UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADE CATARATAS
FACULDADE DINÂMICA DAS CATARATAS
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
ENRAIZAMENTO DE MICRO-ESTAQUIA DE IPÊ ROXO (TABEBUIA),
COM AUXILIO DE ÁCIDO INDOL BUTIRICO (AIB)
CRISTIANE LEDIR ANDREOLLA
Foz do Iguaçu - PR
2009
CRISTIANE LEDIR ANDREOLLA
ENRAIZAMENTO DE MICRO-ESTAQUIA DE IPÊ ROXO
(TABEBUIA), COM AUXILIO DE ÁCIDO INDOL BUTIRICO (AIB)
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à banca examinadora da
Faculdade Dinâmica de Cataratas –
UDC, como requisito parcial para
obtenção de grau de Engenharia
Ambiental.
Prof(ª). Orientador (a): Rodrigo
Augusto Zembrzuski Pelissari.
Foz do Iguaçu – PR
2009
III
TERMO DE APROVAÇÃO
UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADES CATARATAS
ENRAIZAMENTO DE MICRO-ESTAQUIA DE IPÊ ROXO (TABEBUIA), COM
AUXILIO DE ÁCIDO INDOL (AIB)
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PARA OBTENÇÃO DE GRAU DE
ENGENHARIA AMBIENTAL
Aluno (a): CRISTIANE LEDIR ANDREOLLA
Orientador (ª) Rodrigo Augusto Zembrzuski Pelissari.
Nota Final
BANCA EXAMINADORA:
Prof.(ª):
Prof.(ª):
Foz do Iguaçu, 30 de junho de 2009.
IV
Aos meus pais Osvaldo João Disaresz e
Lenir Salete Andreolla, pela educação, por
estarem sempre comigo nas horas mais
difíceis e no auxilio fundamental nos
momentos mais importantes.
Ao meu marido Augusto Bruchez pelo
carinho e pela paciência nos momentos de
ausência..
V
AGRADECIMENTO
Agradeço a DEUS em primeiro lugar por estar sempre comigo me dando força e
iluminando os meus caminhos.
Aos meus pais por estarem sempre ao meu lado me apoiando em todas as horas.
Ao meu querido marido pela sua paciência e compreensão.
Agradeço o meu orientador Rodrigo Augusto Zembrzuski Pelissari, por confiar no
meu potencial.
Aos colegas que me ajudaram nessa longa jornada.
VI
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Mostra como são os tratamentos.......................................................... 18
Figura 2: Padronização das estacas retiradas da planta matriz de Ipê Roxo...... 18
Figura 3: Estacas imersas no ácido indol butirico (AIB)....................................... 19
Figura 4: Mistura de casca de arroz carbonizada com substrato comercial........ 19
Figura 5. Bandejas utilizadas para os tratamentos............................................... 20
Figura 6: Gráfica de porcentagem de mudas no T1 a 10.000mg/l-1 em pó......... 23
Figura 7: Gráfico da porcentagem de mudas sobreviventes no T2 a 5.000mg/l-
1 líquida................................................................................................................. 24
Figura 8: Gráfico de porcentagem de mudas sobreviventes no T3 a
10.000mg/l-1 líquida.............................................................................................. 25
Figura 9: Gráfico de porcentagem de mudas sobreviventes no T4 5.000mg/l-
1em pó................................................................................................................... 26
Figura 10: Gráfico de comparação da porcentagem de mudas sobreviventes
em cada um dos tratamentos, e o respectivo número de muda........................... 26
VII
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................8
1.1 Objetivo Geral......................................................................................................9
1.2 Objetivos Específicos .........................................................................................9
1.3 Justificativa..........................................................................................................9
2 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................10
2.1 Ipê .......................................................................................................................10
2.2 Propagação Vegetativa .....................................................................................11
2.3 Estaquia .............................................................................................................12
2.4 Mini-Estaquia .....................................................................................................13
2.5 Tratamentos com fito reguladores de enraizamento .....................................15
3 MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................17
3.1 Local ...................................................................................................................17
3.2 Preparo do material coletado ...........................................................................17
3.3 Substrato............................................................................................................19
3.4 Recipiente ..........................................................................................................20
3.5 Irrigação .............................................................................................................20
3.6 Sombreamento ..................................................................................................21
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................22
CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................28
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICA..............................................................................29
8
1 INTRODUÇÃO
Esse estudo proporciona a clonagem como uma forma de
reprodução e aumento de indivíduos de Ipê Roxo (tabebuia impetiginosa) que não
possui disseminação natural de ipê roxo (tabebuia impetiginosa), que é uma árvore
representativa do Brasil árvore símbolo do município de Foz do Iguaçu (PR), de uma
beleza rara e flores extremante lindas e difícil para encontrá-la. Esta espécie tem
grande importância; pois é capaz de fornecer muitos produtos, como: alimentos para
seres humanos e animais, madeira, lenha e valor medicinal.
