LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SOROCABA
Promulgada em 5 de abril de 1990
O POVO SOROCABANO, invocando a proteção de Deus e inspirado
nos princípios constitucionais de assegurar a todos o exercício dos
direitos individuais e sociais, por seus Vereadores à Câmara Municipal,
promulga a seguinte
LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SOROCABA
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1° O Município de Sorocaba, pessoa jurídica de direito público interno, é
uma unidade territorial que integra a organização político-administrativa da
República Federativa do Brasil, dotada de autonomia política, administrativa,
financeira e legislativa nos termos assegurados pela Constituição da República,
pela Constituição do Estado e por esta Lei Orgânica.
Art. 2° A sede do Município dá-lhe o nome e tem a categoria de cidade.
Art. 3° São símbolos do Município o Brasão, a Bandeira e o Hino,
representativos de sua cultura e história, cujo uso será regulamentado por Lei.
TÍTULO II
DA COMPETÊNCIA MUNICIPAL
Art. 4° Compete ao Município:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar as
suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar
balancetes nos prazos fixados em lei;
IV - instituir a guarda municipal destinada à proteção de seus bens, serviços e
instalações, conforme dispuser a lei;
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,
ou convênio, entre outros, os seguintes serviços:
a) transporte coletivo urbano e suburbano, que terá caráter essencial;
b) abastecimento de água e esgotos sanitários;
c) mercados, feiras e matadouros locais;
d) cemitérios e serviços funerários;
e) iluminação pública;
f) limpeza pública, coleta domiciliar e destinação final do lixo;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado,
programas de educação pré-escolar e ensino fundamental;
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado,
serviços de atendimento à saúde da população;
VIII - promover a proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e
paisagístico local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e
estadual;
IX - promover a cultura e a recreação;
X - fomentar a produção agropecuária e demais atividades econômicas, inclusive
a artesanal;
XI - preservar as florestas, a fauna e a flora;
XII - realizar serviços de assistência social, diretamente ou por meio de
instituições privadas, conforme critérios e condições fixadas em lei municipal;
XIII - realizar programas de apoio às práticas desportivas;
XIV - realizar programas de alfabetização;
XV - realizar atividades de defesa civil, inclusive a de combate a incêndios e
prevenção de acidentes naturais em coordenação com a União e o Estado;
XVI - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
XVII - elaborar e executar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
XVIII - executar obras de:
a) abertura, pavimentação e conservação de vias;
b) drenagem pluvial;
c) construção e conservação de estradas, parques, jardins e hortos florestais;
d) construção e conservação de estradas vicinais;
e) edificação e conservação de prédios públicos municipais;
XIX - fixar:
a) tarifas dos serviços públicos, inclusive dos serviços de táxis;
b) horário de funcionamento dos estabelecimentos industriais, comerciais e de
serviços;
XX - sinalizar as vias públicas urbanas e rurais;
XXI - regulamentar a utilização de vias e logradouros públicos;
XXII - conceder licença para:
a) localização, instalação e funcionamento de estabelecimentos industriais,
comerciais e de serviços;
b) afixação de cartazes, letreiros, anúncios, faixas, emblemas e utilização de
alto-falantes para fins de publicidade e propaganda;
c) exercício de comércio eventual ou ambulante;
d) realização de jogos, espetáculos e divertimentos públicos, observadas as
prescrições legais;
e) prestação dos serviços de táxi;
XXIII- criar e organizar Regionais Administrativas, cuja composição e atribuições
serão estabelecidas por lei;
XXIV - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
a) planta popular;
b) a ligação de água e esgoto, e
c) taxa de covagem.
Art. 5° Além das competências previstas no artigo anterior, o Município atuará
em cooperação com a União e o Estado para o exercício do art. 23 da
Constituição Federal.
TÍTULO III
DO GOVERNO MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DOS PODERES MUNICIPAIS
Art. 6° O Governo Municipal é constituído pelos Poderes Legislativo e Executivo,
independentes e harmônicos entre si.
Parágrafo único. É vedada aos Poderes Municipais a delegação recíproca de
atribuições, salvo nos casos previstos nesta Lei Orgânica.
CAPÍTULO II
DO PODER LEGISLATIVO
Seção I
Da Câmara Municipal
Art. 7° O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta de
Vereadores, eleitos para cada legislatura entre cidadãos maiores de dezoito
anos, no exercício dos direitos políticos, pelo voto direto e secreto.
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de 4 (quatro) anos.
Art. 8° A Câmara Municipal de Sorocaba será composta de 21 Vereadores, nos
limites da Constituição Federal.
Art. 8° A Câmara Municipal de Sorocaba será composta de 20 Vereadores,
de acordo com os parâmetros estabelecidos no art. 29., inciso IV, da
Constituição Federal. (Redação dada pela ELOM n. 16, de 02 de setembro
de 2004)
Parágrafo único. A Mesa da Câmara comunicará ao Tribunal Regional Eleitoral
a composição prevista neste artigo.
Art. 9º Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e
votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município.
Art. 10. Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar, perante a Câmara,
sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato,
nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.
Art. 11. É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no
Regimento Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas aos Vereadores ou
a percepção, por estes, de vantagens indevidas.
Art. 12. Os Vereadores não poderão:
I- desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com o Município, suas autarquias, empresas
públicas, sociedades de economia mista, fundações ou empresas
concessionárias de serviços públicos municipais, salvo quando o contrato
obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que
sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior.
II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor
decorrente de contrato celebrado com o Município ou nela exercer função
remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum nas entidades
referidas na alínea "a" do inciso I, salvo o cargo de Secretário Municipal;
c) patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades a que se
refere a alínea "a" do inciso I;
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
Art. 13. Perderá o mandato o Vereador:
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das
sessões ordinárias da Câmara, salvo em caso de licença ou de missão oficial
autorizada;
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição
Federal;
VI - que deixar de residir no Município;
VII - que deixar de tomar posse, sem motivo justificado, dentro do prazo
estabelecido nesta Lei Orgânica.
§ 1° Extingue-se o mandato, e assim será declarado pelo Presidente da
Câmara, quando ocorrer falecimento ou renúncia por escrito do Vereador.
§ 2° Nos casos dos incisos I, II e VI, deste artigo, a perda do mandato será
decidida pela Câmara por voto secreto, e maioria absoluta, mediante provocação
da Mesa ou de partido político representado na Câmara, assegurada ampla
defesa.
§ 2° Nos casos dos incisos I, II e VI, deste artigo, a perda do mandato será
decidida pela Câmara por voto secreto, e maioria absoluta, mediante provocação
da Mesa ou de partido político representado na Câmara, assegurada ampla
defesa. (Redação dada pela ELOM n. 09, de 24 de maio de 2001)
§ 2° Nos casos previstos nos incisos I, II e VI, a perda do mandato será
decidida pela Câmara por voto de 2/3 (dois terços) dos seus membros,
mediante provocação da Mesa ou de partido político representado na
Câmara, assegurada ampla defesa. (Redação dada pela ELOM n. 24, de 06
de dezembro de 2007)
§ 3° Nos casos dos incisos III, IV, V e VII, a perda de mandato será declarada
pela Mesa da Câmara, de oficio ou mediante provocação de qualquer Vereador
ou partido político representado na Câmara Municipal, assegurada ampla
defesa.
Art. 14. O exercício de vereança por servidor público se dará de acordo com as
determinações da Constituição Federal.
Parágrafo único. O Vereador ocupante de cargo, emprego ou função pública
municipal é inamovível de ofício pelo tempo de duração de seu mandato.
Art. 15. O Vereador poderá licenciar-se:
I - por motivo de saúde, devidamente comprovado;
II - para tratar de interesse particular, desde que o período de licença não seja
superior a 120 (cento e vinte) dias por sessão legislativa.
III - no caso de Gestante, pelo prazo de 120 (cento e vinte) dias
consecutivos, contados do primeiro dia do nono mês de gestação, salvo
antecipação por prescrição médica; (Acrescido pela ELOM n. 11, de 02 de
abril de 2002)
IV - no caso de Adotante de criança de até 01 (um) ano de idade, pelo prazo
de 120 (cento e vinte) dias, para o ajustamento do adotado ao novo lar.
(Acrescido pela ELOM n. 11, de 02 de abril de 2002)
V - para assumir na condição de suplente, pelo tempo em que durar o
afastamento ou licença do titular, mandato público eletivo, estadual ou
federal. (Acrescido pela ELOM n. 26, de 18 de agosto de 2009)
§ 1° Nos casos dos incisos I e II, não poderá o Vereador reassumir antes que
se tenha escoado o prazo de sua licença.
§1º No caso do inciso I, o Vereador poderá reassumir o exercício da
Vereança antes que se tenha escoado o prazo de sua licença, desde que
seja comprovado com atestado médico que está apto. (Redação dada pela
ELOM nº 47, de 16 de junho de 2016)
§ 2° Para fins de remuneração, considerar-se-á como em exercício o Vereador
licenciado nos termos do inciso I.
§ 2° Para fins de remuneração, considerar-se-á como em exercício o
Vereador licenciado nos termos do inciso I, e a Vereadora licenciada nos
termos dos incisos I, III e IV. (Redação dada pela ELOM n. 11, de 02 de abril
de 2002)
§ 3° O Vereador investido no cargo de Secretário Municipal será considerado
automaticamente licenciado, podendo optar pela remuneração da vereança.
§ 4° O afastamento para o desempenho de missões temporárias de interesse
do Município não será considerado como de licença, fazendo o Vereador jus à
remuneração estabelecida.
§ 5º A licença concedida nos casos previstos nos incisos III e IV deste artigo
depende de requerimento fundamentado dirigido ao Presidente, cabendo a
decisão à Mesa Diretora. (Acrescido pela ELOM n. 11, de 02 de abril de 2002)
§ 5º A licença a ser concedida nos termos do inciso II, dependerá de
requerimento fundamentado dirigido ao Presidente, cabendo a decisão à
Mesa Diretora. (Redação dada pela ELOM n. 24, de 06 de dezembro de 2007)
§ 6º O Vereador que assumir mandato eletivo estadual ou federal será
considerado licenciado após anuência da Mesa e o Presidente da Câmara
convocará o suplente para exercer o mandato enquanto perdurar a licença.
(Acrescido pela ELOM n. 26, de 18 de agosto de 2009)
Art. 16. No caso de vaga, licença ou investidura no cargo de Secretário
Municipal, far-se-á convocação do suplente pelo Presidente da Câmara.
§ 1° O suplente convocado deverá tomar posse dentro do prazo de 15 (quinze)
dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara, sob pena de ser considerado
renunciante.
§ 2° Ocorrendo vaga e não havendo suplente, o Presidente da Câmara
comunicará o fato, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal Regional
Eleitoral.
§ 3° Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo anterior não for preenchida,
calcular o quorum em função dos Vereadores remanescentes.
Seção II
Da Posse
Art. 17. No primeiro ano de cada legislatura, no dia 1° de janeiro, às dez horas,
em sessão solene de instalação, independente de número, sob a presidência do
Vereador mais votado dentre os presentes, os Vereadores prestarão
compromisso e tomarão posse.
§ 1° O Vereador que não tomar posse, na sessão prevista neste artigo, deverá
fazê-lo no prazo de quinze dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara.
§ 2° No ato da posse, os Vereadores deverão desincompatibilizar-se e fazer
declaração de seus bens, repetida quando do término do mandato, sendo ambas
transcritas em livro próprio, resumidas em ata.
Seção III
Da Mesa da Câmara
Art. 18. Imediatamente após a posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a
presidência do mais votado dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos
membros da Câmara, elegerão, em votação a descoberto, os componentes da
Mesa, que ficarão automaticamente empossados.
Parágrafo único. Não havendo número legal, o Vereador mais votado dentre os
presentes permanecerá na Presidência e convocará sessões diárias, até que
seja eleita a Mesa.
Art. 19. O mandato da Mesa será de 1 (um) ano, vedada a recondução para o
mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente.
Art. 19. O mandato da Mesa será de 1 (um) ano, ficando facultado aos seus
membros o direito à reeleição, por uma única vez, na mesma legislatura.
(Redação dada pela ELOM n. 17, de 14 de dezembro de 2004)
Art. 19. O mandato da Mesa será de 1 (um) ano, vedada a recondução para o
mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente. (Redação dada pela
ELOM n. 21, de 14 de novembro de 2006)
Art. 19. O mandato da Mesa Diretoria terá a duração de 1 (um) ano, ficando
assegurado aos seus membros o direito à reeleição para o mesmo cargo, por
uma única vez, na mesma legislatura. (Redação dada pela ELOM nº 27, de 06
de outubro de 2009)
Art. 19. O mandato da Mesa Diretora terá a duração de 2 (dois) anos, vedada a
recondução dos seus membros para o mesmo cargo na eleição imediatamente
subsequente. (Redação dada pela ELOM nº 51, de 06 de abril de 2017).
Art. 19. O mandato da Mesa Diretora terá a duração de 2 (dois) anos,
permitido a reeleição dos seus membros para o mesmo cargo na eleição
subsequente. (Redação dada pela ELOM nº 53, de 06 de março de 2018)
§ 1° A eleição para renovação da Mesa realizar-se-á obrigatoriamente na última
sessão ordinária da sessão legislativa, assumindo os eleitos, de pleno direito, as
suas funções em 1° de janeiro.
§ 2° Nas eleições da Mesa, se houver empate para o mesmo cargo, concorrerão
os mais votados a um segundo escrutínio, e se persistir o empate, disputarão o
cargo por sorteio.
§ 3º A partir de 1º de janeiro de 2010, não será permitida a reeleição para o
mesmo cargo pela segunda vez, em continuidade, mesmo considerando
legislaturas diferentes. (Acrescido pela ELOM n. 27, de 06 de outubro de
2009)
Art. 20. Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído, pelo voto de 2/3
(dois terços) dos membros da Câmara Municipal, quando faltoso, omisso ou
ineficiente no desempenho de suas atribuições, devendo o Regimento Interno
dispor sobre o processo de destituição e sobre a substituição do membro
destituído.
Art. 21. A Mesa da Câmara se compõe do Presidente, do 1º Vice-Presidente, do
2º Vice-Presidente, do 1º Secretário e 2º Secretário, os quais se substituirão
nessa ordem.
Art. 21. A Mesa da Câmara será composta de Presidente, 1º Vice-
Presidente, 2º Vice-Presidente, 3º Vice-Presidente, 1º Secretário, 2º
Secretário e 3º Secretário. (Redação dada pela ELOM n. 21, de 14 de
novembro de 2006)
§ 1º Na constituição da Mesa é assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que
participam da Casa.
§ 2º Na ausência dos membros da Mesa, o Vereador mais votado dentre os
presentes assumirá a Presidência. (Revogado pela ELOM n. 24, de 06 de
dezembro de 2007)
Art. 22. À Mesa, dentre outras atribuições, compete:
I - tomar todas as medidas necessárias à regularidade dos trabalhos legislativos;
II - propor projetos que criem ou extingam cargos nos serviços da Câmara e
fixem os respectivos vencimentos;
III - elaborar e encaminhar ao Prefeito, até o dia 31 de agosto, a proposta parcial
do orçamento da Câmara, para ser incluída na proposta geral do Município;
IV - apresentar projetos de lei dispondo sobre abertura de créditos
suplementares ou especiais, através do aproveitamento total ou parcial das
consignações orçamentárias da Câmara; (Revogado pela ELOM n. 24, de 06
de dezembro de 2007)
V - promulgar a Lei Orgânica e suas emendas;
VI - representar, junto ao Executivo, sobre necessidades de economia interna;
VII - contratar servidor, na forma da Lei, por tempo determinado, para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público.
Seção IV
Do Presidente da Câmara Municipal
Art. 23. Compete ao Presidente da Câmara, além de outras atribuições
estipuladas no Regimento Interno:
I - representar a Câmara Municipal;
II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da
Câmara;
III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;
IV - promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem como as leis que
receberem sanção tácita e as cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenário e não
tenham sido promulgadas pelo Prefeito Municipal;
V - fazer publicar os atos da Mesa, bem como as resoluções, os decretos
legislativos e as leis por ele promulgadas;
VI - declarar extinto o mandato do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores,
nos casos previstos em lei;
VII - apresentar ao Plenário, até o dia 20 (vinte) de cada mês, o balanço relativo
aos recursos recebidos e às despesas realizadas no mês anterior;
VIII - requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara;
IX - exercer, em substituição, a chefia do Executivo Municipal nos casos
previstos em lei;
X - designar comissões especiais nos termos regimentais, observadas as
indicações partidárias;
XI - mandar prestar informações por escrito e expedir certidões requeridas para
a defesa de direitos e esclarecimentos de situações;
XII - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil e com
membros da comunidade;
XIII - administrar os serviços da Câmara Municipal, fazendo lavrar os atos
pertinentes a essa área de gestão;
XIV - fazer publicar mensalmente declaração e/ou certidão onde conste o valor
bruto e líquido percebido pelos Vereadores a título de subsídio.
