INTRODUÇÃO À ANÁLISE GEOESTATÍSTICA (Landim) PDF
INTRODUÇÃO À ANÁLISE GEOESTATÍSTICA (Landim) PDF
GEOESTATSTICA
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Reproduo autorizada desde que citada a fonte
Norma 6023-2000/ABNT ( http://www.abnt.org.br):
LANDIM, P.M.B. GEOEAS: um exemplo de aplicao em anlise geoestatstica. DGA,IGCE,UNESP/Rio
Claro, Lab. Geomatemtica, Texto Didtico 11, 41 pp. 2003. Disponvel em
<http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/textodi.html>. Acesso em:....
NOTA:
Dvidas, questes, sugestes, etc. sobre o texto devero ser encaminhadas para o
endereo [email protected], as quais sero sempre bem recebidas.
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GEO-EAS (Geostatistical Environmental Assessment Software)
INTRODUO
Pacote de programas muito difundido, criado por Evan Englund e Allen Sparks para a
U.S. Environmental Protection Agency (EPA), tendo o mrito de ser o primeiro para
aplicao da geoestatstica em mquinas do tipo PC. A atual verso, 1.2.1., foi compilada
em julho de 1990 e um manual revisado foi publicado em abril de 1991(Geo-EAS 1.2.1.
Users guide. EPA Report # 600/8-91/008. EPA EMSL, Ls Vegas, NV, USA).
Posteriormente surgiram verses para Unix (Sun) e LINUX.
Foi desenvolvido para avaliao e monitoramento de impacto ambiental, mas pode
ser utilizado em qualquer situao que envolva variveis espaciais e necessite de anlise
geoestatstica em duas dimenses. tambm, sem dvida, ideal para ser usado num curso
introdutrio sobre geoestatstica, devido ao seu carter interativo.
Na verso original do Geo-EAS constam utilitrios para manuseio de dados,
estatstica uni e bivariada, distribuio espacial de pontos de amostragem, anlise
variogrfica, modelagem variogrfica, anlise para anisotropia, validao cruzada, krigagem
simples e ordinria para estimativa de pontos e blocos, com os respectivos valores de
desvios padro da krigagem. Posteriormente foi includo um utilitrio para cokrigagem.
Foi escrito em FORTRAN 77, para ser usado em plataforma DOS, sendo fornecidos
os programas executveis, alm dos fontes. Os arquivos de entrada de dados so em ASCII
e podem ser criados a partir de qualquer planilha de dados ou editor de texto. Os resultados,
tambm em ASCII, podem ser usados por outros pacotes. Os grficos resultantes, em
arquivos metacode e *.grd podem ser convertidos para arquivos grficos de outros
softwares.. O formato de entrada dos dados tornou-se padro para outros pacotes que se
seguiram.
Pode ser descarregado a partir do endereo:
www.sph.umich.edu/~aelon/geoeas/
Outro endereo que, tambm, pode ser utilizado:
www.epa.gov/ada/csmos/models/geoeas.html
onde, entre outras informaes, dois arquivos esto disponveis:
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Para gravar o software no computador a seguinte seqncia deve ser obedecida:
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Figura 01. Painel de controle do software GEOEAS.
EXEMPLO
Neste texto apresentado apenas um exemplo de aplicao do GEOEAS, utilizando
o arquivo de dados, example.dat, que acompanha o referido software. Trata-se de 60
amostras de solo retiradas de uma regio contaminada por arsnio, cdmio e chumbo. A
varivel enfocada o elemento cdmio. A planilha de dados para ser analisada pelo
GEOEAS deve apresentar o seguinte formato: na primeira linha, o ttulo; na segunda linha, o
nmero de variveis, incluindo as coordenadas X e Y; em seguida a identificao de todas
as variveis e, depois, os respectivos valores em quantas colunas quanto forem
necessrias.
