Estratégia Nacional de Fortificação de Alimentos
Estratégia Nacional de Fortificação de Alimentos
ESTRATÉGIA NACIONAL DE
FORTIFICAÇÃO DE ALIMENTOS
2016 - 2021
FICHA TÉCNICA
Título:
Estratégia Nacional de Fortificação de Alimentos (2016-2021)
Coordenação:
Eduarda Zandamela Mungoi
Redacção:
Afidra Olema Ronald, Eduarda Zandamela Mungoi, Berguete Mariquele
Colaboração:
CONFAM, Unidade Técnica para a Fortificação de Alimentos, MISAU, PMA, HKI, UNICEF, GAIN
Revisão:
Paulo Pires-Teixeira (Imagem One, Lda.)
Maquetização/Layout:
Susana Dias (Imagem One, Lda.)
Edição:
1.ª Edição - 2016
Impressão:
Maputo, Dezembro de 2016
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ÍNDICE
Prefácio ........................................................................................................................................................................................................................................................ 5
Agradecimento ........................................................................................................................................................................................................................................ 7
Sumário Executivo.................................................................................................................................................................................................................................... 9
I. Introdução ................................................................................................................................................................................................................................................ 11
1.3.2. Quadro Político e Estratégico existente para o Programa Nacional de Fortificação ........................................................................ 14
Objectivo Estratégico 1: Fortalecer a Capacidade das Indústrias de Cumprir com as Normas Nacionais de Fortificação de
Alimentos ........................................................................................................................................................................................................................ 17
Objectivo Estratégico 2: Fortalecer a Capacidade da Instituição de Inspecção para Monitorar Eficazmente os Alimentos
Fortificados (a todos os níveis) .................................................................................................................................................................................... 18
Objectivo Estratégico 3: Aumentar a Cobertura e Determinar o Impacto dos Alimentos Fortificados na População................ 18
Objectivo Estratégico 1: Fortalecer a Capacidade das Indústrias para Cumprir com as Normas Nacionais de Fortificação de
Alimentos ............................................................................................................................................................................................................................ 20
Objectivo Estratégico 2: Fortalecer a Capacidade da Instituição de Inspecção para Monitorar Eficazmente os Alimentos
Fortificados (a todos os níveis) .................................................................................................................................................................................... 22
Objectivo Estratégico 3: Aumentar a Cobertura e Determinar o Impacto dos Produtos Fortificados na População ................ 24
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PREFÁCIO
A fortificação de alimentos é reconhecida como uma das vias para reduzir as deficiências de micronutri-
entes e constitui uma estratégias mais custo efectiva e sustentável para a prevenção das deficiências de
micronutrientes, sendo a industria de alimentos o foco para adição destes micronutrientes (vitaminas e
minerais). A presente Estratégia Nacional de Fortificação de Alimentos tem como propósito apresentar
linhas de orientação estratégica do Governo com vista a serem observadas na fortificação de alimentos
no país. Milhões de moçambicanos, especialmente crianças e mulheres em idade reprodutiva,
consomem de forma deficiente alimentos que aportam micronutrientes tais como vitamina A, ferro,
zinco, iodo e ácido fólico, etc. Como consequência destas deficiências, não conseguem atingir o seu
potencial de crescimento fisico, mental e cognitivo.
A Estratégia apresenta o quadro geral para a elaboração do plano de acção estratégico, onde vários
produtos alimentares básicos serão fortificados com micronutrientes essenciais necessários para uma
saúde e crescimento adequados, delineia questões relacionadas com os aspectos técnicos do progra-
ma, bem como com a capacidade necessária para a sua monitoria e sucesso. A Estratégia está alinhada
com a estratégia nacional de nutrição e outras estratégias do sector para o desenvolvimento industrial
que visa abordar a nutrição numa escala mais ampla e servir de guia ao nível das políticas e da imple-
mentação.
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AGRADECIMENTO
O Ministério da Indústria e Comércio agradece os esforços dos múltiplos sectores e parceiros do Comité
Nacional de Fortificação de Alimentos (CONFAM) que contribuíram para a elaboração desta estratégia.
Estes incluem o Ministério da Saúde, Ministério das Finanças, (Alfândegas), outras instituições públicas
tais como o Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ), Inspecção Nacional das Activi-
dades Económicas (INAE); o sector privado, nomeadamente as Indústrias de farinha de milho, farinha de
trigo, sal, óleo alimentar e açúcar e as respectivas associações tais como Associação dos Produtores do
Sal, Associação dos Produtores de Óleo; organizações da sociedade civil, academia e parceiros de
desenvolvimento.
Elogio veementemente a equipa de trabalho que coordenou a elaboração da estratégia, que liderou e
orientou de forma competente o processo de desenvolvimento. Um reconhecimento especial é dirigido
aos membros do CONFAM pelas valiosas contribuições que enriqueceram esta Estratégia. Que contin-
uemos com o mesmo grande espírito de colaboração, porque assumimos a importante tarefa de imple-
mentar a Estratégia durante os próximos cinco anos e contribuir para melhorar os níveis de deficiências
da actual e futura geração.
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LISTA DE ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS
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SUMÁRIO EXECUTIVO
Moçambique é um dos países mais recentes a tornar a fortificação de alimentos básicos obrigatória, tais como a
farinha de trigo, farinha de milho, óleo alimentar, açúcar e sal, de modo a prevenir a deficiência de micronutri-
entes. A deficiência de micronutrientes, uma forma virtualmente invisível de desnutrição, é um problema de
saúde pública em Moçambique que afecta principalmente crianças e mulheres em idade reprodutiva. A deficiên-
cia de vitamina A é de 69% em crianças com menos de cinco anos e 14,3% de mulheres grávidas. 44% das
mulheres em idade reprodutiva, 52,4% das mulheres grávidas e 69% das crianças menores de cinco anos são
anémicas e que 39% dessas crianças têm anemia moderada e 4% anemia grave (IDS, 2011). Apesar de Moçam-
bique implementar a iodização Universal do sal desde o final dos anos 90, o consumo de cobertura de sal iodado
é de apenas 25% (Global Nutrition Report, 2015). De acordo com o MISAU (2004), apenas 46% das famílias
consomem sal iodado em níveis adequados.
Os alimentos seleccionados são massivamente consumidos pela população urbana e rural e em quantidades
adequadas para um benefício de saúde pública. As vitaminas e minerais considerados para fortificação incluem
Vitamina A para o açúcar, Vitaminas A e D para o óleo vegetal, Iodo no sal, Ferro, Ácido Fólico, Zinco e Vitamina
B12 para as farinhas de milho e de trigo. Todavia, a legislação isolada, sem operacionalização estratégica, não
promove a fortificação, pelo que o Governo através do Ministério da Indústria e Comércio, com o apoio do
Programa Mundial para a Alimentação, no âmbito do Programa ODM1, desenvolveu a presente estratégia para
implementar a legislação.
Esta estratégia assenta no quadro político global e nacional, tendo o seu alinhamento com:
A Estratégia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (ESAN II) que serve de documento geral de
orientação para melhorar o estado nutricional dos moçambicanos;
O Plano de Acção Multissectorial para a Redução da Desnutrição Crónica (PAMRDC) (2011-2015 (2020)),
contribuindo para a operacionalização do Objectivo Estratégico número 4 do PAMRDC através da
“Promoção do consumo de alimentos ricos em micronutrientes e a fortificação em massa de alimentos
básicos, bem como a promoção da produção e do consumo de sal iodado;
O Programa Quinquenal do Governo (PQG) 2015-2019 através da implementação de acções que promo-
vam programas de educação nutricional e mudança de comportamento voltado para o consumo de
alimentos fortificados com micronutrientes (no âmbito do objectivo estratégico 1 para a prioridade II:
Desenvolvimento do Capital Humano e Social);
Esta estratégia, com um horizonte temporal de cinco (5) anos (2016-2021) tem como objectivo definir acções que
contribuirão para o aumento da cobertura do consumo de alimentos fortificados com micronutrientes para
acima de 80% entre a população moçambicana. A direcção estratégica será guiada pela implementação de cinco
objectivos estratégicos, usando uma abordagem multissectorial, nomeadamente: (i) Fortalecer a Capacidade das
Indústrias de Cumprir com as Normas Nacionais de Fortificação de Alimentos; (ii) Fortalecer a Capacidade da
Instituição de Inspecção para Monitorar Eficazmente os Alimentos Fortificados (a todos os níveis); (iii) Aumentar
a Cobertura e Determinar o Impacto dos Alimentos Fortificados na População; (iv) Reforçar a Capacidade de
Coordenação Multissectorial do CONFAM; (v) Aumentar a Consciencialização e Procura por Alimentos Fortifica-
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dos. Para cada objectivo estratégico foram identificadas estratégias e resultados esperados e as respectivas inter-
venções ou actividades. As intervenções propostas serviram de base para a formulação dos indicadores de moni-
toria e do plano de implementação orçamentado.
