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Cordel no Ensino Fundamental

Este projeto didático propõe o uso da literatura de cordel no ensino fundamental para desmistificar preconceitos sobre este gênero literário. Serão realizadas atividades como leitura e interpretação de cordéis, produção de painéis sobre o tema e criação de um cordel original pelos alunos da 7a série. O objetivo é desenvolver capacidades como expressão oral, criatividade e quebra de barreiras linguísticas e culturais.
Direitos autorais
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Cordel no Ensino Fundamental

Este projeto didático propõe o uso da literatura de cordel no ensino fundamental para desmistificar preconceitos sobre este gênero literário. Serão realizadas atividades como leitura e interpretação de cordéis, produção de painéis sobre o tema e criação de um cordel original pelos alunos da 7a série. O objetivo é desenvolver capacidades como expressão oral, criatividade e quebra de barreiras linguísticas e culturais.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

MANOEL SENA COSTA

PROJETO DIDÁTICO: CORDEL NO ENSINO FUNDAMENTAL

JEQUIÉ BA

2018

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

1
MANOEL SENA COSTA

Projeto didático apresentado à professora Marivone Borges de Araújo


Batista como requisito de avaliação parcial da disciplina Tirocínio
Docente da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

JEQUIÉ BA

2018

TEMA: LITERATURA DE CORDEL

2
EIXOS DE ENSINO:
Eixo 1 – Uso da Língua Oral e Escrita;
Eixo 2 – Reflexão sobre Língua e Linguagem.

PÚBLICO ALVO: Alunos da 7ª série / 8° ano

TEMPO ESTIMADO: 06 aulas

JUSTIFICATIVA

A Literatura de Cordel ainda é alvo de algum preconceito por parte dos alunos. Sempre que é apresentado algum tipo de texto escrito na
forma de cordel a maioria dos alunos exprime comentário como “essa é a linguagem de quem não sabe nada”, “as pessoas que não têm
cultura é que se expressam desse jeito”, ou “quem fala assim é quem é ignorante”. Enfim, são comentários que revelam o quanto o
preconceito linguístico ainda está presente no meio escolar.

Desse modo, esse projeto foi elaborado com o principal objetivo de levar ao conhecimento dos alunos da 7ª série/8° ano vários textos escritos
na forma de cordel de autores regionais e de autores consagrados pela Literatura nacional, para que possam compreender que a forma como o
texto é escrito pode ser uma escolha do autor para produzir um determinado sentido. Além de motivá-los a produzir o seu próprio texto na
forma de cordel.

3
OBJETIVOS

• Expressar-se oralmente, expondo ideias de forma clara e coerente;


• Desenvolver a capacidade criativa e interpretativa a partir do Cordel “Aos poetas clássicos” de Patativa do Assaré;
• Romper preconceitos linguísticos e culturais;
• Inferir uma informação implícita no texto;
• Ordenar os fatos pela coerência das informações (texto e imagens);
• Articular informações do texto com o conhecimento adquirido;
• Produzir um texto em forma de cordel.

METODOLOGIA

1º momento

➢ Apresentação e discussão do tema (01 aula)


• Apresentação do gênero literatura de cordel com a exposição de algumas características do gênero e expondo algumas gravuras
representativas desse gênero (anexos 1 e 2).

• Ressaltar o tipo de variação linguística utilizada no cordel e sua representação na cultura popular.

• Discutir um pouco sobre a questão do preconceito linguístico.

4
• Audição do cordel “Indagações de um analfabeto de Zé Valter, musicado por Moraes Moreira (ver anexo 3)

• Distribuir cópias da letra do cordel e fazer uma breve interpretação oral.

• Dividir a turma em 4 grupos e solicitar que tragam para a próxima aula algum material (imagens, informações textuais) sobre a
literatura de cordel para a montagem de um painel.

• Indicar as fontes de pesquisa: sites da internet (ver sugestões no anexo 4)

2º momento

➢ Estudos necessários sobre o tema (03 aulas)

• Mostrar as gravuras (TV Pen Drive) de folhetos de cordel instigando a curiosidade dos alunos quanto ao tipo de gravura que era
utilizado no gênero (ver anexo 2).

