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Apostila Logica1

1. O documento discute lógica proposicional, definindo proposições e valores lógicos. Proposições podem ser simples ou compostas e são conectadas por conectivos lógicos. 2. Tabelas-verdade são usadas para determinar os valores lógicos de proposições compostas com base nos valores de suas partes componentes. 3. Operações lógicas como negação alteram os valores lógicos de proposições de acordo com regras definidas.

Enviado por

Augusto Souza
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Apostila Logica1

1. O documento discute lógica proposicional, definindo proposições e valores lógicos. Proposições podem ser simples ou compostas e são conectadas por conectivos lógicos. 2. Tabelas-verdade são usadas para determinar os valores lógicos de proposições compostas com base nos valores de suas partes componentes. 3. Operações lógicas como negação alteram os valores lógicos de proposições de acordo com regras definidas.

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3

Lógica Proposicional
1. Proposição:
Chama-se sentença ou proposição todo o conjunto de palavras ou símbolos que exprimem um pensamento de sentido
completo. Sentença ou proposição se distinguem do nome, o qual designa um objeto.
Exemplos de nomes:
Pedro.
O cão do menino.
4–3

Exemplos de proposições:
1. A lua é um satélite da terra.
2. O filho do Presidente do Brasil, em 1970, era médico.
3. 3 x 5 = 5 x 3
4. Onde você mora?
5. Que belo jardim é o desta praça!
6. Escreva um verso.
7. Pedro estuda e trabalha.
8. Duas retas de um plano são paralelas ou incidentes.
9. Se Pedro estuda, então tem êxito na escola.
10. Vou ao cinema se e somente se conseguir dinheiro.

Na lógica, restringimo-nos a uma classe de proposições, que são as declarativas e que só aceitam dois valores: Verdadeiro
(V) ou r falso (F), um excluindo o outro. Assim, excluímos de nossas considerações:
- Proposições exclamativas, como a de nº 5.
- Proposições interrogativas, como a do nº 4.
- Proposições imperativas, como a do nº 6.
São declarativas as de números 1 até 3 e as de 7 até 10.

A lógica matemática adota como regras fundamentais os dois seguintes princípios ou axiomas:
( I ) PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo.
( II ) PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: Qualquer proposição é verdadeira ou é falsa, não podendo ser nada mais
do que isso.

Por exemplo, as proposições 1 e 3 são ambas verdadeiras, mas as 3 proposições seguintes são falsas:
• Vasco da Gama descobriu o Brasil.
• Dante escreveu os Lusíadas. Obs: Camões escreveu “Os Lusíadas”.
• ¾ é um número inteiro.
As proposições são geralmente designadas pelas letras latinas minúsculas p, q, r, s... (sem índices ou acentos).

Exercício:
1) Quais são os nomes e quais são as proposições?
a) O número 3 é maior que o número 5.
b) A terra é um planeta
c) 9-12
d) 9
e) 8*7 = 56
f) O gato da menina
g) Um bom livro de matemática
h) 3 + 5 <> 5 + 3
i) Se chover hoje, então a rua ficará molhada.
j) O sol brilha e queima as plantas.
k) Jorge é gaúcho ou é Catarinense.
l) Um triângulo é retângulo se e somente se tem um ângulo reto.
m) Triângulo equilátero.
n) Se um triângulo é retângulo, então, dois de seus lados são perpendiculares

1.1. Valores Lógicos das Proposições:


Diz-se que o valor lógico de uma proposição p é verdade quando p é verdadeiro e falsidade quando p é falso. Os valores
lógicos verdade e falsidade de uma proposição designam-se abreviadamente pelas letras V e F ou pelos símbolos 1 e 0,
respectivamente.
4

Assim, o que os princípios da não-contradição e do terceiro excluído afirmam é que:


Toda proposição pode assumir um, e somente um, dos dois valores: F ou V ( 0 ou 1 respectivamente).