A coordenação geral das actividades de fortificação em Moçambique está sob a plataforma multissectorial, o
CONFAM, criado através de Diploma Ministerial 77/2013, de 21 de Junho, para coordenar, regular, supervisionar
e monitorar as acções de fortificação de alimentos à escala Nacional. Uma vez que é da responsabilidade da
indústria produzir alimentos de qualidade, o governo apoiará o sector na implementação da legislação. A estraté-
gia indica os papéis específicos e responsabilidades dos diferentes intervenientes envolvidos na implantação do
programa.
Um plano de implementação detalhado e orçamentado acompanhará esta estratégia, com indicadores e estima-
tivas orçamentárias. Indica claramente diferentes elementos de custo para apoiar a implementação de todas as
partes interessadas no Mecanismo de Coordenação do CONFAM. Por conseguinte, considera que o governo, os
parceiros de desenvolvimento e a sociedade civil e empresas privadas, apoiam o plano de implementação para
que o objectivo da estratégia seja alcançado. Este plano é apresentado como um documento separado e será
usado por todas as partes envolvidas para a planificação anual das actividades de fortificação e servirá de instru-
mento do Governo para a angariação de fundos para a operacionalização da mesma.
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I. INTRODUÇÃO
1.1. Antecedentes
Por outro lado, a legislação sobre a iodização obrigatória (desde 2000) do sal estava em implementação através
do Ministério da Saúde e do Ministério da Indústria e Comércio. O governo aprovou em 2016, o regulamento
tornando obrigatória a fortificação da farinha de trigo, farinha de milho, açúcar, sal e óleo alimentar (Decreto
9/2016). Foi neste quadro que foi elaborada esta estratégia (2016-2020) com o objectivo de apoiar a implemen-
tação do regulamento.
Sabendo que o acesso e utilização dos alimentos comercialmente processados é vasto, fortificando-os obrigato-
riamente garante que os mesmos possam chegar a uma grande parte da população, e se adequadamente fortifi-
cados pela indústria, tal pode melhorar a ingestão de micronutrientes.
O processo de elaboração da estratégia iniciou com a análise documental do actual estágio de implementação
dos projectos de fortificação de alimentos, relatórios de avaliações, situação da deficiência de micronutrientes e
o estado de implementação das estratégias anteriores do país. Incluiu perceber os desafios na implementação,
bem como os principais factores que levaram até ao momento a um certo sucesso. Este processo contribuiu,
também, para descobrir as normas dominantes das partes interessadas e os pressupostos das pessoas em relação
às seguintes áreas: futuro da fortificação de alimentos; infraestruturas existentes; opiniões predominantes sobre
a fortificação de alimentos; nível de risco e oportunidades existentes no ambiente empresarial.
Durante o processo de elaboração da estratégia foram empreendidos esforços para garantir a participação do
sector privado, dos parceiros de desenvolvimento, das organizações sem fins lucrativos e de várias outras institu-
ições do Governo. Assim, uma segunda fase consistiu em visitas, reuniões e seminários com as diferentes partes
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interessadas e com membros do CONFAM, nomeadamente:
Instituições Públicas:
Ministério da Saúde;
Alfândegas;
Parceiros de Cooperação:
USAID-SPEED;
Embaixada da Irlanda.
Sector Privado:
FASOREL;
BASRA;
OLAM;
Indústrias MEREC;
CIM;
FAMOL;
Associações:
O trabalho que antecedeu as visitas e reuniões foi organizado e realizado por uma equipa de consultores, com o
apoio da Unidade Técnica para a Fortificação de Alimentos do MIC, afim de acelerar o processo de elaboração da
estratégia e lançar as bases para uma experiência produtiva e gratificante nos encontros. Foram organizados
Seminários de modo a permitir que os membros da equipa colaborassem e criassem consensos sobre as princi-
pais decisões e soluções que abordam os desafios da fortificação em Moçambique, bem como permitisse criar
consensos de forma construtiva e positiva.
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1.3. Análise da situação
Dados do Banco Mundial (2016), indicam que Moçambique tem cerca de 26 milhões de habitantes, dos quais
70% vivem nas zonas rurais. Moçambique é classificado como um país com baixo rendimento e com um grande
défice alimentar. A segurança alimentar e nutricional continuam a ser desafios fundamentais para o bem-estar
humano e o crescimento económico. De acordo com o IDS (2011), as taxas de desnutrição crónica e aguda em
crianças de 0-59 meses são de cerca de 43% e 6% respectivamente. A desnutrição é responsável por cerca de um
terço das mortes em crianças menores de 5 anos, o que corresponde a cerca de 643 mil crianças. Embora as taxas
de desnutrição crónica tenham reduzido de 50% em 2001 para 43% em 2011, e tendo-se mantido nos 43% desde
então, estes níveis ainda são considerados elevados, de acordo com o critério da Organização Mundial da Saúde
(2010). O Governo de Moçambique reconhece que a desnutrição crónica é o principal problema de nutrição no
país (PAMRDC, 2010). E Moçambique assumiu um compromisso durante a Cimeira Mundial da Alimentação,
realizada em Roma em 1996, de reduzir o número de pessoas desnutridas em 50% até o ano de 2015.
Apesar de Moçambique implementar a Iodização Universal do Sal desde os finais dos anos 90, a cobertura de
consumo de sal iodado, é apenas de 25% (Global Nutrition Report, 2015). A deficiência de Iodo na população é
considerada moderada (WHO, 2004). De acordo com o MISAU (2004), 68% da população estudantil consome
iodo de forma insuficiente e apenas 46% dos agregados familiares consomem sal iodado em níveis adequados.
Os efeitos das deficiências em micronutrientes afectam o crescimento físico e mental das crianças, causam
anemia por deficiência de ferro, cegueira, e contribuem para a mortalidade materna, e a baixa produtividade do
trabalho nos adultos. A deficiência de micronutrientes tem repercussões onerosas a longo prazo num país e no
desenvolvimento económico, tais como altos custos sociais e públicos. De acordo com o PAMRDC (2010) e do
Banco Mundial (2006), estima-se que as perdas de produtividade em Moçambique são da ordem de 2-3% do
Produto Interno Bruto. De acordo com Horton (2003) a anemia leva a 17% da baixa produtividade em trabalhos
manuais pesados, 5% de baixa produtividade em outros trabalhos manuais e, cerca de 2.5% leva a perdas de
rendimento devido a baixas capacidades cognitivas.
Embora haja variações regionais na prevalência da desnutrição, as principais causas são em grande medida
devido à falta de alimentos disponíveis e acessíveis, falta de diversidade da dieta alimentar, às tradições culturais
e sociais e pobreza. Uma vez que as causas subjacentes da desnutrição de micronutrientes são complexas, o
Governo, juntamente com os parceiros, adoptaram uma abordagem de intervenção múltipla, uma das quais é a
fortificação obrigatória de alimentos. Existem outras intervenções complementares, como a bio-fortificação,
suplementação com vitaminas e minerais (vitamina A em crianças menores que 5 anos de idade, ferro em
mulheres grávidas), uso de micronutrientes em pó, e educação nutricional. Contudo, de todas as estratégias
acima, a fortificação de alimentos é reconhecida como a mais eficiente em termos de custo-benefício e
sustentável de fazer chegar micronutrientes à população, e consequentemente, reduzir os níveis de deficiência
de micronutrientes. Os veículos seleccionados juntamente com outras intervenções foram concebidos para
aumentar a cobertura dos micronutrientes a nível nacional, a fim de melhorar o estado nutricional, a saúde da
população e a produtividade do país.
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1.3.2. Quadro Político e Estratégico existente para o Programa Nacional de Fortificação
A Estratégia de Nutrição Regional Africana (2005-2016)1 da União Africana, e aprovada pelos seus membros
deplora que a deficiência de micronutrientes continue a ser um grande problema na região onde se estima que
10-40% da população seja afectada. O Governo de Moçambique aprovou várias estratégias, políticas e planos
para responder à problemática da desnutrição crónica em geral e à deficiência de micronutrientes em particular.
