0 notas0% acharam este documento útil (0 voto) 738 visualizações57 páginasResistência Dos Materiais - Beer 4 Ed PDF
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RESISTENCIA dos PSTERIALS
Ferdinand P. Beer
E. Russel Johnston, Jr.
CAPITULO 1
Introducdo -
Conceito de Tensao
i ein iso asa ag a
id SE Si ccocte's oa qc ponous ste
Seno tee
Contd sta a 11, qvecomse ds bares Be
are neniiareateasatna poe ae
ee auannsrame
Devowecmecneio dete, rane que a buat
4 BC Cap Uda rg fe 03 cn,
scien ri ena mee or
ee ee eee cre erie nem
ermine AsaAbatne aA cto elSto pao
———
me 7
Pott Fig. 122 Resistonea dos Materiis
« compondo a Forgas atuantes no poligano de forge da Fig. 1.3, po:
sou) NG seoFestever, dt emelange de tringlos:
° Fug _ Fe _ SOKN
am 3m > 3m
a jy Obtémse entto
Fo13
Fup =AOKN fgg = SOKN
Cortando 2 barra BC; por uma seojao transversal, em um ponto
acbitrvio D, obtemos duss partes BC e CD (Fig. 14). Para que estas
‘duas partes permanegam em equilfori, é neces aplcat 2 exda
‘uma delas uma forga de 50 KN no ponto D. Coneluimos também que
{BC est sb efeito de ragdo, Da mesma maneira, podemos vr que &
orga na barra AB é de 40 kN, e que essa barra esd sb efeito do
compres.
(0s resultados obtidos representa o primeiro paso na anise da
‘estratura, mas fo no leram A conclado de qu a carga pode ers
portadn com sequranga. 0 fato de a bara BC, por exemple, suportat
2 forga interna que he éapliada, ou se quebrar sob a ngdo esa fr
‘a, nfo depende s6 do valor encontrado para o esorgo interno, mas
também da dea da septo tansversal da bara ¢ do material com que
ola foi construfda. Na verdade a for interna Fg realmente repre
Senta a resultant de forpiselementares que se eacontram dstbu
das om toda adres da soegso transiersl da bara BC (Fig. 15)
Pgs
A intensidade doses forgas distribu‘ das é igual orga por unida
ede trea, Fye/A, na secgio transversal. O fato de a barra BC se
‘qucbrar ov no sob a a0 a forea Fy, depende,entdo, da capac
Introdupio ~ Conceto de Tensio 3
tna, a roptra da barra depende 62 forca Fc, da dea da ssy40
transversal e das caacterfateas do material que a constitu.
‘A fone por unidade de ren ou a ntensdade das Forgas dsteibu-
dds numa certa seep40 tanner ¢ chamads tensfo atuante, ness
Seg, e éindicada pea letra grega 0 (sigma), A testo em uma bar
dade do mate esti intensidade das forgasdistibutas, Em su {
‘de sccgdotransvecal A, rete a uma forga axl P (Fig 1.6), 6 en :
to obtida dvidindo-se o modulo P da forga pela sree A «J
oak 1.1)
. t
Para indica «tensfo de tracHo (bares tacionadas) serd usado 0
sinalpositivo.O sina aativo tndlcardtensfo de compress (bras
comprimidas)
No Sistema Internacional, P & express em newtons (N), A em e
metros quadtados (m). A tensfo 0 seré express em N/m? unidade “
que € denominads pascal (Ps). Para. uso pritco, no entanto, o pascal
Se rvela uma medida muito pequena (as grandezas express em pas-
fal tormamse nimeros muito grandes) Usumse,entfo, méltplos
tess unidade, que sf0 0 quilopacal (KPa), © megapascal (MPa) c 0
gupascal (GPa).
kPa = 10° Pa = 108N/mnt
MPa = 108 Pa = 105N/nt
1GPa = 10° Pa = 10°N/u!
‘Quando se wsim unidades ingles, Pé expressa em bras (1b) ou
qullolibras (kip) ea da scp transversal se expresa em poeat-
ATs quadeadas (int). A tenafo o srd express em libras por polegada
‘quadrada (ps) ov qullibra por polegada quadrada (st).
Voltando a0 estudo da barra BC, vamos imaginar que 6 constiut-
da de agoe posal um diimetro de 20mm. Ternosentfo:
+50 x 100
{10 x 10-9 m? = 914 x 10°F mt
4159 x 10° Pa = +159 MPa
a preps niadee do Sistema Intemacins do Stem Ings econ
tram no apéadic4 Resistencia dos Materiis
0 valor de o, obtido acims, deve ser comparado com 0 méximo
valor de tensfo que pode ser aplicado com segura 20 ayo. Desa
comparagdo se dodurir we bara BC pode ser sada para siportar
‘arg de 30 KN, Através de tabels de propriedades de materi, ds
‘ga pou sr deveovooes tds» capcad admired todo oral de
‘bara! Expense 0 resullado em flo do amet da ba, eno
ia! Ugg 0 0» om feng Se edo md dia! de dence
Sate o conti ex mopertice cdc a bara (reat fn ar
tals eno cone a exemiade da bar)
"LAs. sas pret pes AB alo clade um plano gue forma um
ingle 6 com « horaona. As tenses Sima prt + ula sonia so Oy =
ST ruPse =9 Mh. Detrmine qa foo aeras de 8 par o que
Coetcents quan peo meres ual #3.
144 No Fob, 143, detent ovr de 8 qu eve no mixino coin
te de seguanga pot (Suef: Equaclone on cotcents de tepurangs da
‘eno ermal da tno de caaamente)
p
Pia Pia
IN. ~ Lembramos gue, nos demos no texte doxcapitls que w segue,
'notsio pa eto de exvamet fol mantis como autem seta
yim” None er com note
CAPITULO 2
Tensdo e Deformacado -
Cargas Axiais
(Tragio e Compreso}
2.1. Deformagdes; concsto de detormacéo expectica, NoCap. 1
nalsamos as tensoesprovocadas em pesase conexses de wna mi
‘guna ov estrutua, pelo catteamentoatuante, Aprendemos a proje-
tar barra lgagdes de forma que elas no viessem a romper soba:
condigges de carregamento especificadas. Outro aspecto importante
4a andlise¢ projeto de estruturas se telaciona com as deformardes
‘ausadas pelas carga aplicadas a estrutura. F importante evitae
‘que a8 deformastes se tomem to grandes & ponto de impedir que a
cstrutura venba a cumpeir os fins aque estava destnada,E alise
as deformagoes pode nos auxiar na determinagdo das tenses. Na
‘erdade, nem sempre se consegue determina ab Torgas ns barra de
luna estrutura somente com a aplicago das equagde da estética, que
se basa na hipOtese de sistemas rigidos, ndeformves,Consieran-
do as estruturas da prdtin como deforméveis,e analisando suas de
formagors, ¢ possivel calla foras questo estaticumente indeter-
‘minadat, ito ¢, indeterminadas dentro dos reeuroe de andi da
estitiea, Temos ainda que a dstbuigdo de tenades em uma pega €
‘staticamenteindeterminada, mesmo quando &Torga que ata nap
46 conhecida, Pare determinar areal distribuigo de tensoes na pe-
$9, necessriovisulizar as deformapoes que nela acon,
‘Vamos consderar a barra BC, de comprimento L « com Sea de
sel transversal constante A, que ¢suspenss do pontoB (Fig. 2.14).
A barra se alonga quando se aplica a forga P na extremidade C
(Fig, 2.10), Podemos obter um dlagaama tensto-deformagso (Fig.
0
P|
Fig 2Fig. 22 Digramsfogrsfomagi
40. Resiséncia dos Matrisis
2.2), mareando of valores da intensidade P da fore, os cortespon
ener valores de deformagso 3 (letra grega deli). Este diagrams
‘ontém Informasses utes pare o estudo da bara considerada, mas
‘nfo pode ser usado dretamente para prever deformagoes de baras
dde mesmo material, mas com outras dimensoes. Notamos que, ©
‘uma deformagdo & & causade na barra BC pla carga P. para causar
4 mesma deformasso na bara B'C’, de comprimento Z, mas com
frea de secgG0 transversal de valor 24, pressamos de uma forca
BP (Fig. 23). Nos dois casos, o valor da tensfo € o mesmo: o =
PAA, Por outro lado, a carga P aplicada 2 barra B°C” de mesma
trea A de explo transversal, mas com comprimento 2L,provoca
‘uma deformagfo 26 na barra (Fig, 2.8), 0 dobro da deformagi po
bientes aressvos ou corosios, pode ocorrer uma redufo de
50% no limite de duragto.