Art. 24. O Presidente da Câmara, ou quem o substituir, somente manifestará o
seu voto nas seguintes hipóteses:
I - Na eleição da Mesa Diretora;
II - quando a matéria exigir, para a sua aprovação, o voto favorável de dois terços
ou de maioria absoluta dos membros da Câmara;
III - quando ocorrer empate em qualquer votação no Plenário.
Seção V
Das Comissões
Art. 25. A Câmara Municipal terá comissões permanentes e especiais,
constituídas na forma e com as atribuições definidas no Regimento Interno ou
no ato de que resultar a sua criação.
§ 1° Em cada comissão será assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que
participam da Câmara.
§ 2° Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento, a
competência do Plenário, salvo se houver recursos de um décimo dos membros
da Câmara;
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III - convocar Secretários Municipais ou ocupantes de cargos da mesma natureza
para prestar informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer
pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
IV – receber petições ou queixas de qualquer pessoa, física ou jurídica,
identificada, na forma escrita, contra atos ou omissões dos vereadores, das
autoridades ou entidades públicas em geral, e deliberar, por maioria de 2/3 (dois
terços), pelo seu encaminhamento a quem de direito, ou seu arquivamento.
(Redação dada pela ELOM nº 32, de 10 de abril de 2012)
IV - receber petições ou queixas de qualquer pessoa física ou jurídica,
identificada, na forma escrita, contra atos ou omissões dos Vereadores,
das autoridades ou entidades públicas em geral, e deliberar, por maioria de
2/3 (dois terços) de seus membros, pelo seu prosseguimento ou
encaminhamento a quem de direito. (Redação dada pela ELOM nº 34, de 16
de agosto de 2012)
V- solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI - apreciar programas de obras e planos e sobre eles emitir parecer;
VII - acompanhar junto à Prefeitura Municipal a elaboração da proposta
orçamentária, bem como a sua posterior execução.
Art. 26. As comissões especiais de inquérito, que terão poderes de investigação
próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento
Interno, serão criadas pela Câmara mediante requerimento de um terço de seus
membros, para apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público para que este
promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
Art. 26. As comissões especiais de inquérito, que terão poderes de
investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos
no Regimento Interno, serão criadas pela Câmara mediante requerimento
de um terço de seus membros, para apuração de fato determinado e por
prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao
Ministério Público para que este promova a responsabilidade civil ou
criminal dos infratores.
§ 1° Para exercícios de suas funções é fixado em 07 (sete) dias o prazo
para que os órgãos da Administração direta e indireta do Município,
empresas, concessionários ou particulares que contratem com a
administração, quando requeridos, forneçam certidões e encaminhem os
documentos requisitados.
§ 2° Poderão ser requeridos documentos originais ou cópias para
Comissão Parlamentar de Inquérito, inclusive aqueles protegidos por
sigilo.
§ 3° Em caso de diligência os documentos requisitados deverão ser
disponibilizados de imediato, salvo impossibilidade técnica, onde se
observará o §1º.
§ 4° A negativa em prestar informações ou encaminhar os documentos
requisitados poderá implicar:
I - ao Prefeito, infração político-administrativa nos termos do art. 4º, incisos
I, II e III, do Decreto-Lei nº 201, de 27 de fevereiro de 1967;
II - aos Secretários Municipais, Dirigentes, Diretores e Superintendentes de
órgãos da administração pública municipal, as responsabilizações
previstas no art. 20, XVI, da Constituição do Estado de São Paulo;
III - aos servidores públicos municipais, a responsabilização por
inobservância de dever funcional mencionada no art. 160 do Estatuto dos
Servidores Públicos Municipais de Sorocaba, Lei Municipal nº 3.800, de 2
de dezembro de 1991.
§ 5° Será ainda responsabilizado aquele que fornecer informações e/ou
documentos incompletos, danificados ou alterados, que dificultem ou
prejudiquem as investigações, nos termos dos incisos do §4º. (Redação
dada pela ELOM nº 57, de 06 de novembro de 2018)
Art. 27. Qualquer entidade da sociedade civil poderá solicitar ao Presidente da
Câmara que lhe permita emitir conceitos ou opiniões, junto às comissões, sobre
projetos que nelas se encontrem para estudo.
Parágrafo único. O Presidente da Câmara enviará o pedido ao Presidente da
respectiva comissão, a quem caberá deferir ou indeferir o requerimento,
indicando, se for o caso, dia e hora para o pronunciamento e seu tempo de
duração.
Seção VI
Da Remuneração dos Agentes Políticos
Art. 28. A remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, será
fixada pela Câmara Municipal no último ano da legislatura, até trinta dias antes
das eleições municipais, vigorando para a legislatura seguinte, observado o
disposto na Constituição Federal.
Art. 28. Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Secretários e, dos
Vereadores, serão fixados pela Câmara Municipal em cada legislatura para
a subseqüente, observado o disposto na Constituição Federal. (Redação
dada pela ELOM n. 22, de 05 de dezembro de 2006)
Art. 29. A remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores será
fixada determinando-se o valor em moeda corrente no País, vedada qualquer
vinculação.
§ 1º A remuneração de que trata este artigo será atualizada pelo índice de
inflação, com a periodicidade estabelecida do decreto legislativo e na resolução
fixadores.
§ 2º A remuneração do Prefeito será composta de subsídios e verba de
representação, não podendo ser inferior à remuneração de qualquer servidor.
§ 3º A verba de representação do Vice-Prefeito não poderá exceder à metade
da que for fixada para o Prefeito Municipal.
§ 4º A remuneração dos Vereadores será dividida em parte fixa e parte variável,
vedados acréscimos a qualquer título.
Art. 29. A remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores será
fixada em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória. (Redação dada pela ELOM n. 14, de 04 de maio de 2004)
Parágrafo único. O subsídio dos Vereadores será fixado segundo os limites
máximos estabelecidos na Constituição Federal. (Redação dada pela ELOM
n. 14, de 04 de maio de 2004)
Art. 30. A remuneração dos Vereadores terá como limite máximo o valor
percebido como remuneração pelo Prefeito Municipal.
Art. 31. Poderá ser prevista remuneração para as sessões extraordinárias,
desde que observado o limite fixado no artigo anterior.
Art. 32. A não fixação da remuneração do Prefeito Municipal, do Vice-Prefeito e
dos Vereadores, até a data prevista nesta Lei Orgânica, implicará na suspensão
do pagamento da remuneração dos Vereadores pelo restante do mandato.
Parágrafo único. No caso da não fixação, prevalecerá a remuneração do mês de
dezembro do último ano da legislatura, sendo este valor atualizado
monetariamente pelo índice oficial.
Seção VII
Das Atribuições da Câmara Municipal
Art. 33. Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, legislar sobre as
matérias de competência do Município, especialmente no que se refere ao
seguinte:
I - assuntos de interesse local, inclusive suplementando a legislação federal e a
estadual, notadamente no que diz respeito:
a) à saúde, à Assistência pública e à proteção e garantia das pessoas portadoras
de deficiência;
b) à proteção de documentos, obras e outros bens de valor histórico, artístico e
cultural, como os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios
arqueológicos do Município;
c) a impedir a evasão, destruição e descaracterização de obras de arte e outros
bens de valor histórico, artístico e cultural do Município;
d) à abertura de meios e acesso à cultura, à educação e à ciência;
e) à proteção ao meio ambiente e ao combate à poluição;
f) ao incentivo à indústria e ao comércio e à criação de distritos industriais;
g) ao fomento da produção agropecuária e à organização do abastecimento
alimentar;
h) à promoção de programas de construção de moradias, melhorando as
condições habitacionais e de saneamento básico;
i) ao combate às causas da pobreza e aos fatores de marginalização,
promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
j) ao registro, ao acompanhamento e à fiscalização das concessões de pesquisa
e exploração dos recursos hídricos e minerais em seu território;
l) à cooperação com a União e o Estado, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e do bem-estar, atendidas as normas fixadas em lei
complementar federal;
m) ao uso e ao armazenamento dos agrotóxicos, seus componentes e afins;
n) às políticas públicas do Município;
o) ao estabelecimento e à implantação da política de educação para o transito.
II - tributos municipais, bem como autorizar isenções e anistias fiscais e a
remissão de dívidas;
III - orçamento anual, plano plurianual e diretrizes orçamentárias, bem como
autorizar a abertura de créditos suplementares e especiais;
IV - obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito, bem como
sobre a forma e os meios de pagamento;
V - concessão de auxílios e subvenções;
VI - concessão e permissão de serviços públicos;
VII - concessão de direito real de uso de bens municipais;
VIII - alienação e concessão de bens imóveis;
IX - aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargo;
X - criação, alteração e extinção de cargos, empregos e funções públicas e
fixação da respectiva remuneração;
XI - Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
XII - denominação de próprios, vias e logradouros públicos e suas
alterações; (ADIN nº 2182767-79.2017.8.26.000 - Recurso Extraordinário
1.151.237 São Paulo, declara constitucional este inciso)
XIII - guarda municipal destinada a proteger bens, serviços e instalações do
Município;
XIV - ordenamento, parcelamento, uso e ocupação do solo urbano;
XV - organização e prestação de serviços públicos;
Art. 34. Compete à Câmara Municipal, privativamente, entre outras, as
seguintes atribuições:
I - eleger sua Mesa Diretora, bem como destituída na forma desta Lei Orgânica
e do Regimento Interno;
II - elaborar o seu Regimento Interno;
III - fixar a remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores,
observando se o disposto no inciso V do art. 29 da Constituição Federal e o
estabelecido nesta Lei Orgânica;
IV - exercer, com o auxilio do Tribunal de Contas ou órgão estadual competente,
a fiscalização financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município;
V - julgar as contas anuais do Município e apreciar os relatórios sobre a execução
dos planos de Governo;
VI - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
VII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação,
transformação ou extinção de cargos, empregos e funções de seus serviços e
fixar a respectiva remuneração;
VIII - autorizar o Prefeito a se ausentar do Município, quando a ausência exceder
a 15 (quinze) dias;
IX - mudar temporariamente a sua sede;
X - fiscalizar e controlar, diretamente, os atos do Poder Executivo, incluídos os
da Administração indireta e fundacional;
XI - proceder à tomada de contas do Prefeito Municipal, quando não
apresentadas à Câmara dentro do prazo de 60 (sessenta) dias após a abertura
da sessão legislativa;
XII - processar e julgar os Vereadores, na forma desta Lei Orgânica;
XIII - representar ao órgão competente do Ministério Público, mediante
aprovação de dois terços dos seus membros, contra o Prefeito, o Vice-Prefeito
e Secretários Municipais, pela prática de crime contra a Administração Pública
de que tiver conhecimento;
XIV - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, conhecer de sua renúncia e
afastá-los definitivamente do cargo, nos termos previstos em lei;
XV - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores para
afastamento do cargo;
XVI - criar comissões especiais de inquéritos sobre fato determinado que se
inclua na competência da Câmara Municipal, sempre que o requerer pelo menos
um terço dos membros da Câmara;
XVII - convocar os Secretários Municipais, para prestar informações sobre
matéria de sua competência;
XVII - convocar Secretários Municipais ou quaisquer titulares de órgãos da
administração pública indireta e fundacional para prestar, pessoalmente,
informações sobre assuntos previamente determinados, no prazo de 15 (quinze)
dias, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificativa;
(Redação dada pela ELOM n. 25, de 16 de abril de 2009)
XVII – convocar os Secretários Municipais ou quaisquer titulares de órgãos
da administração pública direta, indireta e fundacional, representantes
legais de concessionárias, permissionárias ou de pessoas jurídicas que
mantenham vínculo contratual com o Poder Público, para prestar,
pessoalmente e no prazo de 15 (quinze) dias, informações sobre assuntos
previamente determinados, importando a ausência sem justificativa em
crime de responsabilidade para as autoridades públicas e de
desobediência para os demais; (Redação dada pela ELOM n. 44, de 05 de
novembro de 2015, a qual tem as expressões "representantes legais de
concessionárias, permissionárias ou de pessoas jurídicas que mantenham
vínculo contratual com o Poder Público”, “e no prazo de 15 (quinze) dias”,
bem como, “importando a ausência sem justificativa em crime de
responsabilidade para as autoridades públicas e de desobediência para os
demais” declaradas inconstitucionais pela ADIN nº 2078901-
89.2016.8.26.0000) (30 dias de acordo com a Constituição do Estado de São
Paulo)
XVIII - solicitar informações ao Prefeito Municipal sobre assuntos referentes à
Administração;
XIX - autorizar referendo e convocar plebiscito;
XX - decidir sobre a perda de mandato de Vereador, por voto secreto e maioria
absoluta, nas hipóteses previstas nesta Lei Orgânica;
XX - decidir sobre a perda de mandato de Vereador, pelo voto da maioria
absoluta dos Vereadores, nas hipóteses previstas nesta Lei Orgânica;
(Redação dada pela ELOM n. 09, de 24 de maio de 2001)
XXI - conceder título honorífico a pessoas que tenham reconhecidamente
prestado serviços ao Município, mediante decreto legislativo aprovado pela
maioria de dois terços de seus membros.
§ 1° É fixado em 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período, desde que
solicitado e devidamente justificado, o prazo para que os responsáveis pelos
órgãos da Administração direta e indireta do Município prestem as informações
e encaminhem os documentos requisitados pela Câmara Municipal na forma
desta Lei Orgânica.
§ 2° O não atendimento no prazo estipulado no parágrafo anterior faculta ao
Presidente da Câmara solicitar, na conformidade da legislação vigente, a
intervenção do Poder Judiciário para fazer cumprir a legislação.
§ 3° Para assessoramento em matérias especializadas, a Câmara Municipal
Poderá contratar, temporária ou permanentemente, o trabalho de técnicos.
Seção VIII
Do Processo Legislativo
Subseção I
Disposição Geral
Art. 35. O processo legislativo municipal compreende a elaboração de:
I - emendas à Lei Orgânica Municipal;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Subseção II
Das Emendas à Lei Orgânica Municipal
Art. 36. A Lei Orgânica Municipal poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;
II - do Prefeito Municipal;
III - de iniciativa popular.
§ 1° A proposta de emenda à Lei Orgânica Municipal será discutida e votada em
dois turnos de discussão e votação, considerando-se aprovada quando obtiver,
em ambos, dois terços dos votos dos membros da Câmara.
§ 2° A emenda à Lei Orgânica Municipal será promulgada pela Mesa da Câmara
com o respectivo número de ordem.
Subseção III
Das Leis
Art. 37. A iniciativa das leis ordinárias cabe a qualquer Vereador ou comissão
da Câmara, do Prefeito Municipal e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos
nesta Lei Orgânica.
Art. 38. Compete privativamente ao Prefeito Municipal a iniciativa das leis que
versem sobre:
I - regime jurídico dos servidores;
II - criação de cargos, empregos e funções na Administração direta e autárquica
do Município, ou aumento de sua remuneração;
III - orçamento anual, diretrizes orçamentárias e plano plurianual;
IV - criação, estruturação e atribuições dos órgãos da Administração direta do
Município.
Art. 39. A iniciativa popular será exercida pela apresentação, à Câmara
Municipal, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 5% (cinco por cento) dos
eleitores inscritos no Município, contendo assunto de interesse especifico do
Município, da cidade ou de bairros.
§ 1° A proposta popular deverá ser articulada, exigindo-se, para o seu
recebimento pela Câmara, a identificação dos assinantes, mediante indicação
do número do respectivo título eleitoral, bem como a certidão expedida pelo
órgão eleitoral competente, contendo a informação do número total de eleitores
do Município.
§ 2° A tramitação dos projetos de lei de iniciativa popular obedecerá às normas
relativas ao processo legislativo.
Subseção IV
Das Deliberações
Art. 40. A discussão e a votação da matéria constante da Ordem do Dia só
poderão ser efetuadas com a presença da maioria absoluta dos membros da
Câmara.
§ 1° A aprovação da matéria em discussão, salvo as exceções previstas nos
parágrafos seguintes, dependerá do voto favorável da maioria dos Vereadores
presentes à sessão.
