MEMÓRIA DESCRITIVA /
CADERNO DE ENCARGOS
Elaborado por: Deodato Mariata
Verificado por: Fiscalização
Luanda
2019
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ÍNDICE
CLÁUSULAS TÉCNICAS
1. Materiais
1.1. Características dos materiais
1.2. Aprovação dos materiais
1.3. Depósito de materiais
1.4. Rejeição de materiais
2. Instalações do estaleiro
3. Implantação da obra
CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS DOS TRABALHOS DE
CONSTRUÇÃO CIVIL
1. Movimento de Terras
1.1. Terraplanagem
1.2. Desmonte
1.3. Aterros
1.4. Abertura de caboucos
1.5. Transporte de terras
2. Fundações
2.1. Sapatas
2.2. Enrocamentos
2.3. Massames armados
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3. Estruturas
3.1. Betões
3.2. Composição dos betões
3.3. Preparação dos betões
3.4. Aço para o betão armado
3.5. Armaduras de aço para betão armado
3.6. Moldes - Cofragens
3.7. Madeiras para cofragens, moldes, andaimes, Tc
3.8. Cimbres, cavaletes e andaimes
3.9. Betonagem e desmoldagem
3.10. Descimbramento
4. Alvenarias
4.1. Aspectos gerais
4.2. Argamassas de assentamento
4.3. Alvenarias de betão
4.4. Alvenaria de tijolo
4.5. Descrição das alvenarias exteriores em tijolo
4.6. Descrição das alvenarias simples
4.7. Tolerâncias dimensionais
5. Cantarias
5.1. Fornecimento e aplicação
5.2. Protecção das cantarias
5.3. Qualidade das peças e dos trabalhos
5.4. Assentamento
6. Coberturas
6.1. Aspectos gerais e de pormenorização
6.2. Fornecimento e execução dos trabalhos
6.3. Qualidade dos trabalhos
7. Revestimento de Paredes
7.1. Aspectos gerais
7.2. Emboço e reboco
7.3. Revestimentos cerâmicos
7.4. Revestimentos pétreos
7.5. Fornecimento e execução dos trabalhos
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8. Revestimento de Tectos e Tectos Falsos
8.1. Aspectos gerais
8.2. Tolerâncias dimensionais
8.3. Fornecimento e execução de trabalhos
9. Revestimento de Pavimentos, Rodapés e Degraus
9.1. Aspectos gerais
9.2. Tolerâncias dimensionais
9.3. Revestimentos de massas espessas
9.4. Fornecimento e execução dos trabalhos
10. Impermeabilizações e Isolamentos
10.1. Aspectos gerais
10.2. Fornecimento e execução dos trabalhos
11. Carpintarias
11.1. Aspectos gerais
11.2. Pormenorização
11.3 Protótipos
11.4. Qualidade dos trabalhos
11.5. Tratamentos imunizadores
11.6. Assentamento e fixações
11.7. Tolerâncias dimensionais
11.8. Fornecimento e execução dos trabalhos
12. Alumínios
12.1. Aspectos gerais
12.2. Qualidade dos trabalhos
12.3. Assentamento e fixações
12.4. Descrição das janelas e portas exteriores - fornecimento e execução dos
trabalhos
13. Vidros
13.1. Aspectos gerais
13.2. Tolerâncias dimensionais
13.3. Qualidade dos trabalhos
13.4. Descrição do vidro
13.5. Espelhos e chapa acrílica
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14. Serralharias e Ferragens
14.1. Aspectos gerais
14.2. Pormenorização
14.3. Protótipos
14.4 Qualidade dos trabalhos
14.5 Decapagem de superfície de aço
14.6. Espessuras dos acabamentos
14.7. Guardas
14.8. Tampas de “courettes”
14.9. Ferragens
14.10. Colunas e guardas em ferro fundido
15. Pinturas
15.1. Aspectos gerais
15.2. Execução dos trabalhos
15.3. Pinturas sobre revestimentos alcalinos
15.4. Pinturas sobre madeira
15.5. Pinturas sobre metais
15.6. Pinturas sobre paredes e tectos
16. Instalação de Redes de Águas
16.1. Aspectos gerais
16.2. Redes de águas frias e quentes
17. Instalação de Redes de Esgotos
17.1. Rede de esgotos domésticos
17.2. Rede de esgotos pluviais
18. Equipamento Sanitário
18.1. Aspectos gerais
18.2. Especificações gerais
18.3. Fornecimento e execução dos trabalhos
18.4. Acessórios
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19. Instalações e Equipamentos Eléctricos
19.1. Aspectos gerais
19.2. Objectivos
19.3. Canalizações eléctricas
19.4. Circuitos de iluminação
19.5. Circuitos de tomadas para usos gerais e especiais
19.6. Sistemas de protecção
19.8. Fornecimento e execução dos trabalhos
20. Diversos
21. Conclusão
21.1. Disposições executivas finais
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CLÁUSULAS TÉCNICAS
1. LIMPEZA DO TERRENO
A limpeza do terreno deverá ser executada de maneira a retirar toda a camada
superficial de terra vegetal, utilizando equipamento mecânico de porte
apropriado. As áreas deverão ficar completamente limpas e desprovidas de
tocos e raízes.
2. INSTALAÇÕES DO ESTALEIRO
- As instalações do estaleiro deverão ser montadas de modo a que ocupem apenas
o espaço necessário.
O empreiteiro deverá, no prazo de 15 dias a contar da adjudicação, submeter à
apreciação e aprovação da Fiscalização o plano de montagem do Estaleiro com
indicação da localização das diferentes instalações e equipamento mecânico.
A montagem do estaleiro só poderá iniciar-se depois da aprovação do plano de
montagem.
- Compete ao empreiteiro proceder às ligações necessárias para dotar o
estaleiro e a zona da obra com água e energia eléctrica. A Fiscalização indicará
os locais em que poderão ser feitas as tomadas de água e de energia.
- Todo o equipamento, maquinaria, utensílios para preparação, transporte, elevação
e colocação em obra dos materiais e ferramentas para a execução dos trabalhos,
estão incluídas no estaleiro a instalar pelo empreiteiro.
3. IMPLANTAÇÃO DA OBRA
- A implantação de toda a obra é feita de harmonia com as indicações do
projecto e a partir de pontos principais bem definidos; é da inteira
responsabilidade do empreiteiro a demarcação e implantação da obra com
topógrafo, de forma correcta, de todos os trabalhos a executar.
Na escolha dos pontos principais dever-se-á ter em atenção o desenvolvimento da
obra e os movimentos de terras necessários de forma a todas as implantações a
executar em obra se poderem relacionar aos pontos principais inicialmente tomados.
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CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS DOS TRABALHOS DE
CONSTRUÇÃO CIVIL
1. MOVIMENTO DE TERRAS
Não será necessário modificar a configuração do terreno, por forma a ajustá-lo às
necessidades desta construção que se vai realizar.
1.1. ABERTURA DE CABOUCOS
1.1.1. As escavações para abertura dos caboucos para as sapatas serão feitas
pelos processos que o empreiteiro entender utilizar desde que aceite pela
fiscalização.
1.1.2. Os caboucos, serão escavados até à profundidade indicada nos desenhos de
construção, (ver projecto de Estruturas).
1.1.3. As escavações, serão executadas com observância rigorosa da implantação,
da forma, e das demais características geométricas indicadas nos desenhos de
construção (ver projecto de Estruturas).
1.1.4. Os produtos das escavações, serão removidos para local apropriado, que a
fiscalização poderá fixar, e serão regularizados no depósito.
1.1.5. No preço unitário das escavações, são considerados incluídos todos os
trabalhos inerentes à sua completa execução, tais como entivações, escoramentos,
ou quaisquer outros, ficando bem esclarecido que o empreiteiro se inteirou no local,
antes da elaboração da proposta, de todas as particularidades do trabalho, e ainda
que nenhum direito de indemnização lhe assiste, no caso de as condições de
execução se revelarem diversas das que previra, a não ser que haja modificação do
tipo de fundação indicado no projecto.
1.5. TRANSPORTE DE TERRAS
A presente empreitada incluirá a Escavação, carga, remoção e transporte dos
produtos escavados.
A forma de transporte será feita através dos meios necessários e suficientes que
englobam desde o transporte através do carrinho de mão até ao veículo pesado.
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2. FUNDAÇÕES
2.1. SAPATAS
2.1.1. As fundações deverão ser executadas de acordo com o prescrito no Projecto
de Estrutura.
2.1.2. Em todos os caboucos, tanto das sapatas como das vigas de
fundações, será executada uma camada de betão de limpeza, conforme se
indica nos desenhos de construção com cerca de 0,15 m de espessura (ver
projecto de estrutura). A escavação a efectuar, deverá pois contar com a altura
correspondente a esse betão.
2.1.3. Da superfície superior do betão de regularização, será retirada toda a
goma depositada até aparecer a parte sã do betão, e só depois se colocará a
armadura da sapata em aço A400.
2.1.4. As vigas de fundação serão apoiadas nas sapatas, deixando embebidas nelas
as armaduras dos elementos estruturais de elevação a que digam respeito. (ver
projeto de estrutura).
2.1.5. A betonagem das sapatas deverá ser contínua.
2.1.6. Todo o betão será vibrado com vibradores para a massa, tendo-se
cuidado de os não encostar às armaduras, para que a vibração se não
transmita ao betão que já iniciou o processo de presa.
2.2. ENROCAMENTOS
2.2.1. Os enrocamentos serão realizados com pedra limpa e rija, com
dimensões entre 50 e 100mm (brita 3), assente sobre terreno compactado
(atrás mencionado), e serão compactados mecanicamente. Terão uma
espessura mínima de 0,25m.
2.3. Massames Armados
Os massames terão 0.15 de espessura, serão realizados com betão B20 e
malha "Tipo Sol" AQ38,
3. ESTRUTURAS
3.1. BETÕES
O betão será utilizado em pilares, vigas, lajes, muros de suporte e paredes
portantes. As lajes serão maciças.
3.1.1. O betão a empregar é o C25/30 conforme especificado no Projecto de
Estruturas.
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3.1.2. Em tudo quanto disser respeito à composição, fabricação e colocação em
obra dos betões e as restantes operações complementares, seguir-se-ão as regras
estabelecidas pelo Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos, aprovado pelo
Decreto nº 445/89 e pelo Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-
Esforçado aprovado pelo Decreto nº 349 - C/83 de 30 de Julho.
3.2. COMPOSIÇÃO DOS BETÕES
3.2.1.O estudo da composição de cada betão (traço), deverá ser apresentado
pelo empreiteiro à aprovação da fiscalização, com pelo menos 30 dias de
antecedência em relação à data da betonagem do primeiro elemento.
3.2.2. No betão de todos os elementos que estejam em contacto permanente, ou
que possam estar em contacto prolongado com a água, será adicionada diatomite
na percentagem de 5% do peso do cimento (2,5 kg de diatomite por 50 kg de
cimento), ou outro impermeabilizante que a Fiscalização aprove.
