Análise de Falhas Motor
Análise de Falhas Motor
Algumas são de reparo simples e barato, enquanto outras são catastróficas. A questão é que a
maioria das falhas poderiam ter sido evitadas.
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escuro a olho nu, e após um exame mais profundo, descobrimos que elas estão cobertas com
riscos verticais muito-finos. As superfícies dos anéis do pistão também tem a mesma
aparência. Estas condições são típicas de desgaste por abrasivos.
A sujeira ou material abrasivo podem ser deixados no motor durante as operações de
usinagem ou trabalho de montagem, ou podem entrar no motor através do sistema de indução
de ar ou tampa de enchimento de óleo ou respiro. O pistão na figura 1 foi severamente
desgastado devido a contaminação do ar por abrasivos que podem ter aparecido devido a um
filtro de ar defeituoso, um filtro de ar que foi mantido inadequadamente, um vazamento de ar
no sistema de indução entre o filtro de ar e a câmara de combustão ou por operação sem o
filtro de ar. O desgaste na figura 2 pode ter sido o resultado de abrasivos no ar ou partículas
de brunimento que não foram removidas completamente do furo do pino de pistão ou buchas
após o brunimento. As partículas de brunimento podem ser melhor removidas com uma
escova, água e sabão quente.
Na parte detrás do mancal na figura 4, está uma impressão que indica sujeira localizada entre
o mancal e a biela na época da instalação. Quando isto acontece, ocorre a formação de um
ponto alto na superfície do mancal que terá que suportar carga total, podendo resultar em seu
travamento devido ao calor gerado pelo atrito. Se o mancal trava no eixo, ele girará na biela,
o que frequentemente resulta na fratura da biela.
QUEBRA DE VÁLVULA
A quebra de válvula não é comum como algumas outras falhas destrutivas, porém não é
menos séria. Geralmente, a quebra de válvula pode ser separada em duas categorias: a falha
por impacto e a falha por fadiga. A figura 5 ilustra as características dos dois tipos de falhas.
Observe que a falha por impacto progride de um ponto de partida na forma de pé de galinha.
A falha por fadiga , por outro lado, progride de um ponto de partida na forma de meia lua ou
"marcas de praia". Não é necessário falar sobre os efeitos catastróficos de uma válvula
quebrada.
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Na figura 6 observe o ponto de origem e o tipo padrão característicos de uma quebra por
impacto.
No canto direito superior uma vista amplificada da haste da válvula é mostrada. As quebras
por impacto podem resultar de um pistão batendo contra uma válvula na posição aberta ou
altas velocidades de assentamento devido a RPM excessiva.
A figura 7 mostra uma falha por fadiga. Observe as linhas de progressão na vista amplificada
no canto direito superior e observe como esta difere-se da quebra por impacto. As quebras
por fadiga podem resultar de um assentamento incorreto ou qualquer condição anormal que
causa o flexionamento repetido da haste da válvula.
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PRÉ-IGNIÇÃO E DETONAÇÃO
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A pré-ignição também queima as válvulas. Uma válvula queimada por pré-ignição terá
marcas iguais às mostradas na figura 9. A área queimada apresenta-se como se estivesse
queimada por maçarico. Observe os glóbulos de metal que foram derretidos e aderiram à área
sob o cabeçote.
A detonação, por outro lado, geralmente pode ser ouvida, porque é mais comum ocorrer a
baixas velocidades e sob grande carga. A detonação é uma auto-ignição que ocorre nos gases
finais à frente da chama iniciada pela ignição. A detonação é o resultado de um tempo de
ignição super-avançado, travamento do motor, mistura pobre de combustível, um motor
super-aquecido e pela utilização de um combustível com uma taxa de octanas muito baixa
para o motor e suas condições de operação.
Geralmente a detonação é associada com a quebra de pistões e anéis. A detonação, na
realidade, faz um furo no centro do pistão, como mostrado na figura 10. As bordas do furo
indicam uma fratura, em vez de uma queima. Além disto, não foi encontrado metal derretido
em volta do furo ou no lado de baixo, tal como teria ocorrido devido a pré-ignição.
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A detonação pode também provocar avarias além da quebra da cabeça do pistão, conforme
visto na figura 11. Quando o pistão é exposto à detonação durante um período razoável de
tempo, uma considerável elevação de temperatura ocorrerá na câmara de combustão
causando o amolecimento da cabeça do pistão. Isto difere-se um pouco da pré-ignição,
conforme indicado na figura 8.
Uma outra forma de falha por detonação é mostrada na figura 12. A cabeça do pistão é
trincada e os sulcos dos anéis entram em colapso. Existe também o arranhamento dos anéis e
ressaltos dos anéis.
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QUEBRA DE BIELA
No que se refere a falhas de bielas, é importante mostrar um mancal que ficou frouxo na biela
(figura 14). Observe as áreas polidas ou desgastadas ao longo das extremidades do mancal e a
área central descolorida e escura. Se uma lâmina reta for colocada na traseira deste mancal,
será observado que ele está côncavo. Esta é uma indicação definitiva de que o furo interno do
mancal da biela estava excêntrico ou super-dimensionado, devendo ter sido recondicionado
ou substituído. Um travamento de mancal e/ou quebra de biela poderiam resultar desta
situação.
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As bielas ficam sob tremenda carga durante a operação, necessitando de parafusos especiais,
na extremidade do pino do pistão e na extremidade da capa. A biela na figura 15 quebrou
porque o mecânico instalou um parafuso de cabeça errada na extremidade do pino da biela. É
sempre bom substituir os parafusos de biela toda vez que o motor for revisado e,
naturalmente, usar o parafuso que foi projetado para esta aplicação.
A figura 16 mostra uma falha típica de anel de trava. A área adjacente ao furo do pino parece
que foi derretida; entretanto, este não é o caso. Quando o anel de trava se quebra ou sai fora
de sua posição, ele fica aprisionado entre a saia do pistão e a parede do cilindro. À medida
em que o pistão se movimenta para cima e para baixo mudando de direção, o anel de trava ou
quebra um pedaço dele, ou fará o mesmo movimento em sua área confinada, lascando partes
da saia do pistão. Frequentemente, quando isto ocorre o pedaço de anel quebrado irá
trabalhar acima dos anéis de pistão e no interior da câmara de combustão. Geralmente
associada a este tipo de falha, está o arranhamento ou riscamento severo da parede do
cilindro. Com o anel de trava deslocado de seu devido lugar, o pino do pistão trabalhará fora
de sua posição fazendo um sulco na parede do cilindro na extensão inteira de seu curso.
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Quase sempre, as falhas dos anéis de trava originam-se em curvamento ou torção da biela ou
folga excessiva da extremidade do virabrequim. Ocasionalmente, isto também resulta de um
furo interno que está super-dimensionado e não perpendicular à linha de centro do munhão da
biela do virabrequim. Qualquer uma destas condições causará o martelamento do pino do
pistão contra os anéis de trava em cada lado ou exercerá uma pressão extrema contra um dos
anéis de trava. As bielas devem ser realinhadas ou pelo menos verificadas toda vez que forem
removidas do motor.
A arranhadura severa em camisas tipo lubrificadas não é incomum e pode muitas vezes
originarem-se de distorção na área de vedação. Na figura 17 pode ser observado que o
arranhamento severo e o trincamento das camisas são adjacentes ao sulco do anel de vedação
superior. Quando instalar este tipo de camisa, é importante que os anéis de vedação não
sejam torcidos quando colocados no lugar e que a área adjacente na extremidade inferior do
bloco do cilindro esteja limpa e lisa, sem qualquer tipo de marca. A superfície inferior do
bloco deve ser bem lubrificada.
Descobriu-se que o silicone é um excelente lubrificante para este fim. O silicone é disponível
em lata de spray pressurizado, sendo muito fácil de manusear.
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Um exame mais profundo dos anéis de vedação removidos desta camisa (fig. 18) mostra que
foram puxados para fora do lugar no momento da instalação, sendo espremidos entre a
camisa e o bloco de cilindros, sendo que partes foram cortadas. Isto por sua vez, causou a
distorção da camisa e a redução da folga para os pistãos, resultando em arranhaduras severas.
O desgaste do eixo de comando de válvulas e tuchos pode não ser considerado em si uma
falha destrutiva. Entretanto, as suas consequências em geral são bastante graves,
considerando que as partículas desgastadas podem circular através do motor inteiro,
contaminando todos os mancais e arranhando muitas peças móveis. Uma falha do tipo
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mostrado na figura 19 geralmente ocorre nos primeiros minutos de operação seguintes à
substituição de um eixo de comando de válvulas e/ou tuchos. A causa mais comum é a falta
de lubrificação adequada na época da montagem. Isto pode ser causado pelo refaceamento
dos tuchos de válvula. As partes inferiores dos tuchos e os lóbulos do eixo de comando de
válvulas devem ser lubrificados com um óleo que satisfaça ou exceda a sequência de teste
API das especiflcações nº IV. Se o óleo usado no motor não satisfaz estas especificações,
então um composto para o eixo de comando de válvulas especial e tucho deve ser usado para
lubrificação inicial.
Quando tuchos novos não são usados com um eixo novo, este tipo de falha pode ocorrer
devido às saliências nas bordas. A figura 20 mostra um ressalto de excêntrico na posição de
contato com o tucho.
TRAVAMENTO DE BALANCINS
Pelo fato da bomba d'água ser uma peça crítica de um conjunto motor, é importante
mencionar alguns detalhes que poderiam ajudar na eliminação de tais falhas em sua operação.
Invariavelmente, o tipo de falha mostrada na figura 22 é devido ao eixo da bomba d'água;
entretanto, após um exame mais profundo de todas as peças, descobriu-se que o conjunto
ventilador causou a falha. Estava faltando uma lâmina do ventilador e, após examinar a
superfície da fratura, observou-se que a fratura foi do tipo por fadiga. Ela começou no rebite
e progrediu até um dos furos do parafuso de montagem. Esta superfície fraturada também
mostrou que esta trinca existiu durante um período considerável de tempo antes da separação
completa da lâmina.
As lâminas do ventilador devem ser verificadas cuidadosa e periodicamente , quanto a trincas
por fadiga. Quando for encontrada uma trinca, as lâminas devem ser substituídas. Não tente
endireitar uma lâmina de ventilador curvada ou empenada, pois o esforço pode provocar
trincas que passam despercebidas. A quebra da lâmina do ventilador pode causar ferimentos
sérios nas pessoas, além de danos no veículo. Se a metade de uma lâmina de 19" quebrar-se,
uma carga centrífuga de 786 libras resultará quando a rotação for 3000 rpm.
A 5000 RPM a carga vai para 2186 libras. Os mancais usados nas bombas de água tem uma
especificação de carga de 300 libras.
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Existem também várias falhas por quebra de eixo devido a correias de ventilador
super-apertadas. Muito poucos mecânicos consideram a importância da tensão correta da
correia do ventilador. O aperto excessivo resulta em sobre-carga dos mancais. Os mancais
então falharão em pouco tempo e causarão a quebra do eixo bomba.
Conclui-se portanto, que a maioria das falhas prematuras podem ser prevenidas. Em vista
disto, sugere-se que se faça um acompanhamento à área, pelo menos uma vez a cada mês.
Como exemplo, vamos tomar o problema da sujeira. Conscientize a todos os empregados que
a sujeira é altamente prejudicial e que os motores montados devem estar tão limpos quanto
for humanamente possível.
VEDAÇÕES
FINALIDADE DA ANÁLISE
O controle de gases, fluidos e pressões em sistemas de motores diesel requer uma ampla
variedade de elementos de vedacão. O calor, o frio e a reação química complicam a seleção
do material . O aumento contínuo de velocidade e potência de motores torna necessário que
os fabricantes de motores os testem continuamente e façam adaptações para utilizar as
últimas inovações em materiais de vedação e projetos para assegurar a vida útil adequada
para as vedações de motores. Esta literatura destina-se a ajudar o técnico no reconhecimento
da causa ou causas da falha de vedação e ajudar a prevenir falhas maiores apontando-se as
técnicas corretas de instalação, manuseio e práticas de seleção de peças.