§ 2° Dependerão do voto favorável da maioria absoluta dos membros da
Câmara a aprovação e as alterações das seguintes matérias:
1. Código Tributário do Município;
2. Código de Obras ou de Edificações;
3. Estatuto dos Servidores Municipais;
4. Regimento Interno da Câmara;
5. criação de cargos e aumento de vencimentos de servidores;
6. rejeição do veto;
7. Lei Complementar.
8. concessão de título de cidadão honorário ou qualquer outra honraria ou
homenagem. (Acrescido pela ELOM n. 24, de 06 de dezembro de 2007)
§ 3° Dependerão do voto favorável de dois terços dos membros da Câmara:
1. As leis concernentes à:
a) aprovação e alteração do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
b) zoneamento urbano e parcelamento do solo;
c) concessão de serviços públicos;
d) concessão de direito real de uso;
e) alienação de bens imóveis;
f) aquisição de bens imóveis por doação com encargo;
g) alteração de denominação de próprios, vias e logradouros públicos;
h) obtenção de empréstimo de particular; e
i) concessão de isenção, remissão ou anistia de tributos municipais.
2. realização de sessão secreta;
3. rejeição do projeto de lei orçamentária;
4. rejeição de parecer prévio do Tribunal de Contas;
5. concessão de título de cidadão honorário ou qualquer outra honraria ou
homenagem. (Revogado pela ELOM n. 24, de 06 de dezembro de 2007)
6. aprovação da representação solicitando a alteração do nome do município;
7. destituição de componentes da Mesa.
§ 4° O Vereador que tiver interesse pessoal na deliberação não poderá votar,
sob pena de nulidade da votação, se o seu voto for decisivo.
§ 5° O voto será sempre público nas deliberações da Câmara, salvo no
julgamento de seus pares, do Prefeito e do Vice-Prefeito e na apreciação do
veto.
§ 5° O voto será sempre público nas deliberações da Câmara. (Redação
dada pela ELOM n. 09, de 24 de maio de 2001)
Art. 41. As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito Municipal, que deverá
solicitar a delegação à Câmara Municipal.
§ 1° Não serão objeto de delegação os atos de competência privativa da
Câmara Municipal e a legislação sobre planos plurianuais, orçamentos e
diretrizes orçamentárias.
§ 2° A delegação ao Prefeito Municipal terá a forma de decreto legislativo da
Câmara Municipal, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
§ 3° Se o decreto legislativo determinar a apreciação da lei delegada pela
Câmara, esta o fará em votação única, vedada qualquer emenda.
Art. 42. O Prefeito Municipal, em caso de calamidade pública, poderá adotar a
medida provisória, com força de lei, para abertura de crédito extraordinário,
devendo submetê-la de imediato à Câmara Municipal, que, estando em recesso,
será convocada extraordinariamente para se reunir no prazo de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único. A medida provisória perderá a eficácia, desde a edição, se não
for convertida em lei no prazo de 30 (trinta) dias, a partir de sua publicação,
devendo a Câmara Municipal disciplinar as relações jurídicas dela decorrentes.
Art. 43. Não será admitido aumento da despesa prevista:
I - nos projetos de iniciativa popular e nos de iniciativa exclusiva do Prefeito
Municipal, ressalvados, neste caso, os projetos de leis orçamentárias;
II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara
Municipal.
Art. 44. O Prefeito poderá enviar à Câmara projetos de lei sobre qualquer
matéria, os quais, se assim o solicitar, deverão ser apreciados dentro de noventa
dias a contar do recebimento.
§ 1° Se o Prefeito julgar urgente a medida poderá solicitar que a apreciação do
projeto se faça em quarenta e cinco dias.
§ 2° A fixação de prazo deverá sempre ser expressa e poderá ser feita depois
da remessa do projeto, em qualquer fase de seu andamento, considerando-se a
data do recebimento desse pedido como seu termo inicial.
§ 3° Na falta de deliberação dentro dos prazos previstos no "caput" e parágrafos
anteriores deste artigo, o projeto será incluído na ordem do dia, sobrestando-se
a deliberação quanto aos demais assuntos, até que se ultime a votação.
§ 4° Os prazos fixados neste artigo não correm nos períodos de recesso da
Câmara.
§ 5° O disposto neste artigo não é aplicável à tramitação dos projetos de
codificação.
Art. 45. Todo e qualquer projeto de iniciativa do Prefeito, versando sobre matéria
tributária, somente será objeto de deliberação se for enviado até 30 de setembro
do respectivo ano.
Art. 45. Todo e qualquer projeto de iniciativa do Prefeito, versando sobre
matéria tributária, somente será objeto de deliberação se for enviado até 30
de novembro do respectivo ano. (Redação dada pela ELOM n. 19, de 10 de
novembro de 2005)
Art. 46. O projeto de lei aprovado pela Câmara será, no prazo de 10 (dez) dias
úteis, enviado pelo seu Presidente ao Prefeito Municipal que, concordando, o
sancionará no prazo de 15 (quinze) dias úteis.
§ 1° Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias úteis, o silêncio do Prefeito Municipal
importará em sanção.
§ 2° Se o Prefeito Municipal considerar o projeto, no todo ou em parte,
inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente,
no prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados da data do recebimento, e
comunicará, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente da Câmara, os
motivos do veto.
§ 3° O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de
inciso ou de alínea.
§ 4° O veto será apreciado no prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados do seu
recebimento, com parecer ou sem ele, em uma única discussão e votação.
§ 5° O veto será rejeitado por maioria absoluta dos membros da Câmara,
mediante votação secreta.
§ 5° O veto será rejeitado por maioria absoluta dos membros da
Câmara. (Redação dada pela ELOM n. 09, de 24 de maio de 2001)
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo previsto no § 4° deste artigo, o veto será
colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais
proposições até sua votação final, exceto medida provisória.
§ 7° Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito Municipal, em 48
(quarenta e oito) horas, para promulgação.
§ 8° Se o Prefeito Municipal não promulgar a lei nos prazos previstos, e ainda
no caso de sanção tácita, o Presidente da Câmara a promulgará, e, se este não
o fizer no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, caberá ao Vice-Presidente
obrigatoriamente fazê-lo.
§ 9º A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada pela
Câmara.
§ 10. As Leis promulgadas com base no caput e no § 8º deste artigo serão
publicadas, por afixação, meio eletrônico ou sistema impresso,
acompanhadas das respectivas mensagens, se do Executivo, ou
justificativas, se do Legislativo. Acrescido pela ELOM nº 29, de 11 de maio
de 2010)
Art. 47. A resolução destina-se a regular matéria político-administrativa da
Câmara, de sua competência exclusiva, não dependendo de sanção ou veto do
Prefeito Municipal.
Art. 48. O decreto legislativo destina-se a regular matéria de competência
exclusiva da Câmara que produza efeitos externos, não dependendo de sanção
ou veto do Prefeito Municipal.
Art. 49. O processo legislativo das resoluções e dos decretos legislativos se dará
conforme determinado no Regimento Interno da Câmara, observado, no que
couber, o disposto nesta Lei Orgânica.
Seção IX
Das Sessões
Art. 50. A Sessão Legislativa anual, desenvolve-se de 1° de fevereiro a 30 de
junho, e de 1º de agosto a 5 de dezembro, independentemente de convocação.
Art. 50. As Sessões Legislativas desenvolver-se-ão, anualmente, de 1° de
fevereiro a 15 de julho, e de 1º de agosto a 15 de dezembro,
independentemente de convocações. (Redação dada pela ELOM n. 10, de
09 de outubro de 2001)
§ 1° As reuniões marcadas para as datas estabelecidas no “caput” serão
transferidas para o primeiro dia útil subsequente quando recairem em sábados,
domingos ou feriados.
§ 2° A Câmara Municipal reunir-se-á em sessões ordinárias, extraordinárias,
solenes e secretas, conforme dispuser o seu Regimento Interno, e as
remunerará de acordo com o estabelecido nesta Lei Orgânica e na legislação
específica.
Art. 51. As sessões da Câmara Municipal deverão ser realizadas em recinto
destinado ao seu funcionamento, considerando-se nulas as que se realizarem
fora dele.
§ 1° Comprovada a impossibilidade de acesso àquele recinto ou outra causa
que impeça a sua utilização, poderão ser realizadas sessões em outro local, por
decisão da Mesa da Câmara.
§ 2° As sessões solenes poderão ser realizadas fora do recinto da Câmara.
Art. 52. As sessões somente poderão ser abertas pelo Presidente da Câmara
ou por outro membro da Mesa, ou ainda, pelo Vereador presente mais idoso,
com a presença mínima da maioria absoluta dos seus membros.
Parágrafo único. Considerar-se-á presente à Sessão o Vereador que assinar o
livro ou as folhas de presença até o início da ordem do dia e participar das
votações.
Parágrafo único. Considerar-se-á presente à Sessão o Vereador que responder
à segunda chamada e assinar o livro de presença posteriormente.(Redação
dada pela ELOM n. 18, de 23 de agosto de 2005)
Art. 52. As sessões somente poderão ser abertas pelo Presidente da
Câmara ou por outro membro da Mesa, ou ainda, pelo Vereador com maior
número de Legislaturas, com a presença mínima da maioria absoluta dos
seus membros. (Redação dada pela ELOM n. 24, de 06 de dezembro de
2007)
Parágrafo único. Considerar-se-á presente à Sessão o Vereador que
responder à chamada e assinar o livro de presença. (Redação dada pela
ELOM n. 24, de 06 de dezembro de 2007)
Art. 53. A convocação extraordinária da Câmara Municipal dar-se-á:
I - pelo Prefeito Municipal, quando este a entender necessária;
II - pela Mesa da Câmara;
III - a requerimento da maioria absoluta dos membros da Câmara.
IV - por convocação popular, através de requerimento dirigido para o Presidente
da Câmara e subscrito por 5% (cinco por cento) de eleitores cadastrados no
Município, respeitando identificação, domicilio e demais informações sobre os
subscritores.
Parágrafo único. §1º Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Municipal
deliberará somente sobre a matéria para a qual foi convocada. (Parágrafo único
renumerado pela ELOM nº 52, de 14 de dezembro de 2017)
§2º Nas hipóteses dos incisos I, III e IV caberá à Mesa da Câmara a
designação do dia e hora para a realização da Sessão Extraordinária.
(Parágrafo acrescido pela ELOM nº 52, de 14 de dezembro de 2017)
§3º A realização da Sessão Extraordinária prevista no § 2º deste artigo
deverá ocorrer no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da
convocação do Prefeito. (Parágrafo acrescido pela ELOM nº 52, de 14 de
dezembro de 2017)
CAPÍTULO III
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
Do Prefeito Municipal
Art. 54. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, com funções políticas,
executivas e administrativas.
§ 1º O Prefeito Municipal será auxiliado por Secretários Municipais que
serão escolhidos dentre brasileiros maiores de 21 (vinte e um) anos de
idade e que estejam no exercício de seus direitos políticos. (Acrescido pela
ELOM n. 06, de 03 de julho de 1998)
§ 2º Compete ao Secretário Municipal, além das atribuições previstas na
Lei Orgânica do Município, as seguintes: (Acrescido pela ELOM n. 06, de
03 de julho de 1998)
I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades
da administração municipal, na área de sua competência; (Acrescido pela
ELOM n. 06, de 03 de julho de 1998)
II - referendar os atos e decretos assinados pelo Prefeito, pertinentes a sua
área de competência; (Acrescido pela ELOM n. 06, de 03 de julho de 1998)
III - apresentar ao Prefeito relatório semestral de sua gestão na Secretaria
e enviá-lo a Câmara Municipal de Sorocaba; (Acrescido pela ELOM n. 06,
de 03 de julho de 1998)
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas
ou delegadas pelo Prefeito; (Acrescido pela ELOM n. 06, de 03 de julho de
1998)
V - expedir instruções para execução das Leis, regulamentos e decretos.
(Acrescido pela ELOM n. 06, de 03 de julho de 1998)
§ 3º Os Secretários Municipais serão nomeados em comissão, farão
declaração pública de bens no ato da posse e no término do exercício do
cargo. (Acrescido pela ELOM n. 06, de 03 de julho de 1998)
Art. 55. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse no dia 1° de janeiro do ano
subseqüente à eleição, em sessão solene da Câmara Municipal, ocasião em que
prestarão o seguinte compromisso:
"PROMETO EXERCER COM DEDICAÇÃO E LEALDADE O MEU MANDATO,
RESPEITANDO A LEI E PROMOVENDO O BEM GERAL DO MUNICÍPIO"
§ 1° Se até o dia 10 (dez) de janeiro o Prefeito e o Vice-Prefeito, salvo motivo
de força maior devidamente comprovado e aceito pela Câmara Municipal, não
tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
§ 2° Enquanto não ocorrer a posse do Prefeito, assumirá o cargo o Vice-Prefeito,
e, na falta ou impedimento deste, o Presidente da Câmara Municipal.
§ 3° No ato da posse e ao término do mandato, o Prefeito e o Vice-Prefeito farão
declaração pública de seus bens, a qual será transcrita em livro próprio,
resumida em ata.
§ 4° O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pela
legislação local, auxiliará o Prefeito sempre que for ele convocado para missões
especiais, o substituirá nos casos de licença e o sucederá no caso de vacância
do cargo.
Art. 56. Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacância
dos respectivos cargos, será chamado ao exercício do cargo de Prefeito o
Presidente da Câmara Municipal.
Parágrafo único. A recusa do Presidente em assumir a Prefeitura implicará em
perda do cargo que ocupa na Mesa Diretora.
Art. 57. O Prefeito e o Vice-Prefeito não poderão, desde a posse, sob pena de
perda de mandato:
I - firmar ou manter contrato com o Município ou com suas autarquias, empresas
públicas, sociedades de economia mista, fundações ou empresas
concessionárias ou permissionárias de serviço público municipal, salvo quando
obedecer a cláusulas uniformes;
II - aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de
que seja demissível ad nutum, na Administração Pública direta ou indireta,
ressalvada a posse em virtude de concurso público, aplicando-se, nesta
hipótese, o disposto no art. 38 da Constituição Federal;
III - ser titular de mais de um mandato eletivo;
IV - patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades
mencionadas no inciso I deste artigo;
V - ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor
decorrente de contrato celebrado com o município ou nela exercer função
remunerada;
VI - fixar residência fora do Município.
Art. 58. O Prefeito não poderá ausentar-se do Município, sem licença da Câmara
Municipal, sob pena de perda do mandato, salvo por período inferior a 15
(quinze) dias.
Art. 59. O Prefeito poderá licenciar-se quando impossibilitado de exercer o
cargo, por motivo de saúde devidamente comprovado.
Parágrafo único. No caso deste artigo e de ausência em missão oficial, o Prefeito
licenciado fará jus à sua remuneração integral.
Art. 60. O Prefeito Municipal será julgado, nos crimes comuns, perante o
Tribunal de Justiça do Estado.