• Com a turma dividida em grupos, orientar para realizarem a leitura do material pesquisado e organizar a montagem do painel (cada
grupo faz uma simulação nas carteiras como montarão as imagens e textos no painel)

• Os grupos deverão montar um painel único com o material trazido por todos.

5
• Escolher dois alunos que serão os representantes da turma para explicar como organizaram o painel e o que ele contém.

Para desenvolver a habilidade de interpretação e identificação das características do cordel:

• Exibir o vídeo da música “Mulher nova e carinhosa” de Amelinha, disponível em http://www.youtube.com/watch?v=xVg6KyijgwM.

• Dividir a turma em 4 grupos e entregar uma estrofe da música para cada grupo. (anexo 5)

• Realizar a leitura coletiva das estrofes da música em forma de jogral.

• Distribuir, em cada grupo, fichas contendo informações históricas sobre os personagens mencionados na música e solicitar que os
alunos busquem relacionar as informações das fichas com as estrofes (anexo 6).

3º momento

➢ Construção do material de apresentação (05 aulas)

• Exibir o vídeo “O Coronel e o Lobisomem”, disponível em http://www.youtube.com/watch?v=pGJcQNGSPRU ;

• Realizar, oralmente, a interpretação do conteúdo do vídeo e do texto lido.

6
• Lembrar as características do gênero (ver anexo 8);

• Dividir a turma em duplas para que iniciem a escrita de um pequeno cordel um tema de livre escolha (Sugestões: bullying, planeta
Terra / meio ambiente, relacionamento familiar, profissão, dentre outros)

• Outra sugestão é propor o reconto de uma história já conhecida (conto de fadas, fábulas, etc). Ou seja, transformar um texto em prosa
para o cordel (ver anexo 9).

• Avaliação do texto feita pelos alunos observando os aspectos do gênero.

• Reescrita do cordel

• Após a reescrita do cordel os alunos deverão montar uma apresentação em forma de vídeo (dramatização, desenho animado,
slideshow) do cordel criado por eles.

• Apresentação dos vídeos

7
AVALIAÇÃO

Serão atribuídas notas quantitativas para as produções dos alunos e também serão levados em consideração os aspectos qualitativos como:
participação nas atividades propostas, interesse e colaboração para o sucesso da proposta.

ANEXOS
ANEXO 1

O cordel é uma atividade de contar histórias que vem desde a Idade Média e, no Brasil, é muito mais conhecido na região Nordeste do que
em outras partes.

O nome “cordel” teve origem em Portugal, na Idade Média, porque os folhetos ficavam pendurados por cordões ou barbantes, em exposição.
O mesmo hábito – e nome – continuou nas feiras do nordeste brasileiro, onde, ao mesmo tempo em que os folhetos são vendidos, os versos
são declamados.

Nesses textos, um narrador, geralmente anônimo, conta suas experiências para transmitir um ensinamento moral, uma sugestão de vida. O
anonimato, no entanto, foi uma característica histórica que ao longo do tempo foi se perdendo e hoje não é mais importante.

8
Ligado à tradição medieval, originalmente o cordel tinha em camponeses e marinheiros seus narradores por excelência. A eles, as mudanças
sociais e culturais acrescentaram o artesão e, depois, o operário. Hoje em dia, integrando-se à situação sócio-cultural de sua produção, o
cordel absorveu algumas tendências da modernidade e aborda assuntos do cotidiano. Muitas vezes veicula informações e “visões de mundo”
que extrapolam suas propostas iniciais.

As fontes da literatura de cordel são muito variadas. Podem buscar inspiração no folclore, na religião, em fatos marcantes da comunidade ou
mesmo na imaginação do poeta.