3.3. PREPARAÇÃO DOS BETÕES
3.3.1. O betão será feito por meios mecânicos, em betoneiras, obedecendo os
materiais que entram na sua composição às condições atrás indicadas, de
acordo com as disposições legais em vigor, e sendo cuidadosamente
respeitado o Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos.
3.3.2. As betoneiras deverão ter contadores de água devidamente aferidos para que
a quantidade de água nelas introduzida, em cada amassadura, seja exactamente
aquela que o Laboratório Oficial tiver indicado no seu estudo.
3.3.3. A quantidade de água deverá ser frequentemente corrigida, de acordo com as
vibrações de humidade nos inertes para que a relação água/cimento seja a
recomendada nos estudos de qualidade dos betões.
3.3.4. A água a utilizar na obra, tanto na confecção dos betões e argamassas como
para a cura do betão deverá, na generalidade, ser doce e limpa e isenta de matérias
estranhas em solução ou suspensão aceitando-se como utilizável a água que
empregue em obras anteriores não tenha produzido eflorescências nem
perturbações no processo de presa e endurecimento dos betões e argamassas com
ela fabricados.
3.3.5. As distâncias entre os locais de instalação das betoneiras, e os da colocação
dos betões em obra, serão as menores possíveis, devendo os meios de transporte e
os percursos a utilizar desde a betoneira aos locais de aplicação dos betões, bem
assim como os tempos previstos para o transporte dos mesmos, ser submetidos à
apreciação da fiscalização.
O transporte do betão, para as diferentes zonas de aplicação, deverá ser feito por
processos que não conduzam à segregação dos inertes.
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3.4. AÇO PARA O BETÃO ARMADO
3.4.1. O aço das armaduras para betões será geralmente em varão redondo da
classe A400 conforme referencia no Projecto de Estrutura. Todos estes aços devem
satisfazer as prescrições em vigor que lhe forem aplicáveis.
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3.5. ARMADURAS DE AÇO PARA BETÃO ARMADO
3.5.1. As armaduras em aço a empregar nos diferentes elementos de betão, terão as
secções previstas no projecto, e serão colocadas rigorosamente conforme os
desenhos indicam, devendo ser atadas de forma eficaz para que se não desloquem
durante as diversas fases de execução da obra. Utilizar-se-ão pequenos calços pré-
fabricados, de argamassa ou de micro-betão, para manter as armaduras afastadas
dos moldes, calços esses dotados de arames de fixação.
3.5.2. As armaduras serão dobradas a frio com máquina apropriada, devendo
seguir-se em tudo o preceituado no Regulamento de Estruturas de Betão
Armado e Pré-Esforçado.
3.5.3. Todos os encargos para controle das características dos aços,
especificamente mencionados, ou não, neste Caderno de Encargos, são da
exclusiva conta do empreiteiro, e consideram-se incluídos nos preços unitários
respectivos.
3.5.4. Para efeitos de determinação do trabalho realizado, na medição de armaduras
não se incluirá a dobragem e montagem, as sobreposições, soldaduras e qualquer
outro sistema de união, as ataduras e os ganchos, os quais serão considerados já
incluídos no preço unitário contratual, e o peso será calculado pela aplicação das
tabelas de pesos de varões de aço para betão armado na medição do projecto.
3.6. MOLDES - COFRAGENS
3.6.1. Os moldes, serão metálicos e/ou de madeira. Neste último caso as tábuas
serão de pinho, utilizando-se exclusivamente na sua confecção tábuas de largura
constante, aplainadas, tiradas de linha e sambladas a meia madeira para não
permitir a fuga de calda de cimento através das juntas e para conferir à superfícies
de betão um acabamento perfeitamente regular.
3.6.2. Na moldagem e na desmoldagem, seguir-se-á em tudo o preceituado no
Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado de Betões de
Ligantes Hidráulicos e no presente Caderno de Encargos.
3.6.3. Os moldes, para as diferentes partes da obra, deverão ser montados com a
solidez e perfeição, por forma a que fiquem rígidos durante a betonagem, e possam
ser facilmente desmontados sem pancadas nem vibrações.
3.6.4. As superfícies interiores dos moldes, deverão ser pintadas ou
protegidas, antes da colocação das armaduras, com produto apropriado
previamente aceite pela fiscalização, para evitar a aderência do betão
prejudicial ao seu bom aspecto.
3.6.5. Antes de se iniciar a betonagem, todos os moldes deverão ser limpos de
detritos e molhados com água durante várias horas.
3.6.6. Se as características de betonagem não ficarem perfeitas, poder-se-á admitir
excepcionalmente a sua correcção, se não houver perigo para a sua resistência
sendo o defeito facilmente suprimido por reboco ou por outro processo que a
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fiscalização determinar, mas, em qualquer dos casos, sempre à custa do empreiteiro
e nas condições em que vier a ser exigida.
3.6.7. A reaplicação dos moldes, será sempre precedida de parecer da fiscalização,
que poderá exigir do empreiteiro as reparações que forem tidas por convenientes.
3.7. BETONAGEM E DESMOLDAGEM
3.7.1. A betonagem, deverá obedecer às normas estabelecidas no Regulamento de
Estruturas de Betão Armado e no Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos, e
atendendo ainda ao indicado neste Caderno de Encargos.
3.7.2. O betão, será empregue logo após o seu fabrico apenas com as demoras
inerentes à exploração das instalações. Não se tolerará que o período decorrido
entre o fabrico do betão, e o fim da sua vibração, exceda meia hora no tempo quente
e uma hora no tempo frio, devendo estas tolerâncias ser reduzidas se as
circunstâncias o aconselharem.
3.7.3. A compactação, será feita exclusivamente por meios mecânicos (vibrações de
superfície, vibrações dos moldes e pré-vibração).
3.7.4. A vibração, será feita de maneira uniforme até que a água de amassadura
reflua à superfície, e por forma a que o betão fique homogéneo. As características
dos vibradores, serão previamente submetidas à apreciação da Fiscalização.
3.7.5. Cada elemento de construção, deverá ser betonado de maneira contínua, ou
seja, sem intervalos maiores do que os das horas de descanso, inteiramente
dependentes do seguimento das diversas fases construtivas, procurando-se sempre
a redução dos esforços de contracção entre camadas de betão com idades
diferentes.
3.7.6. A desmoldagem dos fundos dos elementos estruturais, só poderá ser
realizada quando o betão apresente uma resistência de, pelo menos 2/3 do valor
característico, e nunca antes de 3 dias após a última colocação de betão.
3.7.7. Para efeitos de medição, os betões serão considerados pelo volume
geométrico das peças executadas.
3.8 DESCIMBRAMENTO
3.8.1. Os descimbramentos serão conduzidos com observância do estipulado no
Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos e no Regulamento de Estruturas de
Betão Armado e Pré-Esforçado, e tendo em atenção os números seguintes:
3.8.2. O empreiteiro só poderá proceder aos descimbramentos (retirada dos
cavaletes de montagem) depois de autorizados pela fiscalização.
3.8.3. Os elementos de betão armado poderão, em princípio ser descimbrados logo
que seja possível proceder às descofragens e estas estejam realizadas.
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4 - ALVENARIAS
4.1. ASPECTOS GERAIS
Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projecto relativos a
alvenarias, seus reforços, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os materiais
com todos trabalhos inerentes, conforme desenhos e caderno de encargos.
4.2. ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO
a) As argamassas de assentamento das alvenarias serão realizadas com
Cimento Portland Normal (CPN) e areia, ao traço 1:3.
4.3. ALVENARIAS DE TIJOLO
Todas as paredes a construir em tijolo/bloco de argamassa de cimento, serão
em tijolo furado de boa qualidade, sendo a sua espessura, indicada em planta.
Os tijolos deverão ter textura homogénea, serem isentos de quaisquer corpos
estranhos, terem formas e dimensões regulares e uniformes, terem cor
uniforme, apresentarem fractura de grão fino e compacto e não absorverem
água em 24 h, em quantidade de mais de 1/5 do seu volume.
Antes da aplicação, os tijolos serão regados abundantemente, a fim de evitar a
absorção de água, necessária à presa da argamassa e permitir uma boa aderência
dos elementos construtivos.
Na execução das alvenarias de tijolo ter-se-á o cuidado de nunca empregar tijolos
que não estejam bem molhados no momento da aplicação. Quando se interrompa o
trabalho, não se deverá assentar nenhuma fiada sem ter molhado bem a
precedente.
As paredes em tosco ficarão perfeitamente desempenadas e aprumadas, e a
argamassa deverá envolver toda a periferia do tijolo. As fiadas deverão ficar
horizontais e a espessura da argamassa de assentamento deverá ser uniforme.
A ligação dos panos de tijolo à estrutura de betão armado, deverá ser feita por forma
a que antes de se assentarem os tijolos, as superfícies de betão serem
convenientemente aferroadas. Deverão deixar-se pontas de ferro embebidas na
estrutura, para ligação à alvenaria de tijolo.
As vergas dos vãos a abrir nestas paredes serão executadas em betão
armado.
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4.4. DESCRIÇÃO DAS ALVENARIAS SIMPLES
- A construção de paredes de alvenaria em pano simples com tijolo de 30x20x15 cm,
será assente em argamassa de cimento e areia ao traço 1:3, com espessura final de
20 cm.
5. CANTARIAS
5.1. Fornecimento e aplicação
- Pedra serrada polida em soleiras de acordo com o funcionamento das portas com
0.32x0.04m.
- Pedra mármore em tampos para embutir os toucadores e lavatórios com 0.55x0.03
m.
- Tampos em granito sobre bancadas das cozinhas.
6. COBERTURAS
6.1. ASPECTOS GERAIS E DE PORMENORIZAÇÃO
- Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projecto relativo a
coberturas e seus isolamentos e impermeabilizações, incluindo o fornecimento e
aplicação de todos os materiais com todos trabalhos inerentes, conforme desenhos
e caderno de encargos.
6.2. FORNECIMENTO E EXECUÇÃO DOS TRABALHOS
- Telha regional assente em argamassa de cimento e areia ao traço 1:3, na laje
de cobertura em betão armado ou assente sobre vigas de betão.
7. REVESTIMENTO DE PAREDES
7.1. ASPECTOS GERIAS
Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projecto relativos a
revestimentos de paredes, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os
materiais com todos trabalhos inerentes, conforme desenhos e caderno de
encargos.
7.2. EMBOÇO E REBOCO
Antes de se proceder ao reboco, as paredes que se devem revestir serão limpas,
tirando-se toda a argamassa que esteja desagregada ou pouco aderente e serão
lavadas e bem desempenadas, para o que se farão os encasques necessários.
Sobre os parâmetros assim preparados, assentar-se-á à colher a argamassa do
reboco em uma ou mais camadas de maneira a ficar de espessura uniforme,
homogénea, de superfície regular e sem fendas.
