SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Operação e
manutenção de
motosserra
“O SENAR-AR/SP está permanentemente
empenhado no aprimoramento profissional e
na promoção social, destacando-se a saúde
do produtor e do trabalhador rural.”
Fábio Meirelles
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Gestão 2012-2016
Fábio de Salles Meirelles
Presidente
JOSÉ CANDÊO ÂNGELO MUNHOZ BENKO
Vice-Presidente Diretor 2º Secretário
EDUARDO LUIZ BICUDO FERRARO MILTON LUIZ SARTO
Vice-Presidente Diretor 3º Secretário
PAULO FERNANDO MERCADANTE TURCI LUIZ SUTTI
Vice-Presidente Diretor 1º Tesoureiro
MARCIO ANTONIO VASSOLER CARLOS EMERENCIANO TIAGO
Vice-Presidente Diretor 2º Tesoureiro
JOSÉ EDUARDO COSCRATO LELIS PEDRO LUIZ OLIVIERI LUCCHESI
Diretor 1º Secretário Diretor 3º Tesoureiro
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
Administração Regional do Estado de São Paulo
Conselho Administrativo
Fábio de Salles Meirelles
Presidente
Daniel Klüppel Carrara EUNIZIO MALAGUTTI
Representante da Administração Central Representante do Segmento das Classes Produtoras
BRAZ AGOSTINHO ALBERTINI ADRIANA MENEZES DA SILVA
Presidente da FETAESP Representante do Segmento das Classes Produtoras
Mário Antonio de Moraes Biral
Superintendente
Sérgio Perrone Ribeiro
Coordenador Geral Administrativo e Técnico
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Operação e
manutenção de
motosserra
São Paulo - 2012
IDEALIZAÇÃO
Fábio de Salles Meirelles
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
SUPERVISÃO GERAL
Jair Kaczinski
Chefe da Divisão Técnica do SENAR-AR/SP
RESPONSÁVEL TÉCNICO
Marco Antônio de Oliveira
Divisão Técnica do SENAR-AR/SP
AUTORES
Herowilson Lemos Barbosa – Engenheiro agrícola
Nilson Pelozo – Engenheiro agrônomo
Paulo Roberto de Moraes Miguel – Administrador de Empresas
COLABORADORES
Sindicato Rural de Mogi Mirim
Sindicato Rural de Araras
Sindicato Rural de Buri
Sindicato Rural de Itapeva
Fazenda União do Brasil - Rodrigo Ferreira Lopes
José Roberto de Moraes Miguel
FOTOS
Denilson Donizete Pinto
Lucas Augusto Mattos de Sousa
REVISÃO GRAMATICAL
André Pomorski Lorente
DIAGRAMAÇÃO
Felipe Prado Bifulco
Diagramador do SENAR-AR/SP
Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a
expressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.
4 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................................. 7
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................................9
OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE MOTOSSERRA...................................................................................... 10
I – IDENTIFICAR A MOTOSSERRA................................................................................................................ 11
II – CONHECER A MOTOSSERRA................................................................................................................. 12
1. CONHEÇA OS DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA........................................................................... 12
2. CONHEÇA O SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO..................................................................................... 13
3. CONHEÇA O SISTEMA DE CARBURAÇÃO..................................................................................... 14
4. CONHEÇA O SISTEMA DE PARTIDA............................................................................................... 15
5. CONHEÇA O SISTEMA ELÉTRICO.................................................................................................. 16
6. CONHEÇA O SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO DA CORRENTE........................................................ 16
7. CONHEÇA O MOTOR....................................................................................................................... 17
8. CONHEÇA O SISTEMA DE TRANSMISSÃO.................................................................................... 19
9. CONHEÇA O SISTEMA DE CORTE.................................................................................................. 20
III – CONHECER AS NORMAS DE SEGURANÇA......................................................................................... 21
1. CONHEÇA ALGUNS ITENS DA N.R. 31........................................................................................... 21
2. CONHEÇA OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIS) PARA A OPERAÇÃO
E MANUTENÇÃO DE MOTOSSERRA.............................................................................................. 27
IV – CONHECER OS PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO DA MOTOSSERRA..................................... 29
1. IDENTIFIQUE AS FERRAMENTAS NECESSÁRIAS PARA A MANUTENÇÃO................................ 29
2. FAÇA A MANUTENÇÃO DIÁRIA........................................................................................................ 29
3. FAÇA A MANUTENÇÃO SEMANAL.................................................................................................. 48
4. FAÇA A MANUTENÇÃO MENSAL..................................................................................................... 52
5. FAÇA A MANUTENÇÃO PERIÓDICA................................................................................................ 62
V – EXECUTAR A DERRUBADA DA ÁRVORE.............................................................................................. 69
1. SELECIONE AS FERRAMENTAS E EPIS NECESSÁRIOS.............................................................. 69
2. PREPARE A MISTURA ÓLEO-GASOLINA........................................................................................ 69
3. VISTA O EPI....................................................................................................................................... 70
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 5
4. TRANSPORTE A MOTOSSERRA E FERRAMENTAS PARA A ÁREA DE TRABALHO.................... 70
5. PLANEJE O ABATE........................................................................................................................... 71
6. DETERMINE A DIREÇÃO DE QUEDA.............................................................................................. 71
7. LIMPE A BASE DO TRONCO DA ÁRVORE...................................................................................... 72
8. FAÇA A ROTA DE FUGA.................................................................................................................... 72
9. ABASTEÇA O RESERVATÓRIO DE ÓLEO LUBRIFICANTE DO SISTEMA DE CORTE................. 72
10. ABASTEÇA A MOTOSSERRA COM A MISTURA............................................................................ 73
11. FUNCIONE A MOTOSSERRA......................................................................................................... 74
12. CONHEÇA OS TIPOS DE CORTE.................................................................................................. 77
13. OPERE A MOTOSSERRA............................................................................................................... 78
14. DESLIGUE A MOTOSSERRA.......................................................................................................... 81
15. GUARDE A MOTOSSERRA............................................................................................................. 81
VI – BIBLIOGRAFIA........................................................................................................................................ 82
6 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
APRESENTAÇÃO
O
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - SENAR-AR/SP, criado em 23
de dezembro de 1991, pela Lei n° 8.315, e regulamentado em 10 de junho de 1992,
como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, teve
a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.
Instalado no mesmo prédio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São
Paulo - FAESP, Edifício Barão de Itapetininga - Casa do Agricultor Fábio de Salles
Meirelles, o SENAR-AR/SP tem, como objetivo, organizar, administrar e executar, em todo
o Estado de São Paulo, o ensino da Formação Profissional e da Promoção Social Rurais
dos trabalhadores e produtores rurais que atuam na produção primária de origem animal e
vegetal, na agroindústria, no extrativismo, no apoio e na prestação de serviços rurais.
Atendendo a um de seus principais objetivos, que é o de elevar o nível técnico, social e
econômico do Homem do Campo e, consequentemente, a melhoria das suas condições
de vida, o SENAR-AR/SP elaborou esta cartilha com o objetivo de proporcionar, aos
trabalhadores e produtores rurais, um aprendizado simples e objetivo das práticas agro-
silvo-pastoris e do uso correto das tecnologias mais apropriadas para o aumento da sua
produção e produtividade.