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GeoEas:example.dat
5
Easting
Northing
Arsenic
Cadmium
Lead
288 311 0.85 11.5 18.25
285.6 288 0.63 8.5 30.25
273.6 269 1.02 7.0 20
280.8 249 1.02 10.7 19.25
273.6 231 1.01 11.2 151.5
276 206 1.47 11.6 37.5
285.6 182 0.72 7.2 80
288 164 0.3 5.7 46
292.8 137 0.36 5.2 10
278.4 119 0.7 7.2 13
360 315 0.05 3.9 21.25
355.2 291 0.71 9.5 16.75
367.2 272 1.32 8.9 55
367.2 250 1.33 11.5 122.2
352.8 226 2.08 10.7 127.7
350.4 203 1.54 8.3 25.75
369.6 180 0.71 6.1 21.5
369.6 165 0 6.7 4
357.6 139 0.24 6.2 4.25
355.2 118 0 0.0 9.5
434.4 312 0.53 5.5 24
451.2 295 0.37 4.0 9.5
448.8 268 0.62 7.0 3.5
432 252 0.12 5.3 16.25
441.6 228 1.06 11.6 18
441.6 204 1.58 9.0 56.5
444 182 1.57 14.5 118
441.6 160 1.09 12.1 31
432 140 0 0.9 12.25
444 119 0 0.0 1
254.4 172 0.26 3.2 19.75
254.4 128 0 1.2 4.5
254.4 299 1E+31 1.7 14.5
333.6 301 1E+31 1.2 25.5
333.6 271 0.95 7.6 36.25
333.6 194 0.99 11.6 37.5
333.6 163 1.3 8.7 36
412.8 285 0.51 5.8 32.25
254.4 257 0.2 3.8 16.5
412.8 172 1.12 10.4 48.5
412.8 150 1.07 10.0 49.75
6
492 282 0.61 7.1 14.25
492 249 0.42 4.4 23.5
492 315 1.19 10.4 302.5
492 150 0 1.6 42.5
444 190 1.6 15.0 56.5
436.8 240 0.6 3.4 12.25
360 195 1.07 6.8 33.25
345.6 210 5.61 10.8 59
254.4 216 2.09 14.9 146.7
280.8 216 1.42 9.9 268
307.2 216 1.31 11.6 98
333.6 216 1.21 6.5 44
360 216 1.67 10.1 94.25
386.4 216 1.59 11.8 68
412.8 216 2.88 11.0 60.75
439.2 216 1.95 16.7 70
465.6 216 0.93 11.6 25
492 216 0.75 6.9 33
345.6 216 1.45 9.9 40.75
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Figura 02. Painel do utilitrio SCATTER.EXE
Para voltar tela anterior, apertar a tecla <Q>; para sair do aplicativo escolher Quit e
como resposta pergunta Do you really want to QUIT <YN>, optar por sim (Y). Este
procedimento idntico para todos os aplicativos e no sero mais repetidos neste texto.
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Basta examinar as figuras correspondentes e, durante a execuo no computador,
acompanhar, com ateno, as instrues na tela.
Para o caso de uma anlise de regresso linear entre, por exemplo, cdmio e
chumbo habitar a opo Regression/YES (Figura 4). O resultado aparece no monitor
como na Figura 5, onde podem ser localizados facilmente dois valores anmalos para
chumbo na parte central superior do grfico. Devido a isso o coeficiente de correlao
baixo, da ordem de o,462.
Figura 04. Painel do utilitrio SCATTER.EXE, com opo para anlise de regresso linear.
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1.2. POSTPLOT
Neste utilitrio o mapa resultante apresenta os locais de amostragem acompanhados
pelos respectivos valores, distribudos por uma escala em quartis. Preencher as informaes
na tela POSTPLOT (1.2.1) conforme a Figura 06.
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1.3. STAT1.EXE
Em seguida deve ser efetuada uma anlise estatstica bsica com auxlio do aplicativo
STAT1.EXE. Para tanto configurar o utilitrio, como na Figura 08 e, ao execut-lo, o
resultado, com os valores da anlise estatstica descritiva, mostrado na Figura 09.
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Figura 10. Histograma da varivel Cdmio
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visualmente se os dados apresentam, ou no, uma distribuio normal e, tambm, a
eventual presena de valores anmalos (outliers). Para curvas normais os valores de
assimetria devem estar em torno de 0 e para curtose em torno de 3.
O uso do semi-variograma para a estimativa por krigagem no exige que os dados
tenham distribuio normal, mas a presena de distribuio assimtrica, com muitos valores
anmalos, deve ser levada em conta, pois a krigagem um estimador linear.
2. Anlise Variogrfica
2.1. PREVAR.EXE
Feita a anlise exploratria dos dados, o passo seguinte, e mais importante, a
anlise variogrfica ou estrutural, que se inicia com PREVAR.EXE. Este aplicativo tem
carter preparatrio ao calcular os possveis pares de valores para serem utilizados na
confeco do semi-variograma, criando o arquivo *.pcf, do ingls pair comparison file.