Exercício:

2) Dar os valores lógicos das proposições abaixo, isto é, atribua V ou F para cada uma delas.
a) 3+5=8
b) A lua é um satélite da terra.
c) Colombo descobriu o Brasil.
d) Pedro Álvares Cabral descobriu a Colômbia.
e) o número 11 é primo.
f) (8-3)2 = 82 - 32
g) Um número divisível por 2 é par
h) 1 e -1 são raízes da equação x2-1=0

1.2 – Proposições simples e Proposições compostas

As proposições podem se classificadas como simples ou compostas. A proposição simples é aquela que não contém
nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. A proposição composta é formada pela combinação de
duas ou mais proposições simples através de um elemento de ligação denominada conectivo. Ex.:

Proposição simples Proposições compostas

P : Zenóbio é careca. P: Zenóbio é careca e Pedro é estudante


Q: Pedro é estudante Q: Zenóbio é careca ou Pedro é estudante
R: O número 25 é um quadrado perfeito R: Se Zenóbio é careca, então é feliz

As proposições compostas são também chamadas de fórmulas proposicionais. Constrói-se uma proposição composta a
partir de duas ou mais proposições simples e do uso de conectivos.

1.3 – Conectivos

Definição: Chamam-se conectivos as palavras usadas para formar proposições compostas a partir de proposições simples.
Temos 1 conectivo unário e 4 conectivos binários. Ex.:

P: O número 6 é par e o número 8 é o cubo do número 2


Q: O triângulo ABC é retângulo ou o triângulo ABC é isósceles
R: Não está chovendo
S: Se Jorge é engenheiro, então sabe matemática
T: O triângulo ABC é equilátero se e somente se é equiângulo (subentende .. o triângulo ABC...)

Podemos considerar como conectivos usuais da lógica as palavras grifadas, isto é:


E, Ou, Não, Se ... Então..., ... Se e somente se... (sse)

Exercício:
3) Dentre as proposições do exercício 1, quais são:
a) Simples: b) Compostas:

1.4 – Tabela-Verdade
Construção das tabelas - verdades:

Segundo o princípio do terceiro excluído, toda proposição simples p é verdadeira ou é falsa, isto é, tem o valor lógico V
(verdade) ou o valor lógico F (falsidade).

P V
V P
F
F
5

O valor lógico de uma expressão composta depende unicamente dos valores lógicos das expressões simples que compõem
a mesma. Admitindo isso, recorre-se a um dispositivo denominado tabela – verdade para aplicar este conceito na prática.

Na tabela – verdade figuram todos os possíveis valores lógicos da proposição correspondentes a todas as possíveis
atribuições de valores lógicos às proposições simples componentes. Assim, por exemplo, uma proposição composta cujas
proposições simples componentes são p e q pode ter as possíveis atribuições:

p q
1 V V
2 V F
3 F V
4 F F

Neste caso, as combinações entre os elementos são: VV, VF, FV e FF. As tabelas - verdade são construídas como arranjos
dos elementos componentes, e como um elemento pode receber somente os valores V ou F, o tamanho de uma tabela é
dado pela quantidade de elementos combinados:

No caso de uma proposição composta com 3 elementos, teríamos 8 combinações possíveis:


VVV, VVF, VFV, VFF, FVV, FVF, FFV, FFF.

p q r
1 V V V
2 V V F
3 V F V
4 V F F
5 F V V
6 F V F
7 F F V
8 F F F

Observação 1: a ordem das letras pode ser diferente e a combinação entre as letras também pode ser dirente da
apresentada acima. Deve-se somente tomar o cuidado de não repetir duas combinações (2 linhas c/ VVF, por exemplo).

Observação 2: Para construirmos as tabelas – verdade podemos usar as seguintes regras. O número de linhas sempre
depende do número de elementos combinados, e como uma preposição pode assumir os valores V ou F, o número de
linhas de uma tabela – verdade é dado por 2n.

1 elemento : 2 l linhas = 2 linhas


2 elementos: 2 l linhas = 4 linhas
3 elementos: 2 l linhas = 8 linhas
4 elementos: 2 l linhas = 16 linhas

Para construir a tabela inicia-se sempre atribuindo V, F,V, F,... para o elemento mais à direita da tabela, V, V, F, F,...
para o segundo elemento da direita para a esquerda, V, V, V, V, F, F, F, F, ... para o terceiro elemento à partir da
esquerda e assim, sucessivamente.
Exercício: construa uma tabela – verdade para 4 elementos: p, q, r, s.

1.5. Notação

O valor lógico para uma proposição simples p indica-se por V(p). Assim, exprime-se que p é verdadeiro escrevendo: V
(p) = V.