Em Moçambique, o Governo elaborou a Estratégia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (ESAN II), que
serve de documento geral de orientação para melhorar o estado nutricional dos moçambicanos. A Estratégia
reconhece o papel da nutrição no desenvolvimento social no seu objectivo geral de “garantir que todos os
cidadãos tenham acesso físico e económico aos alimentos necessários, para que possam ter uma vida activa e
saudável, e usufruir do seu direito humano à alimentação adequada”. A redução da desnutrição crónica e aguda
é o terceiro dos seis principais objectivos estratégicos específicos da Estratégia. A ESAN II é uma estratégia forte
no que diz respeito a uma abordagem explícita do direito humano à alimentação e tem contribuído para o desen-
volvimento de uma série de ações nos Ministérios que detêm a maior responsabilidade para a sua implemen-
tação (da Agricultura e Segurança Alimentar, Género, Criança e Acção Social e Saúde) (de Oliveira Granheim,
2013).
Em 2010, o Governo de Moçambique aprovou o Plano de Acção Multissectorial para a Redução da Desnutrição
Crónica (PAMRDC) (2011-2015 (2020)). O Plano identifica que o consumo inadequado de nutrientes é uma das
principais causas de desnutrição crónica, que posteriormente leva a várias deficiências de micronutrientes, tais
como ferro, ácido fólico, vitamina A e iodo e apresenta como metas de redução de desnutrição crónica de 44%
(em 2008) para 20% (em 2020). Este plano promoveu discussões que facilitaram a inclusão da nutrição e indica-
dores nutricionais em planos sectoriais (de Oliveira Granheim, 2013) e o Ministério da Indústria e Comércio
contribuiu para a operacionalização do Objectivo Estratégico número 4 do PAMRDC através da “Promoção do
consumo de alimentos ricos em micronutrientes e a fortificação em massa de alimentos básicos, bem como a
promoção da produção e do consumo de sal iodado”, através da implementação do Diploma Ministerial Conjun-
to (MICTUR e MISAU) n.º 7/2000, elaborado e promulgado a 5 de Janeiro de 2000, passando a ser obrigatório que
“todo o sal produzido, comercializado e importado para o consumo humano e animal seja iodado”, com níveis
entre de 25-55 ppm e do Decreto 9/2016, que aprova o regulamento da fortificação obrigatória de alimentos com
micronutrientes industrialmente processados, nomeadamente a fortificação da farinha de trigo, farinha de milho,
açúcar, sal e óleo alimentar. Sendo estes dois instrumentos operacionalizados através do Programa Nacional de
Iodização do Sal e do Programa Nacional de Fortificação de Alimentos, respectivamente.
O compromisso do Governo para com a problemática da desnutrição crónica é patente no Programa Quinquenal
do Governo (PQG) 2015-2019, que prevê a redução do índice de desnutrição crónica de 43% para 35% (em 2019),
recomendando acções que promovam programas de educação nutricional e mudança de comportamento volta-
do para o uso de culturas e alimentos fortificados com micronutrientes (no âmbito do objectivo estratégico 1
para prioridade II: Desenvolvimento do Capital Humano e Social).
O Projecto financiado pela União Europeia “Acelerar o Progresso para o Alcance do ODM 1c em Moçambique”
(2013-2018) pretende através do Pilar III: “Melhoria do estado nutricional de grupos vulneráveis, em particular
mulheres e crianças”, em que a aceleração da fortificação de alimentos básicos é uma das componentes. Moçam-
bique faz também parte da Nova Aliança para a Segurança Alimentar e Nutricional, uma iniciativa para apoiar a
implementação do Programa Integrado para o Desenvolvimento da Agricultura em África (CAADP).
Moçambique é signatário, desde 2010, do Movimento Scaling-Up Nutrition (SUN) e todas as suas plataformas
estão representadas, nomeadamente da Sociedade Civil, da Rede de Negócios, e das Nações Unidas. O Secreta-
riado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN) é o ponto focal do Governo e todas as plataformas
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trabalham em conjunto para a materialização da Agenda do SUN. A Fortificação de Alimentos é uma área alvo no
leque das intervenções do Movimento SUN.
O Banco Mundial defende que por cada dólar investido na nutrição, 16 dólares são garantidos como retorno, e
que considerar os apoios para o alcance do Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), é uma
pré-condição para se alcançar os objectivos de nutrição. Pretende-se com o ODS2: Erradicar a fome, alcançar a
segurança alimentar, melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável até 2030, e que haja uma redução
em 50% dos actuais níveis de anemia em mulheres em idade reprodutiva, e em 40% o número de crianças meno-
res de 5 anos com desnutrição crónica.
A fim de reforçar o potencial operacional da nova estratégia, adoptou-se uma visão realista em relação aos
constrangimentos na implementação dos planos anteriores (2010-2015). Os principais desafios da implemen-
tação da fortificação voluntária de alimentos incluem a alocação insuficiente de recursos às instituições de
inspecção, insuficientes acções de sensibilização e advocacia, coordenação paralela do sal e de outros veículos no
MIC, fraca monitoria e fraca capacidade de análise laboratorial. A fase inicial do programa de fortificação
voluntária (da farinha de trigo e do óleo alimentar) foi financiado por parceiros tais como o Governo da Irlanda
através da Irish Aid e fundos da GAIN e implementado através da Helen Keller International (HKI), com orçamen-
tos para apoio técnico, com equipamentos e premix para as indústrias. O momento para expandir a implemen-
tação do programa para a obrigatoriedade da fortificação tornou-se inevitável no âmbito do projecto ODM1,
financiado pela União Europeia, que apoia as indústrias de farinha de trigo, farinha de milho, óleo alimentar e
açúcar, através do Programa Mundial para a Alimentação (PMA) e MIC até 2018. A UNICEF tem apoiado a
iodização do sal através dos fundos disponibilizados pela USAID e pelo Governo Holandês, estando empenhado
em alargar o programa de fortificação do sal através de acordos com a GAIN. No entanto, é importante entender
e abordar pontos fortes e oportunidades, assim como os pontos fracos e ameaças através de uma análise das
Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças (FOFA), conforme se resume a seguir.
relevantes.
rç
Fo
15
Vontade política dos principais ministérios, sectores e
agências em apoiar a estratégia;
s
Existência de investigação e instituições académicas activas
de
para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras;
ida
Boa vontade dos parceiros de desenvolvimento em apoiar a
fortificação de alimentos;
un
16
II. DIRECÇÃO ESTRATÉGICA
2.1.1. Objectivo
O objectivo da estratégia é o de definir acções que contribuirão para o aumento da cobertura do consumo
de alimentos fortificados com micronutrientes para acima de 80% entre a população moçambicana.
Este objectivo irá contribuir para os esforços globais de redução da prevalência de anemia em 50% nos próximos
15 anos. O objectivo baseia-se na evidência de que as deficiências de micronutrientes, tal como Vitamina A, Ferro,
Ácido Fólico e Iodo, são uma realidade no país e na evidência de que a fortificação de alimentos é uma inter-
venção eficaz em custos para complementar na redução dos níveis de deficiências, se o consumo de alimentos
fortificados pela população for aumentado.
Este objectivo serve de indicador para o programa alcançar o seu pleno potencial a fim de melhorar os resultados
durante os próximos 5 anos (2016-2020). Para ter um impacto considerável, a maioria das intervenções de saúde
pública devem ter acima de 80% de cobertura. Verifica-se que os actuais níveis de cobertura da iodização do sal
ao nível do uso dos agregados familiares é de 54%, o que está abaixo da meta USI para Moçambique, que é de
95%.
Os resultados previstos a longo prazo desta estratégia são a contribuição para a redução da prevalência da
deficiência de micronutrientes no país e a melhoria do estado nutricional, do bem-estar humano e da produtivi-
dade da população. Além da fortificação obrigatória de alimentos, é advogada a complementaridade com outras
tecnologias de fortificação de alimentos para garantir uma elevada cobertura de consumo. Estas serão combina-
das com programas de fortificação de pequena escala, as intervenções de bio-fortifcação, a suplementação,
micronutrientes em pó e abordagens de saúde.
Cinco Objectivos Estratégicos foram identificados para alcançar maior da cobertura do consumo de alimentos
fortificados para acima de 80% entre a população moçambicana, e estes são abaixo descritos.
Objectivo Estratégico 1: Fortalecer a Capacidade das Indústrias de Cumprir com as Normas Nacionais
de Fortificação de Alimentos
O sector privado está envolvido na produç¬ão em grande escala de farinha de milho, farinha de trigo, óleo vege-
tal, açúcar e sal, embora existam indústrias de pequena escala, especialmente para os veículos alimentares como
o milho e o sal. Tal ocorre porque estes veículos alimentares são largamente cultivados por agricultores de peque-
na escala ou extraído por pequenos produtores de sal. O sector privado e parceiros que processam, comercial-
izam e distribuem estes veículos alimentares bem como os seus agentes são os actores principais para o aumento
da cobertura dos nutrientes entre a população. Portanto, no âmbito deste objectivo estratégico, a componente
importante é a vontade da indústria em fortificar de acordo com as normas, adquirindo, usando a lista de
fornecedores de premix aprovada pelo MIC, premix e fortificantes de boa qualidade.