Tabela
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Esta literatura aborda juntas, retentores de óleo e anéis "O" aplicados em motores diesel. A
tabela acima pode ser usada para compreender mais rapidamente porque a utilização do
retentor especificado é imperativo para que se tenha um ótimo desempenho. Para
informações com relação a outros tipos de retentores, isto é, anéis de vedação para camisas
de cilindro, anéis de pistão, retentores para mancais anti-atrito e retentores de cerâmica, veja
a literatura sobre análise de falhas aplicáveis e apresentações sobre reparos de componentes.
JUNTAS
PROJETO E CONSTRUÇÃO
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Fig. 1
FUNÇÃO
Junta ou gaxeta é um termo geralmente aplicado a um elemento de vedação usado em
condição estática; uma vedação entre duas superfícies rígidas. A junta ou sistema de vedação
total inclui as superfícies de encaixe, a junta ou gaxeta e os fixadores necessários para
prendê-los no lugar. A falha de uma peça é a falha do sistema. O retentor deve reter a pressão
ou fluído em condições variáveis de calor, frio e vibração, dependendo da velocidade, e
potência do motor, movimento veicular (ou tipo de armazenamento durante os períodos
inoperantes).
MATERIAIS
Os requisitos funcionais de uma junta determinam os materiais usados, porém algumas
combinações das seguintes propriedades são sempre necessárias.
- Resistência ao calor, agentes químicos, umidade e/ou frio.
- Resistência ao deslocamento, alongamento, oxidação e aumento de volume.
- Capacidade de vedação
- Compressibilidade.
- Resistência ao relaxamento e/ou compressão
PROJETO
Uma característica crítica de projeto de uma junta é a do tipo aparafusado. Como 80% da
pressão resultante do aperto do parafuso é concentrado perto do parafuso, os 20% restantes
devem pressionar a distancia existente entre os parafusos. As aberturas pressurizadas
(passagens de óleo, água e etc), requerem retentores adicionais tais como anéis, etc., que
vedam independentemente da junta durante o aperto inicial do parafuso. No que concerne ao
técnico, a condição e limpeza das superfícies, torque adequado e a junta correta, completam
os requisitos de projeto.
Fig.2
Durante a Desmontagem:
- Meça o torque de desaperto dos fixadores.
- Examine os fixadores quanto a escoriações, afrouxamento ou tamanho errado.
- Utilize métodos de desmontagem que não danifiquem as superfícies
(As falhas geralmente originam-se de danos durante a remoção da junta)
- Localize a origem do vazamento
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Fig. 3
Fig. 4
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Vazamento de Compressão (fig. 4)
O assentamento da periferia da camisa e da junta é projetado para reter a pressão de
compressão dentro da câmara de compressão. O vazamento aqui pode ser devido a:
- Danos antes da montagem
- Montagem inadequada: Inclusão de material estranho; aperto irregular nos cilindros
adjacentes; peça errada
. Material defeituoso
. Alta deterioração
. Calor ou pressão excessiva (Detonação, superaquecimento)
Fig. 5
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Fig. 6
Fig. 7
Fixadores. (fig. 7)
Fig. 8
21
Pressão Errada de Combustível
- Junta do filtro de combustível solta
- Flanges trincados e juntas do sistema de combustível vazando
- Conexão vazando na linha de sucção de combustível
Consumo de óleo
- Junta do cabeçote ou reservatório de óleo
- Junta do filtro de óleo
- Junta do filtro de desvio (by-pass)
- Vazamento do bujão de drenagem do reservatório (cárter )
Não Parte
- Vazamento na sucção-sistema de combustível.
- Junta protetora sobre a admissão de ar (motores novos)
Óleo na Água
- Junta de montagem do arrefecedor
- Retentores suplementares na junta do cabeçote
Baixa Potência
- Vazamento nas conexões de ar nos motores turbo-alimentados
- Vazamento nas conexões de combustível e óleo
Problema de Desaceleração
- Junta do filtro de combustível
- Vazamento em conexões de mangueiras
Água no óleo
- Vazamento no arrefecedor de óleo
- Vazamento de água na junta do cabeçote
- Vazamento no retentor de fenda, anel de vedação
- Passagens de água na junta do cabeçote vazando devido a superaquecimento, ou falha de
vedação inicial.
- Placa do arrefecedor de óleo danificada ou junta danificada (em alguns motores)
Vapores de óleo.
Superfícies ou flanges
- Certifique-se de que a junta velha esteja completamente removida. (O vazamento ilustrado
(fig. 9) resultou quando a junta nova foi montada sobre partes da junta velha).
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- Remova todo material estranho das superfícies.
- Não esmerilhe, exceto conforme especificado no manual.
- Não use aditivo, a menos que prescrito no manual.
Obs.: Em alguns casos de peças leves, creme de barbear em aerosol os manterá no lugar e
desaparecerá quando a instalação estiver completa.
Fig. 9
A junta.
- As juntas devem ser guardadas nas embalagens em uma área limpa, sêca e fresca.
- Manuseie cuidadosamente.
- Use sempre o número de peças da última revisão - os materiais de gaxeta estão
continuamente sendo melhorados.
- Examine a junta nova completamente. (a que é ilustrada na fig.10 foi montada com o corte
aderindo à superfície e vazou em duas horas). Não tente reparar ou usar uma junta defeituosa.
- Se você tiver que fazer uma junta, certifique-se de usar o mesmo material na mesma
espessura que a original.
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Fig. 10
Fig. 11
Os fixadores.(fig. 11)
- Use somente peças especificadas - um fixador muito longo ou muito curto perderá torque.
- Líquido ou sujeira nos furos de parafuso causam presssão hidráulica extrema e podem
conduzir a perda de torque ou trincas até mesmo em peças maciças.
- Use somente o lubrificante especificado.
- Aperto em excesso ou de menos podem provocar uma falha.
- A calibragem incorreta ou operação incorreta de uma chave de impacto ou torquímetro,
pode resultar em valor de torque incorreto e concentração e/ou tensão do parafuso.
- Siga as istruções do manual do motor com relação a valores de torque e sequência de
aperto.
RETENTORES
PROJETO E CONSTRUÇÃO
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Fig. 12
FUNÇÃO
Retentor é o termo geralmente aplicado a um elemento projetado para a utilização em
condicões dinâmicas; isto é, uma área onde há movimento. Tal movimento pode ser
recíproco, oscilatório ou giratório.
MATERIAL
À medida em que a velocidade do motor aumenta e é necessário trabalho pesado, novos
materiais são necessários para dar vida útil adequada. A maioria dos elementos elásticos nos
retentores de motores diesel são feitos de material sintético (silicones, poliacrílicos e viton).
Os compostos elásticos a base de nitrio são altamente resistentes a abrasão, sendo também de
baixo custo, porém tendem a reagir com os produtos químicos usados em alguns
lubrificantes, sendo sujeitos a deteriorações em altas temperaturas.
Os materiais de polímeros de silicone são resistentes ao calor e menos vulneráveis aos
produtos químicos, porém não resistentes a abrasão. (Veja a tabela de comparação de
materiais).
PROJETO
Como condições específicas de operação são utilizadas para determinar o melhor retentor
possível para uma área qualquer especificada, somente o retentor especificado assegurará
uma ótima vida útil. Para o técnico, as maiores preocupações são exatamente se os retentores
especificados estão sendo usados, se foram manuseados e estocados apropriadamente, se
foram instalados corretamente e se foram substituídos a tempo de livrar o motor de falhas
dispendiosas. Este é um exemplo onde a capacidade e o interesse do técnico se tornam
evidentes.
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Fig. 13
Durante a desmontagem:
- Remova o retentor cuidadosamente. Diminua as chances de danos ao eixo e/ou alojamento.
- Meça a rotundidade (eixo e alojamento)
- Examine o retentor quanto a:
- Tipo de desgaste que pode indicar desalinhamento ou inversão do retentor.
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Fig. 14
Abrasão.(fig.14)
A falha prematura dos retentores e o desgaste óbvio do eixo e do retentor indicam a
contaminação do lubrificante por abrasivos.
- Intervalo de troca de óleo longo.
- Manuseio inadequado do lubrificante
- Partículas de fabricação.
- Partículas de desgaste do motor.
Fig. 15
Deterioração.(fig.15)
Em falha prematura do retentor, onde o carvão adere ao elemento, linha finas, trincas ou
quebras estão presentes; a descoloração é observada na superfície do elemento, ou o material
elástico fica endurecido ou frágil, os ítens seguintes podem ser indicativos:
- Alta temperatura do óleo.
- Lubrificante incorreto.
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- Retentor reutilizado, defeituoso ou errado.
Fig. 16
Acúmulo de carvão.(fig.16)
Depósitos excessivos de carvão, geralmente acompanhados por elementos de vedação
deteriorados ou amaciados, podem indicar:
Fig. 17
Fig. 18
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Fig. 19
Fig. 20
Fig. 21
Fig. 22
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DEFICIÊNCIA DE FUNCIONAMENTO DO MOTOR QUE PODE SE ORIGINAR
COM A FALHA DE RETENTORES.
Baixa Potência
- Vazamento no retentor do eixo principal da bomba de combustível
- Vazamento externo de combustível (alguns motores)
- Vazamento de ar para dentro do combustÍvel devido a ferrugem no retentor do eixo de
acionamento do tacômetro
Operação Errada
- Vazamento na sucção do sistema de combustível
Desaceleração Lenta
- Vazamento do retentor da bomba de combustível
- Vazamento do retentor do eixo de acionamento do tacômetro
Superaquecimento
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Fig. 23
Fig. 24
- Certifique-se de que o furo interno ou alojamento não esteja danificado; que nenhuma
rebarba, arranhadura ou material estranho impedirá o encaixe correto da carcaça do retentor.
- Verifique as medidas e rotundidade quando aplicável.
- A seta indica uma trinca no alojamento que poderia iniciar um vazamento.
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Fig. 25
Duas horas de operação sem lubrificação inicial produziram o desgaste excessivo mostrado
neste retentor.(fig.25)
O retentor
- Use somente o último retentor lançado no mercado. Verifique os números de peças para
certificar-se.
- Remova da embalagem somente quando estiver pronto para instalar. (Os retentores devem
ser sempre guardados na embalagem - nunca pendure em pregos ou outros lugares, ou
manuseie sem cuidado).
- Uma unha, rasgo de chaveta, ou ferramenta inadequada ou banco de trabalho, pode
danificar o lábio do retentor.
- Use somente o lubrificante especificado para o retentor.
- Não gire o retentor quando ele for instalado no eixo
- Não inverta o retentor no eixo; o lado aberto da carcaça fica do lado do lubrificante.
- Mantenha-o limpo.
ANÉIS "O"
PROJETO E CONSTRUÇÃO
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Fig. 26
FUNÇÃO
Os anéis "O" são retentores elásticos comumente usados onde o contato metal a metal
absorverá a maior parte da pressão aplicada. Eles podem ser usados em condições estáticas
ou dinâmicas.
O anel é projetado para vedar uma passagem pela compressão aplicada nas superfícies
metálicas. A capacidade do anel macio de se adaptar temporaria e parcialmente às
micro-irregularidades das superfícies metálicas lhe possibilita vedar a passagem de fluído.
Enquanto a pressão e o movimento neste tipo de junta não são tão extensivos como em outras
áreas vedadas, estão presentes calor considerável, desgaste por produtos químicos e/ou
abrasivos.
MATERIAL
PROJETO
Os anéis "O" são usados em condições estáticas e dinâmicas e em várias condições de calor,
frio, vibração e pressão, desta forma eles são projetados para uma área particular. O anel
especificado foi selecionado para dar a melhor vedação e serviço à área especificada. O anel
deve vedar a passagem sem super-enchimento ou enchimento insuficiente, sendo assim muito
importante o tamanho. Ele deve ser firme o suficiente para resistir a ser sugado para fora da
passagem, porém não muito duro para comprimir e proporcionar uma boa vedação. Além
disto, ele deve ser compatível com os fluidos e temperaturas com os quais estará em contato.
