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Arsenal de Mensagens para Pregadores

1. O documento apresenta uma coleção de pregações e curiosidades bíblicas para serem usadas por pregadores. 2. Inclui detalhes interessantes sobre a origem do nome Israel, palavras em hebraico relacionadas a Jesus, e como os apóstolos teriam morrido. 3. Também fornece estatísticas fascinantes sobre o coração humano e uma lista alfabética de títulos aplicados a Jesus Cristo.
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Arsenal de Mensagens para Pregadores

1. O documento apresenta uma coleção de pregações e curiosidades bíblicas para serem usadas por pregadores. 2. Inclui detalhes interessantes sobre a origem do nome Israel, palavras em hebraico relacionadas a Jesus, e como os apóstolos teriam morrido. 3. Também fornece estatísticas fascinantes sobre o coração humano e uma lista alfabética de títulos aplicados a Jesus Cristo.
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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

ÌNDICE
APRESENTAÇÃO.............................................................................. 03
INTRODUÇÃO.................................................................................... 05
01. Fantásticas Curiosidades Para Mensagens.............................. 07
02. Massacre aos Dêmonios..............................................................73
03. As Quatro Âncoras.......................................................................78
04. A Graciosidade da Palmeira ........................................................84
05. O Soldado cristão ........................................................................89
06. As Descidas Espirituais...............................................................95
07. O Imperador da Nossa Salvação .............................................. 99
08. O Redentor do Escravagismo ...................................................106
09. Visões Transformadoras ...........................................................112
10. A Busca da Arca Perdida...........................................................117
11. A Armadura do Cristão...............................................................124
12. Rute a Mulher Virtuosa...............................................................131
13. Os Carros do Egito.....................................................................135
14. Os Cinco Tipos de Sono.............................................................141
15. A Pérola de Grande Preço..........................................................148
16. Desenvolvendo os Talentos.......................................................166
17. O Tribunal de Cristo ...................................................................177
18. O Juízo do Trono Branco ..........................................................191
19. A Fuga de Sodoma ..........................................,,.........................215
20. O Clamor da Meia Noite .............................................................240
21. Irás tu Com Este Varão...............................................................253
22. A Batalha do Armagedom..........................................................275
23. Anjos os Executivos de Deus....................................................302
24. A Gloriosa Salvação ..................................................................322
25. Evangelismo o Desafio Final da Igreja .....................................331
26. Discipulado Produtivo Para o Crescimento da Igreja ............359

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

27. Como Refutar as Seitas Heréticas ............................................384


28. Aconselhamento Pastoral .........................................................458
29. O Obreiro e as Suas Atividades Ministeriais ...........................501
30. As Dispensações e as Alianças ................................................530
31. A Maleficidade do Pecado..........................................................592

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

APRESENTAÇÃO

Conheço o Pr. Genésio Santos já perfazem quatro

décadas e, sou inteirado acerca de sua dedicação

extraordinária para com a Palavra de Deus; tanto

escrevendo; ensinando e pregando. Que o vê ministrar

perceberá a sua capacidade e esmero com que ele expõe a

mensagem com conhecimento, segurança e graça. Ao longo

dos anos ele tem enriquecido e inspirado centenas de novos

obreiros a se dedicar ao estudo e preparação de excelentes

pregações. Aproprio dessa oportunidade para apresentar-

lhes esse fecundo trabalho da lavra laboriosa desse mestre

com o seguinte título: “ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA

PREGADORES”. Aqueles que fizerem uso dessa fonte

caudalosa e inesgotável expositará a mensagem bíblica com

a mesma originalidade dos pregadores do primeiro século.

Portanto parabenizo o autor e aqueles que fizerem uso

dessas mensagens no dia a dia e na cátedra sagrada.

Pr. Napoleão Falcão


Conferencista internacional

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

INTRODUÇÃO

Venho nessa oportunidade entregar ao povo de língua


portuguesa essa obra que acredito corroborará com os
preclaros pastores; pregadores; seminaristas e estudiosos
acurados da Palavra de Deus. Com a aquiescência e privilégio
que o céu me outorga de lançar esse exaustivo Arsenal de
Pregações Para Pregadores; fico agradecido e dedico esse
trabalho ao meu Mestre e Senhor Jesus Cristo que é a minha
fonte inspiradora. Essa obra está repleta não somente de
estudos; pregações e como também uma farta exposição de
curiosidades bíblicas; judaicas e também seculares, para
tornar a pregação mais enriquecida e atrativa. O propósito
cardeal da publicação desse compendio; é para que o mesmo
se torne útil para o uso daqueles que prismam pela genuína
pregação numa época em que em muitos púlpitos na se prega
mais as verdades reveladas do santo livro de Deus.

O Autor

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

01

MENSAGEM
TEMA: FANTÁSTICAS CURIOSIDADES PARA
MENSAGENS

1. A ORIGEM DO NOME ISRAEL


Foi formado em honra as primeiras letras dos nomes dos
patriarcas e de suas respectivas esposas:
I saque
S ara
R aquel
A braão
E liézer
L éia

2. AS PALAVRAS PRONUNCIADAS POR ESDRAS NA


LÍNGUA HEBRAICA SOB INSPIRAÇÃO DIVINA SE
REFEREM A JESUS CRISTO:
Palavras Valor numérico no hebraico
“SACERDOTE” 75
“COM URIM” 287
“E TUMIM” 526
Total: 888

O número 888 é o valor numérico do nome “JESUS” que

7
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

no grego também tem o mesmo valor numérico em todas as


letras Ed 2.63.

3. AS ÚNICAS PEÇAS DO TABERNÁCULO QUE NÃO


TIVERAM MEDIDAS FORAM
3.1. A pia de cobre no átrio
Isto quer significar que a purificação e a santificação
ambas são imensuráveis.
3.2. O candelabro de ouro no santuário
Isto denota que o testemunho cristão é ilimitado.

4. A MORTE DOS APÓSTOLOS DE CRISTO SEGUNDO A


BÍBLIA E A TRADIÇÃO
4.1. Mateus
Recebeu uma estocada de lança nas costelas no país da
Etiópia.
4.2. Tomé
Sofreu uma flechada no peito que o traspassara. A
referida flecha fora atirada por um sacerdote pagão em
Malipur, cidade indiana.
4.3. Bartolomeu
Foi esfolado vivo por um rei cruel, na Albânia, cidade da
Armênia.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

4.4. André
Foi crucificado numa cruz em forma de X e assado
lentamente pelos carrascos desalmados.
4.5. Felipe
Com todo corpo coberto de sangue no chão, com o olhar
fito nos céus, as mãos cuzadas sobre o peito, recebeu
enormes pedradas até morre.
4.6. Tiago o Grande
Segundo o testamento das Escrituras, foi morto à espada,
por Herodes Agripa I At 12.1-2.
4.7. Tiago o Menor
Foi precipitado do um pináculo do templo de Jerusalém
ao solo e a seguir esbordoado até morrer.
4.8. Lucas
Foi enforcado numa oliveira na Grécia.
4.9. Marcos
Foi arrastado pelas ruas de Alexandria no Egito até
expirar.
4.10. Pedro
Segundo a tradição foi crucificado de cabeça para baixo.
Inclusive o próprio Jesus já havia predito a sua morte Jo
21.18-19.
4.11. Judas Iscariotes
Segundo o testemunho da Bíblia Sagrada foi morto por

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

esforcamento num ato suicida e depois esborrachou-se.


4.12. Paulo
Foi apedrejado e decapitado na via Óstia em Roma. Não
foi crucificado porque o cidadão romano era isento desse tipo
de trucidade.
4.13. João
Esse foi o único a morrer naturalmente com 103 anos na
cidade de Éfeso. Por isso, Irineu chamou Éfeso de: “Lar do
idoso apóstolo João.”

5. O CORAÇÃO É UMA MÁQUINA SUPER INTERESSANTE


É do tamanho de um punho e pesa cerca de 500 gramas
numa pessoa adulta. Bate 10 vezes por minuto, o equivalente
a 4.200 vezes por hora, e a 100.800 por dia; somando,
36.792.000 batidas por ano. Faz circular 2.457.000 litros de
sangue anualmente, o que é suficiente para encher mais de
245 caminhões-tanques de 10.000 litros de capacidade. A
pressão do coração acumulada em 12 horas é o suficiente
para levantar, a 30 centímetros do chão, uma carga de 65
toneladas.

6. TÍTULOS APLICADOS À JESUS EM ORDEM


ALFABÉTICA

A. Autor, Alfa, Amigo, Autor da fé, Amor, Alegria da

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

igreja.
B. Bom mestre, Bom pastor, Bom médico, Bom guia, Bom
salvador.
C. Capitão, Consolador, Cabeça da igreja, Caminho, Cordeiro.
D. Deus, Dom de Deus, Donairoso Amigo, Dádiva do Senhor.
E. Estrela da Manhã, Esperança, Emanuel.
F. Fiel Testemunha, Fonte da vida, Filho de Deus, Filho do
Homem, Fim.
G. Governador das Nações, Guia, Garboso Amigo.
H. Humilde Servo de Jeová.
I. Imutável, Imortal, Imperador.
J. Jesus, Juiz, Justo.
L. Libertador, Lírio do vale, Leão da Tribo de Judá, Luz do
mundo.
M. Mensageiro, Mestre, Messias, Mediador.
N. Nazareno, Nossa força, Nossa Esperança.
O. Onipotente, Onisciente, Onipresente, Ômega.
P. Princípio, Pão, Pedra principal, Porta, Pai Eterno, Poderoso
Deus, Príncipe da Paz, Pedra Viva, Potentado, Profeta,
Propiciação, Pastor, Príncipe da Vida, Polivalente.
Q. Querido renovador, Querido da igreja.
R. Rei, Rei de Israel, Rei da glória, Rosa de Sarom, Refúgio,
Ressurreição, Redentor, Rocha da eternidade, Rei dos reis.
S. Santo, Sabedoria, Salvador, Servo, Senhor dos senhores,

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Sumo Sacerdote.
T. Tabernáculo, Todo poderoso.
U. União, Unigênito de Deus, Única esperança.
V. Verbo, Verdade, Vida.
X . Xenófilo
Z. Zelador da igreja.

7. PESOS E MEDIDAS BíBLICOS


7.1. Côvado 50 centímetros
7.2. Cana 3 metros
7.3. Gômer 3,7 litros
7.4. Côro 370 litros
7.5. Estádio 180 metros
7.6. Almude 40 litros
7.7. Arratel 500 gramas
7.8. Braça 2 metros
7.9. Ômer 220 litros
7.10 Um tiro de pedra 32 metros
7.11. Um tiro de arco 210 metros

8. A BÍBLIA ESTÁ RESUMIDA ASSIM


8.1. Preparação. O Antigo Testamento é uma preparação
para o nascimento do Messias.
8.2. Manifestação. Os quatro evangelhos tratam do

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

ministério público de Cristo.


8.3. Propagação. O livro de Atos trata de sua propagação.
8.4. Explanação. As Epístolas explanam com viabilidade o
seu ensino.
8.5. Consumação. O Apocalipse trata da consolidação de
todas as coisas.

9. OS NOMES DE DEUS EM CADA LIVRO DA BÍBLIA


Velho Testamento
Gn Criador poderoso
Ex Desafiador dos deus egípcios
Lv Santo dos santos dos santos
Nm O protetor nas peregrinações
Dt A águia que ensina a lei
Js O patrono da conquista da terra de Canaã
Jz O juiz justo e fiel
Rt O pai do parente remidor
1, 2 Samuel O guerreiros das vitórias de Davi
1, 2 Reis A coroa dos reis de Israel e Judá
1, 2 Cr A coroa dos reis de Israel e Judá
Ed O que resgata o seu povo do cativeiro
Ne O que autoriza a reconstrução das muralhas de Jerusalém
Et O provedor de Hadassa
Jó Aquele que vira o cativeiro do sofrimento humano

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Sl A alegria dos salmistas


Pv O autor da sabedoria
Ec O que concede o dom de enriquecer
Ct O bem amado de Salomão
Is O pai do Messias prometido
Jr O valente terrível que protege Jerusalém
Lm O enxugador de lágrimas
Ez O autor das visões esplendorosos
Dn O que destrói os grandes reinos
Os O restaurador da apostasia israelita
Jl O destruidor dos gafanhotos destruidores
Am O Deus que encontra com seu povo
Ob O juiz da montanha de Esaú
Jn O Deus da segunda oportunidade
Mq O vingador da terra de samaria
Na O que nos protege dos vossos adversários
Hc O santo que veio do monte de parã
Sf O que recolhe o seu povo disperso
Ag O dono do ouro e da prata
Zc O justificador das culpas do sumo sacerdote Josué
Ml O que elimina o devorador

Novo Testamento
Mt O protetor do guia de Israel

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Mc O consolo do servo sofredor


Lc O pai que restaura o filho perdido
Jo O alvo da oração do Messias
At O que fortifica as suas testemunhas
Rm O ressucitador fiel
1, 2 Co O que fortalece o caráter do cristão
Gl O originador da fé de Abraão
Ef O que elege o seu povo
Fp O premiador da soberana vocação
1, 2 Ts O glorioso senhor infalível
1, 2 Tm O pai da misericórdia
Tt O autor da santa doutrina
Hb O galardoador dos heróis da fé
Tg O pai das luzes
1,2 Pe O que nos elegeu como sacerdote real
1,2,3 Jo Ele é o amor cristalino chamado ágape
Jd O restaurador dos falsos messias
Ap O entronado cheio de glória

10. JESUS EM CADA LIVRO DA BÍBLIA


10.1. Velho Testamento
Gn O valente Jacó
Ex O cordeiro Pascoal
Lv O Sacrifício Perfeito

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Nm A Rocha de Meribá
Dt O Grande Profeta
Js O Príncipe dos Exércitos Celestiais
Jz O fiel Juiz
Rt O Resgatador Divino
1 , 2 Sm O Profeta da Nossa Confiança
1, 2 Rs O Rei Fiel
1, 2 Cr O Herdeiro do Trono de Davi
Ed O Escriba versátil da Lei Mosaica
Ne O apaixonado por Jerusalém
Et O provedor da última hora
Jó O Libertador Eterno
Sl O nosso pastor
Pv A sabedoria de Deus
Ec O Eminente Pregador
Ct O Esposo da Igreja
Is O Messias Esperado
Jr O Profeta que Chora
Lm O Consolo de Israel
Ez O Senhor que esta alÍ (JEOVÁ SHAMÁ)
Dn A Quarta Figura da Fornalha
Os O Esposo de Fiel
Jl O Batizador
Am O Prumo

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Ob O Salvador
Jn O Missionário em terra Estranha
Mq O Ajuntador de Israel
Na O Cavaleiro da Espada Relampagueante
Hc O Santo que veio de Temã
Sf A Recompensa do Seu Povo
Ag O Desejado das Nações
Zc O Profeta das Nações
Ml A Recompensa dos Dizimistas

10.2. Novo Testamento


Mt O Messias
Mc O Servo
Lc O Filho do Homem
Jo O Verbo Eterno
At O que batiza com Espírito Santo
Rm O nosso Justificador
1,2 Co O Provedor de Dons
Gl O Cumpridor da Lei
Ef O soldado Celeste
Fp O Fortalecedor de Vidas
Cl O Tesouro da Sabedoria e da Ciência
1, 2 Ts O que coroa com justiça
1, 2 Tm O Nosso Mediador

