Manual de Julgamento de Bovinos
Manual de Julgamento de Bovinos
DE
JULGAMENTO
Barbacena, 21 de março de 2012.
A ARTE DE JULGAR
Introdução
A Ezoognósia ou Exterior é o ramo da Zootecnia que estuda a conformação externa dos animais domésticos,
apreciando as belezas e defeitos, para a conseqüente avaliação do mérito de cada indivíduo. O termo Ezoognósia vem
do grego: ex = fora, zoo = animal; gnosia = conhecimento.
Alguns autores preferem definir a Ezoognósia como o estudo da morfologia externa dos animais em função de suas
atividades econômicas. De qualquer forma, a Ezoognósia está intimamente relacionada à arte de julgar ou apreciar os
animais. Ela confere ao criador as bases indispensáveis para o julgamento.
O julgamento dos animais com base no exterior se apoia principalmente na existência de uma associação entre a
forma do indivíduo e a função por ele desempenhada. Esta correlação entre forma do indivíduo e função resulta em
última análise no tipo.
Em Zootecnia, quando se menciona apenas o tipo, subtende-se a soma dos atributos morfológicos externos que
indicam a tendência do animal para uma determinada produção.
Desde milênios o homem tem revelado essa preocupação de colocar num mesmo indivíduo as boas qualidades de
conformação aliadas às de elevada produção. A História relata que as observações dos primeiros agricultores levaram
à dedução de que certas caraterísticas morfológicas externas eram desejáveis nos animais realizando funções
específicas, como a de produzir leite, carne, trabalho ou lã.
O julgamento pelo exterior se baseia principalmente no exame de conformação, e deve incluir não somente as
características raciais, mas também aqueles que acusam o tipo. Justamente neste particular, isto é, quando leva em
consideração o tipo, é que a apreciação pelo exterior adquire importância como prática de melhoramento. Em algumas
categorias, a associação entre tipo e produção é mais nítida, como por exemplo, no gado de corte. Muitas
características de importância econômica para a produção de carne podem ser observadas tanto no macho como na
fêmea, e alguns deles, até muito antes dos animais atingirem a maturidade sexual.
Para outras características ainda, como a qualidade da carcaça por exemplo, a aparência externa do animal oferece
muitos bons indícios de avaliação. Já no gado leiteiro, a associação é menos definida. Mas, o grosso das investigações
relatadas mostra que há uma tendência para que os animais de tipo mais desejado produzam maiores quantidades de
leite.
1º)Ele interessa principalmente do ponto de vista do melhoramento do rebanho. Só se pode melhorar alguma coisa
quando esta se conhece bem. A Ezoognósia nos ensina a identificar a caracterização racial dos animais e reconhecer os
atributos morfológicos de importância econômica. Portanto, dá elementos ao criador para fazer melhoramento;
2º)Nas transações comerciais, o conhecimento de Exterior tem grande utilidade. Toda vez que um animal é
comprado ou vendido, entra em cena o seu julgamento, ou a apreciação de seus méritos. Em nosso meio, a maioria dos
animais é ainda negociada com base em sua aparência externa, de tal sorte que o indivíduo, tendo bom conhecimento
sobre o padrão racial ou as características de bom tipo, leva decisiva vantagem sobre aquele que não os tem;
3º)O estudo da Ezoognósia interessa muito de perto ao Zootecnista, Agrônomo ou Méd. Veterinário, pois, além de
lhe conferir maior soma de conhecimentos sobre sua especialidade, lhe dá maior proficiência na profissão,
consolidando-lhe a reputação como técnico junto aos criadores práticos.
Sendo uma arte, os seus rudimentos podem ser adquiridos pelo estudo e treino. Porém, grande eficiência de
julgamento somente é alcançada por aqueles que possuem um Dom especial, quase que intuitivo, para a apreciação dos
animais. Um adágio muito conhecido diz que “ os bons jurados já nascem feitos, não se fazem “ . Apesar disso, a
observação cuidadosa e metódica, a prática constante por vários anos podem conduzir à formação de bons jurados. O
jurado eficiente é um constante estudioso da forma e função dos animais.
A eficiência do julgamento tende a aumentar com a observação e o estudo que se adquire pela prática constante de
observar animais. Por essa razão, para aqueles que desejam se aperfeiçoar nessa arte, o contato freqüente com animais
bem caracterizados quanto à raça, e bem definidos quanto ao tipo, é um meio seguro de alcançar maior proficiência.
Os seguintes elementos são considerados essenciais para bem julgar:
1. Nunca percorrer os pavilhões de gado, antes do julgamento e sim após o término do mesmo, comentando alguns
animais com os expositores.
2. Se surgir alguma crítica, uma boa resposta é “uma coisa é um animal dentro do galpão e outra, dentro da pista”.
3. Os animais devem mover-se no sentido dos ponteiros do relógio e o jurado indica, por meio de gestos, quando quer
que caminhem ou parem.
4. Primeira inspeção ao entrar na pista: de frente, de lado e de trás (olhado por cima).
de frente: analisa a cabeça, largura do peito e aprumos das mãos (membros anteriores).
de lado: analisa o corpo em geral (pescoço, paletas, costado e garupa).
de trás e por cima: analisa a garupa, pernas e pés, aprumos, Cruz, bacia e região dorso lombar.
IMPORTANTE: o exame individual deve durar aproximadamente 30 segundos.
5. O jurado fica no centro da pista a 7 ou 8 metros, vendo caminhar os animais no período de duas voltas na pista (que é
suficiente) e neste período imagina as colocações.
TODOS OS ANIMAIS DEVEM SER EXAMINADOS COM O MESMO INTERESSE.
6. Uma vez parados, revisar individualmente dos dois lados, de frente e por trás.
7. Decidida a classificação, colocam-se os animais na ordem preferida, sempre de frente para o público.
8. O jurado percorre as colocações e indica para que caminhem 5 ou 6 animais primeiros colocados, com igual distancia
entre eles. Uma volta é o suficiente para decidir definitivamente.
9. Se for necessária uma troca de posições, é melhor o inferior passar para melhor do que remover o superior para a
classificação inferior.
10. Antes de indicar a decisão ao secretário, o jurado revisa todos, caminhando pela fernte e voltando por trás do animal.
11. Para cada categoria, geralmente 20 minutos são suficientes. Uma jurado demorado prejudica o espetáculo por
aborrecer e cansar o público. O jurado deve andar rápido, seguro sem titubeio que fazem perder tempo.
12. Alguns jurados preferem escolher enquanto os animais andam, escolhendo o melhor, e os outros a seguir na ordem
para logo alinhá-los. Qualquer que seja o método deve ser o mesmo para todas as categorias.
13. Quando surgem dúvidas com 2 ou 3 animais um processo recomendável é o de levar esses animais a um canto
isolado da pista, caminhando juntos, compará-los e decidir.
14. O jurado deve explicar as razões de sua decisão em voz alta e clara: não se exceder em cada animal, ser conciso,
preciso e explicar até o 4º ou 5ª prêmio, quando julgar conveniente.
15. Quatro ou cinco razões em linguagem clara e técnica (não pedante) são suficientes. Deve evitar conceitos sobre o
futuro do animal (o jurado julga o que vê e não o que acredita ver).