Acreditamos que esta cartilha, além de ser um recurso de fundamental importância para os
trabalhadores e produtores, será também, sem sombra de dúvida, um importante instrumento
para o sucesso da aprendizagem a que se propõe esta Instituição.
Fábio de Salles Meirelles
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
“Plante, Cultive e Colha a Paz”
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 7
INTRODUÇÃO
Esta cartilha, em linguagem simples e ilustrada, apresenta ao operador de Motosserra, de
forma detalhada, todas as operações necessárias para a sua utilização correta, fornecendo
informações importantes sobre a preservação do meio ambiente, da segurança e saúde do
operador, tratando de assuntos que interferem na operação e manutenção da motosserra.
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 9
OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE MOTOSSERRA
A motosserra é utilizada em diversos segmentos, entretanto, para a sua utilização segura
e correta, é necessário observar criteriosamente alguns itens indispensáveis.
Existe uma legislação específica quanto à aquisição e utilização, ao treinamento de
operadores, aos itens de segurança e à utilização de EPIs específicos para a realização
do trabalho.
Por se tratar de uma máquina muito exigida na realização do seu trabalho (corte de madeira),
é fundamental que a manutenção seja feita sistematicamente para o perfeito funcionamento,
produtividade e durabilidade.
Considerando mais de uma marca e modelo, nessa cartilha as indicações de uso e
manutenção estão direcionadas para o manejo geral, devendo-se em situações específicas
consultar o manual do fabricante.
10 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
I – IDENTIFICAR A MOTOSSERRA
potência do peso (vazio) comprimento
Classificação cilindrada (cm)
motor (kw) kg do sabre (cm)
Leve 35 1.5 3.4 30.5
Média 60 2.9 5.5 45.7
Pesada 95 5.2 7.9 71.1
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II – CONHECER A MOTOSSERRA
1. Conheça os dispositivos de segurança
Todas as motosserras devem estar equipadas com itens de segurança, sejam obrigatórios
pela NR 31 (Norma Regulamentadora 31) ou diferenciais de cada modelo.
1.1. Conheça o freio da corrente
Sua função é travar a corrente nos casos de
rebote, acionamento e durante o transporte da
máquina. A trava é acionada automaticamente
no rebote e manualmente na partida e no
transporte da máquina, movimentando-se a
proteção frontal com a mão esquerda para
frente.
1.2. Conheça o pino pega-corrente
Dispositivo de segurança com finalidade de
prender a corrente em casos de rompimento ou
quando esta sai do sabre.
1.3. Conheça o protetor da mão direita
Protege em casos de rompimento da corrente
e de galhos que possam atingir a mão.
1.4. Conheça o protetor da mão esquerda
Proteção frontal cuja finalidade é evitar que a mão
do operador atinja a corrente involuntariamente.
12 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
1.5. Conheça a trava de segurança ou
bloqueador do comando do acelerador
Esse dispositivo impede a aceleração involuntária
da máquina. O acelerador funciona somente
quando o bloqueador estiver pressionado.
1.6. Conheça o sistema antivibratório
São os amortecedores que absorvem e
minimizam os efeitos da vibração da motosserra
nas empunhaduras.
1.7. Conheça o botão liga/desliga
Sempre instalado em posição de fácil acesso
com a finalidade de parada imediata.
2. Conheça o Sistema de alimentação
O sistema de alimentação armazena o
combustível utilizado no funcionamento do
motor e é composto de:
a) tanque de combustível
b) mangueira
c) tampa do reservatório de combustível
d) filtro de combustível
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3. Conheça o Sistema de carburação
O carburador é quem mistura o combustível com o ar em uma proporção tal que permita a
combustão quase instantânea e completa no cilindro. O sistema é composto por:
3.1. Tampa
3.2. Filtro de ar
3.3. Suporte do filtro
3.4. Fixadores do filtro de ar
3.5. Carburador
3.5.1. Tampa do fecho do carburador (lado membrana)
3.5.2. Membrana da bomba
3.5.3. Tela
3.5.4. Junta da membrana
3.5.5. Membrana de regulagem (Diafragma)
3.5.6. Junta do diafragma
3.5.7. Eixo do estrangulador com alavanca da
agulha de admissão
3.5.8. Tampa do fecho do carburador (Diafragma)
3.5.9. Parafusos fixadores das tampas
14 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
3.6. Parafusos fixadores do carburador
3.7. Protetor dos parafusos de regulagem
3.8. Alavanca do afogador
3.9. Alavanca do acelerador
3.10. Parafuso de regulagem da alta rotação
H (High = alta)
3.11. Parafuso de regulagem da marcha lenta
3.12. Parafuso de regulagem da baixa rotação
L (Low = baixa)
Atenção!!!
Existem no mercado mais de um modelo de carburador; portanto, para uma
regulagem ideal, consulte o manual do operador.
4. Conheça o Sistema de partida
Sua função é girar o virabrequim que aciona todos os outros sistemas, fazendo o motor
iniciar seu funcionamento. É composto basicamente por:
a) tampa da partida
b) cordão de partida (arranque)
c) mola recuo (arranque)
d) carretel do arranque
e) polia arrastadora
f) peça de engate
g) grampo elástico
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5. Conheça o Sistema elétrico
Este sistema é responsável por gerar energia elétrica, a partir de energia mecânica, fazendo
com que a vela emita a faísca para a explosão dentro da câmara de combustão. É composto
por:
a) tampa ou carcaça do ventilador
b) volante magnético
c) bobina eletrônica ou módulo de ignição
d) cabo de condução da faísca ou cabo curto
circuito (fio terra)
e) cabo de ignição
f) terminal da vela
g) vela de ignição
h) interruptor de partida
6. Conheça o Sistema de lubrificação da corrente
Esse sistema lubrifica a corrente e o sabre evitando o desgaste prematuro de ambos e
minimizando os riscos de acidentes com quebra de corrente.
a) parafuso fixador da chapa lateral
b) chapa lateral interna
c) parafusos fixadores da tampa
d) tampa protetora do sistema
e) engrenagens ou rosca sem fim da bomba de sucção
f) filtro de óleo
16 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
g) bomba sucção do óleo
h) Parafuso de regulagem da bomba de óleo
i) tanque de óleo
j) tampa do tanque de óleo
7. Conheça o Motor
O Motor possui combustão interna e transforma energia proveniente de uma reação química
em energia mecânica, que será transmitida para o sistema de corte, provocando movimentos
giratórios.
Esse motor pode funcionar com 2 ou 4 tempos. No motor de 4 tempos, há uma explosão
a cada duas voltas (aproximadamente 7.000 rpm). Já no motor de 2 tempos, para cada
explosão o pistão dá uma volta completa (aproximadamente 12.800 rpm), por isso ele tem
mais rotação.
O motor de 2 tempos não utiliza o “Cárter” como depósito de óleo lubrificante. A lubrificação
é obtida adicionando óleo diretamente ao combustível. Já no motor de 4 tempos o “Cárter”
é utilizado como reservatório de óleo para a lubrificação do motor.
Existe também a motorização elétrica, mas não será abordada.
O motor a gasolina é composto de partes e sistemas interligados com a função de acionar
a transmissão e o sistema de corte. As partes básicas são:
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 17
a) bloco b) virabrequim
c) biela
d) pistão e) aneis de segmento
f) volante do motor g) silenciador
18 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
h) cilindro i) junta do cilindro
Todas essas partes estão ligadas a diversos sistemas que, atuando juntos, fazem o motor
funcionar.