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T t O fundador da Igreja
Fm O quitador Sacerdote Eterno
Hb O Sumo Sacerdote Eterno
Tg O Médico Divino
1 e 2 Pe O Senhor que não retarda a sua promessa
1, 2,3 Jo O ágape de Deus
Jd O Profetizado por Enoque
Ap A Raiz e a Geração de Daví

11 O ESPÍRITO SANTO EM CADA LIVRO DA BÍBLIA


11.1. Velho Testamento
Gn O incubador da vida
Êx A inspiração de Bezaleel
Lv O fogo do altar
Nm O Autor da profecia
Dt A força de Moisés
Js O Encorajador Divino
Jz O restaurador das nossas forças
Rt O companheiro inseparável
1,2 Sm A lâmpada de Israel
1,2 Rs O arrebatador
1,2 Cr O fortalecedor dos reis
Ed O revivificador dos cultos
Ne O amante do seu povo

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Et O provedor da última hora


Jo O amigo nas horas incertas
Sl O alvo de Davi
Pv A torre forte
Ec- O consumidor da vaidade
Ct O viveiro de Hesbom
Is O purificador de Jerusalém
Jr A tocha viva que arde continuamente
Lm O colecionador de lágrimas
Ez O Autor das visões
Dn O mestre das orações
Os O perdoador infalível
Jl A fonte do poder pentecostal
Am O fogo contínuo
Ob O habitante das alturas
Jn O que anima os evangelistas
Mq O orvalho de Sião
Na O portador da espada flamejante
Hc - A salvação do seu povo
Sf O provedor da verdade
Ag A glória da última casa
Zc O quebrantador de Israel
Ml - O que reveste o Elias

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

11.2. Novo Testamento


Mt A testemunha infalível
Mc A unção do Messias
Lc A reposta do alto
Jo O paracleto Divino
At O telegrama sobrenatural
Rm O grande ressuscitador
1, 2 Co O distribuidor dos Dons
Gl O superior a lei
Ef- O selo celeste
Fp - A paixão dos pregadores
Cl- O arauto dos tesouros escondidos
1,2 Ts O que detém o anticristo
1,2 Tm O guarda do bem depósito
Tt O guia da igreja
Fm O conselheiro fiel
Hb- O arauto da redenção
Tg O preservador da coroa de glória
1,2 Pe O inspirador insubstituível
1,2,3 Jo O grande testificador do amor ágape
Jd O locutor divino
Ap O conclamador ininterrupto

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12. OS NOMES AS PEDRAS E OS SÍMBOLOS DAS BANDEIRAS DAS


DOZE TRIBOS DE ISRAEL
NOME PEDRA SÍMBOLO
Ruben Rubi Ondas
Simeão Topázio Espada
Levi Jacinto Urim e Tumim
Judá Turmalina Leão
Issacar Safira Um jumento
Zebulom Diamante Um navio
Dã Opala Serpente
Gade Cornalina Um acampamento
Naftali Ametista Uma serva
Aser Ágata Oliveira
José Ônix Campos unidos
Benjamim Quartzo Um lôbo

13. O NOME DA CRUZ QUE CRISTO FOI CRUCIFICADO


A cruz na qual Cristo foi crucificado chamava-se “CRUX
IMMISSA” ou “CRUX LATINA”. As duas peças da cruz eram
chamadas de:
13.1. A horizontal “Patibulum” pesava cerca de 50 Kg.
13.2. A vertical“Stepes crucis” pesava cerca de 80 Kg.
13.3. Total:130 kg.

14 O SIGNIFICADO DOS NOMES MAIS USADOS PELOS


PREGADORES
14.1. Homens Significados
1. Adão Homem vermelho

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2. noque Início
3. Noé Repouso
4. Abraão Pai das multidões
5. Moisés Tirado das águas
6. Arão Inteligente
7. Josué Jeová é salvação
8. Samuel Nome de Deus
9. Jacó Suplantador
10. S aul Pedindo
11. Davi Amado
12. Salomão Pacífico
13. Isaias Jeová salvou
14. Daniel Deus é o meu Juiz
15. João Jeová tem sido gracioso
16. Mateus Dom de Jeová
17. Paulo Pequeno
18. Pedro Pedra

14.2. Mulheres Significados


1. Eva Mãe
2. Sara Princesa
3. Rebeca Corda com laço
4. Débora Abelha
5. Abigail Pai de Júbilo

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6. Ester Estrela
7. Rute Vitoriosa
8. Noemi Formosa
9. Míriã Rebelião
10. Jezabel Casta
11. Marta Senhora
12. Rode Rosa
13. Prescila Velhinha
14. Febe Brilhante
15. Dalila Veneranda

15. AS SETE ESPÉCIES DE FARISEUS


1. Os “DE COSTA LARGA”: escreviam suas ações nas costas
para serem honrados pelos homens.
2. Os “VAGAROSOS”: pretextavam um preceito urgente a
cumprir para retardar o salário dos operários.
3. Os “CALCULADORES”: refletiam assim; já pratiquei
muitas obras boas, tenho com que pagar algum pecado.
4. Os “ECÔNOMOS”: pensava que pequena coisa vou
executar para aumentar os meus méritos?
5. Os “ESCRUPULOSOS”: perguntaram a si mesmos: que
pecado oculto cometi para compensá-lo com uma boa ação?
6. Os “FARISEUS DO TEMOR”: Procuravam imitar o
patriarca Jó.

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7. Os “FARISEUS DO AMOR”: procuravam agir como


Abraão.

16. NOTAS IMPORTANTES SOBRE AS DIVISÕES DO


SALMO 119
No original hebraico, o salmo 119 é formado por um
acróstico do Alfabeto. Os 176 versículos estão divididos em 22
divisões de 8 versetos.
LETRAS SIGNIFICADO VALOR NUMÉRICO
Álefe Boi 1
Bete Casa 2
Guimel Camelo 3
Dálete Porta 4
Hê Janela 5
Vau Gancho 6
Zaiin Podão 7
Hete Cerca 8
Tete Cobra 9
Jode Mão 10
Café Palma 20
Lâmede Laço 30
Mem Água 40
Num Peixe 50
Sâmeque Esteio 60

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Alin Olho 70
Phê Boca 80
Tsadê Anzol 90
Cofe Fundo de agulha 100
Rêsh Cabeça 200
Shi Dente 300
Tau Cruz 400

17. O QUADRO PROFÉTICO E HISTÓRICO DAS SETE


IGREJAS DO APOCALIPSE
1. ÉFESO - a igreja apostólica séc. I a.D.
2. ESMIRINA - a igreja perseguida séc. II e III a.D.
3. PÉRGAMO - a igreja sob favor imperial 312 a 500 a.D.
4. TIATIRA - a igreja da idade das trevas 500 a.D ao séc.
XVI.
5. SARDES - a igreja da Reforma e da Renascença séc. XVI a
XVIII.
6. FILADELFIA - a igreja do tempo do fim; meados do séc.
XX até a vinda do Cristo, sendo esta a igreja moderna.

18. OS DIREITOS DO CIDADÃO ROMANO CONSISTIA


EM:
1. Jus suffraii: o direito de voto
2. Jus militiee: o direito de ser soldado numa legião romana.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

3. Jus honorum: o direito de ser eleito magistrado.


4. Jus provocationis: o direito de apelar ao povo um decisão
de justiça que pareça má.
5. Jus census: o direito de propriedade.
6. O cidadão romano não podia ser crucificado (por isso que
S. Paulo foi isento desse tipo de trucidade.
NOTA:
O direito de cidadania foi, no início, reservado somente
aos cidadãos de Roma. A partir de 89 A. C., ele tornou-se
reconhecido a todos os cidadãos italianos. O edito de
caracalla, em 212 A.D., garantiu, enfim, a todos os homens
livres do império.

19. AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO


1. As pirâmides do Egito
2. As muralhas da China
3. O templo de Diana
4. O jardim suspenso da Babilônia
5. O Farol de Alexandria
6. O Colosso de Rodes
7. O Mausoléu de Helicarnasso

20. OS MAIS LONGOS REINADOS DA HISTÓRIA


Os estudiosos afirmam que o mais longo reinado de que

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há notícia em toda a História foi o de Pepi II, Faraó. Teria


reinado, no Egito, por mais de 90 anos.
Segue-se o reinado de Luis XVI. Reis aos cinco anos de
idade, esteve no trono da França durante 72 anos
consecutivos 1643 a 1715.
Vitória I, rainha da Inglaterra, reinou 64 anos,. Foi
coroada em 1837, com dezoito primaveras incompletas, e só
deixou o trono em 1901, quando morreu.

21. TÁBUA CRONOLÓGICA DOS REIS DE ISRAEL


(REINO DO NORTE)
21.1. Nomes Significados Datas A.C
Jeroboão Povo tornou-se numeroso 931-909
Nadabe Liberal 910-908
Baasa Disspador 909-886
Elá Carvalho 886-885
Zinri Antílope 885 ---
Onri Servo de Jeová 885-874
Acabe Tio
874-853
Acazias Sustentado pelo Senhor 853-852
Jorão Jeová é Exaltado 852-841
Jéu Ele é Jeová 841-814
Jeoacás Quem o Senhor segura 814-798

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Jeroboão O povo tornou-se numeroso 782-753


Zacarias Jeová se lembrou 753-752
Salum Recompensa 752 - - -
Menaém Consolador 752-742
Pecaias Cujos olhos Jeová abre 742-740
Peca Olhos abertos 740-732
Oséias Salvo 732 - 722

22. TÁBUA CRONOLÓGICA DOS REIS DE JUDÁ


(REINO DO SUL)
22.1 Nomes Significados Datas A.C
Roboão O povo cresce 931-913
Abias O Senhor é pai 913-911
Asa Médico 911-870
Josafá Jeová julga 870-848
Acazias Sustentáculo pelo Senhor 841 - - -
Atalia Jeová tem afligido 841-835
Joás Jeová é sustentáculo 835-796
Amazias Jeová é forte 796-767
Uzias Força de Jeová 796-740
Jotão Jeová é reto 740-732
Acaz Possuidor 732-716
Ezequias O Senhor fortalece 716-687
Manassés O que faz esquecer 686-642

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Amom Fiel 642-640


Josias Jeová estabelece 640-609
Jeoacaz Jeová segurou firme 609 - - -
Jeoaquim Jeová estabelece 609-597
Joaquim Jeová estabelece 597 - - -
Zedequias Jeová é justo 597-587

23. A FAMOSA CARTA ESCRITA POR PLÍNIO A


TRAJANO
Bitínia 112 A. D.
Em 112 A. D., Plínio, o moço , na qualidade de

Governador da província da Bitínia, pediu instruções ao

Imperador Trajano sobre o comportamento a adotar com

relação aos cristãos. Na sua carta escrever.

“Sollemne est mihi, domine, omnia de quibus dubito ad te

referre. Quis enim potest melius vel eunetationem meam

regere vel ignorantian instruere...?

Propus - me como príncipe, recorrer a vós, Senhor, em

todas as questões duvidosas, que, com efeito, melhor que

vós, poderia guiar a minha indecisão e instruir a minha

ignorância? trecho traduzido do que está acima.

Jamais tomei parte nos processos contra os cristãos e

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portanto não sei como se costuma punir e indagar... Outro

apontados nominalmente por um delator, admitiram que

eram cristãos e logo depois negaram, dizendo que tinham

sido, mas não o eram... afirmavam ainda que toda o meu

crime ou erra teria consistido no fato de que costumavam

reunir-se num determinado dia da semana, antes do sol se

levantar e contar um hino a cristo como a um Deus...

Pareceu-me que a questão houvera digna de um consulta

sobre tudo por causa daqueles que correm o risco de serem

envolvidos. Muitos, com efeito, de todas as idades e classes

sociais e de ambos os sexos, correm e correrão tal risco.

Não só pelos cidades, mas também nas aldeias e nos campos

difundiu-se amplamente o contágio desta superstição , que

se pode ainda deter e corrigir. Realmente já se nota que os

templos, por certo tempo deserto, tornaram a ser

freqüentados e se recomeça a celebração das festas

solenes, interrompidas por muito tempo, também a aquisição

de animais para os sacrifícios, para a qual até então só se

encontrava alguns raríssimos compradores.

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24. ÚLTIMAS PALAVRAS


1. Olavo Bilac - Quero ler...
2. Dom Pedro II - Deus faça feliz o meu Brasil!
3. Victor Hugo - Creio em Deus.
4. Napoleão - Colunas de Exército.
5. Dante - Vinde a mim!
6. Rosseau - Que belo é o sol.
7. Jesus Cristo - Pai, nas tuas mãos entrego o meu Espírito.

25.OS SIGNIFICADOS EMBLEMÁTICOS DAS SEGUINTES


PLANTAS
25.1. Nomes Significados
Acácia Afeição pura
Aloés Amargura
Amendoeira Despertamento
Amoreira Prudência
Castanheira Fidelidade
Cendro Crescimento
Carvalho Força
Cipreste Luto
Bamasqueiro Insensibilidade
Ébano Pressa
Grama Perseverança
Joio Vício

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Junco Docilidade
Laranjeira Virgindade
Oliveira Paz
Palmeira Beleza
Pessegueira Felicidade inacessível
Romazeira Paixão
Salgueiro Melancolia

26. AS PRINCIPAIS MULHERES DA BÍBLIA


26.1. Nomes Qualidades
Eva Curiosa
Maria (Lázaro) Industriosa
Ester Patriota
Dorcas Caridosa
Abigail Sabia
Atália Homicida
Ana Humilde
Rebeca Cortês
Rute Fiel
Jezabel Má
Raquel Bela
Sunamita Hospitaleira
Dalila Traidora
Eunice Cuidadosa

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Bate-seba Ambiciosa
Rainha de Sabá Real
Maaca Idólatra
Safira Mentirosa
Hulda Profetiza
Febe Serviçal

27. AS ALTERAÇÕES QUE TORNOU A IGREJA CATÓLICA


ILEGÍTIMA
27.1. ALTERAÇÕES DATAS (a.D.)
27.1. Começam as rezas pelos mortos 310
27.2. Começam a umas velas nas igrejas 320
27.3.O Imperador Constantino celebra o 1º concílio 325
27.4 O culto cristão é substituído pela missa 394
27.5 Começam a batizar as crianças recém-nascidas 416
27.6 Instituído o culto a Maria, mãe de Jesus 431
27.7. O purgatório começa a existir... Missas pagas 503
27.8. Começam no ano 1.406
27.9. Começam o culto às imagens 787
27.10. Começam a usar ramos e água benta 830
27.11. Instituída a Canonização de “Santos” 933
27.12. Inquisição. Efetivada anos depois 1184
27.13. Instituem a venda de indulgências 1190
27.14. A hóstia substitui a ceia 1200

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27.15. Instituída a confissão 1216


27.16. Decretam a transubstanciação 1215
27.17. Livros apícrifos Conceição 1854
27.18. Infalibilidade papal 1870
27.19. Assunção de Maria 1950

28. OS HERODES MENCIONADOS NA BÍBLIA


1 . Herodes O Grande
É o Herodes que mandou executar as crianças de Belém
Mt 2.1. Reinou de 40 a 4 a.C.
2. Herodes Arquelau
Foi filho de Herodes o Grande. Reinou de 4 a 4 a.D. Mt
2.22.
3. Herodes Antipas
Também foi filho de Herodes o Grande. Simbolicamente é
conhecido por TETRARCA que governa uma quarta parte Lc
3.1. Reinou de 4 A.C. a 39 a. D. Esse tal foi aquele que
desprezou Jesus por ocasião de sua paixão Lc 23.7,11.
4. Herodes Filipe
Foi também filho de Herodes o Grande. Na Bíblia ele é
identificado pela expressão: “SEU IRMÃO” Lc 3.19. Sua esposa
o abandonou para viver com Herodes Antipas Mt 14.3.
5. Herodes Agripa I
Foi neto de Herodes o Grande e irmão de Heodias. É o

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Herodes que mandou degolar, à espada, o servo de Deus,


Tiago, At 12.1-4. Construiu o “TERCEIRO MURO DE
JERUSALÉM” recém-descoberto.
6.Herodes Agripa II
Foi bisneto de Herodes o Grande, filho de Agripa I, foi o
Herodes que interrogou Paulo, no julgamento perante Festo At
26.