O cotidiano afasta o ser humano cada vez mais da natureza, criando
a necessidade de se levar plantas para mais próximo do seu convívio, nos lares,
escritórios, jardins, praças públicas e áreas de lazer. Dessa forma, promovendo um
sentimento de unidade entre o ser humano e a natureza. Esses fatores aliados à
produção de alimentos (frutos, raízes, folhas), sombra, flores e utensílios (madeira,
papel, energia) uma demanda de mudas de plantas nativas arbóreas. O êxito de um
9
empreendimento com plantas arbóreas depende da escolha da espécie ideal para
cada local de plantio, do objetivo e, principalmente, da qualidade das mudas a serem
plantadas. Estas além de resistirem às condições adversas encontradas, (secas,
insolação, solos de baixa fertilidade, pragas e doenças) devem ser capazes de se
desenvolver e satisfazer o objetivos para os quais foram produzidos, (WENDLING et.
al., 2002).
1.1 Objetivo Geral
Propagar de clones de ipê por micro-estaquia, com auxilio de acido
indol butirico (AIB).
1.2 Objetivos Específicos
Realizar tratamentos com fito-reguladores de enraizamento.
Fazer teste de protocolo para a técnica de micro-estaquia e mini-
estacas.
1.3 Justificativa
A justificativa deste trabalho é devido a importância da espécie na
região especialmente no município de Foz do Iguaçu- PR. Todavia a manutenção da
planta matriz que através de técnicas de estaquia e fito reguladores deverá deixar
progênie.
10
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Ipê
Espécie arbórea que pode atingir até 15m de altura dotada de copa
alongada. Tronco entre 20-30 cm de diâmetro, revestido por casca grossa e fendida.
Possui folhas simples, mais ou menos glabras, de 1-6cm de comprimento por 0,5-
1,8cm de largura, sobre pecíolo de 2-5mm. Flores solidária em grupos de 2-3,
terminadas auxiliares. Madeira moderadamente pesada (densidade 0,70 g/cm-3),
medianamente resistente, a árvore totalmente despida da folhagem ou já com o
surgimento de folhas.(LAURAINO et.al., 2000).
É também indicada para reflorestamentos mistos destinados à
recomposição de áreas degradadas de preservação permanente. Da entre casca
faz-se um chá que é usado no tratamento de gripes e as folhas são utilizadas contra
úlceras sifilíticas e blenorragias, possuindo propriedades anticancerígenas, anti-
11
reumáticas e antianêmicas. A casca da espécie está entre os produtos amazônicos
de reconhecido poder medicinal.(BOCCESE et.al., 2008).
Segundo Boccese et.al., (2008), várias espécies do gênero Tabebuia
estão ameaçadas pela degradação ambiental, fator preocupante, devido à ampla
possibilidade de aproveitamento dessas espécies. Além disso, há dificuldades no
estabelecimento de técnicas de cultivo para Tabebuia, visando à produção de
mudas, pois as sementes de muitas espécies desse gênero possuem o período de
viabilidade natural relativamente curto.
2.2 Propagação Vegetativa
Em espécies lenhosas a aptidão à propagação vegetativa está
associada ao grau de maturação, em que a fase juvenil, na maioria das plantas,
apresenta maior potencial de enraizamento que a fase adulta, expresso tanto em
porcentagem quanto pelo tempo requerido para a verificação do vento e, ainda
qualidades das próprias raízes (TITON et.al., 2002).
