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A Confissão Da Leoa

Mia Couto é um escritor moçambicano premiado. Seu livro A Confissão da Leoa descreve ataques de leões a uma aldeia moçambicana. Um caçador é enviado para investigar e se depara com teorias locais sobre a origem dos ataques, envolvendo uma mulher da aldeia chamada Mariamar. O livro explora os fantasmas e culpas dos personagens à medida que confrontam as tradições e mitos da comunidade.

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A Confissão Da Leoa

Mia Couto é um escritor moçambicano premiado. Seu livro A Confissão da Leoa descreve ataques de leões a uma aldeia moçambicana. Um caçador é enviado para investigar e se depara com teorias locais sobre a origem dos ataques, envolvendo uma mulher da aldeia chamada Mariamar. O livro explora os fantasmas e culpas dos personagens à medida que confrontam as tradições e mitos da comunidade.

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MIA, Couto. A Confissão da Leoa.

Ed: Companhia
das Letras, 2012 pg. 256

Mia Couto é um escritor moçambicano nascido em Beira, Moçambique em


1955, tem exercitado, na lapidação da palavra, a arte de reencantar o mundo.
É biólogo, jornalista e autor de mais de
trinta livros, entre prosa e poesia. Seu romance Terra sonâmbula é considerado
um dos dez melhores livros africanos do século XX. Recebeu uma série de
prêmios literários, entre eles o Prêmio Camões de 2013, o mais prestigioso da
língua portuguesa, e o Neustadt Prize de 2014. É membro correspondente da
Academia Brasileira de Letras.

Em A confissão da leoa, uma aldeia moçambicana é alvo de ataques mortais


de leões provenientes da savana. O aviso chega à capital do país e um
caçador, Arcanjo Baleiro, é enviado à região. Chegando lá ele se vê
emaranhado numa teia de relações complexas e enigmáticas, em que os
factos, as lendas e os mitos se misturam.
Uma habitante da aldeia, Mariamar, em permanente desacordo com a família e
os vizinhos, tem suas próprias teorias sobre a origem e a natureza dos ataques
das feras. A irmã dela, Silência, foi a vítima mais recente.
Ao longo do livro, ficamos a saber que eles já tiveram um primeiro encontro à
muitos anos atrás, quando Mariamar era adolescente e o caçador visitou a
aldeia. O confronto com as feras leva os personagens a um confronto consigo
mesmos, com seus fantasmas e culpas. A situação de crise confronta as
contradições da comunidade, suas relações de poder, bem como a força, por
vezes libertadora, por vezes opressiva, de suas tradições e mitos.

Mia Couto, traduzindo-se num livro bonito e simples que, embora por vezes
confuso, pouco óbvio e surrealista, guarda em si muita sabedoria camuflada.
Todo o livro segue de forma muito intrigante, prendendo o interesse do leitor.
Penso, contudo, que o fim está ligeiramente apressado. Também a linguagem
de Mia Couto troca-nos por vezes o passo, quebrando o ritmo da leitura, mas
nenhum destes pontos menos positivos chega para tirar as mais do que
merecidas cinco estrelas a este livro.

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