2.8, Deformages de barra sujltas a eargas axis, Tomemos uma
barra homogénea BC de comprimento L e secgto trnsersl unifor-
me de dre A sujlta &forg aia entrada P (Fig. 220). Sea tensfo
stuante 0 = P/A ndo excede o limite de proporcinalidae do mate
‘al, podernosaplicar a Lei de Hooke eescrever
o=ke en
Semvese eno que
@s)
[No tem 2. fol definida a deformagto espeeca ¢=8/L,portanto
26
«¢,substituindo (2.5) em (2.6) temos:
[=]
sient eas
silts healer
ee
lepers ieee ysw S0KN
|
a a a
Saou | S00kN
min
52 Resténcia dos Materiis
4 rea © 20 médulo de clasticidade correspondentes a0 element i,
‘vamos expresar a deformaggo total da bare como:
Hy
Lae as)
VVimes no item 2.2 que, no caso de banas com set transversal
vardvel Fig. 25), « deformagso espeificae depende da posigo do
ponto Q, onde ela ¢definidaecaleulada coma e= dB/ax, Retrando
dessa expresso o valor d® ¢ levando Form. 2.5, demos exprimit
a deformaeto do elemento de comprimento dx como:
as
Pay
i
A deformagao total da bara, 5. obtida po integragioestendida a
‘comprimento L
[A Frm. 29 deve ser waa no lugar da Féem.27 quando a ea da
seofto transversal varia como fungfo de x etambem quando aforga
mera P depende de x, como é 0 caso da bara sujlta ao proprio
peso
EXEMPLO 2.01
Determine a deormagto da barra de ago da figura sob a ago das
cara indeass(F = 200 GPa).
Dividimos a barra nos tr8ssegmentosindicados na Fig. 2.218 ¢
Ly = hy = 000m 1, = 0400.
Ay Ay = 00 10% mA, = 200 10-4
Para determinar as Forgas internas P,P, e Ps, precsamos pasar
seopSes transveriais plas tres partes da pec, ¢ desenharo diagrams
‘Tensioe Deformagio ~ Cagas Axlas 53
termina a8 reagbes eesforgos internos. Os proximos exemplos mos
‘am como conduzr&solugo desis problemas,
Tensloe Deformacto ~ Cargas Axis $9
EXEMPLO 202
Uma barra de comprimento L ¢ Grea da seegao tanstersal 4,
com modulo de elastiidade E, foi colocada dentro de um tubo de
‘mesmo comprimento L, mas de ira de seo transversal A © m6-
dulo de elasticdade By. Qual ¢ a deformayto da barra do tubo,
‘quando uma forga P éapicada por mo de uma placa rigs?
CChamando de P, e Pa, respectivamente, as forges axias na barr
‘© no tubo, desenhamas os diagramas de corpo livre dos ts ee-
mentos (Figs. 2.238 , ). O teri diagram nos ds uma informa
40 de utiidade
Renee @
corre, no entanto, que uma equsefo nfo sufclente pars a deter:
‘minagao das duas incogntas, a forgas P, e Py (esforgos interes)
( problema éestaticamenteindeterminado..
Entrtanto, a geometria do problema nos mostra que ss deforma:
es B, ©, da barra e do tubo devem ser igais. Da Ea. 2.7 pode-
RE,
ohn an
oe ME
Jgualando as duas expresses, obtemos:
[As Eqs. 2.11 © 2.13 se reslvem simultaneamente para determinagio
dePy ey:
Mean ORR aE
‘Em seguida calculamos a deformagio da barra ¢ do tubo por qual:
‘quer das exprestes (2.12)60. Restténca dos Matoriais
EXEMPLO 2.03
[A barra AB de comprimento Le seeqo transversal de sre cons
tante € presa a suportesindedocivels em A e Bantes dese eatega
a, Qual so 08 valores das tensses em ACe BC, devido& aplicaszo
(a cara P no ponto C (Fig, 2.240)?
qu
eit
c gaze
Desenhando 0 dageama de corpo livre da barra vamos obter 2
equa de equilib:
thy =? aw
Como essa equayio ¢ inswiclente para a determinsgto das duas
reagdes Ry ¢ Ry 0 problema éestaticamenteindeterminado.
possvel,entretanto, # determinagéo dest reagbes, #2 ana
lisaemos « geometia do sistema, que nos leva a coneuir que a
doformagao total da barra deve ser mula, Chamando de 5; 3,
respeotivumente, 8 deformagbes das partes AC BC, escrevemos:
‘Tomando at expressoes de 8, © 5, em termos ds esforcos internos
correspondentes, Pe , temos
a fil File
aE YAR
‘ o er
0s diagramas do corpo lie mostiados na Fig. 2.25 nas partes
‘bee nos dizem que P, ~ Rg ¢ que Py = Rp, Levando ese valo
resem (2.15), ecreveros:
Ral —
° 26)
Resolvendo simultaneamente (2.14) e (2.16) obtemos paraasreages:
Rg =Pla[bee Ry =Ply/L.
Tenstoe Deformapio - Cagos Aviit 6!
Podemes agora calla a tenses nas partes AC & HC dividindo
P, = Rg ¢ Pa = Rp, respectivamente, pela area da secedo transver
sada are,
Método de superposigo, Uma estrtura 6 estaticamente inde
sminada toda vez que estiverlgadaa mais supores do que 0 neces
tio para manter o seu equiibio, Onmero de reabes a calular€
maior que 0 nlmero de possves equagoes de equllbrio. E comum
‘amar um dos suporte da estratura de superabundante eeliming
lo para proceder & resolusio Jo problema, Nio é possve! modii-
car a8 condigdesiniciais do problema de modo aritrério, ent¥o
{ reagfo proporcionada pela lgagSo superabundante deve ser man-
tids na resolu. Essa eugfo superabundanto sed trata como wma
forga desconhocida, que, juntamente com as demas forges aplice-
das, deve levar&estrutra valores de deformages compativels com
2s gages orignal
A solugto do problems ¢ condusida considerando-se separada
mente as deformayses causadat pelas cargas aplicadas e aquelas
provenients ds ajo da reagfo superabundante. Fssasdeformarces,
to final da esolugfo, sto somadas ~ow superpostar~ para obten
40 do resultado final’
EXEMPLO204
1A bara de ago da figure 2.26 6 presn a dois apoiosfikos A ¢ B.
Deerminar as reapbes desses apoios quando se aplic ocaregamento
indicado,
Vamos considera: a reugd0 em B como superabundante ¢ retrar
‘apoio # deixando a bara live nessa extremidade. A reogdo Rp Se-
14 considerada como uma forga desconheclda (Fig. 227), evjo
‘alr ser determinado peas coasideragdes de deformasto 6 da bara
‘gual zero,
‘A tesolugto do problems ¢ Jevads a efit, estudando-se separ
radamente a deformasto 8 devidareagfo Ry (Fig. 2.270).
A barra € diviida em quatro partes (Fig. 2.28), € a Eq. 2.8
fomnece a deformagdo 5. Seguindo 0 mesmo procedimento do Bx.
2.01, pode-seescever
a0 h=h=0xION F,
Als A= 400 x 10m? A, = Ay
Len
250 x 10a?
ashy
No tem 212 cae « uit dete método psn oes de efi
mbna devs carerentn me
Fig 228
wos aks
Fig 2.27
20okx
conn som
Fla 228Fig 229
Jaous
Fig. 230
62 Restténce son Materisis
Subetituindo ees valores na Eq, 2.8, temse
(os es
c
j= SUE an
Para a detorminago de 5, devido a Ry, divide se bara em dss
partes (Fig. 2.29) eescrevese:
400 x 10% mt Ay = 250 x 10 t
30 m
Sobstituindo exter valores na Eq. 2.8 obtéense
Ply Pal __ (1.95 1098,
a, = fay Bes | Py ‘
ete e)
Como a deformagdo total da barra dev ser 22,
b= bp+de=0 a)
Levando os valores 6p € Bg obtidos em (2.17) (2.18) na Eq, 219
= MCI 20
Dessa altima expresso calculase o valor de Ry
Ky = 577 x 10°N = 577EN
A seagSo Ry no apoio superies ¢ obtida do diagrams de corpo
live da Bara (Fig, 2.30), Teme onto
R
DOO KN = Fy = 9001 —
= 2001 = OOOKN + Fy = 0
N= 320k
Tensio e Deformapio ~ Carges Axiais 63
ima ver determinadas a rag6es,o8 valores de tensbese defor.
rmapées especificas s¥o calculados fecimente. Convém lembrar
(que a deformagHo total da bara é zero, mas que as vias partes
Componentes da bara sofrem deformages sob 0 feito dos caregt-
mentos eda resrgbes dos apis.
EXEMPLO 205
Calcular as eapes om A e B, na barra do Ex, 2.04, supondo que
existe uma dlstincia de 4,5 mm entre a barra © o apoio B, quando o
‘arregamento ¢apicado, Adotar £= 200 GPa (Fig. 231).
J.
sae
Pg 231
‘Vamos seguir a mesma seqUénca do Ex. 204, Considerando co-
‘mo superabundaate a reagf0 em 8, ealelamos as deformagdes 5p €
Bg, devides, respectivamente, &s cargas aplicadas © 4 reagfo Rp.