Devido capacidade de memria do programa aceita matriz de dados com valores at um
mximo de 1000 amostras e 48 variveis e isso significa que o PREVAR.EXE pode calcular
at um mximo de 16384 pares. A anlise, porm feita em apenas uma varivel por vez.
A anlise variogrfica, que culmina com a modelagem, interpreta a estrutura de
correlao espacial dos dados procurando quantific-la. Com isso, pode fornecer os pesos
referentes aos valores estimados para o processo estimativo da krigagem e, desse modo,
controla a qualidade dos resultados.. Para proceder a anlise variogrfica, em duas
dimenses, utilizado o aplicativo VARIO.EXE. Aqui cabe uma explicao: em lugar do
termo semi-variograma muito comum, por simplificao, o uso da expresso variograma,
porm, para o calculo sempre levado em considerao a diviso da somatria de pares
por 2n
AbrIr o aplicativo PREVAR.EXE e configura-lo conforme mostrado na tela da Figura
12.
13
Figura 12. Painel do aplicativo PREVAR.EXE
2.2. VARIO.EXE
AbrIr o aplicativo VARIO.EXE e escolher o arquivo example.pcf e a varivel
cadmium, como mostrado na Figura 13. Mover o cursor at Options/Execute para executar
a funo. O resultado esta na Figura 14.
14
Figura 14. Opes, assumidas pelo programa, de parmetros para a construo do variograma
15
Figura 15. Opes, escolhidas, de parmetros para a construo do variograma
16
No aplicativo VARIO.EXE existem quatro opes de modelos tericos de variograma:
Esfrico, Gaussiano, Exponencial e Linear.. A modelagem, ou seja, o ajuste de um
variograma experimental a um modelo terico o passo fundamental na anlise variogrfica,
sendo um processo que envolve vrias tentativas e na qual a experincia pesa muito. No
caso do GEOEAS o ajuste manual por comparao visual, mais sujeito a erros, e no com
o auxlio de algoritmos, para ajustes automticos. Neste exemplo so apresentados trs
ajustes ao variograma experimental encontrado. Na tela do variograma, para cada caso,
pressionar < Q > para retornar tela RESULTS e nela mover o cursor at Model e
pressionar <enter>. Digitar, ento, os valores solicitados para Nugget (efeito pepita),
Sill (soleira) e Range (alcance). Para a seleo do modlo usar a barra de espaos em
Type. A Figura 17 refere-se s informaes sobre o primeiro modelo escolhido e os trs
resultados esto nas Figuras 18, 19 e 20.
Figura 17. Parmetros para o modelo esfrico de variograma, com efeito pepita: 5; soleira: 11;
alcance: 80.
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Figura 18. Modelo esfrico de variograma, com efeito pepita: 5; soleira: 11; alcance: 80
Figura 19. Modelo esfrico de variograma, com efeito pepita: 5; soleira: 11; alcance: 100
Figura 20. Modelo exponencial de variograma, com efeito pepita: 4,5; soleira: 13,5; alcance:160.
18
Em termos puramente visuais pode-se considerar os ajustes expostos nas Figuras 19
e 20 como bastante semelhantes, os quais provavelmente fornecero os mesmos resultados
quando da sua aplicao para a estimativa por krigagem.
2.3. XVALID.EXE
Aps a modelagem necessrio, porm, verificar a validade dos modelos propostos,
o que feito pela validao cruzada, com auxlio do aplicativo XVALID.EXE. Nessa
anlise, aps obtido o modelo variogrfico, cada valor original removido do domnio
espacial e, usando-se os demais vizinhos dentro de uma rea, determinada pelo
variograma, um novo valor estimado para esse ponto. Desse modo grficos podem ser
construdos e, entre eles, um mostrando a relao entre valores reais e estimados. Como a
verdadeira estrutura do variograma limitada pelo conjunto particular de dados
disponveis, a validao cruzada, porem, no prova que o modelo escolhido o mais
correto, mas sim que o mesmo no inteiramente incorreto .
Abrir o aplicativo XVALID.EXE e fornecer as informaes conforme a Figura 21.
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ser indicados: o raio maior e o raio menor da elipse (80 e 80), o ngulo entre esses
dois raios (0), a distncia mnima entre o ponto a ser estimado e os demais (0), o tipo da
distncia (obtida pelo variograma), o nmero de setores(1), os nmeros mximo e mnimo
de valores por setor (8 e 1) e o nmero mximo de setores vazios (0). Tambm necessrio
estabelecer o modelo a ser adotado e para tanto mover o cursor at Model e pressionar <
enter > para configurar os parmetros do variograma para os valores: modelo esfrico,
efeito pepita: 5; soleira: 11; alcance: 100. No necessrio fornecer valor para Global
Mean, pois este somente necessrio quando da krigagem simples(Figura 22).
