Corrosão e Deterioração em Estruturas de Concreto
Corrosão e Deterioração em Estruturas de Concreto
envelhecimento e
deterioração das estruturas
Desgaste
Fissuração
superficia
l
FONTE: MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: microestrutura, propriedades e materiais. São Paulo: IBRACON, 2008. 674p.
CORROSÃO DAS ARMADURAS
- Temperaturas elevadas e
- Interação direta entre o metal e o meio corrosivo
-Temperaturas ambientes e
-Formação de um pilha ou célula de corrosão, onde há a
circulação de elétrons na superfície metálica.
4 elementos:
Regiões anódicas: onde verifica-se a corrosão;
Regiões catódicas: superfície protegida;
Eletrólito: solução condutora e
Ligação elétrica.
Diferenças de
potencial –
heterogeneidades
do material
4 elementos oxigênio
condutor: barra;
água: eletrólito; diferença de potencial
Consequências:
• Fissuração;
• Destacamento do concreto de cobrimento;
• Redução da ligação armadura-concreto;
• Redução da seção transversal do aço.
Passivação
Despassivação do aço
CO 2 DIFUSÃO DO CO 2 NO
AR ATRAVÉS DOS POROS
DO CONCRETO
PROCESSO DE CARBONATAÇÃO DO
CONCRETO
MODELO:
POROS (SIMPLIFICADO)
CO 2
Ca(OH)2 + CO 2 CaC0 3 + H 2O
DIFUSÃO
DIMINUIÇÃO DO pH DE
CARBONATAÇÃO
(NEUTRALIZAÇÃO) 12,5 A 8
PROFUNDIDADE
REAÇÃO QUÍMICA
Principais fatores que influenciam na carbonatação
Meio ambiente:
Concentração de CO2 na atmosfera
Umidade relativa do ambiente
Temperatura
Concreto:
relação água/cimento
cura
tipo de cimento (presença de adições)
1. Concentração de CO2
Campo aberto 0,015%
Centro urbano 0,036%
Zona industrial 0,045%
Exaustão veículo motorizado 16,69%
Respiração humana 3,62%
Sat = 100% de
CO2 6 = 6% de
CO2
Concentração de CO2 → Norma européia
2. Umidade relativa do ambiente
3. Temperatura
Até 45oC não há
Temperatura Reações químicas influência significativa
da temperatura
4. Relação água/cimento
Relação água/cimento
Porosidade
Maior a velocidade de
penetração do CO2
5. Cura
Quanto maior o grau de hidratação do cimento, menor a
penetração de substâncias agressivas no concreto, um vez que
o gel hidratado preenche os espaços originalmente ocupados
pela água, reduzindo a comunicação entre os capilares.
6. Tipo de cimento
Presença e quantidade de adições diminui a reserva alcalina
7. Fissuras
Contituem o caminho preferencial para entrada dos agentes
agressivos
Retração plástica, de
Origem das
origem térmica, reações
fissuras
álcali-agregado…
Modelo de difusão do CO2
Fórmula simplificada
da segunda Lei de
Fick
Internamente
• Quimicamente combinado (cloroaluminatos);
• Fisicamente adsorvido nos poros;
• Quimicamente adsorvido ao C-S-H; Corrosão
• Livre na solução dos poros do concreto. das
armaduras
Íons cloreto
região catódica
região anódica
Teor de cloretos
Tipo de cimento
pH da solução contida nos poros
Quantidade de C-S-H
Teor de umidade
Temperatura
Cobrimento da armadura
1. Tipo de cimento
Quantidades de C3A e C4AF presentes no cimento
250
120
150 80
60
100
40
50 20
0 0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
0 5 10 15
Quantidade de C3A do cimento (%)
Quantidade de C3A do cimento (%)
C-S-H → produto da
hidratação do cimento
4. Teor de umidade
Transporte dos íons cloretos só ocorrem em presença de água:
difusão, absorção capilar ou migração.
110
18
15
(x 10 -9 cm /s)
12
2
9
6
3
0
0 10 20 30 40 50
Temperatura de exposição durante a cura (o C)
a/agl 0,28 0,35 0,45 0,60 0,75
6. Cobrimento da armadura
Qualidade do concreto: porosidade e permeabilidade
Execução de um bom cobrimento Proteção física e
química das
Realização de uma espessura prevista em projeto
armaduras
NBR 6118
Tipo de estrutura Component Classe de agressividade ambiental
e ou
I II III IV
elemento
Cobrimento nominal (mm)
Viga / Pilar 25 30 40 50
Concr Todos 30 35 45 55
eto
protend
ido
Medida da profundidade de penetração dos íons cloreto
Aspersão da solução de nitrato de prata com
concentração de 0,1 M
Ausência de cloretos
Método
qualitativo
Presença de cloretos
Análises quantitativas Dissolvidas em ácido
Amostras em pó Gravimentria;
Tituladas Titulometria;
- Extraídas com auxílio furadeira
Potenciometria
- Fragmentos – moagem
Determina-se a concentração
% massa de cimento ou
% massa de concreto
Estrutura
FONTE: ANDRADE, T.; SILVA, A. J. C. Patologia das estruturas. In: Concreto: ensino, pesquisa e realizações. Ed. G. C. Isaia - São Paulo:
IBRACON, 2 vol, 2005.