8. Conheça o Sistema de transmissão
A função desse sistema é transmitir a energia mecânica gerada pelo motor para o sistema
de corte. Suas partes são:
a) trava da ponta do virabrequim
b) arruela do pinhão
c) rolete
d) trava do pinhão
e) arruela
f) pinhão
g) rolamento cilíndrico
h) embreagem
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 19
9. Conheça o Sistema de corte
O sistema de corte é o principal elemento no que diz respeito à utilização da motosserra,
pois é efetivamente o responsável pelo corte da madeira. Compõem o sistema:
a) porca de fixação
b) tampa
c) sabre
d) parafuso tensionador da corrente
e) corrente
f) capa de proteção da corrente
20 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
III – CONHECER AS NORMAS DE SEGURANÇA
No Brasil foi aprovada uma série de normas visando a que os trabalhos sejam realizados com
respeito à saúde e segurança do trabalhador. Podemos destacar a Lei 6.514 de 22/12/1977
e a Portaria 3.214 de 08/06/1978, que aprova as normas regulamentadoras (NRs).
Destacamos aqui a N.R. 31, que envolve exclusivamente o meio rural.
1. Conheça alguns itens da N.R. 31
NR 31 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA
SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQÜICULTURA
Publicação D.O.U. Portaria GM n.º 86, de 03 de março de 2005 (04/03/05)
31.1 Objetivo
31.1.1 Esta Norma Regulamentadora tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem
observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o
planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura,
exploração florestal e aqüicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho.
31.2 Campos de Aplicação
31.2.1 Esta Norma Regulamentadora se aplica a quaisquer atividades da agricultura,
pecuária, silvicultura, exploração florestal e aqüicultura, verificadas as formas de relações
de trabalho e emprego e o local das atividades.
31.2.2 Esta Norma Regulamentadora também se aplica às atividades de exploração industrial
desenvolvidas em estabelecimentos agrários.
31.3.3 Cabe ao empregador rural ou equiparado:
a) garantir adequadas condições de trabalho, higiene e conforto, definidas nesta Norma
Regulamentadora, para todos os trabalhadores, segundo as especificidades de cada
atividade;
b) realizar avaliações dos riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores e, com
base nos resultados, adotar medidas de prevenção e proteção para garantir que todas
as atividades, lugares de trabalho, máquinas, equipamentos, ferramentas e processos
produtivos sejam seguros e em conformidade com as normas de segurança e saúde;
c) promover melhorias nos ambientes e nas condições de trabalho, de forma a preservar
o nível de segurança e saúde dos trabalhadores;
d) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde
no trabalho;
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 21
e) analisar, com a participação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho
Rural - CIPATR, as causas dos acidentes e das doenças decorrentes do trabalho,
buscando prevenir e eliminar as possibilidades de novas ocorrências;
f) assegurar a divulgação de direitos, deveres e obrigações que os trabalhadores devam
conhecer em matéria de segurança e saúde no trabalho;
g) adotar os procedimentos necessários quando da ocorrência de acidentes e doenças do
trabalho;
h) assegurar que se forneça aos trabalhadores instruções compreensíveis em matéria de
segurança e saúde, bem como toda orientação e supervisão nessessárias ao trabalho
seguro;
i) garantir que os trabalhadores, através da CIPATR, participem das discussões sobre o
controle dos riscos presentes nos ambientes de trabalho;
j) informar aos trabalhadores:
1. os riscos decorrentes do trabalho e as medidas de proteção implantadas, inclusive em
relação a novas tecnologias adotadas pelo empregador;
2. os resultados dos exames médicos e complementares a que foram submetidos, quando
realizados por serviço médico contratado pelo empregador;
3. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.
k) permitir que representante dos trabalhadores, legalmente constituído, acompanhe a
fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho;
l) adotar medidas de avaliação e gestão dos riscos com a seguinte ordem de prioridade:
1. eliminação dos riscos;
2. controle de riscos na fonte;
3. redução do risco ao mínimo através da introdução de medidas técnicas ou organizacionais
e de práticas seguras inclusive através de capacitação;
4. adoção de medidas de proteção pessoal, sem ônus para o trabalhador, de forma a
complementar ou caso ainda persistam temporariamente fatores de risco.
31.3.4 Cabe ao trabalhador:
a) cumprir as determinações sobre as formas seguras de desenvolver suas atividades,
especialmente quanto às Ordens de Serviço para esse fim;
b) adotar as medidas de proteção determinadas pelo empregador, em conformidade com
esta Norma Regulamentadora, sob pena de constituir ato faltoso a recusa injustificada;
c) submeter-se aos exames médicos previstos nesta Norma Regulamentadora;
22 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
31.11 Ferramentas Manuais
31.11.2 As ferramentas devem ser:
a) seguras e eficientes;
b) utilizadas exclusivamente para os fins a que se destinam;
c) mantidas em perfeito estado de uso.
31.11.4 As ferramentas de corte devem ser:
a) guardadas e transportadas em bainha;
b) mantidas afiadas.
31.12 Máquinas, equipamentos e implementos
31.12.1 As máquinas, equipamentos e implementos devem atender aos seguintes requisitos:
a) utilizados unicamente para os fins concebidos, segundo as especificações técnicas do
fabricante;
b) operados somente por trabalhadores capacitados e qualificados para tais funções;
c) utilizados dentro dos limites operacionais e restrições indicados pelos fabricantes.
31.12.2 Os manuais das máquinas, equipamentos e implementos devem ser mantidos no
estabelecimento, devendo o empregador dar conhecimento aos operadores do seu conteúdo
e disponibilizá-los sempre que necessário.
31.12.3 Só devem ser utilizadas máquinas, equipamentos e implementos cujas transmissões
de força estejam protegidas.
31.12.4 As máquinas, equipamentos e implementos que ofereçam risco de ruptura de suas
partes, projeção de peças ou de material em processamento só devem ser utilizadas se
dispuserem de proteções efetivas.
31.12.5 Os protetores removíveis só podem ser retirados para execução de limpeza,
lubrificação, reparo e ajuste, ao fim dos quais devem ser, obrigatoriamente, recolocados.
31.12.7 É vedada a execução de serviços de limpeza, de lubrificação, de abastecimento e de
manutenção com as máquinas, equipamentos e implementos em funcionamento, salvo se o
movimento for indispensável à realização dessas operações, quando deverão ser tomadas
medidas especiais de proteção e sinalização contra acidentes de trabalho.
31.12.8 É vedado o trabalho de máquinas e equipamentos acionados por motores de
combustão interna, em locais fechados ou sem ventilação suficiente, salvo quando for
assegurada a eliminação de gases do ambiente.
31.12.11 Só devem ser utilizadas máquinas de cortar, picar, triturar, moer, desfibrar e
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 23
similiares que possuírem dispositivos de proteção, que impossibilitem contato do operador
ou demais pessoas com suas partes móveis.
31.12.13 O empregador rural ou equiparado deve substituir ou reparar equipamentos e
implementos, sempre que apresentem defeitos que impeçam a operação de forma segura.