Analogamente, pode-se exprimir que a proposição p tem o valor falso utilizando-se V(p) = F.
Considerando, por exemplo, as seguintes proposições simples:
p: O Sol é verde
q: um hexágono tem 6 lados
r: 2 é um número ímpar
s: um triângulo tem 4 lados
Temos:
V(p)=F V(q)=V V(r) =F V(s) =F
6

2. Operações lógicas sobre as Proposições

Quando pensamos, efetuamos muitas vezes certas operações sobre proposições, chamadas operações lógicas. Estas
obedecem a regras de um cálculo, denominado Cálculo Proposicional, semelhante ao da aritmética sobre números. Serão
apresentadas, a seguir, as operações lógicas fundamentais do cálculo proposicional.

2.1 Negação (~)

Definição: chama-se negação de uma proposição p a proposição representada por “não p”, cujo valor lógico é verdade
(V) quando p for Falso e falsidade (F) quando valor de p é verdadeiro. Assim, “não p” tem o valor oposto do valor de p.
A negação de p indica-se com a notação “~p”, e é lido como “não p”.

O valor lógico da negação de uma proposição é definido por uma tabela – verdade muito simples:

p ~p
1 V F
2 F V

Ou seja: ~V = F, ~F = V e V (~P) = ~ V(P)

Exemplos:

(1) p: 2 + 3 = 5 (V) e ~p: ~(2 + 3 = 5) (F)


V (~p) = ~V(p) = ~V = F

(2) q: 7 < 3 (F) e ~q: ~(7 < 3) (V)


V (~p) = ~V(q) = ~F = V

(3) r: Roma é a capital da França (F)


V (~r) = ~V(r) = ~F = V

Na linguagem comum a negação efetua-se, nos casos mais simples, antepondo o advérbio “não” ao verbo da proposição
dada. Assim, por exemplo, considerando a proposição:
p : O Sol é uma estrela

sua negação é :
~p : O Sol não é uma estrela

Outra maneira de efetuar a negação consiste em antepor à proposição dada expressões tais como “não é verdade que”, “é
falso que”. Assim, por exemplo, considerando a proposição:
q : Carlos é mecânico

sua negação é :
~q : Não é verdade que Carlos é mecânico

Deve-se tomar um pouco de cuidado com a negação, porque, por exemplo a negação de “Todos os homens são elegantes”
é “Nem todos os homens são elegantes” e a de “Nenhum homem é elegante” é “Algum homem é elegante”.

2.2. Conjunção ( . , ^ )

Definição: chama-se conjunção de duas proposições p e q a proposição representada por “p e q”, cujo valor lógico é a
verdade (V) quando as proposições p e q são ambas verdadeiras a falsidade (F) nos demais casos.

Simbolicamente, a conjunção de duas proposições p e q indica-se com a notação: “p . q”, que se lê: “p e q”.
O valor lógico da conjunção de duas proposições é, portanto, definido pela seguinte tabela – verdade:

p q p.q
V V V
V F F
F V F
F F F
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ou seja, pelas igualdades:

V . V = V, V . F = F, F . V, F.F=F e
(p ^ q) = V (p) ^ V (q)

Exemplos:

(1)
{qp::25V
A neve é brancaV 
 }
p . q: A neve é branca e 2 < 5 (V)
V (p . q) = V(p) . V(q) = V . V = V

(2)
{qp::7Oéenxofre
um número primoV }
é verde F 

p ^ q : O enxofre é verde e 7 é um número primo (F)


V (p ^ q) = V(p) ^ V (q) = F ^ V = F

(3) {qp::CANTOR nasceu na Rússia V 


FERMAT era médico F  }
p ^ q : CANTOR nasceu na Rússia e FERMAT era médico (F)
V (p ^ q) = V(p) ^ V(p) = V ^ F = F

2.3. Disjunção ( v , + )

Definição: chama-se disjunção de duas proposições p e q a proposição representada por “p ou q”, cujo valor lógico é a
verdade( V ) quando ao menos uma das proposições p e q é verdadeira e a falsidade (F) quando as proposições p e q são
ambas falsas.