Como os investimentos para a fortificação de alimentos serão feitos pelo sector privado, os benefícios por parte
do Governo em isenções fiscais para a aquisição de premix, compra de equipamentos e treinamentos as indústri-
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as, fortalecimento das restrições para importações de alimentos não fortificados, apoio e fortalecimento as asso-
ciação de moageiras, dos produtores de óleo, dos produtores de sal e de açúcar, continuam a ser premissas perti-
nentes para a indústria. É sob esta orientação estratégica que será realizada a introdução de novas tecnologias
para o alargamento da fortificação. À medida que o sector privado for implementando o programa de fortificação
obrigatória, prevê-se que o governo, juntamente com outros parceiros, apoiem os seus esforços ao longo da
cadeia.
Para garantir a monitoria eficaz da fortificação de alimentos, é necessário prestar apoio às instituições regulado-
ras do sector público, i.e., Inspecção Nacional de Actividades Económicas (INAE) para monitorar e inspeccionar as
indústrias e os mercados de modo a que os produtos cumpram com as normas nacionais. Este objectivo
estratégico considera um investimento significativo em logística, formação e capital que será necessário para
monitorar o programa nacional. Serão avaliados e melhorados os recursos humanos, a capacidade técnica e
logística da INAE juntamente com os inspectores dos municípios e alfândegas para realizarem uma vigilância
eficiente.
O objectivo está também voltado para o aumento do número de laboratórios de análise de alimentos, através do
apoio aos laboratórios regionais para se realizar testes de micronutrientes. Os laboratórios Nacional de Higiene
de Águas e Alimentos (em Maputo), Laboratórios Provinciais de Higiene de Águas e Alimentos de Sofala e de
Nampula, deverão ser potenciados por forma a garantir a análise das amostras e divulgação rápida dos resultados
às indústrias/INAE para posteriores acções correctivas. O Laboratório Nacional recebeu apoio técnico e financeiro
da HKI com fundos da Irish Aid/GAIN e do PMA com fundos da União Europeia, que inclui treinamento aos técnic-
os, provisão de iChecks e respectivos reagentes para testar o ferro em farinhas, vitamina A no óleo alimentar,
açúcar e farinhas, e Iodo no sal, reinstalação de equipamentos tais como o Gás Cromatógrafo e o Cromatógrafo
Líquido de Alta Eficiência. Foram identificadas necessidades específicas em relação ao treinamento em tecnolo-
gias especializadas e avançadas de modo a que os técnicos estejam a par das novas tendências globais. A falta de
fundos operacionais suficientes para a aquisição de reagentes e químicos foi outro desafio apontado, embora o
laboratório cobre pelas análises que faz.
Foram elaboradas e aprovadas normas para os veículos alimentares a serem obrigatoriamente fortificados e,
deverão ser avaliados pelo INNOQ outros potenciais veículos, tais como a mandioca, arroz, leite, papas
instantâneas, bem como a sua viabilidade económica, financeira e social. O currículo padronizado de formação e
o manual operacional para a formação regulamentar para os diferentes alimentos serão revistos para o uso pelos
inspectores, gestores e pessoal de controlo da qualidade a todos os níveis. Estes podem incluir: manuais de
Controlo e Garantia da Qualidade internos (QA/CQ) para as indústrias; manual de Controlo e Garantia da Quali-
dade externos (QA/QC) para os inspectores; manuais de monitoria comercial; manual de monitoria das impor-
tações e manual de procedimentos de análise laboratorial.
Este objectivo estratégico lida com avaliações ao nível de cobertura e o impacto dos alimentos fortificados na
população. No entanto, isso requer investigação regular sobre a avaliação e a criação de sistemas de vigilância
para gerar evidências. A investigação e a avaliação fazem parte de qualquer programa, porque não só avaliam a
qualidade da implementação e o alcance dos objectivos do programa, mas também em que medida atinge a
população e os seus objectivos nutricionais.
A coordenação geral da avaliação e da investigação está sob a responsabilidade do CONFAM, i.e., MIC/MISAU,
podendo estes delegar instituições do Governo com mandato para realizar investigação/estudos relacionados.
Este sistema permite que as instituições mandatadas trabalhem na recolha e partilha de relatórios de progresso
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na realização das actividades e desempenho geral do programa com o CONFAM. Isso ajuda a providenciar, infor-
mar para o redesenho (se necessário) e à planificação do programa, à alocação de recursos e, se necessário, à
análise das políticas de apoio e os regulamentos.
A estratégia nacional de fortificação de alimentos adoptará o sistema de posto-sentinela de vigilância local para
o acompanhamento das tendências do impacto do programa de fortificação. Almejando a sustentabilidade,
serão exploradas outras avaliações/inquéritos do governo em curso para integrar os módulos do programa de
fortificação, uma vez que são periodicamente realizadas no país, tais como o IDS, Inquéritos aos agregados famili-
ares sobre o Rendimento e Despesas.
O Ministério da Indústria e Comércio conjuntamente com o Ministério da Saúde, são os ministérios mandatados
para a coordenação e gestão do programa nacional de fortificação de alimentos, com o MIC como presidente e o
MISAU na vice-presidência do CONFAM. O seu papel é coordenar, facilitar a implementação do regulamento,
monitorar e promover a fortificação.
A gestão do programa é da responsabilidade do governo através do CONFAM, que conta com o apoio das agên-
cias das Nações Unidas, de Parceiros de Desenvolvimento, ONGs, organizações da sociedade civil no país, os
media e as organizações de consumidores. A fim de garantir que as partes interessadas estejam sempre envolvi-
das no decurso da realização das actividades no âmbito da estratégia, e para que a estratégia continue a ser perti-
nente para o programa, ela deve ser continuamente analisada e periodicamente revista. A gestão do programa
deve advocar para apoio das Nações Unidas, parceiros de desenvolvimento, ONGs, instituições da sociedade civil
no país, os meios de comunicação e organizações de consumidores no apoio ao programa nacional.
O CONFAM necessita de uma implantação nacional (provincial e distrital) o que implica alocação de quadros
(recursos humanos) e de recursos materiais e financeiros. A dimensão e importância do programa de fortificação
de alimentos exige que o CONFAM possa funcionar de maneira autónoma administrativa e financeiramente,
embora sob tutela do MIC e do MISAU.
Qualquer programa nacional deve educar continuamente os consumidores sobre a importância e os benefícios
do consumo dos alimentos fortificados. É importante garantir que a mobilização social e comunicação para a
mudança de comportamento e actividades de advocacia sejam integradas holisticamente com os programas do
governo. Considerando que os alimentos fortificados são comercializados e disponibilizados no mercado, é
imperioso que se recorra também ao marketing social, uma ferramenta comprovadamente útil para “vender” os
benefícios do consumo de alimentos fortificados para prevenir deficiências de micronutrientes. Assim, este docu-
mento deverá ser complementado de uma estratégia de comunicação e alinhada com as já existentes estratégias
de nutrição, estratégias do Ministério da Indústria, Ministério da Educação, Ministério da Agricultura e Segurança
Alimentar, Ministério do Género, Mulher, Criança e Acção Social, para garantir a adesão, o alinhamento das men-
sagens e a utilização máxima dos recursos disponíveis.
19
2.1.3. Estratégias e Intervenções
Para cada objectivo estratégico foram identificadas estratégias e resultados esperados por cada estratégia e
respectivas intervenções ou actividades. As intervenções propostas servirão de base para a formulação dos
indicadores de monitoria e do plano de implementação orçamentado.
Objectivo Estratégico 1: Fortalecer a Capacidade das Indústrias para Cumprir com as Normas Nacion-
ais de Fortificação de Alimentos
Resultado Intervenções
Fortificação em pequena :: Avaliar as necessidades das indústrias de pequena escala para iniciar a fortificação de
escala apoiada, por exemplo, alimentos.
na farinha de milho, óleo :: Realizar encontros de advocacia para fortificação de pequena escala com base nos
alimentar e sal. resultados do estudo da indústria.
Estabelecimento de :: Mobilizar indústrias de pequena escala (por exemplo, de sal e farinha de milho) para
associações e cooperativas. formar associações.
Resultado Intervenções
Indústrias apoiadas para usar :: Providenciar assistência técnica às indústrias no desenho e determinação das
equipamento e premix especificações do equipamento apropriado para fortificação de alimentos (açúcar, sal,
adequados. farinha de milho e de trigo, óleo alimentar).
