Determinantes
Matemática
Prof. Mauricio José
CURSINHO DA POLI-USP DO GRÊMIO POLITÉCNICO SÃO PAULO - 2012
Determinantes
Definição e Conceito Matriz de ordem 1
Dizemos que um determinante é um
resultado (numérico) de operações que são
Seja: 𝐴 = 𝑎11
realizadas em uma matriz quadrada.
Então: 𝑑𝑒𝑡𝐴 = 𝑎11
Consideremos a matriz quadrada A, de
ordem (n x n), abaixo:
Matriz de ordem 2
𝑎11 𝑎12 𝑎13 𝑎1𝑛 𝑎11 𝑎12
⋯ 𝑎 𝐴= 𝑎
A= 𝑎21 𝑎22 𝑎23 2𝑛 Seja:
21 𝑎22
⋮ ⋱ ⋮
𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 𝑎𝑛3 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 Uma matriz 2 x 2 qualquer. O
determinante de A é a diferença entre a
O determinante de A é indicado por: diagonal principal e a diagonal secundária.
Exemplo
𝑎11 𝑎12 𝑎13 𝑎1𝑛
⋯ 2 1 2 1
𝑑𝑒𝑡 𝑎21 𝑎22 𝑎23 𝑎2𝑛 𝐴= 𝑑𝑒𝑡𝐴 =
⋮ ⋱ ⋮ 3 6 3 6
𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 𝑎𝑛3 ⋯ 𝑎𝑛𝑛
ou 𝑑𝑒𝑡𝐴 = 6.2 − 3.1 = 9
det A Matriz de ordem 3
ou
Para calcularmos o determinante de
𝑎11 𝑎12 𝑎13 𝑎1𝑛 uma matriz de ordem 3 (ou superior),
𝑎21 𝑎22 𝑎23 ⋯ 𝑎2𝑛
devemos recorrer a um algoritmo prático
denominado Regra de Sarrus, que consiste
em:
⋮ ⋱ ⋮
𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 𝑎𝑛3 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 1. Repetir as duas primeiras colunas
2. Calcular o produto dos elementos de
cada uma das diagonais ‘para a direita’.
Note que ao usarmos duas barras 3. Repetir a operação para as diagonais
verticais, estamos sempre nos referindo a ‘para a esquerda’.
um determinante! 4. Subtrair o resultado da soma das
parcelas do passo (3) do resultado da
soma das parcelasdo passo (2).
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Regra de Sarrus
Esquematicamente: Exemplo:
1. 2 1 −3
𝑎11 𝑎12 𝑎13 𝑎11 𝑎12 𝐴= 3 2 4
𝑑𝑒𝑡𝐴 = 𝑎21 𝑎22 𝑎23 𝑎21 𝑎22 2 5 −2
𝑎31 𝑎32 𝑎33 𝑎31 𝑎32
2 1 −3 2 1
2. 𝑑𝑒𝑡𝐴 = 3 2 4 3 2
𝑎11 𝑎12 𝑎13 𝑎11 𝑎12 2 5 −2 2 5
𝑎21 𝑎22 𝑎23 𝑎21 𝑎22
𝑎31 𝑎32 𝑎33 𝑎31 𝑎32
𝑑𝑒𝑡𝐴 = 2.2. −2 + 1.4.2 + −3 . 3.5
𝑎11 . 𝑎22 . 𝑎33 = 𝑅1 − −3 . 2.2 − 2.4.5 − 1.3. (−2)
𝑎12 . 𝑎23 . 𝑎31 = 𝑅2
𝑑𝑒𝑡𝐴 = −8 + 8 − 45
𝑎13 . 𝑎21 . 𝑎32 = 𝑅3 +12 − 40 + 6 = −67
3.
𝑎11 𝑎12 𝑎13 𝑎11 𝑎12 Exercícios
𝑎21 𝑎22 𝑎23 𝑎21 𝑎22
1. (UEL) A solução positiva da equação
𝑎31 𝑎32 𝑎33 𝑎31 𝑎32
2 5 𝑥 1 é um número:
𝑎13 . 𝑎22 . 𝑎31 = 𝑅4 =
𝑥 5 4 𝑥
𝑎11 . 𝑎23 . 𝑎32 = 𝑅5
a) Ímpar b) primo c) não inteiro
𝑎12 . 𝑎21 . 𝑎33 = 𝑅6 d) cubo perfeito e) quadrado perfeito
2. (UNIFOR) Considere as matrizes
4.