Seção II
Das Atribuições do Prefeito
Art. 61. Compete privativamente ao Prefeito:
I - representar o Município em juízo e fora dele;
II - exercer a direção superior da Administração Pública Municipal;
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei
Orgânica;
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara e
expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI - enviar à Câmara Municipal o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e
o orçamento anual do Município;
VII - editar medidas provisórias, na forma desta Lei Orgânica;
VIII - dispor sobre a organização e o funcionamento da Administração municipal,
na forma da lei;
IX - remeter mensagem e plano de governo à Câmara Municipal por ocasião da
abertura da sessão legislativa, expondo a situação do Município e solicitando as
providências que julgar necessárias;
X - prestar, anualmente, à Câmara Municipal, dentro do prazo legal, as contas
do Município referentes ao exercício anterior;
XI - prover e extinguir os cargos, os empregos e as funções públicas municipais,
na forma da lei;
XII - decretar, nos termos legais, desapropriação por necessidade ou utilidade
pública ou por interesse social;
XIII - celebrar convênios com entidades públicas ou privadas para a realização
de objetivos de interesse do Município, na forma da lei;
XIV - prestar à Câmara, dentro de 15 (quinze) dias, as informações solicitadas,
podendo o prazo ser prorrogado, a pedido, pela complexidade da matéria ou pela
dificuldade de obtenção dos dados solicitados;
XIV - prestar à Câmara, dentro de 07 (sete) dias, as informações solicitadas,
podendo o prazo ser prorrogado, a pedido, pela complexidade da matéria ou pela
dificuldade de obtenção dos dados solicitados; (Redação dada pela ELOM nº 45,
de 10 de dezembro de 2015) (Julgada improcedente a ADIN nº 2021616-
41.2016.8.26.0000)
XIV - prestar à Câmara, dentro de 15 (quinze) dias, as informações solicitadas,
podendo o prazo ser prorrogado, a pedido, pela complexidade da matéria ou pela
dificuldade de obtenção dos dados solicitados. (Redação dada pela ELOM nº 49,
de 07 de fevereiro de 2017)
XIV – prestar à Câmara, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, as informações
solicitadas, podendo o prazo ser prorrogado por apenas uma única vez, em
razão da complexidade da matéria ou pela dificuldade de obtenção dos dados
solicitados, ou, de ofício, pelo Presidente da Câmara; (Redação dada pela ELOM
nº 50, de 09 de março de 2017)
XIV – prestar à Câmara, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, as informações
solicitadas, referenciando-as pontualmente a cada questionamento
realizado, podendo o prazo ser prorrogado por apenas uma única vez, em
razão da complexidade da matéria ou pela dificuldade de obtenção dos
dados solicitados, ou, de ofício, pelo Presidente da Câmara. (Redação dada
pela ELOM nº 55/2018)
XV - publicar, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, relatório
resumido da execução orçamentária;
XVI - entregar à Câmara Municipal, até o dia vinte de cada mês, recursos
correspondentes às suas dotações orçamentárias;
XVII - solicitar o auxílio das forças policiais para garantir o cumprimento de seus
atos, bem como fazer uso da guarda municipal, na forma da lei;
XVIII - decretar calamidade pública quando ocorrerem fatos que a justifiquem;
XIX - convocar extraordinariamente a Câmara;
XX - requerer à autoridade competente a prisão administrativa de servidor
público municipal omisso ou remisso na prestação de contas dos dinheiros
públicos;
XXI - superintender a arrecadação dos tributos e preços, bem como a guarda e
a aplicação da receita, autorizando as despesas e os pagamentos, dentro das
disponibilidades orçamentárias ou dos créditos autorizados pela Câmara;
XXII - aplicar as multas previstas na legislação e nos contratos ou convênios,
bem como relevá-las quando for o caso;
XXIII - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil e com
membros da comunidade;
XXIV - resolver sobre os requerimentos, as reclamações ou as representações
que lhe forem dirigidos.
§ 1° O Prefeito Municipal poderá delegar as atribuições previstas nos incisos
XIII, XXII e XXIII deste artigo.
§ 1º O Prefeito Municipal poderá delegar as atribuições previstas nos
incisos XIII, XIV, XXII e XXIII deste artigo, sem prejuízo de sua
responsabilidade pessoal pelos atos e omissões praticados pelos seus
prepostos. (Redação dada pela ELOM nº 39, de 18 de março de 2014)
§ 2° O Prefeito Municipal poderá, a qualquer momento segundo seu único
critério, avocar a si a competência delegada.
Seção III
Dos Secretários Municipais
Art. 62. Os Secretários Municipais serão escolhidos dentre brasileiros maiores
de vinte e um (21) anos, portadores de Diploma de nível superior e que estejam
no exercício dos seus direitos políticos.
Art. 63. A Lei disporá sobre a criação, estruturação e atribuições das
Secretarias.
Art. 64. Compete ao Secretário Municipal, além das atribuições que esta Lei
Orgânica Municipal e as Leis estabelecerem:
I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da
administração municipal, na área de sua competência;
II - referendar os atos e decretos assinados pelo Prefeito, pertinentes à sua área
de competência;
III - apresentar ao Prefeito relatório semestral dos serviços realizados na
Secretaria e enviá-los à Câmara;
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou
delegadas pelo Prefeito;
V - expedir instruções para a execução das Leis, regulamentos e decretos;
VI - prestar informações à Câmara Municipal, quando solicitado.
Art. 65. A competência dos Secretários Municipais abrangerá todo o território do
Município, nos assuntos pertinentes às respectivas Secretarias.
Art. 66. Os Secretários serão sempre nomeados em comissão, farão declaração
pública de bens no ato da posse e no término do exercício do cargo, e terão os
mesmos impedimentos dos Vereadores e do Prefeito, enquanto nele
permanecerem. (Acrescido pela ELOM n. 02, de 07 de abril de 1998) (Revogado
pela ELOM n. 06, de 03 de julho de 1998)
Seção III
Da Transição Administrativa
Art. 62. O Prefeito Municipal deverá entregar ao seu sucessor, no prazo de dez
dias contados da proclamação do eleito, e encaminhar em igual prazo à Câmara
Municipal, um relatório da situação da administração municipal que conterá,
entre outras, informações atualizadas sobre:
I - dívidas do Município, por credor, com as datas dos respectivos vencimentos,
inclusive das dívidas a longo prazo e encargos decorrentes de operações de
crédito, informando sobre a cap. cidade da Administração municipal realizar
operações de crédito de qualquer natureza;
II - medidas necessárias à regularização das contas municipais perante o
Tribunal de Contas ou órgão equivalente, se for o caso;
III - prestações de contas de convênios celebrados com organismos da União e
do Estado, bem como do recebimento de subvenções ou auxílios;
IV - situação dos contratos com concessionárias e permissionárias de serviços
públicos;
V- estado dos contrato de obras e serviços em execução ou apenas
formalizados, informando sobre o que foi realizado e pago e o que há por
executar e pagar, com os prazos respectivos;
VI - transferências a serem recebidas da União e do Estado por força de mandato
constitucional ou de convênios;
VII - projetos de lei de iniciativa do Poder Executivo em curso na Câmara
Municipal, para permitir que a nova Administração decida quanto à conveniência
de lhes dar prosseguimento, acelerar seu andamento ou retirá-los;
VIII - situação dos servidores do Município, seu custo, quantidade e órgãos em
que estão lotados e em exercício.
Art. 63. É vedado ao Prefeito Municipal assumir, por qualquer forma,
compromissos financeiros para execução de programas ou projetos após o
término do seu mandato, não previstos na legislação orçamentária.
§ 1° O disposto neste artigo não se aplica nos casos comprovados de
calamidade pública.
§ 2º Serão nulos e não produzirão nenhum efeito os empenhos e atos praticados
em desacordo a este artigo, sem prejuízo da responsabilidade do Prefeito
Municipal.
Seção IV
Da Consulta Popular
Art. 64. O Prefeito Municipal, para decidir sobre assuntos de interesse especifico
do Município, poderá realizar consultas populares.
Art. 65. Para garantir a participação popular serão criados Conselhos
Municipais, com caráter consultivo, na forma de lei especifica.
Art. 65. Para garantir a participação popular serão criados Conselhos
Municipais, com caráter consultivo ou deliberativo, na forma de lei
especifica. (Redação dada pela ELOM n. 01, de 23 de maio de 1997)
TÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 66. A Administração Pública direta, indireta ou fundacional do Município
obedecerá, no que couber, ao disposto no Capítulo VII do Título III da
Constituição Federal e nesta Lei Orgânica.
Art. 67. Os planos de cargos e carreiras do serviço público municipal serão
elaborados de forma a assegurar aos servidores municipais remuneração
compatível para a função respectiva e oportunidade de progresso funcional,
objetivando a profissionalização do funcionalismo público para a prestação de
serviços aos munícipes.
§ 1° O Município proporcionará aos servidores oportunidade de crescimento
profissional, através de programas de formação de mão-de-obra,
aperfeiçoamento e reciclagem.
§ 2° Os programas mencionados no parágrafo anterior terão caráter
permanente, e para tanto, o Município poderá manter convênios com instituições
especializadas.
Art. 68. O Município assegurará a seus servidores e dependentes, na forma da
lei municipal, serviços de atendimento médico, odontológico e de assistência
social.
Parágrafo único. Os serviços referidos neste artigo são extensivos aos
aposentados e aos pensionistas do Município.
Art. 69. O Município deverá instituir contribuição a ser cobrada de seus
servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e
assistência social.
Parágrafo único. A regulamentação do que trata este artigo será feita por lei
especifica.
Art. 70. Os concursos públicos para preenchimento de cargos, empregos ou
funções na Administração Municipal, não poderão ser realizados antes de
decorridos 30 (trinta) dias do encerramento das inscrições, as quais deverão
estar abertas por, pelo menos, 15 (quinze) dias.
Art. 70. Os concursos públicos para preenchimento de cargos, empregos
ou funções na Administração Municipal, não poderão ser realizados antes
de decorridos 15 (quinze) dias do encerramento das inscrições, as quais
deverão estar abertas por, pelo menos, 10 (dez) dias. (Redação dada pela
ELOM n. 23, de 25 de outubro de 2007)
Art. 71. O Município, suas entidades da Administração indireta e fundacional,
bem como as concessionárias e as permissionárias de serviços públicos,
responderão pelos danos que seus agentes, nesta qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de
dolo ou culpa.
CAPÍTULO II
DOS SERVIDORES MUNICIPAIS
Art. 72. O Município instituirá regime jurídico único e planos de carreira para os
servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações
públicas.
§ 1º A Lei assegurará aos servidores da administração direta, isonomia de
vencimentos para cargos e atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder
ou entre servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as
vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.
§ 2º Aplica-se a esses servidores o disposto no art. 7°, IV, VI, VII, VIII, IX, XII,
XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX da Constituição Federal.
Art. 73. A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão, declarado em lei de livre nomeação e
exoneração.
§ 1º Fica assegurado ao servidor público municipal, para ocupar cargo de
Diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, o direito de se afastar
de suas funções durante o tempo em que durar o mandato, recebendo seus
vencimentos e vantagens nos termos da lei.
I - o tempo de mandato será computado para fins de aposentadoria;
II - os vencimentos dos servidores eleitos para mandato sindical serão calculados
sobre o último cargo e/ou função ocupada pelo servidor, inclusive considerando-
se circunstancia do mesmo estar ocupando cargos em comissão.
§ 2º O servidor com mais de 2 (dois) anos de efetivo exercício, que tenha
exercido ou venha a exercer, a qualquer título, cargo ou função que lhe
proporcione remuneração superior a do cargo de que seja titular, ou função para
a qual foi admitido, incorporará um décimo dessa diferença, por ano, até o limite
de dez décimos.
§ 3° Fica assegurado a todo e qualquer servidor ou empregado público
municipal, o percebimento do adicional por tempo de serviço, salário esposa,
sexta-parte e licença prêmio.
Art. 73-A É vedada a nomeação de pessoas que se enquadram nas condições
de inelegibilidade nos termos da Legislação Federal para os cargos de
Secretário Municipal, Dirigentes de Autarquias, Fundações, Empresas Públicas,
Sociedade de Economia Mista e ainda para todos os cargos de livre provimento
dos Poderes Executivo e Legislativo do Município. (Acrescido pela ELOM n. 35,
de 18 de setembro de 2012) (Art. regulamentado pelos Decretos Municipais nº
20.786, de 25 de setembro de 2013 e nº 20.903, de 11 de dezembro de 2013)
Art. 73-A É vedada a nomeação de pessoas que tenham sido condenadas
pela Justiça Criminal ou por improbidade administrativa que importe em
lesão ao erário e enriquecimento ilícito, em decisão proferida por Órgão
Colegiado e com trânsito em julgado para os cargos de Secretário
Municipal, Dirigentes de Autarquias, Fundações, Empresas Públicas,
Sociedade de Economia Mista e ainda para todos os cargos de livre
provimento dos Poderes Executivo e Legislativo do Município. (Redação
dada pela ELOM nº 38, de 13 de fevereiro de 2014)
Art. 74. O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será
computado integralmente para os efeitos de aposentadoria.
Art. 75. Os proventos de aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e
na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em
atividade, sendo também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou
vantagens posteriormente concedidas aos servidores em atividade, inclusive
quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em
que se deu a aposentadoria, na forma da lei.
Art. 76. O Município garantirá proteção especial à servidora pública gestante,
adequando ou mudando temporariamente suas funções, nos tipos de trabalho
comprovadamente prejudiciais à sua saúde e do nascituro.
Art. 77. Os órgãos da administração direta e indireta ficam obrigados a constituir
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - C.I.P.A. e, quando assim o
exigirem suas atividades, Comissão de Controle Ambiental, visando a proteção
da vida, do meio ambiente e das condições de trabalho dos seus servidores.
CAPÍTULO III
DOS ATOS MUNICIPAIS
Art. 78. A publicação das leis e dos atos municipais far-se-á em órgão oficial ou,
não havendo, em órgãos da imprensa local.
§ 1º A publicação dos atos não normativos, pela imprensa, poderá ser resumida.
§ 3º A escolha do órgão de imprensa particular para divulgação dos atos
municipais será feita por meio de licitação em que se levarão em conta, além dos
preços, as circunstâncias de periodicidade, tiragem e distribuição.
§ 3º A escolha do órgão de imprensa particular para divulgação dos atos
municipais será feita por meio de licitação. (Redação dada pela ELOM n.
04, de 22 de junho de 1998)
§ 4º Enquanto a Imprensa Oficial do Município não tiver edições diárias, e
em se tratando de casos de interesse administrativo a juízo do Prefeito, a
publicação das leis e dos atos municipais poderá ser feita com sua afixação
no átrio do Paço Municipal e em qualquer órgão da Imprensa local,
publicando-se na Imprensa Oficial posteriormente. Esta disposição aplica-
se também ao Poder Legislativo, aos atos de seu interesse, a juízo do
Presidente da Câmara. (Acrescido pela ELOM n. 03, de 22 de junho de 1998)
Art. 79. A formalização dos atos administrativos da competência do Prefeito far-
se-á:
I - mediante decreto numerado, em ordem cronológica, quando se tratar de:
a) regulamentação de lei;
b) criação ou extinção de gratificações, quando autorizadas em lei;
c) abertura de créditos especiais e suplementares;
d) declaração de necessidade, de utilidade pública ou de interesse social para
efeito de desapropriação ou servidão administrativa.
e) criação, alteração e extinção de órgãos da Prefeitura, quando autorizada em
lei
f) definição da competência dos órgãos e das atribuições dos servidores da
Prefeitura, não privativas de lei;
g) aprovação de regulamentos e regimentos dos órgãos da Administração direta;
h) aprovação dos estatutos dos órgãos da administração descentralizada;
i) permissão para a exploração de serviços públicos e para uso de bens
municipais, na conformidade da autorização legislativa;
j) aprovação de planos de trabalho dos órgãos da Administração direta;
l) medidas executórias do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
m) estabelecimento de normas de efeitos externos, não privativas de lei.
II - mediante portaria, quando se tratar de:
a) provimento e vacância de cargos públicos e demais atos de efeito individual
relativos aos servidores municipais;
b) lotação e relotação nos quadros de pessoal;
c) criação de comissões e designação de seus membros;
d) instituição e dissolução de grupos de trabalho;
e) autorização para contratação de servidores por prazo determinado e
dispensa, na forma do art. 37, IX da Constituição Federal;
f) abertura de sindicâncias e processos administrativos e aplicação de
penalidades;
g) outros atos que, por sua natureza ou finalidade não sejam objeto de lei ou
decreto.
Parágrafo único. Poderão ser delegados os atos constantes do item II deste
artigo.
CAPÍTULO IV
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS
Art. 80. Compete ao Município instituir os seguintes tributos:
I - impostos sobre:
a) propriedade predial e territorial urbana;
b) transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis,
por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de
garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição;
c) vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel;
d) serviços de qualquer natureza, definidos em lei complementar.
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos ou divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
Art. 81. A administração tributária é atividade vinculada, essencial ao Município
e deverá estar dotada de recursos humanos e materiais necessários ao fiel
exercício de suas atribuições, principalmente no que se refere a:
I - cadastramento dos contribuintes e das atividades econômicas;
II - lançamento dos tributos;
III - fiscalização do cumprimento das obrigações tributárias;
IV - inscrição dos inadimplentes em dívida ativa e respectiva cobrança amigável
ou encaminhamento para cobrança judicial.
Art. 82. É concedida isenção total do IPTU para os proprietários que possuam
um único imóvel, cuja área do terreno não ultrapasse 125 m2, e a área construída
no ultrapasse a 70 m2.
Parágrafo único. Será concedido índice menor nas alíquotas do IPTU para os
imóveis com terreno medindo até 250 m2 e cuja área construída não ultrapasse
a 80m2.
Art. 83. O Prefeito Municipal promoverá, periodicamente, a atualização da base
de cálculo dos tributos municipais, mediante autorização legislativa.
Art. 84. A concessão de isenção e de anistia de tributos municipais dependerá
de autorização legislativa, aprovada por maioria de dois terços dos membros da
Câmara Municipal.
§ 1° Ficam isentos do pagamento do imposto predial e territorial urbano o
aposentado ou o pensionista, cujos proventos não ultrapassem dois (2) salários
mínimos e que possua uma única propriedade, e nas mesmas condições os
portadores de hanseníase.