Por muito tempo o cordel foi considerado uma arte “menor” associada à cultura dos iletrados, mas, com a valorização das formas de
expressão populares, alcançou o estatuto de prestígio na literatura. E não perdeu as características de um gênero intermediário entre a
oralidade e a escrita, em que o sujeito narrador dialoga com os fatos e com os ouvintes/leitores. Por essas razões, podemos dizer que
representa uma transição entre a cultura popular e a literária.

9
ANEXO 2

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ANEXO 3 Arresponda essa Parecendo um gavião Na boca do locutô
pergunta Levando gente lá dentro
INDAGAÇÕES DE UM Que é de um Inté mermo pro Japão Ô será que não vai ser
ANALFABETO analfabeto A tar da televisão
MORAES MOREIRA e JOSÉ O que é mió no mundo? Entra pro dentro de casa
VÁLTER O que é mió no Nesse mundo o que é Num dá nem satisfação
mundo? mais? O que é mió no Ensinando nos programa
Cantoria eu faço muita Nesse mundo o que é mundo? Os camin da perdição
E o meu tema predileto mais?
Logo vê quem me O que é mió no O que é mió no mundo?
assunta mundo? Nesse mundo o que é
È buscá o rumo certo Me diga se for capaz. mais? O que é mió no
Vivo da minha labuta Jeitim de fogo pagô mundo?
Sofro mas não fico Será que é o dinheiro Me diga se for capaz
queto Que tudo pode O que é mió no mundo?
Arresponda essa comprar? Nesse mundo o que é Ou será que não vai
pergunta Saúde, felicidade mais? O que é mió no ser o tar do
Que é de um Inté no céu um lugar mundo? computador? Inventado
analfabeto Me diga se for capaz no estrangeiro
Quem sabe sejas muié Que nem praga se ispaiô
O que é mió no Que Deus no mundo Será que é o artomóve
mundo? botô Correndo pelas estrada Num será as medicina?
Nesse mundo o que é Formosa que nem a Levando e trazendo Que cura tanta doença
mais? Lua gente
O que é mió no Cheirosa que nem Numa pressa
mundo? fulô De voz doce e disgramada
Me diga se for capaz. macia Que Deus no
mundo botô Me arresponda esse Entra pro dentro de casa
Será que é o Formosa que nem a menino Não será os Num dá nem satisfação
dinheiro Que tudo Lua avião? Ensinando nos programa
pode comprar? Cheirosa que nem fulô Esse bicho que avoa Os camin da perdição
Saúde, felicidade De voz doce e macia Parecendo um gavião
Inté no céu um lugar Jeitim de fogo pagô Levando gente lá dentro O que é mió no mundo?
Inté mermo pro Japão Nesse mundo o que é
Quem sabe sejas muié O que é mió no mais? O que é mió no
mundo? O que é mió no mundo? mundo?
Nesse mundo o que é Nesse mundo o que é Me diga se for capaz
mais? O que é mió no mais?
INDAGAÇÕES DE UM mundo? O que é mió no mundo? Ou será que não vai ser
ANALFABETO Me diga se for capaz Me diga se fô capaz. o tar do computador?
Será que não é o rádio? Inventado no
MORAES MOREIRA e
JOSÉ VÁLTER Será que é o artomóve Esse bicho faladô estrangeiro
Correndo pelas estrada Leva e traz a notícia Que nem praga se ispaiô
Cantoria eu faço muita Levando e trazendo Na boca do locutô
E o meu tema predileto gente Num será as medicina?
Logo vê quem me Numa pressa Ô será que não vai ser Que cura tanta doença
assunta disgramada A tar da televisão Dispois da pinicilina
È buscá o rumo certo Me diga se fô capaz. E o progresso da
Vivo da minha labuta Me arresponda esse ciência Ou a fé de
Sofro mas não fico menino Não será os Será que não é o rádio? todos nois na divina
queto avião? Esse bicho faladô providência
Esse bicho que avoa Leva e traz a notícia
Antoncê escuita seu terá que saber ler A mió coisa que A mió coisa que
moço que agora eu e escrever nada existe no mundo é existe no mundo é a
vou dizer nada di de pió conheço do a inducação inducação
mió terá que saber que ser
ler e escrever nada anarfabeto sem
de pió conheço do saber diferençâ
que ser anarfabeto o errado do que é certo
sem saber diferençâ
o errado do que é Tudo que no
certo Dispois da mundo existe Tudo que no
pinicilina como acabo de mundo existe
E o progresso da expricá tem a sua como acabo de
ciência Ou a fé serventia não há expricá tem a sua
de todos nois na mermo o que serventia não há
divina negá resumindo a mermo o que negá
providência cantoria que fiz resumindo a
com dedicação cantoria que fiz
Antoncê escuita digo com com dedicação
seu moço que sabedoria repito digo com
agora eu vou como lição sabedoria
dizer nada di mió repito como lição
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ANEXO 4