[Neste caso, entretanto, a bara pode ser longa, e sua deformagio
total 8 nfo 6 nla, mas 8 =4.5 mm, Esreveros,
Ba tpt p48 x 10m (220)
Os valores 5 © 5, que foram caleulados em (2.17) ¢ 2.18),
so agora levador 1 (2.20). Lembrando que £ = 200 GPa = 200 x
x10" Pa, temos
15 <1 _ (1.95 > 10Ry
$= Sox 10 00 = 10
= 15x10Fig 232
(64° Resistencia dos Matriais
ssa expresso nos leva ao valor de Rp,
fy = 1154 10N = 115,44
AA reagf0 no apoio A é obtida do dingrama de corpo livre da
bara (Fig. 230):
3A, = 0 Ry —300KN — OOORN + Ry
A
Ue = SOOLN — fy = SOK — 1154RN = TASAN
2.10 Problemas envolvondovariagHo de temperature. Nas estru-
tras estudadas até este ponto,consideramos que a temperatura per
rmanecia constants durante 0 tempo de carreamento. Vamos agora
‘considera sitangdes em que acorrem vaiagdes de temperatura
TTomemos primeiramente a barra AB, hiomogenea e de seegfo
transversal uaiforme, apoiada em uma ‘superficie lisa horizontal
(Big, 2.322), So aumentarmos & temperatura da barca de um valor
‘AT, notamos que ela se alonga de um valor 8 que ¢ proporconal
tanto A vaiagto da temperatura quanto 20 comprimento da bara
1 (Pig, 2.32). Temos enzo
by = (ATL cea)
‘4 constants caracteratica do materia, chamada de eoefiiente
de diatagdo térmica, Como L ¢ 8 fo expressos em unidades de
comprimento, a representa uma qutntidade por gau C ov por grau
FF, dependendo de’ como expresamos & temperatura, 8 em graus
CCoisus ou em graus Fahrenheit
A deformagso total 8 est relaclonads uma deformagdo expect
fica ep = 8p/L, Reescrevendo a Eq. 221, concluimos que
ear 229)
ey & chamada dformago temica expecica uma vez que 6 causada
or varigo de temperatura na barca. No caso que estamos conse
‘ando, no existem tenses relacionadas com a deformasto er.
‘Vamos consderar agora que a bara AB de comprimento
fos colocada ene dols anteparos fos, separados da distincia L
(Fe, 2.332), Nao existem tensoes ou deformagbes nesta condo
ini, Se clevarmos a temperatura de Ap, o alongamento da barra
Tensiee Beformapte ~ Cargas Avis 65
ser ml, poi or anepaos impede qualquer defomasto Sendo
1 bars homogénea «de sco unfome, a deformageo execs
fo unger porte «cy By amb a. No enn, pra
tar @alogamento Ga har on aneparon vio spa sobre la a5
foges Pe P apo seas ds terperatra (Fig, 2330). Esra
meta de tenon bra (em qu sora dformages pc.
tea)
Ao tentanmos cular a tenoo rad pel algo da tompe-
tun, vericamos qu 0 problema ¢eatismenteindctermiado.
E pecesrionalmeste cau ineniade da org P lrando
em conta 25 conics de slongamento mo dobar, Uillando
‘métod da sperpsego doen 29. rettamosoanteparo 8 (Pig
2.34) qo renting deforma da bara. Elena se lone
‘remente, com a vanao da temperatura iy (i. 234), De sor
Acoma Form. 221, alngumetocoreapondente€
8, = aA
‘Aplcamos agora & extremidade B da bara a forga P que representa
4 reaglo superabundante e, willzando a Form, 2.73, obtemos uma
segunda deformagao (Fig. 2340),
donde se conclu que
P= ~ABa(aT)
© que a tensde stuante na barra devido a varlagao de temperature
are
—BaA) 22%)
Devemos ter em mente que este resultado, bem como nossa ob-
servapao anterior sobre aencin de deformagies especies we api
cam no caso de barra de seco (rnwvesal uniforme e material ho-
‘mogéneo. Qualquer outro problema envolvendo varagdes de tempe-
‘atura em estraturasimpedidas dese deformarem, deve er analisado(a
66. Reststénca dos Materials
nto de suas caracteristias. De qualquer modo, podemos sempre
‘considera separadamente a8 dformag®es provocadas pela variagfo
fe temperatura ¢ pelat reagdes superabundantes, © superpor os
resultados.
EXEMPLO 2.06
[A barra AB é perfitamentesjustada aos anteparosfixot quando
a temperatura ¢ de +25°C, Determinar as tensGesatuantes as pa.
tes AC e CB da barra para a temperatura de ~S0°C. Usar E = 200
GPs c= 12x 10°*/°C (Fig. 238).
Determinaremos iniiamente a8 reagoes nos anteparos. Como o
problema ¢ estatimente indeterminado, retiramos © anteparo
2. A vasagao da temperatura €
ar = (-s0°¢) ~ @s"e
{A deforma correspondents (Fis. 2360 ¢b) é
fp = 0(art
12 x 10-9/°C\—75°C mm) = —540 x 10-%m
Aplicando entéo a forge dessonhecida Ry 4 extremidade B (Fig.
2:36), wsaremos «Eq, 28 para a determinagao da deformacto
Bp, Substtuindo
= 05m
Ay = 90 x 10%?
= 200 10 Pa
Ay = 400 x 10°
R= Ma Re
na Eg, 2.8, escrevernos
go Pil, Pals
eS AGE * Age
weston: (wars rat * wo OT
(5625 x 10-° aN)
DDevido as restrigdes dos anteparos, a deformaggo total é nula, ©
podemos dizer que
batt dno
5 = 540 10m + (5025 x 10 MINK, = 0
Tensioe Deformapio ~ Cangas Axis 87
de onde vamos obter
Ry = 960 x 18N
ou
‘Aeagtoem 6 igual ede sentido contri,
Conhcidas at forgas nas duas porgSes da barra que sto Py
= Py = 960 KN, obtemes os valores das tonsoesstuantes em AC
°c
2 __ 980 x 108%
ou atrs
0 1088
= BO x 10-F ne = OME
(0 fato de a defonmapdo total da barra ser zr0 nto deve levar &
‘onclutdo de que a deformaga0 em AC e CB € aula. A slugs do
problema taseads nesa conclusdo estaiaerada, Do mesmo modo,
1 deformagdes expecficas em AC ¢ CB nso devem ser adotadas
como nulat. Para estudat melhor este ponto, vamos determinar &
Aeformarao especiica eqc da porgdo AC da barra, Esse valor
feqc pode ser cividido em duss patcelas. Uma delas ¢ a parela
7 produ na bara, sem o-anteparo B, pla varagfo de temper
tart By (Pig. 2.368), Da Eg, 222, esrevemos
ep = aA = 12x 104/°C)(-75°C)
= 900 5¢ 10 = = 900
'A ovtra componente de cq esté associada & tensfo oy devido &
fonga Ry aplicada na barra (Fig. 2.360). A Lei de Hooke leva a0 vi
Jor dessa purcela da deformasdo espectica
4 = 1200 x 10-*
‘ w
200
240 Fs
I0CPs
Somando a pacelas de deformagdo especifica em AC, vamos obter
cue Hey + = M+ 12009 = +300
Um edleulo andlogo leva & determinasHo da deformagao espetf
cana pate CB
fon Hey +E = OH + By
200 958 Resitincia dos Motes
As deformagces totals 54c © Scp das partes da barra so, rs:
pectivamente,
Bye = tal AC) = (4900 640.3.) = +90 0
eafCB)
300 0m) = — 9 pm
Vercamos, nto, queasoma5 =84¢ + Scy ds dus deormastes
0, embora nen dda ales jo. io
————
PROBLEMA RESOLVIDO 22
A bate CE de 10 mm de diet © « hate DF de 18 mm de dst
sao gus | bra tipi ABCD como ms Bue. Sabendoe gue a Hates
[ode aumino oandose B= 70s, etrminr) a fora prvocada em
‘da ae pelo catgumento sand; © dearest do pono A
ue
po tS Os ae Condigies de equilibrio, Considerando como corpo livre & barra ABCD,
otamos gor as eget eB as hestes Mo examen Indteinaas
ToPET TD cacsamwen sgtn-napans
+7DMy
3g + OF yp = 188 10 »
Condos da Geometria. Apis apicato dt free de 32 AN a bare
So amumea pookie 4 BCD" Du tebangs de wrgubs BA, BCC™e BOD:
Pt
@
alee 5, = Fela
Met Ape
Sunt (es
roto bonne
oars or Fee = Otay70. Rexiéncia dos Materas
‘ong em cada haste, Subetainde em (1) tot
M44 10
SSAA)
Fop = URN
Fag = HN
%
6
1.455 mm
110mm
PROBLEMA RESOLVIDO 2.3
© toc DEF ¢lgdo 4 buna AE yor meio de dos puns, AD CF
| tr em 4 mm de shiz « on purus tm 28 mm de det cade
thn Opa da ova de eda pan de me, pn rer loss.