A propagação vegetativa, assexuada, ou clonagem, consiste na
produção de novas plantas a partir de partes ou órgãos vegetativos da planta
(ramos, gemas, folhas, raízes e outros). O sucesso da estaquia somente é possível
através da manipulação das condições ambientais e fisiológicas das estacas, as
quais propiciam a diferenciação dos tecidos, e, finalmente, a formação de raízes
adventícias. (WENDLING et.al., 2002).
Segundo Wendling et.al., (2002), existem vários métodos para a
propagação vegetativa de plantas, dentre os quais se cita a estaquia e a micro-
12
estaquia. A definição do método varia de acordo com os objetivos da técnica, da
espécie envolvida, da época do ano e das condições ambientais.
A propagação vegetativa, pelo processo convencional de estaquia
ou pela técnica da micro-propagação, facilita a multiplicação de genótipos
desejados. O processo não inclui meiose, portanto, os rametes (brotações
originárias da planta matriz) são geneticamente idênticos às otites (planta matriz).
Variações fenotípicas entre os rametes dentro de um clone, todavia, existem. As
causas das variações são, provavelmente, ambientais e causadas por fatores
relacionadas ao propágulo, isto é, tamanho da estaca, período que as estacas são
coletadas e as em viveiro (ou seja, vigor do propágulo ou a qualidade do sistema
radículas). O estado de maturação do material a ser propagado (ontogenia) tem um
grande efeito na capacidade de propagação e subseqüência crescimento.(HIGASHI
et.al., 2000).
As estacas consistem em destacar da planta original um ramo, uma
folha ou raiz e colocá-los em um meio adequado para que se forme um sistema
radicular e, ou, desenvolva a parte aérea. Dentre os métodos de propagação
vegetativa, a estaquia é, ainda, a técnica de maior viabilidade econômica para o
estabelecimento e plantio clonais, pois permite, a um custo menor, a multiplicação
de genótipos selecionados, em curto período de tempo.(FCRUVI et.al., 2006).
2.3 Estaquia
O tipo de estaca utilizado varia de acordo com a espécie e, ás
vezes, em função da época. Diversas plantas apresentam folhas com capacidade de
13
originarem plantas completas tais como: begônia, língua-de-sogra, violeta africana,
peperômia, camélia e fícus. (WENDLING et.al., 2002).
As estacas caulinares podem ser herbáceas, lenhosas ou semi-
lenhosas, o que varia em função do local de coleta e do tipo de planta. Dentre os
tipos de caule, o que possui maior capacidade de enraizamento é o herbáceo, pois
quanto mais herbácea e nova for à estaca maior será a sua capacidade de
enraizamento.(MATIAS et.al., 2007).
A multiplicação clonal permite a manutenção plena das
características da planta mãe, de modo a obter estantes uniformizados de rápido
crescimento, a produção de matéria prima homogenia. Na estaquia convencional o
porcentual de enraizamento de alguns clones é geralmente baixo (FERREIRA et.al.,
2004).
As fases mais importantes são enraizamento e a produção de
brotos, porque limitam a possibilidade ou não e a quantidade de mudas a produzir.
Plantas que não enraízam estão fora do processo, assim como plantas que não
rebrotam; se enraízam ou produzem brotos com dificuldade, à quantidade de mudas
que se podem obter é pequeno, o que dificulta em escala comercial (HOPPE et.al.,
2004).
2.4 Mini-Estaquia
A técnica da mini-estaquia é uma variação da estaquia convencional.
Consiste na utilização de brotações de plantas propagadas pelo método de estaquia
convencional como fontes de propágulos vegetativos. Numa seqüência esquemática
desta técnica, inicialmente, faz-se a poda do ápice da brotação da estaca enraizada,
14
e em intervalos variáveis em função da época do ano, do clone/espécie, das
condições nutricionais, entre outras, há emissão de novas brotações, que são
coletadas e colocadas para enraizar (MATIAS et.al., 2002).