29. OS SETE HOMENS MAIS VELHOS DA HISTÓRIA


29.1. NOMES
 Matusalém 969 anos Gn 5.27
 Jarede 962 anos Gn 5.20
 Noé 950 anos Gn 9.29
 Adão 930 anos Gn 5.5
 Sete 912 anos Gn 5.8
 Quenã 910 anos Gn 5.14
 Enos 905 anos Gn 5.11

30. CLÍNICA DA ALMA


1.Clínico Geral: Dr Jesus Cristo
2.Grau Honorífero: Filho de Deus
3. Terapia: Cardioterapia Espiritual e outros.
4. Livros De Receitas: A Bíblia Sagrada
5. Tratamento: A Fé

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6. Sala De Cirurgia: O altar


7. Hospital: A Igreja
8. Prescrição: Oração e Jejum
9. Horário De Atendimento: 24 horas por dia.

31. A BÍBLIA ESTÁ DIVIDIDA ASSIM:


31.1. Velho Testamento
1. Gn - Dt Pentateuco
2. Js - Et Livros Históricos
3. Jó - Ct Livros Poéticos
4. Is - Dn Profetas maiores
5. Os - Ml Profetas menores

31.2. Novo Testamento


1. Mt - Jo Biografia
2. At - História
3. Rm - Fm Epístolas pulinas
4. Tg - Fm Epístolas Gerais
5. Ap Profecia

32. O QUE MUITOS FILHOS PENSAM DOS PAIS


1. Aos 7 anos: Papai é grande. Sabe tudo!
2. Aos 14 anos: Parece que Papai se engana em certas
coisas que diz...

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3. Aos 20 anos: Papai está um pouco atrasado em suas


teorias; não são deste época...
4. Aos 25 anos: O “COROA” não sabe nada... está
caducando, decididamente.
5. Aos 35 anos: Com minha experiência, meu pai, seria,
hoje, milionário...
6. Aos 45 anos: Não sei se consulto o “Velho”, talvez me
pudesse aconselhar...
7. Aos 55 anos: Que pena Papai ter morrido; a verdade é
que ele tinha idéias notáveis...!
8. Aos 60 anos: Pobre Papai! Era um sábio! Como lastimo tê-
lo compreendido tão tarde...

33. RESUMO HISTÓRICO CRONOLÓGICO DA


PALESTINA
1. Conquistado por Josué 1451-1445 a.C.
2. Governada por Juízes 1053-933 a.C.
3. Monarquia 1053-933 a.C.
4. Reinos divididos de Judá a Israel 933-606 a.C.
5. Sob os babilônicos 606-536 a.C.
6. Sob os persas 536-332 a.C.
7. Sob os gregos 331-167 a.C.
8. Independente dos Macabeus 167-63 a.C.
9. Sob os romanos 63-634 d.C.

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10.Sob os árabes 634-1517 d.C.


11.Período das Cruzadas 1095-1187 d.C.
12.Sob os turcos Otomanos 1517-1914 d.C.
13.Sob os ingleses como protetorado 1922-1948 d.C.
14.Como não soberana: a partir de 14/5/1948 d.C.

34. O QUE INICIA NO GÊNESIS TERMINA DO


APOCALIPSE
.A primeira palavra do Gênesis:
“No princípio criou Deus os céus e a terra Gn 1.1.
Uma última palavra do Apocalipse é:
“Vi novo céu e nova terra” Ap 21.1.
Gn: “Ao ajuntamento das águas chamou Mar” Gn 1.1.
Ap: “E o Mar já não existe” Ap 21.1.
Gn: “As trevas chamou noite” (Gn 1.5.
Ap: “Lá não haverá noite” Ap 21.25.
Gn: “No dia em que dele comeres, morrerás” Gn 2.17.
Ap: “Não haverá mais morte” Ap 21.4.
Gn: “ Maldita é a terra por tua causa” Gn 3.17.
Ap: “Não mais haverá maldição” Ap 22.8.
Gn: “O homem afastou-se da presença de Deus” Gn 3.24.
Ap: “Verão sua face” Ap 22.4).
Gn: “A primeira habitação do homem foi um jardim à beira de
um rio” Gn 22.10.

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Ap: “A eterna habitação do homem redimido será ao lado de


um rio que corre para sempre do trono de Deus” Ap 22.1.

35. AS ORIGENS DE ALGUNS POVOS DA BÍBLIA


Genitores Povos
Esaú Amalequitas
Ló Amonitas e Moabitas
Ismael Árabes, ometanos
Cão Babilônio, Egípcios, Fenícios
Esaú Edumeus
Jafé Gregos, Medos, Persas
Sem Hebreus, Sírios, Assírios
Midiã Midianitas

36. JESUS CRISTO É ÚTIL PARA TODOS OS HOMENS


1. Arquiteto - Ele é a pedra angular.
2. Padeiro - Ele é o pão da vida.
3. Banqueiro - Ele é o tesouro escondido.
4. Joalheiro - Ele é a pérola de grande preço.
5. Biólogo - Ele é a vida.
6. Astrônomo - Ele é a estrela da manhã.
7. Teólogo - Ele é o alfa e o ômega.
8. Matemático - Ele é o número 7
9. Construtor - Ele é o alicerce da eternidade.

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10. Alfaiate - Ele é o linho fino do templo.


11. Nauta - Ele é a bússola celeste.
12. Marceneiro - Ele é o cedro divino.
13. Zoologista - Ele é o leão da tribo de Judá.
14. Médico - Ele é o remédio sacrossanto.
15. Cisterneiro - Ele é a água da vida.
16. Perfumista - Ele é o bálsamo de gileade.
17. Filósofo - Ele é a sabedoria de Deus.
18. Ovinicultor - Ele é o cordeiro de Deus.
19. Coveiro - Ele é o vencedor da morte.
20. Economista - Ele é a riqueza de Deus.
21. Eletricista - Ele é a luz da vida.
22. Psicólogo - Ele é a personalidade de Deus.
23. Fotógrafo - Ele é a imagem de Jeová.
24. Locutor - Ele é as boas novas.
25. Pedagogo - Ele é o pedagogo por excelência.
26. Jardineiro - Ele é a rosa de Sarom e o lírio dos vales.
27. Soldado - Ele é o marechal da eternidade.
28. Hematologista - Ele é o que tem o sangue purificador
29. Pintor - Ele é a inspiração.
30. Cosmonauta - Ele é o oriente do alto.
31. Genealogista - Ele é a raiz e a geração de Davi.
32. Historiador - Ele é o centro da história.
33. Oftalmologista - Ele é a visão celestial.

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34. Musicista - Ele é a canção da primavera.


35. Cronologista - Ele é o antes e o depois.
36. Horticultor - Ele é a videira verdadeira.

37. A UTILIDADE DA LÍNGUA


As cobras “ouvem” e os cães transpiram pela língua. Para
o homem é um importante órgão envolvido na fala, no
paladar... haja imaginação.

38. A FESTA DO BAR-MITZVÁ


O menino judeu, quando completa 13 anos de idade de
acordo com o calendário judaico, converte-se em bar-mitzvá .
Que quer dizer “sujeito ao mandamento”. Isto significa que a
partir desta data está “sujeito”, isto é, deve participar e
praticar todos os 613 mandamentos divinos, sendo ele mesmo
responsável por todos os seus atos.

39. QUANTOS OSSOS TEM O CORPO HUMANO?


Duzentos e seis , e , estão assim distribuídos: 33 na
coluna vertebral, 22 na cabeça, 24 nas costelas, 64 nos
membros superiores, 62 nos membros inferiores, alguns nos
ouvidos e outros na região do tórax. Quando Jesus Cristo foi
crucificado nenhum deles foi quebrado para cumprir a palavra
profética Jo 19.36.

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40. DURANTE A CERIMÔNIA DE CASAMENTO O NOIVO


JUDEU QUEBRA UM COPO
Os judeus interpretam que quebrando o copo, os noivos
se conscientizam da fragilidade das relações humanas e da
necessidade de tratar um ao outro com delicadeza e
sensibilidade. Quebrando o copo, o marido está declarando:
“compartilharemos tudo, inclusive os destroços. Dividiremos as
tristezas e multiplicaremos as alegrias.

41. PORQUE OS HOMENS JUDEUS USAM UMA KIPÁ?


Segundo eles o homem foi criado “à imagem de Deus”.
Portanto, ele deve vestir-se com dignidade. A cabeça, como
fonte da moral, representa a parte mais importante do corpo
humano. Cobrindo a cabeça, somos lembrados da onipresença
divina, e conscientizando-nos de que a humildade é a
essência da religião.

42. VEJA A DIFERENÇA ENTRE OS TERMOS QUE


DESIGNAM O POVO DE ISRAEL
1. Hebreus. São os primitivos judeus, os primeiros habitantes
da terra de Israel.
2. Judeus. A principio esse termo designava os cidadãos das
duas tribos fiéis ao sul de Israel por ocasião da divisão do
reino.

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3. Israelita. É um termo usado simplesmente por quem não


gosta de ser chamado judeu.
4. Israelense. É um termo que designa um cidadão do
estado de Israel.

43. PORQUE O MAR DA GALILÉIA É CHAMADO DE


QUINERETE?
O mar possui a forma de um instrumento musical chama
do kinnor, que quer dizer cítara; o nome quinerete vem de
kinnor Nm 34.11. Segundo os geógrafos da Bíblia, o barulho
da ondas, produzem o som da harpa.

44. COMO SURGIU A PALAVRA MASOQUISMO?


O termo é oriundo do nome do escritor austríaco Leopold
Von Sacher – Masoch. É a busca do prazer sexual no próprio
sofrimento.

45. QUANTAS VEZES UMA PESSOA BEIJA ENQUANTO


VIVE?
Ao longo de toda uma pessoa beija cerca de 24 mil vezes.
Quando alguém beija, movimenta 29 músculos. Doze dos
lábios e dezessete da língua.

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46. COMO SURGIU O BIQUÍNI?


Esse maiô de duas peças deve seu nome a biquíni, uma
ilha de corais, ao norte do oceano pacifico. Biquíni foi um lugar
de testes de bombas atômicas em 1946. O nome sugere os
efeitos de uma explosão atômica e a comoção causada por
uma mulher vestida com tal maiô.

47. A MAIOR OFERTA PESSOAL REGISTRADA NA


HISTORIA BÍBLICA
Foi a do primeiro monarca de Israel chamado Davi; por
ocasião da preparação para a construção do templo de
Salomão 1 Cr 29.4.
 3.000 talentos de ouro. Equivale a 90.000 Kg .
 7.000 talentos de prata. Corresponde a 210.000 Kg.

48. VOCÊ CONHECE OS PERSONAGENS BÍBLICOS


CHAMADOS DE JESUS?
1. Josué filho de Num
O grande militar durante a conquista. A palavra Jesus é
derivada da transliteração desse nome de origem hebraica
para o grego.
2. Jesus filho de Eliézer
Um antepassado de Jesus Cristo que viveu por volta de
500 a.C Lc 3.29. Essa referência está de acordo com a famosa

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tradução brasileira.
3. Jesus chamado o justo
Foi um grande cooperador e conselheiro de Paulo que
residia em colossos Cl 4.11 em cerca de 64 A.d .
Nota:
O historiador, Flávio Josefo asseverou em desenhar
mapas. O profeta “Ezequiel ”, cujo nome significa “Jeová é
fortaleza”, desenhou em um tijolo o mapa da cidade santa de
Jerusalém Ez 4.1.

49. QUAL FOI O PESO DO CABELO DO PRÍNCIPE


ABSALAO?
De acordo com o peso real, pesava 200 siclos, que
corresponde a 2 Kg. 2 Sm 14.25-26.

50. DE ONDE SURGIU A PRIMEIRA MULHER LÉSBICA?


O termo é originado da ilha grega de lesbos, cuja capital
foi mitilene, onde a poetisa safo mantinha uma academia
feminina de artes e, segundo a tradição, estimulava entre as
alunas o cultivo do amor homossexual.

51. O HINO NACIONAL ISRAELITA


Enquanto no profundo do coração

Palpite uma alma judia

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E, voltados para o oriente

Os olhos espirem Sião

Não estará perdida

Nossa esperança milenária

De ser um povo livre em

Nossa terra

Na terra de Sião e Jerusalém

52. A RIQUEZA DA COROA DA RAINHA VITÓRIA


 2.783 diamantes
 227 pérolas
 17 safiras
 11 esmeraldas
 5 rubis

53. MOISÉS FOI INSTRUÍDO EM TODA CIÊNCIA DOS


EGÍPCIOS AT 7.22
 Arquitetura
 Pintura
 Escultura
 Medicina
 Matemática
 Astronomia

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54. UM HOMEM PESANDO 76 KG É CONSTITUÍDO DE:


 44 Kg de oxigênio
 7 Kg de hidrogênio
 173 Gr de azoto
 600 Gr de cloro
 10 Gr de flúor
 22 kg de carbono
 800 Gr de fósforo
 10 Gr de enxofre
 1.700 Gr de cálcio
 80 Gr de potássio
 5 0 Gr de ferro

55. QUAL É O MAR DA BÍBLIA QUE TEM A FORMA DE


UM EMBRIÃO?
Claro, que é o mar morto! Ele fica localizado ao sul de
Israel no local das antigas cidades de Sodoma e Gomorra. Ele
mede cerca de 70 Km de comprimento por 17 de largura e
encontra-se no ponto mais baixo da terra, 400 metros ao nível
do mediterrâneo. Ele tem o formato de um embrião de cabeça
para baixo. Veja nos mapa!
56. PORQUE O PROFETA ELIAS FOI CHAMADO DE
TESBITA?
Devido ter nascido em Tisbe, cidade situada no oriente do

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Jordão que pertencia ao território Gileadita que ficava dentro


da tribo de Gade 1 Rs 17.1.