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7.3. REVESTIMENTOS CERÂMICOS
Os azulejos, depois de bem molhados, serão assentes de modo a ficarem bem
ligados à parede por meio de argamassa e por forma a apresentarem uma superfície
bastante lisa. As suas juntas deverão ficar bem desempenadas e a sua largura não
poderá ultrapassar 1 mm.
7.4. FORNECIMENTO E EXECUÇÃO DOS TRABALHOS
7.4.1. Salpico, emboço e reboco com argamassa de cimento e areia ao traço
1:3 com acabamento à mão livre, à colher em paredes exteriores, prontos a
receber pintura.
7.4.2. Salpico, emboço e reboco fino com argamassa de cimento e areia ao
traço 1:3, com acabamento a roscone em paredes interiores.
7.4.3. Azulejo vidrado 0.15 x 0.15, Refª CT, colocados a meia esquadria com faixa e
alheta nos lambris das cozinhas dos apartamentos até 2.10m ( Ver pormenor).
8. REVESTIMENTO DE TECTOS E TECTOS FALSOS
8.1. ASPECTOS GERAIS
Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projecto
relativos a revestimentos de tectos, incluindo o fornecimento e aplicação de
todos os materiais com todos trabalhos inerentes, conforme desenhos e
caderno de encargos.
8.3. FORNECIMENTO E EXECUÇÃO DE TRABALHOS
8.3.1. Salpico, emboço e reboco com argamassa de cimento e areia ao traço
1:3, com acabamento areado em tectos interiores.
8.3.2. Idem, idem, com tratamento antifungos em tectos interiores das cozinhas e
instalações sanitárias, prontos a receber pintura.
8.3.3. Inclui-se a realização de alheta de remate com as paredes.
8.3.4. Tectos falsos contínuos em "Pladur" com todos os materiais e trabalhos
inerentes. As placas serão aparafusadas a uma estrutura formada por perfis
metálicos que se fixarão às lajes através de peças de suspensão.
Inclui-se iluminação embutida no tecto falso.
A montagem, o modo de execução e o tratamento das juntas deverá satisfazer as
indicações do fabricante. Inclui-se barramento e pintura.
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9. REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS, RODAPÉS E DEGRAUS
9.1. ASPECTOS GERAIS
Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projecto
relativos a revestimentos de pavimentos, rodapés e degraus, incluindo o
fornecimento e aplicação de todos os materiais com todos trabalhos inerentes,
conforme desenhos e cadernos de encargos.
9.2. REVESTIMENTOS DE MASSAS ESPESSAS
9.2.1. Pavimentos em betonilha esquartelada, prontos a levar acabamento, com
todos os materiais e trabalhos inerentes.
Trata-se de betonilha de regularização. Será efectuada com argamassa de cimento
e areia, ao traço 1/3 em volume e terá a espessura conveniente para o material de
revestimento a aplicar, com um mínimo de 2cm.
9.3. FORNECIMENTO E EXECUÇÃO DOS TRABALHOS
Os pavimentos de ladrilho, quer sejam de mármore, de mosaico hidráulico, grés
cerâmico, serão sempre assentes sobre leito de argamassa hidráulica preparada
com areia fina ou sobre uma camada de substâncias aglutinantes especial
adequada ao produto empregue. Os pavimentos revestidos a pedra, em especial o
mármore deverão ser assentes com cimento branco, a fim de evitar manchas
securas após a secagem.
9.3.1. Rodapés nos compartimentos com pavimentos no mesmo material.
10 - IMPERMEABILIZAÇÕES E ISOLAMENTOS
10.1. ASPECTOS GERAIS
Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projecto relativos a
impermeabilizações e isolamentos, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os
materiais com todos trabalhos inerentes, conforme desenhos e caderno de
encargos.
10.2. FORNECIMENTO E EXECUÇÃO DOS TRABALHOS
10.2.1. Impermeabilização das lajes de cobertura:
a) Em terraços não acessíveis
b) Em Terraços acessíveis.
c) Em telhados revestidos a telha canudo.
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10.2.2. Impermeabilização da laje de cobertura dos telhados com “Flinttkot” nos
casos de laje ventiladas ( caso das varandas ) ou com placa ondulada aderente com
tela de impermeabilização integrada nos demais casos.
10.2.3. Nas lajes dos pisos interiores e exteriores, enchimento com Betão “LECA”
de forma a conseguir as pendentes necessárias ao bom escoamento das águas dos
terraços, de acordo com os pormenores de desenho.
10.2.4. Idem para as lajes de cobertura.
10.2.5. Impermeabilização de fundações, varandas e piso térreo, galerias de
acesso, com uma tela asfáltica de 4kg, que deverá rematar sob as soleiras com
altura mínima de 0,20m acima do pavimento.
10.2.6. Impermeabilização das floreiras com tela asfáltica revestida com rede de
arame devidamente rebocadas, ou aplicação de uma camada de fibra vinílica.
10.2.7. Impermeabilização e drenagem dos muros de suporte com utilização de
tubos “GEODRENO” com 100 mm de diâmetro, incluindo brita envolvida com manta
“GEOTEXTIL”, caixas de visita e colectores em PVC até a caixa pluvial mais
próxima.
11. CARPINTARIAS
11.1. ASPECTOS GERAIS
a) Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projecto relativos
a carpintarias, incluindo o fornecimento e aplicação de ferragens, fechaduras,
puxadores e todos os materiais com todos trabalhos inerentes.
b) Todos os vidros e produtos de acabamento, como pinturas, envernizamentos e
outros, devem incluir-se nos respectivos capítulos.
c) Todas as madeiras deverão ser impregnadas em autoclave sob vácuo e pressão
com um produto apropriado, com 4kg de sais secos por metro cúbico de madeira
numa concentração de 25% ou seja, uma absorção de 160l/m3.
d) A madeira deverá apresentar-se a tratamento com um máximo de 25% de
humidade. Todo o alburne deverá ficar impregnado depois do tratamento.
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11.2. PORMENORIZAÇÃO
Quando não existam pormenores suficientes ou quando o Empreiteiro entenda dever
propor alterações, deverá submeter à aprovação da Fiscalização pelo menos um
mês antes do início dos trabalhos, um estudo de todas as carpintarias constituído
pelas peças seguintes:
a) Desenhos de montagem e de assentamento de aros, eventualmente pré-aros,
aduelas e guarnições de cada vão ou conjunto de vãos iguais ou similares.
b) Desenhos de sistemas de fixação de cada elemento de preenchimento de vão ou
conjunto de elementos iguais, às alvenarias, às cantarias e elementos de betão, com
indicação dos materiais a utilizar quer para assegurar a fixação, quer para garantir a
sua vedação.
11.3. PROTÓTIPOS
Sempre que a Fiscalização o determinar, o Empreiteiro deverá fabricar um protótipo
de cada carpintaria para apreciação das suas características e verificação do seu
comportamento. Quando aprovado pela Fiscalização este protótipo servirá de
padrão para a recepção das outras carpintarias e pode ser aplicado em obra.
11.4. QUALIDADE DOS TRABALHOS
Todas as peças de madeira serão cuidadosamente executadas segundo os
preceitos técnicos e as indicações fornecidas ao empreiteiro, a quem compete, antes
da execução, apresentar à Fiscalização os respectivos detalhes e as amostras que
forem julgadas necessárias.
a) As dimensões devem ser corrigidas no local por forma a atingir-se o bom
funcionamento pretendido, ou acordadas com os Empreiteiros de toscos e
revestimentos.
b) Todas as carpintarias serão dotadas das ferragens e dispositivos de manobra
necessários para o seu perfeito funcionamento, incluindo fechaduras e três chaves,
puxadores, molas de embeber, etc., e serão escolhidas entre as marcas de melhor
qualidade disponíveis no mercado.
Quando não especificado no projecto geral serão escolhidas pela Fiscalização entre
três amostras a fornecer pelo Empreiteiro.
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c) As respigas, dentes, e machos, devem encher perfeitamente as montagens e
fêmeas. Em geral, nas ensamblagens, as respigas, os machos, e os dentes, terão
uma espessura igual à terça parte da largura da face a que pertençam, e um
comprimento duplo da espessura.
d) Todas as superfícies em contacto com betão ou alvenarias e, de um modo geral,
as superfícies não visíveis serão tratadas com "Cuprinol" ou outro produto
preservador de madeira, e deverão ser isoladas com folha de polietileno de modo a
impedir-se a absorção de água e o consequente aumento do teor de humidade.
e) As samblagens de ligação das diferentes peças de madeira serão sempre feitas
com toda a perfeição e com dimensões e formas proporcionais aos esforços a que
estão sujeitas.
f) Serão rejeitadas e mandadas substituir as obras que apresentarem defeitos de
construção ou forem feitas com madeira de má qualidade.
g) Durante o prazo de garantia, o Empreiteiro é obrigado a executar todos os
trabalhos necessários para que as portas, aros e folhas e demais partes amovíveis
de madeira funcionem perfeitamente, bem como a reparar todas as juntas que
abrirem, substituindo por outras as obras em que isso sucede, se tanto se julgar
necessário, sendo também da conta do Empreiteiro o novo assentamento de
ferragens e envernizamentos, em virtude de tais reparações.
h) As colagens e ligações serão sempre feitas com o emprego de samblagens,
malhetas ou cavilhas e nunca pregadas.
11.5. TRATAMENTOS IMUNIZADORES
a) Todas as madeiras que não apresentem uma elevada durabilidade natural
deverão ser tratadas em autoclave, com produto e método de aplicação
adequado ao material, a submeter à aprovação da Fiscalização.
b) As superfícies correspondentes a cortes realizados na Obra, deverão ser tratadas
com duas demãos de produto imunizador do tipo "Cuprinol" ou equivalente.
11.6. ASSENTAMENTO E FIXAÇÕES
a) As carpintarias só devem ser assentes com o teor de humidade compatível com
os locais de aplicação, e com o tipo de pintura a aplicar, nunca podendo
ultrapassar 15%.
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b) A fixação de aros e aduelas de madeira será realizada com tacos de madeira de
elevada durabilidade natural ou ligadores metalizados.
c) Os tacos de madeira terão em regra as seguintes dimensões:
- Portas : comprimento igual à espessura da parede, profundidade de 7 cm
altura de 4 cm.
Os tacos serão fixados a 10 cm dos limites inferiores e superiores de cada vão,
e os outros apoios serão afastados no máximo de 60 cm.
d) O assentamento dos tacos será realizado com argamassa de cimento e areia
ao traço 1:3.
e) De um modo geral não se aceitará a colocação de pré-aros, no entanto quando
o Empreiteiro o julgar conveniente, deverá submeter à aprovação da
Fiscalização o material e processo de aplicação. A aceitação de pré-aros
nunca poderá representar quaisquer acréscimo de custos.
f) Depois do assentamento as carpintarias deverão ser convenientemente
protegidas contra choques ou outros danos que prejudiquem a sua qualidade
ou acabamento.
g) No assentamento das carpintarias deve sempre considerar-se a selagem de
todas as juntas perimétricas com silicone homologado.