Segundo Wendling et.al., (2002), a coleta de mini-estacas nas
mudas podadas é realizada de forma seletiva, em períodos a serem definidos
conforme o vigor das brotações, colhendo-se todas aquelas que se enquadram nos
padrões de mini-estacas, são acondicionados em recipientes com água, para que
possam chegar ao local de enraizamento em perfeitas condições de turgor.
Segundo Wendling et.al., (2002), as mini-estacas são colocadas
para enraizamento em casa de vegetação com umidade relativa acima de 80%,
seguindo posteriormente para a casa de sombra, para uma pré-adaptação às
condições de menor umidade e, finalmente transferida a pleno sol para rustificação e
posterior plantio. Os períodos de permanência das mini-estacas em casa de
vegetação dependem da época do ano, do clone/espécie envolvido e do seu estado
nutricional.
A principal limitação da realização de micro-estaquia é a
necessidade de um laboratório de cultura de tecidos para o rejuvenescimento do
material vegetativo, nem sempre existente na maioria das empresas florestais, o que
implica maior custo de produção de mudas. A micro-estaquia tem sido utilizada
apenas para o rejuvenescimento de clones recalcitrantes ao enraizamento, quando
se empregam técnicas de estaquia convencional e mini-estaquia (FERREIRA et.al.,
2004).
Segundo Ferreira et.al. (2004), a mini estaquia pode, didaticamente,
ser dividida nas fases de produção de brotos em mini-jardim clonal, indução do
enraizamento adventício em casa de enraizamento sob nevoeiro intermitente e
15
temperatura elevada, aclimatação à sombra, crescimento e rustificação. A
otimização de todas as operações em cada uma destas fases contribui para o
sucesso da produção de mudas. Assim, diante do alto custo das instalações do
viveiro.
2.5 Tratamentos com fito reguladores de enraizamento
O hormônio mais comumente usado no processo de enraizamento
de estacas é o ácido indol butirico (AIB). As condições utilizadas varia de acordo
entre a espécie, com variações de 20 a 10.000mg/-1 (miligramas por litro, antigo
PPM – partes por milhão), sendo as maiores concentrações utilizadas para estacas
mais lenhosas, de enraizamento mais difícil. A aplicação do hormônio pode ser feita
na forma de pó, misturado com talco ou na forma líquida, dissolvida em álcool etílico
a 95%, acrescentando-se ainda água para completar a concentração desejada.
(WENDLING et.al., 2002).
O potencial de enraizamento, bem como a qualidade e a quantidade
de raízes nas estacas, pode variar com a espécie, condições ambientais (fatores
externos) e condições implícito da própria planta. Sabe-se que esses fatores não
estão claramente elucidados, não permitindo generalização do método de
propagação (NORBETO et.al., 2001).
Ainda segundo Norberto et.al., (2001), reserva mais abundantes de
carboidratos correlacionam-se com maiores porcentagens de enraizamento e
sobrevivência de estacas. Assim, a real importância dos carboidratos para formação
de raízes é que auxina requer fonte de carbono para a biossíntese de ácidos
16
nucléicos e proteínas, levando a necessidade de energia e carbono para formação
das raízes.
Segundo Norberto et.al., (2001), as condições internas da planta
podem ser traduzidas pelo balanço hormonal entre inibidores, promotores e fatores
de enraizamento que interferem no crescimento das raízes. Quando o balanço
hormonal entre promotores e inibidores é favorável aos promotores, ocorre o
processo de iniciação radicular.
Segundo Higashi et.al., (2000), para obter uma alta taxa de
enraizamento alguns fatores são importantes, tais como: ambiente limpo,
nebulização para prevenir o estresse hídrico, substrato que proporcione uma boa
drenagem e aeração; temperaturas elevadas (25-30*c); e auxina (ácido indol
butirico), usualmente utilizada na base da estaca.
17
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Local
O experimento foi feito em uma árvore de ipê roxo (tabebuia), as amostras foram
coletadas no bairro de três lagoas na cidade de FOZ DO IGUAÇU-PR, as análises
foram feitas em laboratório de botânica da UDC-UNIÃO DINAMICA DE
FACULDADES CATARATAS.
