Uma empresa produz diariamente 650 buchas de ferro fundido cinzento da classe FE-45012, com dureza
de 191 HB, utilizando o processo de torneamento. São normalmente realizadas as operações de desbaste,
acabamento e faceamento nas peças. As ferramentas de usinagem estão com baixa produtividade,
apresentando desgastes de flanco prematuros. No processo, foi verificado que estão sendo utilizadas
ferramentas da Classe ISO P40, sem cobertura, sendo que os parâmetros de corte estão de acordo com o
catálogo do fornecedor.
Nessas condições de trabalho, a melhor estratégia para aumentar a produtividade do processo e minimizar
o desgaste das ferramentas é
Parte superior do formulário
a) utilizar fluido de corte emulsionável.
b) usar ferramenta da Classe ISO K40, sem cobertura.
c) usar ferramenta da Classe ISO K10, com revestimento de TiN.
d) usar ferramenta da classe ISO M40, sem cobertura de TiN.
e) diminuir os parâmetros de corte (velocidade de corte e avanço).
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Uma empresa produz eixos de componentes automobilísticos em aço SAE 8620 com dureza de 46 HRC
pelo processo de torneamento, utilizando ferramentas de metal duro com revestimento. O cliente exige que
a rugosidade máxima dos eixos esteja abaixo de 0,002 micrometros. As ferramentas de torneamento
disponíveis na empresa têm raios de ponta (re) de 0,4 mm e 0,8 mm, e os valores de avanço mínimo e
máximo (f) que podem ser empregados no processo são 0,1 mm e 0,2 mm.
O valor teórico de rugosidade máxima é definido pela equação
Qual deve ser o par de variáveis, avanço/raio de ponta da ferramenta empregado para atender aos requisitos
de rugosidade mínima exigidos pelo cliente?
a) Avanço de 0,1 mm/rot e raio de ponta de 0,4 mm.
b) Avanço de 0,1 mm/rot e raio de ponta de 0,8 mm.
c) Avanço de 0,2 mm/rot e raio de ponta de 0,8 mm.
d) Avanço de 0,2 mm/rot e raio de ponta de 0,4 mm.
e) Avanço intermediário de 0,15 mm/rot e raio de ponta de 0,8 mm.
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O engenheiro de processos sabe da importância do conhecimento prévio da potência de corte para que possa
otimizar o processo com base nas restrições dos recursos das máquina e das ferramentas disponíveis. No
entanto, nem sempre estão disponíveis de antemão os dados de cálculo necessários para verificar se os
parâmetros de usinagem planejados estão adequados em relação à potência disponível na máquina, como é
o caso da pressão específica de corte do material da peça (ks) e o rendimento da máquina (h). Também não
é pertinente que o setor fabril de uma empresa disponha de equipamentos sofisticados de medição de forças
como dinamômetros/ torquímetros, próprios de laboratórios.
Nesse contexto, o engenheiro interessado em otimizar o processo pode recorrer a um procedimento
alternativo rápido e barato, cujo resultado possibilita fazer o cálculo tanto da potência de corte quanto do
rendimento da máquina. Esse procedimento consiste em medir o(a)
a) rotação do eixo-árvore da máquina.
b) deflexão elástica na ponta de corte da ferramenta.
c) tensão elétrica no cabo de fase do motor da máquina.
d) corrente elétrica no cabo de fase do motor da máquina.
e) tempo de corte para um comprimento fixo de usinagem.
Um fabricante de discos de freio desenvolveu um novo material para essas peças e não dispunha de
parâmetros de usinagem de referência para operação de faceamento dos discos nos seus tornos frontais,
especialmente adquiridos para essa finalidade, com faixa de rotações escalonadas por caixa de engrenagens
de 100 a 6 500 rotações por minuto (rpm). O faceamento deverá ser feito a partir do diâmetro de 25 mm até
o diâmetro de 150 mm do disco, que, associado à faixa de rpm da máquina, é possível realizar velocidades
de corte desde 7 até 3 063 m/min. Considerando que a decisão do melhor material de ferramenta, juntamente
com seus parâmetros de corte, deve estar embasada nos resultados de ensaios de usinabilidade e nos custos
de produção dos discos, especialmente nos custos do tempo de troca de ferramentas, dos salários e das
máquinas, a empresa realizou esses ensaios com o material dos discos e com três tipos de materiais de
ferramenta: aço-rápido, metal duro e cerâmica. O resultado dos experimentos está apresentado na figura
abaixo, na forma de curvas de vida de ferramentas.