2 −1
−1 0 1
𝑑𝑒𝑡𝐴 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 − 𝐴= 𝐵= 1 2
0 2 −2
(𝑅4 + 𝑅5 + 𝑅6) 0 1
Então o determinante de A.B vale:
a) 64 b) 8 c) 0
d) -8 e) -64
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Determinante Nulo
Determinante Nulo Fila Combinação Linear: Uma fila é dita
combinação linear das outras filas paralelas,
quando esta fila puder ser obtida pela soma ou
É possível notar que em certas situações, as subtração de múltiplos inteiros de outras filas.
matrizes possuem singularidades que facilitam
o cálculo de seus respectivos determinantes. Exemplo:
Um desses casos é a situação na qual o 3 2 0
determinante é nulo.
𝐴= 3 1 3
Chamamos uma coluna ou linha qualquer
de uma matriz de fila. O determinante de uma
1 2 −4
matriz sempre será nulo nas seguintes
Se chamarmos de C1 a primeira coluna, C2
situações:
a segunda e assim por diante, podemos notar
que:
1. A matriz possui uma fila nula.
2. A matriz possui duas filas paralelas 𝐶3 = 2. 𝐶1 − 3. 𝐶2
iguais. Neste caso, dizemos que C3 é combinação
3. A matriz possui duas filas paralelas linear de C1 e C2, e portanto detA = 0.
proprocionais.
Observação:
4. Uma fila da matriz for combinação
linear de outras duas filas paralelas. Se o determinante de uma matriz for nulo,
então pelo menos uma das quatro condições
Vamos falar de cada caso separadamente: aqui expostas é satisfeita.
Fila Nula: É intuitivo que se uma fila for nula, Exercício
todos as operações resultantes da Regra de
Sarrus serão multiplicadas por zero! Portanto, o
determinante será nulo. 1. (FEI) Para que o determinante da matriz
Filas Paralelas Iguais: Se duas filas paralelas 1+𝑎 −1
forem iguais, a simetria decorrente das 𝐴=
operações da Regra de Sarrus tornam o
3 1−𝑎
determinante nulo.
seja nulo, o valor de a deve ser:
Obs: Note que por filas paralelas iguais, nos a) 2 ou -2 b) 1 ou 3 c) -3 ou 5
referimos a duas colunas iguais OU duas linhas d) -5 ou 3 e) 4 ou -4
iguais.
Filas Paralelas Proporcionais: Se duas filas
paralelas forem proporcionais, assim como no
caso anterior, a simetria das operações da Regra
de Sarrus tornam nulo o determinante da
matriz.
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Propriedades
Alterações no determinante Exemplo:
- Multiplicando uma fila por 𝜶: 1 2 1
Consideremos o determinante da matriz 𝐴= 2 2 0
abaixo:
1 3 3
1 2 3
Aplicando a Regra de Sarrus encontramos:
1 1 2 =4
1 3 0 1 2 1
Se multiplicarmos a segunda linha por
𝛼 = 3, então: 𝑑𝑒𝑡𝐴 = 2 2 0 = −2
1 2 3 1 2 3 1 3 3
3.1 3.1 3.2 = 3 3 6 = 12 Multiplicando a matriz por 𝛼 = 2, obtemos:
1 3 0 1 3 0
Não é um mero acaso que o determinante det 2𝐴 = 𝛼 𝑛 . det A =
também é multiplicado por 𝛼 = 3. De fato, de
modo geral:
= 23 . det 𝐴 = 8. −2 = −16
Resultado: O determinante é
multiplicado por 𝛼. det 2𝐴 = −16
- Multiplicando a matriz por 𝜶: - Trocando filas paralelas:
Multiplicar uma matriz por um valor 𝛼 é o
mesmo que multiplicar 𝑛 filas por 𝛼 (ver 1 1 −1
multiplicação de uma matriz por um escalar.
2 3 0 = −4
Portanto, o determinante será multiplicado
por 𝛼 várias vezes, dependendo do número de
1 4 1
filas da matriz. Como ao falar de determinantes Se trocarmos a 2ª e a 3ª linha de lugar,
estamos sempre nos referindo a matrizes teremos:
quadradas, então o determinante é
multiplicado por 𝜶𝒏 , em que 𝒏 é a ordem da
matriz quadrada. 1 1 −1
1 4 1 =4
Resultado: O determinante é
multiplicado por 𝛼 𝑛 . 2 3 0
De modo geral:
Resultado: O determinante troca de
sinal.
