escada em caracol e Vai a caminho do Sol; as explicaes so semelhantes,
incidindo na ideia de dificuldade, de perigo, de maior distncia)
2. Se o nome cho for considerado metfora de ignorncia, o verso Vai a
caminho do Sol poder ser interpretado como uma caminhada rumo ao
conhecimento, descoberta, sabedoria.
3. O ciclo de vida de um ser humano pode ser caracterizado pelos versos Os
degraus, quanto mais altos, /mais estragados esto., pois ao longo desse ciclo o
Homem vai sofrendo transformaes inevitveis e, numa fase mais adiantada, como
a velhice, pode considerar-se at que muitos desses aspectos se encontram j
degradados, estragados.
4. O verso Sobe-se numa corrida indica que a vida passa (muito/demasiado)
depressa.
5. Eu publicaria o poema na antologia A, Poesia com enigmas. Nas trs primeiras
estrofes fala-se apenas de uma escada, das suas caractersticas, das reaces e
emoes que so provocadas; apenas na ltima estrofe se desvenda o enigma da
metfora da escada Adivinhaste: a vida/a escada sem corrimo. (Admissvel a
localizao na antologia Poesia sobre o Tempo, considerando que a argumentao
deve ser conduzida para a simbologia, a metfora da escada enquanto vida; esta
desenvolve-se num tempo, em vrios ciclos ou fases que aparecem referidas no
poema, nomeadamente na referncia aos degraus desgastados, tal como acontece
na fase final da vida do Homem).
4 - Indica que a inteno do poeta escrever um poema e refere os elementos
pssaro, ma e flor
5 - Indica que a conjuno estabelece uma relao de contraste e justifica a
resposta, evidenciando a oposio entre as decises tomadas pelo poeta e o que
destas resultou, ou seja, entre fazer uma gaiola, chamar pela serpente e pr gua na
estrofe e, respectivamente, o facto de um pssaro no cantar quando est preso, o
facto de Eva temer serpentes e o facto de os versos no reterem a gua.
6 - Explica que uma gaiola de palavras pode ser identificada com um texto,
porque, tal como uma gaiola pode servir para prender um pssaro, um texto, atravs
das suas palavras, permite fixar uma ideia ou conter uma representao de algo (um
pssaro, por exemplo).
7 - Classifica as estrofes, indicando que a dcima estrofe uma quadra e que a
dcima primeira um terceto
8 - Selecciona A complexidade da escrita e justifica a opo, afirmando que, no
poema, se descreve o processo de escrita e se enunciam as dificuldades por que
passa o poeta para escrever o poema, simbolizadas em versos como e o pssaro
foge-lhe do verso (verso 2), e a ma cai-lhe do ramo onde a pousou (verso 4),
e a flor murcha no jarro da estrofe (verso 6).
OU Selecciona O percurso de um poema e justifica a opo, afirmando que, no
poema, se representam fases do processo de criao potica, uma vez que se
enunciam decises tomadas pelo poeta, o que delas resulta, a interrupo do acto
de escrita, o regresso escrita e o momento em que se d o poema por terminado.
OU Aponta aspectos favorveis a ambas as expresses e justifica, com base no
texto, a sua posio.
4 - Identifica, por exemplo, Tinhas (verso 2) e teu (verso 20).
5 - Explicita, por exemplo, que a seduo exercida pelo mar e a sua capacidade para
comover podem ter contribudo para a deciso
6 - Explica o sentido dos versos, referindo que o fingido lameiro o mar traioeiro,
que faz naufragar a embarcao e o marinheiro, representados como o arado e
o lavrador, respetivamente.
7 - Indica que a expresso Enganosa sereia pode ser considerada metfora de
Mar, porque, tal como a sereia perigosa, por seduzir e depois enganar, tambm
o mar representa perigo, por atrair e depois atraioar.
8 - Defende o comentrio, explicitando que, no poema Mar e nos versos citados, o
mar apresentado, por um lado, como um elemento negativo e, por outro, como um
elemento positivo e fundamenta, referindo, por exemplo, que, nos versos de Mar
Portugus, o mar representa o abismo, mas, ao mesmo tempo, reflete o cu e
que, no poema de Miguel Torga, o mar associado, simultaneamente, a
sofrimento (verso 18) e a encantamento (verso 20).