§ 1° Ficam isentos do pagamento do imposto predial e territorial urbano o
aposentado ou o pensionista, cujos proventos não ultrapassem dois (2) salários
mínimos e que possua uma única propriedade, e nas mesmas condições os
portadores de hanseníase e os deficientes ou idosos com mais de 65 (sessenta
e cinco) anos que estejam em pleno gozo de Benefício de Prestação Continuada
da Assistência Social, nos termos da Lei 8.742/93 – Lei Orgânica da Assistência
Social – LOAS e Decreto nº 6.214/2007 (Redação dada pela ELOM nº 31, de 27
de março de 2012 – Ver seu art. 3º)
§ 1° Ficam isentos do pagamento do imposto predial e territorial urbano o
aposentado ou o pensionista, cujos proventos não ultrapassem dois (2)
salários mínimos e que possua uma única propriedade, e nas mesmas
condições os portadores de hanseníase e os deficientes ou idosos com
mais de 65 (sessenta e cinco) anos que estejam em pleno gozo de Benefício
de Prestação Continuada da Assistência Social, nos termos da Lei 8.742/93
– Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS e Decreto nº 6.214/2007.
(Redação dada pela ELOM n. 37, de 22 de outubro de 2013, com vigência a
partir de 1º de janeiro de 2014)
§ 2° Ficam os clubes varzeanos, sociedades de amigos de bairros, clubes de
serviços e entidades beneficentes, declarados de utilidade pública, isentos do
pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) que incidir sobre o
imóvel de sua sede.
§ 2° Ficam os clubes varzeanos, sociedades de amigos de bairros e clubes
de serviços, declarados de utilidade pública, isentos do pagamento do
Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) que incidir sobre imóvel de sua
sede. (Redação dada pela ELOM n. 20, de 1º de dezembro de 2005)
§ 3º Ficam isentos do pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), para
o ano subsequente ao requerido, os proprietários de imóveis particulares cedidos em
comodato, através de contrato, aos clubes varzeanos, sociedades de amigos de bairro,
clubes de serviços e entidades beneficentes, declarados de utilidade pública, bem como
aqueles utilizados pela comunidade, integralmente ou parcialmente, em atividades
esportivas, mediante comprovação e fiscalização pelo órgão competente. (Acrescido pela
ELOM n. 08, de 10 de novembro de 1998) (Suspenso por inconstitucionalidade pelo
DL nº 522, de 15 de março de 2001)
§ 3º Ficam isentos do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto de
Transmissão de Propriedade "inter vivos" e de Imposto Sobre Serviço de
Qualquer Natureza (ISSQN) os portadores de moléstia grave, consideradas
como tal as doenças profissionais incapacitantes, desde que deferida a
aposentadoria pela invalidez por órgão da previdência social, tuberculose ativa,
alienação mental, esclerose-múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase,
paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
mal de Alzeimer, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados
avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por
radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, desde que comprovadas com
base em conclusão médica especializada, e que possuam uma única
propriedade. (Acrescido pela ELOM nº 15, de 06 de maio de 2004)
§ 3º Ficam isentos do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto de
Transmissão de Propriedade "inter vivos" e de Imposto Sobre Serviço de
Qualquer Natureza (ISSQN) os portadores de moléstia grave, consideradas
como tal as doenças profissionais incapacitantes, desde que deferida a
aposentadoria pela invalidez por órgão da previdência social, tuberculose ativa,
alienação mental, esclerose-múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase,
paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
mal de Alzeimer, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia
grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante),
contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, desde que
comprovadas com base em conclusão médica especializada, e que possuam
uma única propriedade. (Redação dada pela ELOM nº 54, de 07 de agosto de
2018)
§ 3º Ficam isentos do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto
de Transmissão de Propriedade "inter vivos" e de Imposto Sobre Serviço
de Qualquer Natureza (ISSQN) os portadores de moléstia grave,
consideradas como tal as doenças profissionais incapacitantes, desde que
deferida a aposentadoria pela invalidez por órgão da previdência social,
tuberculose ativa, alienação mental, esclerose-múltipla, neoplasia maligna,
cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia
grave, doença de Parkinson, mal de Alzheimer, espondiloartrose
anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da
doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação,
síndrome da imunodeficiência adquirida e doenças raras, desde que
comprovadas com base em conclusão médica especializada, e que
possuam uma única propriedade. (Redação dada pela ELOM nº 56, de 18
de outubro de 2018)
§ 4º Ficam as entidades beneficentes, declaradas de utilidade pública,
isentas do pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) que
incidir sobre imóvel de sua sede, sendo ela própria ou alugada, desde que
apresente documentação que comprove. (Acrescido pela ELOM n. 20, de 1º
de dezembro de 2005)
Art. 85. A remissão de créditos tributários somente poderá ocorrer nos casos de
calamidade pública ou notória pobreza do contribuinte, devendo a lei que a
autorize ser aprovada por maioria de dois terços dos membros da Câmara
Municipal.
Art. 86. A concessão de isenção, anistia ou remissão não gera direito adquirido
e será revogada de ofício sempre que se apure que o beneficiário não satisfazia
ou deixou de satisfazer as condições, não cumpria ou deixou de cumprir os
requisitos para sua concessão.
Art. 87. É de responsabilidade do órgão competente da Prefeitura Municipal a
inscrição em dívida ativa dos créditos provenientes de impostos, taxas,
contribuições de melhoria e multas de qualquer natureza, decorrentes de
infrações à legislação tributária, com prazo de pagamento fixado pela legislação
ou por decisão proferida em processo regular de fiscalização.
Art. 88. Ocorrendo a decadência do direito de constituir o crédito tributário ou a
prescrição da ação de cobrá-lo, abrir inquérito administrativo para apurar as
responsabilidades, na forma da lei.
Parágrafo único. A autoridade municipal, qualquer que seja seu cargo, emprego
ou função, e independentemente do vínculo que possuir com o Município,
responder civil, criminal e administrativamente pela prescrição ou decadência
ocorrida sob sua responsabilidade, cumprindo-lhe indenizar o Município do valor
dos créditos prescritos ou não lançados.
Art. 89. Para obter o ressarcimento da prestação de serviços de natureza
comercial ou industrial ou de sua atuação na organização e exploração de
atividades econômicas, o Município poderá cobrar preços públicos.
Parágrafo único. Os preços devidos pela utilização de bens e serviços municipais
deverão ser fixados de modo a cobrir os custos dos respectivos serviços e ser
reajustados quando se tornarem deficitários.
Art. 90. Lei municipal estabelecerá outros critérios para a fixação de preços
públicos.
CAPÍTULO V
DOS ORÇAMENTOS
Seção I
Disposições Gerais
Art. 91. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§ 1° O plano plurianual compreenderá:
I - diretrizes, objetivos e metas para as ações municipais de execução plurianual;
II - investimentos de execução plurianual;
III - gastos com a execução de programas de duração continuada.
§ 2° As diretrizes orçamentárias compreenderão:
I - as prioridades da Administração Pública Municipal, quer de órgãos da
Administração direta, quer da Administração indireta, com as respectivas metas,
incluindo a despesa de capital para o exercício financeiro subsequente;
II - orientações para a elaboração da lei orçamentária anual;
III - alterações na legislação tributária;
IV - autorização para a concessão de qualquer vantagem ou aumento de
remuneração, criação de cargos ou alterações de estrutura de carreiras, bem
como a demissão de pessoal a qualquer título, pelas unidades governamentais
da Administração direta ou indireta, inclusive as fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público Municipal, ressalvadas as empresas públicas e as
sociedades de economia mista.
§ 3º O orçamento anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal da Administração direta municipal, incluindo os seus fundos
especiais;
II - os orçamentos das entidades de Administração indireta, inclusive nas
fundações instituídas pelo Poder Público Municipal;
III - o orçamento de investimentos das empresas em que o Município, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
IV - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos
a ela vinculadas, da Administração direta ou indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal.
Art. 92. Os planos e programas municipais de execução plurianual ou anual
serão elaborados em consonância com o plano plurianual e com as diretrizes
orçamentárias, respectivamente, e apreciados pela Câmara Municipal.
Art. 92-A É obrigatória a execução orçamentária e financeira da
programação incluída por emendas individuais do Legislativo Municipal
em Lei Orçamentária Anual. (Acrescido pela ELOM nº 42, de 13 de agosto
de 2015)
§1º As emendas individuais ao Projeto de Lei Orçamentária serão
aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da
receita corrente líquida realizada no exercício anterior, sendo que a metade
deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.
(Acrescido pela ELOM nº 42, de 13 de agosto de 2015)
§2º As programações orçamentárias previstas no caput deste artigo não
serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos estritamente
de ordem técnica, nestes casos, serão adotadas as seguintes medidas:
(Acrescido pela ELOM nº 42, de 13 de agosto de 2015)
I - até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, o
Poder Executivo enviará ao Poder Legislativo as justificativas do
impedimento; (Acrescido pela ELOM nº 42, de 13 de agosto de 2015)
II - até 30 (trinta) dias após o término do prazo previstos no inciso I deste
parágrafo, o Poder Legislativo indicará ao Poder Executivo o
remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável;
(Acrescido pela ELOM nº 42, de 13 de agosto de 2015)
III - até 30 de setembro, ou até trinta dias após o prazo previsto no inciso II,
o Poder Executivo encaminhará projeto de lei ao Legislativo Municipal
sobre o remanejamento da programação prevista inicialmente cujo
impedimento seja insuperável; e (Acrescido pela ELOM nº 42, de 13 de
agosto de 2015)
IV - se, até 20 de novembro, ou até trinta dias após o término do prazo
previsto no inciso III, o Legislativo Municipal não deliberar sobre o projeto,
o remanejamento será implementado por ato do Poder Executivo, nos
termos previsto na lei orçamentária. (Acrescido pela ELOM nº 42, de 13 de
agosto de 2015)
§3º Após o prazo previsto no inciso IV do §2º, as programações
orçamentárias previstas no §1º deste artigo não serão consideradas de
execução obrigatória nos casos dos impedimentos justificados na
notificação prevista no inciso I do §2º deste artigo. (Acrescido pela ELOM
nº 42, de 13 de agosto de 2015)
§4º Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento
da execução financeira prevista no §1º deste artigo, até o limite de 0,6%
(seis décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício
anterior. (Acrescido pela ELOM nº 42, de 13 de agosto de 2015)
§5º Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá
resultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na
lei de diretrizes orçamentárias, o montante previsto no §1º deste artigo
poderá ser reduzido em até a mesma proporção da limitação incidente
sobre o conjunto das despesas discricionárias. (Acrescido pela ELOM nº
42, de 13 de agosto de 2015)
§6º Considera-se equitativa a execução das programações de caráter
obrigatório que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas
apresentadas, independente da autoria. (Acrescido pela ELOM nº 42, de 13
de agosto de 2015)
Art. 93. Os orçamentos previstos no § 3º do Art. 91 serão compatibilizados com
o plano plurianual e as diretrizes orçamentárias, evidenciando os programas e
políticas do Governo Municipal.
Seção II
Das Vedações Orçamentarias
Art. 94. São vedados:
I - a inclusão de dispositivos estranhos à previsão da receita e à fixação de
despesa, excluindo-se as autorizações para abertura de créditos adicionais
suplementares e contratações de operações de crédito de qualquer natureza e
objetivo;
II - o início de programas ou projetos não incluídos no orçamento anual;
III - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam
os créditos orçamentário, originais ou adicionais;
IV - realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas
de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou
especiais, aprovados por dois terços dos membros da Câmara Municipal;
V - a vinculação de receita de impostos a órgãos ou fundos especiais, ressalvada
a que se destine à prestação de garantia às operações de crédito por
antecipação de receita;
VI - a abertura de crédito adicionais suplementares ou especiais sem prévia
autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII - a utilização, sem autorização especifica, de recursos do orçamento fiscal e
da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas,
fundações e fundos especiais;
IX - a instituição de fundos especiais de qualquer natureza, sem prévia
autorização legislativa.
§ 1° Os créditos adicionais especiais e extraordinários terão vigência no
exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que,
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subseqüente.
§ 2º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atem der
despesas imprevisíveis e urgentes, decorrentes de calamidade pública.
Seção III
Das Emendas aos Projetos Orçamentários
Art. 95. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais suplementares e
especiais serão apreciados pela Câmara Municipal, na forma do Regimento
Interno.
§ 1º Caberá à comissão da Câmara Municipal:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos de plano plurianual, diretrizes
orçamentárias e orçamento anual e sobre as contas do Município apresentadas
anualmente pelo Prefeito;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas municipais,
acompanhar e fiscalizar as operações resultantes ou não da execução do
orçamento, sem prejuízo das demais comissões criadas pela Câmara Municipal.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão de Orçamento e Finanças,
que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma do Regimento Interno,
pelo Plenário da Câmara Municipal.
§ 3° As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o
modifiquem somente poderão ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de
anulação de despesas, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias para autarquias e fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público Municipal.
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões;
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser
aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.
§ 5° O Prefeito Municipal poderá enviar mensagem à Câmara Municipal para
propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada
a votação, na Comissão de Orçamento e Finanças, da parte cuja alteração é
proposta.
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, de diretrizes orçamentárias e do
orçamento anual serão enviados pelo Prefeito Municipal nos termos de lei
municipal, enquanto não viger a lei complementar de que trata o § 9° do Art. 165
da Constituição Federal.
§ 7º Aplicam-se aos projetos referidos neste artigo, no que não contrariar o
disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto
de lei orçamentária anual ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser
utilizados, conforme o caso, mediante abertura de créditos adicionais
suplementares ou especiais com prévia e específica autorização legislativa.
Seção IV
Da Execução Orçamentária
Art. 96. A execução do orçamento do Município se refletirá na obtenção das
suas receitas próprias, transferidas e outras, bem como na utilização das
dotações consignadas às despesas para a execução dos programas nele
determinados, observado sempre o princípio do equilíbrio.
Art. 97. O Prefeito Municipal fará publicar, até 30 (trinta) dias após o
encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
Art. 98. As alterações orçamentárias durante o exercício se representarão:
I - pelos créditos adicionais;
II - pelos remanejamentos, transferências e transposições de recursos de uma
categoria de programação para outra.
Parágrafo único. O remanejamento, a transferência e a transposição somente se
realizarão quando autorizados em lei específica que contenha a justificativa.
Art. 99. As receitas e as despesas orçamentárias serão movimentadas através
de caixa única, regularmente instituída.
Parágrafo único. A Câmara Municipal poderá ter a sua própria tesouraria, por
onde movimentará os recursos que lhe forem liberados.
Art. 100. As disponibilidades de caixa do município e de suas entidades de
Administração indireta, inclusive dos fundos especiais de fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público Municipal, serão depositadas em instituições
financeiras oficiais.
Parágrafo único. As arrecadações das receitas próprias do Município e de suas
entidades de Administração indireta poderão ser feitas através da rede bancária
privada, mediante convênio.
Art. 101. Poderá ser constituído regime de adiantamento em cada uma das
unidades da Administração direta, nas autarquias, nas fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público Municipal e na Câmara Municipal para ocorrer às
despesas miúdas de pronto pagamento definidas em lei.
Art. 102. A contabilidade do Município obedecerá, na organização do seu
sistema administrativo e informativo e nos seus procedimentos, aos princípios
fundamentais de contabilidade e às normas estabelecidas na legislação
pertinente.
Art. 103. São sujeitos à tomada ou à prestação de contas os agentes da
Administração municipal responsáveis por bens e valores pertencentes ou
confiados à Fazenda Pública Municipal.
§ 1° O tesoureiro do Município, ou servidor que exerça a função, fica obrigado
à apresentação do boletim diário de tesouraria, que será afixado em local próprio
na sede da Prefeitura Municipal.
§ 2º Os demais agentes municipais apresentarão as suas respectivas
prestações de contas até o dia 15 (quinze) do mês subseqüente àquele em que
o valor tenha sido recebido.
Art. 104. A Câmara Municipal poderá ter a sua própria contabilidade.
Seção V
Das Contas Municipais
Art. 105. Até 60 (sessenta) dias após o inicio da sessão legislativa de cada ano,
o Prefeito Municipal encaminhará ao Tribunal Contas do Estado as suas contas
e as da Câmara apresentadas pela Mesa, devendo essas serem entregues até
o dia primeiro de março.
