HVAC Projeto 05
HVAC Projeto 05
Grupo HTC
Curso:
Ar Condicionado e Refrigeração
Projeto e Dimensionamento - 06
Prof. Marcelo dos Santos Rosa Beserra
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MÓDULO 6
Redes de Dutos
Uma rede de duto é um conjunto estrutural
cuja função primária é o de conduzir o ar de
um ponto a outro.
Geralmente este ar externo, tratado ou não, será insuflado em algum ambiente que se queria
gerar conforto, controlar níveis de contaminantes, repor um volume de ar que esteja sendo
exaurido ou promover pressurização no ambiente.
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MÓDULO 6
Estas escolhas, visando o melhor desempenho e menor custo, deverão garantir as seguintes
características principais:
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
Formas
A secção transversal das redes de dutos pode ter diversas formas, sendo os mais comuns a
forma retangular ou quadrada, a circular, e a oval.
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
Materiais
Os materiais metálicos mais utilizados na construção de dutos são:
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MÓDULO 6
São chapas de aço que não passaram por nenhum tratamento contra corrosão. São utilizados
quando se necessita maior resistência estrutural e quando as junções serão soldadas.
Necessitam de pintura para evitar corrosão.
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MÓDULO 6
Alumínio
Possui mais resistência à umidade que o aço. Pode ser utilizado quando se quer baixo peso ou
uma melhor estética como em dutos aparentes. Muito utilizado em isolamentos térmicos na
forma de folha de alumínio impermeável, proporcionando uma barreira contra a condensação
superficial e a penetração de umidade no interior do isolante. Tem como desvantagem o custo
do material e maior dificuldade na soldagem.
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MÓDULO 6
Aço inox
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MÓDULO 6
Materiais plásticos
São
ão utilizados quando se precisa de um duto com superfície de baixa rugosidade (que dificulta
o acumulo de material particulado)
particulado), resistência a produtos químicos agressivos (como no caso
de exaustão de capelas de laboratórios) ou flexíveis (utilizado em conjunto com dutos rígidos
para dar flexibilidade posicional ao
aos captores).
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Exaustão de estações de trabalho Exaustão de laboratórios
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MÓDULO 6
Outros Materiais
Fibra de vidro
Concreto
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
Pintura
Dependendo do material utilizado o duto deverá ser pintado
para atribuir uma boa aparência estética ou como proteção
contra corrosão. Dutos de chapas de aço galvanizadas, aço inox,
alumínio ou plástico podem ficar com a superfície aparente.
Dutos de aço carbono (chapa
preta) necessariamente
precisam de pintura já que não
possuem proteção passiva
contra corrosão. Em indústrias
é usual que os dutos sejam pintados como forma de
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identificação da linha.
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
Velocidade em dutos
Para dutos e sistemas de baixa pressão, temos as seguintes recomendações de velocidades:
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MÓDULO 6
Portas de inspeção
Algumas aplicações exigem a instalação de portas de inspeção nos dutos como na ventilação
local exaustora (particulados). No caso de dutos de ar condicionado não há uma exigência de
instalação de portas de inspeção, mas poderá ser instalada já prevendo futuras higienizações
no interior dos dutos.
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
Isolamento térmico
O isolamento témico em dutos tem 2 objetivos principais, a primeira é evitar o ganho de calor
e consequentemente a elevação da temperatura do ar que será insuflado no ambiente, o que
eleva o consumo energético. O segundo objetivo é evitar a condensação na superfície do
duto.
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
Suportação de dutos
As melhores fontes de informação sobre construção de dutos e outros
assuntos referentes ao tema, são os manuais técnicos da SMACNA
(Sheet
Sheet Metal and Air Conditioning Contractors’ National Association).