17. Uma linguagem clara, precisa, técnica, deixa geralmente uma impressão muito útil, inesquecível. Assim, o animal
“X” é superior por seu conjunto harmônico, e boa união de suas partes. Cabeça típica, pescoço descarnado, boa linha
superior, muita profundidade de coração, garupa bem nivelada, muita qualidade e temperamento leiteiro. Em 2º
lugar, um animal menos perfeito de cabeça com mais papada (garganta) muito bom na linha superior. Possui muita
profundidade, bons aprumos, porém com menos qualidade e temperamento leiteiro.
18. Frases como: “preciosidade”, “realmente atraente”, “hoje é o dia dele”, acompanhadas de correto vocabulário podem
ser usadas, mas não educam o público.
19. Sempre usar expressões tais como: “Gostaria de ver esse animal com melhor ligamento posterior”.
Ao olhar um touro: a ordem é o corpo, cabeça, pescoço, membros e cauda. Especial atenção aos testículos e cordões.
Ao olhar uma vaca: a ordem é a mesma com especial atenção ao sistema mamário.
Pescoço: fino - bem unido à cabeça e ao corpo; grosso - carregado de carne - muito fino – muito grosso – curto.
Corpo: Linha superior reta – fino na cruz (Cruz) – paletas finas, bem aderidas – profundo no coração – muita
capacidade –linha superior irregular – grosso na cruz – paletas abertas - cilíndrico apertado ou encoletados – bom
arqueamento de costelas – costelas oblíquas, longas - costelas verticais, curtas – flanco profundo.
Garupa ou anca: Bem nivelada – comprida (larga) – inserção da cauda suave - largo de ísquios – estreito de ísquios
– larga dos íleos aos ísquios – coxas de cauda alta ou grosseira – garupa curta ou estreita – coxas musculosas,
arredondadas.
Membros e prezunhas: bons aprumos (anteriores ou posteriores) jarretes secos (descarnados) – talões fortes altos
preferivelmente ou baixos – jarretes juntos – ossos redondos – ossos débeis (delicados) – unhas abertas – quartelas
fortes ou fracas.
Sistema mamário: Grande capacidade – muita qualidade – bem nivelado – inserções posteriores altas e largas –
inserções anteriores bem aderidas ao corpo – disposição e forma das tetas recomendáveis – falta de capacidade –
carnoso – desnivelado ou inclinado – inserção posterior baixa – inserção anterior curta – tetas grossas ou cumpridas.
bem ou mal orientadas – inserção fraca.
1. Se o grupo de animais não é muito numeroso ponha-os em linha do mesmo modo como foram postos nos
julgamentos individuais.
2. A classificação dos conjuntos deve ser feita revendo cuidadosamente todos os grupos a partir do primeiro.
4. Em caso de conjuntos atrelados será necessário guiar os animais de forma que se veja desde a cabeça até a
cauda. Deve-se fazer uma inspeção lateral antes de decidir a classificação final.
Descrição do conjunto:
Muita harmonia – simétrico – suave – boa união das partes – porte atraente – muito ou pouco expressivo – muita ou
pouca qualidade e temperamento leiteiro – masculino – feminino – desarmônico – assimétrico – grosseiro – pouco
atraente – falho de qualidade – estilizado – compacto.
Razões de julgamento:
1. O 1º deve ser harmônico, melhor tamanho e profundidades com as melhores características leiteiras, bons
aprumos.
2. O último menos atraente, desarmônico, com defeitos sérios.
3. O maior deve sempre ser melhor colocado do que o menor quando todas as outras qualidades se igualem.
4. Os menores sobre os maiores quando a este falte balanceamento ou simetria ou também outros defeitos
graves. É preferível um pequeno de qualidade, a um animal maior, alvo de críticas em vários aspectos.
5. Nas fêmeas geralmente, a de melhor úbere.
6. Um úbere mal conformado pode levar ao último posto um animal com outras boas qualidades.
7. Há vários graus de desvios (nuances) de qualquer aspecto considerado.
8. As patas devem ser examinadas ao andar.
Observação: O jurado deve evitar visita aos galpões e aos criadores antes do julgamento.
2. FORMAÇÃO DE PISTA
a. Cobrar do Assistente de Pista o respeito aos horários estabelecidos;
b. Autorizar a movimentação inicial da categoria, indicando o sentido-relógio para giro, com os animais
em ordem crescente de idade;
c. Instruir, quando necessário, os puxadores para posicionamento correto;
Observação: O jurado comanda os movimentos dos animais na pista e comunica-se com os apresentadores
sempre por gestos.
Observação: Nesta perspectiva o jurado avalia a harmonia da forma, do temperamento leiteiro e facilidade de
locomoção.
Observação: Em categorias, com elevado número de animais, o jurado forma um círculo menor na pista com
os selecionados, para facilitar a decisão. os animais não selecionados, poderão ser dispensados, se a pista
estiver congestionada (permanecerão, no mínimo, 10 animais em pista).
7. PRÉ - ORDENAMENTO
a. O Jurado, chama para o centro da pista, os animais pela ordem de preferência ou de idade.
b. A categoria mantém-se em movimento circular periférico.
c. Os animais chamados ficarão parados da direita para a esquerda, pela ordem decrescente.
- Durante o comentário de cada animal, o Jurado determina a sua movimentação de saída do pódium.
- No comentário, o Jurado sempre destacará as virtudes de um animal sobre seu subsequente.
- O Jurado abster-se-à de comentar defeitos, dando-lhes destaque.
- A linguagem nos comentários obedecerá aos padrões e vocabulário técnico.
O Julgamento de gado leiteiro é, em regra geral, determinado por quatro características que, em ordem de
prioridade, são observadas pelo jurado.
ORDEM DE PRIORIDADE
1º Aparência geral
2º Sistema mamário
3º Características leiteiras
4º Capacidade corporal
Detalhes descritivos de tipo que são observados no animal compõem cada característica.
O cartel de julgamento que, de comum acordo, é adotado pelas Associações de gado leiteiro (Holandês, Ayrshire,
Jersey, Guernsey, Pardo Suiço, Shorthorn Leiteiro) é aplicado por elas indistintamente. Uma pequena variação existe
nas raças, porém é sempre desejável uma vaca leiteira bem semelhante, ainda que as raças diferentes.
a.) Estatura
Vacas com estatura de mediana para altas são mais desejada.
Acima de tudo elas possuem mais capacidade de produção de leite. Por outro, lado, uma vaca alta, usualmente
possui pernas longas, acarretando maior distância do corpo ao solo podendo acolher um sistema mamário com maior
capacidade.
Vacas leiteiras necessitam de úberes íntegros e funcionais para produzirem grandes quantidades de leite por
um longo período e sucessivas lactações. O criador deve reconhecer e valorizar um úbere produtivo.
Moderado comprimento, largura e profundidade; simétrico; não septado lateralmente; piso nivelado (vista
lateral) e sobretudo bem balanceado.
Os ligamentos do úbere são as mais importantes partes do sistema mamário. Bons ligamentos sustentam o
úbere acima dos jarretes, com um forte ligamento central suspensório formando uma profunda fenda entre os
quartos posteriores (vista posterior).
As vacas precisam de úberes com o piso fendido (ligamento central forte, vista posterior) para manter sus tetas
colocadas sob úbere e não apontadas lateralmente.
O piso do úbere plano demonstra um suporte central fraco (vista posterior). Uma vaca com ligamento central
rompido usualmente apresenta um úbere profundo, com um piso abaixo dos jarretes, e as tetas apontadas
lateralmente.