Parágrafo único. As contas se comporão de:
I - demonstrações contábeis, orçamentárias e financeiras da Administração
direta e indireta, inclusive dos fundos especiais e das fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público;
II - demonstrações contábeis, orçamentárias e financeiras consolidadas dos
órgãos da Administração direta com as dos fundos especiais, das fundações e
das autarquias instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal;
III - demonstrações contábeis, orçamentárias e financeiras consolidadas das
empresas municipais;
IV - notas explicativas às demonstrações de que trata este artigo;
V - relatório circunstanciado da gestão dos recursos públicos municipais no
exercício demonstrado.
Art. 106. Os Poderes Executivo e Legislativo manterão, de forma integrada, um
sistema de controle interno, apoiado nas informações contábeis, com objetivos
de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual e a execução
dos programas do Governo Municipal;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à eficiência
da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nas entidades da Administração
municipal, bem como da aplicação de recursos públicos municipais por
entidades de direito privado;
III - exercer o controle dos empréstimos e dos financiamentos, avais e garantias,
bem como dos direitos e haveres do Município.
Seção VI
Do Exame Público das Contas Municipais
Art. 107. As contas do Município ficarão à disposição dos cidadãos durante 60
(sessenta) dias, a partir de 15 (quinze) de abril de cada exercício, no horário de
funcionamento da Câmara Municipal, em local de fácil acesso ao público.
§ 1º A consulta às contas municipais poderá ser feita por qualquer cidadão,
independentemente de requerimento, autorização ou despacho de qualquer
autoridade.
§ 2° A consulta só poderá ser feita no recinto da Câmara e haverá pelo menos
3 (três) cópias à disposição do público.
§ 3º A reclamação apresentada deverá:
I - ter a identificação e a qualificação do reclamante;
II - ser apresentada em 4 (quatro) vias no protocolo da Câmara;
III - conter elementos e provas nas quais se fundamenta o reclamante.
§ 4º As vias da reclamação apresentadas no protocolo da Câmara terão a
seguinte destinação:
I - a primeira via deverá ser encaminhada pela Câmara ao Tribunal de Contas
ou órgão equivalente, mediante ofício;
II - a segunda via deverá ser anexada às contas à disposição do público, pelo
prazo que restar ao exame e apreciação;
III - a terceira via se constituirá em recibo do reclamante e deverá ser autenticada
pelo servidor que a receber no protocolo;
IV - a quarta via será arquivada na Câmara Municipal.
§ 5° A anexação da segunda via, de que trata o inciso II do § 4º deste artigo,
independerá do despacho de qualquer autoridade e deverá ser feita no prazo de
48 (quarenta e oito) horas pelo servidor que a tenha recebido no protocolo da
Câmara, sob pena de suspensão, sem vencimentos, pelo prazo de 15 (quinze)
dias.
CAPÍTULO VI
DOS BENS MUNICIPAIS
Art. 108. Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos
e ações que, a qualquer título, pertençam ao município, cabendo ao Prefeito
Municipal a sua administração, respeitada a competência da Câmara quanto
àqueles utilizados em seus serviços.
Art. 108. Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis,
os resíduos sólido urbanos, os direitos e ações que, a qualquer título,
pertençam ao município, cabendo ao Prefeito Municipal a sua
administração, respeitada a competência da Câmara quanto àqueles
utilizados em seus serviços. (Redação dada pela ELOM nº 41, de 02 de julho
de 2015)
Art. 109. Pertencem ao patrimônio municipal as terras devolutas que se
localizem dentro do raio de oito quilômetros, contados do ponto central da sede
do Município.
Parágrafo único. Integram, igualmente, o patrimônio municipal, as terras
devolutas localizadas dentro do raio de seis quilômetros, contados do ponto
central dos seus antigos Distritos.
Art. 110. Todos os bens municipais deverão ser cadastrados, com a
identificação respectiva, numerando-se os móveis, segundo o que for
estabelecido em regulamento.
Art. 111. A alienação de bens municipais, subordinada à existência de interesse
público devidamente justificado, será sempre precedida de avaliação e
obedecerá às seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência,
dispensada esta nos seguintes casos:
a) doação, devendo constar obrigatoriamente do contrato os encargos do
donatário, o prazo de seu cumprimento e a cláusula de retrocessão, sob pena
de nulidade do ato;
b) permuta.
II - quando móveis, dependerá de licitação, dispensada esta nos seguintes
casos:
a) doação, que será permitida exclusivamente para fins de interesse social;
b) permuta;
c) ações, que serão vendidas em Bolsa.
§ 1º O Município, preferentemente à venda ou doação de seus bens imóveis,
outorgará concessão de direito real de uso, mediante prévia autorização
legislativa e concorrência. A concorrência poderá ser dispensada por lei, quando
o uso se destinar a concessionária de serviço público, a entidades assistências,
ou quando houver relevante interesse público, devidamente justificado.
§ 1º O Município, em relação a seus bens imóveis, poderá valer-se da
venda, doação ou outorga de concessão de direito real de uso, mediante
prévia autorização legislativa e concorrência. A concorrência poderá ser
dispensada por lei, quando o uso se destinar a concessionária de serviço
público, a entidades assistências, ou quando houver relevante interesse
público, devidamente justificado. (Redação dada pela ELOM nº 30, de 25 de
outubro de 2011)
§ 2° A venda aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas urbanas
remanescentes e inaproveitáveis para edificação, resultantes de obra pública,
dependerá apenas de prévia avaliação e autorização legislativa. As áreas
resultantes de modificação de alinhamento serão alienadas nas mesmas
condições, quer sejam aproveitáveis ou não.
Art. 112. A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de
prévia avaliação e autorização legislativa.
Art. 113. O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante
concessão, permissão ou autorização, conforme o caso e o interesse público
exigir.
§ 1° A concessão administrativa dos bens públicos de uso especial e dominiais
dependerá de lei e concorrência, e far-se-á mediante contrato, sob pena de
nulidade do ato. A concorrência poderá ser dispensada, mediante lei, quando o
uso se destinar a concessionária de serviço público, a entidades assistências,
ou quando houver interesse público relevante, devidamente justificado.
§ 2° A concessão administrativa de bens públicos de uso comum somente
poderá ser outorgada para finalidades escolares, de assistência social ou
turísticas, mediante autorização legislativa.
§ 3º A permissão, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita a
título precário, por decreto.
§ 4º A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita por
portaria, para atividades ou usos específicos e transitórios, pelo prazo máximo
de sessenta dias.
§ 5º Fica instituída a concessão de uso especial para fins de moradia,
individual e coletiva, dando-se direito à referida concessão àquele que
possuir como seu, por cinco anos, imóvel público de até 250 m² ou fração
ideal, situado em área urbana, facultando-se ao Poder Público assegurar o
exercício do direito da concessão em outro local, conforme o caso e o
interesse público exigir. (Acrescido pela ELOM n. 13, de 30 de outubro de
2003)
Art. 114. Poderão ser cedidos a particular, para serviços transitórios, máquinas
e operadores da Prefeitura, desde que não haja prejuízo para os trabalhos do
Município, e o interessado recolha previamente a remuneração arbitrada e
assine termo de responsabilidade pela conservação e devolução dos bens
recebidos.
CAPÍTULO VII
DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS
Art. 115. A execução das obras públicas municipais deverá ser sempre
precedida de projeto elaborado segundo as normas técnicas adequadas.
Parágrafo único. As obras públicas poderão ser executadas, diretamente pela
Prefeitura, por suas autarquias e entidades paraestatais, e, indiretamente, por
terceiros, mediante licitação.
Art. 116. A permissão de serviço público, sempre a titulo precário, será
outorgada por decreto após edital de chamamento de interessados para escolha
do melhor pretendente. A concessão só será feita com autorização legislativa,
mediante contrato, precedido de concorrência.
§ 1º Serão nulas de pleno direito as permissões, as concessões, bem como
quaisquer outros ajustes feitos em desacordo com o estabelecido neste artigo.
§ 2° Os serviços permitidos ou concedidos ficarão sempre sujeitos à
regulamentação e fiscalização do Município, incumbindo, aos que os executem,
sua permanente atualização e adequação às necessidades dos usuários.
§ 3º O Município poderá retomar sem indenização os serviços permitidos ou
concedidos, desde que executados em desconformidade com o ato do contrato,
bem como aqueles que se revelarem insuficientes para o atendimento dos
usuários.
§ 4° As concorrências para a concessão de serviço público deverão ser
precedidas de ampla publicidade, inclusive em jornais da Capital, mediante edital
ou comunicado resumido.
§ 5º O poder público só permitirá a entrada em circulação de novos veículos de
transporte coletivo desde que parte deles esteja adaptada para o livre acesso e
circulação das pessoas portadoras de deficiência física.
Art. 117. O Município, através de sua administração Direta ou Indireta, manterá
órgãos especializados incumbidos da fiscalização dos serviços públicos por ele
concedidos, bem como da revisão de suas tarifas.
Parágrafo único. A fiscalização de que trata este artigo, compreende auditoria,
exame contábil e as perícias necessárias à apuração das inversões de capital e
dos lucros auferidos pelas empresas concessionárias.
Art. 118. Os usuários estarão representados nas entidades prestadoras de
serviços públicos, na forma que dispuser a lei.
Parágrafo único. Nenhuma tarifa municipal será aumentada sem o aviso prévio
à população de, no mínimo, sete dias.
Art. 119. As entidades prestadoras de serviços públicos serão obrigadas, pelo
menos uma vez por ano, a dar ampla divulgação de suas atividades, informando,
em especial, sobre planos de expansão, aplicação de recursos financeiros e
realização de programas de trabalho.
Art. 120. O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum,
mediante convênios com o Estado, a União, ou entidades particulares, e, através
de consórcios, com outros Municípios.
Parágrafo único. Os consórcios deverão ter sempre um Conselho Consultivo,
com a participação de todos os Municípios integrantes, uma autoridade
executiva e um Conselho Fiscal de munícipe não pertencentes ao serviço
público.
Art. 121. A criação, pelo Município, de entidade de Administração indireta para
execução de obras ou prestação de serviços públicos só será permitida caso a
entidade possa assegurar sua auto-sustentação financeira.
CAPÍTULO VIII
DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL
Art. 122. O Governo Municipal manterá processo de planejamento, visando
promover o desenvolvimento integrado do Município, o bem estar da população
e a melhoria da prestação dos serviços públicos municipais.
§ 1° Considera-se processo de planejamento a formulação de objetivos, a
elaboração e avaliação de alternativas, a elaboração dos meios e recursos para
atingi-los, a monitoria e avaliação de sua implementação.
§ 2° O desenvolvimento do Município terá por objetivo a realização plena de seu
potencial econômico e a redução das desigualdades sociais no acesso aos bens
e serviços, respeitadas as vocações, as peculiaridades e a cultura locais e
preservado o seu patrimônio ambiental, natural e construído.
Art. 123. O processo de planejamento municipal deverá considerar os aspectos
técnicos e políticos envolvidos na fixação de objetivos, diretrizes e metas para a
ação municipal, propiciando que autoridades, técnicos de planejamento,
executores e representantes da sociedade civil participem do debate sobre os
problemas locais e as alternativas para o seu enfrentamento, buscando conciliar
interesses e solucionar conflitos.
§ 1° Toda entidade da sociedade civil regularmente registrada poderá fazer
pedido de informação sobre projeto da administração, que deverá responder no
prazo de 15 (quinze) dias ou justificar a impossibilidade da resposta.
§ 2° O prazo previsto poderá, ainda, ser prorrogado por mais 15 (quinze) dias,
devendo, contudo, ser notificado de tal fato o autor do requerimento.
§ 3° Caso a resposta não satisfaça, o requerente poderá reiterar o pedido
especificando suas demandas, para o qual a autoridade requerida terá o prazo
previsto no § 1º deste artigo.
§ 4° Nenhuma taxa será cobrada pelos requerimentos de que trata este artigo.
Art. 124. O planejamento municipal deverá orientar-se pelos seguintes
princípios básicos:
I - democracia e transparência no acesso às informações disponíveis;
II - eficiência e eficácia na utilização dos recursos financeiros, técnicos e
humanos disponíveis;
III- complementariedade e integração de políticas, planos e programas setoriais
IV - viabilidade técnica e econômica das proposições, avaliada a partir do
interesse social da solução e dos benefícios públicos;
V - respeito e adequação à realidade local e regional e consonância com os
planos e programas estaduais e federais existentes.
Art. 125. A elaboração e a execução dos planos e dos programas do Governo
Municipal obedecerão às diretrizes do Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado e terão acompanhamento e avaliação permanentes, de modo a
garantir o seu êxito e assegurar sua continuidade no horizonte de tempo
necessário.
Art. 126. O planejamento das atividades do Governo Municipal obedecerá às
diretrizes deste capítulo e será feito por meio de elaboração e manutenção
atualizada, entre outros, dos seguintes instrumentos:
I - plano diretor de desenvolvimento integrado;
II- plano de governo;
III - lei de diretrizes orçamentárias;
IV - orçamento anual;
V - plano plurianual.
Art. 127. Os instrumentos de planejamento municipal mencionados no artigo
anterior deverão incorporar as propostas constantes dos planos e dos programas
setoriais do Município, dadas as suas implicações para o desenvolvimento local.
CAPÍTULO IX
DA GUARDA MUNICIPAL
Art. 128. O Município constituirá uma Guarda Municipal, como força auxiliar,
destinada à proteção de seus bens, serviços e instalações, subordinada
diretamente ao Prefeito que designará, inclusive, o seu Diretor.
Art. 128. O Município constituirá uma Guarda Municipal, a qual se
denomina, Guarda Civil Municipal, como força auxiliar, destinado à
proteção de seus bens, serviços e instalações, subordinado diretamente
ao Prefeito que designará, inclusive o seu Diretor. (Redação dada pela
ELOM nº 33, de 05 de julho de 2012)
§ 1° A lei de criação da Guarda Municipal disporá sobre acesso, direitos,
deveres, vantagens e regime de trabalho, com base na hierarquia e disciplina,
devendo a investidura nos seus cargos fazer-se mediante concurso público de
provas ou de provas e títulos.
§ 2º A proteção dos bens e instalações destinar àqueles, da administração direta
ou indireta, cuja natureza jurídica integre as categorias de dominicais ou de uso
especial do município, excluindo os bens das empresas detentoras de
concessão, permissão ou autorização de serviços públicos.
§ 3º Os seus integrantes serão aposentados, de forma voluntária, nos termos
do art. 40, § 4º, II e III, da Constituição da República, sem limite de idade, com
paridade e integralidade do último salário que receber, desde que
comprovem: (Acrescido pela ELOM nº 43, de 15 de setembro de
2015) (Declarado inconstitucional pela ADIN nº 2235086-92.2015.8.26.0000)
I - 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, contando com pelo menos 15 (quinze)
anos de efetivo exercício em cargo da Carreira de Guarda Civil Municipal,
para mulher. (Acrescido pela ELOM nº 43, de 15 de setembro de 2015) (Declarado
inconstitucional pela ADIN nº 2235086-92.2015.8.26.0000)
II - 30 (trinta) anos de contribuição, contando com pelo menos 20 (vinte) anos de
efetivo exercício em cargo da Carreira de Guarda Civil Municipal, para
homem. (Acrescido pela ELOM nº 43, de 15 de setembro de 2015) (Declarado
inconstitucional pela ADIN nº 2235086-92.2015.8.26.0000)
§ 4º Nas hipóteses em que forem necessárias a compensação financeira para
a concessão do benefício do §3º deste artigo, a FUNSERV apresentará os
cálculos necessários. (Acrescido pela ELOM nº 43, de 15 de setembro de
2015) (Declarado inconstitucional pela ADIN nº 2235086-92.2015.8.26.0000)
TÍTULO V
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL
CAPÍTULO I
DA SAÚDE
Art. 129. A saúde é direito de todos os munícipes e dever do Poder Público,
assegurada mediante políticas sociais e econômicas que visem à eliminação do
risco de doenças e outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações
e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
Parágrafo único. Fica criado o Conselho Municipal de Prevenção contra o uso
de drogas.
Art. 130. Para atingir os objetivos estabelecidos no artigo anterior, o Município
promoverá por todos os meios ao seu alcance:
I - condições dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação, educação,
transporte e lazer;
II - respeito ao meio ambiente e controle da poluição ambiental;
III- acesso universal e igualitário de todos os habitantes do Município às ações e
serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde, sem qualquer
discriminação.
Art. 131. As ações de saúde são de relevância pública, devendo sua execução
ser feita preferencialmente através de serviços públicos e, complementarmente,
através de serviços de terceiros.
§ 1º É vedado ao Município cobrar do usuário pela prestação de serviços de
assistência à saúde mantidos pelo Poder Público ou contratados com terceiros.