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Propriedades
Exercício Note que a terceira coluna não é
combinação linear das outras duas. Como os
1. (MACKENZIE) – A é uma matriz quadrada de termos 𝑐, 𝑝 e 𝑧 não existem nas outras duas
ordem 4 e detA = -6. O valor de x que satisfaz colunas, é impossível construir a terceira coluna
det(2A) = x – 97 é: como combinação linear das outras duas.
a) -12 b) 0 c) 1
Obs: O determinante também não se altera
d) 97/2 e) 194
ao trocarmos ordenadamente linhas por
colunas, ou seja:
Teorema de Jacobi
O Teorema de Jacobi informa que, se a uma det 𝐴 = det(𝐴𝑡 )
determina fila somarmos uma combinação
linear das demais filas, então o determinante
não se altera. Exercícios
𝑎 𝑏 𝑐 𝑎 𝑏 𝑐 + 2𝑎 − 3𝑏 1. O determinante
𝑚 𝑛 𝑝 = 𝑚 𝑛 𝑝 + 2𝑚 − 3𝑛
𝑥 𝑦 𝑧 𝑥 𝑦 𝑧 + 2𝑥 − 3𝑦 𝑥 𝑥+𝑎 𝑥+𝑏
𝑦 𝑦+𝑎 𝑦+𝑏
Note que o determinante não é nulo, pois 𝑧 𝑧+𝑎 𝑧+𝑏
estamos somando uma combinação linear. O
determinante é nulo se a fila já é combinação é nulo:
linear.
a) Para quaisquer valores de x, y e z
Perceba: b) Somente se x = y = z = 0
c) Somente se x = y = z = a ou x = y = z = b
𝑎 𝑏 2𝑎 − 3𝑏 d) Somente se a = b = 0
𝑚 𝑛 2𝑚 − 3𝑛 = 0 e) Somente se a = b = 1 e x ≠ y
𝑥 𝑦 2𝑥 − 3𝑦 2. QUESTÃO BOA – (PUC) Se somarmos 4 a
todos os elementos da matriz
A terceira coluna é combinação linear das
outras duas colunas. Já no caso abaixo: 1 2 3
𝐴= 1 1 𝑚
𝑎 𝑏 𝑐 + 2𝑎 − 3𝑏
𝑚 𝑛 𝑝 + 2𝑚 − 3𝑛 1 1 1
𝑥 𝑦 𝑧 + 2𝑥 − 3𝑦 cujo determinante vale D, então o
determinante da nova matriz vale:
a) 2D b) 3D c) 4D
d) 5D e) 6D
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Teorema de Laplace
Co-fator de um elemento Teorema de Laplace
O co-fator é um complemento algébrico de De acordo com este teorema, o
um determinado elemento 𝑎𝑖𝑗 em relação ao determinante de qualquer matriz é igual soma
restante da matriz. Sendo 𝐴𝑖𝑗 o co-fator do dos produtos dos elementos de uma fila
elemento 𝑎𝑖𝑗 , então ele é tal que: pelos seus respectivos co-fatores.
Seja M a matriz 4x4 abaixo:
𝐴𝑖𝑗 = (−1)𝑖+𝑗 . 𝐷 𝑖𝑗
Em que 𝐷𝑖𝑗 é o determinante que se obtém 𝑎11 𝑎12 𝑎13 𝑎14
eliminando a linha 𝑖 e a coluna 𝑗 da matriz. 𝑎21 𝑎22 𝑎23 𝑎24
Exemplo:
𝑀= 𝑎31 𝑎32 𝑎33 𝑎34
Vamos calcular o co-fator 𝐴23 do elemento 𝑎41 𝑎42 𝑎43 𝑎44
𝑎23 da matriz M abaixo:
Se escolhermos a 2ª linha, então, pelo
1 5 2 Teorema de Laplace:
𝑀= 4 8 3 𝒅𝒆𝒕𝑴 = 𝒂𝟐𝟏 . 𝑨𝟐𝟏 + 𝒂𝟐𝟐 . 𝑨𝟐𝟐 + 𝒂𝟐𝟑 . 𝑨𝟐𝟑 + 𝒂𝟐𝟒 . 𝑨𝟐𝟒
1 2 −1
Se escolhermos a 3ª coluna, então, pelo
Eliminando a linha e a coluna do elemento Teorema de Laplace:
𝑎23 = 3, temos:
𝒅𝒆𝒕𝑴 = 𝒂𝟏𝟑 . 𝑨𝟏𝟑 + 𝒂𝟐𝟑 . 𝑨𝟐𝟑 + 𝒂𝟑𝟑 . 𝑨𝟑𝟑 + 𝒂𝟒𝟑 . 𝑨𝟒𝟑
A grande vantagem em se utilizar o
1 5 2
1 5 Teorema de Laplace está em realizar operações
4 8 3 = −3 que em envolvem determinantes de ordem n-1
1 2 para calcular determinantes de matrizes de
1 2 −1 ordem n, de modo que é um método
recomendando para matrizes de ordem n>3.