patos solr a aperto de um quart de wll Sabendowe que pus
a B= 300 Give paso alumina = 1 Gs, pedese determina 8 edo
fm cas part,
Mos Cong de equsio. Consieanto smo corpo le 1040» conuno,
‘erica que ego so aia ndteminay, Exe set
se 7a | Grestuaraso aoe pemieexsever, a= Re,
HA + Ry
Detormaies. Vamos vtlcaro sétodo dx sapeposio, coneando|
Bp como rex superabundante. A gto em Be retin, « mpliase Ht
‘ots um aro de volta atendo com que a bars RE Beague (Fe
‘paras eghees eum valor
5=1/4 2mm “05 mm
A rag Ry ¢ eno spizada pars frgarsexremidade #4 vl pats
tet de um lor 8y (ig 2). Como o document ral de B ert
fut 8; =8, (Fig 3).0 deloamento by 4 sad deormagie an
{4D eda tara BB, ecxervomer
. Ral you <
- = O_o custo ey
met ae” a domm? a00x kr)
p00)
Sram = a = 31x10 hy
AB sit 40mm (0410? Ah)
Spratt Spam 8
6048 x10° Ry +341 110° Ry=05 mm a
4Reagt Par ela de Rp mbitinos (1) em (2):
6008 x10 Ry #341 10% 28,)=058 mm
g=s080 8
p= 2g =2.0858)= 7,760
Orara 61.9 Pa <
PROBLEMA RESOLVIB® 2.4
‘A bar right COB ¢ pr no apoio por um pio, piano lindo
se tage BD de 30 mi de ioezo Un prt de 2 mm te mato
"por um fro mata em Ce x0 por ums pote simplemente sad,
‘A montage, fia tempest de 20€, ao lem nena tea tet
‘4 temperatsn do endo de into dwumentads pars 50, enguant ©
Pras tem su temperature mastde snsane. Pade deca ben
‘hs conden enter no lind,
Bars AC ag indo BD:
Ee 200cm Fe tos Gn
a= 1210-6996 a= Iau 10-6
Condgbs de equi, Coositeranto todo conento come corp ie,
RyO75m) — Ay03m)=0 Hy =08K, 0)
ae
Tensioe Deformagdo ~ Cargas Axiats 73
Petormasse. Usiando © modo dx rpeponito, vamos cones
‘Ry como majo mperabundante, Removendow Rp e ramentango t=
‘atu, 0 ponto Be dalocs para hao de um aot By. A rte Ry
eve casa entfo uma defarmagto by de mea wir, prt que 9 delocst
sunt de B see ao 3)
_Delcamento By. Deo i elenago de temperatrn de Ay = 50° 20°
30 comprimento do snare de cbr mena de by
(03 mXB0°CKI88 x 10-4/°C) = 160.2 x 10-4 my
fp = UST
esocamento 5, De Fg 2 tos qe 3p
+550.
Fr aren Gy ROTOR
A = 0:46.57 10-7) = 4738 109K,
Rat 14,03 0)
im (05 GPa)
Sibemosde (1) que Rg =0AO Rg eeeeremon
4
&
10 *59j0= [8.1380 4Rp) +4042RQh0-9=5.936% 10-%Agt
102 x 10-%m = 593 10% Ry = 285 AN
Tenet no into
ee)
A tan o0s?74 Ressténeia dos Materials
PROBLEMAS.
weer 221 O clint de trons «o endo ovo de mio dara Forman
um conjunto que soeuta Je 0 mm quand ecbe wm fre aia
{npc rps hu enone, Deter) 2 neni rn
tra) eng na aa de bone
‘arts de age de 32 min de dirt, Sabendowe que Ey =200 GPa gee
|
Fig. 92.21 092.22
<
ORT
\ Paco 2-24 Una pas rps tase ao bloc compost fur ume
A ond) ms plan externas de tino
228 Pro Hoco compoto do Prob 2.24 eterna reduc ta
pode se apenas tenes tse a 86 108 Ma par ago ed
227 Um pursis de nto (E = 108 GP) de 10 mm de diet € colo
‘ado dente drum taba de milo (£70 GP) gue tm met extrno
Grisimm v puvits de} mde espera Una ver sostdo 0 conjnt.o
fe 4 porn um apt de um quarto desl O psn dh rose de 2mm
Deveriau a toes nore) ne pean a ab
Tens e Deformapdo ~ Cangas Axiats 75:
sats igo oc um pause de ago f= 200 GPa) de meses
emo pus de och
2:20 0s ames de ag BB ¢ DF com 28 mm de dimeto (E200 GPs)
‘otf eiucaoe na seat da apis da fora de 2000 Nom © Conierando
"ign stm AD, deri) eno em eadn wane: 0) 0 Geocements
Gopontoe,
230 0+ pts
{a tego patito CD, 0) 0 deiocumento do onto © da but i
jer o Pre. 227, comdderand gue © parawo de Ito ft
, 1 _
Tasm ism O25m
el Fin r220
Lean —|—s.—_}
Fin r230
231. Reser 0 ro, 230, comiderand g
um ola complet sponser stad
232 Cada une das lntes AD © CE fit de one (= 103 GP) etme
ica de wea tuna e126 mone, Deermin a ees a extrema
4's bane ris ABC rowensa pla fogs de 2220
pore # apr de
Pia r2a2
238. bm goa ABC é suspense po ue os nies, Detrminas 2
foxga em en fo ded Leas Pauando x= G3
2.4 A hare vga ABC é suspense po ws os sn os. Determia 0|
mena re Ge prs © gl os tefl pemanccem exicdos quando
Shee wna?Cine de tho
Atumino Ago mania
Ferzarerzan
76 Resténcia dor Matericis
236 A turn rigid ABCD tea suspenss por qua fos én. Deter
‘mia a wade caso provocada por.
2:6 Replrer 0 Pot 235 adotando guts) 0 fo que prende ponte ©
‘remorse; oto que pend 0 pono ethato
2.37 Hm uma sts de, oth eg cotina nentados
«poo sr domes dtp de 4 Doemin wae toma to
i quan enpeta ninge 98°F, Ado = 30.Grne
so
2380»
we concreto armado 9 Prob, 2.28 sf ma eo de
0, Demin tee prove nou ele
io de ignpeaura. Adair prt ops a= 6-53 1047 pa
8108
2.20 0 rubs de alumi ¢ totalmente preenido pelo clin, at,
0 sonjnte ae enon sm efit de femlo& tpt de 3° Deter
Inia as fnids wo amie, guandosterpestn for oe 1954, Consent
spon dtormacoer sil
240 Reoha 0 Mob. 239 aotando que sind interme & de ago
(ein GPre a= 12x 1097) cn dele
21 As burt da gu esto dancin de 0S rm qaando tmp
trae 20°C Determine fempeatrn tens nama mata de
{co now tinge valor 9 = 150 MPs 0 conespondent compen
{oda tas Seago inode.
242. Sabese que exe uma fle de 0S mm ete ax bras nua &
temperatura ambiente (20°C), Deteminr, pata 4 tenpecten de 140°C:
4] en somal 0 samini somsientcoegononie dae
Tensioe Deformapio ~ Carges Axiais 77
2.11. Coeficiente de Poison. Vimos, na parte nical deste Capi
to, que para uma barra delgada e homogénea,carepadaaxialmen-
te, a5 tensdes deformagdes satisfazem a Lei de Hooke, enquanto
‘nfo for excedio 0 lite de elsticiade do mateial, Adotando que
4 forga Ptem a dire do eixo x Fig. 2.370), temos 2, =P/A, onde
Area da sego transversal da barra. Da Lei de Hooke temos
=O /E 229
‘onde 6.0 médulo de elasticidade do materia.
A Fig, 2.37 mostra que nas faces respectivamente perpendicula:
tes a08 tines € temos oy = 0, = 0, Ese [ato pode levarsos &
fmaginar que as dformagoes especifiasc, ¢ ¢, so também igual
4 zero, Isto entretanto ndo ocore. Em todos or materia, o along
‘mento produzido por uma forga P na dicegdo dessa fora ¢acomps
ado or me cnt qq dese tanner
Axsumimot que o material em extudo ¢ homogéneo, sto 6,
consideramos que suas véras propredades mecinicas sfo indepen
lentes do ponto eonsiderado, Vamos agora assumir que 0 material
€ fsotrpco, isto é,consideramos que suas varias propriedades me-
cinicas so ‘também independentes da diregdo considerada. Com
«sta suposigo adiconal, a deformas4o specifica deve sera mesma
pata qualquer dtegdo tranmveral: @ = ¢y, Esse valor © chamado
Ae deformagto espeeiien tansveral, ()Silorabsaluto dt rela
entre a deformagdo especies transversal ea deformaggo espectica
Jongtudinal ¢ chamado coeficinte de Posson (Siméon Denis ois:
son, matemitco frances, 1781-1840). F normalmente expresso
pea letra regs» (n). Temes enzo
etormasio
| span (228)
“etomasio
‘spelen
(226)
para st condiser de carepamento ds Fig, 237. Das Egg. 2.24 ¢
72.26, escevemos a relagSes seguints, que desciever totalmente 35
Fig. 23878 Resteénela dos Materiais
condigbes de deformay6es expecifieas sob carga axial paralela 20
exo
ex
EXEMPLO207
‘Uma barra de material omogéneo ¢ isotropic tem 00 mm de
comprimento 16 mm de didmetro, Sob a a¢fo da carga axial de
T2 KN, 0 seu comprimento aumenta de 300 ym e seu didmetro se
reduz de 2A un. Determinat 0 m6dulo de clasticidadee oeoeficien-
te de Poisson do material.