3.2 Preparo do material coletado
Em laboratório foram utilizadas 10.000mg/l-1 e 5.000mg/l-1
(miligramas por litro, antigo PPM – partes por milhões), misturando talco, dissolvido
em álcool etílico a 95% acrescentando água para completar concentração desejada,
assim formando o ácido indol butirico (AIB), em forma de pó, e também de forma
18
liquida; apenas diluído em forma líquida álcool P.A. Na figura 1 encontra-se a
descrição de cada tratamento realizado.
Tratamento AIB mg/l Sobreviventes Não sobreviventes
1 10.000 mg/l pó 2 mudas 4
2 5.000 mg/l liquida 3 mudas 3
3 10.000 mg/l liquida 2 mudas 4
4 5.000 mg/l pó 1 muda 5
Figura 1: Mostra como são os tratamentos
No preparo das estacas foi utilizado para a propagação do Ipê o
plantio por estaquia, utilizando das hastes: (caules e ramos), cortadas em pedaços
de 5 a 15 cm. As estacas foram coletadas em matriz adulta através de podas em um
ponto na aérea rural, de melhor acesso e conduzido para local adequado e utilizado
para o processo de clonagem (FIGURA 2).
Figura 2: Padronização das estacas retiradas da planta matriz de Ipê Roxo.
19
Figura 3: Estacas imersas no ácido indol butirico (AIB).
3.3 Substrato
Casca de arroz carbonizada mistura manual misturando com
substrato comercial e colocados nas bandejas que permitiram a troca de ar na base
das raízes a figura 4 mostra como foram feitos.
Figura 4: Mistura de casca de arroz carbonizada com substrato comercial.
20
3.4 Recipiente
O recipiente em que foram colocadas as estacas na profundidade
suficiente para que ela fique firme (enterrar cerca de 1/3 do seu tamanho), sem,
contudo encostar-se ao fundo (FIGURA 5).
Figura 5. Bandejas utilizadas para os tratamentos.
3.5 Irrigação
Importante manter a umidade nas estacas, e assim sendo, foram
borrifadas pelo menos três vezes por dia. A água utilizada para irrigação é
proveniente de chuva ou poço. A coleta da água de chuva isenta de qualquer
tratamento químico ou residual.
21
3.6 Sombreamento
As mudas foram regadas com água rigorosamente todos os dias de
manhã e a tarde, durante trinta dias depois foram regadas uma vez ao dia, coberta
durante o verão com tecido de náilon perfurado tipo “som brite”, esse procedimento
protegeu as mudas contra o sol e chuva em excesso.
22
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nas amostras do tratamento T1, em pó 10.000mg/l-1, emitiram
raízes apenas duas plantas em uma porcentagem 33% , segundo o autor Matias
(2007), conseguiu em seu trabalho 6.000mg/l-1, numa porcentagem de 30%, de
enraizamento de estacas oito mudas, que mostrou diferenças significativas de
tratamentos, evidenciando o uso desta diluição para plantas semi-lenhosas,
enquanto que no tratamento T2 5.000mg/l-1 liquida três plantas sobreviveram com a
porcentagem de 50%, e T3 10.000mg/l -1liquida, á porcentagem de 33%, segundo o
mesmo autor, apresentou um menor valor absoluto nas diferenças entre os
tratamentos. O tratamento T4 5.000mg/l-1 pó, sua porcentagem foi de 16,67% com
apenas uma planta de sobrevivência.(TABELA 1).
23
Tabela 1: Porcentagem de Mudas sobreviventes em cada um dos quatro
tratamentos
Tratamento 1
Não sobreviveram Sobreviveram Total % Sobreviventes
4 2 6 33,33%
Tratamento 2
Não sobreviveram Sobreviveram Total % Sobreviventes
3 3 6 50%
Tratamento 3
Não sobreviveram Sobreviveram Total % Sobreviventes
4 2 6 33,33%
Tratamento 4
Não sobreviveram Sobreviveram Total % Sobreviventes
5 1 6 16,67%
No T1 de 10.000mg/l-1 em pó, encontram-se a porcentagem de
sobrevivência de 33%, isso significa que duas plantas enraizaram e quatros plantas
não obterem resultados numa porcentagem de 67%. Segundo Norberto (2001), o
AIB na concentração de 10.000mg/l-1 é eficiente para estimular o enraizamento,
bem como aumentar o peso da matéria seca tanto das raízes quanto da parte aérea.