Na substituição de anéis "O", a chave do sucesso é a seleção do anel "O" especificado.
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Fig. 27
Técnicas de Remoção
Os anéis "O" são geralmente encontrados em áreas do motor em que as folgas são críticas;
assim a técnica de remoção é importante. Danos nas superfícies contra as quais o anel veda,
podem causar vazamento mesmo após terem sido instalados os anéis novos.
- Use ferramentas de metal macio para a remoção. NÃO USE FERRAMENTAS DE AÇO
ENDURECIDO, PONTIAGUDO OU CORTANTE
- Faça ferramentas de plástico ou madeira para ajudar na remoção.
- Inspecione as ferramentas de remoção frequentemente para certificar-se de que estejam
livres de rebarbas e que estejam arredondadas e lisas
- Evite contatos asperos ou pressão pesada.
Indicações de Desgaste.
- Todos os anéis "0" têm um ajuste de compressão leve após certo período de utilização,
porém isto deve ficar confinado à borda de vedação. O restante do anel deve permanecer
flexível. A perda excessiva de flexibilidade indica alta temperatura ou incompatibilidade.
- Superfícies trincadas indicam danos por calor ou incompatibilidade de uso.
- O relaxamento e/ou deslocamento do material indica fadiga por cargas excessivas,
travamento local, alta pressão, encaixe incorreto.
- As superfícies de vedação, quando ásperas, significam superfícies metálicas ásperas ou
abrasivas.
- Cortes nas bordas podem ser devido ao esticamento ou rolamento ou torque irregular do
conjunto durante a instalação.
Após inspecionar os anéis, corte-os em dois pedaços e jogue-os fora. Nunca reutilize os anéis
ou deixe-os onde alguém possa utilizá-los.
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Fig. 28
ANÉIS "O"
Análise de falhas
Fig. 29
Fig. 30
Fig. 31
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Abrasão. (fig. 31)
A aspereza externa ou quebra excessiva do material, tal como ilustrado resulta de:
- Partículas metálicas finas transportadas junto com o combustível, lubrificante, líquido de
arrefecimento ou ar.
- Movimento contra uma superfície áspera.
- Pressão ou velocidade extremas do óleo trabalhando através da superfície do anel.
Fig. 32
Compressão.(fig. 32)
Sobre uma superfície limpa um anel vedará somente com 0,002" de compressão.
Eles nunca devem ser comprimidos a mais do que 30% de seus volumes. A compressão
contínua em geral, resulta em endurecimento e compressão.
Fig. 33
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Extrusão.(fig. 33)
As bordas externas dos anéis de vedação são algumas vezes sugados na direção do fluxo ou
movimentos. As condições que levam ao deslocamento e a subsequente quebra ou corte do
material são:
Fig. 34
Cortes (fig.34)
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Fig. 35
Rolamento (fig.35)
A inacessibilidade algumas vezes provoca o rolamento do anel "O" durante a instalação. O
vazamento, desta forma, é canalizado diretamente para fora da passagem. Uso de ferramenta
ou método incorreto durante a instalação:
- Anel muito apertado ou muito macio.
- Falta de cuidado na instalação da peça na qual os anéis são usados (camisa, injetor etc).
Fig. 36
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- Lubrificação excessiva antes da instalação.
Fig. 37
Falha na Partida
- Falta ou dano no anel da tampa do regulador de pressão
Óleo na Água
- Falha do anel do arrefecedor ou retentor metálico
- Falta de vedação - sulco e anéis em volta do cabeçote e passagens do bloco
Água no óleo
- Vazamentos pelos anéis e juntas após superaquecimento
- Falha do anel isolante entre o bloco e cabeçote
- Rebarba ou material estranho no anel isolante, anel de vedação ou áreas da camisa.
Combustível com Ar
- Vazamento do anel do injetor (agravado por contato inadequado da sede do injetor).
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Combustível na água
- Luva de injetor/anel do injetor com vazamento
Fig. 38
Fig. 39
A ilustração (fig. 39) mostra anéis de injetores de mesmo material, onde um foi exposto a
combustível e o outro a combustível e óleo.
Preparação:
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- Cubra as roscas, cavidades e irregularidades antes de instalar os anéis.
- Remova as rebarbas, cortes, riscos e irregularidades similares das superfícies.
- Limpe completamente as superfícies metálicas e remova o fluido de limpeza
completamente.
- Não use fluidos de limpeza para lavar os anéis.
Fig. 40
Instalação.
- Lubrifique os anéis levemente com óleo de motor (ou cinco partes de óleo para uma parte
de aditivo de viscosidade para óleo).
- Não use graxas pesadas (estas podem ocupar espaço).
- Use procedimentos de montagem e aperto especificados para proteger o anel contra cortes
(o corte mostrado acima é por instalação).
- Se um anel tiver que se forçado para dentro do lugar, isto será mais provavelmente um erro
de seleção ou método.
CABEÇOTE
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O Sistema de arrefecimento remove cerca de 25% do
total de calor gerado na câmara de combustão.
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Isto é calor suficiente para fazer com que quatro litros de água à temperatura ambiente
fervam por um minuto. Parte deste calor passa através do metal do cabeçote
para o sistema de arrefecimento
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Trincas - Estendendo-se de válvula a válvula, do furo de água ao parafuso,do
tubo do injetor à válvula, ou pequenas trincas radiais no rebaixo do assento da válvula.
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Deterioração dos vedadores de silicone do cabeçote ao bloco - o qual é evidenciado em
três estágios:
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Aparência do tubo do furo do injetor - o qual pode mostrar evidência de passagem de
gases ou condição de alta temperatura, destruição do assunto do tubo do furo do injetor
devido a superaquecimento severo, ou uso excessivo de água pelo acúmulo de depósito.
O Sistema de arrefecimento do motor é feito por componentes que funcionam para liberar o
calor do motor da maneira ilustrada.
A fim de permitir que todos os componentes funcionem com eficiência máxima, providências
devem ser tomadas a cada primavera e outono a fim de reduzir a formação de ferrugem e
escamas nas superfícies de transferência de calor (A), e proporcionar dissipação eficiente de
calor no radiador (C).
Bem como o senso comum indica que um anticongelante deve ser adicionado ao motor antes
da ocorrrência de baixas temperaturas ambientais; faz também sentido remover esse
anticongelante durante o calor. Os inibidores em anticongelantes "permanentes" podem se
esgotar durante o inverno e/ou o sistema se tornar contaminado. Comece abrindo as torneiras
de drenagem para retirar a solução velha do sistema. Se o líquido mostrar sinais de ferrugem
e escamas em excesso, use um agente de limpeza de boa qualidade e seguro, tomando
cuidado de seguir as instruções para neutralização do sistema em seguida. Continue a
enxaguar até que água limpa seja drenada do motor. Após a lavagem, complete o sistema
com água limpa e um inibidor de ferrugem no verão e um anti congelante no outono.
Verifique a tampa do radiador. Repetidas perdas do líquido podem indicar que a
válvula-reguladora de pressão não está funcionando corretamente. Se as mangueiras sofrerem
tendência a se restringirem, válvula de alívio de vácuo pode não estar funcionando dentro
dos limites.
Verifique os termostatos (e substitua os vedadores nos termostatos do tipo de bloqueio).
Submerja-o em água quente. Os termostatos mais frequentemente usados começam a se abrir
quando a temperatura atinge aproximadamente 76,6°C (170°F) e abrem-se completamente a
aproximadamente 86ºC (185°F).
Verificação do Fluxo de Ar
Verifique:
Verifique quanto a desgaste e trincas no D.I. das correias. Verifique quanto a desgaste nas
polias. Não instale correias novas em polias muito gastas. Verifique a tensão da correia do
ventilador. Use um aferidor de tensão de correias e tensione-a conforme os valores
51
recomendados se necessário. Certifique-se que não haja vazamento de óleo ou água sobre a
correia.
As falhas em cabeçotes e trem de vávulas não podem ser chamadas de incomuns. Entretanto,
elas são menos incomuns do que poderia se esperar quando se considera o número de peças
individuais e o calor, velocidade e a complexidade do movimento.Este cobre os aspectos de
projeto, material e função das peças envolvidas, e ilustra os tipos de falhas conhecidas no
cabeçote e trem de válvula.
Embora não esteja ilustrado todos os tipos de falhas conforme ela se relaciona com cada
peça, espera-se que as informações dadas às origens das falhas relacionadas ajudem ao
técnico a determinar a fonte da falha que lhe é apresentada.
Para ajuda com relação à montagem e reparos do cabeçote e peças do trem de válvulas,
consulte o manual de serviço para o motor envolvido.
- Cabeçote
- Válvulas
- Sede de válvula
- Mola de válvula
- Guia de válvula
- Cruzeta
- Alavanca de balancim
52
- Tubo ou haste de levantamento do balancim
- Came
- Seguidor de came.
PROJETO E CONSTRUÇÃO
Cabeçote
O ferro fundido usado nos cabeçotes contém carbono, silício e cobre em quantidades que
asseguram uma estrutura metálica que proporcionará, assim mesmo, condições à usinagem. A
resistência à tensão de pelo menos 35.000 psi é também necessária para melhorar a
resistência ao trincamento. A superfície do cabeçote, que forma o topo da câmara de
combustão e a veda durante a ignição do combustível, deve fornecer um número de dureza
Brinell de 179-235 (Esta é a parte mais grossa da fundição). As partes mais finas do cabeçote
devem ter um BHN (dureza Brinell) de 269 ou mais. (Estas áreas incluem as passagems de ar
e água). Esta é uma resistência mais do que moderada, sendo necessária as várias funções
desempenhadas pelo cabeçote.
FUNÇÃ0
- Forma o limite superior da câmara de combustão e fica vedada durante a compressão e
ignição.
- Proporciona a circulação de líquido de arrefecimento em volta das válvulas e injetores.
- Proporciona passagens para o ar de admissão e gases de exaustão.
- Aloja válvulas e injetores.
PROJETO E CONSTRUÇÃO
VÁLVULAS
53
À velocidade de cerca de 90 Km/h, as válvulas de um motor diesel se abrem e fecham cerca
de 1200 vezes por minuto na presença de extremo calor. É óbvio então, que as válvulas e
sedes de válvulas sejam cientificamente projetadas e fabricadas para proporcionar a
resistência e durabilidade máximas.
FUNÇÃO
PROJETO E CONSTRUÇÃO
Sedes de válvulas
54
O tamanho e a função do cabeçote tornam necessário que ele seja feito de ferro fundido.
Assim, quando é necessário uma resistência ao desgaste maior do que o fornecido pelo ferro
fundido na área de assentamento das válvulas, as inserções de sedes de válvulas são usadas.
Elas são feitas de aço inoxidável com alto teor de cromo é extremamente resistente ao
desgaste. A inserção proporciona uma vida útil muito mais longa na presença do calor e
martelamento durante a ação de assentamento da válvula, função que ocorre, como já
dissemos, 1200 vezes por minuto quando o veículo está a 90 Km/p/hora.
FUNÇÃO
GUIAS DE VÁLVULAS
55
O ferro fundido de dureza Brinell moderada (de 200 a 241), porém de alta qualidade para a
fusão é usado para guia da válvula. O interior da guia é em geral tratado para obter uma
resistência extra a tensão e produtos químicos, assim como a presença de umidade no
lubrificante na área do cabeçote. As folgas entre a haste da válvula a guia devem ser mantidas
conforme especificado para controlar a lubrificação do movimento da haste. O uso de
tamanho correto no furo interno de guia no cabeçote e guias é crítico, pois, é necessário
rigidez na instalação de guia.