57. APRENDA COM OS SÍMBOLOS


57.1 Animais Significados
Leopardo rapidez
Urso força
Leão soberba
Jumento paciência
Águia julgamento
Serpente prudência
Raposa astúcia
Gafanhoto destruição
Pomba delicadeza
Porco impureza
Cão devassidão
Abelha construção
Cavalo vontade de guerrear
Dragão crueldade infernal
57.2 Metais e cores Significados
Ouro divindade
Cobre julgamento do pecado
Prata resgate
Pérola vitória no sofrimento

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Diamante dureza, firmeza


Verde esperança
Branco justiça
Azul céu
Púrpura realeza

57.3. Diversos Significados


Vinho alegria de viver
Arco poder triunfante
Areia mulltidão incontável
Cabeça senhorio, governo
Carne fraqueza humana
Chave autoridade suprema
Chifre reino
Orvalho vida eterna, doutrina
Chuva fertilidade e vida
Trono senhorio
Sal conservação da vida
Torre segurança e proteção
Sono negligência
Selo direito de propriedade
Balança racionamento
Trombeta convocação
Altar sacrifício e comunhão

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Erva brevidade da vida


Coroa dignidade real
Fermento hipocrisia
Fogo purificação e iluminação
Harpa alegria e louvor
Espinho sofrimento
Incenso oração
Castiçal testemunho
Lepra pecado
Mirra amargura
Vestido transformação
Ombro governo
Pedra força
Nudez condição humana
Lírio pureza
Madeira natureza humana

58. CÓPIA DA CARTA DE DIVÓRCIO DOS DIAS DE


MOISÉS
No...dia da semana; no dia do mês... no ano... eu, que
também sou chamado filho de... da cidade de... junto ao rio...,
por esse documento, consinto, de vontade própria, não
sofrendo coação alguma, eu libero, repudio, e afasto a ti ,
minha esposa...que também é chamada filha de..., que neste

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dia, na cidade de..., junto ao rio..., e que foi minha esposa


durante algum tempo. E assim eu a libero e a mando embora,
e a afasto para que possa estar desobrigada a ter domínio
sobre si mesma, para ir e casar-se com o homem que desejar;
e nenhum homem pode impedi-la, deste dia em diante, e não
está obrigada a nenhum homem; e isso será para você, de
minha parte, um termo de dispensa, um documento de
emancipação, uma carta de liberação, de acordo com a lei de
Moisés e Israel.
Testemunha........................... filho de..............
Testemunha........................... filho de..............

59. QUEM FOI OSVALDO ARANHA?


Foi o eminente brasileiro que presidiu em 29 de
novembro de 1947 a Assembléia das nações unidas e votou a
revolução que recomendava o estabelecimento, na Palestina,
de um estado judeu e de um Árabe.

60. QUANTAS VEZES APARECE NA BÍBLIA AS


PALAVRAS USADAS FREQUENTEMENTE NAS
PREGAÇÕES?
• Amor 268
• Perdão 6
• Graça 323

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• Autoridade 99
• Poder 293
• Arrependerse72
• Fidelidade 62
• Gozo12
• Tribulação 60
• Vida 552
• Prosperidade 22
• Glória 389
• Renovar 21
• Cura 16
• Paz3 10
• Temor 103
• Fé 242
• Céu 710
• Inferno 30
• Anjo 298
• Deus 8000
• Demônio 63
• Angústia 111
• Esperança 106
• Milagre 23
• Santificação 11
• Louvor 114

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• Adoração 156
• Espírito Santo 305
• Reconciliação 5
• Vigiar 33
• Evangelho 90
• Oração 124
• Jejum 31
• Vitória 29

61. O NOME DOS SETE MONTES QUE CIRCUNDAM A


CIDADE DE ROMA
Roma foi fundada em 753 a.C sobre uma das sete
colinas.
1. Capitólio
2. Quirinal
3. Viminal
4. Esquilino
5. Célio
6. Aventino
7. Palatino

62. MATUSALÉM O HOMEM MAIS VELHO DO MUNDO


Esse nome significa “homem armado”. Foi filho de
Enoque e avô de Noé Gn 5.27.

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Calculo Matemático:
• 969 anos
• 11.628 meses
• 348.840 dias
• 8.372.160 horas
• 502.329.600 minutos

63. A QUILOMETRAGEM PERCORRIDA POR PAULO EM


SUAS VIAGENS MISSIONÁRIAS:
1. Primeira viagem 1.514 Km
2. Segunda viagem 3.073 Km
3.Terceira viagem 2.762 Km

64. VOCÊ JÁ OBSERVOU QUE A POSIÇÃO EM QUE AS


SEIS PEÇAS DO TABERNÁCULO FORAM COLOCADAS
TEM O FORMATO DE UMA CRUZ?

Arca da aliança

Candelabro de ouro Altar do incenso Mesa dos pães asmos

Pia de cobre

Altar dos holocaustos

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65. AS QUATRO CORTINAS DO TABERNÁCULO, OS


QUATRO EVANGELHOS EOS QUATRO QUERUBINS
COMBINAM MUITO BEM!
Púrpura.........leão.........Mateus........realeza
Carmesim .....bezerro....Marcos........servo
Branco...........homem....Lucas..........homem
Azul...............águia.......João...........celestial

66. COMO ORIGINOU A PALAVRA BÍBLIA?


João de Antiquia apelidado Crisóstomo, “Boca de ouro”,
devido a sua eloqüência de falar em público. No ano de 387
A.D. Foi constituído patriarca de Constantinopla. Crisóstomo
foi o primeiro a dar o nome de Bíblia ao conjunto de livros
pequenos.

67.QUEM FOI O INVENTOR DA MOEDA?


O historiador Herótodo refere-se especialmente ao fato
de que creso rei da Lídia 562-546 A.C o inventor da moeda.

68. O PRIMEIRO ORADOR A TRAÇAR AS NORMAS DE


UM DISCURSO
Foi o grande sofista córax oriundo de Siracusa na Grécia
por volta de 500 A.C

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69. A ALTITUDE DO PINÁCULO DA TENTAÇÃO


O pináculo fica localizado no ângulo sudeste do muro do
pórtico de Salomão. Quem olha lá de cima para o vale de
Cedrom sente arrepios terríveis por causa da altura de cem
metros. O pináculo tem a mesma altura da torre de Brasília.

70. HOMENS NOTÁVEIS QUE FORAM CHAMADOS DE


ÁGUIA
• João o evangelista - águia de patmos
• Santo agostinho - águia dos doutores
• Napoleão Bonaparte - águia francesa
• Rui Barbosa - águia de Haia

71. ENCONTRE AQUI O SIGNIFICADO DO SEU NOME


71.1. Nomes Significados
Antônio o que não tem preço
Adilson justo
Alexandre defensor da espécie humana
André forte
Ângela mensageira
Adriano da cidade de Ádria
Alberto brilhante
Andréia viril
Augusto sublime

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Amanda digna de ser amada


Alessandro que resiste aos homens
Almir ilustrado por nobreza
Bonifácio aquele que faz o bem
Beatriz aquela que faz os outros felizes
Bruno escuro
Cristóvão o portador de Cristo
Caroline fazendeira
Carlos fazendeiro
Camila jovem criada
Célia a verdadeira
Cláudio o coxo
Dirceu fonte
Daniel Deus é meu juiz
Eugênio de boa origem
Expedito desembaraçado
Edgar próspero
Eduardo que cuida da riqueza
Éber que veio do outro lado do rio
Eloísa brilhante como o sol
Elias Jeová é Deus
Francisco livre
Fernando inteligente
Rafael Deus sara

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Fábio plantador de favas


Fátima mulher perfeita
Genésio o que nasce
Gilberto refém brilhante
Gabriel enviado de Deus
Gilmar espada brilhante
Hugo ajuizado
Hélio sol
Helena luz
Ivete ativinha
Joaquim o elevado de Deus
José aquele que acrescenta
João Deus é gracioso
Juliana cheia de juventude
Jorge agricultor
Kléber padeiro
Kelly donzela guerreira
Lídia mulher da lídia
Leonardo leão bravo
Luciana ligada a Lúcio
Ludmila amada do povo
Lília lírio
Lucas terra da luz
Maria soberana

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Mônica sozinha
Marcelo martelinho
Maurício de pele escura
Manoel Deus conosco
Marcos martelo grande
Mário homem másculo
Manassés o que faz esquecer
Madalena cidade das torres
Márcia guerreira
Neide nadadora
Néria deusa dos sabinos
Nilton filho de um novo lugar
Otávio oitavo filho
Osvaldo poder de Deus
Paulo pequeno
Pedro pedra
Poliana muito graciosa
Priscila velhinha
Pâmela muito doce
Paloma pomba
Roberto brilhante na glória
Ronaldo aquele que governa com mistério
Reginaldo o que governa por meio de conselhos
Robson filho de Robim

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Rodolfo lôbo de glória


Rosana rosa graciosa
Rosângela rosa angélica
Rogério afamado com a lança
Rodrigo príncipe poderoso
Raimundo sábio poderoso
Renato renascido
Rubens eis o filho!
Rui rei
Sebastião reverenciado
Sueli luz
Silvio da selva
Sandra que resiste aos homenzinhos
Sabrina nascida em Israel
Sônia sabedoria
Shirley do prado brilhante
Susana lírio gracioso
Silvana das selvas
Taísa que se admira
Tânia coroa pequena
Telma vontade
Talita menina
Tatiana benéfica
Túlio levantar

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Vera verdadeira
Valéria cheia de saúde
Victor vencedor
Vanderley viajante
Vanusa esperança
Vanda andarilha
Vanessa borboleta
Valdivino amigo audacioso
Valter combatente poderoso
Valdir aquele que governa
Vicente vencedor
Vilmar famoso
Viviane vivida
Valda dirigente
Valquíria de grande beleza
Welington próspero
Wesley do prado ocidental
Waldemar governador ilustre
Wilton da fazenda primaveril
Xavier cristão hospitaleiro
Zélia bela
Zilda guerreira vitoriosa

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72. AS CIDADES QUE FORMAVAM A DECÁPOLIS


É esse nome é de origem grega deca = dez + polis =
cidade. Significa dez cidades. Os nomes das dez cidades
foram:
1. Hipos
2. Gadara
3. Pela
4. Gerasa
5. Arbela
6. Dion
7. Canata
8. Damasco
9. Refana
10. Citópolois

73. OS SIGNIFICADOS DOS NOMES DAS PRINCIPAIS


CIDADES DOS TEMPO DE CRISTO
Nomes Significados
Jerusalém lugar da paz
Belém casa do pão
Betânia casa de tâmara
Hebrom união
Berseba poço de juramento
Jericó lugar de fragância

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Jope beleza
Gaza forte
Efraim fértil
Betel casa de Deus
Sicar falsidade
Siquém espádua
Naim belo
Betsã casa de sossego
Hesbom razão
Betsaida casa da pesca
Cafarnaum aldeia de Naum
Magdala torre
Tiberíadas pertencente a Tibério
Caná lugar de canas
Nazaré verdejante
Cesaréia de Filípos pertencente a Felipe
Cesaréia pertencente a César
Ptolemoida cidade de Ptolomeu

74. COMO É FORMADA A PÉROLA?


Quando um corpo estranho um grão de areia entra na
ostra, provocando atrito com seu corpo e o ferindo, a ostra
libera uma secreção que encapsula o corpo estranho e aos
poucos se forma uma preciosa pérola. A igreja que é a pérola

63
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preciosa de Deus surgiu com os ferimentos calvarísticos de


Jesus Cristo.

75. COMO SURGIU A DOUTRINA DO PURGATÓRIO?


Foi estabelecida pelo papa Gregório l 509-604. E admitida
senão em 1439, no concílio de Florença, e, posteriormente, no
concílio de Trento sessão XXl. O purgatório segundo o
catolicismo, é o local de sofrimento no qual as almas são entre
a morte e o juízo, purificadas pelo fogo.

76. O PESO DAS ARMAS DE GOLIAS


76.1. Couraça de escamas - Pesava 5.000 siclos de bronze
equivalente a 90 fg
76.2. O ferro da lança - pesava 60 siclos de ferro que
corresponde a 12 fg 1 Sm 17.5; 7.
77. QUANTO CORRESPONDE O TERMO 12 LEGIÕES DE
ANJOS?
A organização militar romana chamada de legão era
formada de 6.000 soldados. Se calcularmos baseados nessa
numeração teremos: 12 x 6.000= 72.000 Mt 26.53.

78. AS ÁGUAS DO MAR VERMELHO SÃO REALMENTE


VERMELHAS?
Recebeu esse nome não foi por causa das cores das

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águas porque são verdes- azuis. As rochas que circundam o


mar e de natureza calcária dos períodos coceno e cretáceo.
Assumem pela ação do tempo, uns coloridos vermelho-escuros
muita vivos, daí surgiu o nome mar vermelho.

79. PORQUE SILOÉ SIGNIFICA ENVIADO?


A designação siloé é de origem hebraica e significa o
enviado Jo 9.7. O rei Ezequias enviou a água do lado de fora
da muralha oriental de Jerusalém da fonte de gion para dentro
da cidade para um grande tanque eis a razão do significado do
nome 2 Rs 20.20.

80. AS MEDIDAS DO TÚMULO DE CRISTO


Hodiernamente o túmulo é chamado de “túmulo de
Gordon”, “túmulo do jardim”ou “túmulo dos reis”. É uma sala
com um espaço 4.40m x 3.20m x 2.40 x de altura.

81. O MONTE CALVÁRIO TEM O FORMATO DE UM


CRÂNIO
O termo calvário no latim “calvária” e no grego “kranion”
que quer dizer crânio o monte é uma elevação com apenas
10m de altura, com a forma redonda e calva, possuindo a
semelhança de um crânio humano.

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82. O VENTO EURO-AQUILÃO FOI O TERROR DOS


MARINHEIROS
Esse nome é formado de dois vocábulos, a porção
“euros”é grega e significa “vento leste”, ao passo que a porção
latina “aquilo” nordeste. Era um vento bravio que surgia da
banda do mar negro e avassalava todos os navios do mar
grande.

83. A CLASSIFICAÇÃO DOS NOVE DONS ESPIRITUAIS


83.1. Dons de Revelação
 Palavra da sabedoria
 Palavra do conhecimento
 Discernir os espíritos
83.2. Dons de Poder
 Fé
 Curar
 Operação de maravilhas
83.4. Dons de Elocução
 Profecia
 Variedade de línguas
 Interpretação de línguas
84. O VALOR DOS LIVROS DE ARTES MÁGICAS
QUEIMADOS EM ÉFESO
Remontou a 50.000 peças de prata. O equivalente ao

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salário de 50.000 mil dias de serviços; mais que cinco homens


podiam ganhar trabalhando durante trinta anos At 19.27.

85. CURIOSIDADES ENCONTRADAS NOS MAPAS DA


BÍBLIA
 Rio Jordão - tem o formato de uma serpente rastejando
 Delta do Nilo - o formato da quarta letra do alfabeto
grego.
 As duas pontas do mar vermelho - possui o gesto do
tipo o paz e amor.
 A Itália - tem o tipo de uma bota
 A ilha de Chipre - tem a aparência de um gancho de uvas
vistos a distância. Inclusive Chipre significa cacito ......
 A região da Acaia no sul da Grécia possui o formato de
uma mão aberta.
 Rota de Israel perdido no deserto. Tem o formato de
um laço.
 A trajetória da segunda viagem de Paulo. Possui o
formato de um braço estendido.