O Jurado de classificação deve sempre colocar uma vaca com o úbere profundo e muito penduloso em último
ou próximo aos últimos lugares da categoria.
O úbere dianteiro deve ser moderado em comprimento e largura, uniforme, suave e firmemente aderido à
parede do abdômen. O melhor úbere posterior é alto, largo e balanceado, suavemente arredondado quando se
aproxima da base das testas (vista posterior).
As tetas mais funcionais são aquelas em forma de paralelogramo, centralmente a cada quarto, a prumo; são
uniformes; de forma cilíndrica, medindo no comprimento (6 – 7 cm) e diâmetro (1,5 – 2 cm); e bem espaçadas
tanto na vista lateral como na posterior.
2. CARACTERÍSTICAS LEITEIRAS
Características leiteiras, ou angulosidade, é um indicativo do grau de produção que se pode esperar de uma
vaca.
Vacas angulosas possuem longo e refinado pescoço; cruz bem definida e angula; possuem costelas
arqueadas, oblíquas e espaçadas; são limpas (sem gordura) nos íleos, no coxo – femural e nos ísquios;
possuem coxas descarnadas, retilíneas ou subcôncavas (vista lateral). Coxas planas e descarnadas
proporcionam alojamento para um largo úbere posterior.
Embora a maioria dos criadores prefira vacas angulosas, uma vaca que seja muito angulosa ou fraca (magra
ou débil), não é considerada desejável.
Vacas delicadas (débeis, frágeis) não são portadoras de estrutura e compleição corporal para manutenção
de altas produções através dos tempos e usualmente são mais suscetíveis a problemas de saúde.
Detalhes descritivos do tipo de uma vaca débil incluem: narinas estreitas, mandíbulas fracas, parte anterior
estreita e aprumos fechados, com tendência a ser estreita ou fechada completamente.
O assoalho do peito, região cardíaca, e o abdômen devem ser profundos e amplos. As costelas devem ser
arqueadas e ter projeções oblíquas bem espaçadas e profundas.
Vacas estreitas e pouco profundas comparadas com vacas profundas e amplas, não mostram tanta
capacidade na produção de leite.
Você sempre deve ter em mente que uma vaca deve se assemelhar a “TRUE TYPE” (Tipo ideal).
Para ajudar, aqui vão algumas sugestões que poderão culminar num julgamento bem sucedido.
1º) Conserve sempre em mente os detalhes descritivos para tipo em ordem de importância: o úbere, as pernas,
angulosidade, a forma e estrutura.
2º) Estude vendo boas vacas ou acostume-se vendo fotos de bons animais.
3º) Coloque-se a uma distância conveniente que lhe permita visualizar o maior número de animais da categoria.
4º) Também tente não selecionar animais com defeitos e dê ênfase a esses detalhes na sua decisão.
5º) Conserve, em princípio, sua atenção na vaca que mais lhe impressionar à primeira vista, porque usualmente é
a melhor.
6º) Em casos de dúvida na organização da categoria, volte-se para a sua mente, onde está gravada a imagem do
tipo ideal, dê uma volta e selecione em primeiro lugar a vaca que mais dele se aproxima, depois a segunda
melhor e assim por diante até o final da categoria.
7º) Se for o caso de duas vacas muito semelhantes em tipo, dê preferência àquela que possui o melhor úbere.
8º) Sorria, pense positivamente, acredite que você pode julgar ou então, instrua-se para tal. Trabalhe seriamente,
porém não se esqueça que gosta do seu trabalho.
PRATIQUE UM POUCO
Para ajudá-lo a se preparar para as futuras exposições, observe as figuras destas duas vacas Holandesas, escolha a
melhor e justifique a colocação.
Foto A Foto B
A colocação correta é B sobre A. B possui melhor aparência geral. B é mais limpa na garganta, mais alongada em
suas linhas, ombros e cruz melhor formados, possui melhor arqueamento e profundidade de costelas anteriores e
posterior. B tem mais caracterização leiteira e o úbere melhor, com melhor capacidade. A inserção do úbere anterior de
B é mais forte e suave do que A. As tetas de B estão melhor colocadas, porém lhes falta um pouco de tamanho. B
possui mais caracterização racial na cabeça, mandíbulas e narinas mais desejáveis e amplas.
1. Fronte ( testa )
a.) Localização – região impar, situada na parte anterior superior da cabeça, limitada atrás pela nuca,
inferiormente pelo chanfro, lateralmente pelas orelhas, fontes, chifres, olhais e olhos.
b.) Base anatômica – osso frontal.
c.) Características – A parte superior recebe a denominação especial de marrafa, cuja base óssea é o bordo
superior do frontal, e o lugar onde se implantam os chifres. Em algumas raças zebuínas a marrafa se situa
praticamente na extremidade superior da cabeça, pois, apresenta localização bem traseira (Gir). Em
outras raças indianas, a fronte pode mostrar uma saliência ou crista óssea, de tamanho variável, que desce
até a parte inferior do osso, e que recebe a denominação de nimbure ou nimburi, ou ainda nimburg
(termo de origem Indiana sem tradução em português).
No seu sentido longitudinal, a fronte apresenta, em algumas raças, uma ligeira depressão que se
convencionou chamar de goteira. A forma de fronte varia segundo a idade e a raça, e o seu tamanho
deve ser de médio a grande, pois, dá à cabeça um aspecto mais expressivo.
2. Chanfro
a.) Localização: região ímpar, limitada superiormente ela fronte, lateralmente pelas bochechas,
inferiormente pelas narinas e o espelho. Seu limite superior é dado pela linha que une os ângulos internos
dos olhos.
b.) Base anatômica – constituída pelas extremidades ínfero-laterais do frontal, os nasais, os lacrimais, os
zigomáticos, ou maxilares superiores e as apófises dos intermaxilares.
c.) Características – O chanfro, juntamente com a fronte, determina o perfil, que pode ser: retilíneo,
concavilíneo, e convexilíneo.
Perfil retilíneo – fronte plana, marrafa sem protuberância ou escavação pronunciada, órbitas
arredondadas, situadas na linha lateral, sem formarem saliência, sem serem apagadas, chanfro reto.
Perfil concavilíneo – fronte reentrante ou escavada, órbitas grandes e salientes devido à forte
escavação frontal, marrafa sem saliência, às vezes um pouco escavada ao centro, chanfro reto ou
ligeiramente reentrante, focinho um tanto saliente, devido à reentrância fronto - nasal. O perfil
côncavo pode ser ainda: sub-côncavo e ultra-côncavo.
3. Espelho (focinho)
a.) Localização – região impar, situada abaixo do chanfro, entre as narinas e sobre o lábio superior.
b.) Base anatômica – músculos, vasos sangüíneos e nervos da região.
c.) Caraterísticas – é uma superfície glabra, constituída por um tegumento abundantemente provido de
glândulas, e que continua sem nenhuma linha de demarcação com a mucosa pituitária das vias nasais. É por
isso chamado impropriamente de mucosa. O espelho deve se apresentar bem largo e desenvolvido, sempre
úmido e fresco, o que denota saúde e vigor.
Os pelos que circundam a região são, às vezes, mais claros, que os da totalidade da cabeça, caracterizando
certas raças. Em algumas raças, a pigmentação do espelho é um atributo étnico, revelador de pureza. As
impressões obtidas das rugosidades do espelho, e que persistem por toda vida do animal, fornecem o
nasograma, usado como meio de identificação.