FUNÇÃO
PROJETO E CONSTRUÇÃO
CRUZETA
56
O aço forjado usado na cruzeta é formado em liga para dar dureza moderada. O requisito
crítico na função da cruzeta é o ajuste correto para controlar o movimento da válvula com
pressão igual.
A folga correta entre a cruzeta e os retentores da mola de válvula é também necessária para
operação adequada.
FUNÇÃO
MOLAS DE VÁLVULAS
57
O aço da mola com alto teor de silício é usado, pois deve resistir a alta temperatura e à
ferrugem, assim como manter a resistência durante ciclos de expansão e compressão quase
infinitos.
FUNÇÃO
PROJETO E CONSTRUÇÃO
ALAVANCAS E BALANCINS
58
A alavanca de balancim de aço forjado está sujeita a muito pouco dano em operação normal .
A não ser por defeito de material ou tratamento operacional abusivo, a peça raramente falha.
A bucha e o eixo são frequentemente danificados, entretanto, pela falta de (ou incorreta)
lubrificação, por causa da sujeira nos sistemas do motor, ou por causa de técnicas
inadequadas de instalação.
FUNÇÃO
59
As hastes de levantamento são sujeitas a grandes esforços e pressão (uma carga compressiva
de até 4800 libras), assim uma grande resistência à tensão é o requisito principal do aço
usado. A utilização de haste ou tubo depende da série do motor, porém em qualquer caso, a
condição das juntas de soquete e esfera é muito importante. Os dados aqui causam o ajuste
incorreto da válvula e do injetor.
FUNÇÃO
- Transmite o movimento ao rolete (de came ou tucho para a alavanca do balancim para
operação da válvula e injetor).
PROJETO E CONSTRUÇÃO
60
Os roletes de cames e os tuchos devem fazer contato com o came com a pressão sendo
corretamente distribuída para que possam operar suavemente. Eles transmitem o movimento,
que abre e fecha as válvulas na injeção de combustível dentro da câmara de combustão. Aqui,
novamente, a lubrificação das buchas e pinos, rolos e os soquetes de encaixe das extremdades
dos tubos de levantamento é muito importante. Os limites de desgaste devem ser verificados
cuidadosamente durante as operações de reparos, pois o ajuste correto depende em grande
parte desta peça de trem de válvulas.
FUNÇÃO
61
O eixo de comando de válvulas forjado integral, com os lóbulos excêntricos e endurecidos
para controlar o sincronismo de injeção e ciclo de admissão, exaustão, também determina a
ordem de fogo dos cilindros através do intervalo de levantamento dos lóbulos.
FUNÇÃO
CABEÇOTES
FALHAS
ORIGENS:
62
Superaquecimento
- Perda de líquido de arrefecimento .
- Bloqueamento do fluxo de líquido de arrefecimento.
- Aquecimento localizado durante reparo
- Superalimentação, de combustível.
- Ajuste apertado do injetor.
- Instalação incorreta da luva do injetor.
- Refaceamento excessivo do cabeçote.
- Fundição defeituosa.
- Detonação devido a partida com éter.
ORIGENS
Superalimentação de combustível.
Superaquecimento
63
- Perda de líquido de arrefecimento.
- Perda do fluxo do líquido de arrefecimento.
- Aquecimento localizado durante reparo
- Parada quente.
- Detonação devido a excesso de éter
- Líquido de arrefecimento congelado
- Conexão da inserção incorreta
- Usinagem incorreta do furo interno da inserção
- Fundição defeituosa
- Depósitos de escamas ou outras restrições nas passagens de água
ORIGEM
64
VAZAMENTO
VAZAMENTO DE COMPRESSÃO
ORIGENS:
Pressão incorreta.
- Saliência irregular da camisa.
- Material estranho nas superfícies,.
- Aperto incorreto.
- Camisa danificada.
Mal posicionamento da junta ou vedação;
Corrosão.
Cabeçote com canalizações (devido a junta ruim).
Sincronismo incorreto do injetor.
Procedimentos incorretos de refaceamento.
Retentores
Retentores endurecidos por calor ou idade
Material estranho das áreas de vedação.
Desgaste ou corrosão.
Usinagem ou apertos incorretos.
Danos no cabeçote, cortes, formação de canais.
Cabeçote trincado.
Utilização excessiva de éter.
Calço da camisa virado
65
INSERÇÃO DE VÁLVULA TRINCADA.
ORIGENS
66
INSERÇÃO DA VÁLVULA SUPERAQUECIDA.
ORIGENS:
Superalimentação.
FALHAS DE VÁLVULAS
VÁLVULA EMPENADA
O calor e a operação podem distorcer uma válvula apenas levemente; assim este
empenamento não pode ser detectado a olho nu. Ele se torna óbvio, entretanto, quando se
67
tenta o esmerilhamento.
O exemplo mostrado no diâmetro de assentamento da válvula ilustrada, indica que ela foi
empenada durante a utilização. Ela não deve ser reusada, a menos que um esmerilhamento
uniforme deixe a espessura especificada no diâmetro da cabeça. (Veja o manual quanto a
limites de desgaste).
No esmerilhamento de sedes de válvulas, deve-se tomar muito cuidado para não se bater
contra a área do filete da válvula, com qualquer parte do equipamento de esmerilhamento, ou
com outras válvulas ou ferramentas. Um ponto de concentração de tensões pode causar a
quebra na área do filete pouco depois da válvula ser colocada em operação novamente.
ORIGENS:
Arrefecimento inadequado.
Assentamento incorreto.
Restrição na admissão de ar
Alta temperatura de exaustão devido a operação em altas altitudes sem nova regulagem.
Vazamento na tubulação de exaustão (caso do motor turbinado).
Ajuste apertado da válvula.
Mola da válvula fraca.
Super aceleração.
Acúmulo de carvão.
Acúmulo de verniz.
EROSÃO DO FILETE
ORIGEM:
Gases quentes escapando na sede de uma válvula adjacente podem ser direcionados para esta
área, provocando a erosão do material
68
FALHA DE ANEL
Técnica de instalação.
- Falha em assentar os anéis.
- Sulcos desgastados permitem o alívio
- Ajuste incorreto.
Técnica de operação.
- Super-aceleração.
- Detonação extrema
- Falha do balancim ou outra peça do trem de válvulas.
69
Tensão incorreta da mola da válvula.
Alta velocidade e calor excessivo.
Ajuste da válvula frouxo.
ACÚMULO DE VERNIZ
ORIGENS:
70
Queima de depósitos de óleo. (especialmente na utilização de óleos com alto teor de cinza)
Anel de pistão quebrado.
Anel de vedação de óleo excessivamente desgastado.
Vazamento de óleo na haste da válvula.
ACÚMULO DE CARVÃO
ORIGENS:
FADIGA MECÂNICA.
ORIGENS:
72
A utilização de uma válvula que não satisfaça as especificações do fabricante do motor para
um motor em particular, pode causar esta falha.
Deformação resultante de sincronismos excessivamente rápido que leva a fratura do metal.
Fadiga metálica resultante de temperaturas excessivas.
Manuseio inadequado da válvula
- Cortes na área do filete
- Cortes no raio durante a retífica .
Assentamento somente no lado externo da superfície da sede da válvula.
73
A indicação de que a cabeça da válvula foi batida pelo pistão é mostrada na válvula aqui
ilustrada, e na fotografia que mostra a falha do anel.
ORIGENS:
Superaceleração do motor
Desencaixe por falha do balancim ou tucho, seriamente fora de tempo, travando devido a:
- Depósitos de carvão ou óleo
- Desalinhamento
- Falta de lubrificante na guia.
- Alívio de compressão ajustada incorretamente (algumas séries de motores)
Mola de válvula fraca.
SULCAMENTO DA VÁLVULA
74
ORIGENS:
Carvão ou outras partículas impedindo o assentamento da válvula.
Inserção trincada.
Alinhamento irregular do spray do injetor.
Inserção ou válvula excêntrica.
Cabeça da válvula fora do esquadro com a haste.
Depósitos de óleo com alto teor de cinza.
VÁLVULA CURVADA
75
Se a medida da linha de centro da válvula variar em mais de 0,010" pode-se dizer que ela
está curvada. A reutilização nunca deve ser considerada.
ORIGENS :
Superaceleração.
Instalação inadequada da guia.
Ajuste incorreto da válvula.
Marcha lenta excessiva em temperatura ambiente fria.
Dano por alívio de compressão
Partidas a frio
Acúmulo de carvão e verniz e
FALHA TÉRMICA
76
O calor em excesso, além do que é calculado para operação do motor (para o qual as
válvulas foram projetadas) causa rápida fadiga nas válvulas de admissão e exaustão.
VÁLVULA A
Fadiga térmica típica de válvula de exaustão operando em cilindro com aquecimento
excessivo.
VÁLVULA B
Fadiga térmica de válvula de admissão operando na presença continua de calor excessivo. A
fadiga térmica progredirá até a falha completa da válvula.
FALHAS DE VÁLVULAS
77
DESGASTE EXCESSIVO - DIÂMETRO DA CABEÇA
ORIGENS
Obs: A operação contínua com este tipo de desgaste leva a fadiga mecânica e/ou formação
de uma área côncava na cabeça da válvula.
78
DESGASTE EXCESSIVO DA GUIA
ORIGENS:
Desgaste por abrasivos.
Arrefecimento insuficiente.
Lubrificação insuficiente.
Guia enferrujada
- Condensação no cabeçote devido a marcha lenta excessiva de temperatura durante a
operação ou vazamento de água em algum ponto no motor, levando a umidade ao cárter.
Inserção defeituosa ou sede da válvula excêntrica.
Uso da peça errada.
Guia colocada muito para dentro do cabeçote
Desalinhamento das peças.
FALTA DE LUBRIFICAÇÃO
79
ORIGENS
80
ORIGENS
81
Pontos de concentração de tensões externos.
ORIGENS:
Ferrugem
Fadiga
Cortes por instalação ou manuseio.
Movimento súbito da mola sob condição de superaceleração.
ORIGENS
Defeitos de processo.
Inclusões no aço.
Pode-se dizer que se uma mola de válvula está quebrada juntamente com outras peças do
trem de válvulas, que a mola quebrou primeiro. Quase nenhum incidente de quebra de molas
resulta em outras causas que não as relacionadas acima.
CRUZETAS (CABEÇA EM T)
82
Falha da porca de trava (o detalhe mostrado na foto, mostra desgaste prematuro das roscas,
devido a afrouxamento do parafuso de ajuste, o que permitiu a ocorrência da falha, conforme
mostrado).
MARTELAMENTO DA CRUZETA
ORIGENS:
Superaceleração do motor.
Falha do balancim ou tucho.
Ajuste incorreto da cruzeta.
Tubo de levantamento do balancim curvado.
83
DESGASTE LATERAL DA CRUZETA.
Esta condição é incomum, porém deve ser investigada em uma falha de guia ou válvula.
ORIGENS:
- Guia curvada durante a instalação.
- Curvamento da cruzeta durante a montagem ou reparo de outras peças.
- Desgaste na guia da cruzeta ou corpo da cruzeta.
- Ajuste incorreto da cruzeta.
Fratura:
ORIGENS:
Material defeituoso, geralmente inclusão no metal conforme ilustrado.
Pontos de concentração de tensão produzidos por manuseio ou usinagem inadequados.
84
Progressão de falha em outros pontos no trem de válvula.
ORIGENS
85
Este desgaste por abrasivo no eixo do balancim de um motor, ocorre apenas duas horas após
a introdução de poeira abrasiva durante um trabalho de teste, e pode progredir até o
riscamento sério se a poeira continuar a entrar no motor.
Pode-se esperar falha no trem de válvulas se ocorrer outra falha que a proceda.
ORIGENS DA SUJEIRA
Lubrificante contaminado.
Sujeira na admissão de ar.
Partículas de usinagem.
Sujeira incluída durante a montagem ou reparo.
Distorção ou curvamento
ORIGENS:
Superaceleração
Técnica de instalação incorreta.
- Ajustagem incorreta
- Utilização de tubo ou haste errada.