Mecanismos de deterloraçlo das estruturas
FONTE: ANDRADE, T.; SILVA,A J. C.Patologiadas estruturas. In: Concreto: ensino, pesquisa e realiza;ões. Ed. G.C. Isaia- São Paulo:
IBR-O.CON,2 voI,2005.
LIXIVIAÇÃO
Dissolução dos compostos da pasta de cimento pela percolação de água
.. -
• ---
' '
-- ,.
•
.
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;
lf.IU1.1J".1'
• •
Lixiviação Eflorescência
Carbonatação
REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO
Reação altamente deletéria em estruturas de concreto;
Ocorrência de fissuras
Formação da brucita
CaMg(CO3 )2 + 2NaOH Mg(OH)2 + CaCO3 + Na2CO3
Regeneração dos álcalis
Na2 CO3 + Ca(OH)2 2NaOH + CaCO3
Histórico
Stanton (1940), na Califórnia fissuração e expansão em pavimentos de concreto;
Em 1985 foi divulgado o primeiro caso em barragem: Usina Hidroelétrica Apolônio
Sales de Oliveira (Moxotó). Em 1988 foi confirmada a presença de reação na Barragem
de Joanes II (BA). Na década de 90 constatou-se a ocorrência de RAA em várias
barragens.
Temperatura.
Para uma estrutura de concreto armado afetada pela RAA, a sua
deterioração pode ocorrer em questão de dias ou após anos ou
até em décadas, até que os álcalis do cimento reajam
completamente com os agregados.
Agregados e fases mineralógicas potencialmente
reativas (Hasparyk, 1999)
Ensaios laboratoriais na prevenção e avaliação da RAA
• NBR 15577:2008 – Agregados – reatividade álcali agregado
• Parte 1: Guia para avaliação da reatividade potencial e medidas preventivas para uso de agregados
em concreto.
0,40
0,35
0,30
Variação dimensional
0,25
0,05
0,00
0 5 10 15 20 25 30
Idade (dias)
Prevenção da RAA
Eliminação de um dos fatores:
- Água;
- Agregado reativo;
- Álcali em teores suficientes.
Isolamento da umidade
Agregados inertes
Cimentos com baixos teores de álcalis (3 kg/m3 de NaO2 equivalente)
Emprego de materiais mitigadores da RAA:
• Cimentos CPII-E; CPII-Z; CPIII; CPIV
• Adições minerais: sílica ativa e metacaulim
Edifício Areia Branca – Recife/PE
Ambiente externo
Concreto
(agregados)
Expansiva
Presença de
Ca(OH)2 e Volume final = 2 x volume inicial
H2O
ATAQUE POR SULFATOS
Reações químicas:
H2O
2-
SO4 + Ca(OH)2 → CaSO4.2H2O + 2OH -
Íons sulfato + hidróxido de cálcio = gesso + hidroxilas
H2O
CaSO4.2H2O + 4CaO.Al2O3.19H2O → 3CaOAl2O3.3CaSO4.32H2O
Gesso ou gipsita + aluminado hidratado (C3A cimento) = etringita
FONTE: ANDRADE, T.; SILVA, A. J. C. Patologia das estruturas. In: Concreto: ensino, pesquisa e realizações. Ed. G. C. Isaia - São Paulo:
IBRACON, 2 vol, 2005.
Retração plástica: estado fresco
Associada à redução no volume do concreto fresco, antes do fim
de pega, por meio da evaporação da água da superfície exposta do
concreto.
Secagem rápida do concreto fresco: taxa de perda de água da
superfície excede a taxa disponível de água exsudada.
Surgimento de fissuras
afastadas uma das outras de 0,3 m
a 1m, com 25 mm a 50 mm de
profundidade.
Retração plástica: estado fresco
Causas: exsudação ou sedimentação, absorção de água
pelas fôrmas ou pelos agregados, perda rápida de água por
evaporação, redução do volume do sistema cimento-água e
inchamento da forma.
Condições desfavoráveis: alta temperatura, baixa umidade
e alta velocidade do vento.
Evaporação de água (litros/m2/h) Probabilidade de ocorrer fissuras de
retração
0 – 0,5 Nenhuma
0,5 – 1,2 Alguma
> 1,5 100%
Retração por secagem: estado endurecido
Associada à secagem do concreto.
Origem: pasta de cimento hidratada, sendo a causa da
retração a perda de água adsorvida na superfície dos sólidos
(umidade = 30%).
Migração da água adsorvida nos pequenos poros da pasta
do concreto para os grandes vazios capilares.
ÁGUA NA PASTA DE CIMENTO HIDRATADA
Deformação excessiva da
estrutura;
Recalque de fundação etc.
FISSURAS
Fonte: http://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/patologias-do-concreto_6160_0_1
FISSURAS
Catacumbas de Paris