‘rea da seogfo transversal da bara &
D1 x 104m
Aner? = ol 10% mt
CConsideramos o elxo x coincidente com 0 eixo da barra para ere:
vermos nto (Fig. 239)
goon gIBXION,
A Sm 10a
S10
mm
a7 MP
= 600 x 10
150 x 10+
Fig. 200 Dae de Hooke, 0, °F fy obtemos
wa5cPe
“wx 1
2.12. Enador méttiplos de orragamento; generalizagSo ds Lat
‘de Hooks, Noss extuda até agora se limitou 4 andise das barras de
(gadas submtidas a caras axial, isto ¢, drgdas ao Tongo de wm eixo
Somente, Considerando este exo como o exo xe chamando a forga
Tenstoe Deformapio ~ Cargas Axis 79
interna de P, eleulamos as componentes da tenso, que sf0 0,
= F/A, oy =00 05
Passams agora a considerar elementos extraturassueltos 8 a9to
de eatregamentos que stuam nas diregbes dos ts eixos coordena
dds, produzindo tenes normals dy, dy oe, todas diferentes deze
10 (Fg. 240), Tesosentfo um extado matplo de caeegamento 00
tam caregamento multaxal. Devemos nota: que este nfo ¢ 0 cxs0
feral de tensdes desento no item 1,7, pois nZo esto incluidas as
fenstes de csalhamento entre aquelatndicadas pla Fig. 240.
‘Vamor considerar um cubo elementar de wm certo material
(Fig. 2412), adotando pars suas dimensbes arestas de comprimento
tunitano, Sob agso do earregamento multiaxial o eubo element
se deforma, tomando-se um paralelepipedoetingalo. cujos lados
tem comprimentos,respectvamente, I+ ée, 1+ éy € 1 ¢, onde
x, Gy € yo as deformagbes especificas ns direybes dos tr exo
‘wordenados (Fig. 241b) Devido as deformagbes que aparecem em
flementasvzinhos do mesmo materia, o ovbo elemantst pode tam
‘bém sofrer uma transaeto, que no momento nfo interssa cons
dora, uma vez que estudamos apenas a defommagto do proprio
lemento,¢ nfo um deslocamente qualquer que ele possa ter como
‘corpo rigid,
Queremos agora csrever as expresses das componantes de defor:
macho 6, ¢ €€, em fungfo das Componentes de tensfo 0,2, € 0,-
Para sto ‘vamos considerar separadamente 0 efeito provocado pot
cada componente de tensso & superpor os resultados. 0 método
{que propomos agora seréusado vias vezes no lio, ese Daeia no
Principio de superposio. Este principio afirma que o efit provo-
ado em uma estrutura por determinado cartegamento combinado
pode ser obtido determinandose separadamente os efeitos dos
Fie 24080 Restttncla dos Materials
séroe coregementos e combinando-se os resultados obvidos. Duss
‘condiges 8 fazem necessrias para a aplicagto do principio:
1. Cada efit €dietamente proporcional carga que o produai,
2. A deformasdo causada por qualquer dos carrgamentos é pe
‘quenae do afeta a condigtes de apliaco ds outros caregamentos.
[No eato de estado mitiplo de caregamento, a primeira condigfo
serhsatisfeita se a8 tentoes nfo excederem o limite de proporcionali-
dade do materia, enquanto a sunda condi fica satseta se a8
tenses em wa das faces nf0 causarem em outra face do elemento
eformapio que posa aterar 0 caleulo das tensbes nesa segunda
face.
CConsiderando em primo lugar 4 tensfo 04, vimos, no Hem
‘qe esta componente cause, na directo do eixo x, a deforma
‘fo éspectfiea de valor 9,/E, e nas dzegdes dos exos y ea defor
‘malo erpevifia dada por ~0/8, Da mesma maneia, a componen-
te de tensfo 0, aplicada separademente, provoca as deformapses
copectins ey /f na diregto do exo ye =¥0,/E nas outas digi.
Finalmente, componente o, causa as deformagges especiicas
‘g(a diegto do exo # © YB nas diepbes x ey. Combinando
‘of resultados acima, chegamos as expresses das componentes das
‘eformagSes especificascorespondentes ao estado miltiplo de car:
tegument:
See: Sa
tie ey
Ett -# (225)
Daag His Bee
‘As Eqs, 2.28 exprimem a generliagfo da Lei de Hooke para
‘arregamento mula. Como foi sllentado, os resultados sf0
‘ilidos para o cao de tenes que nfo excedam o limite de propor
‘lonlidade do materiale deformagoes pequenas, Recordamos tam-
‘bém que um valor postive de tensto significa tragfo, € um valor
negatvo indica compresséo. Do mesmo modo, um valor positivo
de deformagto especificasigiica expansdo na diego texpectiva,
um valor negativo indica contraglo,
Temsfo © Deformapto ~ Cangas Avis 81
EXEMPLO 2.08
A Fig, 242 mostra um bloco de ago submetido agfo de pressfo|
‘uniforme em todas a faces. Medi-e a vuiagfo do comprimento
‘AB, cue for de ~24 4m, Determinat:a) a varagfo de comprimento
“das outras duasarestat;b) a pressfo p aplicada as faces do bloco,
‘Adotar E= 200 GPa v= 0,29
4) Altern no comprimento das outrasarestas. Substtuindo 0, =
= oy = 0, = -p nas Eqs. 2.28 verileamos que as tres componentes
de deformagto espetfca tém um valor comum
2
Baa 220
Como ey = (AB = =24 y m/80 mm = ~3004 , vamos tr
donde segue que
8, = (BC) = (300 9/40 mm
'b) Presto, Da Eq, 2.29 escreveros
Ee, (200GPa) — 300)
ame al
213 Dilatagfo volumtric; médulo de elesticidedo de volume.
[Neste item estudaremos of efeitos causados pelas tensOes nocmas
8) © 0, n0 volume de um elemento de certo material, Consde
remot para 0 extudo o cubo elementar da Fig. 241, Enquanto se
tncontra Hize de tensoes © elemento tem volume unit. AS ten
Ses 04, 0 ¢ 0 © levam 8 forma de um paralelepipedo-retsngulo de
solume
ved taXl eX +e)
Come a alate « reroenia ua aaa de volume, ea ere eine
pp Senge Sop et Sete 210:
wea ‘ateae 7
abpttel ena Ba pce tts Ca.
Fig 24282. Resiténea dos Meteriais
‘As deformagoes espectficas sto muito menores que a unidade, ©
(08 produtos entre eas que aparecem no desenvolvimento dt ex:
‘ress acima podem ser desprezados, Temes, entfo:
veltgtyte
[A mudanga e volume do elemento sed chamada de e, que tem
valor
(2.30)
Como o elemento tnha incialmente volume unitéio, valor e repre
sent a variajdo de volume por unidade de volume; 2 échamado =
‘Mo de lara voluméireaexpecifiea ou dato cibica expect
en do material. Substituindo (2.28) em (2:30) escrevermos
ant
‘Um caso que apresenta ineress especial ¢ de um corpo subme-
tido & pressio uiforme hirosttia p, Cada componente de presto
ent igual ap ea Bq. 2.31 levaa
on - ME ea
Adotnd anotato
teats baal
15.232 expen forma
wk a9
Tensio Deformapio~ Caras Axiais 83
‘A constante k é chamada de médulo de elaticidade de volume do
material. Ela é expressa nas mesmas unidades do médulo de elastic
dade £,em pascal
E togico concluic que um material estivel sujet &pressfo hidos-
‘tia s6 pode contrair su volume ea cilsaso cibieaexpecfien€
‘na Eq, 2.34 6 nogativa. Daf sogue-se que o médulo de elasticdade do
volume ¢ um valor postivo. Na Eq. 233 vemos que | ~ 250, ou
1/2. 0 coeficiente de Poison & postive, © para materials usuals
Ocred 2a)
Podemos imaginat um mate deal com valor de » igual zero.
Esse mated podela set dlatado em qualquer diego sem sotrer
contagoes laterals. Por outto lado, um mataal ideal que tvese
73,¢ portanto k=, seria pecatament@tompressivel (= 0)
‘A.Bg. 331 os mora que, pra mutes uals no reine elstico
( 0):
EXEMPLO 209
Determina, para o bloco de ago da Fig. 242, vriagto de vol:
sme A quando se aplca «ele uma presso hidrosttica p = 180 MPs.
‘Adotar £= 200 GPue v= 0.29,
A Eq, 2.33 nos fomece 6 mdulo de elastiidade de volume do
0,
2006Ps
aimee, = sna7cre
‘dag 2.34 caleuamno a distapdo ciben especie,
= 113 x 107
(0 volume do bioco no estado indeformado &
V = (80:40 0 en) = 398 X 10% mm
No repne pista, enetamt, volume do mate permanee pratice:Ss,
84° Revtsttnci dos Materiais
Como ¢ representa a varagfo de volume por unidade de volume,
= AV/V,teremos entto
avew=
v= =28 mm!