- Inversão do tubo ou haste.
Danos nos conjuntos de eixo de comando de válvulas e roletes de cames.
86
ORIGENS:
Lubrificação insuficiente.
Sujeira no lubrificante.
Partículas de usinagem.
Sujeira incluída durante a montagem ou reparo.
88
ORIGENS DA FALHA:
Este tipo em particular de desgaste de superfície origina-se da superaceleração do conjunto.
A superaceleração pode também curvar o pino rolo. O desgaste nesta área pode tambem
originar-se de um rolo trincado ou quebrado.
89
ORIGENS DA FALHA
O parafuso guia prende o conjunto do tucho para impedir sua rotação durante operação.
A falha em função permite o desainhamento do tucho, o que causa pressão irregular sobre as
superfícies do rolo e do came. O parafuso guia, falha por:
- Aperto incorreto.
- Esforço por desalinhamento.
- Material defeituoso.
- Fadiga.
- Omissão da luva guia do tucho.
- Superaceleração.
- Esforço pela tendência a girar do tucho.
- Tucho curvado.
DANOS NO ROLO
ORIGENS:
Ajuste muito apertado.
Furo interno da bucha do rolete de came desalinhado
Folga insuficiente.
- Pino instalado incorretamente.
- Peças não limpas adequadamente.
- Rolete empenado.
- Alinhamento incorreto do came e seguidor.
90
- Superaceleração.
ORIGENS:
Tensão horizontal.
- Ajuste muito apertado.
- Desalinhamento do furo interno a bucha.
- Folga insuficiente.
Ferrugem ou oxidação no eixo de comando de váluvlas ou rolo.
Lubrificação inadequada.
Material estranho devido a falha em outro ponto.
2. Número de Dureza Brinell (BHN) - Número que expressa brinell usando-se o diâmetro da
marca feita e a carga aplicada como fatores.
7. Formação de Canais - Corte ou desgaste formando canais em uma superfície. Neste texto,
o desgaste produzido por gás sob pressão.
8. Carga Compressiva - Carga ou força dirigida para dentro do lado externo de uma peça ou
série de peças.
12. Filete - Junção côncava formada onde duas superfícies se encontram; ou a faixa curvada
encaixada em tal junção.
13. Forjado - Usado aqui como peças forjadas; um modo de dar formas desejadas enquanto o
metal ainda está quente, por força compressiva. A peça é então acabada por usinagem antes
de ser utilizada.
18. Microestrutura - Neste caso, a estrutura interna do metal que é visível somente com a
utilização de microscópio.
19. Superalimentação - Qualquer dentre várias condições de formação ou ajuste nos quais
mais combustível do que o especificado está presente no momento da ignição.
20. Oxidação- Combinação de um outro elemento ou elementos com oxigênio por reação
92
química, em alguns casos deixando resíduos.
21. Jateamento metálico- Jateamento de uma superfície metálica com algum tipo de esfera
dura (granalha) com o efeito global de endurecimento da superfície assim jateada.
22. Silício - Um elemento não metálico usado especialmente em ligas metálicas, porém em
sua forma pura.
23. Spring-Surge- Em uma condição de super aceleração, a mola atinge um ponto onde não é
mais comprimida completamente ou expandida, permitindo que as válvulas flutuem e nunca
sejam completamente abertas ou fechadas.
24. Intensificador de tensão - Qualquer dano em uma peça do motor que tenderia a aumentar
o esforço acima daquele inerente ao funcionamento da peça, para o qual foi projetado.
25. Resistência a tensão - O maior esforço longitudinal (em libras por polegada quadrada)
que uma substância pode suportar sem separar-se.
26. Fadiga térmica - Fadiga devido a um calor acima do limite para o qual a peça envolvida
foi projetada. Força de giro ou torção.
28. Trem de válvulas- A combinação das peças do motor incluindo as válvulas e todas as
peças imediatamente necessárias para que sejam acionadas.
29. Verniz - Neste texto, os resíduos deixados pela combinação dos vários elementos
necessários para a combustão; especialmente aqueles resíduos produzidos por elementos
indesejáveis presentes no combustível, óleo ou ar, ou por temperatura excessiva.
PISTÕES E CAMISAS
FINALIDADE DA ANÁLISE
93
Este boletim destina-se a auxiliar o técnico a detectar as condições no motor que levam a
falha do pistão/camisa. Os motores-diesel são destinados a operar em condições que
frequente e diretamente contribuem para este tipo de falha. O conhecimento da relação
destas condições, com a operação do motor, possibilitará ao técnico direcionar seus esforços
de manutenção para aumentar a vida útil do motor, pelo qual é responsável.
A análise de falhas da área de pistão/camisa é uma tarefa particularmente complexa. A
tremenda quantidade de testes feitos e os inumeráveis documentos escritos (dados
estatísticos) em apoio a tais testes, levam a uma conclusão: raramente existe uma causa
específica para pistão/camisa riscada ou para anéis arranhados, que frequentemente levam ao
arranhamento profundo. Este tipo de dano geralmente ocorre pela combinação das condições
de operação geral do motor, sendo que, qualquer incidente provavelmente será único. Três
excessões a isto seriam: (1) a perda total do líquido de arrefecimento do motor, (2) a perda
total do fluxo do líquido de arrefecimento, ou (3) uma falha mecânica que leva à paralização
total de uma peça. O travamento ou engripamento pode ocorrer a partir de qualquer das três
causas separadamente, ou pela combinação das numerosas condições críticas.
As informações contidas neste boletim devem estabelecer orientações pelas quais, a causa ou
causas de uma falha específica possa ser determinada.
Para ajuda na instalação e reparos relacionados com pistãos e camisas, consulte o Manual de
Manutenção aplicável ao motor envolvido.
PROJETO E CONSTRUÇÃO
Camisas de Cilindros
94
Material:
As camisas de cilindro substituíveis tipo úmido fundidas centrifugamente ou feitas de ligas
de ferro para assegurar uma alta resistência ao calor e a fratura. O carbono é incluído para
aumentar a capacidade do ferro em reter um filme de óleo. O cobre ou níquel, manganês e o
cromo são incluídos em pequenas quantidades para aumentar a resistência e reduzir riscos de
fratura.
Projeto:
A camisa do cilindro faz parte integral da câmara de combustão. Com as válvulas e injetores,
ela forma a câmara de combustão tipo aberta. Embora este tipo de câmara seja considerado o
menos complexo, ele não requer grande resistência e rigidez.
O flange que se encaixa no rebaixo do bloco é projetado para ser liso ou para inclinar
ligeiramente para cima até a borda externa, de forma que sob extrema pressão (até 90 tons.
quando os parafusos de fixação são apertados) o esforço neste raio seja absorvido. O esforço
excessivo aqui pode causar o trincamento para cima e para dentro do diâmetro interno da
camisa.
A saliência da camisa acima do bloco é necessária para assegurar a vedação da junta e a
pressão de torque uniforme.
Uma outra área crítica fica próxima a área de curso do anel inferior, onde os anéis de vedação
externos vedam a galeria de água. Além disso, o chanfro interno e externo da borda inferior é
necessário para evitar corte durante a instalação e danos ao pistão durante a operção.
Função:
Fornece uma câmara durável para direcionar a pressão de combustão.
Veda a galeria de água que envolve e arrefece a camisa
Transfere o calor de combustão para o líquido de arrefecimento
Proporcionar longa vida e capacidade de substituição.
PROJETO E CONSTRUÇÃO
Anéis "O" Superiores - Estes anéis são de Buna ou Neoprene, sendo altamente resistentes à
àgua, anti-congelante, resíduos cromáticos e outros materiais de arrefecimento. Porém sua
resistência ao óleo é apenas moderada. Neste caso, novamente, as práticas de instalação são
muito importantes.
O retentor de fenda (crevice seal) é um retentor de neoprene largo, instalado acima dos anéis
"O". O neoprene é altamente resistente à abrasão não sendo afetado pelas várias misturas de
líquidos de arrefecimento. Este retentor é projetado especialmente para proteger os anéis "O"
contra danos por abrasivos no líquido de arrefecimento.
PROJETO E CONSTRUÇÃO
Pistões:
96
Material
- Os pistãos são fundidos em alumínio em liga principalmente com maganês e cobre ou
níquel para aumentar a durabilidade e resistência ao calor. O silício é também incluído para
aumentar a porosidade do metal no estado mole e reduzir a expansão térmica no pistão já
acabado.
Projeto
- A utilização de alumínio no pistão reduz a inércia do mesmo, o que permite uma
diminuição dos contra-pesos no virabrequim e, consequentemente, uma diminuição
considerável no peso em geral. A utilização de alumínio de alta expansão térmica em uma
camisa de ferro de expansão lenta, determina a forma aproximada do corpo da saia do pistão
e a sua forma oval quando vista pelo topo. Estas formas permitem folgas mínimas de
operação na direção de encosto e permitem o crescimento em linha com a linha de centro do
pino do pistão, durante a elevação de temperatura devida em operação.
A característica da transmissão eficiente de calor do alumínio permite que o calor da
combustão, que é absorvido pelo topo do pistão, seja prontamente transmitido para os anéis, a
parede da camisa e o óleo de lubrificação embaixo do pistão. Pelo fato do sulco do anel de
compressão localizar-se na área de alta temperatura, uma inserção de ferro com alto teor de
níquel é usada neste sulco para torná-lo mais forte e aumentar a vida útil.
Função:
- Apoia os anéis para vedar a câmara de combustão e controla o filme de óleo.
- Transfere a pressão de combustão para o eixo virabrequim.
- Transmite o calor através dos anéis.
- A forma em cúpula proporciona a mistura correta de combustível e ar.
PROJETO E CONSTRUÇÃO
Anéis de pistão:
97
Material:
Os anéis de compressão de ferro dúctil e maleável, são feitos com este material para fornecer
alta resistência e flexibilidade. Eles são revestidos de cromo, pois ficam expostos a calor
extremo. (O ponto de fusão do cromo é um pouco mais de 3400ºF).
Os anéis intermediários são geralmente de ferro fundido denso de alta resistência; onde maior
resistência é necessária, um ferro dúctil é usado. Em aplicações especiais estes anéis são
revestidos de cromo sendo que um anel raspador algumas vezes é usado no anel
intermediário inferior.
Os anéis de óleo são muito parecidos em composição com os outros anéis, sendo construídos
de ferro dúctil ou maleável. Embora eles variem no formato, a maioria é revestida de cromo.
Projeto:
O desenho em abóboda usado pela maioria dos anéis de pistão permite que uma maior
quantidade de pressão externa seja exercida contra a parte posterior do anel, para assegurar
uma boa vedação contra a parede da camisa. A forma abobadada elimina quase que
inteiramente o travamento. Os anéis de lubrificação, revestidos por cromo, forçados por mola
são os mais adequados para o controle efetivo de lubrificação.
Função:
- Veda a câmara de combustão contra os gases de combustão
- Transfere o calor da combustão para a parede interna da camisa
- Distribui o óleo no diâmetro interno da camisa do cilindro e controla a sua quantidade na
área de combustão.
- Proporciona flexibilidade (através de folga) para continuar a vedação numa faixa ampla de
temperatura e pressão.
PROJETO E CONSTRUÇÃO
Biela
98
Material:
Como uma grande resistência é essencial na biela, as especificações requerem alta qualidade
(em alguns casos, um bombardeamento com grãos de aço no forjamento do aço, reforço por
projetos de estruturas usando na construção vigas "1". Um grande cuidado deve ser tomado
durante o forjamento, tratamento térmico e processos de usinagem para eliminar a
possibilidade de aparecimento de pontos de concentração de tensão na formação da biela.