Simbolicamente, a disjunção de duas proposições p e q indica-se com a notação: “p + q”, que se lê: “p ou q”.
O valor lógico da disjunção de duas proposições é, portanto definido pela seguinte tabela – verdade:

p q p+q
V V V
V F V
F V V
F F F
V (p + q) = V (p) + V (q)

Exemplos:

(1) {qp::9−4=5V
Paris é a capital da FrançaV 
 }
p + q: Paris é a capital da França ou 9 – 4 = 5 (V)
V (p + q) = V(p) + V(q) = V + V = V

(2)
{22=3
p :Camões escreveu os LusíadasV 
F }
p + q : CAMÕES escreveu os Lusíadas ou 2 + 2 = 3 (V)
V (p + q) = V(p) + V(q) = V + F = V
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(3)
{5/7
p : Roma é a Capital da Rússia  F 
é uma fração própriaV  }
p + q : Roma é a capital da Rússia ou 5/7 é uma fração própria (V)
V (p + q) = V(p) + V(p) = F + V = V

(4)
{2−2=1
p : Pelé nasceu na Bahia  F 
F }
p + q: Pelé nasceu na Bahia ou 2-2 = 1 (F)
V (p + q) = V (p) + V(q)= F + F = F

2.4. Disjunção Exclusiva ( , + )

Na linguagem comum a palavra “ou” tem dois sentidos. Assim, p. ex., consideremos as duas seguintes proposições
compostas:
P : Carlos é médico ou professor
Q: Mário é alagoano ou gaúcho

Na proposição P se está a indicar que uma pelo menos das proposições “Carlos é médico”, “Carlos é professor” é
verdadeira, podendo ser ambas verdadeiras: “Carlos é médico e professor”. Mas, na proposição Q, é óbvio que uma e
somente uma das proposições “Mário é alagoano”, “Mário é gaúcho” é verdadeira, pois, não é possível ocorrer “Mário é
alagoano e gaúcho”.

Na proposição P diz-se que “ou” é inclusivo, enquanto que, na proposição Q, diz-se que “ou” é exclusivo.

Em Lógica Matemática usa-se habitualmente o símbolo “+” para “ou” inclusivo e os símbolos “+, ” para “ou” exclusivo.
Assim sendo, a proposição P é a disjunção inclusiva ou apenas disjunção das proposições simples “Carlos é médico”,
“Carlos é professor”, isto é:

P: Carlos é médico + Carlos é professor

A proposição Q é a disjunção exclusiva das proposições simples “Mário é alagoano”, “Mário é gaúcho”, isto é:

Q: Mário é alagoano  Mário é gaúcho

De um modo geral, chama-se disjunção exclusiva de duas proposições p e q a proposição representada simbolicamente
por “p  q”, que se lê: “ou p ou q” ou “p ou q, mas não ambos”, cujo valor lógico é verdade (V) somente quando p é
verdadeira ou q é verdadeira, mas não quando p e q são ambas verdadeiras, e falsidade(F) quando p e q são ambas
verdadeiras ou ambas falsas.

O valor lógico da disjunção exclusiva de duas proposições é definido pela seguinte tabela – verdade:

p Q pq
V V F
V F V
F V V
F F F

2.5 Condicional ():

Definição: chama-se condicional uma proposição representada por “se p então q” cujo valor lógico é falsidade (F)
quando p é verdadeira e q é falsa e verdade (V) nos outros casos.

Simbolicamente, a condicional de duas proposições p e q indica-se com a notação “pq” e pode ser lida das seguintes
formas:
I. p implica q
II. se p então q
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III. p é condição suficiente para q


IV. q é condição necessária para p

Na condicional “pq” , diz-se que p é o antecedente e o q o conseqüente. O símbolo “” é chamado de implicação.
Considere o seguinte exemplo:

João trabalha em uma estação meteorológica e faz a seguinte afirmação no dia 03 de março:
Se a umidade subir acima de 90 %, então choverá em menos de 24 horas
p: A umidade sobe acima de 90 % q: Choverá em menos de 24 horas.

Até o dia 05, embora a umidade estivesse a 95 % durante as últimas 48 horas, não choveu. Isso significa que a afirmação
feita anteriormente era falsa, ou seja:
V(p  q) : F | V(v  f): F

 Isso significa que sempre que o antecedente for verdadeiro, o conseqüente deve ser verdadeiro para que o resultado de
toda a proposição seja verdadeira. O condicional não afirma a veracidade do antecedente e do conseqüente, mas a
relação existente entre eles.

Ex2.: Se João é Engenheiro, então sabe matemática.