31.12.15 O empregador rural ou equiparado se responsabilizará pela capacitação dos
operadores de máquinas e equipamentos, visando o manuseio e a operação seguros.
31.12.17 Só devem ser utilizados máquinas e equipamentos que apresentem dispositivos
de acionamento e parada localizados de modo que:
a) possam ser acionados ou desligados pelo operador na sua posição de trabalho;
b) não se localizem na zona perigosa da máquina ou equipamento;
c) possam ser acionados ou desligados, em caso de emergência, por outra pessoa que
não seja o operador;
d) não possam ser acionados ou desligados involuntariamente pelo operador ou de qualquer
outra forma acidental;
e) não acarretem riscos adicionais.
31.12.20 Só podem ser utilizadas motosserras que atendam os seguintes dispositivos:
a) freio manual de corrente;
b) pino pega-corrente;
c) protetor da mão direita;
d) protetor da mão esquerda;
e) trava de segurança do acelerador;
31.12.20.1 O empregador rural ou equiparado deve promover a todos os operadores de
motosserra treinamento para utilização segura da máquina, com carga horária mínima de
oito horas, com conteúdo programático relativo à utilização segura da motosserra, constante
no Manual de Instruções.
31.20 Medidas de Proteção Pessoal
31.20.1 É obrigatório o fornecimento aos trabalhadores, gratuitamente, de equipamentos
de proteção individual (EPI), nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente comprovadas inviáveis
ou quando não oferecerem completa proteção contra os riscos decorrentes do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c) para atender situações de emergência.
24 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
31.20.1.1 Os equipamentos de proteção individual devem ser adequados aos riscos e
mantidos em perfeito estado de conservação e funcionamento.
31.20.1.2 O empregador deve exigir que os trabalhadores utilizem os EPIs.
31.20.1.3 Cabe ao empregador orientar o empregado sobre o uso do EPI.
31.20.2 O empregador rural ou equiparado, de acordo com as necessidades de cada
atividade, deve fornecer aos trabalhadores os seguintes equipamentos de proteção individual:
a) a) proteção da cabeça, olhos e face:
1. capacete contra impactos provenientes de queda ou projeção de objetos;
2. chapéu ou outra proteção contra o sol, chuva e salpicos;
3. protetores impermeáveis e resistentes para trabalhos com produtos químicos;
4. protetores faciais contra lesões ocasionadas por partículas, respingos, vapores de
produtos químicos e radiações luminosas intensas;
5. óculos contra lesões provenientes do impacto de partículas, ou de objetos pontiagudos
ou cortantes e de respingos.
b) óculos contra irritação e outras lesões:
1. óculos de proteção contra radiações não ionizantes;
2. óculos contra a ação da poeira e do pólen;
3. óculos contra a ação de líquidos agressivos.
c) proteção auditiva:
1. protetores auriculares para as atividades com níveis de ruído prejudiciais à saúde.
d) proteção das vias respiratórias:
1. respiradores com filtros mecânicos para trabalhos com exposição a poeira orgânica;
2. respiradores com filtros químicos, para trabalhos com produtos químicos;
3. respiradores com filtros combinados, químicos e mecânicos, para atividades em que
haja emanação de gases e poeiras tóxicas;
4. aparelhos de isolamento, autônomos ou de adução de ar para locais de trabalho onde
haja redução do teor de oxigênio.
e) proteção dos membros superiores;
1. luvas e mangas de proteção contra lesões ou doenças provocadas por:
1.1. materiais ou objetos escoriantes ou vegetais, abrasivos, cortantes ou perfurantes;
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 25
1.2. produtos químicos tóxicos, irritantes, alergênicos, corrosivos, cáusticos ou solventes;
1.3. materiais ou objetos aquecidos;
1.4. operações com equipamentos elétricos;
1.5. tratos com animais, suas vísceras e de detritos e na possibilidade de transmissão de
doenças decorrentes de produtos infecciosos ou parasitários.
1.6. picadas de animais peçonhentos;
f) proteção dos membros inferiores;
1. botas impermeáveis e antiderrapantes para trabalhos em terrenos úmidos, lamacentos,
encharcados ou com dejetos de animais;
2. botas com biqueira reforçada para trabalhos em que haja perigo de queda de materiais,
objetos pesados e pisões de animais;
3. botas com solado reforçado, onde haja risco de perfuração.
4. botas com cano longo ou botina com perneira, onde exista a presença de animais
peçonhentos;
5. perneiras em atividades onde haja perigo de lesões provocadas por materiais ou objetos
cortantes, escoriantes ou perfurantes;
6. calçados impermeáveis e resistentes em trabalhos com produtos químicos;
7. calçados fechados para as demais atividades.
g) proteção do corpo inteiro nos trabalhos que haja perigo de lesões provocadas por agentes
de origem térmica, biológica, mecânica, meteorológica e química:
1. aventais;
2. jaquetas e capas;
3. macacões;
4. coletes ou faixas de sinalização;
5. roupas especiais para atividades específicas (apicultura e outras).
h) proteção contra quedas com diferença de nível.
1. cintos de segurança para trabalhos acima de dois metros, quando houver risco de queda.
31.20.3 Cabe ao trabalhador usar os equipamentos de proteção individual indicados para
as finalidades a que se destinarem e zelar pela sua conservação.
31.20.4 O Ministério do Trabalho e Emprego poderá determinar o uso de outros equipamentos
de proteção individual, quando julgar necessário.
26 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
2. Conheça os equipamentos de proteção individual (EPIs) para a
operação e manutenção de motosserra
EPI “é todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a
proteção de riscos, suscetíveis de ameaçar a segurança e saúde no trabalho” (N.R. 06).
Portanto, ao realizar o trabalho com a motosserra, é obrigatório que você utilize:
a) Luvas para operador de motosserra b) Botina de segurança antiderrapante com
biqueira de aço e proteção do metatarso
c) Calça operador de motosserra anticorte
d) Perneira com lâmina de aço
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e) Camisa de manga longa de cor forte f) Capacete conjugado ou florestal (com
protetor auricular tipo concha e viseira)
g) Creme de proteção tipo II (luva de h) Luvas de látex nitrílico
silicone)
i) Protetor solar
28 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
IV – CONHECER OS PROCEDIMENTOS DE
MANUTENÇÃO DA MOTOSSERRA
São os procedimentos realizados na motosserra visando manter seu perfeito funcionamento.
Essas operações devem ser realizadas em diversos momentos ao longo do ano, mantendo
sua vida útil.
A manutenção correta da motosserra é fundamental para a durabilidade e para a operação
com qualidade e segurança. As recomendações de manutenção diária, semanal e mensal
são indicadas para motosserra de uso diário. Em caso de uso ocasional, a manutenção
deve ser realizada baseada em horas de uso.
1. Identifique as ferramentas necessárias para a manutenção
Toda motosserra, quando adquirida, vem acompanhada de um jogo de ferramentas, sendo
necessária a complementação para se fazer as manutenções diária, semanal e mensal.
2. Faça a manutenção diária
A manutenção deve ser feita em local arejado e limpo, de preferência no final do dia de
trabalho e observando-se os cuidados necessários com a segurança e o meio ambiente.
2.1. Selecione as ferramentas necessárias
2.2. Limpe a motosserra externamente
Limpar a motosserra do excesso de serragem e outros, com auxílio de um pano ou pincel.