Considerando a situação descrita, analise as
seguintes asserções.
Dos três materiais de ferramentas experimentados,
o aço-rápido proporcionará o menor custo de
produção dos discos de freio.
PORQUE
Com ferramenta de aço-rápido e a inevitável condição do aumento da velocidade de corte, ao facear cada
disco de freio no percurso de avanço da ferramenta desde o diâmetro 25 mm até 150 mm, tem-se a menor
taxa de redução da vida útil da ferramenta e a possibilidade de menores tempos de produção.
Acerca dessas asserções, assinale a opção correta.
a) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da
primeira.
c) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, uma proposição falsa.
d) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, uma proposição verdadeira.
e) Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas.
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A análise das condições econômicas de usinagem leva em consideração, direta ou indiretamente, todas as
informações técnicas e econômicas envolvidos no processo, sobretudo os tempos, os custos e a
usinabilidade dos materiais, esta última representada pelas constantes K e x da equação de Taylor (T = K .
vc-x). Depois de processadas tais informações, obtém-se, para cada situação particular de usinagem, o
comportamento dos tempos e dos respectivos custos em função da velocidade de corte, conforme modelo
apresentado no gráfico de custos abaixo.
No gráfico, emprega-se a seguinte notação:
C1: parcela de custo relativa aos tempos de preparação da tarefa
(setup de máquina, material, ferramentas, fixações) e improdutivos
independentes da velocidade de corte (fixar /soltar peça,
aproximar/afastar ferramenta, controle de qualidade).
C2: parcela de custo relativa aos tempos de efetivo corte, incluindo
as despesas com mão de obra (salários) e com máquina
(depreciação, energia consumida, manutenção, espaço ocupado).
C3: parcela de custo relativa à ferramenta (aquisição e troca).
Kp: custo total de usinagem por peça.
VC (m/min): Velocidade econômica de corte.
Considerando os fatores da usinagem influentes nos custos de produção por peça e o comportamento das
linhas de custos (curvas e reta) que compõem o gráfico-modelo acima, analise as seguintes asserções.
Na conjuntura competitiva atual do setor industrial metal-mecânico que pratica altos custos produtivos, a
necessária efetivação do menor custo de usinagem por peça (Min. Custo Û Vcmin) implica a necessária
disponibilidade de máquinas com altas rotações e de ferramentas de alto desempenho.
PORQUE
Com o uso de máquinas de baixas rotações que possibilitam apenas baixas velocidades de corte, o custo
relativo ao tempo efetivo de corte (C2) será elevado, assim como a adoção de ferramentas de baixa
resistência ao desgaste e de baixo desempenho técnico operacional fará aumentar o custo de ferramentas,
principalmente devido às paradas de máquina para suas trocas (C3).
Acerca dessas asserções, assinale a opção correta.
a) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da
primeira.
c) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, uma proposição falsa.
d) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, uma proposição verdadeira.
e) Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas.
O planejamento e o desempenho dos processos de fabricação por usinagem são altamente dependentes
das propriedades de usinagem dos materiais. Como as propriedades de usinagem interessam tanto a
fabricantes de materiais e de ferramentas quanto aos seus usuários (indústrias), os ensaios de
usinabilidade ganham importância relevante na determinação dessas propriedades.
No entanto, existe uma série de dificuldades tanto para a realização de ensaios de usinabilidade quanto
para a obtenção de resultados confiáveis e representativos da aplicação nos processos de fabricação,
restringindo, assim, a aplicação dos resultados de maneira ampla e sistemática nas indústrias.
FERRARESI, Dino. Usinagem dos metais. São Paulo: Edgard Blücher, 1977.
Considerando que o texto acima tem caráter motivador, redija um texto dissertativo sobre o seguinte
tema:
Ensaios de usinabilidade: dificuldades associadas.