5. Fonte (têmpora)
a.) Localização – região par, situada entre a fronte, bochecha, orelha e olho.
b.) Base anatômica – articulação têmporo – maxilar.
c.) Características - esta região deve ser seca e limpa.
6. Olhal
a.) Localização – região par, situada acima do olho.
b.) Base anatômica – parte anterior da fossa temporal, que nos bovinos se situa mais lateralmente que
nos equídeos.
c.) Características – a região deve ser nítida, mas pouco deprimida.
7. Olho
a.) Localização – região par, situada entre a bochecha e a fronte, logo abaixo do olhal.
b.) Base anatômica – cavidade orbitaria, músculos e nervos próprios.
c.) Características – do ponto de vista do exterior, no estudo do olho apenas se leva em conta as partes
aparentes, isto é, o globo ocular (na sua porção anterior ), as pálpebras, chamadas vulgarmente de
órbitas, se assentam sobre o contorno da cavidade orbitaria, formada pelos ossos frontal, lacrimal e
malar.
8. Chifre
a.) Localização – região par, situada ao lado da fronte e acima da orelha.
b.) Base anatômica – chavelhos ósseos do frontal. Pode-se distinguir a seguinte estrutura, de fora para
dentro;
Capa ou estuque córneo, mais espessa na base do que na ponta, composta de uma série de
lâminas, em forma de escamas invaginantes, que se formam por brotamentos sucessivos;
Membrana queratógena ou derme que envolve os chavelhos ou suportes ósseos;
Chavelhos ósseos, que constituem os prolongamentos do osso frontal, e apresentam em seu
interior uma série de cavidades denominadas seios.
c.) Características- A inserção, direção e forma dos chifres podem ser ortóceros, próceros e
opstóceros, segundo estejam na mesma linha, adiante ou atras da marrafa, respectivamente.
9. Bochecha
a.) Localização – região par, limitada pelo chanfro, olho, pela fonte, parótida, ganacha e boca.
b.) Base anatômica – parte dos maxilares inferior e superior, zigomático (ou malar) e lacrimal.
c.) Característica – bochecha compreende duas partes:
Chato cuja base é o músculo masseter, e de localização superior, devendo ser bem ampla, plana e
de pele fina;
Bolsa; de situação inferior, e que corresponde à porção dilatável da boca (músculos, bucinador,
abaixador do lábio inferior, zigomático e risórius de Santorini). Aqui a pele é mais espessa devido
ao grande número de papilas (grossas e longas) que possui a face interna (mucosa), voltada para o
interior da boca.
10. Narina ( venta)
a.) Localização – região par, situada ao lado do espelho e abaixo do chanfro.
b.) Base Anatômica - cartilagem lateral do nariz, e cartilagens alares.
16. Garganta
a.) Localização – região impar, adiante do espelho e da barba, e limitada lateralmente pela porção
anterior das ganachas.
b.) Base anatômica – músculos e nervos próprios das partes que a constituem.
c.) Característica – do ponto de vista de exterior, pode-se distinguir na boca as seguintes partes:
1º ) lábios, superior e inferior, reunidos por duas comissuras laterais, que circunscrevem a entrada
da cavidade bucal. Os lábios dos bovinos são notáveis pela sua resistência. São pouco móveis, e,
apesar do grande desenvolvimento dos músculos envolvidos, eles servem apenas para a apreensão
indireta dos alimentos. O lábio Inferior é o menos espesso e menos móvel que o superior. Os lábios
devem apresentar-se bem ajustados, indicando que o mesmo acontece com as mandíbulas. Quando
isso não ocorre, surgem os casos de prognatismo superior ou inferior, que resultam da
proeminência ou redução de um dos maxilares, e que prejudicam os animais na preensão dos
alimentos, especialmente nos pastos.
Pescoço
Localização – região impar, entre a cabeça e o tronco , liga-se a este pelas regiões do garrote, espáduas e peito.
Base anatômica – vértebras e cervicais (em número de sete), e músculos e ligamentos próprios.
1º ) Extremidades – a anterior liga-se à cabeça por intermédio da nuca, das parótidas e da gargantas; a posterior
(ou base). mas larga, prende-se ao tórax lateralmente, nos bordos anteriores das espáduas, superiormente ao garrote, e
inferiormente ao peito.
2º ) Bordos – o superior é fino e cortante nas vacas leiteiras, mais grosso e volumoso nos animais de corte.
Geralmente se apresenta mais espesso e musculoso nos touros, como bom indício de masculinidade. A forma do bordo
superior pode ser direita, côncava e convexa, conforme a raça e categoria (vacas, garrotes ou touros ). O inferior é
sempre mais afilado, devido à pele que aí se mostra mais ou menos pendente, cheia de pregas, constituindo a barbela
ou papada.
3º ) Face – direita e esquerda, também chamadas táboas do pescoço. Cada fase compreende na parte de cima uma
superfície plana que tem por base os músculos da região cervical superior; mais abaixo, em relevo, a chamada coluna
cervical, que corresponde à série de vértebras cervicais; em baixo, a goteira jugular, que aloja as veias jugulares. A
pele que recobre as faces do pescoço pode apresentar uma superfície completamente lisa, ou recoberta de pregas mais
ou menos numerosas, conforme a raça. O pescoço desempenha um papel muito importante na progressão e no
equilíbrio do animal. Atua ainda como elemento tensor da coluna vertebral. O pescoço deve ser horizontal, volumoso e
curto nos touros, mais comprido e delgado nas fêmeas. Em todos os casos, porém o pescoço deve ligar-se à cabeça e
ao tronco por linhas regulares e harmônicas, não apresentando saliência ou depressões exageradas nos pontos de
inserção.
2. Dorso
a) Localização – região impar, situada após o garrote, adiante do lombo e acima dos costados.
b) Base anatômica – apófises espinhosa das sete a oito vértebras dorsais que se seguem as do garrote;
extremidade superior das costelas correspondentes; e músculos próprios que flanqueiam as apófises (os
dorsais, os ileo-espinhasis, etc.).
c) Características – O dorso deve ser reto, comprido e largo. É, em geral, mais curto nas raças precoces, e
dentro da mesma raça, o dorso se apresenta mais estreito quando os animais são mal nutridos. O dorso
elevado com convexidade ou côncavo representa o defeito ainda mais sério e só deve ser tolerado, em
vacas próximas da parição, ou então, em animais muito velhos. O desvio lateral do dorso se denomina
escoliose. O dorso selado em gado em crescimento revela, em última análise, falta de constituição, com
ligações fracas na coluna vertebral).
3. Lombo
a) Localização – região impar, situada entre o dorso e a garupa, acima dos flancos.
b) Base anatômica – vértebras lombares (em número de seis), cujas apófises laterais estão recobertas pelos
músculos ielo – espinhas.
c) Características – convém que o lombo seja horizontal, curto, largo, espesso e bem ligado. Os mesmos
defeitos citados para o dorso podem se encontrar no lombo, isto é, selamento, arqueamento ou desvio
lateral. No gado leiteiro, o lombo e mais descarnado, um tanto anguloso, com linhas laterais mais nítidas.
4. Garupa
a) Localização – região impar, situada entre o lombo e a causa, acima das coxas. Sua forma em projeção
vertical é dada pelas seguintes linhas:
unindo um dos ângulos anteriores e externos dos íleos, isto é, as duas ancas.
unindo as duas tuberosidades isquiáticas, ou pontas de nádegas;
unindo, de cada lado do corpo, a ponta de anca à ponta de nádega.
b) Base anatômica – o sacro e os coxais recobertos pelos músculos glúteos, psoas, isquio – tibiais, e
outros, que aí formam espessas massas musculares.