20
Estratégia 1.3: Desenvolver Capacidade Técnica Interna da Indústria para Fortificar
de Acordo com as Normas Nacionais
Resultado Intervenções
Indústrias cumprem com as :: Disseminar o decreto 9/2016 e as normas nacionais de fortificação de farinha de milho,
normas nacionais de farinha de trigo, óleo alimentar, açúcar e sal.
fortificação de alimentos. :: Realizar estudos para estabelecer o nível de cumprimento nacional com as normas
nacionais.
Capacidade das indústrias :: Realizar estudos de viabilidade para determinar a sua conformidade com as normas
avaliadas e se o premix está nacionais.
em conformidade com o :: Realizar reuniões de advocacia com a indústria de cada veículo a fim de divulgar os
decreto legal. resultados do estudo.
Capacidade das indústrias :: Formar e apoiar a indústria de fortificação de alimentos na monitoria independente do
criada continuamente. cumprimento dos alimentos fortificados ou no desenvolvimento de produtos alimentares.
Certificação e elaboração de :: Rever as normas de fortificação anteriores com base em novas evidências e elaborar
normas apoiadas -INNOQ. outras normas, conforme solicitado.
21
Objectivo Estratégico 2: Fortalecer a Capacidade da Instituição de Inspecção para Monitorar
Eficazmente os Alimentos Fortificados (a todos os níveis)
Resultado Intervenções
Premix e fortificantes estão :: Realizar estudos de base para estabelecer o nível de cumprimento nacional do programa.
em conformidade com as :: Actualizar a lista de fornecedores de premix e fortificantes a cada 3 anos.
normas nacionais.
:: Recolher e analisar se os fortificantes e premix nos pontos de entrada para verificar se
cumprem com as normas da premix.
Monitoria de Alimentos :: Comprar veículos para apoiar as actividades de monitoria da INAE, nos mercados, portos
fortificados integrados na e indústrias.
monitoria realizada pela :: Avaliar a capacidade de monitoria da regulamentação dos diferentes órgãos do governo
Inspecção Nacional do (INAE, Alfândegas e municípios).
governo a todos os níveis
:: Integrar os formulários de monitoria da fortificação de alimentos no sistema de
(INAE, inspectores
monitoria da INAE.
municipais, alfândegas).
:: Formar inspectores da INAE, juntamente com as alfândegas, laboratórios e municípios.
:: Contratar pessoal da Inspecção para apoiar a monitoria dos alimentos fortificados. Estes
serão posteriormente contratados pelo governo após o fim do projecto.
22
Estratégia 2.2: Coordenar e Fortalecer a Capacidade dos Laboratórios para
Analisar os Alimentos Fortificados
Resultado Intervenções
Capacidade analítica de :: Realizar avaliação dos laboratórios de alimentos para determinar as lacunas de
micronutrientes dos capacidade e as necessidades para análise de micronutrientes.
laboratórios avaliada. :: Advocar junto dos laboratórios para a integração da fortificação nos planos orçamentais.
Análise da conformidade dos :: Equipar, e aprovisionar os três laboratórios regionais (Maputo, Beira e Nampula) para
produtos fortificados análise de micronutrientes.
realizada. :: Realizar reunião anual dos laboratórios para discutir plano de colheita de amostras e de
análise para o programa nacional de fortificação de alimentos.
Capacidade analítica de :: Realizar avaliação do laboratório biomarcador para determinar as lacunas de capacidade
laboratório biomarcadores e as necessidades prioritárias para análise de impacto de micronutrientes.
avaliada. :: Realizar formação anual nos laboratórios sobre o impacto dos alimentos fortificados.
23
Objectivo Estratégico 3: Aumentar a Cobertura e Determinar o Impacto dos Produtos Fortificados na
População
Resultado Intervenções
Indicadores de monitoria e :: Seminários para selecção/identificação dos indicadores a serem incluídos nos planos de
avaliação do programa de Monitoria e Avaliação dos sectores.
fortificação incluído em
planos ou sistemas de
monitoria de outros sectores.
Resultado Intervenções
Inquéritos para obter dados :: Incluir os módulos de alimentos fortificados de sal, farinha de trigo/milho, óleo vegetal
sobre o impacto da alimentar e açúcar fortificados nos inquéritos periódicos do Instituto Nacional de
fortificação no estado de Estatística (INE).
micronutrientes da :: Realizar inquéritos periódicos e estudos de conformidade nas indústrias.
população realizados.
:: Realizar inquéritos aos agregados familiares para actualizar informação relevante sobre
os níveis de consumo e ingestão de micronutrientes.
24
Estratégia 3.1: Aumentar o Apoio à Investigação e Aprendizagem do Impacto para
o Programa de Fortificação de Alimentos
Resultado Intervenções
Pesquisas realizadas para :: Mobilizar instituições de investigação para serem membros do CONFAM.
fornecer informações :: Seminários com instituições de investigação para identificar lacunas na investigação
adicionais necessárias e sobre a fortificação de alimentos.
evidências do impacto da
:: Realizar e disseminar um plano de pesquisa orçamentado.
fortificação de alimentos no
estado de micronutrientes :: Realizar seminários para angariação de fundos para financiamento das pesquisas.
da população.
Disponibilidade de produtos :: Realizar a investigação sobre o estudo de base relacionada com a fortificação,
de investigação para o especialmente os indicadores de impacto biológico, tais como o iodo, ácido fólico,
público. vitamina A, ferro, etc.
25
Objectivo Estratégico 4: Reforçar a Capacidade da Coordenação Multissectorial do CONFAM
Resultado Intervenções
Estruturas de coordenação :: Realizar reuniões periódicas para analisar a implementação da legislação pelas partes
funcionais. interessadas.
Estratégia de fortificação de :: Realizar reuniões para apresentar os planos e orçamentos multissectoriais harmonizados
alimentos integrada nos pelo CONFAM.
planos e orçamentos :: Capacitar o pessoal do sector público relevante, em particular o INAE, o INNOQ, as
nacionais e sectoriais do alfândegas, municípios e o MISAU a todos os níveis na planificação e monitoria de
governo. actividades de fortificação.
26
Objectivo Estratégico 5: Aumentar a Consciencialização e Procura por Alimentos Fortificados
Resultado Intervenções
Consumidores comprando e :: Realizar uma pesquisa formativa para identificar as barreiras ao consumo de alimentos
consumindo alimentos fortificados e medidas para ultrapassar essas barreiras.
fortificados. :: Promover o consumo de alimentos fortificados nas instituições (p.e., escolas, hospitais,
exército, polícia, organizações de ajuda humanitária) e comunidades culturais tradicionais.
27
COORDENAÇÃO E RESPONSABILIDADES
O trabalho de coordenação geral das actividades de fortificação em Moçambique está sob a plataforma
multissectorial, o CONFAM. O CONFAM foi criado através de Diploma Ministerial 77/2013, de 21 de Junho. Com-
pete ao CONFAM coordenar, regular, supervisionar e monitorar as acções de fortificação de alimentos à escala
Nacional, e é presidido pelo Ministro da Indústria e Comércio (MIC) e Co-presidido pelo Ministro da Saúde. Este
comité é composto por 4 equipas técnicas conforme está ilustrado na figura 1. A implementação das acções
aprovadas pelo CONFAM está a cargo da Unidade Técnica de Fortificação, que se baseia no MIC.
Ministério da Saúde
MIC,MASA, Alfândegas, Alfândegas, INAE, INNOQ, SETSAN, MISAU, MIC, USAID, 1 Representante de cada
PMA, UNIDO, WV, MISAU (LNHAA), MASA, UNICEF, HKI, PSI, WV, uma das três equipas
Associação de Indústrias, PMA, USAID, UNICEF, HKI Associação de Defesa do técnicas
Confederação das Consumidor
Associações Económicas
28
A Inspecção Nacional de Actividades Económicas (INAE) criada em 2009 (Decreto 46/2009, de 19 de Agosto) tem
o mandato de assegurar o cumprimento da lei no quadro do exercício das actividades económicas e criar um
bom ambiente de negócios no país. As tarefas e poder do INAE incluem: Inspeccionar quaisquer lugares onde
haja indústrias, comércio ou serviço; verificar a legalidade de projectos que possam causar danos ao meio ambi-
ente e assegurar o cumprimento das leis relacionadas com o ambiente; combater a produção e venda de produ-
tos pirateados ou falsificados; encerrar negócios ilegais. De acordo com a lei que estabelece a INAE, a instituição
tem poderes para processar os transgressores. A tal extremo que a INAE tem poderes para encerrar um negócio,
se necessário. A instituição está ainda na fase de reforçar a sua capacidade, particularmente na área de recursos
humanos, de forma a poder cumprir cabalmente com o seu mandato. A INAE realizará inspecções à indústria, às
importações, juntamente com as Alfândegas e a vigilância sobre o mercado.