§ 2º É vedada a nomeação ou designação para cargo ou função de chefia ou
assessoramento na área da saúde, em qualquer nível, de pessoa que participe
de direção, gerência ou administração de entidades que mantenham contratos
ou convênios com o Sistema Único de Saúde, a nível Estadual ou Municipal, ou
sejam por eles credenciadas.
Art. 132. São atribuições do Município, no âmbito do Sistema Único de Saúde:
I- planejar, organizar, gerir, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde;
II - planejar, programar e organizar a rede regionalizada e hierarquizada do SUS,
em articulação com sua direção estadual:
III - gerir, executar, controlar e avaliar as ações referentes às condições e aos
ambientes de trabalho:
IV - planejar, normatizar, gerir, executar, controlar e avaliar as ações de serviço
de saúde do Município, especialmente, referentes à:
a) vigilância sanitária;
b) vigilância epidemiológica;
c) vigilância nutricional;
d) saúde da mulher;
e) saúde da criança e do adolescente;
f) saúde do trabalhador;
g) saúde do idoso, e
h) saúde dos portadores de deficiência.
V- planejar e executar a política de saneamento básico em articulação com o
Estado e a União;
VI - executar a política de insumos e equipamentos para a saúde;
VII - fiscalizar as agressões ao meio ambiente que tenham repercussão sobre a
saúde humana e atuar, junto aos órgãos estaduais e federais competentes, para
controlá-las;
VIII - formar consórcios intermunicipais de saúde;
IX - gerir laboratórios públicos de saúde;
X - avaliar e controlar a execução de convênios e contratos, celebrados pelo
Município, com entidades privadas prestadoras de serviços de saúde;
XI - autorizar a instalação de serviços privados de saúde e fiscalizar-lhes o
funcionamento.
XII - fica autorizado o Município a criar um fundo financeiro correspondente a
uma percentagem do orçamento municipal, escriturado à parte na contabilidade,
visando recursos para construção e manutenção de um Hospital Municipal,
sendo o Município sempre o mantenedor.
XIII - garantir aos trabalhadores em saúde:
a) plano de carreira; (Declarado inconstitucional pela ADIN nº 2026251-
94.2018.8.26.0000)
b) isonomia salarial;
c) jornada de trabalho de 30 horas semanais;
d) admissão através de concurso;
e) incentivo à dedicação exclusiva em tempo integral;
f) capacitação e reciclagem permanentes, e
g) condições adequadas de trabalho para execução de suas atividades em todos
os níveis.
XIV - organizar, integrando ao Sistema Único de Saúde Municipal, serviços de
atendimento à saúde do trabalhador, em número e complexidade a serem
determinados pelas exigências da cidade.
XV - fica autorizado o Município a criar um fundo financeiro correspondente
a uma percentagem do orçamento municipal, escriturado à parte na
contabilidade, visando recursos para construção e manutenção de um
Centro de Radiodiagnóstico Público. (Acrescido pela ELOM nº 36, de 22 de
novembro de 2012)
Art. 133. As ações e os serviços de saúde realizados no Município integram uma
rede regionalizada e hierarquizada constituindo o Sistema Único de Saúde no
âmbito do Município, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - comando único exercido pela Secretaria Municipal de Saúde ou equivalente;
II - integralidade na prestação das ações de saúde;
III - direito do indivíduo de obter informações e esclarecimentos sobre assuntos
pertinentes à promoção, proteção e recuperação de saúde e da coletividade;
IV - Direito da mulher à assistência integral a sua saúde, nas diferentes fases de
sua vida, assegurado o acesso à educação dos métodos adequados à
regulamentação da fertilidade, respeitadas as opções individuais.
Art. 134. O Prefeito convocará anualmente o Conselho Municipal de Saúde para
avaliar a situação do Município, com ampla participação da sociedade, e fixar as
diretrizes gerais da política de saúde do Município.
Parágrafo único. A lei disporá sobre o Conselho Municipal de Saúde.
Art. 134. O Prefeito em conjunto com o Conselho Municipal de Saúde,
convocará Audiência Pública anualmente, antes da discussão
Orçamentária na Câmara Municipal para avaliar e discutir a situação da
Saúde do Município, com participação aberta a sociedade, e fixar as
diretrizes gerais da política de saúde do Município. (Redação dada pela
ELOM n. 28, de 22 de outubro de 2009)
Art. 135. As instituições privadas poderão participar de forma complementar do
Sistema Único de Saúde, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo
preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
Art. 136. O Sistema Único de Saúde no âmbito do Município será financiado
com recursos do orçamento do Município, do Estado, da União e da seguridade
social, além de outras fontes.
§ 1º Os recursos destinados às ações e aos serviços de saúde no Município
constituirão o Fundo Municipal de Saúde, conforme dispuser a lei.
§ 2º O montante das despesas de saúde não será inferior a treze por cento das
despesas globais do orçamento anual do Município.
§ 3º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções
às instituições privadas com fins lucrativos.
Art. 137. O Município, em consonância com o Estado, deverá incentivar a
doação de órgãos, tecidos e substâncias humanas, para fins de transplante, bem
como a coleta de sangue para transfusão, sendo vedado todo o tipo de
comercialização.
§ 1º A notificação, em caráter de emergência, em todos os casos de morte
encefálica comprovada, tanto para hospital público, como para a rede privada,
nos limites do Município, é obrigatória.
§ 2º Cabe ao Poder Público providenciar recursos e condições para receber as
notificações que deverão ser feitas em caráter de emergência, para atender ao
disposto no § 1º.
Art. 138. O Município terá sob sua responsabilidade o controle dos Bancos de
sangue, que será realizado periodicamente conforme legislação de vigilância
sanitária vigente.
CAPÍTULO II
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
Art. 139. O ensino ministrado nas escolas municipais será gratuito.
Art. 140. O Município manterá:
I - ensino fundamental, obrigatório, inclusive para os que não tiveram acesso em
idade própria e, suplementarmente, ensino médio, ensino superior, e cursos de
qualificação profissional;
I - ensino fundamental (do 1º ao 9º ano), obrigatório, inclusive para os que
não tiveram acesso em idade própria; ensino médio (em todas as escolas
que já atendiam esse nível até 2014, podendo ser ampliado); e
suplementarmente, ensino superior, e cursos de qualificação
profissional; (Redação dada pela ELOM nº 48, de 15 de dezembro de 2016 /
ELOM nº 48/2016 declarada inconstitucional pela ADIN nº 2022286-
11.2018.8.26.0000)
II - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiências físicas
e mentais;
III - atendimento em creche de pré-escola às crianças de 0 a 6 anos de idade,
promovendo suas instalações e regulamentando seu funcionamento, sempre
com participação e fiscalização da comunidade;
III - atendimento em creches ou pré-escolas para crianças de zero a 6 (seis)
anos de idade, priorizando vagas para crianças com famílias em estado de
vulnerabilidade financeira e cujas mães trabalhem fora da residência
familiar. (Redação dada pela ELOM nº 46, de 12 de maio de 2016) (Declarada
inconstitucional pela ADIN nº 2143827-79.2016.8.26.0000)
IV - ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
V - atendimento ao educando, no ensino fundamental, por meio de programas
suplementares de fornecimento de material didático, transporte escolar,
alimentação e assistência à saúde.
Parágrafo único. Durante o ciclo básico, compreendendo as creches, pré-
escolas e o ensino fundamental, todas unidades escolares municipais e
municipalizadas funcionarão em jornada integral, com 9 (nove) horas diárias e
carga semanal de 45 (quarenta e cinco) horas. (Acrescido pela ELOM nº 40, de
12 de fevereiro de 2015) (Parágrafo declarado inconstitucional pela ADIN
nº 2172513-18.2015.8.26.0000)
Art. 141. O Município promoverá, anualmente, o recenseamento da população
escolar e fará a chamada dos educandos.
Art. 142. O Município zelará, por todos os meios ao seu alcance, pela
permanência do educando na escola.
Art. 143. O calendário escolar municipal será flexível e adequado às
peculiaridades climáticas e às condições sociais e econômicas dos alunos.
Art. 144. Os currículos escolares serão adequados às peculiaridades do
Município e valorizarão sua cultura e seu patrimônio histórico, artístico, cultural
e ambiental.
Art. 145. O Município promoverá a valorização dos profissionais de ensino,
garantindo, na forma da lei, plano de carreira para o magistério com regime
jurídico único, piso salarial profissional, e ingresso no magistério público
exclusivamente por concurso público de provas e títulos.
Art. 146. O Município aplicará, anualmente, nunca menos de 25% da receita
resultante de impostos e das transferências recebidas do Estado e da União na
manutenção e no desenvolvimento do ensino, ficando obrigado a investir
prioritariamente na expansão de sua rede.
§ 1º Os recursos do Município poderão ser destinados às escolas comunitárias,
confessionais ou filantrópicas definidas em lei federal, que:
I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros
em educação;
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária,
filantrópica ou confessional ou ao Município, no caso de encerramento de suas
atividades.
§ 2º Os recursos de que trata este artigo serão destinados a bolsas de estudos
para:
I - o ensino fundamental e os de 2° e 3° graus, na forma da lei, para os que
demonstrarem insuficiência de recursos;
II - quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na
localidade da residência do educando;
III - quando não houver o curso no Município, este dará auxilio transporte aos
estudantes para outras cidades, condicionada à situação econômica do
beneficiário;
IV - as bolsas de estudo somente serão destinadas a alunos que residam no
município de Sorocaba, há mais de cinco anos.
§ 3º A eventual assistência financeira às instituições de ensino filantrópicas,
comunitárias, confessionais e para bolsas de estudo, não poderão incidir sobre
a aplicação mínima prevista neste artigo.
Art. 147. O Município garantirá a criação e manutenção de creches e pré-
escolas às crianças de zero a seis anos, nas repartições públicas,
prioritariamente aos filhos e dependentes de servidores municipais.
Art. 148. O Município fará publicar, até 30 (trinta) dias após o encerramento de
cada trimestre, informações completas e detalhadas sobre receitas arrecadadas
e transferência de recursos destinados à educação nesse período, devidamente
descriminadas por nível de ensino.
§ 1° A autoridade responsável pelo setor será responsabilizada pelo não
cumprimento deste dispositivo.
Art. 149. Cabe ao Poder Público Municipal reparar e conservar os prédios das
escolas isoladas, urbanas e rurais, verificando, anualmente, o seu estado,
juntamente com o grupo legal que supervisione e fiscalize as referidas escolas.
Art. 150. O Município, no exercício de sua competência:
I - garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da
cultura, além de apoiar e incentivar a valorização e difusão das manifestações
culturais;
II - atuará no sentido de estabelecer uma política cultural que englobe todas as
manifestações artísticas e culturais, visando atingir objetivos comuns, tais como:
a) democratização: direito à participação de todos enquanto agentes, produtores,
destinatários, espectadores e críticos;
b) identidade: desenvolvimento da cultura como expressão reveladora do
homem e do meio em que ele vive;
c) cidadania: possibilitar o exercício da cidadania através da participação direta
nos eventos, e
d) qualidade: zelar pelo alto nível das promoções artísticas e pelo constante
enriquecimento dos patrimônios históricos e acervos culturais.
Art. 151. Constituem patrimônio cultural do Município os bens de natureza
material ou não, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de
referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores
da sociedade nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - as criações científicas, artísticas e tecnológica;
III - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às
manifestações artísticas e culturais;
IV - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico,
arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
Parágrafo único. Caberá ao Município criar o Conselho Municipal de Cultura e
da defesa e Proteção do Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico, com caráter
consultivo, na forma da lei.
Art. 152. O Município incentivará a livre manifestação cultural mediante:
I - criação, manutenção e abertura de espaços públicos devidamente equipados
e capazes de garantir a produção, divulgação e apresentação das manifestações
culturais e artísticas;
II - acesso aos acervos das bibliotecas, museus, arquivos e congêneres;
III - promoção do aperfeiçoamento e valorização dos profissionais da cultura;
IV - planejamento e gestão do conjunto das ações, garantindo a participação de
representantes da comunidade;
V - compromisso do Município de resguardar e defender a integridade,
pluralidade, independência e autenticidade da cultura brasileira;
VI - preservação dos documentos, obras e demais registros de valor histórico e
cientifico.
Art. 153. Caberá ao Município buscar a integração entre a Educação Formal e
a Cultura, no sentido de estimular, nas escolas, não só o desenvolvimento das
potencialidades artísticas dos alunos, como também a inclusão de temas
diretamente ligados à cultura nos currículos.
Art. 154. A lei estimulará, mediante mecanismos específicos, os
empreendimentos privados que se voltem à preservação e à restauração do
patrimônio cultural do Município, bem como incentivará os proprietários de bens
culturais tombados que atendam às recomendações de preservação do
patrimônio cultural.
Art. 155. O Poder Executivo incentivará, pelos meios ao seu alcance, a
constituição de uma Fundação, entidade civil de direito privado, que tenha
incumbência de patrocinar e apoiar todos os movimentos que visem o
desenvolvimento da cultura e das artes em geral do Município.
Parágrafo único. Anualmente, a Prefeitura Municipal fará consignar na Lei
Orçamentária uma verba própria destinada a suprir as necessidades e
programas da Fundação de que trata este artigo.
Art. 156. Ficam isentos do pagamento do imposto predial e territorial urbano os
imóveis tombados pelo Município em razão de suas características históricas,
artísticas, culturais e paisagísticas.
Art. 157. O Município fomentará as práticas desportivas formais e não formais
como direito de todos.
§ 1° O Poder Público estimulará e apoiará as entidades e associações da
comunidade dedicadas às práticas esportivas.
§ 2° O Poder Público incrementará a prática esportiva à criança, aos idosos e
aos portadores de deficiência.
§ 3° Fica criado o Conselho Municipal de Esporte e Lazer, com caráter
consultivo, a ser definido em lei complementar.
Art. 158. O Município incentivará o lazer, como forma de promoção social.
Parágrafo único. Todo empreendimento imobiliário ou loteamento, criado a partir
desta lei, deverá obrigatoriamente destinar espaço para a construção de área de
esportes e lazer.
Art. 159. O Município deverá estabelecer e implantar políticas de educação
objetivando:
I- segurança do transito;
II - prevenção de acidentes do trabalho;
III - noções de ecologia e meio ambiente;
IV - ensino da história de Sorocaba.
Parágrafo único. O Município poderá, em conjunto com a Sociedade Protetora
de Animais de Sorocaba (SPASO), desenvolver campanhas educativas, nas
escolas da rede municipal, esclarecendo a população sobre cuidados para com
os animais.
Art. 160. Será promovida a integração curricular dentro do Município entre a pré-
escola, o 1° e o 2º graus.
CAPÍTULO III
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Seção I
Disposições Gerais
Art. 161. A ação do Município no campo da assistência social objetivará
promover:
I – a integração do indivíduo ao mercado de trabalho e ao meio social;
II – o amparo à velhice e à criança abandonada;
III – a integração das comunidades carentes;
IV - integração e amparo ao deficiente.
Parágrafo único. Na formulação e desenvolvimento dos programas de
assistência social, o Município buscará a participação das associações
representativas da comunidade.
Art. 161. A Assistência Social tem por objetivos: (Redação dada pela ELOM
nº 12, de 10 de outubro de 2002)
I - proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
(Redação dada pela ELOM nº 12, de 10 de outubro de 2002)
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes ou abandonados;
(Redação dada pela ELOM nº 12, de 10 de outubro de 2002)
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; (Redação dada pela
ELOM nº 12, de 10 de outubro de 2002)
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a
promoção de sua integração à vida comunitária; (Redação dada pela ELOM
nº 12, de 10 de outubro de 2002)
V - A integração de comunidades carentes ao meio social. (Redação dada
pela ELOM nº 12, de 10 de outubro de 2002)
§ 1º Na formulação e desenvolvimento dos programas de Assistência
Social, o Município buscará a participação das associações
representativas da comunidade. (Redação dada pela ELOM nº 12, de 10 de
outubro de 2002)
§ 2º A Assistência Social realizar-se-á de forma integrada às políticas
setoriais, visando ao enfrentamento da pobreza, à garantia dos mínimos
sociais, ao provimento de condições para atender contingências sociais e
à universalização dos direitos de cidadania. (Redação dada pela ELOM nº
12, de 10 de outubro de 2002)
Art. 162. O Poder Executivo desenvolverá ações que propiciem a valorização
das pessoas da terceira idade, diretamente ou em conjunto com entidades afins
que atuem nessa área.