𝐷23 = −3 - Como usar o Teorema de Laplace -
O cálculo de determinantes de ordem alta é
Mas sabemos que o co-fator é dado por: ainda mais simplificado se escolhermos uma fila
com o maior número de zeros possível.
𝐴𝑖𝑗 = (−1)𝑖+𝑗 . 𝐷 𝑖𝑗 = −1 2+3 . −3 Por exemplo, se na matriz M anterior
= −1 . −3 = 3 tivermos 𝑎13 = 𝑎23 = 𝑎33 = 0, e escolhermos a
3ª coluna, pelo Teorema de Laplace:
𝒅𝒆𝒕𝑴 = 𝒂𝟏𝟑 . 𝑨𝟏𝟑 + 𝒂𝟐𝟑 . 𝑨𝟐𝟑 + 𝒂𝟑𝟑 . 𝑨𝟑𝟑 + 𝒂𝟒𝟑 . 𝑨𝟒𝟑
= 𝟎. 𝑨𝟏𝟑 + 𝟎. 𝑨𝟐𝟑 + 𝟎. 𝑨𝟑𝟑 + 𝒂𝟒𝟑 . 𝑨𝟒𝟑
𝒅𝒆𝒕𝑴 = 𝒂𝟒𝟑 . 𝑨𝟒𝟑
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Teorema de Laplace
- Como obter uma fila com zeros - Na primeira coluna, podemos somar à linha
1 a seguinte combinação linear:
Se não houver nenhuma fila que possua
uma quantidade razoável de zeros, podemos 𝐿1 − 2. 𝐿2
obter uma, sem alterar o determinante, por Ainda na primeira coluna, podemos somar
meio da seguinte técnica: à linha 3 a seguinte combinação linear:
1. Encontrar um elemento 𝒂𝒊𝒋 = 𝟏. 𝐿3 + 2. 𝐿2
2. Se não houver nenhum, podemo
obtê-lo somando combinações lineares a Obtendo:
uma fila, por meio do Teorema de Jacobi.
3. Usando o elemento 𝒂𝒊𝒋 = 𝟏 ,
2 − 2. (1) 4 − 2. (3) 6 − 2. (17)
podemos multiplicar sua fila e subtraí-la
das outra filas, para obter elementos
1 3 17
iguais a zero. −2 + 2. (1) 8 + 2. (3) 10 + 2. (17)
Exemplo: 0 −2 −28
= 1 3 17
Vamos usar esta ténica para calcular o 0 14 44
determinante:
Chegamos a uma situal excelente para
2 4 6 aplicarmos o Teorema de Laplace na 1ª coluna!
Portanto:
𝑑𝑒𝑡𝐴 = 3 −5 7
−2 8 10 Teorema de Laplace na 1ª coluna:
Este determinante não possui nenhum
elemento igual a 1. No entanto, é fácil notar que 𝑑𝑒𝑡𝐴 = 0. 𝐴11 + 1. 𝐴21 + 0. 𝐴31 = 𝐴21
se somarmos a linha 3 à linha 2, teremos
𝑎21 = 1. Logo: Mas:
−2 −28
2 4 6 𝐴21 = (−1)2+1 . = −1 . −88 + 392
14 44
𝐿2 + 𝐿3~ 3 + (−2) −5 + 8 7 + 10
−2 8 10 = −304
Portanto:
2 4 6
= 1 3 17
−2 8 10
Agora que possuimos um elemento igual a
𝑑𝑒𝑡𝐴 = 𝐴21 = −304
1, podemos utilizá-lo para zerar elementos da
primeira coluna ou segunda linha.
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Regra de Chió
Exercícios A Regra de Chió consiste em:
1. Eliminar da matriz a linha e coluna que
1. Calcule o determinante da matriz contém o elemento 𝑎𝑖𝑗 = 1.
1 5 2 1 𝑎 𝑏 𝑐
𝑀= 4 8 3 𝑥 𝑚 𝑛 𝑝
1 2 −1
𝑦 𝑞 𝑟 𝑠
aplicando o teorma de Laplace na 3ª coluna.