Association
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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https://law.resource.org/pub/us/cfr/ibr/005/smacna.duct.1995.html
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MÓDULO 6
Construção de Dutos
Os dutos podem ser classificados quanto a sua velocidade:
- baixa velocidade – até 10 m/s (aplicações de conforto)
- alta velocidade – acima de 10 m/s (ventilação industrial)
A norma ABNT NBR 16401 - Anexo B reproduz parte das especificações construtivas
básicas de projeto para dutos metálicos de chapa galvanizada, retiradas do manual da
SMACNA, HVAC Duct Construction Standards - Metal and Flexible.
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
Sistema TDC
É um sistema de construção de dutos que permite utilização de chapas mais finas e de um
processo de montagem mais rápido e com menos perdas.
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
Vazamentos em dutos
O nível de selagem exigido e o vazamento admissível nos dutos devem ser estipulados no
projeto, e o dimensionamento da vazão do ventilador e da rede de dutos deve levar em
consideração a taxa de vazamento assumida pelo projetista.
A definição do vazamento admissível depende de análise de risco, consumo de energia, custo
de fabricação, montagem e controle da qualidade, entre outros fatores que devem ser
avaliados pelo projetista e seu cliente.
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MÓDULO 6
Selagem
A selagem aplicada aos dutos deve ser suficiente para atender à classe de vazamento.
Todas as derivações, conexões a equipamentos, caixas plenum, registros e terminais, tampas
de acesso e a outras singularidades devem ter o mesmo tratamento de selagem utilizado nos
dutos.
A seleção do material de selagem deve considerar a durabilidade do material e a possibilidade
de vibrações ou movimentos das partes seladas. O material de selagem deve ter uma
composição química que não ataque a chapa do duto nem interfira no ambiente beneficiado
pelo sistema de ar-condicionado como no caso de processos industriais. A efetividade da
selagem depende da qualidade de execução dos dutos e do cuidado na aplicação da selagem.
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MÓDULO 6
Limites de vazamento
O projeto deve determinar o limite de vazamento admissível, expresso em termos de classe de
vazamento. A Tabela recomenda as classes de vazamento a serem adotadas de acordo com
aplicação.
O limite de vazamento admissível para os dutos depende de análise de risco, consumo de
energia, custo de fabricação, montagem e controle da qualidade, entre outros fatores que
devem ser avaliados pelo projetista e seu cliente. Deve ser levado em consideração no estudo
psicrométrico pelo projetista, no dimensionamento da vazão do ventilador, bem como na
qualidade da rede de dutos.
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
Equação de continuidade
O dimensionamento de uma rede de dutos, qualquer que seja o método adotado, baseia-se
na Equação de Continuidade e no Princípio de Conservação da Energia para Fluidos em
Escoamento. (Equação de Bernoulli)
A equação de continuidade mostra que o valor de vazão é obtido pelo produto da área
transversal da secção de escoamento pela velocidade média de escoamento do ar.
Q = vazão de ar
Q=AxV A = área do duto
V = velocidade do ar
H
D
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MÓDULO 6
OU
Q = vazão de ar (m3/h)
OU
Q = vazão de ar (L/s)
OU
Q = vazão de ar (L/s)
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MÓDULO 6
OU
2
Q = (π D /4) x V x 3600 V= 4Q Q = vazão de ar (m3/h)
D = diâmetro do duto (m)
(π D2x 3600) V = velocidade do ar (m/s)
OU
2
Q = (π D /4) x V x 0,1 V= 4Q Q = vazão de ar (L/s)
D = diâmetro do duto (cm)
(π D2x 0,1) V = velocidade do ar (m/s)
OU
2
Q = (π D /4) x V x 1000 V= 4Q Q = vazão de ar (L/s)
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D = diâmetro do duto (m)
2
(π D x 1000) V = velocidade do ar (m/s)
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MÓDULO 6
Equação de Bernoulli
A equação de Bernoulli mostra que, se considerarmos um volume de ar escoando entre dois
pontos P1 e P2 de uma rede de dutos, a energia no ponto P1 é igual à que haverá em P2
considerando um fluido ideal (viscosidade nula).