2.14 Deformagso de cislhamanto, As Bas. 2.28 do item 2.12,
telacionando as tensbes nonmais e deformagbes especitias, foram
61> ~My, onde v6 0 coefiiente de Poison, Desa forma, um
co elementar de Indo unitisio eorientado segundo mostta 3 Fig
2.Sta se tansformaré em um paralelopipedo-retngulo de lados
1+ eq, 1 ~ ney € 1 ~ ey. (A figura mostra apenas uma face do ele-
rmento:} Por outro lado, so elemento ¢ onentado de forma a cat
7
Fig 25088 Reststéncta dos Materiais TTensfoe Deformapto ~ CargasAxiais 89
a. 45%em relagfo a0 eixo do carregamento (Fig, 2.510), face mos.
trada na figura ee transforma em um losango. Consatase que a frga
axial P proveca no elemento una deformasao de cisalhamento 7
‘igual ao acrésimo ou redusdo dos angulos mosrados na Fig. 2.510%
citien normal ey na ditegdo do earregamento, Pra ese propésito,
‘amos considerar o elemento prismitico obtido quando se inter=
‘cepta 0 cubo elementar da Fig, 2S1a por um plano diagonal (Figs.
2524 © 6). Fate novo elemento, iniialmente com a forma apre
Sentada na Fig. 2.524, se deforma até se transformar no elemento
da Fig. 2.52, que tem lados horizontal e vertical, espectivamente,
1+ ¢, © 1 = oey, 0 inpulo formado pea face obliquae pela face
horizontal do elemento da Fig. 2.526 ¢ exatamente metade do an-
fgulo roto do cubo elementar da Fig, 2516, © angulo 6 no qual est
Sngulo se transforma deve er emtao metade def? ~ Yq
[No deve causa surpresa 0 ato de um earregamento axial causar ] 1 rs
eformagées de cisulhamente junto com a deformagdo espetfca
‘aia, uma yee que oem) 1.7 mostrou que uma fore axial P causa : 2
rT (
fensdes normals e de claslhamento de mesmo valor nas quatro faces
‘de um elemento orientado 245° em relagto ao ebxo da bat
Isso fol mostrado na Fig. 1.36, que € repetida aqui per conve:
niénea, No item 1.6 também Se mostrou que a tenste de cialia: Fig. 252
‘ents msxima ocorte em um plano que forma dngulo de 45%eem @
‘exo da forga. Segucse da Lei de Hooke, aplcada a tenses ¢ deter: sbeiweien asta
‘magdes de cnlhamento, que a deformacto de calhamento 7" refe-
rente ao clemento da Fig. 2516 também § mixin: Y= Yj. oak
Da expresso tvigonométrica da diferenga de dois angulostemos,pa-
‘a tangente:
Fig. 1.36 epee)
‘Um estudo mals detalhado da variagso das tonsoes de acordo com
» eta ono pe eons em
{eh og ue as mm cna
inc mene i S5tes toma oe
~ ceptor ela nena
cman se heme om am90 Resisténcia dos Marrais
Tualando (2:39) (2.40) isolando y, escreven08
(tre
1+
Como éy <1, 0 denominador ds expressto acima pode ver adotado
igual a1 teremos entso
Ym = toh, ea)
que 6 a rolaglo procurada entre & deformasgo de cisslhamento
maxima 7 € 2 deformasto especifiea axial éy.
Para obter ua relagfo ene as constants Fv eG, lembramos
ve, pela Lei de Hook®, ty, = py/G,e que, para carga axial, ey
Fo, /é. A Ba. 241 sek excita como
te aate
Resolvendo para G, temes
(oan)
a Fig 1.36 vemos que 0, = P/A € que fy =P/2A,onde A 6 rea
da seopdo transversal da barra, Des maneicatemos Tyg = 1/2
‘Substituindo em (242) obtemos a expeessto
ek
mH
243)
‘que exprime o modulo de elasticdade transversal G em fungfo do
-mbdulo de easticidade&'e do coefciente de Poison .
PROBLEMA RESOLVIDO 25
‘Um cielo de mete d= 230 mm é evento em ma pts Ge sn
‘io am tones, de epenra = 20 mm, Apleames endo Fors que star,
to plano da plac, cxuando ns water normals Oy “84 MPa 0, —140 MPa
‘Nooundoe ¥'=i/3 © 70 GPa detrminar of vag qu orem)
to comprnento do iimetro AB.) no comprmento do aiimetro CD ©)
ss cpeman Sa pan) no volume dn ace,
La de Hooke, Notamos que =0, Utisando a Es. 228, deteminamos
1 dformagdo especifiea na dive de cada exo coondenado
64-0 4 s40p=+ 0,583 x10 min
z
Dimetro co
60 107) (230)=+ 368x107 mam
Sem’
Raper, Temas ¢=20 mr,
8p == 1.067» 10-3) 20) 213410 mes
4) VotumeUtiiaando a Ea. 2.30 eizrvemoe
eee bey Hee = 0838 ~ 1067 +1600) 109 4,067 «107
Av mv =41967 10°? [680)080)20)]=3081 ma?
or200mm —+|
Peas
Fin Pas
Fieraar
92 Restrénca dos Mates
PROBLEMAS
2.43 om tse de apo ani, ys bara de ago de 22 mm de die
tuo €submeta uma fry de 80 BN. Sabee que #=0,3 «que = 200 GP,
Determlnas) 0 slongmento dew eco de 20 mam Sa ara) a vatito
ho mtr base.
244 Un to de ag de 2 m de comprimento é sada como clin ath
par ua Tonal de 1.2 MN, © qu tm 273 min Je metro exteo
‘Thnrder de 125 mm de ener, Seno F200 GPa ¢¥=0,3, determina
1), vatncto no eomprnento do tbo: ) a sng no yu dmc exten
‘vrata pene de pad do tbo,
‘246 A veuglo no dlimeto de um loge puto de aso & med
‘anadoumente engsnto purl 6 apertage Sendo E= 200 GPs ©
05 detemina @esoro interno pan, sea valgfo vo dmeto
‘mola de 13 ge de edt
12:46 Una place de sono bmi ma ors axal cet gue
tu uma tof normal na Kt fta de acne 2. ¢ deena ta
luca de sumini ante deepens fry. Deter » ica da
{iva quando eno for O= 125 MPa. User = 70GPa,=0.33.
1247 ‘Nx parse de on vio do presao de ago de panes dimers &
tsade ny quaradee do ig 30m. Ovando o vo & sete
{Ffeeutosnean, 0 esta bana de trades ho undado # auc du Fi
Et Sando B= 00 GPs ¢2 = 030, determina) s vara no comp
feet o ldo AB 0) a vag do ns BC 6) vag mu agonal AC
248 Un placs homogtnce ABCD Aes asbmetia x um crepe
‘an ue proven a tenaes rare = 150 MPa ¢ = 100 MPs. Sento
Tne de ao 300 GPa, 030), eteminar asi Se compeimen
tn arena AB, ) oases BC a Sapa AC.
1249 A place homopines ABCD 6 bmi um carepament bib
ind, abe qbe Oop & ue a argo no comprinenta da placa m8
Enotes doe nr tla to Coy =O, Expenango por Fo modulo de et
SEE Cort cette Se Remon, detrmine) a ineniinde da tensa
x asestn 8 a elag ,.
250 Fm ums bars com sits ax, expos a deforma esecifen
a dinguoqus forma um inglo de 48am 9 sno do eaepament, em
‘opto du efomaydo axl ya) por compargho das Nptensns
flor inados na Fg. 252, gue fepeentan um clement an
{r etomepoyb)wndo Le e Hooke on veer dat Went oe
Intendor mF 136
TTenstoe Deformasto ~ Cargas Axiats 93
251m my stn decrement he geal noma
‘Sto, nobwcido somo evtado plano de tenaden, nats que, a Ve eoahest
Sir Stormageneapeitin = 6 porta oper, poseae expres
252 Him malas stages a pgs virtua impedem que for
smog eens poh comer em mm sta depo. Por exemp0, prt
‘cao lnado, em que a deforma longitudinal do prima no ¢ peri
8 Duo modo, texgbr planes perpendicuaes o io ont pet
‘hneoom pana aniom wen aftameno constant, Este cao 6 coabectdo
‘Ein esa plano de deformagdee. Mostar qe, parse stu, pode
rena Op, eb ome ee
a La = re, = 10 +04)
Lia - se, = ot +H]
t
253 Ling esen de ago de 100 mm de eto & aber no oeeno
sma profumdnde em gue pred fe 90 MPa (cade 9000 aio
Spec) Sitendoae ue B= 200 GP ¢ 030, deteriae) wed
‘dunes da een 8) tego no Yume dt efrae) © numento prc.
‘a doa stn.
{254 4) Deterina vaio da used volume dono de go 3a
festa, pun o eavepmenteindeado; ) Revolver pare adrtndo cares
‘mena harosaco.com Uy =O Nr,
258 Un bloco de materi plc é ead dave orzo da Fi. 2.8,
Ln plas rie orca 4 tcada na bes, peat eas fg
Determin desleamento de paca quando P= 48 AX wd o més de
‘stndade wane do mate pie undo G=400 MPa.