11.7. TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS
Para verificação dos elementos aplicados são admitidas as seguintes tolerâncias
máximas:
- Verticalidade de ombreiras: 0.1 %
- Horizontalidade das vergas: 0.1 %
11.8. FORNECIMENTO E EXECUÇÃO DOS TRABALHOS (VER MAPA DE VÃOS)
11.8.1. Portas de entrada em madeira iguais ou similares as do Bloco “A” incluindo
aros, ferragens e assentamento. (P1 – 0,90X2,00m)
11.8.2. Portas interiores normalizadas, folheadas a andiroba ou similar de 1 batente
com orla saliente e com perfil sobreposto, incluindo guarnições, ferragens e
assentamento de 0.80m (P2) e de 0.75m (P3).
A Firma proponente deverá apresentar, juntamente com a sua proposta, catálogos
ou perfis das amostras do material a fornecer.
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11.8.3. Portas em madeira de pinho de correr formando lâminas, para pintar, nos
espaços ocupados pelos termoacumuladores com 0,80x2,00m(P4);
0,90x2,00m(P5); 0,80x2,00m (P7) e folhas de correr nas despensas.
11.8.4. Portas em madeira de pinho de abrir, formando lâminas, para pintar, com
0,80x2,00m(P2A) em despensas.
11.8.5. Os roupeiros deverão, sempre que possível, ter altura até o tecto e largura
conforme o indicado nas plantas de Arquitectura. Deverão ainda incluir aros,
prateleiras, bloco com 4 gavetas, portas de correr, ferragens e respectivo
assentamento.
O modelo dos roupeiros deverá ser igual aos do pormenores do desenho nº15.
Poderá, entretanto aceitar-se outro modelo a ser aprovado atempadamente pela
Fiscalização.
11.8.6. Armários em madeira de andiroba ou similar, até ao chão, nas medidas
constantes no projecto, com aro, portas, prateleiras, ferragens e assentamento.
11.8.7. Armário em madeira de pinho, formando lâminas, para pintar sob bancada de
lavatório, incluindo aro, prateleiras, ferragens e assentamento. As ferragens são do
tipo "SOFI", em latão oxidado. Os parafusos deverão ser igualmente em latão
oxidado, a instalar nos apartamentos.
11.8.8. Estore de correr vertical em madeira de pinho, formando lâminas, para pintar
sobre bancadas das cozinhas, ou estore de correr na vertical ( em PVC de cor
branca ), incluindo aro, ferragens e assentamento.
12. ALUMÍNIOS
12.1. ASPECTOS GERAIS
Fornecimento e montagem de caixilharias de alumínio lacado branco em vãos
envidraçados, incluindo vidros, ferragens, fechaduras e todos os trabalhos e
fornecimentos necessários a um perfeito acabamento.
Os perfis de alumínio deverão estar preparados para receberem vidros duplos
(5+10+4 ).
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12.2. QUALIDADE DOS TRABALHOS
a) Todo o material de alumínio a empregar será de primeira qualidade,
completamente isento de defeitos.
b) Os perfis de alumínio não poderão ter uma espessura inferior a 2mm, e a sua
composição será pelo menos a correspondente à liga (Al + Mg + Si), nas
seguintes proporções: Mg = 0,4 a 0,8%
Si = 0,35 a 7%
Al = restantes
Conforme a norma DIN 1725, sendo a sua dureza superior à "F22".
12.3. ASSENTAMENTO E FIXAÇÕES
a) Todas as vedações de encontro às ombreiras, peitoris e padieiras, serão
realizadas com produto apropriado a aprovar pela Fiscalização.
b) A fixação dos vidros deverá ser feita de preferência com perfis apropriados de
borracha, independentes ou não de bites, que mantenham as características
elásticas pelo menos por 5 anos e garanta uma boa vedação.
c) O sistema de fixação deverá envolver pelos dois lados os bordos de fixação dos
vidros.
d) Os caixilhos móveis das janelas e portas de alumínio lacado levarão em todo o
perímetro, tiras de feltro, com o fim de vedar a entrada do ar e amortecer as
pancadas ou outro material indicado pelo fornecedor e aceite pela fiscalização.
12.4. DESCRIÇÃO DAS JANELAS E PORTAS EXTERIORES FORNECIMENTO
E EXECUÇÃO DOS TRABALHOS ( VER MAPA DE VÃOS ).
12.4.1. Caixilho fixo em alumínio lacado de branco em janela de peito – ( J4 e J5 )
12.4.2. Janelas mistas, com parte inferior fixa e superior basculante em alumínio
lacado branco, incluindo ferragens e assentamento. - (J6).
12.4.3. Janelas de peito correr com acabamento a lacado branco, incluindo
ferragens e assentamento. – ( J2 e J2A; J3A e J7A ).
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12.4.4. Janelas de sacada com duas folhas de correr com acabamento a lacado
branco, incluindo ferragens e assentamento. – ( J1, J3 e J7 ).
12.4.5. Todos os caixilhos de alumínio serão dotados de portadas exteriores
formando lâminas com o nº de folhas e movimento indicado nas plantas de
Arquitectura, à excepção das janelas das c. de banho, janelas fixas e J2A que
levará estor vertical. As portadas terão acabamento a lacado branco, incluindo
ferragens e assentamento.
A firma proponente deverá apresentar juntamente com a proposta de preços, uma
ou mais amostras do perfil de alumínio que pretende utilizar. Todas as portadas
deverão ser equipadas com “segura persianas” ( polícias ou molas de plástico).
12.4.6. Os fechos das janelas de correr em geral serão de embutir, um de cada lado
da folha com varão interior.
12.4.7. Caixilharia de alumínio lacado de branco nas clarabóias formando quatro
águas.
12.4.8. Nas portadas exteriores os fechos serão de manette de rodar com varão
interior.
12.4.9. Portas exteriores formando lâminas com acabamento em lacado branco,
incluindo ferragens e assentamento. – (P6 – 0,90x2,00m).
13. VIDROS
13.1. ASPECTOS GERAIS
a) Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projecto
relativos a colocação de vidros, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os
materiais com todos trabalhos inerentes, conforme desenhos e caderno de
encargos.
b) Quando o Empreiteiro pretenda complementar os pormenores ou propor
alterações, deverá submete-las à aprovação da Fiscalização pelo menos um mês
antes do início dos trabalhos.
13.2. TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS
Tolerâncias máximas:
- Dimensionais - +0 e -2 mm ou +0 e -3 mm
- Planimétricas - 2% ou 3%
- Dureza -6 e 7 da escala de MOHS
- Coeficiente de transmissão térmica -4,9 Kcal/m2.h.ºC
Resistência aos choques térmicos:
- Vidros sem entalhes ou furações - diferencial de temperatura = 300ºC
- Vidros com entalhes ou furações - diferencial de temperatura = 240ºC
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13.3. QUALIDADE DOS TRABALHOS
a) Utilizar-se-ão vidros duplos, completos, com todos os materiais e trabalhos
inerentes.
b) A fixação dos vidros deverá ser feita de preferência com perfis apropriados de
borracha, independentes ou não de bites, que mantenha as características elásticas
pelo menos por 5 anos e garanta uma boa vedação.
c) O sistema de fixação deverá envolver pelos dois lados os bordos de fixação dos
vidros.
d) Não é permitida a aplicação de vidros fendidos riscados, imperfeitamente
cortados, com medidas insuficientes ou qualquer outro defeito.
O empreiteiro terá de substituir, à sua custa, todos os vidros que, até ao fim da
construção, venham a sofrer dano.
e) O assentamento será executado de acordo com os pormenores das caixilharias
escolhidas e com as folgas necessárias para evitar que estalem.
f) A chapa a aplicar, deverá ter 5 mm a lisa e 4 mm de espessura a chapa de vidro
impresso e não deverá apresentar:
- bolhas, bolhas rebentadas, bolhetes espalhados, ampolas, serpenteios, fiadas,
cordas, pedras, alvoraçados, murças, queimaduras, desvitrificações, empenos ou
outros defeitos.
g) A vidraça poderá apresentar um máximo de cinco piques por m2, que não podem
estar situados num círculo de 20 cm de diâmetro.
13.4. DESCRIÇÃO DO VIDRO
a) O emprego de vidro liso será feito nos vãos exteriores ( Ver mapa de vãos).
b) O emprego de vidro impresso será feito nas janelas das instalações sanitárias.
c) O emprego do vidro duplo laminado no exterior e temperado no interior nas
claraboias.
13.5. ESPELHOS E CHAPA ACRÍLICA
13.5.1. Espelhos para casas de banho, completos, com todos os materiais e
trabalhos inerentes.
a) A colocar sobre as bancadas de lavatório ocupando toda a largura das mesmas.
b) Tratam-se de espelhos em meio cristal de 6 mm, colocados directamente à
parede, rematado com mastike.
c) O plano dos espelhos deve coincidir com o dos revestimentos das paredes.
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13.5.2. Chapa acrílica formando quadrícula em gambiarra de luz, sobre os
lavatórios, sobre os toucadores e em sanca de luz das cozinhas.
14. SERRALHARIAS e FERRAGENS
14.1. ASPECTOS GERAIS
a) Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projecto relativos
a serralharias, incluindo o fornecimento e aplicação de ferragens, fechaduras,
puxadores e todos os materiais com todos trabalhos inerentes, conforme desenhos e
caderno de encargos.
b) Para a execução das serralharias deve atender-se, em particular, ao referido no
D.T.U. Nº 321 (Jun.64) "Travaux de Construction Métallique pour le Batiment -
Charpente en acier - Cahier des Charges - Cahier des Clauses Speciales".
14.2. PORMENORIZAÇÃO
a) Quando não existam pormenores suficientes ou quando o Empreiteiro entenda
dever propor alterações, deverá submeter à aprovação da Fiscalização pelo menos
um mês antes do início dos trabalhos, um estudo de todas as serralharias
constituído pelas peças seguintes:
- Desenhos de montagem e de assentamento de aros, eventualmente pré-aros,
aduelas e guarnições de cada vão ou conjunto de vãos iguais ou similares.
- Desenhos de sistemas de fixação de cada elemento de preenchimento de vão ou
conjunto de elementos iguais, às alvenarias, às cantarias e elementos de betão, com
indicação dos materiais a utilizar quer para assegurar a fixação quer para garantir a
sua vedação.
- Desenhos de construção da bordura dos vãos, dos peitoris, das ombreiras, das
vergas e das soleiras em que assentam cada elemento de preenchimento de vão ou
conjunto de elementos iguais, com indicação das suas dimensões sempre que
sejam diferentes das do projecto ou este as não defina.
