Controle Estatístico do Processo
(CEP)
Qualidade e Produtividade-
ICT 331
CEP
• Por que controlar um processo?
• Variabilidade entre os produtos;
• Produtos não conforme;
• Variações das não conformidades em relação ao tempo.
CEP
• O método do controle estatístico do processo
permite a redução sistemática da variabilidade
no parâmetro de qualidade em interesse;
• Contribui para a melhoria da qualidade do
produto, do processo, da confiabilidade e da
redução de custos.
Objetivos do CEP
• Estabilizar o processo:
Análise de variabilidade/estabilidade;
Obtenção de gráficos de controle para o
acompanhamento.
• Melhorar o processo:
Análise da capacidade do processo;
Redução da variabilidade;
Análise e correção das causas de não conformidades.
Variabilidade
• Diferentes fontes de variabilidade;
• Pode gerar produtos defeituosos ou ser
imperceptível;
• Para a redução da variabilidade é necessário
investigar as causas;
• Causas comuns;
• Causas especiais.
Causas comuns
• Causas que atuam de forma aleatória do
processo;
• É resultante do efeito cumulativo de pequenas
fontes de variabilidade;
• Não podem ser eliminadas, apenas reduzidas;
• Resultante de variações nas máquinas, material,
desempenho do funcionário, etc.
Causas comuns
• Medidas individuais de uma característica são
diferentes;
• Quando essas medidas são agrupadas tendem a
formar um padrão;
• Processo estável: padrão descrito por uma
distribuição normal de probabilidade.
Causas comuns
Causas comuns
Causas especiais
• Não seguem um padrão aleatório;
• Não são pequenas;
• Causas assinaláveis;
• Consideradas como falhas de operação;
• Provocam alterações nas características da
qualidade do material;
• Reduz de forma significativa o desempenho do
processo.
Causas especiais
• Processo instável
Causas especiais
• Processo instável
Análise das cartas de controle
• Coletar dados referentes à característica em
estudo através de amostragens;
• Coleta com certa frequência e tamanho de
amostras;
• Calcular a média (𝑥 ), amplitude (𝑅) e o desvio
padrão (𝜎) dos dados;
• Determinar os limites de controle.
Limites de Controle do Processo
• Limites que consideram a variação aleatória;
• Limites de confiança;
• Limite superior de controle (LSC);
• Linha central (LC);
• Limite inferior de controle (LIC).
Cartas de controle
• Com os dados coletados e o limites definidos são
geradas as cartas de controle.
Fonte: Ribeiro e Caten (2012).
Cartas de controle
Fonte: Ribeiro e Caten (2012).
Cartas/gráficos de controle para
variáveis
Instabilidade do processo
Ajuste do processo
Medidas
Causas corretivas/pre
especiais ventivas
Processo fora do controle Processo em controle
estatístico estatístico
Ações dirigidas pelas cartas de controle
Capacidade do Processo
• É a medida da aceitabilidade das variações no
processo;
• O resultado do meu processo satisfaz as
exigências do cliente?
• Processo pode estar estável porém, produzindo
peças fora dos padrões especificados;
• Comparar os limites naturais do processo com a
amplitude das especificações exigidas para o
processo;
• Associada as causas comuns.
Capacidade do Processo
• Variáveis possuem distribuição normal. Avalia a
capacidade potencial do processo.
𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸
𝐶𝑝 =
6𝜎
LSE: Limite superior especificado;
LIE: Limite inferior especificado;
𝑅
𝜎: Desvio padrão da variabilidade do processo 𝜎 =
𝑑2
Capacidade do Processo
• O índice 𝐶𝑝 não avalia se o processo está
centrado ou não;
• Em muitos casos o processo não é centrado;
• Nestes casos, são necessários índices de
capacidade unilateral para compreender a
capacidade do processo.
Capacidade do Processo
• Se 𝐶𝑝 ≥ 1 : Processo é dito capaz;
• Se 𝐶𝑝 < 1 : Processo é dito não capaz.
Fonte: Ribeiro e Caten (2012).