A tabela – verdade da condicional de duas proposições é, portanto:

P q pq
1 V V V
2 V F F
3 F V V
4 F F V

2.6 Bicondicional (  ):

Definição: chama-se bicondicional uma proposição representada por “p se e somente se q” cujo valor lógico é verdade
(V) quando p e q são ambas, verdadeira ou falsas.

Simbolicamente, a bicondicional de duas proposições p e q indica-se com a notação “p  q” e pode ser lida das seguintes
formas:
i. p é condição necessária e suficiente para q
ii. q é condição necessária e suficiente para p
iii. p se e somente se q (será mais utilizado) podendo ter a abreviação “p sse q”.

A tabela – verdade da bicondicional de duas proposições é, portanto:

P q Pq
1 V V V
2 V F F
3 F V F
4 F F V

Quando se tem uma bicondicional p  q, na verdade implicamos p  q, e q  p ao mesmo tempo, ou seja, só é verdade
quando as duas condicionais são verdadeiras.

Considerando que p  q só é verdade quando as duas condicionais pq e qp são verdades, temos falsidade nos casos:
pq sendo v(p)= V e V(q) = F e,
qp sendo v(q)= V e V(p) = F e,
correspondentes às linhas 2 e 3 da tabela verdade.

Ex: João é careca, sse João não tem cabelo. Isso na verdade implica:
i) Se joão é careca, então João não tem cabelo e
ii) Se João não tem cabelo, então João é careca.

Obrigatoriamente, as duas proposições simples que compõem cada uma das proposições condicionais i e ii devem ser:
ambas verdadeiras ou falsas, para a bicondicional ser verdadeira.
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Exercícios:
4) Classifique cada uma das proposições compostas do exercício 1:
a) conjunção:
b) disjunção:
c) disjunção exclusiva:
d) condicional:
e) bicondicional:

5) Seja p a proposição “Está frio” e q a proposição “Está chovendo”. Traduzir, para a linguagem corrente, as seguintes
proposições:
a) ~p
b) p.q
c) p+q
d) q <-> p
e) p -> ~q
f) q v ~p
g) ~p ^ ~q
h) p -> ~q
i) ~~q

6) Seja p a proposição “Jorge é rico” e q a proposição “Carlos é feliz”. Traduzir, para a linguagem corrente, as seguintes
proposições:
a) p+q
b) q->p
c) pv~q
d) q<->~p
e) ~p->q
f) (~p.q)->p

7) Traduza para a linguagem comum, sabendo que p: os preços são altos e q: os estoques são grandes.
a) (p.q) ->p
b) (p.~q) ->~p
c) ~p . ~q
d) p+~q
e) ~(p.q)
f) ~(p+q)
g) ~(~p+~q)

8) Seja p a proposição “Jorge é alto” e q a proposição “Jorge é elegante”. Traduzir, para a linguagem simbólica, as
seguintes proposições:
a) Jorge é alto e elegante.
b) Jorge é alto mas não é elegante.
c) Não é verdade que Jorge é baixo ou elegante.
d) Jorge não é baixo e nem é elegente.
e) Jorge é alto, ou é baixo e elegante.
f) Não é verdade que Jorge é baixo ou que não é elegante.

9) Determinar o valor lógico (V + F) de cada uma das seguintes proposições compostas:


a) Se 1 + 2 = 5, então 3 + 3 = 6
b) Não é verdade que 2 + 2 = 7 se e somente se 4 + 4 = 9
c) DANTE escreveu os Lusíadas ou 5 + 7 < 2
d) Não é verdade que 1 + 1 = 3 ou 20 = 1
e) É falso que , se Lisboa é a capital da França, então Brasília é a capital da Argentina.

10) Escrever simbolicamente para p: João é esperto, q: José é tolo.


a) João é esperto e José é tolo.
b) João é esperto ou José é tolo.
c) Ou João é esperto ou José é tolo.
d) João é esperto e José não é tolo

11) Seja p: Vanda é aluna e q: Sílvia é professora.


Escreva simbolicamente: Vanda é aluna ou não é verdade que Sílvia seja professora e Vanda seja aluna.