Art. 162 - A. A Assistência Social rege-se pelos seguintes princípios:
(Acrescido pela ELOM nº 12, de 10 de outubro de 2002)
I - supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências
de rentabilidade econômica; (Acrescido pela ELOM nº 12, de 10 de outubro
de 2002)
II - universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da
ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; (Acrescido
pela ELOM nº 12, de 10 de outubro de 2002)
III - respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a
benefícios de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária,
vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; (Acrescido
pela ELOM nº 12, de 10 de outubro de 2002)
IV - igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de
qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e
rurais; (Acrescido pela ELOM nº 12, de 10 de outubro de 2002)
V - divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos, bem
como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua
concessão. (Acrescido pela ELOM nº 12, de 10 de outubro de 2002)
SEÇÃO II
DA FAMÍLIA, DA MULHER, DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, DO IDOSO
E PORTADOR DE DEFICIÊNCIA.
Art. 162-B. A família, base da sociedade, tem especial proteção do
Município, na forma da Constituição Federal e da Estadual. (Acrescido pela
ELOM nº 12, de 10 de outubro de 2002)
§ 1º Cabe ao Município executar programas que visem a melhoria das
condições de vida das famílias, com ações voltadas para as suas
necessidades básicas. (Acrescido pela ELOM nº 12, de 10 de outubro de
2002)
§ 2º Os programas de Assistência Social, com ações integradas às demais
políticas setoriais do município e projetos de enfrentamento da pobreza,
terão mecanismos de articulação e de participação de áreas
governamentais, não governamentais e da sociedade civil e compreendem
a instituição de investimentos econômico social em grupos populacionais,
garantindo-lhes subsídios técnicos e financeiros, capacidade produtiva e
de gestão. (Acrescido pela ELOM nº 12, de 10 de outubro de 2002)
§ 3º Cabe ao Município executar programas de planejamento familiar, nos
termos da Constituição Federal, baseados em métodos que respeitam a
fisiologia e psicologia humanas, a liberdade de escolha do casal, com
adequada divulgação de vantagens e desvantagens desses métodos.
(Acrescido pela ELOM nº 12, de 10 de outubro de 2002)
Art. 162-C. Na organização dos serviços será dada prioridade à infância e
adolescência em situação do risco pessoal e social. (Acrescido pela ELOM
nº 12, de 10 de outubro de 2002)
Art. 162-D. O município em parceria com a sociedade tem o dever de:
(Acrescido pela ELOM nº 12, de 10 de outubro de 2002)
I - amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na
comunidade, oferecendo-lhes bem estar e direito à vida digna, de
preferência em seus lares e com suas famílias; (Acrescido pela ELOM nº
12, de 10 de outubro de 2002)
II - apoiar, subsidiar e incentivar as entidades e organizações de
assistência à mulher, as crianças e adolescentes, os portadores de
deficiência, idosos e grupos de prevenção às drogas e criminalidade
principalmente juvenil; (Acrescido pela ELOM nº 12, de 10 de outubro de
2002)
III - estabelecer e prover o planejamento, execução e coordenação dos
programas e projetos, observando-se a participação popular, com o apoio
técnico de profissionais específicos das áreas sociais em equipes
multidisciplinares de atuação social; (Acrescido pela ELOM nº 12, de 10 de
outubro de 2002)
IV - dispor sobre a construção de logradouros e edifícios de uso público, a
adaptação de veículos de transporte coletivo, a sonorização de sinais
luminosos, a fim de permitir o seu uso adequado por pessoas portadoras
de deficiência. (Acrescido pela ELOM nº 12, de 10 de outubro de 2002)
CAPÍTULO IV
DA POLÍTICA ECONÔMICA
Art. 163. O Município promoverá o seu desenvolvimento agindo de modo que
as atividades econômicas realizadas em seu território contribuam para elevar o
nível de vida e o bem-estar da população local, bem como para valorizar o
trabalho humano.
Parágrafo único. Para a consecução do objetivo mencionado neste artigo, o
Município atuará de forma exclusiva ou em articulação com a União ou com o
Estado.
Art. 164. Na promoção do desenvolvimento econômico, o Município agirá, sem
prejuízo de outras iniciativas, no sentido de:
I - privilegiar a geração de emprego, devendo o Município criar um órgão para
esse atendimento;
II - utilizar tecnologias de uso intensivo de mão-obra;
III - racionalizar a utilização de recursos naturais;
IV - estimular o associativismo, o cooperativismo e as microempresas;
V - garantir a saúde do trabalhador na empresa pública ou privada, através de
ações que objetivem o controle e à eliminação dos riscos de acidentes e
doenças.
Art. 165. O Município garantirá a proteção do consumidor através de órgão
próprio, adotando a política governamental e as medidas de orientação,
informação e fiscalização definidas em leis federais e estaduais, com o objetivo
de orientar e de fender o consumidor no âmbito municipal.
§ 1° O Poder Executivo manterá, dentro de seu quadro funcional, o Órgão de
Proteção ao Consumidor, cujo Diretor será nomeado pelo Prefeito Municipal.
§ 2° A lei de criação do órgão referido garantirá a realização de convênios com
os órgãos federais e estaduais, que promovam as orientações, informações e
fiscalização de produtos, bens e serviços relacionados com o consumo.
Art. 166. O Município dispensará tratamento diferenciado à pequena produção
artesanal ou mercantil, às microempresas e às empresas de pequeno porte,
assim definidas em lei municipal, considerando sua contribuição para a
democratização de oportunidades econômicas, inclusive para os grupos sociais
mais carentes.
Art. 167. Considera-se propriedade rural todo prédio rústico com o mínimo 1
(um) hectare, independentemente de sua localização, destinada à atividade
agropecuária ou agroindustrial, explorada economicamente através de seu
proprietário ou terceiros, que cumpra sua função social nos termos do art. 186
da Constituição Federal.
Parágrafo único. O proprietário que não empreender a atividade agropecuária ou
agroindustrial em sua área será notificado pelo Poder Público Municipal a
promover o aproveitamento da mesma, no espaço de 12 (doze) meses, sob pena
de descaracterização do tipo do imóvel com imediata incidência de Imposto
Predial e Territorial Urbano, não sendo considerado como imóvel rural para fins
de desapropriação.
Art. 168. Não incidirão o Imposto Predial e Territorial Urbano e Taxas de
Conservação de Estrada e Vias Públicas, sobre os imóveis descritos no artigo
anterior.
Art. 169. À atividade agropecuária terá tratamento favorecido e diferenciado,
visando incentivá-la pela simplificação de suas obrigações administrativas e
tributárias ou pela eliminação ou redução por meio de lei.
Art. 170. Será desenvolvido pelo Poder Público Municipal projeto educativo que
vise a conservação do solo, água, fauna, flora e tradições históricas da cidade,
em caráter permanente, para o que serão canalizados recursos à execução dos
trabalhos e sua manutenção.
Art. 171. Os portadores de deficiência física e de limitação sensorial, assim
como as pessoas idosas, terão prioridade para exercer o comércio eventual ou
ambulante no Município.
Art. 172. O Município garantirá, mediante incentivos específicos, nos termos da
lei, a criação de mecanismos de estímulo ao mercado de trabalho da mulher
objetivando que:
I - as empresas adequem seus equipamentos, instalações e rotinas de trabalho
à mulher trabalhadora, à gestante e à que amamente;
II - a iniciativa privada e demais instituições criem ou ampliem seus programas
de formação de obra feminina, em todos os setores;
III - as empresas privadas construam, ou tenham, creches para filhos de
empregados no local de trabalho ou moradia.
CAPÍTULO V
DA POLÍTICA URBANA
Art. 173. A política de desenvolvimento e expansão urbana tem por objetivo a
organização territorial, de modo a garantir o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e o bem estar de seus habitantes.
§ 1° O Plano Diretor aprovado pela Câmara Municipal é o instrumento básico da
política de desenvolvimento e expansão urbana a ser executada pelo Município,
devendo ser revisto a cada quatro anos.
§ 2° Fica autorizado o Poder Público Municipal a obter recursos para
urbanização de favelas, habitações de interesse social e de outras obras sociais,
em áreas definidas pelo Plano Diretor, através de concessão de modificação de
índices urbanísticos.
§ 3° A lei exigirá do proprietário de solo urbano não edificado, subutilizado ou
não utilizado, incluído em área específica do Plano Diretor, que promova o seu
adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública, emitidos
na forma da lei, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais,
iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
Art. 174. O Município, para assegurar as funções sociais da propriedade, no
âmbito de sua competência, somente aprovará os projetos de "plantas" e
concederá "habite-se", aos conjuntos habitacionais com mais de 100 (cem)
unidades que assegurem espaços apropriados para instalação de creches às
crianças de zero a seis anos.
Art. 175. O Município promoverá, em consonância com sua política urbana e
respeitadas as disposições do Plano Diretor, programas de habitação popular
destinados a melhorar as condições de moradia da população carente do
Município.
Parágrafo único. A ação do Município deverá orientar-se para:
I - ampliar o acesso a lotes mínimos dotados de infra-estrutura básica e servidos
por transporte coletivo;
II - estimular e assistir, tecnicamente, projetos comunitários e associativos de
construção de habitação e serviços;
III - urbanizar, regularizar e titular as áreas ocupadas por população de baixa
renda, passíveis de urbanização;
IV - destinar, prioritariamente, para assentamentos humanos de população de
baixa renda, as terras públicas não utilizadas ou subutilizadas.
V - promover a concessão de uso especial para fins de moradia, individual
e coletiva, de terras públicas, na forma do Art. 113, § 5º, da LOM, às pessoas
de baixa renda. (Acrescido pela ELOM n. 13, de 30 de outubro de 2003)
Art. 176. O Município, em consonância com a sua política urbana e segundo o
disposto no Plano Diretor, deverá promover programas de saneamento básico
destinados a melhorar as condições sanitárias e ambientais das áreas urbanas
e os níveis de saúde da população.
Parágrafo único. A ação do Município deverá orientar-se para:
I - ampliar progressivamente a responsabilidade local pela prestação de serviços
de saneamento básico;
II - executar programas de saneamento em áreas pobres, atendendo à
população de baixa renda, com soluções adequadas e de baixo custo para o
abastecimento de água e esgoto sanitário;
III - executar programas de educação sanitária e melhorar o nível de participação
das comunidades na solução de seus problemas de saneamento.
Art. 177. O Município, na prestação de serviços de transporte público, fará
obedecer aos seguintes princípios básicos:
I - segurança e conforto dos passageiros, garantindo atendimento especial, em
atenção às condições físicas dos usuários;
II - tarifa social, assegurada a gratuidade aos maiores de 60 (sessenta) anos;
III - isenção aos Comissários de Menores de pagamento da tarifa do transporte
coletivo urbano;
IV - integração entre sistemas e meios de transporte e racionalização de
itinerários;
V - proibição do transporte de trabalhadores urbanos e rurais em veículos de
carroceria aberta.
Parágrafo único. O Poder Público Municipal manterá obrigatoriamente o
Conselho Municipal de Transportes, órgão colegiado, autônomo e consultivo,
cuja composição deverá ser regulamentada por lei complementar.
CAPÍTULO VI
DO MEIO AMBIENTE
Art. 178. O Município deverá atuar no sentido de assegurar a todos os cidadãos
o direito ao meio ambiente ecologicamente saudável e equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à qualidade de vida.
§ 1° Para assegurar efetividade a esse direito, o Município deverá articular-se
com os órgãos estaduais, regionais e federais competentes e ainda, quando for
o caso, com outros municípios, objetivando a solução de problemas comuns
relativos à proteção ambiental.
§ 2° Fica o Município autorizado a criar um fundo financeiro correspondente a
1% (um por cento) do seu orçamento, escriturado à parte na contabilidade,
visando assegurar recursos para despoluição do rio Sorocaba.
Art. 179. O Município deverá atuar mediante planejamento, controle e
fiscalização das atividades públicas ou privadas, provando que não serão
causadoras efetivas ou potenciais de alterações significativas no meio ambiente,
exigindo sempre estudo prévio de impacto ambiental.
Art. 180. O Município, ao promover a ordenação de seu território, definirá
zoneamento e diretrizes gerais de ocupação que assegurem a proteção dos
recursos naturais, em consonância com o disposto na legislação estadual
pertinente.
Art. 181. A política urbana do Município e o seu Plano Diretor deverão contribuir
para a proteção do meio ambiente, através de adoção de diretrizes adequadas
de uso e ocupação do solo urbano:
I - estimulando e promovendo o reflorestamento com essências nativas em áreas
degradadas, objetivando especialmente a proteção de encostas e dos recursos
hídricos;
II - controlando e fiscalizando a produção, a estocagem, o transporte, a
comercialização e a utilização de substancias que comportem risco para a
qualidade de vida e o meio ambiente, observada a legislação federal e estadual
pertinentes;
III - requisitando a realização periódica de auditorias nos sistemas de controle de
poluição e prevenção de riscos de acidentes das instalações e atividades de
significativo potencial poluidor, incluindo a avaliação detalhada dos efeitos de
sua operação sobre a qualidade física, química e biológica dos recursos
ambientais, bem como sobre a saúde da população afetada;
IV - mantendo, obrigatoriamente, o Conselho Municipal do Meio Ambiente
(CONDEMA), com atribuições consultivas, constituído igualitariamente por
representantes do poder público, das entidades ambientalistas e da sociedade
civil;
V - conhecendo, analisando e fiscalizando as concessões de direito de pesquisas
e exploração de recursos hídricos e minerais em seu território;
VI - definindo, em legislação própria, o uso e ocupação do solo e água,
respeitando a conservação da qualidade ambiental;
VII - criando, mantendo e recuperando áreas verdes municipais, bem como
promovendo, executando e mantendo a arborização urbana com essências
nativas;
VIII - promovendo o tratamento de esgotos domésticos, visando a melhoria da
qualidade da água do rio Sorocaba;
IX - fiscalizando e controlando o destino do lixo no Município, principalmente o
de origem industrial e hospitalar;
X - garantir a educação ambiental em todos os níveis de ensino e
conscientização pública para a preservação do meio ambiente.
Parágrafo único. As empresas que estiverem instaladas em desacordo com a
legislação de proteção ao meio ambiente e sejam potencialmente ou realmente
fontes poluidoras, terão prazo estabelecido em lei complementar, para se
adequarem à legislação de controle ambiental.
Art. 182. As empresas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos
deverão atender rigorosamente aos dispositivos de proteção ambiental em vigor,
sob pena de não ser renovada a concessão ou permissão pelo Município.
Art. 183. Integrarão obrigatoriamente o currículo das escolas da rede municipal,
aulas sobre proteção ao meio ambiente, defesa da ecologia, tratamento e
amparo aos animais.
CAPÍTULO VII
DO TURISMO
Art. 184. Fica criado o Conselho Municipal de Turismo cuja composição e
atribuições serão estabelecidas por lei.
§ 1° Ao Conselho caberá a elaboração, a supervisão e o apoio ao roteiro e
calendário turístico do Município, bem como o incentivo às manifestações
comemorativas de eventos referentes à história, ao folclore e à tradição.
§ 2° O Conselho Municipal de Turismo poderá celebrar acordos ou convênios
com outros municípios visando a elaboração de circuitos turísticos de interesse
regional.
Art. 185. O Poder Executivo destinará local adequado para o funcionamento de
atividades comerciais, de atração turística, com horário ininterrupto de 24 horas
diárias.
TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 186. O Poder Executivo deverá promover a revisão do Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado e encaminhar, no prazo de 12 (doze) meses, projeto
de lei para apreciação da Câmara Municipal.
Art. 187. Ficam extintos os Distritos do Município.
Art. 188. Ficam os ex-combatentes da revolução Constitucionalista de 1932 e
da Força Expedicionária Brasileira (FEB) isentos do pagamento do Imposto
Predial Territorial Urbano (IPTU) do imóvel em que residam.
Art. 188. Ficam os ex-combatentes da revolução Constitucionalista de
1932, da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e os civis que
comprovadamente prestaram serviços às Forças Armadas Brasileira,
durante a 2ª Guerra Mundial, isentos do pagamento do Imposto Predial
Territorial Urbano (IPTU) do imóvel em que residam. (Redação dada pela
ELOM n. 07, de 20 de agosto de 1998)
Art. 189. O Município mandará imprimir esta Lei Orgânica para distribuí-lo nas
escolas e entidades representativas da comunidade, gratuitamente, de modo
que se faça a mais ampla divulgação do seu conteúdo.
Art. 190. Esta Lei Orgânica, aprovada pela Câmara Municipal, será por ela
promulgada e entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
CÂMARA MUNICIPAL DE SOROCABA
05 DE ABRIL DE 1990