Energia total do fluido (em uma dada posição) =
energia de pressão (pressão estática) + energia
cinética (pressão dinâmica) +energia de posição.
O desnível energético da unidade de peso do fluido
entre duas posições P1 e P2 de um sistema de dutos
vem a ser a perda de carga.
Dividindo-se essa perda pelo comprimento retilíneo
do trecho a-b, obtém-se a perda de carga unitária.
Geralmente o desnível topográfico(Z1-Z2) é
desprezível. 46/46
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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A perda de carga total do sistema será a soma das perdas da rede de insuflação com a rede de
retorno ou com a rede de captação de ar externo, que está em paralelo com esta última. As
perdas internas ao equipamento já são, em geral, contabilizadas pelo fabricante. Ou seja, são
calculadas as perdas a montante e a jusante do ventilador, considerando-se o trajeto que levar
a maior perda total.
Diâmetro Hidráulico
Nos estudos referentes ao fluxo de fluidos, são consideradas canalizações com áreas
transversais circulares. Entretanto, em sistemas de distribuição de ar, é igualmente comum o
emprego de canalizações (dutos) com áreas transversais ovais, quadradas ou retangulares.
Para permitir a aplicação dos conceitos estudados em áreas transversais não circulares, foi
desenvolvido o conceito de diâmetro hidráulico. Essa aproximação é válida para tubos em que
a relação de comprimento entre os lados não seja exagerada (até 4 vezes, no máximo). No
caso de um tubo de seção circular Dh = D.
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MÓDULO 6
Diâmetro Equivalente
Trata-se do diâmetro de um duto circular que apresenta a mesma perda por fricção por metro
linear que um duto com área transversal retangular ou quadrada, para a mesma vazão de ar.
Esta relação pode ser expressa por:
Para dutos retangulares, onde:
De = diâmetro equivalente de duto retangular para iguais
fricção, vazão e comprimento
L = dimensão de um lado do duto
H = dimensão do lado adjacente
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MÓDULO 6
Tabelas e Gráficos
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
Fator de Fricção
A tabela de perda de pressão acima se
aplicapara dutos redondos construídos
emchapa de aço galvanizada. Para outros
materiais o fator de fricção deverá ser
calculado através da seguinte fórmula:
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
58/58
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MÓDULO 6
59/59
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
61/61
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MÓDULO 6
62/62
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MÓDULO 6
63/63
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MÓDULO 6
64/64
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
Métodos de Dimensionamento
Os mais tradicionais métodos de dimensionamento de dutos são o de igual perda por
comprimento (“equal friction”) e o de recuperação de pressão estática (“static regain”).
Static Regain:
O princípio básico do método clássico da Carrier é compensar parcialmente ou totalmente a
perda depressão estática de um trecho subsequente, com o ganho de pressão estática
proveniente da redução de velocidade (conversão de pressão estática em dinâmica). Segundo
a NBR, o método leva a dimensões excessivas de trechos de dutos, apresenta resultados
práticos incertos, e não reduz a necessidade de dispositivos de regulagem das vazões, não
sendo recomendado seu uso, embora tenha sido amplamente utilizado no passado. A NBR
recomenda o uso do MétodoT de otimização nos casos em que se exija mais rigor nos cálculos.
Esse método é bastante complexo e exige o uso de software específico. Essa recomendação
também foi feita pela ASHRAE até recentemente, porém, na edição de 2013 do Fundamentals
Handbook, o método T foi excluído e o Static Regain, foi novamente recomendado
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seguinte ressalva:
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
entre 0,7 e 4,0 Pa/m, sendo recomendado usar a faixa de 1,0 a 3,0 Pa/m para as aplicações
mais usuais. Este método, automaticamente reduz a velocidade do ar na direção do fluxo,
levando a menores dimensões de duto. Por outro lado, há a necessidade de se usar
dispositivos de regulagem para balanceamento do sistema, já que a perda total nos trechos
pode ser bem diferente. Por isso é indicado para sistemas com distribuição de ar bem
equilibrados.