14.3. PROTÓTIPOS
Sempre que a Fiscalização o determinar, o Empreiteiro deverá fabricar um protótipo
de cada elemento para apreciação das suas características e verificação do seu
comportamento. Quando aprovado pela Fiscalização este protótipo servirá de
padrão para a recepção dos outros elementos e pode ser aplicado em obra.
14.4. QUALIDADE DOS TRABALHOS
a) Ao Empreiteiro compete a execução, assentamento, e calafetagem de todas as
serralharias, que serão executadas de acordo com as indicações do projecto, e em
conformidade com o dimensionamento referido nos pormenores e mapa de vãos.
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b) O Empreiteiro deve proceder ao levantamento na obra de todas as medidas que
são necessárias para o fabrico das serralharias, quando a execução de elementos
primários não lhe garantir o cumprimento das cotas do projecto. Quando as
exigências de fabrico não permitirem aguardar o levantamento em obra daquelas
medidas, o Empreiteiro deve assegurar que a concepção e o fabrico das serralharias
permitem adaptar-se perfeitamente às tolerâncias admitidas para a execução das
diferentes partes da obra em que assentam.
c) As serralharias serão dotadas de todos os dispositivos e ferragens de manobra
necessárias para o seu perfeito funcionamento, incluindo fechaduras e puxadores
devidamente lubrificados e três chaves, que serão escolhidas entre as marcas de
melhor qualidade disponíveis no mercado. Quando não especificado no projecto
geral, serão escolhidas pela Fiscalização entre três amostras a fornecer pelo
Empreiteiro.
d) Até à aceitação da obra competirá ao adjudicatário fazer todos os trabalhos
necessários para que as portas, caixilhos, guardas, colunas, etc., funcionem
devidamente, bem como reparar todas as juntas que se abrirem, substituindo-as por
outras. Nos sítios em que isso suceder, se a tanto a Fiscalização o julgar necessário,
serão também da conta do adjudicatário o novo assentamento de ferragens, vidros,
etc., e as pinturas a fazer em virtude de tais reparações.
e) O armazenamento das serralharias deve ser realizado por forma a evitar-se a
danificação das camadas de protecção, metalização ou pinturas.
f) As serralharias serão colocadas em obra em fase de adiantamento de trabalhos
que assegurem a não infiltração ou penetração de águas de chuvas ou outras
humidades prejudiciais aos trabalhos interiores já realizados. Depois do
assentamento as serralharias deverão ser convenientemente protegidas contra
choques ou outros danos que prejudiquem a sua qualidade ou acabamento.
g) Os elementos e estruturas deverão resultar bem alinhados e nivelados depois de
assentes, e estar rigorosamente de acordo com as dimensões e equidistâncias do
projecto aprovado para a sua execução.
h) De um modo geral não serão permitidas quaisquer soldaduras em obra. No
entanto a Fiscalização poderá autorizá-las em situações que considere
excepcionais.
i) Onde seja necessário garantir, o escoamento de águas ou humidades, devem
prever-se orifícios de diâmetro adequado, para assegurar a sua drenagem total, o
que pode implicar inclusive a colocação de tubagens e de desníveis em
determinadas calhas e superfícies horizontais.
j) Os orifícios ou fendas inevitáveis e desnecessárias devem ser preenchidas com
soldadura ou mastique.
k) Devem evitar-se as esquinas vivas e substituí-las por arestas boleadas,
especialmente em exterior e zonas de circulação.
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l) Deve ser evitado o contacto directo entre o aço e os outros materiais de
construção corrosivos, e gessos. Tal isolamento deve respeitar a norma CP2008 do
BSI.
m) Caso se verifique demora entre a execução da peça e a sua aplicação em obra
bem como a respectiva pintura, deverá a peça ser protegida com um primário de
espera. A aplicação do primário de espera deverá ser precedida de uma limpeza da
peça de quaisquer poeiras, gorduras ou vestígios de oxidações por meio de lixa ou
escova metálica.
n) As rebarbas serão bem limadas.
14.5. DECAPAGEM DE SUPERFÍCIES DE AÇO
a) Todos os trabalhos em serralharia de aço deverão ser previamente decapados, e
metalizados com uma espessura de revestimento com, no mínimo, 60 microns, a
obter após corte e soldadura dos perfis.
b) A decapagem poderá ser feita a jacto de areia ou química. Os tipos e métodos de
decapagem devem respeitar a BS-4232 1967.Utilizar-se-á a decapagem a metal
branco nos casos de mais severa exposição.
14.6. ESPESSURAS DOS ACABAMENTOS
14.6.1-As espessuras mínimas das várias películas que constituem o acabamento
final de serralharias e alumínios serão as seguintes:
- pintura e envernizamento: 60 a 80 microns;
- lacagem: 80 microns;
- anodização: 25 microns.
14.7. GUARDAS
14.8.1. Guardas metálicas, em tubo de diâmetro 90 mm, metalizado com apoios
verticais conforme pormenor – ver desenho nº21. Pintura com tinta de esmalte
sintético.
14.8. TAMPAS DE "COURETTES"
14.8.1. Fornecimento e assentamento de tampas e aros em perfis e chapa de aço,
completas, para "courettes", incluindo metalização, pintura a esmalte, com todos os
materiais e trabalhos inerentes.
a) Pintura a esmalte sintético.
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14.9. FERRAGENS
14.9.1. Ferragens e acessórios em geral (consultar 11. CARPINTARIAS)
a) Deverão ser fornecidas e colocadas ferragens de primeira qualidade, com a
marca aparente, necessárias ao seu bom e completo funcionamento.
b) O Empreiteiro deve apresentar à aprovação do Projectista amostras de todas as
ferragens a utilizar.
c) Sempre que não sejam referidas outras especificações, as portas e portinholas,
etc., serão sempre dotadas de fechaduras em aço inox com canhão tipo "Yale" e
serão fornecidas com três chaves.
d) Quando escolhido um material e um acabamento para as ferragens estas devem
apresentar aspecto idêntico.
e) O assentamento das ferragens será efectuado de forma a que as folgas entre
elementos fixos e móveis seja de 1 mm com tolerância de +0,5mm e que os
movimentos de abrir e fechar se processem sem prises.
f) Considera-se como fazendo parte integrante das ferragens das portas exteriores e
interiores a marcação das portas e das chaves de cada fechadura com chapas
cromadas de pequenas dimensões e numeradas segundo esquema a fornecer pela
Fiscalização. Identicamente se considera como incluído na empreitada o
fornecimento e colocação em cada edifício de um chaveiro que contenha todas as
chaves do mesmo.
14.9.2. Fechaduras e Puxadores
a) O Empreiteiro apresentará à Fiscalização três amostras de primeira qualidade
existentes no mercado para cada tipo de aplicação com as especificações do C.E.
b) As fechaduras devem ser montadas após conveniente lubrificação interna.
c) O trinco das fechaduras deve ter mola adequada ao peso das portas e atrito dos
puxadores escolhidos.
d) Nas portas de entrada dos apartamento serão aplicadas fechaduras iguais as
aplicadas no Bloco “A” do Clube Nautilus. Os puxadores deverão possuir
garantia do fabricante, anti- ferrugem.
e) Nas portas interiores dos apartamentos serão empregues fechaduras
J.Nevesref. 716 com frente em latão, 3 dobradiças de 3,5" Zamac lisas e
puxador redondo duplo Zamac de 30 mm.
f) Nas portas dos armários roupeiros e armários sob lavatórios os puxadores
deverão ser idênticos aos empregues no lote 5 da “Balaia Village”. Poderá,
entretanto aceitar-se outro modelo a ser aprovado atempadamente pela
Fiscalização.
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14.9.3. Fechos
a) O Empreiteiro apresentará à Fiscalização três amostras de primeira qualidade
existentes no mercado para cada tipo de aplicação e de acordo com as
especificações do C.E., para as situações não definidas neste caderno de encargos.
b) Os fechos devem ser montados após conveniente lubrificação interna.
14.9.4. Dobradiça
a) Serão em aço inox, em latão, "Zamac", ou aço para pintar (consultar ponto 14.9.2
alíneas d), e), f) ).
b) O Empreiteiro apresentará à Fiscalização três amostras de primeira qualidade
existentes no mercado adequadas a cada tipo de aplicação e de acordo com as
especificações de C.E.,, para os casos não definidos pelo presente caderno de
encargos.
c) Nas portas maciças e especiais, como as corta fogo ou outras, devem prever-se
dobradiças suficientemente resistentes, recomendadas pelos respectivos
fabricantes.
d) As dobradiças de dimensão superior a 2" devem ter anilhas auto-lubrificantes de
nylon grafitizado. A Fiscalização poderá aceitar outro tipo de anilhas, sempre de
elevada resistência e qualidade.
14.9.5. CALHAS
a) As calhas de suspensão das portas de correr P4 e P5 serão do tipo “TIGER”
ALO 40, ou similar.
b) Nas calhas das janelas e portas de correr, os rolamentos de guiamento serão
colocados de tal modo que o espaço entre os seus rastos e os banzos da calha
terá o mínimo indispensável para que as folhas trabalhem sem prises ou
folgas excessivas.
c) Salvo expressa indicação em contrário as calhas deverão ficar horizontais e
terão a rigidez suficiente, especialmente quando de suspensão para que
não se deformem no uso normal.
d) As calhas em pavimentos, soleiras, peitos, etc. , serão sempre embebidas
de modo a ter os banzos à face e sem folgas com aqueles elementos e
respectivos revestimentos.
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15. PINTURAS
15.1. ASPECTOS GERAIS
a) Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projecto
relativos a pinturas, envernizamentos, enceramentos e outros acabamentos
de película fina, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os materiais
com todos trabalhos inerentes, conforme desenhos e caderno de encargos.
b) Para a realização das pinturas deve obedecer-se, em particular, às
especificações do D.T.U. - Nº59 1952). "Cahier des Prescriptions Techniques
Générales applicable aux travaux de Peinture, Nettoyage, Mise en Service,
Vitreries, Papier de Teinture".
c) As pinturas e envernizamentos, ou outros acabamentos finais não referidos nos
trabalhos deste capítulo, fazem parte da empreitada, tendo sido incluídos com as
respectivas carpintarias, serralharias, alumínios, revestimentos de madeira, etc.
d) O Empreiteiro deverá tomar as precauções necessárias para assegurar a
protecção das superfícies (Parquets, alumínios, etc) que possam ser atacadas,
manchadas ou alteradas pela realização dos acabamentos. O Empreiteiro deve
submeter à aprovação da Fiscalização, no período de preparação da execução
da obra, as medidas que pretende adoptar para atingir este objectivo tal como as
técnicas de execução das pinturas e outras.
e) As tintas, pigmentos, betumes, vernizes, etc., devem dar entrada na Obra em
embalagens de origem, seladas, e só poderão ser abertas quando da sua
utilização e com conhecimento da Fiscalização. O Empreiteiro deve submeter à
aprovação da Fiscalização a marca das tintas que pretende utilizar, devendo
apresentar toda a documentação técnica que prove e garanta as respectivas
características.