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2.3. Faça a manutenção do sistema de corte
2.3.1. Desaperte as porcas
2.3.2. Retire a tampa de proteção
2.3.3. Retire a corrente
2.3.4. Verifique o estado geral do sabre
30 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
Verificar a ocorrência de trincas, desgastes anormais, pontos de escurecimento e
estreitamento e rebarbas.
2.3.4.1. Retire o sabre
2.3.4.2. Limpe o sabre com pano
2.3.4.3. Limpe a caneleta do sabre com uma chave de fenda ou folha de serra
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 31
2.3.4.4. Limpe os furos de entrada de óleo lubrificante
2.3.4.5. Verifique o nível de desgaste da canaleta
O afiamento incorreto da corrente, a não inversão da posição do sabre ou a sujidade presente
na canaleta podem causar um desgaste prematuro e consequentemente desnivelá-la,
prejudicando o rendimento e o corte.
O alinhamento é verificado colocando o sabre em uma superfície plana (foto abaixo). Caso
o sabre não se equilibrar é porque a canaleta está desalinhada, devendo ser substituído.
2.3.4.6. Retire as rebarbas do sabre
32 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
Para tanto, utilize uma pedra de afiar (carborundum).
Precaução!!!
Utilize luva de couro ou vaqueta.
2.3.5. Limpe a parte interna do sistema de corte
A limpeza deve ser feita com um pincel ou pano, utilizando querosene ou gasolina.
2.4. Verifique o desgaste do pinhão e do rolete
Tanto o pinhão quanto o rolete são submetidos a grande esforço por tracionarem a corrente,
sendo comum o desgaste de ambos. A troca do pinhão ou do rolete deve ser a cada duas
trocas de corrente. Para considerar um desgaste normal, a corrente deverá estar sempre
bem afiada e tensionada; caso contrário, ocorrerá um desgaste excessivo, sendo necessária
a troca em menor período.
2.4.1. Troque o rolete
2.4.1.1. Retire a trava da ponta do virabrequim
2.4.1.2. Retire a arruela
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 33
2.4.1.3. Retire o rolete
Coloque o rolete novo e, para montar, faça a operação inversa.
Atenção!!!
Em alguns modelos de motosserras, para a troca do rolete é necessário remover a
embreagem.
2.5. Monte o conjunto de corte
2.5.1. Vire a posição do sabre
2.5.2. Encaixe a corrente no sabre
2.5.3. Encaixe a corrente no rolete
34 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
2.5.4. Recolha o parafuso tensionador da corrente
2.5.5. Encaixe o orifício do sabre no pino de regulagem da tensão da corrente
2.5.6. Coloque a tampa de proteção
2.5.7. Coloque as porcas
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 35
2.5.8. Regule a tensão da corrente
2.5.8.1. Coloque a máquina na posição, de forma que o sabre fique na horizontal
2.5.8.2. Tensione a corrente até que o elo de tração se aloje na canaleta do sabre
2.5.9. Aperte as porcas
Para apertar as porcas, em alguns modelos de motosserras, é necessário levantar a ponta
do sabre.
Atenção!!!
O bom rendimento está diretamente ligado à manutenção da corrente, como a
lubrificação, a afiação e o tensionamento.
36 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
2.6. Faça a manutenção do filtro de ar
2.6.1. Retire a tampa do filtro de ar
2.6.2. Lave com querosene ou gasolina
Para tanto pode ser utilizado um pincel, bucha ou escova.
2.6.3. Seque a tampa com pano
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 37
2.6.4. Retire o fixador do filtro (caso tenha)
2.6.5. Retire o filtro
Atenção!!!
Cuidado ao retirar o filtro, pois o acúmulo de sujeira é muito grande e pode penetrar
no carburador.
2.6.6. Tampe a entrada do carburador
38 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
2.6.7. Limpe ao redor com um pincel macio
2.6.8. Separe os elementos filtrantes
2.6.9. Lave o filtro com água e detergente
2.6.10. Seque o filtro ao sol
2.6.11. Destampe a entrada do carburador
2.6.12. Monte os elementos filtrantes
2.6.13. Coloque o filtro
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 39
2.6.14. Coloque o fixador
2.6.15. Coloque a tampa protetora
2.7. Faça a afiação da corrente
O trabalho com a corrente afiada reduz o risco de acidentes, o desgaste do equipamento
e o esforço do operador, consequentemente mantém o rendimento no trabalho e diminui o
consumo.
2.7.1. Selecione as ferramentas necessárias
Lima redonda – utilizada para afiar o dente de corte, podendo ser encontrada nas medidas
abaixo, devendo ser selecionadas de acordo com o “passo” da corrente.
Porta lima – serve de suporte para a lima redonda e orienta o operador a posicionar
corretamente a lima no ângulo de afiação.
40 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
Calibrador de guia – Utilizado como limitador de profundidade no rebaixamento da guia.
Lima Chata – Utilizada no rebaixamento da guia.
2.7.2. Identifique o tipo de corrente
As correntes são caracterizadas conforme o perfil do dente, o que determina a finalidade
de uso.
RC – dente redondo
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RM – dente semi-quadrado
RS – dente quadrado
PM – dente picco-micro
42 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
2.7.3. Verifique a altura da guia
A guia no dente de corte tem a finalidade de limitar a profundidade do corte na madeira. A
verificação é feita utilizando-se o calibrador, seguindo as recomendações do fabricante da
corrente.
2.7.4. Rebaixe a guia
O rebaixamento da guia somente deverá ser realizado caso esta esteja acima do nível do
calibrador.
Atenção!!!
Ao utilizar a lima, o rebaixamento da guia deve ser no mesmo sentido da afiação.
2.7.5. Faça a afiação
Existem pelo menos cinco itens a serem considerados para a afiação.
-- Ângulo de afiação
Este ângulo determina a capacidade de corte, fazendo com que o dente corte a madeira
com o mínimo esforço. O ângulo pode variar de 25 a 35 graus, devendo ser consultado o
manual do operador.
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 43
Atenção!!!
A afiação deve ser uniforme em todos os dentes.
-- Ângulo de ataque
Este ângulo é obtido quando rebaixamos a guia, podendo variar de 55 a 80 graus, devendo
ser consultado o manual do operador.
-- Posição do porta lima
Deve ser de 80 a 90 graus em relação às laterais do sabre.
-- Diâmetro da lima
O diâmetro da lima é determinado pelo passo da corrente. Para se obter o passo, mede-
se a distância do centro de um rebite até o centro do terceiro rebite seguinte e divide-se o
resultado por 2.
44 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
Tamanho da
Passo Diâmetro da lima
motosserra
polegada mm polegada mm
¼ 6.35 1/8 3.5 leve
0.325 8.25 3/16 4.8 leve
3/8 9.32 5/32 4.0 leve
3/8 9.32 7/32 5.5 média
0.404 10.26 7/32 5.5 média
1/2 12.70 ¼ 6.4 pesada
-- Profundidade da lima
Em relação ao dente de corte a profundidade deve ser de tal forma que 1/5 do diâmetro da
lima fique acima da superfície do dente, para que não haja deformação na aresta de corte.
2.8. Verifique o sistema de segurança
2.8.1. Mova a proteção de mão esquerda em direção ao sabre
Esta é a forma de acionar o sistema da trava anti-rebote.