Capacidade do Processo
• Índice de capabilidade unilateral:
𝑥 − 𝐿𝐼𝐸
𝐶𝑝𝑘 𝑖𝑛𝑓 =
3𝜎
𝐿𝑆𝐸 − 𝑥
𝐶𝑝𝑘 𝑠𝑢𝑝 =
3𝜎
𝐶𝑝𝑘 = 𝑚í𝑛(𝐶𝑝𝑘 𝑖𝑛𝑓; 𝐶𝑝𝑘 𝑠𝑢𝑝)
Capacidade do Processo
• Se o processo for centrado o valor de 𝐶𝑝𝑘 = 𝐶𝑝 ;
• O índice 𝐶𝑝𝑘 é menor do que o índice 𝐶𝑝 quando
o processo não está centrado;
• O 𝐶𝑝𝑘 > 1 é condição necessária para a
especificação do cliente contemple 6sigma
99,73% da peças produzidas e que a fração de
defeituosos seja de 0,27%.
Capacidade do Processo
• O processo é dito não capaz quando as
variabilidades do processo for maior que a
amplitude das especificações;
• O processo é dito capaz quando as variabilidades
do processo for menor que a amplitude das
especificações.
Capacidade do Processo
Fonte: Ribeiro e Caten (2012).
Capacidade do Processo
Fonte: Ribeiro e Caten (2012).
Média dos elementos
Dados do subgrupo Amplitude
• Análise de cinco embalagens de leite por hora.
Desvio
padrão
Valores tabelados
Fonte: Ribeiro e Caten (2012).
Exemplo
Fonte: Ribeiro e Caten (2012).
Gráfico de controle de atributos
• Atributos: características do produto ou do
serviço que para serem conhecidas não
necessitam de um instrumento de medida.
• Os atributos são características que são
comparadas com um certo padrão
(especificações).
• São conformes ou não-conformes.
Gráfico de controle de atributos
• Exemplos de análises de atributos:
a) existência de manchas ou risco;
b) presença de uma etiqueta;
c) número de clientes reclamantes, etc.
• Porcentagem de peças defeituosas: gráfico P.
• Número de peças defeituosas: gráfico C.
Gráfico P
• Seleciona-se uma amostra aleatória e verifica-se
se esta apresenta ou não defeito;
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑒ç𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑑𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜
𝑃=
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑒ç𝑎𝑠
Exemplo
• Os dados da Tabela 1 representam o
número de eixos defeituosos de um certo
modelo de motor. As medições foram
feitas a partir de lotes de 80 unidades.
Determine a carta de controle para
atributos.
Exemplo
Tabela 1: Dados do exemplo para carta p.
Exemplo
Carta P
0,35
0,3
0,25
Produtos defeituosos
0,2 Série2
LSC
0,15 LIC
LC
0,1
0,05
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Exemplo-Eliminando as causas
especiais
Carta P
0,3
0,25
Produtos defeituosos
0,2
p
0,15 LSC
LIC
LC
0,1
0,05
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
Gráfico C
• Monitora o número de não-conformidades
(defeitos) verificados em grupos. Apropriada
quando:
a) os defeitos estão dispersos em um meio
contínuo, como por exemplo: número de falhas
por área de tecido, número de imperfeições por
comprimento de pavimento
b) um produto pode apresentar mais de um tipo
de defeito.
Exemplo
Tabela 2: Dados do exemplo para carta c
Os dados da Tabela 2 representam o número de defeitos
de pintura (não-conformidades) observados na pintura da
lataria de ônibus.
Exemplo
Carta C
25
20
15
Série1
Defeitos
LSC
LIC
10
LC
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Referências Bibliográficas
• RIBEIRO, José Luis Duarte; CATEN, Carla
Schwengber Ten. Controle Estatístico do
Processo. Porto Alegre: Feeng/ufrgs – Fundação
Empresa Escola de Engenharia da Ufrgs, 2012.
• SEBRAE. MANUAL DE FERRAMENTAS DA
QUALIDADE. São Paulo: Sebrae, 2005.
• NUNES, Edson José. Ferramentas da
Qualidade. Feira de Santana: Unifacs, 2016.