O raio maior (R Major) o valor numrico para o comprimento da metade do eixo
maior da elipse e o raio menor (R Minor) o valor numrico para o comprimento da metade
do eixo menor da elipse, que deve ser menor que o raio maior; quando iguais trata-se de
uma rea de procura circunscrita um crculo.
O tipo da distncia pode ser euclideana (Euclidean), quando os valores mais
prximos so escolhidos em funo apenas das distncias ao dentro da elipse e
variogrfica (Variogram) quando so levados em conta os parmetros obtidos para o
modelo de variograma selecionado.
O numero de setores (Num Sectors), com as possibilidades de seleo 1, 4 ou 8,
indica em quantas partes deve ser igualmente dividida a elipse de procura.
O numero mximo de pontos por setor (Max. Pts/Sector) indica o numero mximo de
pontos que devem ser considerados em cada setor; o numero mnimo de pontos por setor
(Min. Pts/Sector) indica o numero mnimo de pontos que devem ser considerados em cada
setor e o valor assumido 1; se for encontrado no setor um nmero inferior ao estipulado a
krigagem para aquele ponto no efetuada e um valor ausente indicado
Major Range valor numrico para o maior alcance de influncia, similar ao raio
maior, porem definido pelo modelo variogrfico; idem em relao ao menor alcance (Minor
Range). Quando os dois alcances so iguais trata-se de uma estrutura isotrpica.
20
Figura 22. Opes de parmetros variogrficos para o modelo esfrico
21
Figura 23. Sistema de equaes para o clculo dos pesos estimadores do ponto com coordenadas
254,4 x 128.
Figura 24. Pesos para os estimadores do ponto com coordenadas 245,4 x 128
22
Figura 25. rea de procura para a estimativa do ponto com coordenadas 254,4 x 128.
Aps este resultado, sendo pressionado < Q > surge a tela com os resultados (Figura
27).
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Figura 27. Resultados da validao cruzada para o modelo esfrico
Para construir o diagrama entre os valores reais x valores por estimativa, mover o
cursor at Scatter Plot e pressionar <enter>; em seguida escolher, com a barra de
espaos, Select Scatter Plot Type e Observed x Estimate. (Figura 28).
O mesmo procedimento adotado para o modelo exponencial, com efeito pepita: 4,5;
soleira: 13,5; alcance:160; (Figura 29)
24
Figura 29. Oes de parmetros variogrficos para o modelo exponencial
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Figura 31. Resultados da validao cruzada para o modelo exponencial
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diferenas entre um modelo e outro e, no presente caso, os menores valores esto
associados ao modelo exponencial, que acabou por ser o escolhido.
No se deve, porm, interpretar os desvios padro da krigagem como uma medida
do erro de estimativa feita pela krigagem. A varincia da krigagem independente dos
valores dos pontos usados para obter os estimadores Zi* e mede somente a configurao
espacial dos dados. Sendo a krigagem baseada apenas no variograma, que global, os
valores da varincia independe dos valores locais dos pontos de amostragem.
2.4. ANISOTROPIA
Para finalizar a anlise variogrfica necessrio verificar se a varivel cdmio
apresenta um comportamento isotrpico ou anisotrpico, ou seja, se a varibilidade espacial
dos valores a mesma em todos os sentidos ou no. A distribuio dos valores de cdmio,
obtida pelo aplicativo POSTPLOT.EXE e exposta na Figura 07, mostra um padro, a grosso
modo, em bandas no sentido E-W. H, portanto, indcio de ocorrncia de uma menor
variabilidade nesse sentido do que ao longo de N-S, que sugere maior variabilidade.
Com esse intuito, utilizando o aplicativo VARIO.EXE, construir 4 variogramas nas
direes 0, 45, 90 e 135, todos com abertura angular de 22,5 graus e espaamento 25, o
que significa decompor o variograma omnidirecional em quatro outros. Em todos os casos o
modelo escolhido o exponencial, com efeito pepita 4,5: soleira 13,5 e alcance 160. Os
grficos resultantes esto nas Figuras 33, 34, 35 e 36.