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 45
2.8.2. Tente girar a corrente
Com a trava funcionando corretamente, a corrente fica presa.
2.8.3. Mova a proteção da mão esquerda em direção ao cabo dianteiro
Esta é a forma de destravar o sistema anti-rebote.
2.8.4. Tente girar a corrente
Como o sistema está destravado, a corrente deve girar livremente.
46 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
2.9. Verifique o Sistema de lubrificação
2.9.1. Posicione a ponta do sabre a aproximadamente 5 centímetros de uma superfície
2.9.2. Acelere a motosserra
2.9.3. Verifique se há manchas de óleo na superfície
Em caso negativo, confira a regulagem.
2.10. Esgote o combustível do carburador
Esse procedimento deve ser realizado ao término da jornada diária de trabalho.
2.10.1. Retire o combustível restante no reservatório
2.10.2. Funcione a motosserra em marcha lenta até a parada do motor
Atenção!!!
O combustível já misturado (óleo 2 Tempos + gasolina) deve ser consumido em até
2 dias, armazenado em embalagens apropriadas e transportadas somente para o
consumo diário.
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 47
3. Faça a manutenção semanal
Essa manutenção deve ser realizada semanalmente ou a cada 40 horas trabalhadas,
simultaneamente à manutenção diária.
3.1. Limpe a vela de ignição
Visa remover o “carvão” que se acumula nos eletrodos pelo funcionamento do motor, pois
esse “carvão” isola os eletrodos impedindo a emissão adequada da faísca.
3.1.1. Retire a vela de ignição do motor
3.1.2. Limpe os eletrodos
Use escova de aço, ou lixa-ferro, para retirar o “carvão” acumulado.
3.1.3. Verifique o calibre dos eletrodos (distância entre eles)
48 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
O calibre normalmente é de 0,5 mm (consulte o manual do fabricante) e, para a calibragem,
utilize um jogo de chaves específico ou uma folha de serra ferro (serrinha).
3.1.4. Coloque a vela
3.2. Verifique as condições da embreagem
A embreagem não necessita praticamente de manutenção, mas deve ser revisada
regularmente para comprovar seu perfeito funcionamento, considerando o seu desgaste
natural.
3.2.1. Desaperte as porcas
3.2.2. Retire a tampa de proteção
3.2.3. Retire a corrente e o sabre
3.2.4. Retire a chapa interna
3.2.5. Retire os parafusos que prendem a 3.2.6. Retire a tampa de proteção do
tampa de proteção do sistema sistema
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 49
3.2.7. Retire as engrenagens
3.2.8. Retire o rolete e pinhão
Atenção!!!
Em alguns modelos de motosserra não é necessário tirar o rolete e pinhão.
3.2.9. Limpe a embreagem
50 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
3.2.10. Lubrifique o rolamento do pinhão
Utilize somente graxa de lítio e em pequena quantidade.
3.2.11. Monte fazendo a operação inversa
3.3. Limpe as aletas de arrefecimento do cilindro
O acumulo de pó de madeira durante a operação impede uma boa circulação de ar,
dificultando o arrefecimento do motor.
3.3.1. Retire a tampa
3.3.2. Lave com querosene ou gasolina
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 51
3.3.3. Seque com pano
3.3.4. Limpe as aletas com uma chave de fendas
3.3.5. Coloque as tampas
4. Faça a manutenção mensal
Essa manutenção deve ser realizada mensalmente ou aproximadamente a cada 160 horas
trabalhadas.
A manutenção mensal é realizada para verificar alguns componentes que normalmente se
desgastam após algum tempo de uso.
4.1. Verifique o sistema de freio
4.1.2. Desaperte as porcas
52 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
4.1.3. Retire a tampa de proteção
4.1.4. Retire a corrente
4.1.5. Retire o sabre
Precaução
Utilize luva de couro ou vaqueta
4.1.6. Retire a chapa interna
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 53
4.1.7. Retire a trava da ponta do virabrequim
4.1.8. Retire a arruela
4.1.9. Retire o rolete
4.1.10. Retire a trava do pinhão
54 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
4.1.11. Retire a arruela dentada
4.1.12. Retire os parafusos que prendem a tampa de proteção do sistema
4.1.13. Retire a tampa de proteção do sistema
4.1.14. Retire as engrenagens
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 55
4.1.15. Retire o pinhão
4.1.16. Retire o rolamento do pinhão
4.1.17. Mova a proteção de mão esquerda em direção ao sabre
Visa à verificação do funcionamento da mola anti-rebote.
56 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
4.1.18. Limpe o conjunto de freio
A limpeza é feita com auxílio de um pincel, querosene ou gasolina.
4.1.19. Mova a proteção da mão esquerda em direção ao cabo dianteiro, destravando a mola
4.2. Verifique o sistema de arranque
4.2.1. Retire a tampa do arranque
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 57
4.2.2. Limpe a tampa
A tampa do arranque cede à passagem de ar para arrefecer o motor, trazendo além do
ar muitos resíduos. A limpeza é fundamental para uma boa ventilação do motor. Deve ser
realizada utilizando querosene ou gasolina.
4.2.3. Retire a mola de recuo
4.2.4. Limpe a tampa e a mola de recuo
4.2.5. Lubrifique a mola de recuo
58 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
4.2.6. Limpe a câmara de fixação da mola
4.2.7. Verifique as condições da corda do arranque
4.3. Verifique o sistema antivibratório
4.3.1. Retire a tampa do amortecedor
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 59
4.3.2. Retire o parafuso fixador do amortecedor
4.3.3. Retire o amortecedor
4.3.4. Verifique seu funcionamento
Caso esteja ressecado, quebrado ou trincado, deve ser substituído.
4.4. Faça a limpeza do tanque de óleo lubrificante da corrente
4.4.1. Retire a tampa do tanque
4.4.2. Coloque querosene ou gasolina até a metade do tanque
60 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
4.4.3. Agite fortemente
4.4.4. Despeje em recipiente apropriado
Alerta ecológico!!!
Descarte o resíduo em local apropriado de forma a evitar a contaminação do solo.
4.5. Faça a limpeza do tanque de gasolina
4.5.1. Retire a tampa do tanque
4.5.2. Coloque querosene ou gasolina até a metade do tanque
4.5.3. Agite fortemente
4.5.4. Despeje em recipiente apropriado
Alerta ecológico!!!
Descarte o resíduo em local apropriado de forma a evitar a contaminação do solo.
4.6. Monte a motosserra
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 61
5. Faça a manutenção periódica
Essa operação deve ser feita, no mínimo, a cada 300 horas e, no máximo, a cada 600 horas
trabalhadas.
A Carbonização é o acúmulo de resíduos de carbono (fuligem) resultantes da queima da
mistura óleo-combustível. Esses resíduos podem se acumular na vela de ignição, cabeça
do pistão, escapamento e dentro do cilindro.
A carbonização causa a perda de potência e o superaquecimento, podendo danificar o motor.
A descarbonização evita os problemas acima descritos, através da remoção dos resíduos
de carbono, mantendo a capacidade de trabalho e diminuindo o risco de danos ao motor.