O Laboratório Nacional de Higiene de Águas e Alimentos (LNHAA) tem o mandato de fornecer serviços de análise
laboratorial de água e alimentos para todo o país (tanto para o sector público como privado). De acordo com o
organograma, o laboratório tem quatro departamentos: Garantia de Qualidade (transversal a todos os departa-
mentos), Alimentos, Água e Toxicologia. Todas as amostras colhidas pela INAE serão testadas nos laboratórios a
nível nacional e provincial para avaliar o cumprimento das normas nacionais.
Sob a tutela do Ministério de Indústria e Comércio, o Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ), é
uma instituição pública com autonomia administrativa. O INNOQ foi estabelecido em 1993 pelo Decreto 2/93, de
24 de Março. Ele foi criado com o principal propósito de promover e coordenar a Política Nacional de Qualidade
em Moçambique, através da implementação de actividades de Normação, Metrologia, Certificação e Gestão de
Qualidade, visando o desenvolvimento da economia nacional. No âmbito do Programa Nacional de Fortificação
de Alimentos, o INNOQ é responsável pela elaboração e aprovação das Normas Nacionais.
O sector privado ou indústrias são os principais actores na implementação desta estratégia como fortificadores
líderes. De acordo com as diferentes organizações de cúpula das indústrias do sector privado em Moçambique,
tais como a Associação dos Moleiros de grãos de cereais, associações de sal, Associação do Óleo Vegetal Alimen-
tar e a Associação de Açúcar, serão o principal ponto de entrada no sector privado sustentável que lidera o
programa de fortificação. Isto não exclui os parceiros de negócios/importadores regionais e outros organismos
que pretendem para alcançar o objectivo desejado da estratégia.
É através do Ministério das Finanças que são aprovadas as isenções na importação de equipamento e premix para
a fortificação. E é o MIC que emite a carta que certifica o fornecedor da premix no país, uma vez que o sucesso do
programa de fortificação depende, também, da qualidade da premix fornecida à indústria.
29
QUADRO DE MONITORIA E AVALIAÇÃO
Para acompanhar de forma eficaz o progresso da estratégia e o desempenho dos indicadores-alvo de resultados
de produtos, será criado um sistema de informação multissectorial global abrangente e integrado para a fortifi-
cação de alimentos. Além disso, será criado um sistema de monitoria e informação multissectorial anual no MIC.
Os sistemas permitirão reportar sobre o estado de implementação e o desempenho dos indicadores-alvo para ser
partilhado com o CONFAM. O CONFAM utilizará os relatórios para elaborar o relatório anual. A plataforma anual
das partes interessadas reunirá para discutir o desempenho na aplicação e o nível de realização dos produtos e
resultados. Para avaliar a eficácia e o impacto da estratégia, serão realizadas avaliações e análises anuais, no início,
na fase intermédia e no final da fase de implementação da estratégia. As actuais oportunidades serão examina-
das para se ter sistemas nacionais de monitoria sustentáveis criados com três categorias:
(i) Inquérito anual do painel realizado trimestralmente tem um módulo sobre a fortificação de alimentos;
(iii) Inquérito Demográfico aos Agregados Familiares quinquenal com enfoque mais no impacto ou nos
indicadores de resultados; e
Os principais resultados e indicadores para os organismos responsáveis pela recolha de informação constam no
tabela 3 a seguir.
30
Tabela 2: Indicadores de Monitoria e Quadro de Resultado para a Estratégia
Indústrias cumprem com as Proporção de indústrias fortificando os Todas as indústrias (farinha de trigo, farinha de 100% Relatório de Recolha de Duas INAE Elevado nível
normas nacionais. seus produtos ou marcas de acordo milho, óleo alimentar, sal e açúcar) estão a Avaliação das dados de vezes por de aceitação
com as normas nacionais. fortificar os seus produtos ou marcas de indústrias rotina ano da fortificação.
acordo com as normas nacionais.
Fortificação em pequena escala Número de moageiras de pequena Moageiras de pequena escala a fortificarem 80% da Relatório de Dados de Duas MIC Todo o milho
apoiada. escala a fortificarem farinha de milho. farinha de milho. produção actividades do rotina vezes por produzido é
total MIC/CONFAM (regular) ano fortificado.
Número de salineiras de pequena Salineiras de pequena escala que fortificam o 80% da Todo o sal
escala a fortificarem o sal. sal. produção produzido é
total fortificado.
Cooperativas e associações Número de cooperativas e associações Associações de pequena escala de milho e sal. 1 Relatório de Recolha de Trimestral MIC Nem todas as
estabelecidas. de indústrias de pequena escala. Associação actividades do dados de associações se
em cada CONFAM rotina criam a nível
província provincial.
produtora
Normas de fortificação anteriores % De normas de avaliação. Número de normas de avaliação; Número de 50% Relatório de Relatório de Depois de INAE Conhecimento
serem revistas com base em normas existentes e número de normas 2 actividades actividades 5 anos técnico sobre
Número de novas normas
novas provas e preparar novas criadas de acordo com as normas regionais. (INNOQ) (INNOQ) a Fortificação.
desenvolvidas.
normas de acordo com as normas
regionais.
Processo de certificação. Percentual de produtos da indústria, Número de indústrias certificadas e integradas 40% Relatório de Relatório Anual INNOQ A Certificação
industrial iniciado e integrado fortalecendo, integrado e certificados no processo de fortificação. actividades de está em curso
para incluir parâmetros FF no processo de certificação INNOQ actividades pelo INNOQ.
(INNOQ)
Seminários sobre as normas de Percentagem de seminários para a Número de reuniões conduzidas para a 3 Relatório de Relatório Duas INNOQ Plano de
veículos alimentares obrigatórias disseminação de normas de divulgação de NM; divulgação de de vezes por seminários
feitas por INNOQ. fortificação. normas divulgação ano destinados,
Número de Workshops planeados.
de normas compartilhado
com os
produtores e
gestores de
qualidade.
31
Fonte de Recolha de Responsa- Riscos e
32
Resultado Indicador Definição do indicador Meta Frequência
informação dados bilidade assumpções
Estratégia 1.2: Promover o Uso de Equipamento Adequado para Optimizar a Produção de Alimentos Fortificados
Indústrias apoiadas para usar Número de indústrias apoiadas em Indústria com equipamento de produção Açúcar Relatório de Recolha de Duas CONFAM Indústria com
equipamento e premix equipamentos de produção adequados adequado para fortificar os alimentos. 100%, Trigo actividades do dados de vezes por equipamento
adequados. para fortificação de alimentos. 100%, CONFAM/MIC rotina ano adequado
para a
Sal 80%
fortificação de
Milho alimentos.
(média e
Número de indústrias usando premix Indústrias usando premix adequadamente. larga) 80% Indústrias
adequadamente. usam a lista
Óleo positiva para
alimentar adquirir
(Média e premix.
Larga) 80%
Estratégia 1.3: Desenvolver Capacidade Técnica Interna da Indústria para Fortificar de Acordo com as Normas Nacionais
Estudo do nível do cumprimento % de estudos de cumprimento do Nº de estudos de cumprimento de programas 100% Relatório de Relatórios Anual CONFAM/ Fundos e
do programa realizado. programa. desenvolvidos; consultoria/ Parceiros Assistência
Relatório anual técnica
Estudo planificado.
disponíveis.
Manuais de controlo de Número de indústrias capacitadas no Pessoal industrial capacitado para o controlo 80% Relatório do MIC Uma vez Anual CONFAM Manuais de
qualidade e guiões elaborados. controlo de qualidade dos alimentos de qualidade dos alimentos fortificados. por ano controlo da
fortificados. Manuais para orientação desenvolvidos. qualidade
desenvolvidos
e disponíveis.
Realizado o encontro de Número de decisores representados Decisores (gestores de controlo da qualidade, 75% Relatório do Uma vez Anual CONFAM Os Tomadores
Advocacia com as indústrias. pelas respectivas indústrias que directores/chefes de produção, etc.). CONFAM por ano de decisões-
participaram nos encontros. chave
comprome-
tem-se a
participar na
reunião.
Fonte de Recolha de Responsa- Riscos e
Resultado Indicador Definição do indicador Meta Frequência
informação dados bilidade assumpções
Objectivo Estratégico 2: Fortalecer a Capacidade da Instituição de Inspecção para Monitorar Eficazmente os Alimentos Fortificados (a todos os níveis).