5. Costado
a) Localização – região par, Limitada adiante pela espádua, em cima pelo dorso, atrás pelo flanco, em
baixo pelo cilhadouro e pelo ventre.
b) Base anatômica – as costelas que não são cobertas pelas espáduas (em geral, as últimas oito ou nove,
das treze existentes) e mais os músculos próprios da região: grande dorsal, grande obliquo (terço inferior) e
grande denteado.
c) Características – o costado forma a parede lateral da caixa torácica, onde se encerram os órgãos
responsáveis pelas funções respiratória e circulatória. O costado deve ser longo, arredondado e profundo. O
arqueamento das costelas determina maior ou menor amplidão da caixa torácica. No gado de corte, o
costado é bem coberto muscularmente, e se apresenta cheio de arredondado. No gado leiteiro ele se mostra
mais descarnado, com as costelas mais separadas com o arqueamento dirigido mais para trás, isto é, um
tanto inclinadas. Em alguns animais aparece, às vezes, uma costela falsa de número 14, que não se apoia
sobre a precedente por falta de cartilagem, e é sustentada apenas pelos músculos. A anomalia pode ser uni
ou bilateral. Acredita-se que os animais portadores deste defeito, com o lombo mais comprido, sejam de
engorda mais difícil.
6. Flanco
a) Localização – região par, situada atrás do costado, adiante da coxa e da anca, abaixo do lombo, acima
do ventre.
b) Base anatômica – a parte carnosa do pequeno oblíquo.
c) Características – o flanco, juntamente com o ventre, faz parte da parede abdominal. O flanco é
considerado o espelho da respiração, pois, os movimentos respiratórios resultantes da contração rítmica do
diafragma são bem evidentes nessa região, mais que no costado. O flanco apresenta três partes:
1º) cavidade, uma reentrância triangular, locada superiormente, às vezes chamada de vazio;
2º) corda, uma saliência que vai da anca à borda posterior da última costela, em direção ao hipocôndrio
(base anatômica – bordo superior do pequeno oblíquo) ;
3º) declive, parte inferior que continua insensivelmente até o ventre. O flanco deve ser curto, cheio, com
movimentos normais, isto é, de 18 a 20 por minuto nos animais jovens, 15 a 18 nos adultos, e 12 a 15 nos
7. Anca
a) Localização – região par, situada ente o lombo e a garupa, acima do flanco e da coxa.
b) Base anatômica – ângulo anterior e extremo do íleo.
c) Características – as ancas devem ser separada, em nível, e regulamento destacadas e musculadas.
8. Cilhadouro
a) Localização – região impar, situada entre a inter-axila e o ventre, a abaixo do costado.
b) Base anatômica – parte posterior do externo, as extremidades inferiores das quatro últimas costelas
externais, e as cartilagens costais correspondentes.
c) Características – a conformação do cilhadouro varia com as raças. Nas de corte é arredondada,
regularmente convexa nas leiteiras, de peito relativamente estreita, se apresenta saliente.
9. Ventre
a) Localização – região impar, situada entre o cilhadouro e a região inguinal, abaixo do costado e do flanco.
b) Base anatômica – músculos abdominais recobertos superficialmente pela túnica abdominal,
eminentemente elástica (grande e pequeno oblíquo do abdômen).
c) Características – o ventre forma a parede inferior da cavidade abdominal, e sustenta a massa de vísceras
digestivas. Na parte mediana, o ventre é percorrido de diante para trás pela linha alba, que se prende por um
lado ao apêndice xifóide, e por outro, ao tendão pré-pubiano dos músculos abdominais. Sobre essa linha
mediana se localiza o umbigo, mais ou menos desenvolvido segundo as raças, e bem pendente em alguns
zebus (barbela do umbigo). A dobra da pele que faz a união do ventre com o membro posterior, de cada lado,
recebe a denominação de virilha. As paredes abdominais sendo elásticas, o ventre pode variar de volume
dentro dos limites relativamente largos. O ventre se diz redondo quando apresenta um volume médio, e seu
perfil é dado por uma linha ligeiramente convexa e regulamente ascendente desde o cilhadouro até as
virilhas, e quando lateralmente os seus contornos se confundem de maneira suave com os hipocôndrios e os
flancos, sem dar saliência atrás do costado.
11. Peito
a) Localização – região impar, situada entre o pescoço, as espáduas e a inter-axila.
b) Base anatômica – a extremidade anterior do externo.
c) Características – o peito deve se apresentar amplo e com bom desenvolvimento muscular. O peito amplo
denota grande capacidade respiratória, e está ligado à boa construção de animal. A estreiteza dessa região é
sempre um atributo indesejável. O peito estreito não está correlacionado com o pequeno afastamento das duas
12. Axila
a) Localização – região par, situada entre o membro anterior e a inter-axila.
b) Base anatômica – dada pela pele que se destaca do corpo para contornar o membro anterior.
c) Características – a região deve apresentar a pela macia e íntegra.
13. Inter-Axila
a) Localização – região impar, situada entre as axilas, o peito e o cilhadouro.
b) Base anatômica – porção anterior e mediana do externo.
c) Características – deve ser larga, acusando assim boa amplidão do tórax. Em geral, se apresenta em relevo ou
deprimida, segundo o maior ou menor desenvolvimento muscular no peito.
14. Cauda
a) Localização – região impar, implantada na parte posterior da garupa.
b) Base anatômica – vértebras coccigeanas, em número de 18 a 20, envoltas pelos músculos do mesmo nome
c) Características – no estudo da causa, devem-se distinguir três partes essenciais:
1º) Inserção – a inserção se diz normal quando a causa se dirige suavemente para trás, e depois
de uma inclinação regular, cai verticalmente. Quando a causa se dirige para trás, obliquamente,
em relação à garupa, de baixa para cima, ou de cima para baixo, constitui o que se
convencionou chamar de inserção alta ou baixa, respectivamente.
2º) Corpo – corresponde à sua parte mediana, podendo ser mais grossa ou fina, segundo a
espessura na inserção. O comprimento é variável de acordo com a raça e a individualidade, e
segundo antigos autores apresenta alguma correlação com a aptidão leiteira.
3º) Vassoura – situada na extremidade livre, é formada por um tufo de pelos, lisos ou crespos,
segundo a raça, e cuja periferia denomina-se de capa, envolvendo a parte interna da ponta da
cauda, denominada sabugo.
15. Anus
a) Localização – região impar, situada abaixo das cauda, entre as nádegas, acima do períneo no macho, e da
vulva da fêmea.
b) Base anatômica – esfíncter anal, músculos e ligamentos.
c) Características – arredondado, rijo, bem fechado. Em geral, não se mostra saliente como nos eqüinos, mas
apresenta-se encovado nos animais fracos e velhos.