86. A EXTENSÃO DOS RIOS MAIS FAMOSOS DO MUNDO


Nilo 6.600 Km
 Amazonas 6.437 Km
 Mississipi 3.780 Km

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 Volga 3.690 Km
 Danúbio 2.858 Km
 Ganges 2.478 Km
 Reno 1.100 Km

87. OS NOMES HEBRAICOS DE DEUS E OS SEUS


SIGNIFICADOS
Adonai - Senhor.
El - o único que é forte.
El Elyon - o Deus altíssimo Gn 14-18.
El Shadai - o Deus todo poderoso Gn 17.1.
El Olam - o Deus eterno Gn 21.33.
Elohim - o Deus criador.
Jeová- Nissí - o Senhor é a nossa bandeira Ex 17.15.
Jeová-Shalom - o Senhor é a paz Jz 6.24.
Jeová-Samá - o Senhor está ali Ez 48.35.
Jeová-Rafá - o Senhor que te sara Ex 15.26.
Jeová-tsidkenu- o Senhor é a nossa justiça Jr 25.3.
Jeová-Jiré - o Senhor proverá Gn 22.8.
Jeová- Shebaoth o Senhor dos exércitos 1 Sm 4.4.

88. CURIOSIDADES INERENTES A BÍBLIA


• A Bíblia foi o primeiro livro impresso no mundo em 1452.
• Os números que predominam são: 03 e 07.

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• O salmo 119 tem 22 grupos de 8 versículos que é igual a


176.
• Tem 1.189 capítulos. Sendo assim distribuídos: 929 no
velho e 260 no novo testamento.
• O salmo119 é o maior capítulo e o 117 o menor.
• O livro de salmos é o maior e o ll Jo é o menor.
• A Bíblia tem 31.175 versículos. Sendo assim, 23.216 no
velho e 7.959 no novo testamento.
• O maior versículo: Éster 8.9 e o menor Ex 20.13 em todas
as versões.
• O V. testamento é 3 vezes maior que o nôvo.
• O versículo central da Bíblia é o salmo 118.8.
• A Bíblia tem 3.586.483 letras e 773.693 palavras.
• O capítulo 37 de Isaías é igual a ll Rs 19.
• No livros de salmos encontramos quatro versículos iguais
(107.8, 15,21,31).
• Os livros de Ester e os de Cantares não possuem o nome
Deus.
• O menor livro do mundo tem 18 milímetros de
comprimento e 12 de largura; trata-se de um N. Testamento.
• As quatro folhas brancas que encontramos no meio da
Bíblia representam os 400 anos de silêncio profético que vai do
profeta Malaquias a João Batista.

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89.O ENCANTO DA PORTA CHAMADA FORMOSA


Foi chamada de formosa por causa de seus ornamentos.
Essa porta era trabalhada com bronze corintio tão maciço que
era preciso vinte homens para abri-la e fechá-la. Ela ficava
para o lado oriental (nascente do sol) quando os raios solares
projetavam nela, provocava um maravilhoso resplendor At 3.2.

90. A MAGNIFICÊNCIA DO TEMPLO DA DIANA DOS


EFÉSIOS
Gastaram 220 anos para construí-lo. Era sustentado por
127 colunas artisticamente trabalhadas e o teto era coberto de
mármore branco. A parte interna era toda ornamentada por
obras de artes dos famosos pintores: Fídias, Praxíteles,
Escopas, Parrásio e Apeles. Era quatro vezes maior que o
partenão de Atenas. Media: 113 metros de comprimento por
54 de largura. Tornou-se uma das sete maravilhas do mundo.

91. PORQUE A ÁGUA DE LAODICÉIA ERA MORNA?


Laodicéia que quer dizer “julgamento do povo”. Foi
fundada por antioco ll 261-246 a.C. Cidade opulenta água que
abastecia a cidade vinha por meio de um aqueduto de pedra
da cidade de Hicrapólis e quando chegava em Laodicéia estava
morna. Jesus considerou as pessoas indecisas espiritualmente
do estado dessa água nauseante Ap 3.15-16.

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92.O GRANDE MESTRE GAMALIEL


Gamaliel significa “recompensa de Deus”. Foi um grande
Doutor da lei Judaica, e mestre de Paulo At 22.3. Era filho de
Simeão e neto do famoso rabino Hilel. Foi membro do sinédrio
e dos principais da seita farisaica.

93. O USO DA PEDRA BRANCA EM PÉRGAMO


Havia em Pérgamo mineração de pedras brancas. As
quatro alusões segundo Morgan. Quem a recebia:
• Quem era absoluido de processo
• O escravo liberto para provar a sua cidadania
• O atleta de corrida de luta
• O guerreiro que era vencedor na batalha.
94. OS SIGNIFICADOS DOS NOMES DOS JUÍZES
94.1. NOME SIGNIFICADOS REFERÊNCIAS
1. Otniel Leão de Deus Jz 3.9
2. Eude União Jz 3.15
3. Sangar Ouvido por Deus Jz 3.31
4. Débora Abelha Jz 4.5,8
5. Baraque Relâmpago Jz 5.1
6. Gideão Lenhador Jz 6.36
7. Abimeleque Pai do Rei Jz 9.1
8. Tola Verme Jz 10.1
9. Jair Ele ilumina Jz 10.3

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10. Jeftá Libertador Jz 2.11


11. Ibsã Flagrante Jz 12.8
12. Elom Carvalho Jz 12.11
13. Abdom Extermínio Jz 12.13
14. Sansão Pequeno Sol Jz 16.30
15. Eli Altura 1 Sm 1.9;4.18
16. Hofni Pertencente ao punho 1 Sm 1.3
17. Finéias Negro 1 Sm 1.3
18. Samuel Nome de Deus 1 Sm 7.6
19. Joel Jeová é forte 1 Sm 8.1-2
20. Abia Jeová é Pai 1 Sm 8.1-2

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02

MENSAGEM
TEMA: MASSACRE AOS DEMÔNIOS

TEXTO: Lc 9.1

INTRODUÇÃO

Os demônios são os agentes secretos de Satanás e


promotores das malevolências existentes. O mundo espiritual
está saturado da presença desses seres maléficos. Os crimes,
os assaltos, os sequestros e uma vasta gama de perversidade
têm suas origens na força negativa proporcionada por esses
monstros descorporificados. O corpo de um ser humano
desprovido de fé torna em catedral das atividades demoníacas
horripilantes. Para quem recebe a autoridade de Cristo poderá
massacrar essa falange infernal Lc 10.19.
1. QUEM SÃO OS DEMÔNIOS?

São os fiéis serviçais de Satanás desprovidos de


corpos próprios que vivem com a finalidade exclusiva de
atormentar os seres humanos. A palavra demônio aparece 63
vezes na Bíblia. Existem muitos demônios, mas, um só
Satanás, que é o ser supremo do mal. No conceito dos gregos,

73
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o demônio era um deus ou uma divindade; e os hebreus criam


que era a alma de uma pessoa má e que podia ser exorcizado
por meio de raízes e do nome Salomão.
2. AS CLASSES DE DEMÔNIOS

Os demônios vivem procurando fazer os homens


crerem que Deus é um dominador arbitrário e egoísta Gn 3.5.
Procuram a todo custo arrancar a Palavra de Deus semeada no
coração humano Mt 13.19. Podem aparecer em forma de
gente ou de animais. Cada classe demoníaca tem a sua tarefa.
Veja:
2.1. Principados Ef 6.12

Referem-se às ordens angelicais superiores, que possuem


autoridade sobre grandes regiões.

2.2. Potestades Ef 6.12

Esta em foco os governantes subordinados.

2.3. Príncipes das trevas Ef 6.12

São forças espirituais malignas inferiores as potestades.

2.4. Hostes espirituais Ef 6.12

Retrata um exército opositor composto de seres malignos;


e, esses seres são numerosos.

2.5. Espíritos imundos Mc 3.11:6.7;

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2.6. Espíritos surdos e mudos Mc 9.25;

2.7. Espíritos maus At 19.12,13;

2.6. Espíritos mentirosos 1 Rs 22.22,23;


2.7. Espíritos de adivinhação At 16.16;
2.8. Espírito do anticristo 1 Jo 4.3;
2.9. Espírito de enfermidade Lc 13.11.
Nas regiões antigas os demônios se identificavam por
nomes associados com o culto idolátrico do local e às vezes
eles eram chamados por nomes de animais.
3. OS QUATRO SINTOMAS DE UMA POSSESSÃO
DEMONÍACA

O termo grego daimonizomai quer dizer estar sob o


controle de um espírito mau. Os sintomas de uma pessoa
possessa são os seguintes:
3.1. Mudança na personalidade

A aparência é afetada, a inteligência e o caráter.

3.2. Mudança física

Diferenciação na voz; babas; os olhos ficam vidrados e


força anormal.

75
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3.3. Mudança mental

Demonstra conhecimento antinatural, e capacidade de


perceber coisas, telepatia, levitação.

3.5. Mudança espiritual

Reage violentissimamente contra tudo que esteja


relacionado com a Palavra de Deus. Rasga Bíblia, chuta púlpito
e profere palavras blasfemas.

4. COMO SE PREPARAR PARA MASSACRAR OS


DEMÔNIOS

4.1. Consagração intensa


Quanto mais houver consagração e vigilância pelo
exorcista cristão maior sucesso haverá em seu confronto diário
com os demônios Mc 9.29.
4.2. Fazê-los identificar o nome

A pesar que o demônio só fala mentiras se o fizermos


identificar o nome ele perderá a força Mc 5.9.

4.3. Usar autoridade

Nunca poderá um grupo orar para expelir demônios, e


sim, um cristão revestido de autoridade. Deve dizer em alta
voz como disse Paulo: “... em nome de Jesus Cristo, te mando
que saias” At 16.18.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

4.4. Não amedrontar diante de suas investidas

Os demônios farão de tudo para não serem expulsos de


um corpo, e por fim, falarão contra qualquer um de nós
palavras ameaçadoras. Não tenhamos medo, revistamos das
armas espirituais para massacrá-los.

CONCLUSÃO
Sabermos muito bem da existência dos demônios, e por
isso, não negamos os seus ardis. É hora dos servos de Cristo
se revestirem de sua autoridade e massacrar os demônios.
Que o Senhor nos use neste século com a graça que Filipe
recebeu em Samaria a ponto de fazer os demônios saírem
gritando em altas vozes At 8.7.

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03

MENSAGEM
TEMA: AS QUATRO ÂNCORAS

TEXTO: At 27.29

INTRODUÇÃO

O capítulo 27 de Atos trás um relatório detalhado e


instrutivo sobre o sistema de navegação antiga. A palavra
Âncora aparece 5 vezes na Bíblia e somente neste capítulo
ocorre 4 vezes At 27.13,29, 30,40. Ao navegar sobre as águas
do Mediterrâneo era comum os navios estarem equipados com
quatro âncoras devido os perigos que a região oferecia tais
como: o pé de vento euro- aquilão, as rochas arrefecedoras e
a Sirte que ficava no norte da África ao oeste de Cirene. Tanto
na literatura secular como na simbologia bíblica a âncora é o
emblema da esperança e da segurança espiritual.
1. O USO DA ÂNCORA NO MUNDO ANTIGO
A âncora primitivamente era feita de grande pedra
furada ou com saliências por onde passava a corda de amarra.
Outra podia ser feita de madeira, com uma barra transversal
de chumbo. As mais recentes são feitas de ferro, que consta

78
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

de uma barra grossa terminada de um lado por dois braços


armados de pontas. As quais, agarrando-se ao fundo do mar,
aguentam o navio contra a força dos ventos e das correntes.
Alar âncora significa levantá-la, deitar âncora significa baixá-la.
Os dois símbolos mais antigos do cristianismo foram a cruz e a
âncora. Os túmulos dos cristãos antigos eram decorados com
a representação de uma âncora.
2. A IMPORTÂNCIA DA ÂNCORA NA NAVEGAÇÃO
O mundo é comparado ao mar; a alma a um navio; o
profundo do oceano com a realidade misteriosa do mundo
espiritual.
2.1. O navio precisa de uma âncora para segurá-lo na
tempestade.
O que sustenta a alma do cristão em meio à violência, a
crise e as tribulações é a âncora da esperança. Jó quando viu
que o navio de sua vida espiritual e física estava para
arrefecer, ele tirou da proa de sua fé a âncora e soltou o cabo
no mar da vida dizendo: “Porque eu sei que o meu redentor
vive...” Jó 19:25.
2.2. Ela funciona de forma oculta no profundo das
águas, atracada na rocha.
Não há símbolo mais apropriado para a esperança do que
este, posto que se agarre a algo invisível, mas bem real: “...
porque ficou firme, como vendo o invisível” Hb 11.27.

79
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

2.3. 500 gramas de ferro de numa âncora sustenta


5.000 quilos de um navio em alto mar.
As grandes borrascas da vida que aparecem para nos
derrotar são destruídas com apenas algumas gramas de uma
Palavra de autoridade no espírito: “Posso todas as coisas
naquele que me fortalece” Fp 4.13.
3. AS QUATRO ÂNCORAS ESPIRITUAIS
Se usarmos as quatro âncoras espirituais jamais o navio
da nossa vida espiritual naufragará nas águas caudalosas
deste mundo.
3.1. A âncora da esperança
A palavra esperança no idioma grego é elpis que na verdade
é um dos três grandes pilares da fé cristã 1 Co 13.1; Hb
6.18,19
3. Esse vocábulo aparece 106 vezes nas páginas da Bíblia.
Como asseverou Macedo: “No coração do crente nunca se
apaga de toda a esperança; o coração do incrédulo é um
negro abismo, em cujo fundo mora o demônio do desespero.”
A esperança é a vitamina espiritual que o cristão deve usar no
dia-a-dia para que sua visão não fique ofuscada. Quando
parece que tudo acabou a esperança é a tônica que fortalece
de vida do cristão. O barco da nossa vida só chegará ao porto
do destino desejado se o timão for á esperança. Não pode
faltar a esperança porque é ela que faz os grandes homens.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Se usarmos a âncora da esperança, jamais naufragaremos na


vida espiritual.
3.1.1. Deus é a fonte da esperança Sl 62.5;
3.1.2. Não pode ser arrancada do nosso coração Jó 19.10;
3.1.3. A esperança demorada enfraquece o coração Pv 13.12;
3.1.4. A esperança é invisível e condutora da nossa salvação
Rm 8.24;
3.1.5. A esperança da salvação é simbolizada por um
capacete 1 Ts 5.8.
3.2. A âncora da fé
É uma palavra de uma silaba só e que na verdade é a
alavanca que remove todos os problemas cotidianos 1 Tm
1.19. Nas palavras da Bíblia: “É o firme fundamento das coisas
que se esperam e a prova das coisas que não se veem” Hb
11.1. Certo escritor disse: “A fé nos proporciona coragem para
enfrentar o presente com confiança e o futuro com
esperança.” Ela se contrasta com a credulidade, porque aquilo
em que a fé tem confiança tem confiança de fato, e, ainda que
todas às vezes transcenda a nossa razão, não lhe é contrário.
A fé é responsável por muitas operações divinas em nossa vida
e uma poderosa âncora a nos sustentar no mar desse mundo
tenebroso.
3.2.1. O que vem por meio da fé:
 Luz espiritual Jo 12.36,46;

81
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

 Salvação Mc 16.16;
 Acesso a Deus Rm 5.2;
 Vida Jo 20.31.
3.3. A âncora da oração
É a poderosa âncora espiritual que ao longo dos séculos os
servos de Deus usaram para não retrocederem 1 Tm 2.1. O
Senhor está querendo revelar coisas ocultas aos olhos dos
mortais; mas, muitas vezes não a faz, porque não acha quem
esteja na brecha Ez 22.30; Is 59.16. A âncora no lugar secreto
é a oração arraigada nas grandes fortalezas de Deus. É mais
fácil trabalharmos e contribuirmos para o Senhor do que
soltarmos a âncora da oração. É o fenômeno central da vida
religiosa, só é imitada apenas pela onipotência divina. Eis os
homens que usavam com mui grande constância a âncora da
oração:
 Jorge Muller. Foi considerado o príncipe dos
intercessores. Nada pedia aos homens somente a Deus; ele
sabia que a oração move o braço da providência.
 William Bramwell. Seu corpo vivia mais sustentado
pelos seus joelhos do que com os pés.
 João Fletcher. Quando despedia de uma pessoa sempre
dizia: “encontro você orando”.
3.4. A âncora do jejum

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O jejum quebranta a carne e trás brilhantismo ao espírito do


homem tornando-o mais espiritua Mc 9.29l. A palavra jejum
ocorre 31 vezes na Bíblia e jejuar 42 vezes. Na balança
humana quem come mais pesa mais, e na balança divina
quem come menos pesa mais. O jejum é a âncora poderosa
que em meio às aflições nos firma na rocha da providência de
Deus. O jejum é promotor das grandes revelações espirituais.
Sabemos que os maus hábitos e os vícios poderão ser
eliminados por essa prática sagrada. O jejum apressa a
resposta da oração. Veja os efeitos que o jejum como âncora
pode nos proporcionar:
 Autoridade sobre os demônios Mc 9.29;
 Confirmação pública da chamada missionária At 13.2.