5.1. Retire o sistema de corte
5.2. Retire a tampa do filtro
5.3. Retire a cobertura do motor
62 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
5.4. Retire o filtro de ar
5.5. Retire o carburador
5.6. Tampe a mangueira de combustível acoplada no carburador
5.7. Retire o calço do carburador
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 63
5.8. Retire a vela de ignição
5.9. Retire a tampa do sistema de arranque
5.10. Retire os parafusos do escapamento
5.11. Retire a tampa do escapamento
64 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
5.12. Retire os parafusos da parte interna do escapamento
5.13. Retire o escapamento
5.14. Retire o cabo de empunhadura esquerdo
5.15. Retire a luva de acoplamento do cilindro com a carcaça do tanque
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 65
5.16. Retire os parafusos do cilindro
5.17. Retire o cilindro
5.18. Retire a junta do pistão
Atenção!!!
Caso a junta esteja colada no cilindro ou na carcaça do motor, evite retirá-la.
Atenção!!!
Assim que for retirando as peças, lave-as com querosene ou gasolina, seque-as e
coloque-as organizadamente em uma bancada.
66 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
5.19. Descarbonize a parte superior do pistão
5.20. Descarbonize o cilindro
Limpe o “fundo” da parte interna do cilindro utilizando uma chave de fenda para retirar o
“carvão impregnado”. Na parte externa, limpe a saída para o escapamento.
Atenção!!!
Cuidado para não riscar as laterais internas (camisa) do cilindro.
5.21. Limpe a parte interna do motor
5.22. Limpe os canais dos aneis
5.23. Limpe o escapamento
5.23.1. Coloque o escapamento em fogo direto, utilizando um bico de gás, até ficar
incandescente
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 67
5.23.2. Aguarde até que o escapamento resfrie
5.23.3. Bata levemente no escapamento
5.23.4. Jogue fora o “carvão” que sair de dentro do escapamento
5.24. Monte a motosserra
68 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
V – EXECUTAR A DERRUBADA DA ÁRVORE
Consiste numa série de operações desde o planejamento até a derrubada propriamente dita.
1. Selecione as ferramentas e EPIs necessários
As ferramentas podem variar de acordo com a região e exploração da área.
(foice, marreta, cunha, machado, facão, periquito, fisga)
2. Prepare a mistura óleo-gasolina
Um motor dois tempos deve ser operado com uma mistura de gasolina e óleo de motor 2T
(dois tempos). A gasolina e o óleo 2T devem ser de boa qualidade e livres de impurezas e o
óleo deve ter a classificação API/TC. A proporção adequada dessa mistura é de fundamental
importância para o desempenho do motor.
Essa proporção vai depender do tipo e/ou marca do óleo utilizado.
Quantidade Diluição 1 - 50 Diluição 1 - 40 Diluição 1 - 25
de gasolina (20 ml/litro) (25 ml/litro) (40 ml/litro)
litros litros (ml) litros (ml) litros (ml)
1 0,02 20 0,025 25 0,04 40
5 0,10 100 0,125 125 0,20 200
10 0,20 200 0,25 250 0,40 400
15 0,30 300 0,375 375 0,60 600
20 0,40 400 0,5 500 0,80 800
25 0,50 500 0,625 625 1,00 1000
Atenção!!!
A gasolina de alta octanagem e o óleo náutico devem ser evitados.
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 69
2.1. Vista os EPIs necessários para a operação
2.2. Prepare a mistura
O preparo da mistura deve ser realizado em local arejado e na quantidade necessária para
o consumo diário, devendo ser transportada em um galão apropriado e com tampa. Para
saber a proporção adequada, consulte o manual do fabricante do equipamento.
Alerta ecológico!!!
Prepare a mistura utilizando os meios adequados, de forma a evitar o
derramamento do combustível e a contaminação do solo.
3. Vista o EPI
4. Transporte a motosserra e ferramentas para a área de trabalho
A motosserra e ferramentas devem ser transportadas em local apropriado, separadamente
de pessoas e animais.
Havendo a necessidade de deslocamento a pé em distâncias maiores, o transporte deve ser
com a motosserra desligada, a trava da corrente acionada e o sabre protegido pela capa.
Quando em terrenos planos e de aclive (subida), deve-se caminhar segurando a motosserra
pelo cabo dianteiro com o sabre direcionado para trás.
70 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
Em declive (descida), com o sabre direcionado para frente.
5. Planeje o abate
Uma série de procedimentos devem ser executados.
-- Sinalização da área
Deve ser colocada uma placa de advertência de “mantenha distância” em local de trnsito
de pessoas e veículos.
A topografia auxilia na tomada de decisão de direção de corte e a consistência do solo na
segurança do operador.
-- Verificação da existência de redes de energia e estradas
-- Verificação da proximidade de construções, instalações, pessoas e animais
A distância de segurança entre a árvore a ser abatida e outros cortadores ou qualquer
instalação ou construção deve ser de duas arvores e meia.
-- Avaliação da altura (comprimento) da árvore
A altura da árvore irá determinar a distância de segurança
-- Avalie a árvore
Deverão ser avaliados o diâmetro, pois define o tipo de corte, a inclinação e a distribuição da
galhada da árvore, pois são fatores determinantes no direcionamento da queda da árvore.
Ainda, a presença de cupins, podridão do tronco e galhos secos.
6. Determine a direção de queda
-- Verificação de direção e intensidade do vento
O vento interfere na direção e velocidade de queda; portanto, caso no momento do corte a
intensidade seja alta, a derrubada deve ser interrompida.
- Verificação da topografia e consistência do solo
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 71
7. Limpe a base do tronco da árvore
Essa limpeza consiste na retirada de areia, pedra, arame, capim, etc.; portanto, utilize a
ferramenta adequada para cada caso.
8. Faça a rota de fuga
A rota de fuga deve ser preparada antecipadamente, considerando um ângulo de
aproximadamente 45 graus no sentido contrário da queda da árvore. Faça a limpeza do
caminho de fuga retirando ramos, arbustos e pequenas árvores, de forma a facilitar a fuga
do operador em caso de emergência.
9. Abasteça o reservatório de óleo lubrificante do sistema de corte
Para a escolha do óleo lubrificante, consulte o manual do fabricante.
9.1. Retire a tampa do reservatório de óleo lubrificante
9.2. Coloque o funil no reservatório
9.3. Retire a tampa do recipiente
9.4. Abasteça o reservatório
72 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
9.5. Retire o funil do reservatório
9.6. Tampe o reservatório
9.7. Tampe o recipiente
9.8. Coloque o recipiente em local adequado
e à sombra
Alerta ecológico!!!
Abasteça a motosserra utilizando os meios adequados, de forma a evitar o
derramamento do óleo lubrificante e, consequentemente, a contaminação do solo.
Atenção!!!
Os depósitos do óleo de corrente e de combustível são dimensionados de tal forma
que o motor para por falta de combustível antes que o óleo de corrente acabe. Isto
significa que a corrente deve funcionar sempre lubrificada.
10. Abasteça a motosserra com a mistura
10.1. Retire a tampa do reservatório de combustível
10.2. Coloque o funil no reservatório de combustível
10.3. Retire a tampa do recipiente de combustível
Precaução!!!
Abra a tampa com cautela, de forma a liberar a pressão formada pelos gases no
recipiente.
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 73
10.4. Abasteça o reservatório de combustível
Atenção!!!
Agite bem o recipiente da mistura antes de abastecer a motosserra.