𝑧 𝑡 𝑢 𝑣
2. Sendo 𝑎, 𝑏 e 𝑐 números reais quaisquer,
calcule o determinante de 2. Subtrair dos elementos restantes, o produto
correspondentes na linha e coluna eliminadas.
1 1 1 1 1 𝑎 𝑏 𝑐
1 1+𝑎 1 1 𝑥 𝑚 − 𝑎𝑥 𝑛 − 𝑏𝑥 𝑝 − 𝑐𝑥
1 1 1+𝑏 1 𝑦 𝑞 − 𝑎𝑦 𝑟 − 𝑏𝑦 𝑠 − 𝑐𝑦
1 1 1 1+𝑐
𝑧 𝑡 − 𝑎𝑧 𝑢 − 𝑏𝑧 𝑣 − 𝑐𝑧
3. Calcule:
3. Calcular a matriz resultante e multiplicar o
𝑛+1 𝑛+2 𝑛+3 resultado por (−1)𝑖+𝑗 , em que 𝑖 e 𝑗 são a linha e
coluna do elemento igual a 1 escolhido
𝑛+2 𝑛+3 𝑛+4 inicialmente.
𝑛+3 𝑛+4 𝑛+5
𝑚 − 𝑎𝑥 𝑛 − 𝑏𝑥 𝑝 − 𝑐𝑥
Regra de Chió 𝑞 − 𝑎𝑦 𝑟 − 𝑏𝑦 𝑠 − 𝑐𝑦 (−1)𝑖+𝑗
𝑡 − 𝑎𝑧 𝑢 − 𝑏𝑧 𝑣 − 𝑐𝑧
A Regra de Chió é um dispositivo prático
que serve para diminuir a ordem de uma Exercício
matriz sem alterar seu determinante. Ele é
consequência direta do Teorema de Laplace. 1. Calcule o seguinte determinante usando a
Regra de Chió
Para utilizá-lo, a matriz deve ter um
elemento 𝑎𝑖𝑗 = 1. Se a matriz não possuir um, 1 1 3 1
ele deve ser obtido usando o Teorema de Jacobi
(ver tópico sobre Teorema de Laplace). 1 3 3 2
2 5 3 3
1 1 1 1
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Propriedades Complementares
Teorema de Binet Soma de Determinantes
Sejam A e B duas matrizes quadradas de Vale a seguinte identidade:
mesma ordem. Então:
𝑚 𝑥+𝑎 𝑞 𝑚 𝑥 𝑞 𝑚 𝑎 𝑞
det 𝐴. 𝐵 = det 𝐴 . det(𝐵) 𝑛 𝑦+𝑏 𝑟 = 𝑛 𝑦 𝑟 + 𝑛 𝑏 𝑟
𝑝 𝑧+𝑐 𝑠 𝑝 𝑧 𝑠 𝑝 𝑐 𝑠
Determinante de Vandermonde
Zeros em um lado da
Se um determinante for da forma
Diagonal Principal
1 1 1 1 O determinante é igual ao produto dos
elementos da diagonal principal.
𝑎 𝑏 𝑐 ⋯ 𝑥
Exemplo:
𝑎2 𝑏2 𝑐 2 𝑥2
⋮ ⋱ ⋮ 𝑘 0 0 0
𝑎𝑛−1 𝑏𝑛−1 𝑐 𝑛−1 ⋯ 𝑥 𝑛−1 𝑥 𝑦 0 0
= 𝑘. 𝑦. 𝑝. 𝑑
𝑚 𝑛 𝑝 0
Ele é chamado de Determinante de
𝑎 𝑏 𝑐 𝑑
Vandermonde, e pode ser calculado por meio da
seguinte identidade: Zeros em um lado da
Diagonal Secundária
𝑑𝑒𝑡 = 𝑏 − 𝑎 . 𝑐 − 𝑎 . 𝑐 − 𝑏 . 𝑑 − 𝑐 O determinante é igual ao produto dos
. 𝑑−𝑏 . 𝑑−𝑎 … elementos da diagonal secundária, multiplicado
𝑛(𝑛−1)
por (−1) 2 em que n é a ordem da matriz.
Note que na expressão acima, os termos
Exemplo:
que serão multiplicados, são todas as diferenças
possíveis entre os elementos da segunda linha,
exceto as subtrações dos elementos da segunda 1 3 2 1
𝑛(𝑛−1)
linha por elementos na mesma linhaque 5 7 2 0
estejam ‘à esquerda’ dele. = 1.2.5.4. (−1) 2
3 5 0 0
Logo, não entram termos como (𝑎 − 𝑏), 4 0 0 0
(𝑏 − 𝑑), etc.
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