CONCLUSÃO
Se usarmos as quatro âncoras jamais naufragaremos nas
correntes do mundanismo. Os grandes temporais que vem
como tufão para destruir-nos não poderão nos submergir no
mar da vida porque elas nos estabilizam firmados na rocha dos
séculos que é Jesus. Amém!

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04

MENSAGEM
TEMA: A GRACIOSIDADE DA PALMEIRA
TEXTO: Sl 92.12

INTRODUÇÃO
Não é somente o cedro do Líbano que nos fornece lições
basilares para a vida cristã; a palmeira com a sua
concretização e graciosidade ereta nos fornece os mais lindos
ensinos que são princípios norteadores para o sucesso
espiritual dos cristãos.
1. AS ESPÉCIES DE PALMEIRAS
A palmeira genericamente pertence à família das
palmáceas, pertencentes à classe dos monocotilédones.
Existem aproximadamente quatro mil espécies de palmeiras
espalhadas nas mais diversas partes do mundo. Nomes
associados à palmeira: Betânia “casa das tamareiras;” Jericó
biblicamente é chamada de “cidade as palmeiras” Dt 34.3;
Tadmor, palavra formada de Tamar, originou-se da palavra
grega “fhoinix” que quer dizer palmeira. O vocábulo palmeira

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ocorre 31 vezes na Bíblia. O Brasil em épocas atrás foi


chamado de Pindorama que quer dizer “Terra das palmeiras.”
2. O TRONCO DA PALMEIRA
O tronco da palmeira tem a estrutura diferente do tronco
das outras árvores, recebendo por isso a denominação de
espique, que quer dizer “caule lenhoso.” O tronco lenhoso da
palmeira tipifica a vida espiritual consistente do cristão ligado a
Cristo.
3. O CRESCIMENTO DA PALMEIRA
As palmeiras não apresentam crescimento horizontal
como as árvores comuns, porque falta a camada geradora
responsável pela formação das estruturas secundárias Ct 7.7.
Por isso, seu tronco não aumenta de diâmetro, limitando-se a
crescer verticalmente. O cristão como cidadão comum deve
crescer horizontalmente, ou seja, relacionar-se com seus
semelhantes e desenvolver os talentos naturais. Assim como a
palmeira cresce verticalmente chegando atingir 27 metros de
altitude, o cristão dever crescer para cima, para Deus Cl 3.1;
1.10; Is 1.3; 2 Pe. 3.18. O nosso crescimento deve ser mais
vertical do que horizontal. A palmeira é ereta e desempenada
Jr 10.5. Isso deve servir de modelo para o servo de Deus que
deve levar uma vida correta diante dos homens 2 Tm 4.2. Os
homens hão de amar ou odiar ao Senhor mediante o nosso
testemunho Mt 5.16.

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4. A PALMEIRA É ÁRVORE FRUTÍFERA


Ela produz frutos durante 100 a 200 anos. Milhões de
pessoas alimentam diariamente dos seus frutos Sl 92.14
. A simbologia da frutificação acaba de vez com a negativa de
muitas pessoas idosas que dizem que nada podem fazer pela
causa de Cristo devido à idade avançada. Aquele que vive do
passado envelhece-se antes do tempo; aquele que vive
pensando no futuro, confiando em Cristo permanece jovem
para sempre. Sara concebeu com a idade de 90 anos Gn
17.17; Calebe tomou posse da terra com 85 anos Js 14.10 e
Ana com aproximadamente 103 foi grande intercessora Lc
2.36. As mulheres da Grécia contavam a idade pela data do
casamento e não pela do nascimento. O cristão não deve
esmorecer por causa da idade deve contar os seus anos a
partir da data de sua conversão a Cristo.
5. A PALMEIRA É ÁRVORE DE ORNAMENTAÇÃO
A figura da palmeira foi entalhada na madeira de cedro e
serviu para embelezar o interior do majestoso templo de
Salomão 1 RS 6.29, 32, 35. O Espírito Santo o Artista divino
esculpiu na tábua dos nossos corações a beleza de Cristo; por
isso, embelezamos a casa de Deus, quando adoramos,
glorificamos e tributamos louvores ao Senhor. Os templos de
nada valerão, sem os cristãos contritos de coração. Um pé de
palmeira chega a produzir 60 milhões de flores. As palmeiras

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são dióicas, isto é, com flores masculinas e femininas. Tanto o


homem quanto a mulher poderão florescer para Deus
mediante os frutos do Espírito porque são participantes da
natureza divina 2 Pe 1.4.
6. A PALMEIRA REQUER TERRENO ÚMIDO E FÉRTIL
O cristão enfrenta o deserto desta vida cheio de
escorpiões da falsidade e do engano porque tem as raízes da
fé aprofundadas no solo da verdade. Israel depois de haver
passado pelo amargor das águas de Mara, acampou-se nas
sombras refrigerantes das 70 palmeiras de Elim Ex 15.27.
Contemplamos no dia-a-dia o amargor de Mara, mas, logo
encontramos o oásis de Elim do descanso em Cristo.
7. A PALMEIRA DESAFIA A TEMPESTADE DO DESERTO
No deserto a tempestade assopra furiosamente, a
palmeira encurva-se até ao chão, e, quando cessa a borrasca,
ela volta à posição vertical original. A melhor maneira para o
cristão vencer os furacões da vida, é de joelhos e agarrado
nas vestes de Cristo. Quem quiser enfrentar os turbilhões da
vida confiando em si mesmo, e, sem buscar a Deus, será
arrancado e destruindo.
NOTA
A medalha que comemorava a vitória dos romanos sobre
Jerusalém, era representada por uma mulher, assentada e
triste, debaixo de um pé de palmeira. Débora assentada

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

debaixo de uma palmeira representava a nação de Israel


frutificada e abençoada Jz 4.4,5.

CONCLUSÃO
As mil e uma utilidades da palmeira devem ser
emblematicamente assumidas pelo crente verdadeiro. A
palmeira não só embeleza o paisagismo como contribui para o
equilíbrio climático. Assim deve ser o servo de Deus, sua
presença deve colaborar com o equilíbrio harmonioso dos
seres humanos. Onde for deve promover a paz. Deve ser o
arauto das boas notícias.

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05

MENSAGEM
TEMA: O SOLDADO CRISTÃO
TEXTO: 2 Tm 2.3-5

INTRODUÇÃO
O Soldado cristão deve ser um homem preparado,
treinado, devoto à sua causa, calejado para a batalha
espiritual e para sofrer, e que busque a vitória com todas as
energias de seu ser. O cristão como atleta deve observar as
regras; como lavrador deve obter resultados e como soldado
deve suportar as dificuldades. No ano de 1962 foi criado pelo
Governo Federal, através do Decreto nº. 51.429 de 13 de
março que o dia do soldado seria comemorado no dia 25 de
agosto. Comemora-se o dia do reservista no dia 16 de
dezembro.
1. AS QUALIFICAÇÕES DE UM SOLDADO
As virtudes militares são sentimentos que o soldado deve
possuir para ser digno da farda que veste.
1.1. Decência
Tanto na rua como no quartel o militar deve manter uma
atitude correta. Deve ser decente, ter dignidade moral, brio, e

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honradez. A língua do cristão que glorifica a Deus no templo


não pode de forma nenhuma pronunciar palavras indecorosas
na vida diária Cl 3.8.
1.2. Respeito
Todo militar deve respeitar o companheiro evitando
brincadeiras deselegantes e que poderão ter consequências
graves. O cristão não deve de forma nenhuma ultrajar as leis
das relações humanas e nem tampouco humilhar os irmãos 1
Co 9.16,17.
1.3. Sentimento
O soldado deve mais do que qualquer outro cumprir
escrupulosamente os seus deveres, já pela natureza do serviço
que lhe é confiado pela obrigação moral a que não pode fugir
como indivíduo honesto 1 Co 9.16,17.
1.4. Abnegação
É o desprendimento de si próprio em proveito de outro. O
soldado tem a obrigação de ser abnegado porque além de
dever ser forte, tem o compromisso de honra com a pátria. O
cristão, como soldado abnegado deve crucificar os seus
próprios desejos mostrando-se forte em Cristo e pensar
somente na pátria preparada para os fiéis Gl 2.20; Fp 3.20.
1.5. Pontualidade
Na vida militar não há moleza. Tudo deve ser feito
rapidamente, e no momento marcado. A rapidez de execução

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não quer dizer precipitação; quer dizer que não deve haver
delongas e nem que se deixe para o dia seguinte o que
poderia ser feito logo. O lema do militar pontual: “Antes da
hora não é hora, depois da hora não é hora; a hora é na
hora!” O servo de Deus que representa a pátria celestial deve,
por conseguinte ser pontualíssimo para com os compromissos
da milícia divina. Pedro e João foram grandes soldados do
Reino porque eram pontuais na hora nona At 3.1.
1.6. Decoro
É o modo digno e correto de apresentar-se em público,
procurando honrar sempre a farda. O soldado deve procurar
lugares frequentados por pessoas dignas, a fim de demonstrar
educação aprimorada. Tanto o pregador da Palavra de Deus
quanto o cristão comum devem evitar lugares e companhias
que comprometam a honra e a moral Pv 4.14; 1 Co 5.11.
Outras qualificações de um bom soldado: determinação,
obediência, autodisciplina, lealdade, singeleza mental, devoção
heróica, prudência, moderação e reserva em seus atos.
2. OS CUIDADOS PESSOAIS DE UM SOLDADO
2.1. Apresentar-se rigorosamente uniformizado
O uniforme é um símbolo de autoridade; desrespeitá-lo,
significa desacato à autoridade conforme textualmente
prescrevem o Estatuto dos Militares e o Código Penal Militar.
Não é permitido colocar, sobre o uniforme, insígnias de clubes,

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associações religiosas e políticas ou usar indevidamente


condecorações. Sabemos que não é por um homem usar terno
e manusear a Bíblia que ele passa a ser um obreiro de Deus. O
traje não faz um ministro. Agora, o ministro do evangelho
deve trajar-se adequadamente correspondendo com a função
eclesiástica.
2.2. Evitar discussão acerca de política partidária
O soldado não pode introduzir, discutir, ler ou possuir
propaganda que tenha caráter político. O obreiro deve
participar das eleições como cidadão, mas não ficar
polemizando a cerca de um partido político promovendo
tristeza e dissabor entre os irmãos 1 Co 1.10-13.
2.3. Manter em sigilo os assuntos militares
O militar deve abster-se de referir sobre assuntos que não
podem ser ventilados fora do quartel. Tomar cuidado contra as
falsas doutrinas sociais. Deve ser prudente e reservado em
seus atos. Tanto o membro de uma igreja como um obreiro
deve ter o sigilo como uma virtude pessoal. Problemas
administrativos e desentendimentos existentes dentro do seio
da igreja de Cristo não devem ser comentados. O servo de
Deus deve ser promotor das boas notícias Fp 4.8.
2.4. Evitar contrair dívidas
Quantas pessoas pregam hoje acerca da honestidade e da
honra tendo seus nomes arrolados no CERASA, SPC, Cartórios

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e no rol de emitentes de cheques sem fundos como se nada


tivesse acontecendo. Devemos zelar pelo bom nome evitando
qualquer tipo de desmoralização Pv 22.1.
3. OS DEVERES DO SOLDADO
3.1. Não embaraçar com negócios
O soldado é um homem de uma única tarefa 2 Tm 2.4. O
militar está preso a seus deveres, mas também deve ter
admiração pessoal pelo seu comandante. Seria ridículo ver um
soldado comercializando em período de serviço nas
dependências de um quartel. O que é um absurdo para um
crente ocupar o seu tempo com coisas passageiras e que
desonrem a Jesus Cristo.
3.2. Colocar o ofício acima das conveniências
O amor e o interesse pela causa de Cristo devem ser o
alvo principal daquele que tremula a bandeira do cristianismo.
O apóstolo Paulo tinha seu ministério superior a sua própria
vida At 20.24. Muitos deixam de fazer um belo trabalho para
Cristo visando prioritariamente o conforto pessoal e o valor do
salário.
3.3. Dedicar à pátria o sacrifício da própria vida
O soldado fiel só pensa em servir a pátria e morrer por
ela se for preciso. Quando um servo de Deus ama a Jesus
Cristo e a pátria celestial ele acaba esquecendo-se de si
mesmo e luta para ver outros no exército do Senhor.

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3.4. Aceitar as fadigas e os trabalhos da profissão


Para ser um bom soldado é necessário suportar as
intempéries. É preciso treinamento para saber nas horas mais
difíceis como e quando agir, quais as táticas corretas para
cada momento, sendo assim, o soldado passa por uma série
de provas. O cristão como um militar da fé não deve estranhar
as agruras da jornada, porque quando somos postos às
fadigas da prova, passamos a revelar exatamente os recursos
escondidos do nosso caráter 1 Pe 4.12,13.

CONCLUSÃO
Como bons soldados não podemos preocupar com as
recompensas financeiras, aquilo que fazemos é para o Senhor
que irá nos recompensar no tribunal após o arrebatamento,
onde seremos condecorados com os prêmios celestes.
Militemos, pois a boa milícia da fé 1 Tm 6.12. Amém!