(FIGURA 6); não observado no tratamento1.
Sobreviveram
33%; 2
Não
sobreviveram
67%; 4
Figura 6: Gráfico de porcentagem de mudas no T1 a 10.000mg/l-1 em pó.
24
O T2 de 5.000mg/l-1, líquida observa-se o desenvolvimento das
plantas enraizadas foi melhor para estaquia desta forma houve um acréscimo da
porcentagem aonde que 50%, sobreviveram e 50%, não sobreviveram isso significa
que das seis mudas plantadas três sobreviveram. De acordo com Andres (2005), o
alto índice de sobrevivência de estacas não garante que as estacas estejam em
processo de diferenciação, ou seja, ocorrendo a formação de calos. O mesmo autor
comenta ainda que a taxa média que conseguiu em seu trabalho foi de 65%, de
sobrevivência (FIGURA 7).
Não
Sobreviveram sobreviveram
50 % ; 3 50% ; 3
Figura 7: Gráfico da porcentagem de mudas sobreviventes no T2 a 5.000mg/l-1
líquida.
O T3 de 10.000mg/l-1, liquida obteve o mesmo resultado do t1 de
10.000 mg/l-1 em pó. Mattiuz (1996), diz que com estacas semi-lenhosas,
sobrevieram 31,6% de enraizamento em seu trabalho (FIGURA 8).
25
Sobreviveram
33%; 2
Não
sobreviveram
67%; 4
Figura 8: Gráfico de porcentagem de mudas sobreviventes no T3 a 10.000mg/l-1
líquida.
Evidencia na figura 8 que o T4 de 5.000mg/l-1 em pó uma
concentração muito baixa sobreviveu apenas uma planta numa porcentagem de
16,67%, evidencia a, pois a porcentagem de plantas que não sobreviveram foi muito
alta de 83,33%. Matias (2007) proporcionou 17,3%, de enraizamento com estacas
cobertas com TNT. Biasi et.al. (2002), utilização de AIB não apresentou efeito
positivo em seu trabalho na emissão de raízes em estacas semi-lenhosa (FIGURA
9).
26
Sobreviveram
16,67% ; 1
Não
sobreviveram
83,33% ; 5
Figura 9: Gráfico de porcentagem de mudas sobreviventes no T4 5.000mg/l-1 em
pó.
A figura 10 apresenta um resumo dos tratamentos destacando-se o
T2 que teve maior índice de sobrevivência.
Mudas Sobreviventes
50%
50
45
33,33% 33,33%
40
35
30
25 16,67% % Sobreviventes
20
15 Número de
10 Mudas
5 2 3 2 1
0
1
4
to
to
to
to
en
en
en
en
am
am
am
am
at
at
at
at
Tr
Tr
Tr
Tr
Figura 10: Gráfico de comparação da porcentagem de mudas sobreviventes em
cada um dos tratamentos, e o respectivo número de muda.
27
No gráfico acima podemos observar a porcentagem das mudas no
tratamento um a 10.000 mg/l-1 em pó deu uma porcentagem de 33,33%, no
tratamento dois de 5.000 mg/l-1 em forma liquida uma porcentagem de 50%,
tratamento três a 10.00 mg/l-1 deu 33,33% de enraizamento e no tratamento quatro
a 5.000 mg/l-1 a sua porcentagem foi a menor de todas 16,67%, podemos observa
neste gráfico que o tratamento um e o tratamento três igualo a porcentagem.
28
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A técnica de mini estaquia com uso de fito regulador se mostrou
viável em Ipê Roxo tabebuia impetiginosa, usando-se acido indol butírico.
A quantidade recomendada de acido indol butírico segundo os
resultados obtidos é de 5.000 mg/L-1 em forma líquida, pois apresentou as maiores
médias em enraizamento, conseqüentemente com maior taxa de sobrevivência.
29
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICA
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2001. Acesso em: 18 de novembro de 2008.
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abril de 2009.
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março de 2009.
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30
HIGASHI,N.E. et.al.. Propagação vegetativa de Eucalyptus: princípios básicos e
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