15.2. EXECUÇÃO DOS TRABALHOS
15.2.1. Condições Comuns
a) O Empreiteiro, com base nos esquemas de pintura definidos neste capítulo,
deverá submeter à aprovação da Fiscalização todos os esquemas específicos desta
Obra, onde conste o tipo de preparação da base, a referência e características
técnicas dos produtos, o número de demãos, tempos de secagem, etc. Os produtos
a aplicar devem estar homologados.
As subcapas e produtos de tratamento serão sempre compatíveis com os
acabamentos, devendo ser os recomendados pelos fabricantes das tintas.
b) As bases de aplicação devem ser cuidadosamente limpas de poeiras, substâncias
gordurosas, manchas e de todos os resíduos resultantes da realização de trabalhos
anteriores.
c) O teor de humidade e o acabamento das bases, e as condições de temperatura e
higrométricas do meio ambiente devem satisfazer as prescrições de aplicação do
fabricante, uma vez aprovadas pela Fiscalização.
31
d) As deficiências da base de aplicação, fissuras, cavidades, irregularidades, e
outras, devem ser reparadas quer com o mesmo material do revestimento quer com
produtos de isolamento e de barramento adequados às pinturas a aplicar. O
Empreiteiro, antes do início destes trabalhos deve, obrigatoriamente, submeter à
aprovação da Fiscalização as soluções que pretende executar.
e) Antes de iniciar a execução de acabamentos, o Empreiteiro deve proceder à
verificação do estado das superfícies a acabar, e propor à Fiscalização a solução de
qualquer problema que eventualmente dificulte a obtenção de uma boa qualidade na
sua execução (humidade, alcalinidade ou qualquer outra particularidade).
f) As demãos terão tonalidades ligeiramente diferentes que, em regra, vão de
menos claro ao mais claro. O Empreiteiro deve preparar, de acordo com as
indicações da Fiscalização, as amostras necessárias para fixação das tonalidades e
texturas definitivas das superfícies aparentes.
g) As superfícies acabadas devem apresentar uma coloração uniforme e regular. A
correcção das deficiências das superfícies pintadas - bolhas, manchas, fissuras e
outras - só será iniciada depois do Empreiteiro ter apresentado à aprovação da
Fiscalização as medidas necessárias à sua eliminação. Em princípio as correcções
de deficiências em zonas localizadas obriga a repintura de toda a superfície.
h)As operações de pintura e envernizamentos devem ser realizadas em
compartimentos previamente limpos de todas as poeiras, e ao abrigo de correntes
de ar.
i) Sempre que haja dúvidas quanto à qualidade das tintas, vernizes ou outros
produtos de acabamento a aplicar, deve o Empreiteiro mandá-los ensaiar ao LNEC,
e submeter o respectivo parecer à Fiscalização que só aceitará a sua aplicação se
tal parecer for favorável.
j) Sempre que as áreas a pintar sejam superiores a 1000m2 deve o Empreiteiro
mandar efectuar ensaios de conformidade ao LNEC, e apresentar o respectivo
relatório, com parecer.
15.3. PINTURAS SOBRE REVESTIMENTOS ALCALINOS
a) As argamassas, betões e estuques a pintar devem, em regra, ter sido concluídas
trinta dias antes do início das pinturas, devendo ser previamente preparadas com
uma demão de primário anti-alcalino, o qual, em locais húmidos como cozinhas e
casas de banho, deverá ser também anti-fungos.
b) Sempre que o prazo seja inferior a trinta dias deverá o Empreiteiro aplicar uma
demão de primário anti-alcalino adequado ao tempo de execução dos suportes.
c) Quando as superfícies se apresentarem porosas deve ser aplicado um primário
adequado, bastante penetrante e aglutinante.
d) Nas superfícies de pavimentos que se apresentem revestidas com "leitada de
cimento", esta camada deve ser retirada por decapagem por jacto abrasivo ou por
ataque com solução ácida adequada.
32
e) Havendo necessidade de recorrer à aplicação de massas de barramento a fim de
se obterem as tolerâncias dimensionais especificadas, o Empreiteiro deve submetê--
las a aprovação da Fiscalização.
f) As pinturas em paredes e tectos devem, em regra, ser realizadas antes do
assentamento dos pavimentos.
g) Salvo indicação explícita em contrário nas especificações dos trabalhos, a
execução da pintura deve obedecer ao seguinte esquema:
Esquema de pintura:
- 1 demão de primário
- 2 demãos de acabamento
Preparação das superfícies:
Devem deixar-se curar todas as superfícies a pintar, reparando-se defeitos e fissuras
superficiais.
Devem remover-se todos os vestígios de gorduras, poeiras, fungos ou outros
contaminantes.
15.4. PINTURA SOBRE MADEIRA
a) As pinturas sobre madeiras deverão, em regra ser realizadas depois da afinação
dos vãos, e do assentamento das ferragens, com excepção de espelhos e
escudetes.
b) Deve ser verificado o teor de humidade da madeira antes do início dos trabalhos,
devendo a Fiscalização impedir qualquer pintura sempre que aquele teor for superior
a 15%. Neste caso o Empreiteiro deve indicar as medidas a tomar assumindo todas
as consequências resultantes.
c) Os nós rachados, soltos, ou de grandes dimensões, devem ser extraídos
juntamente com a camada de inserção e substituídos por madeira sã. Os nós
pequenos e com pouca resina, e as zonas onde seja visível a resina, devem ser
isoladas com um produto que garanta a boa aderência aos nós e áreas adjacentes,
seja impermeável, e quimicamente resistente às substâncias que transpiram da
madeira.
d) Salvo indicação explícita em contrário nas especificações dos trabalhos, a
execução da pintura deve obedecer aos seguintes esquemas:
- Esquema de pintura sobre madeira:
- Betume de barramento.
- 1 demão de primário
- 1 demão de subcapa
- 2 demãos de acabamento com tinta de esmalte em carpintarias interiores (portas,
armários roupeiros e móveis de casa de banho).
- Esquema de envernizamento sobre madeira:
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- Aplicação de verniz tapa poros até à saturação da madeira, depois da madeira ter
sido raspada e lixada.
- 2 demãos de verniz de acabamento, em geral, 3 demãos em exterior
(mínimo 25-30 microns/demão).
- Passagem final com "lã de aço" para acabamento de muito brilho, ou com palha
de aço muito fina para acabamento de semi-brilho ou mate.
- Esquema de enceramento celuloso:
- Aplicação do produto previamente diluído em diluente celuloso, na proporção
aproximada de 1:1, em volume.
- Tratamento com palha de aço, com leveza e em movimentos circulares, para
eliminar pequenas irregularidades da madeira e obter um acetinado final.
- 2 demãos de cera em pasta (aplicações abundantes seguidas de lustragem
mecânica).
Preparação das superfícies: Devem remover-se todos os vestígios de gorduras ou
outros contaminantes e proceder-se a lixagem com lixa de grão médio. As madeiras
resinosas devem ser bem escovadas e lixadas.
15.5. PINTURA SOBRE METAIS
a) Quando no projecto não se encontrarem claramente indicados os seguintes
requisitos nos elementos metálicos a pintar deve o Empreiteiro cuidar do seu
cumprimento:
a1) Devem prever-se orifícios de diâmetro adequado onde seja necessário, para
assegurar a drenagem total da água ou humidade, o que pode implicar, inclusivé, a
colocação de tubagens e de desníveis em determinadas calhas e superfícies
horizontais.
a2) Orifícios ou fendas inevitáveis e desnecessárias devem ser preenchidas com
mastique.
a3) Devem evitar-se as esquinas vivas e substituí-las por arestas boleadas
especialmente em exteriores e zonas de circulação.
a4) Deve ser evitado o contacto directo entre aço e outros materiais de construção
corrosivos e gesso. O processo de isolamento deve respeitar a norma CP2008 do
BSI.
a5) Para que a pintura se realize em boas condições, a temperatura ambiente deve
situar-se entre 10 e 30ºC e o teor de humidade deve ser inferior a 90%.
a6) Após a primeira demão de acabamento o ensaio de poros deve apresentar uma
densidade inferior a 100/m2.
b) Primários anti-corrosivos
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b1) Salvo indicação expressa em contrário nas especificações dos trabalhos, as
pinturas anti-corrosivas recomendadas são do tipo "inibidor" cujos pigmentos
contrariam fortemente a oxidação do aço.
b2) Para os aços novos deve proceder-se à pintura do primário sobre coberto. Os
melhores primários para pinturas em oficinas, em duas demãos, serão os primários
epoxi ricos em zinco.
b3) Sempre que a área a pintar ultrapasse 1000m2, deve o Empreiteiro ou
fornecedor ter ensaiado ou mandar ensaiar ao LNEC, os primários que pretende
aplicar e submeter o respectivo parecer à Fiscalização que só aceitará a sua
aplicação se tal parecer for favorável.
b4) A qualidade do zarcão e respectiva aplicação devem respeitar a BS-2523.
b5) São recomendáveis os primários contendo pigmentos metálicos, nomeadamente
de alumínio não flutuantes ou pigmentos de óxido de ferro micáceo, grafite, alumínio,
aço inox em lamelas.
c) Salvo indicação explícita em contrário nas especificações dos trabalhos, a
execução da pintura deve obedecer aos seguintes esquemas:
Esquema de pintura sobre metal:
- Desengorduramento
- Aplicação de primário (30-50 microns)
- Aplicação de sub-capa (30-50 microns)
- Aplicação de 2 demãos de acabamento (mínimo 25 microns/demão) de tinta de
esmalte.
Esquema de envernizamento sobre metal:
- Desengorduramento
- Passagem de lixa fina e limpeza da superfície.
- 3 demãos de verniz de acabamento, em geral, 4 demãos em exteriores (mínimo
25-30 microns/demão).
- Passagem final com "lã de aço" para acabamento de muito brilho, ou com palha de
aço muito fina para acabamento de semi-brilho ou mate.
15.6. PINTURAS SOBRE PAREDES
15.6.1. Pintura sobre reboco
Nas pinturas sobre rebocos de cimento há que contar com a alta alcalinidade do
cimento que não só produz, durante o endurecimento, quantidade apreciáveis de
hidróxido de cálcio, mas contém óxidos alcalinos de sódio e potássio que misturados
com a água dão soda e potassa cáustica de agressividade química poderosa. Há,
portanto, que contar com os perigos apontados para o estuque e ainda com as
ocorrências de saponificações.
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Devido à tendência de fendilhações das argamassas de cimento, recorre-se, a fim
de manter a integridade do reboco, à adição de cal ao cimento, em proporções
variáveis.
No geral, devido à dificuldade de adesão das tintas às superfícies lisas de reboco
de cimento, as superfícies a pintar devem ser de reboco areado ou roscone.