Estratégia 2.1: Aumentar o Cumprimento do Regulamento de Fortificação Obrigatória para Todos os Veículos Alimentares
Premix e fortificantes estão em Percentagens de amostras de Número de amostras de fortificantes e premix 100% Relatório de Recolha de Duas INAE Conhecimento
conformidade com as normas premix/fortificantes em conformidade que estejam de acordo com as normas Inspecção- INAE dados de vezes por das normas
nacionais. com as normas nacionais. nacionais; & LNHAA rotina ano nacionais dos
alimentos
Total de amostras testadas.
fortificados;
Cumprimento
das normas
baseado no
conhecimento
das mesmas.
Proporção de análise Fortificantes e Número de amostras de fortificantes e premix 80% Relatório de Dados de Duas INAE Resultados
premix analisadas semestralmente. que estejam de acordo com as normas inspecção da rotina vezes por lançados em
nacionais; INAE (regular) ano tempo.
Total de amostras testadas semestralmente.
Criada capacidade da INAE para Número de inspectores capacitados Inspectores de todo o país capacitados para 100% Relatório de Duas vezes Duas INAE Plano de
inspeccionar as indústrias. para efectuar inspecções as indústrias a inspeccionar as indústrias de acordo com os Actividades da por ano vezes por inspecção da
nível nacional. parâmetros. INAE ano INAE
partilhado
com as
indústrias.
Instalações de fabrico de premix Proporção de instalações de premix e Número de instalações de premix visitadas de 100% Relatório de Relatório 3 Anos INAE/ Vontade dos
e de fortificantes inspeccionadas fortificante inspeccionadas (visitadas). acordo com as normas estabelecidas; visitas de de CONFAM/ fornecedores
(visitadas). inspecção inspecção Laboratório para
Número de instalações de premix
aproveitar os
inspeccionadas (visitadas).
requisitos para
exibição.
Garantida a disponibilidade da Número de fornecedores de premix Fornecedores de premix disponíveis e que 40% Relatório de Dados de Duas INAE Fundos
Lista positiva para as indústrias, disponíveis por veículo. observam as normas nacionais; Inspecção - INAE rotina vezes por disponíveis.
INAE, Alfândegas. (regular) ano
Fornecedores de premix disponíveis
(desagregado por veículo).
Disponibilidade de viaturas para % de viaturas disponíveis para apoiar as Número de Veículos disponíveis para apoiar as 100% Relatório de Dados de Duas INAE Financiamento
apoiar as actividades de actividades de monitoria do INAE nos actividades de inspecção do INAE; Inspecção e rotina vezes por disponível do
monitoria do INAE. portos, indústrias e mercados por Análises - INAE (regular) ano governo e
Número de viaturas necessárias para apoiar as
província. parceiros.
actividades de inspecção.
Realizada uma avaliação da Número de avaliações realizadas. Avaliação de todo o processo de inspecção de 100% Relatório de Dados de Duas INAE/ As formas são
habilidade/capacidade para monitoria e regulamentação. Inspecção e rotina vezes por CONFAM compatíveis e
determinar as lacunas na Análises - INAE (regular) ano o INAE está
monitoria da regulamentação disposto a
nos órgãos do governo. integrar.
33
Fonte de Recolha de Responsa- Riscos e
34
Resultado Indicador Definição do indicador Meta Frequência
informação dados bilidade assumpções
Objectivo Estratégico 2: Fortalecer a Capacidade da Instituição de Inspecção para Monitorar Eficazmente os Alimentos Fortificados (a todos os níveis).
Estratégia 2.1: Aumentar o Cumprimento do Regulamento de Fortificação Obrigatória para Todos os Veículos Alimentares
Formulários de monitoria da % de formulários de monitoria Número de formulários de monitoria 100% Relatório de Dados de Duas INAE/ Fundos
fortificação de alimentos integrados. integrados no sistema do INAE; Inspecção e rotina vezes por CONFAM disponíveis.
integrados no sistema de Análises - INAE (regular) ano
Número de formulários de monitoria de
monitoria do INAE.
fortificação de alimentos existentes.
Inspectores regionais da INAE, Proporção de inspectores regionais Número de inspectores formados; 3 Relatório de Relatório de Duas INAE Recursos
juntamente com as alfândegas, formados (por inspecção e província). Seminários inspecção da actividades vezes por disponíveis.
Número de inspectores existentes (por
laboratórios e municípios regionais INAE da INAE ano
instituição e província).
formados.
Estratégia 2.2: Coordenar e Fortalecer a Capacidade dos Laboratórios para Analisar os Alimentos Fortificados
Laboratórios regionais dotados % de Ichecks disponíveis e funcionais; "Número de Ichecks funcionais; 80% LNHAA Relatório de Duas LNHAA Existem
de meios técnicos e materiais actividade vezes por laboratórios
Número de técnicos formados." Número de ichecks disponíveis para cada
para a realização das análises. do ano regionais
nutriente;
Laboratório funcionais e
Número de técnicos capacitados" fundos para o
equipamento
fornecido.
Aumento da capacidade do Número de técnicos capacitados no uso Técnicos capacitados no uso e gestão do 80% Relatório do Uma vez por Anual LNHAA Equipamento
laboratório na determinação de de equipamento de laboratório para equipamento laboratorial. LNHAA/ ano para testar
micronutrientes. testagem de amostras fortificadas. CONFAM micronu-
trientes
disponíveis
nos
laboratórios.
Laboratórios regionais com % dos laboratórios de impacto Nenhum dos equipamentos biológicos 80% LNHAA Relatório de Duas LNHAA Existem
recursos técnicos e materiais para biológicos disponíveis e funcionais; funcional disponível actividades vezes por laboratórios
realizar análises de biológica de laboratoriais ano regionais
Número de técnicos formados. para cada micronutriente o impacto;
impacto. funcionais e
Número de técnicos formados. fundos para o
equipamento
fornecido.
Indústrias com laboratórios % das indústrias com laboratórios Número de indústrias com laboratórios PSC Relatório de Rotina Duas INAE Indústrias
internos para a análise de internos para análise dos produtos internos para análise de alimentos fortificados; inspecção (INAE) (regular) vezes por equipadas
produtos fortificados. fortificados. ano com
Número total de indústrias inspeccionadas.
laboratórios
para realizar
uma análise
independente.
Fonte de Recolha de Responsa- Riscos e
Resultado Indicador Definição do indicador Meta Frequência
informação dados bilidade assumpções
Estratégia 2.2: Coordenar e Fortalecer a Capacidade dos Laboratórios para Analisar os Alimentos Fortificados
Frequência planeada de recolha e Número de laboratórios que realizam a Laboratórios públicos ou privados para 3 Relatório da Relatório da Anual INAE Reunião de
análise de amostras colhidas por análise de alimentos fortificados. realizar a análise de produtos fortificados e reunião de reunião de colecta de
INAE para os laboratórios enviados para laboratórios regionais. planificação da Planificação amostras de
regionais (laboratórios da Beira, colecta de da colecta planificação
Nampula e Maputo). amostras de amostras realizada.
Limites de segurança para os Percentagem de amostras que atingiu o Menos do que 20% alcançado o nível máximo 80% Relatório de Relatório de Relatório INAE Fortificação
nutrientes não excedeu. nível máximo tolerável. aceitável. inspecção (INAE) Inspecção de não é uma
Inspecção questão de
segurança.
Análise de fortificação de % dos resultados de laboratório enviado às Número de resultados enviados aos parceiros; 80% Relatório de Relatório de Anual LNHAA Fundos
alimentos inicial feito para a partes interessadas. actividades actividades disponíveis
Análise total enviada para o laboratório (por
indústria da fortificação LNHAA LNHAA com
veículo dos alimentos e do laboratório).
obrigatória de açúcar, sal, farinha equipamento
e óleo vegetal. adquirido para
cada indústria.
Laboratórios nacionais que Número de laboratórios nacionais Número de laboratórios nacionais que 3 Relatório de Relatório de Anual MIC/MISA Mecanismo de
participam no sistema de teste de participando em testes e sistemas de participam no sistema de teste de proficiência. actividades actividades U & INAE teste de
proficiência em laboratórios testes de proficiência em laboratórios LNHAA LNHAA proficiência
regionais. regionais. para análise de
micronu-
trientes existe.
Indústrias no desenvolvimento Número de laboratórios nacionais que Número de indústrias no desenvolvimento de 50% Relatório de Relatório de Anual CONFAM Desenvolvi-
de novos produtos alimentares participam no sistema de teste de novos produtos apoiados e treinados sobre o actividades actividades mento de
apoiados e treinados sobre proficiência em laboratórios regionais. controlo de alimentos fortificados; CONFAM CONFAM produtos na
monitoramento de alimentos indústria.