27
Figura 34. Variograma na direo 450
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Os quatro variogramas obtidos indicam a presena de anisotropia. Na direo 0 os
pontos localizam-se abaixo do variograma omnidirecional , enquanto na direo 90 os
pontos esto acima. Nas direes 45 e 135 h uma razovel concordncia. Pode-se
assumir, portanto, que a distribuio obedece a uma elipse com o maior eixo, referente
direo 0, com dimenses mais ao longe entre 250 e 400 unidades e o menor eixo, referente
direo 90, com dimenses entre 60 e 120 unidades. A falta de outro critrio escolhido o
valor 300 para o maior eixo e 100 para o menor. Isto esta de acordo com a observao,
inicialmente feita, que a maior variabiidade dos dados ocorre no sentido norte-sul (90) e,
portanto, com menor alcance, e a menor variabilidade no sentido leste-oeste (0), isto , com
maior alcance.
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Figura 38. Opes para efetuar a krigagem
Na tela Krige Options devem ser informados os valores necessrios para a origem
do arquivo example.grd, onde sero gravados os valores necessrios para a krigagem e
desvios padro da krigagem.
Na opo Type escolher, como mtodo estimador krigagem ordinria (Ordinary),
sendo a outra possibilidade a krigagem simples. Alem disso opta-se pela krigagem pontual e
no por blocos (Point). A krigagem ordinria estima, localmente, valores de pontos ou
blocos a partir de uma mdia ponderada de valores conhecidos dentro de uma elipse ou de
um crculo centrado nesse ponto ou bloco a ser estimado. Na krigagem simples tambm se
encontra uma mdia ponderada, mas supe-se que esse valor mdio seja o mesmo para
toda a rea sob estudo. A krigagem em blocos baseia-se na mesma equao para
estimativa pela krigagem pontual, mudando apenas a maneira de encontrar os pesos. No
lugar das semivarincias entre pontos estimadores conhecidos e o ponto a ser estimado,
usa-se a semivarincia mdia entre pontos estimadores e todos os pontos dentro do bloco.
Os parmetros do reticulado (grid), so origem: X = 260 e Y = 120, com espaamento
em ambos os casos de 20, e 13 pontos ao longo de X e 11 pontos ao longo de Y.
calculada, portanto, uma malha retangular com 143 pontos distribudos regularmente.
Aps preencher o campo dos parmetros de procura (Search Parameters) e o tipo
de distncia adotado, optar por Variables/Models, e fornecer os parmetros do modelo
escolhido, iniciando por New Variable (Figura 39).
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Figura 39.Parmetros do modelo a ser usado na krigagem
Ao pressionar a opo Quit a tela com as opes de krigagem mostrada novamente
(Figura 38). Nela pressionar a opo Execute para surgir na tela um mapa de pontos
estimados acompanhado de uma legenda com valores (Figura 40).
O sinal X (Missing) que aparece na legenda significa que no foi possvel estimar o
ponto em questo, indicando que o numero de pontos estimadores existentes dentro da
elipse de contorno inferior ao estabelecido na opo Seach Parameters/Min to use, que
foi igual a 16. Neste caso deve-se, como tentativa, modificar esse valor para 2 e, tambm, o
nmero mximo para 8 (Figura 41).
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Para obter mais informaes sobre como se chegou a esse resultado e como depura-
lo proceder como na validao cruzada com auxlio das teclas <scroll lock>, <num lock> e
<caps lock>. Como resultado, ativando a tecla <caps lock> fornecido um mapa
mostrando, para cada ponto ou bloco a ser estimado, a rea coberta pela elipse ou pelo
circulo contendo os pontos estimadores; ativando a tecla <num lock> apresentado as
coordenadas dos pontos selecionados, bem como as distncias ao ponto central e os pesos
encontrados pela krigagem.
Figura 42. Mapa resultante da estimativa por krigagem, utilizando o valor 2 como mnimo por setor
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O nmero mximo de pontos estimadores vai depender do valor do efeito pepita.
Quanto maior este for, mais valores estimadores situados a pontos distantes tero peso
significativo no sistema de equaes da krigagem e, portanto, um nmero maior de pontos
ser necessrio.
Pressionar < Q > para retornar Krige Options e obter a informao que o arquivo
example.grd foi criado. Escolher a opo Quit para voltar tela inicial KRIGE (1.2.1) e
escolher a opo Save Parameters, para a criao do arquivo example.kpf, do ingls krige
parameter file. (Figura 43).