Na preparação de superfície, a primeira operação consiste em libertar a parede de
areias mal ligadas à massa, por escovagem com escova rija ou um taco de madeira.
Depois da escovagem, desengordura-se por meio de uma lavagem com água e
detergente, seguida de nova lavagem com água simples. Deve-se deixar secar a
superfície durante dois ou três dias, a fim de reduzir o perigo de saponificação.
Nas reparações necessárias de efectuar, os remendos serão de composição idêntica
à massa originalmente empregue. As fendas serão alargadas antes de se proceder
à sua preparação.
Segue-se o isolamento da superfície com o emprego de primários anti-
alcalinos.
15.6.2. Pintura a tinta plástica Robbialac em paredes e tectos exteriores (três
demãos).
- 1 demão de isolamento Ref.020-040 da Robbialac.
- 2 demãos de Robbiflex ou mais se necessário até ficar perfeitamente
branco.
15.6.3. Pintura a tinta de água Robbialac Stucomat em paredes e tectos
interiores com três demãos ou mais se necessário até ficar perfeitamente
branco.
15.6.4. Pintura a tinta de água com tratamento anti-fungos tipo Robbialac
Stucomat branco sobre paredes e tectos interiores das instalações sanitárias e
cozinhas, com todos os materiais e trabalhos inerentes.
16. INSTALAÇÃO DE REDES DE ÁGUAS.
16.1. ASPECTOS GERAIS
Rede de águas frias e quentes (tubagem de água quente isolada) de acordo com o
projecto e os regulamentos em vigor, abastecendo todos os aparelhos sanitários,
lava-loiças e aparelhos de aquecimento de águas incluindo assentamento de loiças,
torneiras e demais acessórios.
Inclui a rede exterior com todos os trabalhos de construção civil inerentes.
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16.2. REDES DE ÁGUAS FRIAS E QUENTES
16.2.1. Toda a tubagem interior será do sistema "WIRSBO-PEX", pn 10 com os
diâmetros regulamentares. A instalação deverá ser executada segundo as
prescrições do fabricante e utilizando os respectivos acessórios. Os tubos deverão
ser facilmente substituíveis.
16.2.2. Todos os aparelhos sanitários e lava-loiças serão alimentados por tubagem
de água quente e fria, excluindo sanitas.
Estão previstas alimentações para máquinas de lavar loiça e roupa.
16.2.3. Inclui-se a execução de nichos com portas metálicas para colocação dos
contadores no exterior dos apartamentos. Abertura e tapamento de roços e
restantes trabalhos de construção civil de apoio à instalação.
16.2.4. Fazem parte desta empreitada o fornecimento e aplicação de todos os
acessórios incluindo torneiras, tanto de serviço como de segurança, devendo todos
os componentes garantir a estanquecidade e a resistência à pressão da rede.
Nas cozinhas as torneiras serão misturadoras do tipo DAMIKA REF. 64120.15
As torneiras serão monocomando do tipo da Roca modelo "MONOJET" cromadas
nas casas de banho dos apartamentos e instalações sanitárias em geral.
16.2.5 Nas cozinhas as torneiras serão misturadoras do tipo DAMIKA REFª
64120.15. Em casas de banho serão monocomando do tipo ROCA modelo
“MONOJET” cromadas.
17. INSTALAÇÃO DE REDES DE ESGOTOS
17.1. REDE DE ESGOTOS DOMÉSTICOS
17.1.1. Rede de esgotos domésticos em condições de servir todos os
aparelhos sanitários, de acordo com os regulamentos em vigor e o projecto da
especialidade.
17.1.2. O dimensionamento dos tubos de queda e dos ramais de descarga será
estabelecido através da regulamentação em vigor, com base no número de unidades
de escoamento.
17.1.3. Os tubos de queda em tubo PVC serão ligados a partir da sua caixa de base
às correspondentes caixas de ramal secundário, através de ramais com inclinação
de 2%.
17.1.4. Caixas de visita em tijolo 0.30x0.20x0.07m com fundo e tampa de betão com
as dimensões referidas no projecto da especialidade.
17.1.5. Tubos em PVC nos ramais exteriores domésticos entre a primeira e a última
caixa, incluindo abertura e tapamento de valas.
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17.2. REDE DE ESGOTOS PLUVIAIS
17.2.1. Rede de esgotos pluviais em tubo PVC para drenagem da água dos
terraços, dos patamares das escadas, jardins, galerias de acesso e área aberta do
do Piso 1.
A rede de condução das águas pluviais e de infiltração será estabelecida em função
das áreas a drenar.
17.2.2. Junto aos muros de suporte da construção enterrada, devidamente
impermeabilizados, serão executados drenos para captação das águas de
infiltração.
17.2.4. Manilhas de cimento nos ramais pluviais entre a primeira e a última caixa,
incluindo abertura e tapamento de valas.
17.2.5. A ligação final far-se-á através de dois ramais independentes para esgotos
domésticos e pluviais, a partir das respectivas caixas de ligação a implantar no
exterior do edifício.
18. EQUIPAMENTO SANITÁRIO
18.1. ASPECTOS GERAIS
Ao Empreiteiro compete a execução dos diversos trabalhos que constituem este
capítulo, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os materiais com todos os
trabalhos inerentes, conforme caderno de encargos.
18.2. ESPECIFICAÇÕES GERAIS
a) Todo o equipamento deve ficar em boas condições de funcionamento.
b) Todos os aparelhos deverão ficar aptos a receber sifão individual, embebido ou à
vista, conforme as respectivas especificações nos projectos das Redes de Fluidos.
c) Todos os aparelhos serão assentes e fixados de modo a ficarem horizontais,
estáveis, apoiados em toda a base de assentamento e assegurado-se a sua
vedação perfeita.
d) As louças sanitárias devem respeitar as seguintes qualidades:
d1) Devem apresentar-se sem rachas, fendas ou outros defeitos similares.
d2) As suas cores e texturas devem ser uniformes, homogéneas de peça para
peça e de grão fino.
d3) Serão constituídas à base de grão bem cozido.
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d4) Devem ser desempenadas especialmente no que se relaciona com as bases
de assentamento nos pavimentos e paredes.
d5) A superfície deve ser recoberta de um esmalte vitrificado regularmente
distribuído, abrangendo todas as superfícies visíveis e impregnado na massa.
18.3. FORNECIMENTO E EXECUÇÃO DOS TRABALHOS
18.3.1. Lava-loiças em fibra de vidro cor branca de encastrar com uma bacia e um
escorredor da “TEKA”, com sifão e tampa, nas cozinhas dos apartamentos.
18.3.2. Lavatórios de embutir por baixo, "Valadares" oval, da melhor qualidade, de
cor branca em todas as instalações sanitárias. Inclui todos os acessórios de fixação,
montagem e funcionamento. Os lavatórios devem ser aplicados com cola adequada
à base de resinas epoxi. Inclui selagens com silicone antifungos.
18.3.3. Bidet e retretes da Roca modelo "Aries" ou similar, de cor branca, com todos
os materiais e trabalhos inerentes, a colocar nas casas de banho em geral dos
apartamentos.
18.3.4.Banheiras de hidromassagem (1,70m x 0,75m), com acabamento em
cromado, em casas de banho privativa e banheira em chapa esmaltada 1,70x0,75m
em casas de banho social.
18.3.5. Bidé e retrete cisterna compacto da "Roca" modelo "Meridian" de cor branca
a instalar nas casas de banho principais de suites dos apartamentos.
18.3.6. Pratos de duche da “ROCA” ou similar, modelo a definir de acordo com as
plantas de arquitectura, de cor branca.
18.4. ACESSÓRIOS
18.4.1. Faz parte da empreitada o fornecimento e montagem de suportes para rolos
de papel higiénico, toalheiros e porta piassabas em todas as casas de banho, e de
saboneteiras, toalheiros e cabides nos compartimentos de duche. O empreiteiro
deverá apresentar oportunamente amostras ( em louças e metálicas ) para escolha
destes acessórios pela Fiscalização.
a) Tampas de sanita
b) Porta rolos
c) Porta piassaba
d) Saboneteira de embeber para banheira
e) Toalheiros
f) Varões em alumínio para cortina em tecido branco
g) Suportes extensíveis para chuveiro - "rampa de chuveiro".
18.4.2. A ventilação das instalações sanitárias far-se-á conforme indicado nos
pormenores do projecto de esgotos domésticos (des. nº 16 ) e desenho nº 19 da
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arquitectura, incluindo o fornecimento e colocação das grelhas de ventilação.
Arquitectura e de esgotos sanitários.
19. INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS E MECÂNICAS
19.1. ASPECTOS GERAIS
19.1.1. A instalação eléctrica e mecânica deverá ser executada de acordo com o
projecto da especialidade aprovado, conforme indicações prestadas pela memória
descritiva e justificativa, bem como pelas peças desenhadas que constituem o
referido projecto.
19.1.2. O projecto da especialidade foi concebido de acordo com a arquitectura e a
construção civil de modo a assegurar a sua perfeita conjugação; qualquer
incompatibilidade ou deficiência na integração, notada pelo empreiteiro, deverá ser
comunicada à Fiscalização para que sejam tomadas as medidas necessárias à
resolução do problema.
19.1.3. Ao empreiteiro compete a execução dos diversos trabalhos que constituem
este capítulo, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os materiais com todos
os trabalhos inerentes, conforme desenhos e caderno de encargos.
19.2. OBJECTIVOS
As instalações, de acordo com o projecto da especialidade, deverão considerar :
- Quadros eléctricos parciais
- Rede de distribuição de energia eléctrica em baixa tensão
- Circuitos de iluminação geral; de emergência, exterior e das áreas envolventes
- Circuitos de tomadas
- Rede de terras
- Sistema de protecção contra descargas atmosféricas
- Instalações telefónicas
- Sistema de intercomunicadores
- Ligação a antena colectiva existente do Clube Nautilus.
- Protecção passiva contra incêndios (colmatagem, barreiras e portas corta
fogo).
19.3. CANALIZAÇÕES ELÉCTRICAS
19.3.1. As canalizações eléctricas serão na generalidade efectuadas embebidas ou
ocultas, dependendo fundamentalmente do tipo de construção e da utilização
prevista. Nas zonas técnicas serão efectuadas à vista.
As canalizações ocultas quando estabelecidas nos tectos falsos porventura
existentes, ou em espaços ocos verticais serão devidamente identificados,
fixadas por braçadeiras de modo a ficarem independentes dos elementos dos
elementos desmontáveis dos tectos. Os aparelhos de comando da iluminação,
as botoneiras, as tomadas de corrente e as caixas terminais terão: caixas,
espelhos e discos também em material não condutor. Todos eles serão previstos
para a intensidade nominal da protecção do respectivo circuito.
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Em todos os circuitos as caixas de derivação e de passagem deverão ter
dimensões mínimas de 80x80 mm. As caixas de aparelhagem a utilizar nos
circuitos de tomadas, quando embebidas, deverão ser de duplo fundo sempre que
haja necessidade de servirem também de caixas de passagem e de derivação.
