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Marilena Chauí - Crítica e Ideologia

Marilena Chaui - Critica e Ideologia. ciências sociais

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Marilena Chaui CULTURA E DEMOCRACIA o discurso competente E OUTRAS FALAS 12° edicso CcuereRasoBHOCRACL oda compete cous Pape og Svan Lae Com any Conner! Dao @ Me ‘Tee c epi pr, fren 06 Nes pt dp pi upd se eon a Denies to {500-00 ~ So Pals Te con fa 1 may, om rh eis is im Ps eats, Cita decagat Procurael desenvalver tina exposgSo ea tks momentos, delim tando nicialmente, 4 glo de ideologi: em Sevida, a nog de xtic> ‘enguintocontadiscurso, Finalmente, exainande alga alegorias qu Eensideraedeolgics is como: ceva, case onganizag 5 scompanhames 3s exposiGns de Marx em A deli aen, cite ‘mos que basta os homens tomarem onscénla eats do aparece socal ‘ara gue sur 9 ieolngi,deade gue a divisso social do Uabolng fea ‘perad a separacio entre trabalhadoves mantis intl, u ene teabahadoresepersadores. No enantio sentido forte do term, eo logia so pode eftvarse plenament as sociedades histo io 6, na ‘quel sociedad ara as quaisa queso de sa origem ou de ua inst {0 € nfo s6 um problems teri, mas scbrehdo uma egal pris renova En» send amplo toda sociedad, pox ser sociedad, éhistia: pos: sui data propria, instiuigbes propriase prconeicoeaespectfias, nase, vive eperteetanefonns-einteramente.O gus estas deignand, ap ‘somo sokedadeproprament histrea agua sociedad para a ual to mesmo de possi uma dots, de pressuporcondigiesdeterinadse de reports, de tansformarse ede poder perecer nfo um dado, mas sa questo abet, Toda Sociedade 6 histrica porgue temporal. A sociedad popriomente stsaca, prém, tomatiza sus temporlacte pondos como objeto de te cee mie npr pl Are ‘exo porque inessanemente eposta por Sus Pic — lo et no tem po, mas tempo It sige qve a sociedad Propramente stores m0 ‘ese dela intermamente si dieenga consi asa, ois o emNpo ‘no senso rags da difernga temporal interna pa qual ma sociedad posi eu pasado vsvaliz seu futuro como sus oti. Produtora de ua alltidae, «sociedad propeamentehstiica €squca que wo pode. Seno sob forma da voici eda mascara, repr ma idenidade na onde se econheceva 2s enesma,justamente Por iso ness sociedade ‘fondo da iologe gana sentido comer. Diferentemente des scedade, hs formagtes soins que oferecem paras mesnas uma explicagio — mia ou teolgiea sobre sy orgem { permantncia, de tal modo que 0 memento de #9 istituigo on de a fundacio poss sor eprsentao por ss membros na dependéncia de wm saber e de um poder exteriores,alelores¢tascenetes&socetade. A ‘ecrondade do saber pacer furdador Ihe garante imempoaldade e eta ‘Se transmits sociedad que pode, eno, epresentarse a5 propria como prnidenticadeconsigo ssa econo itemporal Basta ecoar™os ag Jo que Many desgna com "despotienn asso” pata que compreends: ‘mos este fendmeno de petrfiagto temporal. Or ra ver esabelecida ‘gem 8 forma eo sentido deta sociedad, ss hierarglae interna, formas de autorkdadee de pode instituiesecondimas cra toe sil se imoblizn para 5 eam 5 cOnverte, por melo ds epresenta ‘fer rime ernia ou Um eoajunto de excl eernas. Temporal e ‘Sumas inlemporal para ssa sociedad &histrca apenas para ne Essa pteiiago do tempo € 0 que a vciedade propriamente hist ‘no poe conse sento por mao da idealoga. Pars essa sociedad ‘ia exttenca tempaal ¢ porto, Sua emergénca comm sociedad € per “tia como ambigua, masa anbiglidade nto € um "delet expiotiv im consitiva do ger mesa do sci Cam eet, aorgem pee 4a como dependando dla ac dos prorios homens enghante sos se ‘ise, no enna, estes percbem,simtlaheemene ue sa 330 cde "a nip é pebsorisl mas j6€ alg social. Em outaspalatas 0 problem esto pela sociedad hstrica¢ da impesibldace de determaat 0 por ‘antenor asia estén, pos nance da ago dos Romens ao mesmo fe poem que écontigio dese afi. A manne do ato Fundadare da soot Al