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06

MENSAGEM
TEMA: AS DESCIDAS ESPIRITUAIS
TEXTO: Ne 6.3

INTRODUÇÃO
Quem está assentado nas regiões celestiais em Cristo
Jesus não pode em hipótese alguma pensar em descer. Descer
no sentido espiritual é perder a graça divina e entregar-se ao
derrotismo. O verbo descer aparece 391 vezes na Bíblia. A
ordem de Jesus Cristo o nosso general é: “Avançar sempre,
recuar jamais!” Lc 9.62. Neemias o fiel copeiro do rei
Artaxerxes 465 a.C., entendia muito bem o valor de estar na
posição que Deus determina; por isso, ele respondeu aos que
pretendiam desviá-lo de sua nobre missão: “... estou fazendo
uma grande obra, de modo que não poderei descer...” Ne 6.3.
O cristão é um alpinista espiritual, deve pensar só em subir e
nunca em descer.
1. A DESCIDA DE ABRAÃO AO EGITO
Enquanto Abraão palmilhava a terra da promessa
edificando altares, armando tendas e cavando poços não
corria perigo de vida e nem pensava em ter o casamento

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

abalado. Ao descer ao Egito a terra de Mizraim adquiriu


riquezas em abundância Gn 12.10; Gn 13.1,2. Quem desse ao
Egito deste mundo passa a ter um caráter mundanizado,
mentiroso e susceptível a morte. Quem se encontra em Canaã
da experiência com Deus não pode de forma nenhuma nem
pensar em passear no Egito desta vida porque as marcas de
Faraó ficarão cravadas. Temos que de vez por todas nos
desvencilharmos do sistema corruptor deste mundo egípcio e
falarmos como Moisés declarou a Faraó: “... eu nunca mais
verei o teu rosto” Ex 10.29. A maior prova da transformação
de um cristão é quando as coisas deste mundo vaidoso não
podem mais atraí-lo. José nem quis que seus ossos ficassem
no Egito Gn 50.25; Hb 10.22; Moisés abandonou as honrarias
faraônicas Hb 11.24; e Abraão só teve paz quando subiu do
Egito Gn 13.1-6.
2. A DESCIDA DE SANSÃO À TERRA DOS FILISTEUS
Enquanto Sansão frequentava o campo de Dã para buscar
a face do Senhor em oração e manteve o seu nazireato
intocável era invencível. A estrada que descia de Zorá para
Timnate na terra filistéia foi marcada por sucessivas cenas
perigosas na vida do jovem nazireu Jz 14.1. Na Filístia Sansão
teve amargas experiências e mesmo assim a sua sensualidade
desenfreada não tinha cura. Teve suas forças exauridas, os
olhos vazados e serviu de palhaço para os gazitas. Se

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trilharmos o caminho frequentado por Sansão seremos


ocasionalmente espirituais e sofreremos as agruras que a
concupiscência da carne oferece.
2.1. Os males que Sansão sofreu ao descer à Timnate
 Foi atacado frontalmente por um leão novo Jz 14.5,6.
 Foi enganado por uma mulher sensual com a qual acabou
casando, cujo enlace durou apenas sete dias Jz 14.17.
 Foi ludibriado pelo seu próprio sogro Jz 15.2.
Comeu do mel que contaminara seu nazireato Jz 14.8,9.
3. A DESCIDA DE JONAS A JOPE
O profeta fujão teve seu trajeto cheio de declives
espirituais acentuados Jn 1.3. O destino tomado por Jonas
representa a fuga do cumprimento dos deveres para com Deus
e a obra missionária. Quantos cristãos fujões estão hoje com
suas vidas atordoadas no mar desta vida porque tomaram
rumos diferentes no que tange aos compromissos espirituais.
Nobre leitor, se o Senhor te chamou para a obra missionária
ou para executar um trabalho para Ele e você mudou o
itinerário fique sabendo que as águas enfurecerão e até
mesmo a própria natureza se revoltará contra você até que
encontre o caminho da obediência. Para os pregadores
apaixonados por missões o itinerário é Gate-Hefer a Nínive e
não Gate-Hefer à Jope. Descer a Jope é abandonar a obra

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

missionária e cuidar única e exclusivamente dos nossos


próprios interesses e caprichos.
4. A DESCIDA DO HOMEM DE JERUSALÉM PARA JERICÓ
Jerusalém encontra-se erguida num monte de cerca de
800 metros de altitude e Jericó está a 300 metros negativos
em relação ao nível do mar Mediterrâneo Lc 10.30. A estrada
que liga Jerusalém a Jericó tem 24 Km de extensão. A imortal
cidade de Jerusalém tipifica a vida de um cristão cheia de luz,
comunhão, festejos espirituais e abundância de fé. Descer
para Jericó é tomar o rumo em direção às ruínas; é ser
espancado pelo demônio, e ficar no estado de coma espiritual.
Quem experimenta as altitudes de Jerusalém jamais transitará
por essa estrada apedregulhada que conduz a Jericó do
dissabor espiritual.

CONCLUSÃO
Os nossos olhos da fé devem estar sempre fixados no
monte santo da graça de Deus e os nossos pés firmados para
continuarmos a nossa jornada cristã. Que o Deus de toda
glória nos proporcione forças dobradas para que sempre
possamos subir e nunca descermos no cenário da nossa vida
de fé.

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07

MENSAGEM
TEMA: O IMPERADOR DA NOSSA SALVAÇÃO

TEXTO: At 5.31

INTRODUÇÃO
Vivíamos entregues a mercê do pecado, das obras da
carne, dos demônios e não havia escapatória para nós. Assim
como Dom Pedro I proclamou a independência do Brasil de
Portugal, Jesus Cristo o nosso Imperador tornou-nos
independentes de todos estes marasmos. Dom Pedro nasceu
com a vocação de liderança. Enquanto era príncipe português,
no Brasil era Imperador. O Senhor Jesus Cristo enquanto é no
mundo o Príncipe da nossa salvação, é no céu o nosso grande
Defensor 1 Jo 2.1.
1. A IDENTIDADE DE DOM PEDRO I E A DE JESUS
CRISTO
1.1. Nome
Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier
de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano
Serafim de Bragança e Bourbon. O nome de Cristo é maior em
todos os aspectos: Jesus de Nazaré, Emanuel, Maravilhoso,

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz,


Rosa de Sarom, Leão da Tribo de Judá, Filho do Homem,
Estrela da Manhã, Cordeiro de Deus, Reis dos reis e Senhor
dos Senhores.
1.2. Filiação
Era o segundo filho varão de Dom João VI Príncipe e
Regente de Portugal e da princesa Dona Carlota Joaquina de
Bourbon. Jesus é o segundo Adão e Príncipe pela linhagem
real de Davi 1 Co 15.45,47; At 5.31.
1.3. Data de nascimento
Nasceu nos arredores de Lisboa no dia 12 de outubro de
1798. Jesus também nasceu nos arredores de Belém no ano 5
a.C. Lc 2.7,8.
1.3.1. O nascimento de Dom Pedro marcou por
completo a história de Portugal. O nascimento de Cristo
revolucionou a história chegando até provocar mudança no
calendário como conhecemos as abreviaturas a.C. e d.C.
1.3.2. Nasceu para ser Príncipe e tornar o Brasil
independente de Portugal. O Senhor Jesus Cristo veio com
Sua natureza divina, e, é apresentado como Príncipe com a
única exclusividade tornar o ser humano livre das obras do
Diabo, dando assim, liberdade espiritual Is 9.6; 1 Jo 3.8; Lc
4.18,19.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

1.3.3. Foi educado culturalmente através do Dr.


Coimbra. O Senhor Jesus quando veio ao mundo aprendeu
com o Pai que é a fonte de toda a sabedoria e conhecimento
Jo 8.28.
1.3.4. Logo nos primeiros anos de vida recebeu títulos
importantíssimos: Infante Grã Prior do Crato; Príncipe da
beira e Duque de Bragança. Logo ao nascer Jesus recebeu os
seguintes títulos que o condecoraria em sua missão terrena:
“Reis dos judeus” Mt 2.2; “Guia de Israel” Mt 2.6, e “Luz das
nações” Lc 2.32.
2. AS ATIVIDADES DO IMPERADOR DOM PEDRO I E A
DE JESUS CRISTO
2.1. Em momentos de folga dedicava-se ao trabalho
manual de carpintaria.
O nosso Mestre exerceu em Nazaré até aos trinta anos a
profissão de carpinteiro Mc 6.3. Jesus quando abandonou a
carpintaria para exercer o seu ministério público,
simplesmente trocou a madeira pelo ser humano. Da mesma
forma que Ele pegava um tronco enrugado e o transformava
em um belo móvel, assim passou a fazer com o homem,
transformando prostitutas em mulheres honradas e pecadores
em santos.
2.2. Deixou o palácio da quinta de Queluz e veio pelejar
pela independência do Brasil.

101
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

O glorioso Filho de Deus esvaziou-se de sua glória e


deixou o Palácio de glória e veio a este mundo lutar e pelejar
por nós Fp 2.6-8.
2.3. Estar no paço do palácio em São Cristóvão e na
fazenda Santa cruz era o que Dom Pedro I sempre
fazia.
Duas coisas que Jesus sempre teve em mente; retornar à
glória do palácio do Pai e, assumir a cruz do Calvário como
Mártir da nossa redenção Jó 17.5; Mt 16.21-23.
2.4. Quando Dom Pedro veio de Portugal, trouxe
consigo o título de Condestável que quer dizer “chefe
do exército”.
O Divino Nazareno sempre foi acompanhado pelo exército
celestial. Quando nasceu os anjos pautaram o céu de Belém Lc
2.13; na agonia do Getsêmani Ele tinha a sua disposição
segundo a matemática angelológica 12 x 6.000 = 72.000 anjos
Mt 26.53; e quando vier em glória com a igreja no final da
grande tribulação estará acompanhado pelos exércitos
celestiais Ap 19.14.
3. O GRITO HISTÓRICO DE INDEPENDÊNCIA
3.1. A mesma multidão que pediu a Dom Pedro que
ficasse, foi a mesma que o chamou de traidor.
Como é difícil controlar a mudança de opinião das massas.
A mesma multidão que cantou Hosana na entrada triunfal em

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Jerusalém foi à mesma que gritou diante do governador


Pilatos: “Crucifica-o” Mt 21.9; 27.22.
3.2. Dom Pedro tornou-se Imperador do Brasil quando
o tesouro era exausto.
Jesus veio ao mundo quando as reservas morais dos
homens tinham acabado; a fé; o amor e o prazer de viver.
Todos estavam na região da sombra da morte Mt 4.16.
3.3. Quando regressou de uma viagem da cidade de
Santos, junto ao riacho do Ipiranga no dia
07/09/1822, exclamou:

“Laços fora soldados”!

Pelo meu sangue, pela minha

honra, pelo meu Deus,

juro fazer a libertação

“do Brasil.”

Foi também depois de sair de Jerusalém e ser crucificado


no monte Calvário próximo ao ribeiro de Cedrom que Jesus
proclamou a nossa independência espiritual dizendo: “Está
consumado” Jo 19.30.
3.4. Quando Dom Pedro estava a ponto de abandonar o
cargo e retornar para Portugal, um homem chamado

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

José Clemente fez um abaixo assinado pedindo a ele


que ficasse, isto ocorreu no dia 09/01/1822.

“Como é para o bem de todos,

e felicidade geral da nação

Diga ao povo que fico.”

O Senhor Jesus quando agonizava no horto do


Getsêmani na encosta ocidental do Monte das Oliveiras pediu
ao Pai que se fosse possível passasse dEle o cálice. Se isso
acontecesse não haveria remédio para a humanidade. No
momento de dor intensa o Senhor foi confortado por um anjo
para que não viesse resignar o cargo de Redentor do mundo
Lc 22.42-44. Na aldeia de Emaús Jesus foi solicitado a ficar
com os discípulos: “Fica conosco” Lc 24.49. Sem Ele não dá
para viver.
3.5. Esplêndida foi à apresentação de Dom Pedro ao
desfilar por uma passarela no teatro no Rio de Janeiro
exibindo uma faixa no braço esquerdo com os
seguintes dizeres: “Independência ou morte.”
Isto ocorreu no dia 15/09/1822. Depois de Jesus triunfar
sobre o pecado, a morte e o inferno, ele desfilou pelas
passarelas do mundo espiritual e assumiu a plataforma do
Hades e mostrou a Sua condecoração de “Juiz dos vivos e dos
mortos” At 10.42.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

CONCLUSÃO
Se Dom Pedro I foi proclamado e coroado como defensor
perfeito do Brasil no dia 02/12/1822, muito mais Jesus será
para sempre o Redentor do Seu povo Mt 28.20. Ao morrer, o
coração de Dom Pedro foi arrancado e colocado numa capela-
mor em São Vicente de Fora num envoltório de cristal muito
bonito. Jesus Cristo o Imperador da nossa salvação não está
incrustado num túmulo; ressuscitou e o nosso coração é o
envoltório onde recebe diariamente a fragrância do Seu
verdadeiro amor.

105
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

08

MENSAGEM
TEMA: O REDENTOR DO ESCRAVAGISMO
TEXTO: Rm 6.20-22

INTRODUÇÃO
Tanto Jesus Cristo quanto a princesa Isabel receberam o
título redentorial por haver abolido a escravatura; ela, a dos
negros e Ele, a dos pecadores do mundo inteiro. Há, por
conseguinte, dois tipos de liberdades: uma falsa, na qual o
homem é livre para fazer o que gosta e a verdadeira, na qual
o homem é livre para fazer o que é direito. Certa feita Simão
Bolivar afirmou: “É mais fácil arrancar um povo da escravidão
do que subjugar um povo livre.”
1. A ESCRAVIDÃO NO DECORRER DA HISTÓRIA
A escravidão é uma prática em que algumas pessoas são
donas das outras.
1.1. Na Grécia e no Império Romano
A escravidão dos tempos antigos atingiu o auge na Grécia,
e em Roma, bem como em todo Império. A captura de
pessoas durante as guerras continuou a ser a principal fonte
de escravos nas primeiras civilizações. Também podiam ser

106
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

escravos os criminosos ou as pessoas que não podiam pagar


suas dívidas. Em Roma, a escravidão se difundiu tanto que até
as pessoas pobres possuíam escravos.
1.2. No Brasil o tráfico negreiro
1.2.1. Os escravos tinham de trabalhar quase sem
descanso, no serviço que rendesse mais. O Diabo é o
maior subjugador da história e quando os demônios apossam
das pessoas não lhes dão descanso diuturnamente Mc 5.5.
1.2.2. Eram vigiados por um feitor, que
constantemente os esperava. Os demônios enganam a
humanidade, eles nada fazem pelo alívio dos homens, e, sim,
são promotores do tormento psicológico, moral e espiritual.
1.2.3. Os negros eram capturados na África e
transportados nos chamados navios negreiros. O
homem foi capturado pelo inimigo das nossas almas no jardim
do Éden e transportado no navio da negridão espiritual para
fora da comunhão com o Senhor Gn 3.23,24.
1.2.4. O maior castigo físico era chamado de novena, o
negro era amarrado ao tronco e chicoteado por nove
dias seguidos. No mundo espiritual o homem é submetido a
todo tipo de barbaridade pelos agentes secretos do mal. O que
Satã fez com o corpo físico de Jó dá para gente entender um
pouco de sua maleficidade Jó 2.11-13.