Em algumas zonas e sempre que se justifique, serão previstos caminhos de cabos
embebidos no pavimento constituído por calhas plásticas, com três canais
independentes, a fim de facilitar a implantação futura de equipamento.
19.4. CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO
Esta instalação destina-se a obter uma iluminação artificial nas diversas zonas, de
acordo com as exigências do serviço ou do fim a que se destinam.
No dimensionamento da iluminação geral e normal de trabalho serão
considerados os seguintes factores:
- níveis de iluminação e de encandeamento compatíveis com as
exigências da ocupação, entrando em linha de conta com o factor de luz
diurna do local, e com a localização geográfica deste;
- temperatura de cor da fonte luminosa de maneira que o índice de
restituição cromática da mesma, permita um bom nível de conforto
visual, bem como realçar os diversos componentes arquitectónicos
existentes;
- afastamento dos aparelhos de iluminação entre si de maneira a se obter
uniformidade na distribuição da luz artificial, tendo-se presente a altura
a que ficarão colocadas e a modulação dos tectos.
Os níveis luminotécnicos serão estabelecidos em função da natureza do trabalho
ou da ocupação de cada compartimento por forma a proporcionar uma perfeita
utilização de iluminação projectada, dum modo geral serão considerados:
- zonas de passagem, de estar, onde os trabalhos a realizar não exigem
grande aplicação da vista, níveis de ordem dos 150 a 250 Lux;
Para fazer face aos níveis luminosos indicados e tendo em vista a exposição
mais económica da instalação em função da sua utilização, preconiza-se o
emprego de lâmpadas fluorescentes “ da nova geração” equivalente às da Philips
TLD/84, de diâmetro reduzido, de 58 W, 36W, e 18W, com índice de restituição
cromática adequados à utilização, para arranque normal.
Em caso de especial exigência decorativa, serão empregues lâmpadas tipo
fluorescentes compactas, ou excepcionalmente do tipo incandescente, a tensão
normal e a tensão reduzida.
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19.5. CIRCUITO DE TOMADAS PARA USOS GERAIS E ESPECIAIS.
Nos circuitos de tomadas para usos gerais ter-se-á em conta a sua utilização
para ligação de pequenas potências. As tomadas destes circuitos serão em geral
monofásicas com polo de terra, do tipo “SIPE” ( 250V/16 A).
Os circuitos serão estabelecidos conforme descritos na memória do projecto da
especialidade a partir dos quadros eléctricos de forma a permitir uma distribuição
equilibrada das cargas.
19.6. SISTEMA DE PROTECÇÃO
O complexo disporá de terra de protecção regulamentar, constituída por um anel
de cobre em torno das fundações, além das terras de serviço, para-raios, bem
como as prescritas no RITA.
Para protecção das pessoas contra contactos indirectos adoptou-se para o efeito
os barramentos de terra dos quadros eléctricos que serão ligados ao electrodo
de terra de protecção do edifício.
A protecção contra contactos directos será assegurada pelo cumprimento dos
regulamentos em vigor nomeadamente o Art.º 597 do DL 740.
19.7. FORNECIMENTO E EXECUÇÃO DOS TRABALHOS
19.7.1. A instalação eléctrica deverá ser executada de acordo com o projecto
aprovado., levando quadros de coluna e serviços comuns caso assim esteja
especificado no projecto.
19.7.2. A instalação eléctrica de iluminação e de tomadas de corrente prevê a
alimentação a exaustores, máquinas de lavar roupa e louças, frigoríficos, arcas
frigoríficas, termoacumuladores, banheiras de hidromassagem e eventuais
máquinas de secar roupa e aquecimento.
19.7.3. Abertura e tapamento de roços e restantes trabalhos de construção civil
de apoio à instalação.
19.7.4. Interruptores, tomadas de corrente e caixas de derivação iguais aos do
Bloco “A” .
Todas as tomadas e pontos de Luz devem ser munidas de protecção à terra.
19.7.5. Tomadas de casa de banho munidas de um transformador próprio para a
máquina de barbear.
19.7.6. Aparelhos de aquecimento de infravermelhos a colocar em todas as casas
de banho.
19.7.7. Os quadros gerais deverão ser equipados com disjuntor diferencial.
19.7.8. Instalação de campainha DING_DONG em todos os apartamentos.
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19.7.9. Sancas de luz sobre os lavatórios formando caixa com cobertura para
receber chapa acrílica quadriculada.
19.7.10. Sancas de luz sobre os toucadores nos quartos formando cobertura para
receber chapa acrílica.
19.7.11. Exaustores “VENTAX” nas casas de banho interiores com comutação ao
interruptor da iluminação.
19.7.12. Tomadas com sinalizador de luz em cada placa de convecção nos
apartamentos.
19.7.13. Iluminação fluorescente em caixa de luz com chapa acrílica, quadriculada.
20 DIVERSOS
20.1. A tomada de água, electricidade e esgoto para máquina de lavar roupa
serão nas despensas ou nas cozinhas de acordo com o parecer da fiscalização.
Junto à máquina de lavar roupa prevê-se a instalação de secador de roupa.
20.2. As despensas terão entrada e saída de ar para ventilação.
20.3. Fogão de sala em tijolo refractário, pano da chaminé em alvenaria, blocos de
“YTONG” onde houver necessidade ou elementos pré-fabricados.
O respectivo fogão de sala deverá prever espaço para futura instalação de
recuperador de calor
20.4. As portas do roupeiro serão sempre em nº de par ( 2,4,6 etc. ) e o bloco de
gavetas ocupará um vão de 2 portas.
20.5. Mantêm-se incluídos todos os trabalhos de canalizações de água, esgotos
Electricidade, ventilações de sanitários e despensas. Inclui-se igualmente a
instalação telefónica com respectivos enfiamentos, conforme projectos rspectivos.
20.6. Não faz parte da empreitada o fornecimento e montagem de móveis de
cozinha.
20.7. As cozinhas são abertas para a sala comum, podendo ser fechadas com
estore vertical .
20.8. As lajes de pavimento das cozinhas e casas de banho, quando num piso
superior, deverão ser isoladas com tela asfáltica sob todas as tubagens.
20.9. As pérgolas serão realizadas em barrotes de madeira bem secas e
devidamente tratadas com “BONDEX”.
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20.10. Fugas de fogão de sala executadas desde a base à saída em tubo flexível
em aço com diâmetro não inferior a 22 cm no interior das coretes de alvenaria de
tijolos.
20.11. Floreiras constituídas em betão serão devidamente impermeabilizadas e
terão goteiras para escoamento das águas.
20.12. Bancos em terraços, construídos em alvenaria de tijolos rebocada e pintada
a cor branco ( costas ligeiramente inclinadas )
.
21. NOTA IMPORTANTE
Rejeição de materiais ou obras mal executadas poderão ser rejeitadas. Antes de se
proceder ao assentamento de qualquer material o adjudicatário deverá
apresentá-los para aprovação.
Mesmo que determinados materiais tenham sido aceites pela a fiscalização em
obra isso não isenta o adjudicatário da obrigatoriedade de demolição dos
trabalhos feitos, se for constatado que os referidos materiais não se comportam
adequadamente uma vez assentes em obra.
Trabalhos não especificados neste Caderno de Encargos, que forem necessários
para o cumprimento da presente empreitada, serão executados com perfeição e
solidez, tendo em vista os regulamentos, normas e demais legislação em vigor,
as indicações do projecto e as instruções da fiscalização.
21.1. DISPOSIÇÕES EXECUTIVAS FINAIS.
Depois de terminada a obra o empreiteiro é obrigado a remover do local, no prazo
de 30 dias a contar do auto de recepção provisório, os restos dos materiais ,
entulhos, equipamentos , andaimes e tudo o mais que tenha servido para a
execução dos trabalhos.
Dentro do prazo fixado atrás, o empreiteiro procederá, ainda, e de sua conta
também, ao desmonte do estaleiro e obras auxiliares de construção e à limpeza e
regularização das zonas dos trabalhos e dos estaleiros.
Se o empreiteiro não cumprir o estipulado nos parágrafos anteriores mandar-se-á
proceder à custa daquele aos referidos trabalhos finais em falta, não assistindo
ao empreiteiro o direito a qualquer indemnização pelo extravio ou outra
aplicação que for dado aos materiais , equipamentos ou elementos removidos.
O Empreiteiro poderá solicitar por escrito ao serviço fiscalizador a prorrogação do
prazo fixado atrás com a correspondente suspensão, por igual tempo, do
disposto no parágrafo anterior, mas a prorrogação só será concedida por motivo
plenamente justificado. justificado o prazo fixado se mostrar manifestamente
insuficiente e desde que o empreiteiro não tenha interrompido as remoções ,
desmontes, limpezas e regularizações especificas.
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OUTRAS SITUAÇÕES:
- Fornecimento e montagem de infravermelho nas c. de banho.
- Circuitos de ar condicionado e tomadas para aparelhos de aquecimento.
- Infraestrutura exterior: Contemplar obras de ligação das caixas
A1(existente), às caixas A2 e A3 (à construir).
- Caixilhos de alumínio para receber vidros duplos 5+10+4
- Barbecue de terraços dos penthausens.
- Ligação de sinal de TV ao circuito existente.
- Ptos. de água, esgotos e electricidade ( tomadas estanques ) nos
terraços de aptos mesmo que não previsto nos projectos das
especialidades.
- Demolições de guardas e paredes de betão armado e paredes de
alvenaria de tijolos ( no acesso do Blocos “A” e “D” do C. Nautilus.
- Fornecimento e colocação de azulejo com a numeração do apartamento,
(colocado junto à entrada) conforme o existente no Bloco “A”.
- Pontos de luz em zonas de lavatório não previsto no projecto eléctrico.
- Adaptação da rede eléctrica em função da disposição dos compartimentos
( Projecto de Obra x Projecto licenciado ).
- Fornecimento e instalação de ar condicionado ( tipo “SPLIT” ) nos quartos
e sala de dois apartamentos situados um no 4º e 5º piso (“braço” direito
do edifício), incluindo fornecimento e instalação de todo o circuito eléctrico
mesmo que não previsto no projecto de electricidade.
- Fornecimento e instalação circuito eléctrico ( tubos e cabos ) para futura
instalação de aparelhos de ar condicionado tipo “SPLIT”, em quartos e
sala dos demais apartamentos ( exclusive equipamento ) mesmo que não
previsto no projecto eléctrico.
- Fornecimento e instalação de 8 extintores de incêndio e respectiva
sinalética.
TODO O MAIS OMISSO DEVERÁ SER ESCLARECIDO COM A FISCALIZAÇÃO
EM TEMPO COMPACTÍVEL COM O PROGRAMA DE TRABALHO PROPOSTO
PELO EMPREITEIRO.
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