12) Símbolo para: Vanda tem 5 anos ou se Vanda é bonita, então, é tagarela.
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13) Dar os valores das proposições abaixo:


a) (8 > 2) . (4 <=4) f) (8-3= 5) -> (2 <= 2)
b) (6 < 10) . (6 > 3/2) g) (8>10) -> (6-2 = 4)
c) (6 < 2) + ((4-3) >=1) h) (8>10) -> (6 < 5)
d) (5 > 8)  (4>3) i) (4 < 2 ) <-> (8-2 = 15)
e) (4 < 2) + (2<4)

14) Dar o valor da proposição p nos casos adiantes:


a) V(pq) = V e V(q) = V
b) V(qp) = V e V(q) = F
c) V(q+p) = F e V(q) = F
d) V(q+p) = V e V(q) = V

15) Considerando V(p) = F , V(x) = F e V(y) = V


a) V(((p + q) . (x + y) )  p ) =
b) V(x . y  p ) =
c) V(p . y . p . x ) =

16) Verificar se a informação dada é suficiente para determinar o valor da expressão:


a) (p  s)  r, onde r tem o valor V
b) (p+r)+(s  q), onde q tem valor F
c) ((p+q )  (q.p))  ((r.p)+q), onde o valor de q é V.
d) ((p  q)  p, onde o valor de q é V.
e) ((p  q  p) p+q, onde o valor de q é V.
f) (p+q  r.p+q), onde o valor de q é F.

3. Tabelas-verdades de proposições compostas:

Dadas várias proposições simples p,q,r,..., podemos combiná-las mediante o uso dos conectivos:
~, ., +, , 

e construir proposições compostas, tais como:


(p.(~qp)). ~((p~q)(q+p))

Com o emprego das tabelas-verdades das operações lógicas fundamentais é possível construir a tabela-verdade
correspondente a qualquer proposição composta dada. Logicamente, o valor-verdade final depende dos valores lógicos das
proposições componentes.

Exercício:

17) Construir as tabelas-verdades:


a) (q.r) + m
b) (q+r)  ((q+s)  (p+s))
c) (p  r )  p
d) (p  r )  p
e) (p  (q  r))  ((p  q)  (p  r ))
f) ~ (p + q)  (~~p + ~q)

4. Tautologia, contradição e contingência (indeterminada)

As fórmulas proposicionais podem apresentar os seguintes casos quanto às suas tabelas-verdades:

a) Última coluna da tabela-verdade apresenta somente V(s)  Fórmula tautológica  Tautologia


b) Última coluna da tab. - verdade apresenta somente F(s)Fórmula contra-válidaContradição
c) Última coluna da tabela-verdade apresenta V(s) e F(s)  Fórmula indeterminada
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Exercício:

18) Verificar quais fórmulas são contradições, tautologias ou indeterminadas.


a) p  p+p
b) (a  b)  ((b  c)  (a  c))
c) (a  b ) . (b  a)
d) ~ a  a  b
e) a. (~a + b)
f) ~(~p . q )  ~p + ~q

5. Implicação Lógica e Equivalência Lógica

5.1. Relação de implicação: uma proposição p implica uma proposição q se e somente se p  q for uma tautologia.
Obs.: o símbolo  é de operação lógica e o símbolo  é de relação.
Ex.: p . q  p  q uma vez que a operação condicional  gera uma tautologia.
Tabela-Verdade:

Exercício:

19) Verificar as implicações.


a) p  p + q
b) p . q  p
c) (p + q) . ~p  q
d) (p  q) . p  q
e) (p  (q r))  q  (p  r)

5.2. Relação de Equivalência: uma proposição p é equivalente a uma proposição q se e somente se p  q for uma
tautologia.
Obs.: o símbolo  é de operação lógica e o símbolo  é de relação.

Ex.: “p  q” e “ ~p + q “ são proposições logicamente equivalentes pois possuem a mesma tabela-verdade. Então
dizemos:
p  q  ~p+q

Tabela-Verdade:

Exercício:

20)Verificar as equivalências.
a) ~(p.~p)  (p+~p)
b) p.(~p+q)  (p.q)
c) (p  (q  r))  q  (p r)
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Argumentos
Chama-se de argumento toda a afirmação de que várias proposições (p1, p2, ..., pn) têm por conseqüência uma outra
proposição q. As proposições p1, p2, ..., pn são as premissas, e a proposição q é a conclusão do argumento. Um
argumento é escrito da seguinte forma: p, pq, qr ├ r onde:

p, pq, qr ├ r
Premissas conclusão
Validade de um argumento através da Tabela-verdade: Um argumento é valido quando para todas as linhas da tabela
verdade onde as premissas forem verdadeiras, a conclusão também é verdadeira.
Exemplo: comprove a validade dos seguintes argumentos:
a) p, pq ├ q
b) pq, q ├ p
c) p  q, q ├ p
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Exercícios

a) ~pq, ~p ├ q v) Hoje é fim-de-semana se e somente se hoje for


b) ~p(qr), ~p, q ├ r Sábado ou Domingo. Hoje é Sábado. Então, hoje é
fim-de-semana.

c) t ~~p, p~q, t ├ ~q
d) ~p  ~~q, ~~~p ├ q w) pq, (pq)  (qp) ├ p  q
x) p  q ├ q  p
y) s(rp), a.s, pr ├ (pr) + q
e) p q, rs, p, r ├ q . s z) ~~(px), ~~(qx), x.pk, p+q, ku ├ u

f) p (q . r), p ├ p . q
g) p.q├q.p
h) (p . q)  (r . s), ~~p, q ├ s a) i, (i.c)~s, ~s~a ├ c  ~a
i) p├p.p b) p  q, qr ├ pr
j) ~p . q  u, ~~~p, sq, xr.s, x ├ u c) p ├ (pq)  q
k) s  ((p.q)~~r), p.q, t.s ├ r.t d) (p.q)r ├ p (qr)
e) p+q├q+p
f) (p.q) + (p.r) ├ p. (q+r)
l) p ├ (p+q) . (p+r)
m) p, ~~(pq) ├ q+ ~q
n) p, ~~(pq) ├ (r.s)+q g) pq, ~q ├ ~p
o) p ├ p+p h) p  ~q ├ ~(p.q)
i) ~p p ├ p
j) s~~v ├ ~v  ~s
p) Hoje é Sábado ou Domingo. k) (~s.v)~p, p, v ├ s
q) Se hoje é Sábado, então é fim-de-semana. l) ~(~p.~q), ~p ├ q
r) Se hoje é Domingo, então é fim-de-semana. m) ~p + ~q ├ ~(p . q)
s) Conclue-se que hoje é fim-de-semana. n) pq ├ ~p+q
t) (p+q).(p+r), ps, qs, pt,rt ├ s.t o) ~ ( p . q) ├ ~p + ~q
u) p+p, p(q.r) ├ r
Exercícios complementares
g) (g+n)  ~c ├ ~~ c  ~(g+n)

1. Formalize e prove os seguintes argumento


C A conclusão deste argumento é verdadeira
P As premissas deste argumento são verdadeiras
S Este argumento é correto
V Este argumento é válido

a) Este argumento não é incorreto. Portanto, este argumento é correto.


h) Este argumento é correto. Portanto, este argumento não é incorreto.
i) Se este argumento for correto, então ele será válido. Ele não é válido.Portanto, ele não é correto.
j) Se este argumento for correto então ele não será inválido. Ele é correto. Daí, ele é válido.
k) Se este argumento for correto então ele não será inválido. Assim, se ele for inválido, então ele será incorreto.
l) Este argumento é correto e válido. Portanto, Ele é correto ou ele é inválido.
m) Este argumento não é, ambos, correto e inválido. Ele é correto. Portanto, ele é válido.
n) Este argumento é correto sse todas suas premissas forem verdadeiras. Suas premissas não são verdadeiras. Portanto,
ele é incorreto.
o) Se a conclusão deste argumento for não-verdadeira, então este argumento é incorreto. Assim sendo, não é o caso que
este argumento é correto e sua conclusão não-verdadeira.
p) Se este argumento for incorreto e válido, nem todas as suas premissas são verdadeiras. Todas as suas premissas são
verdadeiras. Ele é válido. Portanto, ele é correto.
q) Se este argumento for válido e todas as suas premissas forem verdadeiras, então ele será correto. Se ele for correto,
então sua conclusão é verdadeira. Todas suas premissas são verdadeiras. Portanto, se este argumento for válido então
sua conclusão será verdadeira.
r) Ou este argumento é incorreto ou, caso contrário ele é válido e todas suas premissas são verdadeiras. Então, ele é
incorreto ou válido.

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