Aborde, em seu texto, os seguintes aspectos:
a) diversidade de fatores influentes na usinagem dos materiais;
b) dificuldade de padronização de metodologia;
c) viabilidade econômica e técnica.
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Questão 1 – Descreva quais os parâmetros para definir a usinabilidade. Quais os métodos mais
utilizados para medir o índice de usinabilidade.
usinabilidade grandeza tecnológica que expressa, por meio de um valor numérico comparativo (índice de
usinagem), um conjunto de propriedades de usinagem de um material em relação a outro tomado como
padrão. Também podemos definir como o grau de dificuldade em se usinar determinado material.
Curta Duração: utilizados para avaliar outros fatores, como a rugosidade da superfície usinada e a força
de usinagem.
Longa Duração: é o método mais aceito ,em que o material ensaiado é comparado com outro tomado
como padrão.
Questão 2 – Quais as forças atuantes que compõe a força de usinagem?
*força passiva (Fp) é a força existente na ferramenta na direção da profundidade de corte;
*força de avanço (Ff) é a força que a peça exerce na ferramenta no sentido oposto ao seu movimento
*força de corte (Fc) é a força necessária para o arranque do material da peça
Questão 3 – Como podemos definir o rendimento de uma máquina atraves da potencia de corte?
Questão 4 – Cite as possíveis causas do desgaste das ferramentas de corte no processo de usinagem?
*deformação plástica do material da ferramenta;
*abrasão que o matérial usinado faz na superfície da ferramenta;
*aderência entre o material usinado e a ferramenta (nessa situação, existe a formação de um gume
postiço);
*difusão de componentes entre os materiais da peça e ferramenta e, com isso, mudança da composição
química da ferramenta;
*oxidação do material da ferramenta;
*aparecimento de correntes elétricas iônicas produzidas no atrito entre a ferramenta e a peça.
Questão 5 - As operações de usinagem, em geral, são classificadas em dois tipos: desbaste e
acabamento. Defina as duas.
As operações de desbaste são caracterizadas por grande retirada de material em curto espaço de tempo.
As operações de acabamento visam a dar à peça suas dimensões finais, com o acabamento esperado.
Questão 6 – Para obtermos ferramentas que tenham alta resistência ao choque, combinada com
alta resistência ao desgaste e com isso, conseguirmos ferramentas de maior vida, Qual é o
tratamento termo-químico que podemos aplicar nas ferramentas?
Por meio do revestimento com camadas de alta dureza.
Os principais revestimentos aplicados em ferramentas são os citados a seguir.
•Carboneto de Titânio (TiC). •Nitreto de alumínio-titânio ((Ti,Al)N).
•Nitreto de titânio (TiN). •Óxido de alumínio (Al2O3).
•Carbonitreto de titânio (Ti (C,N)). •Camadas de diamante.
Questão 7 - Durante o corte, é desenvolvida grande quantidade de calor. Isso ocorre devido à
necessidade de energia para deformação do cavaco e de atritos existentes entre a ferramenta e a
peça e entre o cavaco e a ferramenta. O que podemos utilizar para minimizar essas ocorrencias?
Geralmente, a redução do calor é feita pela lubrificação (diminuição do atrito) e/ou refrigeração na
usinagem, para diminuir o desgaste da ferramenta, a dilatação térmica da peça e o dano térmico na
superfície da peça.
A utilização de fluidos de corte melhora a eficiência dos processos de usinagem, proporcionando:
•aumento da vida da ferramenta de corte;
•maior controle de tolerâncias dimensionais;
•melhoria no acabamento superficial da peça usinada;
•redução nas forças de usinagem;
•amenização de vibrações.
Questão 8 - As superfícies das peças apresentam saliências e reentrâncias irregulares na forma e no
tamanho. A esse conjunto de imperfeições como nomeamos?
A rugosidade é o conjunto das irregularidades causadas pelo processo de produção: refere-se às marcas
deixadas pela ferramenta no processo de fabricação.
Rugosidade média (Ra): média aritmética dos valores absolutos das ordenadas de afastamento, dos pontos
do perfil de rugosidade em relação à linha média.
Rugosidade Máxima (Ry): maior valor das rugosidades parciais (Zi) observado no intervalo de medição.