Projeto:
A biela deve suportar aproximadamente 24 toneladas de compressão durante o curso de
potência, e um esforço tremendo durante o ciclo rotativo. É essencial que o raio (veja
ilustração) entre o corpo da biela e a cabeça do parafuso seja altamente usinado, sendo que
devem ser protegidos contra deformações durante trabalhos de reparos ou instalação. A biela
e a capa recebem acabamento como uma unidade, sendo que as capas não devem ser trocadas
durante a substituição de mancais. O torque aplicado aos parafusos de fixação devem ser
conforme prescrito no Manual de Manutenção para evitar esforço que poderá causar a falha
do mancal e/ou quebra da biela durante a operação. Os furos de lubrificação na biela
fornecem lubrificante para a área do pino de pistão, sendo necessário absoluta limpeza para
assegurar a lubrificação adequada.
Função:
- Controla o curso vertical do pistão.
- Transmite a pressão de combustão do pistão para o virabrequim.
PROJETO E CONSTRUÇÃO
Pino de pistão.
99
Material:
Os pinos de pistão são de especial qualidade de aço-carbono. A superfície externa é
endurecida e esmerilhada. Em seguida é polida até espelhar.
O anel de trava que prende o pino no lugar é de aço de alta qualidade, desempenhando sua
funcão satisfatoriamente se for corretamente instalado. A bucha, na qual o pino se encaixa na
biela, é uma peça cilíndrica de três camadas que raramente falha se lubrificada
adequadamente. Ela é encaixada por prensa no furo da biela, e se isto for feito
apropriadamente, ela é muito durável.
Projeto:
Para evitar folga excessiva nas temperaturas de operação, o encaixe entre o pino e o pistão
deve ser cuidadosamente controlado. Quando os metais estão frios, o pino é maior do que o
furo do pistão. Para assegurar o encaixe adequado, os pinos e pistão de substituição são
embalados em conjuntos.
100
Cerca de um terço do calor produzido pela combustão em um motor diesel é transmitido
como energia através do virabrequim. Os outros dois terços devem ser dissipados pelos
sistemas do motor. Um terço, aproximadamente, é dissipado através das válvulas, tubulações
e tubo ou chaminé de exaustão. O outro um terço deve ser removido pelo sistema de
arrefecimento - a água de arrefecimento, o óleo de lubrificação e a circulação de ar em volta
do motor. Calor adicional é criado por folgas apertadas e peças móveis, devendo também ser
considerado. É óbvio que a remoção contínua e eficiente de calor é necessária,pois o acúmulo
de calor gerado, excederia em pouco tempo o ponto de fusão dos metais envolvidos.
Muitos testes feitos em relação a operação de motores de combustão interna tem
demonstrado que o motor diesel receberá uma grande quantidade de esforço em uma ou mais
áreas enquanto o arrefecimento for suficiente. Entretanto, onde houver um esforço indevido
em qualquer área, uma perda de arrefecimento em gualquer quantidade causará a falha do
motor.
A atenção aos detalhes de todos os sistemas necessários para a remoção de calor se torna
muito mais importante quando compreendemos que a temperatura do motor é tomada em
somente um local. Se o superaquecimento for localizado em uma área distante do sensor, é
possível que ocorra a falha do motor antes que o sensor possa dar o alarme.
As condições relacionadas a seguir são aquelas necessárias para operação ideal do motor.
Muitas delas são aspectos de proleto que devem ser incorporadas na instalação original.
Muitas outras, entretanto, são da responsabilidade das instalações de manutenção e reparos.
A deficiência em qualquer área pode afetar drasticamente a eficiência geral no arrefecimento
do motor.
CONDIÇÕES AMBIENTAIS
101
"Efeito da temperatura de admissão sobre o tempo de arranhamento dos anéis do pistão".
102
altitude.
SISTEMA DE ARREFECIMENTO
Componentes:
- Radiador, ventilador e revestimento para circulação de ar são elementos de projeto,
entretanto, deve-se considerar alterações feitas necessárias para motores diferentes. Onde
ocorre problemas com o sistema de arrefecimento, estes elementos devem ser verificados.
- A bomba d'agua pode travar por vapor (1) durante o aquecimento prévio após a parada a
quente (2) na presença de água aerada, ou (3) por estar sendo usado fluxo excessivo de água
para a bomba.
- A corrosão do impulsor da bomba de água corta o fluxo de água. A polia ou correia da
bomba de água, quando desgastada, assim como correia do ventilador, diminuem a eficiência
do sistema. A resistência à corrosão, adequadamente mantida, é uma necessidade. Os
minerais no líquido de arrefecimento, a oxidação e outros tipos de corrosão devem ser
controlados por um elemento químico que os iniba. O tanque superior do radiador deve
assegurar o enchimento completo. A obstrução das aletas do radiador, reduz enormemente a
eficiência de arrefecimento.
- A ajustagem do termostato pode regular o arrefecimento e o aquecimento com
sucesso se ajustado para manter a temperatura do tanque superior a 175/185°F a plena carga.
103
Condição do líquido de arrefecimento
- Capacidade de transferência de calor do líquido de arrefecimento é enormemente diminuida
por sujeira suspensa, ar ou gás.
- Sujeira depositada de água do motor, tubulação e radiador, restringe a circulação de água,
reduz a transferência de calor e provoca pontos quentes.
- Líquido de arrefecimento com nível baixo corta o fluxo e pode provocar o travamento a ar
da bomba de água.
- Minerais, produtos químicos, etc. no suprimento de águal local podem regular o intervalo
de manutenção do elemento resistente à corrosão. A água para completar o nível também
deve ser tratada.
- O líquido de arrefecimento aerado acelera a erosão; geralmente leva ao subenchimento do
sistema e a obstrução do fluxo devido a bolsas de ar.
S1STEMA DE LUBRIFICAÇÃO
Componentes:
- Filtro de desvio e de fluxo total são necessários para a maioria das operações. A
manutenção e a substituição dos elementos deve seguir as instruções dadas no Manual de
104
Manutenção.
- Não se deve deixar envelhecer mangueiras. Substitua na época certa para evitar o colapso
interno, endurecimento e quebras externas.
- A técnica de instalação deve eliminar curvas fechadas e pancadas entre as peças do veículo,
o que poderia restringir a circulação ou cortar a mangueira. Devem ser usadas somente as
mangueiras que satisfaçam as especificações de resistência ao calor.
- A manutenção do ar arrefecedor de óleo e a operação devem ser ideais.
- O arranjo angular deve estar de acordo com as condições de operação do veículo.
- A drenagem regular do reservatório deve remover os sedimentos e a água depositados em
seu fundo.
Lubrificante
SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
Componentes:
Combustível:
105
SISTEMA DE INDUÇÃO DE AR.
Componentes.
AR
Restrição
Localização
A saída de exaustão deve estar a pelo menos três pés da admissão de ar para impedir a
reentrada de gases carregados de carbono e aquecidos.
106
Técnicas de Operação
Partidas a frio:
- Ligue o motor e não exceda a 600 rpm até que a pressão de óleo seja atingida. Funcione o
motor a 800/1000 rpm até que o termômetro de água registre 140ºF.
- Aplique a carga total, gradualmente, após este aquecimento. Isto assegurará uma boa
lubrificação e o fluxo de líquido de arrefecimento antes que as temperaturas do motor estejam
altas.
- A aceleração de um motor frio danifica as superfícies metálicas aumenta a detonação e
danifica o turbo-compressor.
- O ar frio demora mais a atingir a temperatura de combustão, o que cria uma condição
similar a sincronismo avançado de injeção, causando detonação.
Parada a quente:
Um motor diesel deve funcionar em marcha lenta em vazio (600 rpm) pelo menos 5 minutos
antes de ser desligado após operação a 75% da carga total ou mais.
- A parada, antes que as superfícíes quentes arrefeçam pela circulação de ar e óleo leva ao
acúmulo de carvão e verniz nas superfícies aquecidas.
- O motor não deve ser ligado novamente antes de 10 minutos depois de uma parada quente.
Isto pode provocar uma trava a vapor da bomba de água, parando o fluxo de líquido de
arrefecimento.
Superalimentação
- Quando a taxa de alimentação é ajustada acima das especificações, uma potência extra pode
ser obtida. Entretanto, a superalimentação leva a detonação, desgaste de anéis, riscamento e
outros danos na área de combustão.
- A fixação por braçadeiras das tubulações de drenagem dos injetores também resulta em
danos por super-alimentação.
Amaciamento Incorreto
- Alguns motores novos ou recondicionados são danificados por roçamento de anel durante o
amaciamento. A pré-lubrificação, enchimento do filtro e o lubrificante apropriado, são
necessários para impedir danos que podem ocasionar a falha.
CONDIÇÕES DE PROJETO
Projeto Original
107
- As ligas metálicas usadas em cada peça são selecionadas para suportar o calor e a pressão
calculados para a área sob as condições de operação.
- Os componentes dos sistemas são projetados para dissipar adequadamente o calor e
condições operacionais calculadas.
- A configuração da peça é adequada para permitir vedação, retenção de torque e facilidade
de instalação.
- O encaixe por prensa da camisa manterá a camisa firmemente no furo do cilindro.
- A saliência da camisa é adequada para manter a vedação da junta
- O ângulo do flange da camisa absorverá o esforço devido a pressão de torque.
- O chanfro nas bordas inferiores da camisa permitem a instalação e o curso do pistão sem
cortes ou quebras.
- A galeria de água é projetada para permitir a circulação ideal para eliminar os pontos
quentes e manter o equilíbrio térmico entre as áreas do motor.
- O projeto do sulco do anel considera o acabamento lateral e ângulo do sulco para o anel
especificado e quando as duas peças estão em boas condições.
- Os anéis de vedação, adequadamente lubrificados e instalados, impedem a passagem do
líquido de arrefecimento para dentro do cárter.
- Raios adequados, cuidadosamente usinados, absorverão os esforços (áreas de alívio do
pistão e biela ).
- O acabamento da camisa e superfícies de anéis assentarão quando amaciados
apropriademente.
- O projeto geral do motor proporciona as folgas de operação adequadas para condições de
sobre-carga moderadas.
Aplicação
O modelo do motor aplicado deve ter especificação de potência suficiente para desempenhar
o trabalho requerido. Os componentes do sistema de arrefecimento do veículo devem ser
adequados para arrefecer o motor a plena carga, sob condições adversas, razoavelmente
esperadas.
108
Instalação e Manutenção
Camisas:
PISTÃOS
Os anéis novos não se assentarão se o sulco estiver desgastado além dos limites ou estiverem
danificados.
A plena carga, a folga entre o anel e os lados do sulco pode ser de até 0,002", assim a limpeza
durante a instalação e a limpeza do ar de admissão é crítica.
- Os anéis substitutos devem ser aqueles especificados para proporcionar a folga correta, uma
superfície compatível com o diâmetro interno da camisa é a folga requerida.
- Instalação do pino e da biela devem proporcionar o alinhamento requerido para o pistão,
deixando sem danos as superfícies metálicas e não devem forçar o pistão por instalação
forçada do pino.
- As capas de biela não são intercambiáveis, pois os furos internos dos mancais são usinados
enquanto as bielas são montadas e é aplicado torque
- Os raios da biela não devem estar marcados - cortes e irregularidades causam
109
quebra por cisalhamento.
- O anel de trava do pino do pistão requer uma instalação CUIDADOSA.
FALHAS DE PISTÃO
110
Riscos em quatro pontos
Quatro riscos verticais, em cada lado do furo do pino do pistão ou em ambas as extremidades
do pino. A falha pode ocorrer rapidamente
- Perda de líquido de arrefecimento.
- Bloqueamento do fluxo de arrefecimento
- Partida a frio inadequada e/ou prática após parada a quente
- Pino colocado em um pistão frio.
RISCOS
111
O sulcamento vertical da saia do pistão a 90° em volta do furo do pino, geralmente
desenvolve-se em um certo período de tempo.