Sugestões de sites para pesquisa sobre Literatura de Cordel

Literatura de Cordel e Literatura Oral http://www.suapesquisa.com/cordel/

Literatura de Cordel
http://www.infoescola.com/literatura/literatura-de-cordel/

Academia Brasileira de Literatura de Cordel


http://www.ablc.com.br/

Jornal de Poesia Cordel


e Cordelistas
http://www.jornaldepoesia.jor.br/cordel.html

Literatura de Cordel
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/literatura -de-cordel

Literatura de Cordel: História, Principais Escritores, Foto

http://www.essaseoutras.com.br/tudo-sobre-literatura-de-cordel-historia-
principaisescritores-foto/

Grandes Autores da Literatura de Cordel


http://www.recantodasletras.com.br/cordel/1482607 ANEXO 5

Mulher Nova Bonita E Carinhosa Amelinha

Numa luta de gregos e troianos


Por Helena, a mulher de Menelau
Conta a história de um cavalo de pau
Terminava uma guerra de dez anos
Menelau, o maior dos espartanos
Venceu Páris, o grande sedutor
Humilhando a família de Heitor
Em defesa da honra caprichosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor

Alexandre figura desumana


Fundador da famosa Alexandria
Conquistava na Grécia e destruía
Quase toda a população Tebana

20
A beleza atrativa de Roxana
Dominava o maior conquistador
E depois de vencê-la, o vencedor
Entregou-se à pagã mais que formosa
Mulher nova bonita e carinhosa
Faz um homem gemer sem sentir dor

A mulher tem na face dois brilhantes


Condutores fiéis do seu destino
Quem não ama o sorriso feminino
Desconhece a poesia de Cervantes A bravura dos grandes navegantes
Enfrentando a procela em seu furor
Se não fosse a mulher mimosa flor
A história seria mentirosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor

Virgulino Ferreira, o Lampião


Bandoleiro das selvas nordestinas
Sem temer a perigo nem ruínas
Foi o rei do cangaço no sertão
Mas um dia sentiu no coração
O feitiço atrativo do amor
A mulata da terra do condor
Dominava uma fera perigosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor

ANEXO 6

De acordo com a mitologia grega, Helena de Troia seria a mulher mais bela da Greé cia e esposa
de Menelau, rei de Esparta. Mais tarde a grande beleza de Helena seria a causa direta da
guerra entre a Greé cia e a cidade Troé ia devido ao fato de que Paé ris, filho do rei de Troé ia,
apaixonou -se perdidamente por Helena levando-a consigo para Troia. A guerra terminou
quando os gregos enganram os troianos enviando-lhes um grande cavalo de madeira como
presente de paz. Os troianos aceitaram e deixaram o enorme presente ser conduzido para
dentro de seus muros protetores. Apoé s uma noite de muita comemoraçaã o, os troianos foram

dormir exaustos. Neste momento, abriram-se portas no cavalo de madeira e saíéram centenas
de soldados gregos. Estes abriram as portas da cidade para que os gregos entrassem e
atacassem a cidade de Troé ia ateé sua destruiçaã o.