Número de indústrias produzindo novos
fortificados.
produtos fortificados.
Avaliação, aprovação e % dos laboratórios avaliados e aprovados Número de laboratórios avaliados e aprovados 100% Relatório de Relatório de Anual LNHAA Outros
reconhecimento de outros para testar os alimentos fortificados. para testar os alimentos fortificados; actividades actividades laboratórios
laboratórios dentro do país para CONFAM CONFAM existem para
Número de laboratórios avaliados para testar
testar os alimentos fortificados fazer análise
os alimentos fortificados.
feito. de micronu-
trientes com
biomarca-
dores.
Criou um mecanismo flexível % dos resultados de laboratório de Número de resultados de laboratório de 1 Relatório de Relatório de Anual LNHAA / A análise leva
(temporário) de divulgação de produtos fortificados enviado no prazo de produtos fortificados enviados no prazo de 15 actividades (INAE) actividades INAE menos dias do
amostras de laboratório (e-mail, 15 dias. dias; (IINAE) que o
fax, etc.). actualmente.
Número de amostras de alimentos fortificados
recebido no prazo de 15 dias (por veículo
comida, e por província).
35
Fonte de Recolha de Responsa- Riscos e
36
Resultado Indicador Definição do indicador Meta Frequência
informação dados bilidade assumpções
Estratégia 2.2: Coordenar e Fortalecer a Capacidade dos Laboratórios para Analisar os Alimentos Fortificados
Sistema de banco de dados de Desenvolveu um banco de dados de Sistema de banco de dados desenvolvido e 1 Relatório de Relatório de Anual CONFAM Disposição da
alimentos fortificados desempenho funcional de alimentos funcional. actividades actividades instituição do
desenvolvido. fortificados dentro do país. CONFAM CONFAM governo para
hospedar e
pagar para o
sistema.
Obter sistema de vigilância para o Existência de Postos-sentinela. Número de postos identificados. 1 Relatório dos Relatórios Duas MISAU Fundos para
programa de fortificação de Postos-sentinela dos pontos vezes por criar e
alimentos. (SNS) de sentinela ano implementar.
Sistemas de monitoria de Existência de sistema de monitoria e Sistema de M&E do programa Nacional de 1 Registo do SNS Inquérito Anual MISAU Locais
Postos-sentinela criados. avaliação do programa nacional de Fortificação. funcionais.
fortificação.
Recolhida informação das Existência de informação sobre os dados Dados actualizados. 100% Relatório de Inquérito Anual CONFAM Os dados
instituições e ministérios sobre a actualizados dos alimentos fortificados. actividades do existem e são
fortificação de alimentos. CONFAM recolhidos.
Obtenção das estatísticas das Existência de dados estatísticos das Dados estatísticos actualizados. 1 Relatório das Inquérito Anual Alfande- Análises feitas
importações / exportações dos importações/exportações dos alimentos alfândegas gas anualmente.
alimentos fortificados incluindo fortificados.
premix.
Obtenção de dados estatísticos Proporção de crianças de 6-59 meses de Número de crianças de 6-59 meses de idade 80% Inquérito Inquéritos Em cada 5 INE Módulos com
sobre agregados familiares que idade consumindo alimentos fortificados. consumindo alimentos fortificados. periódico periódicos anos indicadores de
consomem alimentos fortificação.
fortificados. Proporção de mulheres (15-49 anos de Número de mulheres (15-49 anos de idade) 80% Inquérito Inquéritos Em cada 5 INE
idade) consumindo alimentos fortificados. consumindo alimentos fortificados. periódico periódicos anos
Obtenção de dados estatísticos Proporção de indústrias produzindo Número de indústrias produzindo alimentos 100% Inquérito Inquéritos Em cada 5 Indústria Existem
das indústrias que produzem alimentos fortificados. fortificados. periódico periódicos anos estatísticas
alimentos fortificados. industriais.
Base de dados criada e Existência de ferramentas para a criação de Número de funcionários formados e da base 1 Inquérito Inquérito Em cada 5 INE Formação
funcionários do INE capacitados. uma base de dados e capacitação dos de dados. periódico anos realizada.
funcionários.
Fonte de Recolha de Responsa- Riscos e
Resultado Indicador Definição do indicador Meta Frequência
informação dados bilidade assumpções
Estratégia 3.3: Aumentar o Apoio à Investigação e Aprendizagem do Impacto para o Programa de Fortificação de Alimentos
Estudos realizados sobre o Existência de estudos realizados sobre o Número de estudos sobre o impacto. 1 Inquérito Inquérito Em cada 5 MISAU Fundos
impacto da fortificação dos impacto. periódico periódico anos disponíveis
alimentos. para
implementar
estudos de
impacto após
5 anos.
Consumidores Sensibilizados Proporção dos consumidores Número de pessoas sensibilizadas. 80% Inquérito Inquérito Em cada 5 CONFAM Estudos de
sobre o tempo de vida do sensibilizados e consumidores periódico periódico anos vida de
produto fortificado na prateleira. entrevistados. prateleira/pra-
zo de validade.
Dados de fortificantes e pré- Proporção de veículos alimentares Números de veículos alimentares Fortificados. 12 por ano Relatório de Relatório de Duas Alfândegas Sistema em
misturas recolhidos contendo fortificante. actividades das actividades vezes por vigor para
mensalmente. Alfândegas das ano colecta de
Alfândegas dados.
Reuniões de sensibilização com Número de reuniões realizadas. Reuniões realizadas com vista a garantir maior 1 Reunião CONFAM Relatório das Anual CONFAM As associações
decisores políticos/ tecnocratas, coordenação entre os sectores a fim de anual actividades existem e vão
proprietários da indústria, envolver todas as partes interessadas na do CONFAM funcionando.
associações, distribuidores e realização das actividades.
consumidores realizadas.
Reunião para analisar a Número de reuniões realizadas. Reuniões de análise da legislação e relatórios 1 Reunião CONFAM Relatórios do Trimestral CONFAM A CONFAM
implementação da legislação produzidos. por CONFAM organiza
realizada. trimestre reuniões.
Boletins produzidos e divulgados. Número de boletins de informação Informação partilhada em tempo útil. 12 Boletins CONFAM Relatórios do Mensal Grupo de As mensagens
partilhada em tempo real usado no comité de Mobi- foram
sistema de TIC. mobilização lização desenvolvidas
social do Social e financiadas.
CONFAM
Garantido o envolvimento de Número de reuniões com os gestores do Reuniões com gestores realizadas e relatórios 4 Reuniões Relatórios das CONFAM Trimestral CONFAM Os gestores
gestores para que as suas CONFAM. produzidos. por ano actividades do estão
decisões sejam céleres e CONFAM comprometi-
atempadas para o progresso do dos com a
programa. fortificação.
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Fonte de Recolha de Responsa- Riscos e
38
Resultado Indicador Definição do indicador Meta Frequência
informação dados bilidade assumpções
Objectivo Estratégico 4: Aumentar a Consciencialização e Procura por Alimentos Fortificados
Estratégia 5.1 Melhorar a Advocacia para a Nutrição e Consumo dos Alimentos Fortificados
Estratégia de comunicação e Número de estratégias de comunicação Estratégias de comunicação aprovadas. 1 Estratégia CONFAM CONFAM Uma vez CONFAM Será
mobilização aprovada para o desenvolvidas e aprovadas. desenvolvido
programa de fortificação de e implementa-
alimentos. do.
Materiais educativos e de Número de materiais desenvolvidos. Materiais desenvolvidos (spots, Tv e rádio, 1 spot de CONFAM e CONFAM e Anual CONFAM Os fundos
comunicação IEC para o folhetos, camisetes, pastas, bonés, calendários, rádio e Tv, 5 PARCEIROS Parceiros estão
programa de fortificação cadernos escolares, agendas, etc.). folhetos, 1 disponíveis.
desenvolvidos. elaboração
(camisetes,
bonés,
pastas, etc.)
Divulgação dos alimentos Número de plataformas de comunicações Spots; programas de TV; Palestras; Road Spots; Relatório das Relatório Duas por CONFAM Suplementos
fortificados através dos midia, usadas. Shows; Rádio, Feiras, etc. programas actividades da das vezes por do governo
incluindo datas comemorativas de TV; equipa de activi- ano estão
na área de fortificação. Palestras; Mobilização dades de disponíveis
Road social. equipa de para compra
Shows; mobi- de mídia.
Rádio, lização
Feiras, etc. social.
ANEXO 1: LISTA PESSOAS QUE PARTICIPARAM NO DESENVOLVIMENTO DA ESTRATÉGIA
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