Dimensionamento de Duto pelo Método Equal Friction
N1 - Referência: Carrier System Design Manual – Part 2 – Air Distribution - Folha 2-43 e 2-44, tabela 12
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
Dispositivos de Difusão de Ar
O ar de um sistema de HVAC deve ser captado do exterior, insuflado no ambiente,
exaurido/exfiltrado do ambiente ou retornado para o equipamento. Para executar essas
tarefas, além das redes de dutos, são necessários vários elementos chamados de dispositivos
de distribuição e difusão de ar, tais como grelhas, difusores, venezianas, etc. A aplicação e
seleção adequadas desses dispositivos é fundamental para a obtenção do propósito da
instalação, seja a obtenção deconforto ambiental ou a manutenção de condições operacionais
adequadas. Trataremos neste curso dos dispositivos mais convencionais com enfoque em
conforto térmico. Não serão abordados sistemas com variação de vazão de ar (VAV),
insuflação de ar pelo piso, difusores de alta indução, etc. Alguns conceitos importantes para o
entendimento do processo de seleção desses dispositivos serão apresentados a seguir:
Zona de ocupação de um ambiente condicionado: É o espaço limitado entre o piso e uma
altura de 1,3 a 2m deste, e distante em torno de 0,5m das paredes. A altura de 1,3 deve ser
considerada no caso de ambientes com ocupantes permanentemente sentados.
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uma parede externa com janelas onde há incidência de sol, essa distância deve ser aumentada
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
Perda de carga: É outro fator importante a ser considerado, pois entrará no cálculo da perda
de carga total da rede de dutos. O fabricante apresenta em seu catálogo a perda (Pa ou
mmCA) em função da seleção adotada. Quanto maior a velocidade de saída, maior será a
perda. Deve-se evitar a seleção nos extremos superiores de velocidade e perda apresentados.
Nível de ruído: O nível de ruído gerado no dispositivo é transmitido diretamente para o
ambiente e não pode ser atenuado. Ele é função da velocidade e perda de carga adotada, e é
apresentado nos catálogos em dbA ou NC e deve se adequar aos limites recomendados para o
tipo de ambiente conforme NBR10152/1987 – Níveis de ruído para conforto
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MÓDULO 6
Grelha simples deflexão horizontal Grelha simples deflexão vertical Grelhas com dupla deflexão Detalhe de montagem difusor
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
Captação de ar externo: A captação de ar exterior deve ter proteção contra intempéries e ser
provida de tela adequada para evitar o ingresso de insetos. Deve permitir fácil acesso, e captar
o ar externo o mais livre possível de contaminantes, tais como descargas de exaustão,
ventilação de esgotos, chaminés, efluentes de torres de arrefecimento, áreas de tráfego de
veículos, espelhos de água parada e outros. Devem ser posicionadas a, no mínimo, 2,2 m do
solo, e, quando próximas de telhados, pelo menos a 0,9 m do telhado, de forma a evitar o
arraste de poluentes em direção à tomada de ar. A velocidade de captação deve estar entre
2,5 e 5m/s em função da aplicação o do nível de ruído desejável. Além de venezianas para
captação do ar, devem ser previstos registros para regulagem da vazão de modo a permitir o
balanceamento do sistema. Adicionalmente, devem ser instalados pré-filtros classe G4, de
acordo com as recomendações da NBR 16401-3. Esses elementos podem ser especificados
separadamente, mas os fabricantes oferecem as TAE já completas, com os três componentes.
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MÓDULO 6
Damper de sobrepressão:
Os dampers são projetados para ser montados em paredes,
dutos, tanto para insuflamento como exaustão e que se abrem
com a sobre pressão, quando o sistema é desligado as lâminas se
fecham automaticamente. 84/84
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MÓDULO 6
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MÓDULO 6
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