Fandada se reela como nanincs i sociedad fundadora edo al furdado. A ociegadefisténica €aquele que prea cmmpreender © Pt 4a visio, dferenga eda contradict _Aleavés da ideclogi, sto montads um imagine ¢ ums gia da dentieagto sora! conta fang precisa de excamatent 0 confi es {ular a dominagsow ocala presenga do parla, enquanto particu, Sandorhe 3 aparéncia do universal Nao & por obra do aeso, mas por ne “ontidade, que diseurso do poder ¢9 do Fstad nacional ois #ieoogsa recinaista #0 lsttumentopoderoso da ics soil, ao 36 porgue forneoe a ilsto da comunidade indiviss (a nag}, mas também Porque ermiteclaear divio fora do cap nacional (to @,nanagio estan 2). porte, tab, perceber que 0 discus feoigico, ra medida femajese oractsan por ua constr nagintia (no sentido de repre Ssentagbe empiric imei), grass 8 qua fornee aos sues eas plitnn umespage de s30, devenacesnriamentefornecer alin docs {de epresentagiescoeenes pars expo eal ut pas de Moras Coe ‘enes por oientar a pric, O dacutso deco um discus fio de eapagos em branco, como sua re ya qual Rouvess acura. A coerénia dene discus (0 at de {qu se manna como ua gia coernte equ exerga un poder sre (Oe sjitos cise policor) nao € wma coeréncia nem wn poder obtides ‘igre as lacuna, marae 08 e5pag08 eM banco, algade © que fa ‘culo so conti, & gaa ao nc 7g denne 8 ss ae tes que esse digcuso se apresenacomo coetent. Em sua, € porgue MO Ai ido endo pode dizer rad que o dscuso ieoligico& coerente eo ‘eros, Assim, tntatva de prencher es brancos do discursowoalogco suas acunas nig nos evar 0 "cori os enganos ou a5 fraudes esse Sficuno etansformalo nun dscuro verdadero. fundamental am rms ue, fentiemos pence do branco ov da Iaena, 30 mos transformar a idologia “rum” numa idelogia “bon yams, sim Plesmente, eso discurto Wdeolic, porque irsemos dele a conde ine qua nom desu existence fora, O dicurs ieologco oe sustenta justamente,porsue no pod die a imal gue pretender, Se di Ser se prencher todas 2 ocanas, el se autodestl camo kedlogn. A for ‘8 da discus ieolico prover de uns Iigiea que poderamns cham Se igi de lara gen do bo, Cometeriamos um grande engano se imaginisiemos que a um dis «urs ideolgic also” se ope wm discurso ldeolegico “verdadeia” 2 Seca 0 discurso ideolgio lacunar depols de preenchido Se prenchisse mos 0 discus idol as reaidageesaromee prod um oth dispar eo contraponto se elablecera, eno, ene 0 discus eo co um elo dicutso n-idelegico cup verdadeestaia em desmarels ‘3 consragdes do discus ieol6gco leit. Seria slo imaginary ‘mero prenchimeno ds lcuna tra 6 verde, Desi iuso nator um Velhatradigio je eavivada ene s pnsadorescontemporineas por Lau ‘Althuser aio de que a partha se far entre ideologies 6 acienia considerada como duran pen pasta dedlogia come dst ‘lacuna, Na verde, oor” no passa por a Se uisermosulrapasne sn usin precisremon encontrar um camino gras 0 goal fo¢205| Aiscurso ioc desteuiese intmament, so implica wrasse um tite meramente dcoklcsruno 2 um tude toric ealmente die Ica, encanta ua va pela qa cnt interna oo discarso ec legio 0 laa expldin Evdentement, ao pecs aguardar qi # dec logla 2 esgote por si mess rags & contradigi, mas tate de ener tear uma via pela qual a contadighoideolgca ve pon em movimento dlestun a construct inagindria, Essa via 0 que denomino dscurso crit 0 Exe ae € ua gute dscorso qualquer oposio ao ideoico, mas ‘miss da iologa 0 eu negative, a sur cntadicho ‘Um discurso ue sa capz de tomar o disco ideale € no cor trapors ele um outa que seria verdadero por ser “comple” ple rae que tomasse odlacuts deolgiga eo Reese dear todas 2 Su: onteadiies, um daca ques labors no terior do proprio dicate ‘lolggco coma 0 seu cotradincuro. Ese contadscur €0 sum c tea! que nto deve se tomado como um discus da obeividade Co) fet, se do porto de vss tesrico, uma das caratrsca da deslogia Sepaagio sujeito

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