4
Fig P21
rea94 Resitbnca dos Materiais
2.96 Us unidade de amoreinent de irae comin de dis locos
se borat dre clad & pra AB dois npores zon Par tip de bore
‘cha udo,zyen = 8 MPa G18 MPa Sabendove que uma fora vert
‘alc ceauada Pde itenskinde 27 KN deve camara defiexso vertical de 2
fom a lace AB, determina 9 meno aor adel par o# doa do
2.57 Um amrtcendor €comtraido colin una bar A ¢ um bo
‘um lino oe de serach. A tart om lo Ry 9 HB tm NO
‘Ry hands e Go modus de clartetdad wane a Worachasexpine
‘feared tara tem poe OL, 6.3 &Ry
ig 257
2288 Movce que pre qunlquer mati lag GE ents o mda de
clatsade tanwverl ¢o mule de cadade ont! Csempre mat
(or US e menor ge [2 (Sugeto: Un Eg, 243 em 213)
2
258 As conanes FG, ev ao elatonaas ene pls Eas
243, Monte que quaguc ima des conan pode we expen
{ode onan duns Por sxempla, mosee gute) = GE(9G~ 36) 8) ¥
Soe oye #20)
2.16 Disebuledo das twns8es« deformarden pectic causodas
or carregamanto axial; principio de Suint-Venant. Adotamos até
Tensio« Deformapio ~ Cargos Axis 95
{ste ponto que as tenses normaissfo uniformemente distibuidas
em qualquer seeggo transversal perpendicular ao exo de uma bar
ro e3s0 de fonga axial. Como vinos no item 1.2 ess suposigfo no
te vetfea na viznhanga do ponto de aplieagdo da fora, e a deter.
‘inago de tensto real em qualquer e050 6 um problema estatia
‘mente indeterminado,
(0 stem 2.9 mestou como resolver um problema estaicamente in
Aeterminado, envolvendo a determinayfo de Forgas, por mio de
‘zogvel concur entfo que na determina de tenses em urna
‘4 deveros analisar 3s deormagoes especificas produridas na bara,
por esas tenses, Ete € 0 enfoque encontrado em textos mai
Gos, onde teoria matemdtia da elasticidade ¢ usadn na deter
ago da distribuigdo de tensdes corespondente a vécos cass de
tylieasfo das fongas nas extemidaces de barra, Nest text, empre:
{2ando 0 métodos matemsticos que supomos do aleance de wn curso
isco, determinaremos aponas a dstrfbulggo de tenses pra o caso
cm que sfo utiizadas dua plcascgidas para tansmisio das fr
as barra Fig. 2.53),
Se as foreas sto apicadas no centro dis placa’ estas devers0
se mover uma em direso a outa sem rota¢f, provocando um en
Ccurtamento da barra e um aumento na larga e na expessra. E
logico assum que 0 elxo da bara se mantizn reine, que a sec
{es planas se mantém plans e que todos o elementos se deformam
4s mesma maneia. Esa suposis0 ¢ compativel com as condigaes
das extremidades da bara
© que fol dito estdilustrado na Fig. 2.54, que mostra um modelo
de borracha antes e depois do carregamento**. Desde que todos 05
clementos se deformam da mesma manciv, a dstrbuiggo de defor
smagoes especifias a0 longo do material deve set uniforme. A de-
formar especifica axial ¢, « a deformasgo expocifica transversal
‘gq = ney sho constantes. A Lei de Hooke pode ser aplicada se 0
material eg flear sujoito a tensdes que excedamn o limite de pro-
porciosldade. Podemot esrever 0, = E¢,, donde se deduz que 2
fensdo 0, também & constante. Entto,« distibugso de tenses &
uniformé wo longo do modelo, e em qualquer ponto,
gat
sd
De modo mals precio, podemos de que anh de fo das fora pase
prs cenvoiteda wea ara (Ret 12).
‘+ Pars baa lat delgado outs conga e eormasfo x 2
fore dmfettnsente grande: oor 4 fambagem da tua, que ste
‘om oxma va, Este ssnt os vt no CrpFig 255
96. Resisténcia dos Motrais,
Se as carga sfo concentradas, como mostta a Fig. 285,08 le
smentos da vzinhanga dos pontos de aplieaeso das forgas iam sub-
‘metidos 4 grandes tenses, enguanto outros elementos pr6ximos
4s faces do. modelo nfo slo fetados pelo caregamento. Grandes
valores de tensdese deformasoes especies sto obserrados nas vr
iahangat do ponto de apieaglo ds fora, enquanto ngo ocor
{eformasso slguma not vertices do modelo, A medida que anal
‘mos lementos mas © mals alatados das extremadades da bars,
‘otamoe uma progresiva equalizag das deformagses, conduzindo
‘uma distibuiglo mais uniforme de tenses edeformagdesespeti-
‘as ao longo da seoqfo transversal. Esse fato fica bem caacterizad0
na Fig. 256, que mostra of resultados obtidos no estudo da dit
‘buigso de tenades em uma pes retangulr fi, sujelta a carga eon
centrada, resultados esses obtidos por meio de métodos matemticos
rangads. Notamos que a uma distincia 6 de qualquer borda da
placa, endo b a Inrgura desta, a distsbuieto de tens0e5 ao longo da
Secg4 transversal 6 praticamente uniforme. Podemos entfo assum
‘0 valor da tensfo normal em qualquer ponto daquelasecef0 tans-
‘eral como sendo 8 tentfo méaia ey = P/A. Assim, para as seyDes
‘monsversisstuadas a uma distncia igual ou maior que b da exte:
rmidade da barra, a dstribuigdo de tensdes na seeqdo tranwersal 6
4 meama, quer arta tent sdo cattogada como indicado na Fig.
2.55 ou na Fig. 2.54, Em outras paavras, com excep 40 dos pontos aa
‘ainhanga do ponte de apliagdo da foga, a dstbuiggo de tenses
pole ser adotadsindependentemente do modo como we aplica o ca
‘egamento, Este resultado, que nfo se apica somente a carregamen-
to axial, mas © qualquer tipo de cartegamento, é conhecido como
principio de Saint-Venant (Adhémar Baré de Sunt-Venant, mate-
mito ¢engenheiro frances, 1797-1886),
Tensioe Deformacto ~ Cangas Axis 97
0 principio de Ssiat.Venant tora posivelsubstituirse um certo
carregamento por outto mais simples, por ceasgo de calcula #8 ten
ses em uma pega estrutura. Deveros ter em mente, no entanto,
ois pontos importantes para aplicagfo do principio
1.0 cartegumento teal eo carregamento wsado na determinagao
das tenuis devem ser estatiamente equialentes
2. Nas proximidades dos pontos de apicagdo das frgas a deter
rminagao das tensoes se fez por melo de métodos matemstices
2angados ow métodos experiments, Zo podendo ser ustds asim:
plicagd0 acia,
Devemos observar qu as placa utilizadas para disuibuir as tenses
de mancirauniforme (Fig, 2.54) dever permit a lize deformagto
da barra na dizegao lateral. Assim, as placas nao devem ser eoladas&
‘barra, mas devem apenas ser colocadas em eontato com ela; dever
‘também ser sufcintement lias pars nfo impedic a expansto
ral. Taiscondigses podem sr obedecies para barrs sujeltas a forgas
de compressfo, mas no podem ser cumpridas para materia sujeitos
4 traggo. Mas mesmo que nfo © poses fazer ou wea igagses rea
‘que levem a uma distribuigdo uniforme das tenses, é importante
podermos idealizar um modelo que permita a distribugso das
tensdes Je mance uniforme. Tendo em mente esse modelo ies,
‘odemosentfo comparéo com as cones reals de carroamnento
‘encontadas na prdtica
2.17 Concentrado de tensbes. Como jé foi visto, valor das ten-
sees nas proximidades dos pontos de aplcagZo de carga concentra
das ¢ muito maior que a tensao média o longo da poja. Quando a
eva extrutral contém decontinuidades, como furor ou vaio
brtca de secgfo, podem ocorter altos valores de tenses nest
pontos de descontinutdade,
[As Figs 2.57 € 258 se referem a dois esses casos citados, mos
trando 4 dlsrbuigso de tenses em seogses crters. A’ Fig. 2.57
‘mostra caso de uma placa com um fuo ctculs,indieando a dis.
tribugdo de tenes na seeg30 que passa pelo eentio do faro. A Fig
2.58 se referea uma bara chata que consiste de dues seegoes cans
‘ersas diferentes, com arredondimentos efetuando a tramipio da
forma da seeqi; a figura mostra a distbuigso de tenses na pate
mais estreita da transgio, onde orem as maiores tnsbes.