16. Períneo
a) Localização – região ímpar, situada abaixo do anus, entre as nádegas, e no macho se estende até o escroto; na
fêmea vai até o úbere, passando pela vulva.
b) Base anatômica – a porção fixa do pênis (S peniano) e os músculos próprios da região, no macho; o músculo
constritor da vulva, e a parte superior do invólucro fibro - elástico do úbere na fêmea.
c) Características – Na fêmea, o períneo se divide em duas partes: uma perineal superior, do anus à vulva, e
outra, perineal inferior da vulva ao úbere. Prefere-se que o períneo seja largo, com pele fina, solta, elástica, e
coberta de pelos curtos e sedosos. Guenon, zootecnista francês do século passado, admitiu a existência no
períneo dos estudos indicativos da capacidade leiteira das vacas. O escudo nada mais é do que o conjunto de
pelos na região do períneo que mostra direção diferente das normal, isto é, são dirigidos de baixo para cima. Nos
seus estudos, aquele autor concluiu que nas boas vacas leiteiras o escudo se mostrava bem delimitado, e que a
produção de leite era tanto mais alta quanto maior a superfície ocupada pelo escudo. Além dos escudos, Guenon
observou que dentro deles ou ao seu lado de desenvolvem, às vezes, espigas, as quais modificam o valor do
escudo, segundo de mostram mais ou menos distintas, ou se acham do lado de dentro ou de fora. Trabalhos
17. Vulva
a) Localização –região ímpar, situada abaixo do anus, entre as nádegas, constitui a abertura externa das vias
genito - urinárias, nas fêmeas.
b) Características – apresenta dois lábios, ligados por duas comissuras. Os lábios possuem uma superfície
externa convexa, de cor escura, preta, ou marmorizada, recoberta de pelos finos e macios. A comissura inferior
quase sempre é provida de um tufo de pelos, mais longos.
Membros
O estudo das extremidades ou membros, que constituem as partes da organografia do animal destinadas à
sustentação e locomoção do corpo, apresenta menor importância em bovinotecnia do que em hipotecnia. Todavia, de
qualquer forma, o seu conhecimento é necessário, especialmente pelo interesse que tem na apreciação e aquisição de
reprodutores e animai de trabalho.
Os membros são em número de 4, sendo dois anteriores, também chamados torácicos ou peitorais, e dois
posteriores, denominados abdominais ou pelvianos. Os membros se compõem de uma série de raios, que são partes
constituídas de ossos, músculos e tendões, unidos uns aos outros por ligamentos e articulações, de tal sorte que forma
entre si ângulos articulares, que se abrem mais ou menos, permitindo aos membros se encurtarem ou se distenderem,
durante a marcha. Os raios que compõem os membros, vão diminuindo de volume, de superfície, e em geral, de
inclinação, no sentido de alto para baixo. Mas eles aumentam gradualmente em número, capacidade, e resistência. Na
parte superior do corpo são cheios de massas musculares, nas partes inferiores são mais ósseos e tendinosos. Os
membros anteriores são, sobretudo, gentes de sustentação do corpo e amortecimento de choques, devido à sua maior
proximidade de sustentação do centro de gravidade do corpo. Somente agem como propulsores quando o animal
recua, ou quando puxa ou sobe com o corpo inclinado para diante. Os membros posteriores, cuja musculatura é
muito mais desenvolvida, embora contribuam para a sustentação do corpo, são os principais agentes propulsores. É
curioso salientar que os membros anteriores não se acham propriamente articulados ao tronco, mas a ele se ligam por
meio de partes moles, isto é, através de músculos (os grandes denteados, e os peitorais, dos dois lados), e de
ligamentos. Isto constitui uma explicação para o sistema de amortecimento do corpo por intermédio dos membros
anteriores. O espessamento superior dos membros constitui, portanto, uma disposição vantajosa, uma vez que confere
elasticidade indispensável para amortecer os choques dos pés sobre o terreno. As regiões dos membros se distribuem
da seguinte forma:
a.) Regiões próprias dos membros anteriores: espádua, braço, cotovelo, antebraço e joelho.
b.) Regiões próprias dos membros posteriores: coxa, soldra, perna e jarrete.
c.) Regiões comuns aos quatro membros: canela, boleto, quartela e pé.
2.) Braço
a) Localização – região par, entre a ponta da espádua e o cotovelo, abaixo da espádua e a cima do antebraço.
b) Base anatômica – o úmero, rodeado de grossos músculos.
c) Características – a direção do braço é paralela ao plano médio do corpo, de tal forma que o cotovelo não seja
nem reentrante, nem saliente. O braço varia no seu desenvolvimento muscular segundo o tipo procurado; leiteiro ou
de corte.
3.) Cotovelo
a) Localização – região par, entre o braço e o antebraço, na região do olecrâneo (saliência arredondada da
extremidade umeral do cúbito).
b) Base anatômica – articulação úmero-radio-cubital.
c) Características – a situação do cotovelo é importante porque determina o maior ou menor afastamento dos
membros anteriores. Quando os cotovelos estão muito juntos ao tronco, os membros anteriores se dirigem para
fora, e vice-versa. Na articulação do cotovelo o ângulo formado pelo braço e antebraço oscila ao redor de 14º. O
cotovelo é recoberto de pele bastante solta, e se mostra pouco visível quando o animal está em apoio; mas, se torna
bem aparente quando em movimento. A situação do cotovelo também dá uma idéia da profundidade torácica, por
isso, sua localização deve ser alta.
4.) Antebraço
a) Localização – região par, situada entre o cotovelo e o joelho.
b) Base anatômica – rádio e cúbito. Nos bovinos, o cúbito não é tão reduzido quanto nos eqüinos, e, embora
soldado com parte do rádio, articula-se também com os ossos do corpo.
c) Característica – o antebraço tem a forma de um tronco de cone invertido. Na face interna apresenta duas
saliências longitudinais; a anterior corresponde aos músculos extensores, e a posterior, aos músculos flexores. No
bovino o antebraço é mais volumosos que no cavalo, e se apresenta ligeiramente obliquo de alta a baixo, e um
pouco inclinado de fora para dentro, de tal sorte que os membros anteriores convergem para os joelhos.
O comprimento do antebraço pode alcançar a 30% da altura da Cruz, e será maior no gado de trabalho do que no
leiteiro ou de carne. Em geral, é uma região mais musculada nos animais de carne.
5.) Joelhos
a) Localização – região par, situada entre o antebraço e a canela.
b) Base anatômica – é constituída por:
1º extremidade digital do rádio;
2º ossos de carpo eu se dispõem em duas filas, sendo a superior de quatro e a inferior de dois (excepcionalmente
três);
3º extremidade proximal dos metacarpianos. Ainda se acham envolvidos os ligamentos das articulações rádio-carpo
e carpo-metacarpo.
c) Características – joelho do animal equivale à munheca do homem. E uma região bastante complexa, que
corresponde a uma série de articulações mantidas por ligamentos, e dotadas de movimento múltiplos. O joelho
apresenta para estudo três faces: uma face anterior, convexa em toda sua extensão, coberta de pele espessa e móvel,
uma face externa, convexa, na frente e quase plana atrás e uma face interna, também convexa até a sua metade
anterior. O joelho possui ainda três bordos laterais, que se caracterizam por dois relevos que começam na canela,
perfeitamente observáveis quando se olha a região pela frente; e o bordo posterior, dividido por uma saliência do
osso pisiforme. Os ossos do joelho, correspondentes ao carpo nos bovinos são os seguintes:
1º fila – pisiforme, piramidal, escafoide e semi-lunar;
2º fila capitado e trapezóide. O joelho do bovino visto de frente não se encontra exatamente no centro da linha que
une o braço com a canela, mas, se mostra um pouco desviado para dentro. O joelho finalmente, deve ser amplo,
6.) Coxa
a) Localização – região par, situada abaixo da garupa, atrás do flanco, acima da soldra e da perna.
b) Base anatômica – o fêmur, o maior osso do corpo, circundado por espessas massas musculares, que formam
três regiões anatomicamente distintas: crural anterior (quadriceps crural, sub-crural), crural posterior (isquio-tibial,
músculo da nádega), crural interna (chato da coxa, coxal médio, etc.).
c) Características – a coxa atua como órgão propulsor do movimento, e ainda constitui uma região de carne de
primeira qualidade.