- Progride a partir de anéis desgastados
- Super alimentação
- Distorção
- Expansão térmica do pistão (na partida)
- Camisa (relacionado com o anel "O")
- Furo no bloco
SULCAMENTO IRREGULAR
112
- Falha de válvula
- Anel quebrado, inserção ou Cheio na cabeça
- Falha de turbo-compressor
FRATURA DO RESSALTO
113
O dano no ressalto mostrado provavelmente resultou de falha no inserto. A falha do ressalto
do anel pode também ser originado de:
- Detonação
- Quebra do anel
- Gaps dos anéis alinhados
- Porosidade de fundição
- Uso excessivo de éter ou outro auxiliar de partida.
LUBRIFICANTE OXIDADO
114
Depósitos pretos ou marrons no pistão, superfícies interna e externa da saia.
- Vedação ineficiente de anel
- Temperaturas de óleo excessivas
- Óleo de qualidade inadequada
- Intervalo de troca de óleo não observados
- Nível de óleo alto
- Óleo aerado
A falha em aquecer o pistão adequadamente leva a forçar o pino dentro do furo interno,
causando esforço durante a operação. O anel de trava incorretamente instalado corta a camisa
e/ou permite o desalinhamento do pistão.
115
- Pistão não aquecido até próximo de 200°F para instalação do pino.
- Anel de trava não assentado no sulco (ilustrado).
- Anel de trava omitido.
FRATURA DO PISTÃO
- Detonação
- Super alimentação
- Operação a potência excessiva.
ARRANHAMENTO DE ANEL
116
Riscamento e descoloração, vertical da superfície do anel (face de vedação): Esta é a
principal causa de consumo de óleo e sulcamento de pistão/camisa.
- Amaciamento ou instalação incorreta
- Super alimentação
- Deficiência de arrefecimento
- Manutenção inadequada do turbo-compressor
- Alta restrição ou temperatura do ar de admissão
- Pouca folga do anel
- Filtragem inadequada (ar e/ou óleo)
FRATURA DE ANEL
O anel quebrado ilustrado provavelmente resultou da área "queimada" acima dele. Outras
quebras de anel originam-se de:
- Super expansão durante a instalação
- Danos durante a inserção do pistão na camisa
- Travamento de anel e camisa reutilizada
- Utilização de anel errado
- Detonação
TRAVAMENTO
117
A formação de depósitos a uma extensão que impede o movimento para fora o suficiente para
permitir a vedação do anel. Virtualmente não existe nos anéis em forma de cunha (Keystone).
- Super aquecimento intermitente.
- Intervalo de troca de óleo muito longo
- Operação a frio.
SULCAMENTO
Progride de:
- Arranhamento de anel
- Sulcamento de pistão
- Partida a frio inadequada
118
- Partículas de brunimento ou sujeira no ar de admissão
- Quebra do anel de trava ( sulcamento local)
- Anel quebrado, cheio de inserção
TRINCAMENTO
CAVITAÇÃO
119
Erosão em séries mais ou menos regulares de cavidades superficiais no lado de encosto ou
anti-encosto do diâmetro externo da camisa. Nenhuma causa específica provada, porém
ocorre na presença de:
- Líquido de arrefecimento aerado.
- Movimento da camisa
- Altas temperaturas do líquido de arrefecimento
- Tratamento inadequado da água
- Baixo fluxo de líquido de arrefecimento.
CORROSÃO
Superfícies e/ou áreas usinadas para encaixe ou vedação. (A ilustração é a do topo de uma
camisa com desgaste).
- Aperto incorreto dos parafusos de fixação do cabeçote
- Saliência incompatível da camisa
- Encaixe por prensa da camisa não apertada (movimento)
- Junta do cabeçote danificada ou desgastada
121
O diâmetro externo da camisa pode estar descolorido ou áspero sem reação real do metal.
Bege ou marron:
Geralmente denota super aquecimento.
ESCAMA
Camadas nas cores bege e marrom de material calcáreo depositadas por água, no diâmetro
122
externo da camisa.
- Tratamento inadequado de água.
- Teor de minerais extremamente concentrado e/ou produtos químicos no líquido de
arrefecimento.
QUEBRAS VERTICAIS
123
A camisa é altamente resistente a quebra verticais e quando tal fratura é observada, pode-se
concluir que é devido a:
- Danos no manuseio
- Cavitação severa
- Progrediu de um pistão travado.
PROCURE A CAUSA
O conserto de um motor pode ser uma tarefa cara e demorada. Ninguém pode arcar com as
despesas de reparo de um motor defeituoso, sem determinar, e então corrigir a causa da falha
inicial. Muitas pistas são encontradas através de um exame de cada cilindro, pistão, anéis e
camisa. Pelo conhecimento do que procurar, pode-se dizer como o motor trabalhou, e quais
são os problemas. Com o exame de cada peça, pode-se decidir se pode ser reutilizada, ou se
deve se substituída. As informações que se seguem, servem como um guia visual de peças
gastas, é uma referência para a determinação da causa da falha.
Os quadros abaixo identificam as peças assim como serão designadas na análise de falhas de
pistões, anéis e camisas que se segue.
124
ANÁLISE DE DESGASTE E PADRÕES DE FALHAS
Trincamento da cratera.
125
Fig.3
Fig. 4
Teste a profundidade de uma trinca enfiando uma ponta metálica nela.Se as trincas são 1/3 ou
mais da espessura da coroa do pistão, substitua o pistão. Se uma trinca circular é evidente,
próxima ao diâmetro externo da coroa, o pistão não pode ser reutilizado.
Inspecione o lado debaixo da coroa do pistão. Se as trincas penetram no lado debaixo da
coroa, ou se a descoloração escura e carbonização estão presentes, (figuras 5 e 6 ) o
superaquecimento certamente foi devido ao mal funcionamento do jato de óleo de
arrefecimento do pistão (geralmente nao há jatos de arrefecimento em motores sem
turbo-compressores). Pistões severamente trincados não devem ser reutilizados.
126
Fig. 5 e 6 - Trincamento profundo em cratera
até a parte interna descolorida do pistão.
EROSÃO
REBAIXO DE VÁLVULAS
Quando os rebaixos de válvulas estão erodidos, uma válvula de combustível vazando ou uma
distribuição incorreta de injeção serão certamente as causas. Quando o ciclo de queima do
combustível não é normal ocorre uma combustão irregular. Isto provoca altos picos de
pressão e temperaturas excessivamente altas as quais podem danificar a coroa do pistão. Os
bicos injetores e a distribuição de injeção devem ser verificados.
127
Fig. 7 - Erosão no rebaixo da válvula. A reutilização
deste pistão é questionável.
COROA DO PISTÃO
Suprimento inadequado de ar também pode causar uma combustão irregular a qual resulta em
erosão na parte superior do pistão ( fig. 8 e 9 ). Neste caso a erosão é mais uniforme ao redor
da borda externa da cratera e é localizada fora do rebaixo da válvula de admissão. Teste o
sistema de admissão de ar quanto a restrições ou fugas.
128
Fig. 9 - Não reutilizável - Erosão na crista do pistão
DANOS SEVEROS
Se a parte superior do pistão está bem marcada ou "mordida", isto provavelmente foi
provocado pela entrada de material estranho na câmara de combustão.
Esta parte superior do pistão na figura 10, foi estragada por uma ponta quebrada de vela de
aquecimento. Pontas quebram devido a distribuição incorreta de injeção, encurtamento ou
combustão irregular.
129
Fig. 11 - Válvula quebrada danificou o pistão
Este bujão térmico frouxo eventualmente se quebra deixando um furo irregular na coroa onde
estava localizado. Observe a impressão da porção rosqueada no bujão térmico na parte
superior do pistão. Algumas impressões são um indício da causa do defeito do pistão.
Use uma chave de torque para testar o aperto do bujão térmico. O bujão não deve girar
quando a força de 8 libras-pé é aplicada. Rejeite pistões com bujões térmicos frouxos.
130
Fig. 13 - Dano causado por falha do bujão térmico
ARRANHADURA
Arranhadura na faixa do anel superior e depósitos de carvão nas canaletas dos anéis
aparecem quando o óleo queimado escapa através dos anéis. O carvão adere à camisa acima
do curso do anel, arranhando o pistão quando ele se move para baixo e para cima. Pelo fato
de apresentar pequenos arranhões, o pistão da figura 14, pode ser reutilizado depois de
limpo.
Se um pistão tem arranhões ou entalhes profundos, ele deve ser substituído.
Alguma arranhadura por carvão é considerada normal. Mas o funcionamento durante longos
períodos com cargas baixas pode aumentar a intensidade da arranhadura.
QUEBRA
Em raras ocasiões a liga entre a cinta de ferro fundido e o pistão que mantém o anel superior,
apresentará falhas. Este tipo de falha será agravado pela elevada temperatura da coroa do
pistão devido a uma sobrecarga de operação ou uma extrema flutuação de carga.
131
Fig. 15
Na figura 15, a cinta de ferro está frouxa e produziu a quebra do ressalto situado abaixo dela.
Sob choques excessivos, a cinta frouxa produziu a quebra da coroa do pistão (Figura 16).
Observe a fratura lisa entre a cinta e a coroa do pistão. A cinta quebrada continuará a
"martelar" o pistão, arredondando as bordas da canaleta de retenção (Figura 17).
132
Fig. 17 - Pancadas constantes arredondaram as
bordas restantes do pistão
ESCORIAÇÃO E ENGRIPAMENTO.
Escoriação na faixa acima da canaleta superior pode ocorrer quando a coroa do pistão sofre
um superaquecimento e se expande além do tamanho normal, com o contato
metal-contra-metal, o alumínio, mais macio, do pistão é arrancado e adere à parede da
camisa.
Fig. 18 -
Um bico injetor com vazamento ou uma distribuição incorreta de injeção é a causa mais
comum da escoriação, quando limitada à faixa acima da canaleta superior. Em caso extremo
poderá ocorrer engripamento do pistão. Outros cilindros deverão ser inspecionados quanto a
defeito quando a escoriação é evidente. A corrosão no bujão é evidência de que o
engripamento foi provocado por um vazamento no bico injetor ou uma distribuição incorreta
de injeção (figura 19). Assegure-se que o que parece ser corrosão não é um depósito de
cinzas de Bário ou Cálcio. Os depósitos podem ser raspados. A corrosão é permanente.
Defeitos na coroa do pistão podem resultar, eventualmente, no engripamento ou escoriação
da saia.
133
Fig. 19 - Corrosão do bujão térmico.
SAIA D0 PISTÃO
ESCORIAÇÃO E ENGRIPAMENT0
A escoriação, que risca a saia do pistão, particularmente na área dc furo do pino do pistão, é
pequena, ou nenhuma escoriação no primeiro ressalto pode ser causada por arrefecimento
inadequado do motor (figura 20). Se este tipo de defeito aparece na maior parte ou em todos
os pistões, há forte evidêncisa de uma falha no sistema de arrefecimeto ou lubrificação
inadequada.
A falha pode ser provocada tanto por superaquecimento do sistema de arrefecimento, como
da rápida perda do líquido arrefecedor. Verifique o sistema quanto a vazamentos, procure
incrustações na região dos anéis, na superfície dos anéis e na coroa do pistão. A escoriação
poderá ser também provocada por lubrificação inadequada. Verifique o nível de óleo do
134
cárter sempre que ocorrer uma falha no motor. Verifique a condição interna do pistão e o jato
de arrefecimento. Verifique os outros pistões quanto a defeitos, desgaste ou anéis travados e
depósitos de laca e carvão na área dos anéis.
Pequenos pontos de escoriação da saia (figura 21) podem ser causados por abrasivos do
cárter, um pedaço de anel, ou outro material. Partidas a frio também podem causar este tipo
de escoriação e pode ocorrer devido a uma lubrificação inadequada em tempo frio.
Marcas de escoriação estendendo-se de alto a baixo no pistão, podem indicar que o pistão era
sobre medida. Isto é raro, porém pode ocorrer escoriação e/ou engripamento provavelmente
aparecerão nas primeiras 50 horas de serviço após a instalação do pistão. Falhas nos sistemas
de arrefecimento ou lubrificação podem também produzir escoriação por todo o comprimento
do pistão ( figura 22 ). Pistões com qualquer tipo de defeito na saia não devem ser
reutilizados. Em caso de engripamento do pistão, verifique as válvulas, as hastes de
levantamento e os balancins quanto a defeitos.