‘ais resultados foram obtidos experimentalmente através de mé-
todo fotoelistco, O engenheiro que tver de projetar ou estoda pe-
428 dese tipo nfo necesita levar a efeto uma andlise fotoeéstic,
pois of retllados obtidos s4o independents das dimensbes das
poyas e do material usado; eles dependen unicamente das relagdes
‘entre 05 pametros geométricos envolvidos, quer dizer, da relagfo
. ad
m
ig. 287 Dinu de eases
‘poximes un fro cca em
Fig 250 Ditbel de tenner
‘rims aos bos em Bars eat
‘ajo eg ea98. Resstencte dos Matera
id no eayo de foro cecuat¢ das relagdes [de Dd no cao de ae
{ondamentos. Alem disso, interessa 20 projeistao valor miximo da
tensfo em carta sees, sendo a distribu real de tensdes um dado
{de menor importincia, piso dimensionamento ¢ conduzido busan
dose evitar que © valor maximo da tensf0 ultrapasse of valores
aadmisivels para © material. Por ese motivo define a rlato
K = Sake ou)
centre 4 tensfo minima e a tensfo médis caleulada na segho et
cx (mais esteta) de descontinuidade. Essa rlaggo é chamada de
coefiiente de concentragdo de tensGes para a descontinuidade
fm est, Of coefiientes de concentaya0 de tensbes podem ser
Seterminados uma dnica ver, © expressos em termos de relapdes
entre 0s parkmetros geométicos envlvidos. Os resultados obtides
Ho coloctdos em forma de tabels ou gréfieos como o da Fig. 2.9.
Asim, para determinaggo da tensGo mdxima atvante nas proxini
dader de um ponto de descontinuidade, o peojetista determina a
tensto médla ogg = P/A na seegdo critica, e multiplicao resutado
jobtido pelo corfieente de concentragdo de tenses K apropiad.
Este procedimento ¢ vilido para valores de ten880 Oey QUE M0
ultrapasiem o limite de proporcionalidade do. materia. pois os
valores de K marcados na Fig. 259 foram obtidos adotandose
uma rela linear entre tensbese deformagdes espectficas
30)
ONE
q —" Sucrtene
bas thd = 207
i a 1
Sea
¥ f
a !
Fg 259 Coetcents de ancetrag de ensSes pars barat cata so carp axl
‘Aven mi Seve ser eulade ph 8 S980 EGO Cag = Pid. onde 68
pest doa
+ MM. Brook, “Estados fotenics de concent detente" Meche
lange go 1836, pp. 4859,
Tenaoe Deformapio ~ Cargos Axais 99
EXEMPLO 2.11
‘Uma barra ehata de ago constitu de das partes de 10 mm de
espesaura, uma com 40 mune outra com 60 mm de Targura, igadas
por uma regigo de ransigdo com aredondamentos de 8 mi de aio
{n, Determinar a maxima carga axial P que pode ser suportada com
euranga pela bara, endo a tensdo admissivel do material que a
compe 044m =165 MP
Ineimente calculamos as relagBes
60mm
(0mm
1 8mm
damm
[Na Fig. 259, usando a cura correspondente a Did = 1 $0, encontra
‘mos ovaor do coefiient de concentrag ode tenses parar/d = 020
Keun
Levando este valor & Eq 244, caleulamos
ms
65 MP
Mas pmax mo pode exceder a tensgo adiisiel Oygm,
[Adotando ease valor para dy gx encontramos que a tensto média
ra parte mais estreita (d= 40 mmm) da bara nfo pode exceder 0 valor
65 MPa
= 96 MPa
Ome
17
Lembrando que ogg =P/A, temos
PHA, Ogg =(40 mmiX{10 mmX96 MPa) = 384 x 10° N
Pa384KN100 Resstncia dos Marerats
2.18 Detormagéas pldries. Os resultados a que chogamos até
‘gui foram aseados na suposigGo de uma roagfo linear entre ten
ses e deformasies espeitias. Dizendo de outro modo, assumimos
{que 6 limite de proporcionaidade do material nfo foi stngido em
‘ahr dos easo8 sts. Para os fis prdtioos 0 limite de proporcio-
naliade coinchde com 0 limite de elasicidade e com a tensto de
fscoamento do material, de modo que também assumimos que 0
‘material se comportou como elistico,votande a forma iniial uma
vex setiado 0 carregamento. Se, por qualquer rao, a tensHo dees
coamento do materal ¢ excedida em qualquer ponte da pega em
fstudo, ocorem deformassesplisticas, © a malor parte dos resulta
‘dos obtidos antesiormente delxam de ter valdade. Se isso ocorter,
fevernotlevar a efito uma andive mais minucioss do problema
senda em relages no lneares entre ensdes¢deformagdes.
Uma andlse que leve em conta at rlagdes reais envolvendo
tenses defocmag6es est fora do alcance deste texto, mas pode
‘ok adentrat um pouco no extudo do comportamenta pleted dos
materia, consierando um material elast-pistico idea, para © qual
© diagrama tensan-eformagto consste de dois segmertos de eta
‘como mostra a Fig. 2.60. 0 dagrama tensSo-deformagao para 0 290
‘doce, na redo de elasticdade e na zona piste, € parecido com
sta idealizagao, Enquanto a tensio 0 no excede a tensto de es
scoamento de oy, o material se comporta como elisticoe obedese &
Lei de Hooke, 0 =E: e. Quando @ aint 0 valor de oy, 0 material co
‘mega a escoat ¢ se deforma plasticamente sob eattgamnento cons
tante, Se o carregamento ¢ removido a na de descartegamento no
diagram é a reta CD, parlela& porcto inicial AY da curva de cate
‘mento. O segmento AD do exo horizontal leva & deformaptoplés
tica permanente, que se obtém a partic do cartgamento e descate
‘gamento do material. Apesar de que nenhum materi] se comporta
‘exatamente como mostrado na Fig. 2.60, ese diograma tensto
‘deformagto sera til na alse das deforma es plsticas dos mate:
rls dicts, como 0 g9 doce.
EXEMPLO 2.12
Una barca de compeimento / = $00 mm ¢ rea da seopzo tra
versal A = 60 mm? ¢ fita de material elastoplistico, com modulo
de elatcidade & = 200 GPa na zona elfstiae tensso de escoamento
‘9, = 300 MPa. A barra esté submetida & carga axial a que su
mento atisja © valor de 7 mm, quando 0 carregamento €
‘emovido, Qual 6 deformagao permanente resultant’
Tenafo © Deformapo ~ Cargas Axiais 101
Voltando ao diagrams da Fig. 2.60, vemos que 2 maxima defor
magfo espeifica, epresntada pela abscissa do ponto C,¢
fe _ 70m
C= T= 30mm
. = 4x10
Por outro ado, « deformasdo especitica no escoamento represen
tada pela abacisa do ponto ¥, 6
oy = BOX We
9 Fair
A. dsformagSo especifica apés o descarregamento ¢ representadn
pla abscina ep do ponto D. Vemos, pela Fig. 2.60 que
ap
214 107 = 18. 1 = 195 x 10
[A Geformagto_ permanente & 5p, comespondente 4 deformacto
cepeifica ¢p. Temes
b= (125 x 10-9500
EXEMPLO 2.13
Uma barra cireular de 800 mm de comprimento ¢areu de sec¢%0|
tranavenal Ay = 45 mn? é colocada dentro de um tubo de mesmo
comprimenta’e rea de s¢¢;80 transversal A, = 60 mm? As extrem:
‘dads do tubo e da bara ao press a um apoio fixe © a uma placa
rigid como mostra a seegfo longitudinal da Fig. 261. A barma ©
(tubo so de material elasto-plistico, com mdulos de elsticidade
Ey = 200 GPa e B= 100 GPa, ¢ tensBes de escoamento (05) =
200 MPa (o,)y= 250 MPa. Desenhar o diagrams forga-teforma
#0 do conjnto barrastubo, quando uma forgaPéaplicada 8 plas,
Iniciakmente determinames 0 esforgo intemo ¢ o alongumente
da barra quando comegao escoamento:
Cdy= CA, = ONES mms) = 9A
by 1 = ROMP 509 mim) = 08
Odyatogy= Bet = Bap sora) = 050mPa)
a
roo
102 Resténcis dos Materats
Como 0 material € elastorlstco,o diagrama forg-deformayzo
da barra consiste em uma eta incinadse uma reta horizontal, co-
mo mostra a Fig. 2622. Adotando a mesma seqiéncia para 0 tubo,
temas
ne {250 P60 mn) = 15 KN
dhly ety (30 mm) = 20
© ligrama cargadeslocamento apenas do tubo é mostrado na Fig.
2.62. € fell ver que o caregamento eo alongamento do conjunto
barrtubo slo, espectivamente,
yt Baby
DDesenhames entto 0 dagrama forgadeslocamento detjado soman
do as ordenadas dos dagramas obidos para s barra e para tubo
separadamente (Fig. 2.62).
(Os pontos Ye ¥ comtespondem a0 inicio do essaamento ma bar
s2.¢n0 tubo, espectivamente,
A dlscusto sobre concentragBes de tenses do Sem 2.17 fo cn:
Ass hs
tnosate. a) rn87%e
(0) 908 MPa (46.2,
(©)60MPa. () ~4 ma) ~ 160?
10 704°. (0540 m0
(ey jar Wa) 0 3 meat? /ae
(e)m= A oye. K= ABIL