Apresenta para estudo três faces: bragada (interna), nádega (posterior) e a externa, sem denominação própria. A
coxa deve ser longa, bem dirigida e musculada. A direção da coxa será tal que a rótula seja colocada sobre a
vertical baixada da ponta de anca; desta forma a coxa será igualmente larga. O ideal é que a coxa e a bacia formem
um ângulo reto ao nível da articulação coxo-femural, ficando assim a garupa horizontal, ou ligeiramente inclinada.
Se o ângulo é agudo, a garupa se eleva na sua parte posterior se é obtuso, a garupa se mostra inclinada para trás, e
o fêmur adquire uma posição muito em pé. A nádega deve ser musculada, longa e bem dirigida; nos animais
leiteiros ela é, geralmente, reta e adelgaçada. Nos de corte, se apresenta arredondada e cheia quando vista de perfil.
A nádega começa na ponta de nádega ou tuberosidade isquiática, e termina na corda do jarrete, justamente onde se
insere o tendão dessa parte do membro posterior. Nos animais de corte, esta porção inferior da coxa, incluindo a
nádega, dá-se o nome de culote. Diz-se que o culote, é baixo ou alto, quando as nádegas são pouco ou bem
descidas. A ponta de nádega deve ser bem saliente nos animais leiteiros, graças ao desenvolvimento suficiente do
ísquio, e não devido à insuficiência da musculatura da região.
7.) Soldra
a) Localização – região par, situada no limite da coxa e da perna.
b) Base anatômica – corresponde à porção anterior da articulação fêmur – rótulo -tibiana.
c) Características – a formada soldra não é fixa mas, depende da posição do membro Quando está em apoio
observa-se no alto da região, uma massa mole formada pela prega de soldra, mais abaixo, uma depressão
transversal que corresponde ao bordo inferior da rótula; depois, uma nova elevação indicando a presença dos três
ligamentos rotulianos A soldra deve estar situada a certa distância do ventre, e manter uma correlação com a
posição dos membros, isto é, nem muito separada, nem muito junta do corpo ( ângulo de 145 à 150º). A prega da
pele que na frente da soldra liga o membro posterior ao tronco marca a região conhecida por virilha.
8.) Perna
a) Localização – região par, situada abaixo da soldra e da coxa e acima do jarrete.
b) Base anatômica – a tíbia, coberta por músculos próprios, exceção de sua face interna, que se põe em contato
direto com a pele. O perônio é atrofiado.
c) Características – esta região deve apresentar acentuada robustez, isto é, ser longa, larga e bem musculada. Em
geral, é mais comprida no boi do que no touro; é mais curta nas raças precoces do que nas tardias. A direção da
perna guarda relação com a do músculo. No gado de trabalho esta região deve tender para a vertical. A posição da
perna é largamente influenciada pelo ângulo fêmur – tibial, e consequentemente pela direção do fêmur; a sua
inclinação em relação àquele osso varia de 145 à 150º.
10.) Canela
a) Localização – região par, situada abaixo do joelho no membro anterior, ou do jarrete, no membro posterior, e
acima do boleto.
b) Base anatômica – o osso metacarpiano principal (ou metatarsiano) e o metacarpiano rudimentar externo (ou
metarsiano). O metacarpiano principal se divide em dois na extremidade inferior para se unir às duas primeiras
falanges. A canela também possui uma forte base ligamentosa, na parte posterior chamada tendão; este sustenta o
boleto e fixa o joelho ou o jarrete, e desempenha um papel importante como amortecedor de choques.
c) Características – a canela deve apresentar boa direção, ser curta, seca e bem proporcionada. A canela será a
prolongação do antebraço no membro anterior, e vista de perfil apresentará uma ligeira inclinação para trás.
Observada de frente deve se dirigir verticalmente até o solo. Em princípio, a canela deve ser curta, pois este
comprimento não representa uma vantagem para a locomoção nem é utilidade para produzir carne. nas raças
aperfeiçoadas precoces, a canela é muito curta, bem mais do que nas raças não melhoradas. A canela seca é muito
apreciada, e se distingue pela finura da pele, e escassez de tecido conjuntivo. Nas raças de corte especializadas, a
canela é mais espessa que nas leiteiras. De modo geral, a espessura da canela é mais conveniente para os animais de
trabalho, pois indica boa largura dos tendões.
11.) Boleto
a) Localização – região par, situada entre a canela e a quartela.
b) Base anatômica – articulação metacarpo-falangeana ou metatarso-falangeana, segundo se trate do membro
anterior ou posterior, respectivamente, e completada pelos ossos sesamóides (em número de quatro, sendo dois para
cada dedo), e percorridos nas faces anterior e posterior pelos tendões.
c) Características – o boleto se coloca justamente sobre o ângulo formado pela linha da canela e da quartela. neste
ponto, o peso do corpo se transmite pela canela, se divide em duas forças, uma segue a direção da quartela, e outra,
a direção traseira do membro, em sentido horizontal, sendo equilibrada pela tensão dos tendões próprios da região.
O boleto serve, sobretudo, para amortecer os choques, pois quando as extremidades alcançam o solo, o boleto se
encolhe e amortece o golpe.
Depois, graças à sua própria elasticidade, se distende novamente. Sua qualidade mais importante é a amplidão, pois
quanto mais espesso e amplo, melhor realiza sua função amortecedora. Quanto à sua direção, o boleto, observado
de frente, deve encontrar-se bem no prolongamento do eixo do membro. Visto de perfil, a canela e a quartela
devem formar um ângulo de 140 a 145º. O boleto empastado é próprio dos animais comuns, e denota excesso de
12.) Quartela
a) Localização – região par, situada entre o boleto e a coroa.
b) Base anatômica – a primeira falange (segundo alguns autores a primeira e segunda falanges).
c) Características – a quartela representa uma forma estrangulada comparativamente às regiões limítrofes, o
boleto e a coroa. Vista de frente, ela é regularmente côncava dos dois lados, vista de perfil, apresenta-se reta na face
anterior, e ligeiramente côncava na face posterior, que se chama prega da quartela. A quartela deve ser larga,
espessa, seca, de comprimento médio e bem dirigida, A quartela normal faz um ângulo de 45 a 50º com a
horizontal. Nos bovinos ela apresenta na face anterior um sulco longitudinal que indica a separação enter as duas
primeiras falanges dos dedos.
13.) Pé
a) Localização – região par situada na extremidade livre do membro.
b) Base anatômica – a terceira falange (ou segundo alguns autores a segunda e terceira falanges) e o pequeno osso
sesamóide.
c) Características – o pé é constituído de duas partes: a coroa e as unhas. Nos bovinos, a coroa que corresponde à
segunda falange, é dupla, e deve ter dimensões proporcionais ao boleto. Ela se apresenta em leve relevo, mas sem
empastamento ou aftas. As unhas são em número de 2 para cada membro, e correspondem às metades do casco do
cavalo, não possuindo porém, as fibro-cartilagens laterais. As unhas são formadas das seguintes partes: muralha,
sola e ranilha. A muralha apresenta 2 faces: a externa, convexa de alto e baixo e de diante para trás; a interna
côncava nos mesmos sentidos, e seu bordo inferior não atinge o solo. A sola é fina e arqueada em forma de
abóbada. A ranilha se apresenta estreita e forma uma placa que corresponde ao talão do casco do cavalo.