A partir de ento, quando a opo Read Parameters for acionada informar o nome
desse arquivo, isto , *.kpf para carregar os parmetros da krigagem. Assim, por exemplo,
para um mapa com mais pontos, basta aps o comando Read Parameters escolher Grid
Parameters e informar que os novos espaamentos tem o valor 10, em ambas as direes,
e que o numero de pontos ao longo de X 52 e ao longo de Y, 44 (Figura 44). Para o
reticulado permitido at um mximo de 100 x 100 pontos ou blocos.
33
Figura 44. Novos valores para o reticulado a ser gravado em *.grd
3.2. CONREC.EXE
34
Figura 46. Painel inicial do aplicativo CONREC.EXE
35
Alem da opo Graph Options consta na base da tela Contour Options, necessria
para especificar ou editar os valores das curvas de isovalores e intervalos. Na Figura 48
esto os valores editados.
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Figura 49. Mapa com estimativas, por krigagem ordinria, a partir do arquivo example.grd
Em seguida escolher <Q>, depois Quit e, na pgina inicial do aplicativo, o comando
Save Parameters, para a gravao do arquivo example.cpf, do ingls conrec parameter
file.
Finalmente, adotar o mesmo procedimento para obter o mapa para os desvios padro
da krigagem (Figuras 50, 51 e 52). Lembrar que este novo arquivo no deve ter o nome
example.cpf, para no ser gravado sobre o anterior. Escolher, portanto, um outro nome,
mas com a terminao cpf.
Figura 50. Parmetros para o aplicativo CONREC.EXE para a varivel desvios padro da krigagem
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Figura 51. Valores editados para os contornos do mapa de desvios padro da krigagem
38
produto grfico pelo software SURFER. Para tanto adotado o seguinte procedimento:
substituir o cabealho existente em example.grd (Figura 53), constitudo por 6 linhas por
uma nica linha e denominar o novo arquivo de *.dat, para ser usado no SURFER,
tomando o cuidado para no empregar o nome example.dat, pois o mesmo j existe
contendo os dados originais. Aqui o arquivo denominado cdmio.dat (Figura 54). Outro
cuidado verificar se, quando da krigagem, no resultaram valores nulos, representados por
X/Missing. Neste caso o aplicativo KRIGE coloca o valor 1E+31, o qual, quando da
converso para o SURFER, deve ser eliminado.
39
No SURFER esta uma situao em que se deve construir um arquivo contendo o
reticulado a partir de um arranjo regular de dados XYZ. Para tanto usar o algoritmo vizinho
mais prximo/nearest neighbor, e valores para origem e espaamento idnticos aos usados
em KRIGE.EXE. Este algoritmo no interpola valores, mas simplesmente honra os
existentes nos ns do reticulado. Desse modo, os mapas resultantes so idnticos, com a
vantagem, por exemplo, de ser possvel colocar cores, escalas e sobrepor no mapa de
desvios padro da krigagem a localizao dos pontos, mostrando os menores valores
associados reas com maior densidade de pontos (Figuras 55 e 56).
40
3.4. Krigagem ordinria por blocos
Para a estimativa de um bloco em lugar de apenas um ponto So, considera-se essa
regio com rea ou volume V e centro So. Desse modo as semivarincias entre os pontos
amostrados (Si, S2, S3 ...Sn) e o ponto interpolado, quando da krigagem pontual, so
substitudos pela mdia das semivarincias entre os pontos amostrados e todos os pontos
do bloco V. Isso tem conseqncia na determinao dos pesos que cada valor estimador
tem para estimar o bloco V, ou seja, deve-se encontrar um peso mdio entre um ponto
estimador e os pontos dentro do bloco a serem estimados. Isto resulta que os mapas de
contorno originados por esta anlise so mais suavizados e menores os desvios padro da
krigagem.
Para este exemplo, nas opes para efetuar a krigagem (Figura 38), informar que
por blocos 4x4. O resultado final, com sada grfica pelo SURFER, encontra-se na Figura
57, onde pode-se constatar curvas mais suavizadas e menores valores para os desvios
padro.
300 13
12
11
10
250
9
6
200
5
3
150 2
0
300 350 400 450 500
3.1
300 3
2.9
2.8
2.7
2.6
250 2.5
2.4
2.3
2.2
2.1
2
200 1.9
1.8
1.7
1.6
1.5
150 1.4
1.3
1.2
1.1
300 350 400 450 500
Figura 57. Mapas da distribuio de cdmio por blocos 4X4 e respectivos desvios padro da krigagem.
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SUGESTES
Dvidas, questes, sugestes, etc. sobre o texto devero ser encaminhadas para o
endereo [email protected], as quais sero sempre bem recebidas.
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