21
Alexandre, o Grande. Uma das personalidades mais fascinantes da histoé ria. Responsaé vel pela
construçaã o de um dos maiores impeé rios que jaé existiu. Sua inteligeê ncia e geê nio estrateé gico se
tornaram lendaé rios. Apaixonou-se por Roxana de Bactria, apoé s conquistar o castelo do pai dela,

em Bactria, hoje Afeganistaã o. Roxana acompanhou Alexandre em sua campanha aà ÍÍndia (326
a.C.) e, apoé s a morte do esposo (323 a.C.), deu -lhe um filho poé stumo, Alexandre ÍV, nascido na
Babiloê nia.

A primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros. Assim foi Maria Gomes de Oliveira,
conhecida como Maria Bonita. Maria Bonita casou -se muito jovem, aos 15 anos. Seu
casamento desde o iníécio foi muito conturbado. A cada briga do casal, Maria Bonita refugiavase
na casa dos pais. E foi, justamente, numa dessas “fugas domeé sticas” que ela reencontrou
Virgulino, o Lampiaã o, em 1929. Ele e seu grupo estavam passando pela fazenda da famíélia.
Dias depois, Lampiaã o estava passando pela fazenda e viu Maria. Foi amor aà primeira vista. A
partir daíé, começou uma grande histoé ria de companheirismo e amor. Um ano depois de
conhecer Maria, Lampiaã o chamou a “mulher” para integrar o bando. Nesse momento, Maria

Bonita entrou para a histoé ria. Ela foi a primeira mulher a fazer parte de um grupo do Cangaço.
Depois dela, outras mulheres passaram a integrar os bandos.

Cervantes foi romancista, dramaturgo e poeta. Sua obra -prima, "Dom Quixote" eé um
claé ssico da literatura ocidental. A sua influeê ncia sobre a líéngua espanhola tem sido taã o grande
que o espanhol eé frequentemente chamado de La lengua de Cervantes (A líéngua de Cervantes).
No livro mencionado o heroé i elege uma camponesa como a sua musa inspiradora dos seus atos

heroé icos, Aldonza Lorenzo, a quem Dom Quixote passou a chamar de Dulcineia Del Toboso.

ANEXO 7

CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO CORDEL

• O cordel, tradicionalmente, conta uma histoé ria, como voceê s puderam perceber. Essas
histoé rias costumam narrar as dificuldades e sofrimentos de um heroé i que, ao final,
triunfa e seraé recompensado.

• A histoé ria narrada, geralmente, apresenta uma situaçaã o de equilíébrio, desenvolve um


conflito e termina restaurando o equilíébrio.

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• O cordel remete, frequentemente, a passagens bíéblicas ou histoé ricas, “fantasia” lutas e
conflitos entre o bem e o mal, em que o bem sempre vence.

• Por manter um víénculo estreito com a oralidade, muitas vezes, o poeta “chama” o
leitor/ouvinte para tomar posiçaã o quanto ao tema. E para isso, ele se “apresenta” no
texto;

• Conta uma narrativa em forma de versos que rimam entre si. Aparecem em estrofes de
seis versos (sextilhas) ou estrofes de 10 versos.

ANEXO 8

CORDEL

“Pintinhos Pelados” (mote a partir da história do Patinho Feio)

Vou contar para


vocês uma história
bem legal que fala de
um pintinho que
nasceu lá no quintal

23
ele era bem pequeno
pequeno como um
dedal

Numa tarde bem


bonita com um sol
amarelinho a
galinha cacareja
bicando o seu
ovinho numa grama
bem viçosa lá
nasceu o seu
pintinho

Com pescoço bem


pelado ele fica a
chorar todos riem do
coitado isto é mesmo
de amargar triste,
triste o sem graça
todos ficam a zombar

Humilhado ele estava


muito,muito
desgostoso seu olhar
desconfiado caiu no
fundo do poço
encontrou um fio de
lã enrolou no seu
pescoço

Ficou muito
elegante o tal do
amarelinho os
outros
admiraram o
jeito do feinho os
amigos
invejosos
imitaram o
pintinho

Vocês viram
meninada como
muda a opinião
ele era o mais
feioso e se tornou
um bonitão por
isso minha gente
aprendam essa
lição

24
25

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