10.5. Retire o funil do reservatório de combustível
10.6. Tampe o reservatório
10.7. Tampe o recipiente de combustível
10.8. Coloque o recipiente de combustível em local adequado e à sombra
Alerta ecológico!!!
Abasteça a motosserra utilizando os meios adequados, de forma a evitar o
derramamento do combustível e a contaminação do solo.
Precaução!!!
Para o reabastecimento da motosserra, aguarde o motor esfriar.
11. Funcione a motosserra
11.1. Coloque a motosserra no chão
11.2. Coloque o “plugue” na posição “start”
74 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
11.3. Acione a alavanca do afogador para a posição “fechado”
11.4. Aperte o gatilho do acelerador e a trava de meia aceleração (caso tenha)
11.5. Solte o gatilho. A meia aceleração ficará travada
11.6. Trave a corrente
11.7. Segure firmemente, com a mão esquerda, o punho dianteiro da motosserra
11.8. Ponha o pé direito na parte inferior do punho traseiro
11.9. Puxe o cordão de partida com a mão direita, lentamente, até encontrar resistência
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 75
11.10. Puxe com firmeza até o motor funcionar
11.11. Acione a alavanca do afogador na posição “aberto”
11.12. Destrave a meia aceleração, apertando levemente o gatilho do acelerador
11.13. Destrave a corrente
11.14. Aguarde o motor aquecer, em baixa rotação, por aproximadamente 2 minutos
Atenção!!!
Durante a jornada de trabalho, após o abastecimento, verifique a lubrificação da
corrente. Não ocorrendo a lubrificação, faça a limpeza do sistema de corte.
76 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
12. Conheça os tipos de corte
Entalhe direcional
Abertura Consiste na realizacão de um corte
deAbertura
30º a 45º
horizontal na base do tronco, a cerca
de 30º a 45º
profundidade
de 1/5 do de 5 centímetros do solo, com a
profundidade
diâmetro da do
de 1/5 arvore profundidade de 1/5 do Abertura
diâmetro da
de 30º a 45º
diâmetro da arvore árvore, com a finalidade de direcionar
profundidade
a queda da árvore. Para árvores com de 1/5 do
mais de 40 centímetros de diâmetro da arvore
diâmetro
a profundidade passa a ser de 1/4.
Complementando esse corte, é
realizado um segundo acima desse,
num ângulo de 30 a 45 graus.
Corte de alburno
Esse corte evita a rachadura lateral do tronco e do fuste, tornando-se, ainda, uma medida
de segurança.
Corte de
Abatede
Corte variação de
Abate altura de corte
variação de
3 a 5decm
altura corte
3 a 5 cm Corte de
Abate variação de
Corte de abate altura de corte
3 a 5 cm
Consiste na realização de um corte horizontal,
na face oposta do tronco, com cerca de 3 a 5
centímetros sobre o plano horizontal do corte
direcional.
Filete de
Ruptura
Filete de
Ruptura
Filete de
Ruptura
Filete de ruptura
Consiste numa porção de madeira do tronco
(1/10) que deverá permanecer sem ser
cortado, com a finalidade de segurar o fuste
sobre o tronco, atuando como uma “dobradiça”
durante a queda.
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13. Opere a motosserra
A operação de motosserra neste caso consiste em fazer o abate da árvore ou derrubada, o
desgalhamento ou limpeza do fuste e finalmente o traçamento ou corte do tronco em toras
de comprimentos variados de acordo com a finalidade.
O operador deve manter a posição de trabalho estável com as pernas separadas e a
motosserra lateralmente junto ao corpo.
Quando em operação, o transporte da motosserra funcionando deve ser feito somente em
pequenas distâncias (máximo de cinco metros) e com a corrente travada.
Quando em terreno plano ou em aclive, transporte a motosserra com a trava da corrente
acionada, segurando-a pelo cabo dianteiro com o sabre direcionado para trás e, em declive,
com o sabre direcionado para frente.
Para efetuar o corte da madeira utilize sempre a máxima rotação.
O rebote é um movimento brusco da motosserra projetando o sabre na direção do operador,
com alto risco de acidente, podendo ser fatal.
Ocorre quando a parte superior da ponta do sabre bate na madeira acidentalmente ou por
despreparo do operador. Pode acontecer outra forma de rebote: quando a madeira prende
o sabre durante o corte e, na tentativa de retirá-lo, o operador usa muita força, trazendo a
motosserra ao seu encontro.
Precaução!!!
Para evitar o rebote o operador deve cortar sempre com a máxima aceleração e
segurar a motosserra firmemente com as duas mãos.
13.1. Faça o abate da árvore
13.1.1. Faça o entalhe direcional
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13.1.2. Faça o corte do alburno
Este corte é realizado visando à prevenção de rachaduras laterais no fuste.
13.1.3. Faça o corte de abate
Quando o diâmetro da árvore for inferior ao comprimento do sabre, este corte será feito de
uma única vez.
Quando o diâmetro da árvore for superior ao comprimento do sabre, este corte será feito
em etapas, sempre respeitando o filete de ruptura.
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Precaução!!!
Durante o corte de abate, quando a árvore começar a cair, afaste-se pelo menos
três metros observando o sentido de queda. Caso a queda não esteja na direção
planejada, utilize a rota de fuga imediatamente.
filete de ruptura filete de ruptura
13.2. Faça o desgalhamento
O desgalhamento consiste no corte dos ramos laterais com a finalidade de promover a
limpeza do fuste. Deve ser realizado das pontas dos ramos em direção ao fuste e a partir
dos ramos da base em direção ao ponteiro.
Atenção!!!
Quando a madeira estiver rente ao solo, certifique-se de que a corrente não o toque,
o que pode prejudicar o fio de corte da corrente.
Precaução!!!
Para o corte de galhos finos, também acelere a motosserra na rotação máxima,
evitando enroscamento e travamento da corrente.
Precaução!!!
Caso haja galhos tensionados, procure aliviar o peso da árvore cortando os galhos
livres e mesmo realizando o traçamento de toras ou troncos.
13.3. Faça o traçamento
O traçamento é quando cortamos o fuste em toras de tamanhos variados, em função da
sua finalidade.
Após a queda, o fuste pode ficar no solo, apoiado somente em uma ponta ou nas duas, da
mesma forma pode acontecer com os ramos.
Quando o fuste está apoiado completamente no solo, o corte é feito de cima para baixo e,
caso necessário, utiliza-se uma cunha.
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Caso esteja apoiado somente por um lado, um pequeno corte deve ser feito na face inferior,
e, concluído o corte, pela face superior.
Quando está apoiado nas duas pontas, inicia-se com um pequeno corte pela face superior
e conclui-se o corte pela face inferior.
14. Desligue a motosserra
14.1. Manter o motor em marcha lenta por aproximadamente 1 minuto
14.2. Coloque o “plugue” na posição “stop”
15. Guarde a motosserra
Guarde-a em local seguro, seco e ventilado.
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VI – BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria GM n.86, de 3 de março de 2005 (Publicação)
– NR 31. Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração
florestal e aqüicultura.
CENTRO de Treinamento Stihl – Curso de exploração florestal. Março de 2000. 59p.
HUSQVARNA Performance Series. Trabalhando com Motosserras: manual de utilização
segura e eficiente de motosserras. s/l: s/a. 82p.
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