135
DESGASTE NORMAL
Em desgaste normal, a saia do pistão ocasionalmente faz contato com a camisa. Isto produz
um desgaste parecido com desgaste de mancal: uma superfície brilhante com minúsculas
arranhaduras (figura 23). Esta superfície ligeiramente áspera, facilita a lubrificação. Este
pistão é reutilizável.
Contudo, se os pistões tem qualquer dos tipos de defeitos já descritos, eles não deverão ser
usados novamente.
O desgaste por abrasão é acusado por uma saia de pistão com um cinza bem opaco, as arestas
do anel de lubrificação gastas, sem o revestimento de cromo em todos os anéis, canaletas
consideravelmente gastas e algum desgaste na camisa. A figura 24 mostra um pistão bem
desgastado por abrasivos. Pistões como este não podem ser reutilizados. Impurezas
provavelmente entraram pelo sistema de admissão de ar e misturaram-se com o óleo
lubrificante. As dimensões do anel do pistão e da canaleta devem ser verificadas com as
especificações do Manual de Serviço sempre que as condições de abrasão apareçam no
pistão. Um motor que apresente desgaste do pistão e do anel como este que foi visto, deve ser
verificado cuidadosamente quanto a vazamentos no sistema de admissão de ar. O sistema de
admissão de ar e outros sistemas do motor devem ser inteiramente limpos antes da nova
montagem.
136
Fig. 24 - Pistão danificado por desgaste por abrasão.
QUEBRA
Os pistões quebram no furo do pino a maior parte das vezes por causa de engripamento do
pistão; às vezes por velocidade excessiva do motor. Neste caso onde o engripamento do
pistão causou a quebra, o pistão terá grandes marcas de escoriamento.
Se o pistão quebrado está virtualmente sem marca, então a quebra na região do furo do pino
será atribuída ao excesso de velocidade.
DESGASTE
Pouco desgaste ocorre no furo do pino a menos que o óleo esteja sujo. Após 5.000 horas a
10.000 horas do horômetro, deverá haver menos de 1 milésimo de polegada de desgaste. O
furo deve ser medido quanto a desgaste. Especificações para furos dos pinos são encontradas
137
nos Manuais de Serviço.
EROSÃO
Partículas de uma trava do pino quebrado podem provocar erosão na área da canaleta desta
trava, mesmo no lado oposto do pino do pistão (figura 26). A falha da trava é provocada pela
fratura da "trava" durante a instalação ou por falha da canaleta. A maior parte das falhas da
trava é causada por instalações descuidadas.
ANÉIS DE PISTÃO
Os anéis do pistão proporcionam um contato deslizante com a parede da camisa. Eles vedam
a compressão, controlam o óleo de lubrificação e, transferem o calor do pistão para a camisa.
A mator parte dos pistões de motores Caterpillar têm três anéis, alguns dois.
O inferior, o anel de óleo de duplo trilho raspa o excesso de óleo de lubrificação da camisa. O
óleo que é raspado da parede da camisa escapa através de passagens furadas na canaleta do
anel de óleo. O anel intermediário veda a compressão, e sua borda de contato limpa qualquer
excesso de óleo lubrificante que desce na parede da camisa. O anel intermediário tem uma
face chanfrada e um perfil recortado "em degrau" (figura 27). O anel deve sempre ser
instalado com seu degrau para o lado de cima.
138
Fig. 27 - Tipo de anel intermediário
Os anéis devem ser instalados no lugar correto e com o lado correto para cima. A maior parte
dos anéis atualmente fabricados é marcada com: o anel superior "1"; o anel intermediário "2".
O lado do anel que fica na parte superior é geralmente marcado com "UP". Nunca se arrisque
com a instalação de um anel. Certifique-se que a posição do anel seja absolutamente correta,
e que sejam usadas ferramentas corretas.
DESGASTE
ANÉIS DE LUBRIFICAÇÃO
Os anéis superiores e intermediários têm uma prova de lapidação: uma linha brilhante em
torno de suas faces onde o anel entra em contato com a camisa. Quando os anéis de face
abaulada e chanfrada se desgastam, a área de contato se torna maior. Uma vez que a área de
desgaste se tornou tão ampla quanto o anel, é impossível medir o desgaste ( veja figuras 30 e
31).
Quando a camada de cromo já estiver desgastada, em qualquer ponto da superfície do anel, o
anel não poderá ser reutilizado. Teste os anéis sob suspeita quanto a desgaste da camada de
cromo, aplicando uma solução 3 a 6% de sulfato de cobre, na superfície do anel. Se não
ocorrer mudança de cor, o anel pode ser usado novamente. Se aparecer uma cor verde
amarronzada, a camada de cromo está completamente gasta, e o anel deve ser jogado fora.
140
Fig. 30 - Anéis intermediários
Sob condições normais, os anéis devem durar milhares de horas. Toda vez que acontecer de
um anel se desgastar tanto, em menos de 2500 horas, que não possa ser usado novamente,
deverá haver sujeira dentro do motor. Verifique para ver se o anel superior está desgastado
mais do que o anel de lubrificação e vice-versa. Isto dará a você uma pista se a sujeira entrou
através da entrada de ar ou através do óleo do motor. Elementos químicos corrosivos no ar,
assim como o Freon usado em compressor de refrigeração, provocam desgaste dos anéis
parecidos com aqueles provocados pela presença de poeira no ar de admissão. Não reutilize
os anéis se o motor estava consumindo quantidades anormais de óleo, se os anéis tiverem
folga de extremidade excessiva ou se os anéis estiverem danificados.
ARRANHÕES
Arranhões verticais finos aparecerão nas faces de todos os anéis. A figura 32 mostra um
desgaste normal, e o anel pode ser usado novamente. Contudo, se os arranhões forem
profundos ou severos, isto afetará o desempenho do anel, consequentemente ele deve ser
substituído.
O cromo pode soltar-se do anel em lascas, pela falta de cuidado no manuseio ou compressão
incorreta do anel. Os anéis podem também serem lascados durante a operação, devido a
combustão incompleta. Nunca instale um anel lascado (figura 33).
ESCORIAMENTO
QUEBRA
Uma das principais causas de quebra de anel é a instalação incorreta. Fazer a expansão do
anel manualmente ou utilizar um expansor de tamanho errado, pode fraturar um anel e ele se
quebrará em pedaços durante a operação.
Toda vez que ocorrer quebra de anel, poucas horas depois de um recondicionamento,
provavelmente o manuseio incorreto foi a causa. Se o anel de lubrificação se quebrar, o
manuseamento impróprio é sempre a causa.
O desgaste nos lados de uma ou mais canaletas de anéis, pode ser devido a uma operação em
sobrecarga contínua, ou sobrecarregando um motor frio. A quebra devido ao
sobrecarregamento geralmente ocorre com 2.000 a 3.000 horas de serviço, marcadas no
143
horômetro. A quebra do anel pode também ocorrer quando a canaleta apresentar um desgaste
muito amplo, for irregular, ou se estiver cheia de manterial carbonizado.
TRAVAMENTO
Os depósitos de verniz e carvão, nas canaletas dos anéis e ressaltos indicam que os anéis
estão travando, e os gases de combustão estão escapando por eles. (figura 17)
Por haver menor transferência de calor para a camisa, através dos anéis travados, o pistão
pode se superaquecer. Em alguns casos, poderá resultar em escoriamento ou travamento do
pistão.
Se o anel superior tiver travado, com certeza você descobrirá que o anel se quebrou em
pedaços pequenos devido ao fato de não suportar a força total do curso de explosão (figura
38).
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Os anéis se travarão se o óleo do motor estiver sujo ou se for do tipo errado, se as canaletas
dos anéis estiverem muito apertadas e se os anéis não tiverem folgas corretas ou se houver
vazamento de líquido arrefecedor para dentro do cilindro. No último caso observe quanto a
presença de depósitos tipo crostas de anti-congelante queimado no pistão e depósitos
parecidos com pinche no cárter.
O superaquecimento do pistão pode provocar o travamento do anel, assim como o
superaquecimento pode ser o resultado do travamento de anel. Assim, o travamento de anel
significa algum trabalho mal feito, se voce tiver que encontrar a causa. A regulagem incorreta
do rack , jatos de óleo para arrefecimento do pistão com direcionamento errado, ou passagens
para lubrificação obstruídas, podem ser as causas do problema. Observe a parte superior do
pistão e sob a crista, quanto a estes sintomas.
Limpe completamente as canaletas dos anéis com um pedaço de madeira dura ou deixe de
molho em água por uma noite. Inspecione as canaletas quanto a rebarbas ou quaisquer sinais
de desgaste incomum, particularmente no fundo, que deve ser quadrado e não arredondado.
Verifique se a canaleta do anel de lubrificação está com os furos abertos. Verifique a segunda
canaleta de anel quanto a desgaste. Se houver desgaste, o pistão não pode ser usado
novamente.
DESGASTE
As camisas são fabricadas com brunimento cruzado para ajudar a lubrificação (figura 40). O
tipo de acabamento pode ser visto no interior da camisa durante muitas horas de operação se
o sistema de admissão de ar tiver sido bem mantido.
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Fig. 40 - As camisas têm marcas cruzadas de brunimento
Você pode ver algumas áreas polidas na parte interna da camisa. Elas são aceitáveis se a
camisa atender as especificações de desgaste dadas nos Manuais de Serviço.
Os desgastes em geral são visíveis na camisa usada.(figuras 41 e 42 ).
A camisa pode ser usada novamente se o desgaste da parte superior não exceder a cinco
milésimos de uma polegada, medido no diâmetro interno. Substitua a camisa se as condições
não atenderem este critério.
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Fig. 42 - Não reutilizável
DANOS
REBRUNIMENTO
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Fig. 44 - Camisa com furos na parede
CORROSÃO DA CAMISA
A camisa do tipo úmida Caterpillar, serve como a parede interna da camisa d'água do motor.
A corrosão ocorre quando bolhas são arremessadas violentamente contra o lado de
arrefecimento da camisa. Tal cavitação é acelerada quando a água de arrefecimento contém
quantidades anormais de impurezas e componentes químicos. Se houver presença de
corrosão, uma amostra da água usada no sistema de arrefecimento deve ser tomada e
verificada quanto a presença de conteúdo químico . O nível máximo de cloreto recomendado
para o sistema de arrefecimento é de 40 partes por milhão. Use sempre anti-congelante ou
inibidores de ferrugem para evitar danos químicos. As camisas que apresentarem corrosão
excessiva, devem ser substituídas. A camisa mostrada na figura 46 pode ser usada
novamente.
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Fig. 46 - Camisa ligeiramente corroída. Reusável
FALHA PROGRESSIVA
UM TRABALHO DE DETETIVE
Onde tem havido sérios problemas com motor, você verá vários tipos de danos em uma parte
do motor. Você precisará reunir todas as evidências e fazer um trabalho de detetive para
reconstruir a corrente de eventos prováveis. A figura 47 mostra um exemplo de falha
progressiva, devido a sincronismo impróprio, resultando em combustão irregular. Em
primeiro lugar, ocorreu erosão do topo do pistão. O ressalto superior se escoriou e finalmente
ocorreu o travamento do pistão.
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É quando o motor tem que ser revisado.
Quando for fazer o diagnóstico de múltiplas falhas deste tipo, volte ao dano que
provavelmente ocorreu primeiro, neste caso a erosão, para procurar a causa.
Para descobrir o que provocou a erosão, olhe os outros pistões para ver se há outros
danificados. Então você saberá se deve verificar o motor inteiro ou se somente a admissão de
ar, bicos injetores ou sincronismo de injeção (regulagem da bomba de combustível) em um
cilindro.
Esta é a forma de levar o problema de volta à sua origem, passo por passo, examinando todas
as peças completamente.
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