As unhas posteriores são mais longas e mais afiladas que as anteriores. Por outro lado, as unhas externas de cada
membro são mais largas e curtas que as internas. As unhas devem ser medianamente desenvolvidas, de tal sorte que
a muralha forme um ângulo de 50º nos membros anteriores e de 55º nos posteriores. A parede da muralha deve ser
lisa, não rugosa, a sola ligeiramente escavada. O exame dos pés se reveste de particular importância nas raças
utilizadas para o trabalho.
As principais impressões são muito importantes. Uma observação do animal como um todo é
importantíssimo para evitar crítica demasiado de um animal;
Gastar tempo igual com cada animal concorrente, antes de ordenar os animais no grupo;
Não desfavorecer, porém não atribuir pontos por uma tosa profissional.
Um movimento circular com o braço e a mão indica que o grupo deverá andar. Se desejar uma velocidade
maior o movimento circular deve ser mais rápido.
Um braço levantado, ou braços, palmas voltadas para fora, indicam: parar!
Um movimento definido da mão e do braço, num aceno de chamado, para convidar o condutor para a linha
ou para uma mudança de posição. A nova posição será do animal claramente indicado.
Ao sinalizar um determinado animal, o jurado deverá estar seguro de estar bem próximo do condutor para
evitar confusão quanto a qual condutor está indicado.
Evite "exibicionismo" ao fazer sinais. Lembre-se de que os animais são o centro de atração, e não o jurado.
Julgue cada grupo separadamente e, a menos que haja dois concorrentes extremamente próximos, não
mude animais
Certifique-se sempre se o estilo de apresentação é para ser julgado em grupos. Se assim for, os animais
deverão ser colocados em primeiro, segundo e terceiro grupos, seguidos pela colocação do primeiro grupo
individualmente. É desejável que o segundo e terceiro grupos sejam mantidos na pista, mas de lado,
enquanto que o primeiro grupo está sendo ordenado individualmente.
Esteja preparado para justificar-se. Não tenha medo de dizer aos condutores do segundo e terceiro grupos,
assim como ao primeiro, o que eles estão fazendo de certo e de errado. Eles apreciarão seus comentários.
A primeira fila da assistência também ficará grata.
Aprecie um animal bem preparado, porém não permita que isto seja causa de maior mudança,
particularmente entre animais mais jovens. Muitos condutores não preparam seus próprios animais.
Contudo, não negligencie a importância da tosa, toalete do casco, etc.
Não permita que o tipo do animal influa numa decisão quanto ao estilo de apresentação. Lembre-se, é mais
difícil apresentar e manejar um animal despreparado.
Não prolongue indevidamente a exibição de um grupo. O julgamento real, mesmo de um grande grupo,
raramente deverá levar mais do que 30 minutos.
Ter "olho clínico" para vacas (cow sense) e desejo de conhecer perfeitamente gado leiteiro;
Ter capacidade para formar uma imagem mental de vários animais e classificá-los, fazendo comparações;
Ter capacidade para chegar a uma decisão definitiva, baseada em julgamento firme;
Ter habilidade para avaliar e classificar um animal individualmente, de acordo com a aparência no dia do
julgamento, sem relação com a classificação em uma exposição anterior;
Ter firmeza para sustentar as próprias colocações, sem ofender ou, de qualquer modo, subentender que suas
próprias decisões são infalíveis;
Ter nervos firmes e confiança no próprio talento para fazer rigorosas decisões independentes, baseadas
inteiramente no mérito dos animais;
Ter sólido conhecimento adquirido através de prática e experiência, para dar razões efetivas para as
colocações;
Ter imparcialidade e independência em relação aos expositores ou amigos junto à pista de julgamento;
Responsabilidades do Apresentador
A- Preparação
1. Apresentador deverá estar convenientemente trajado, não devendo usar nada que atraia a atenção para si em
lugar do animal.
2. Assegurar-se de que o animal esteja limpo, preparado e bem treinado. Isto inclui que o animal esteja tosquiado,
com os casos aparados etc. assim como pronto e apto para parar, mover-se e caminhar quando o juiz assim o solicitar.
3. Assegurar-se de que o cabresto seja de tamanho adequado, limpo e bem firme. Não devem ser usados cabrestos
grossos e/ou largos. As bezerras devem ser manejadas com o mesmo tipo de cabresto utilizados no seu treinamento.
Por exemplo, não se usa um cabresto do tipo corrente para a bezerra a não ser que tenha sido utilizado para treiná-la.
B- Técnica
O apresentador deverá:
1. Seguir explicitamente as instruções do jurado.
2. Caminhar direito, não devendo agachar-se ou colocar-se de cócoras.
C- Atitude
O apresentador deverá:
1. Estar alerta, mas ser cortês e educado, tanto com o jurado como com os companheiros.
2. Controlar suas emoções e estar atento e tranqüilo, não se preocupando-se com a colocação alcançada, aceitando a
decisão do jurado como faria um bom desportista, mantendo-se atento até que a decisão final tenha sido tomada.
3. Manter o animal sob seu controle durante todo o tempo, observando o jurado e suas instruções.
4. Estar preparado para responder perguntas que normalmente qualquer jurado faria, tais como : “Quando nasceu
tua bezerra ?”.
5. Estar preparado para conduzir qualquer animal que o jurado designar.
6. Entrar a tempo na pista e não causar atraso ao julgamento.
D- Técnicas básicas
1. Entrando na pista, segurar a correia com a mão direita e caminhar com desenvoltura até que o jurado indique o
contrário.
2. Movendo-se diante do animal, deverá fazê-lo suave e rapidamente para proporcionar ao jurado sua melhor visão.
3. Voltar ligeiramente a cabeça do animal para o jurado quando este estiver tocando a parte traseira ou sua pele.
4. Parar e colocar o animal em vantagem aproveitando os declives da pista para colocar o animal com as patas
dianteiras ao nível mais alto que as traseiras, não distanciando de sua posição.
5. Quando é chamado ao centro da pista, caminhar para frente com a correia na mão direita até o lugar indicado.
3. TÉCNICA – Esta é recomendável pelo atendimento dos animais no recinto da Exposição (Alimentação,
Água, Cama, Assistência Veterinária, etc. ).
4. DEFESA SANITÁRIA ANIMAL – Esta é formada pelos elementos do Ministério da Agricultura e/ou
SEAG, de acordo com a legislação.
COORDENAÇÃO DE PISTA :
recebimento dos animais;
colocação em ordem de entrada
AUXILIARES:
movimentação junto aos criadores e tratadores nos galpões.
5. ENTREGA DOS PRÊMIOS: Após cada julgamento, haverá a entrega dos prêmios após cada campeonato ou
solenidade especial de acordo com a comissão organizadora.
6. RELATÓRIO TÉCNICO SOBRE O JULGAMENTO: Deverá ser elaborado pelo jurado e encaminhado à
Associação Brasileira, de preferência com a relação dos animais premiados.