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1.2.5. Os que tentavam fugir eram perseguidos pelos


capitães-do-mato, que por lei tinham poder de vida e
morte sobre os negros fugitivos. Aqueles que são escravos
do Diabo não adiantam pensar em fuga que serão literalmente
ameaçados. Muitos depois de trabalharem para ele tentam
abandoná-lo e sofrem desastres, mortes e outras trucidades.
Os escravos do mal que correm para os braços protetores de
Jesus estarão para sempre seguros e o maligno não lhes
tocam 1 Jo 5.18; Is 33.16.
2. OS TRÊS TIPOS DE ESCRAVIDÃO ESPIRITUAL
2.1. Escravidão do pecado RM 6.20
O pecado degenera o caráter do homem deixando sua
natureza espiritual desfigurada e apática. Ser escravo do
pecado é render-se por completo a um estado de
mediocridade e escuridão. Quem vive em pecado não pode
sob-hipótese alguma agradar a Deus. Pecar é errar o alvo.
Somente o sangue carmesim de Cristo poderá desmacular o
pecador.
2.2. Escravidão do medo da morte Hb 2.15
O medo da morte tem sido um megapânico entre os seres
humanos, devido à maioria não ter um futuro definido em
relação à vida eterna. De acordo com o Ministério da Saúde
908.882 pessoas morreram em 1996, o que corresponde a 58
óbitos para cada grupo de 10 mil habitantes. A morte para o

108
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

cristão liberto por Jesus não passa de um incidente físico em


uma carreira imortal. Assim afirmou Thomas Hoofer: “A morte
é o prenúncio da vida morremos para que não venhamos mais
morrer”.
2.3. Escravidão da enfermidade por meio do Diabo Lc
13.16
Nem todas as enfermidades são de origem orgânica.
Muitas são procedentes do diabo como instrumento de
escravidão humana; a mulher encurvada Lc 13.12-13; o jovem
lunático Mc 9.17,18 e outros. A enfermidade não glorifica a
Deus, e, sim, a cura divina.
3. A IDENTIDADE DE ISABEL A REDENTORA
3.1. Nome
Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela
Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon. Jesus o grande
redentor tem um nome maior do que o da princesa Isabel Fp
2.9: Jesus Cristo, Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz, Rei dos Reis, Senhor dos
Senhores, Rosa de Sarom, Príncipe da Vida, Rocha Eterna,
Estrela da Manhã, Alfa e Ômega, Consolador, Emanuel e Filho
do Homem.

109
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3.2. Filiação
Era a Segunda filha de D. Pedro II e da Imperatriz Teresa
Cristina. Jesus é o segundo Adão e Filho do Rei do universo 1
Co 15.45-47.
3.3. Data de nascimento
Nasceu no Palácio de São Cristóvão, na cidade do Rio de
Janeiro, sede da Corte Imperial em 1846. Jesus Cristo deixou
o Palácio de glória na esplêndida luz do Pai junto à corte
angelical e veio a este mundo resgatar o pecador Fp 2.5-8.
4. DECRETOS, TÍTULOS E CONDECORAÇÕES DE ISABEL
A REDENTORA, E JESUS CRISTO
4.1. Princesa imperial
O Senhor Jesus na bravura da cruz conquistou com o
próprio sangue o título de Príncipe e Salvador do universo Hb
2.10
4.2. Tornou-se herdeira da coroa brasileira
Jesus Cristo é o Rei eterno e o Príncipe dos reis da terra,
é digno da coroa universal Ap 1.5; 14.14.
4.3. Foi regente do Brasil por três vezes
Jesus é o governante ímpar da história. Ele possui três
grandes ofícios governamentais; Profeta; Sacerdote e Rei.
4.4. Recebeu o título de redentora
O nosso Mestre é na realidade o glorioso redentor de
todos os homens de todas as classes sociais Is 19.20.

110
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4.5. Isabel foi a herdeira presuntiva do trono imperial a


partir de 29 de julho de 1860
Jesus é o Déspota que nasceu para ser entronizado. Ele
é digno de estar assentado nos tronos branco Ap 20.11, e no
de Davi Lc 1.32.
4.6. Sancionou a lei de 13 de maio de 1888 chamada
“lei áurea” às 15 horas esta lei abolia a escravidão
negra no Brasil
Foi também no Calvário as 15 horas que o Senhor Jesus
cravado no patibulum da cruz pode decretar a lei áurea da
nossa redenção abolindo por completo todo tipo de escravidão
sobre a raça humana dizendo: “Está consumado” Jo 19.30.

CONCLUSÃO
Com Cristo o nosso libertador todas as nossas culpas
foram cravadas no alto da cruz e Ele recebeu toda a sentença
culposa, para tornar-nos livres da condenação eterna.
Escondidos na cruz de Cristo, jamais seremos escravos do mal.

111
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09

MENSAGEM
TEMA: VISÕES TRANSFORMADORAS

TEXTO: Jl 2.28

INTRODUÇÃO

As visões espirituais são concedidas pelo Senhor de


forma sobrenatural para aguçar o espírito do homem
deixando-o pronto para a batalha. Os servos de Deus que
tiveram visões transformadoras deixaram de viver a vida
natural para trilhar uma nova realidade celestial. Se
vivenciarmos as experiências tais como os homens do passado
tanto a nossa vida cristã como o nosso ministério será mais
fecundo e revolucionador.

1. A VISÃO DA SARÇA

A Sarça é uma planta desértica e espinhenta. Moisés


pode vislumbrar nesse arbusto a chama incandescente de
Jeová e quebrou-se perante esta mega visão. Era instruído em
cinco ciências egípcias At 7.22. Era capaz de abrir o crânio
humano e de traçar o mapa dos astros. Conviveu em meio à
pomposa riqueza faraônica, teve acesso aos tesouros de Tebas

112
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

e Mênfis Ex 3.2-3. A maior experiência que o transmudou em


líder de fama foi a visão da sarça na Península do Sinai. Pode
despir-se de seu orgulho cultural, negou sua capacidade de
oratória Ex 4.10, e tirou as sandálias dos pés reconhecendo a
santidade e a supremacia do grande “Eu Sou.” A visão da
Sarça faz o homem esvaziar se de seus projetos vaidosos e
encher-se da graça do Senhor. Os espinhos da Sarça falam de
sofrimento. Logo após esse encontro marcante, Moisés trocou
a vida palaciana pelo deserto para sofrer com o povo de Deus
Hb 11.24,25.

2. A VISÃO DOS CARROS DE FOGO

O Senhor possui uma frota infinita de carros afogueados


acelerados em alta rotação prontos à nos socorrer em
momentos aflitivos 2 Rs 6.14-17 . A minúscula cidade de Dotã
localizada ao norte da tribo de Manassés e ao sul do Monte
Gilboa foi visitada por esses veículos celestiais a fim de livrar
Eliseu do exército sírio. Muitos vivem no fracasso como o moço
do profeta; só veem as impossibilidades e o derrotismo. Tudo
isso acontece por que está faltando a visão dos carros de fogo,
que é a visão da vitória. Eliseu diante do cerco e das ameaças
estava sereno e equilibrado porque essa visão lhe
proporcionava contemplar no píncaro do monte Gilboa o
triunfo sobre as vicissitudes adversas. Quando tomarmos

113
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

posse dessa ótica divina cantaremos diante dos dissabores e


sorriremos face às lutas e saltaremos as muralhas como fez o
rei Davi Sl 18.29.

3. A VISÃO DO TRONO DE DEUS

O profeta Isaias vivia fracassado na fé e seu ministério


estava desarticulado por causa da influência do rei Uzias Is
6.1. A morte do referido rei deu lugar a uma nova etapa na
vida do profeta alargando a sua visão acerca do trono de
Jeová. Muitos cristãos estão à mercê da nostalgia na fé porque
estão convivendo com pessoas carnais que estão
comprometidas com o fracasso. É necessário que o Uzias seja
erradicado do nosso coração para que possamos sentir o agir
de Deus e o manifestar de Sua graça e poder. Nesse momento
o Espírito Santo encontra-se com Sua espada inflamada para
eliminar do nosso interior os Uzias para que sintamos a
operação divina. O egoísmo, a vaidade, a mentira, a falsidade,
a carnalidade e outras obras da carne precisam morrer dentro
de nós para que uma nova vida possa aflorar.

4. A VISÃO DA CRUZ

A permissiva atitude de vida do homem natural só


desaparecerá com a visão da cruz que pode transformá-lo Lm
1.12 . A pertinácia humana não poderá ser curada pela
psicologia e nem com a terapia transcendental e oriental;

114
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

somente terá fim com o diagnóstico calvarioterápico. A cruz é


o local dos desesperançados soerguerem-se; é o ponto de
encontro entre o homem e Deus para a reconciliação. O Diabo
com o veneno fétido da cegueira espiritual tem desnorteado a
raça humana do Calvário porque ele sabe que nele podemos
encontrar a fonte da esperança da graça e do favor divino.

5. A VISÃO DO CLAMOR MACEDÔNICO

Foi no porto marítimo da cidade de Trôade capital da


província da Mísia, em determinada noite, que a paixão
missionária de Paulo foi reacendida pelos gritos
desesperadores do varão macedônico à procura de salvação At
16.9,10. A obediência ao ide de Jesus fez o apóstolo cruzar o
mar Egeu a fim de aliviar as almas encarceradas dos
moradores do sudeste da Europa. Enquanto os evangélicos
aumentaram o número na década de 90 em 120% os
muçulmanos atingiram 157%. Somente na Ásia para se ter
uma idéia, o número de ateístas é de 722.273; os budistas
348.806; os hinduístas 755.550; os muçulmanos 812.000 e os
confucionistas 6.297. Será que a igreja da atualidade não ouve
o clamor dessas almas aprisionadas por essas seitas heréticas?
A paixão missionária é a única alavanca propulsora que poderá
arrancar uma igreja acomodada de entre as quatro paredes e
atirá-la ao campo missionário. Qual é a conclusão que posso

115
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

tirar ao ver uma igreja, fria, raquítica e desanimada, é por ser


apática a obra missionária.

CONCLUSÃO

Se tivermos essas visões seremos instrumentos poderosos


à serviço da causa do Mestre Jesus Cristo. O melhor remédio
para uma igreja sem visão é receber na clínica oftalmológica
de Jesus o colírio divino que elimina a cegueira, a catarata e o
estrabismo espirituais. Que o Senhor conceda agora a todos
nós visões que nos transformem para que o mundo seja
transformado através de nós. Amém!

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10

MENSAGEM
TEMA: A BUSCA DA ARCA PERDIDA
TEXTO: Ex 25.10-16

INTRODUÇÃO
A arca do concerto foi o centro das comunicações do
Senhor a Moisés Seu servo. A arca tipifica a presença de Deus
com o Seu povo. A palavra arca aparece 193 vezes na Bíblia. A
presença do Senhor no meio do Seu povo é que faz a
diferença; e, não, o cerimonialismo religioso Ex 33.16. A arca
por um bom tempo esteve fora do seu lugar vagueando por
terra estranha a mercê dos inimigos do povo de Deus; Esteve
perdida, mas foi reencontrada e trazida para o seu lugar. A
descrição do mobiliário do tabernáculo começa primeiramente
com a arca que era o trono de Jeová.
1. NOMES APLICADOS A ARCA
Na língua hebraica é “arôn” que significa “caixa” ou
“cofre.” É destinada a guardar intacto o que é posto dentro
dela.
1.1. Arca de Deus Aron- Hashen 1 Sm 3.3;
1.2. Arca da Aliança- Aron Habrit Nm 10.33;

117
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

1.3. Arca do Testemunho- Aron Haedut Nm 7.89;


1.4. Arca Sagrada- Aron Hacodesh 2 Cr 35.3;
1.5. Arca da Força- Aron Oz 2 Cr 6.41;
1.6. Arca de Jeová- Aron Yahaneh 1 Rs 2.26.
A arca foi considerada um símbolo visível da presença de
Deus. Foi o objeto central do tabernáculo.
2. O FEITIO DA ARCA
2.1. Madeira de setim
Isto fala da humanidade de Cristo a presença de Deus
encarnada entre os homens.
2.2. Forrada de ouro por dentro e por fora
As três peças do santuário foram forradas de ouro
somente por fora; mas, a arca, foi coberta por dentro e por
fora, significando que a experiência de Cristo aqui é maior e
mais profunda do que antes.
2.3. Coroa de ouro
Fala de Jesus como rei Mt 2.2. Sempre que sentimos Sua
miraculosa presença rendemos a Ele a glória como Rei.
2.4. As varas e as argolas
Falam do caráter ambulante de Cristo Mt 4.23. Onde Ele
vai a glória divina é manifestada. Os varais não foram tirados
da arca Ex 25.15, isto quer significar que o Senhor está pronto
para nos acompanhar na nossa trajetória por este mundo Mt
28.20.

118
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

3. AS DIMENSÕES DA ARCA EX 25.10


3.1. Comprimento, 1,25 m
3.2. Largura, 75 cm
3.3. Altura 75 cm
Suas dimensões de meias medidas implicam o significado de
testemunho.
4. OS OBJETOS CONTIDOS NO INTERIOR DA ARCA Hb
9.4
4.1. As tábuas da lei
A única pessoa que conseguiu guardar a lei em sua
totalidade foi Jesus Cristo Sl 40.7-8; Mt 5.17; Rm 10.4. A lei no
interior da Arca significa a plenitude da deidade habitando
corporalmente em Cristo Cl 2.9. É a lei divina que rege a
aliança com Deus.
4.2. O vaso com o maná
A provisão divina para o Seu povo. Fala do memorial do
Senhor em suprir todas as necessidades dos remidos Sl 23.1;
Fp 4.13.

119
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

O MANÁ CRISTO O PÃO DO CÉU


Miúdo Ex 16.14 A humildade de Cristo Fp 2.7
Redondo Ex 16.14 A eternidade de Cristo Ap 1.18
Branco Ex 16.31 A santidade de Cristo Hb 7.26
Como geada Ex 16.14 A vivacidade de Cristo Jo 6.63
Como semente do coentro Ex A fragrância de Cristo Ct 1.3
16.31
Com azeite Nm 11.8 A autoridade de Cristo Jo 3.34
Bolos de mel Ex 16.31 A doçura de Cristo Ct 2.3
Bdélio Nm 11.7 A preciosidade de Cristo 1 Pe 2.7
O maná tinha todas as Jesus Cristo nos fortalece com Sua
vitaminas para manter a força vitamina celestial. Sem Ele não dá para
física do povo viajante. viver Dt 8.3
O vaso que continha o maná No presente Cristo está escondido,
ficou escondido na arca Hb 9.4 mas breve o veremos 1 Jo 3.2

4.3. A vara de Arão


Essa vara representa a chamada e a aprovação sumo
sacerdotal de Cristo.
A vara: a encarnação de Cristo Is 53.2;
Cortada a morte do salvador Is 53.8;
Os gomos: falam da ressurreição 1 Co 15;
As flores: a exaltação do Senhor Fp 2.9;
As amêndoas falam de reprodução Is 53.10.
5. NOTAS ALUSIVAS A ARCA
5.1. A família dos coatitas era encarregada de cuidar e
conduzir a arca nas jornadas de Israel pelo deserto Nm 3.29-
31; 4.4-15.

120
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

5.2. Os querubins que ficavam nas duas extremidades da


arca, eram escondidos atrás do véu, por isso não se tratava de
idolatria.
5.3. Quando o povo israelita viajava a arca era coberta com
peles de texugos e um pano todo de azul Nm 4.5,6.
5.4. No começo ela ficava no meio e depois passou para a
frente da multidão Nm 10.33.
5.5. Ao partir com a arca o povo dizia: “Levanta-te, senhor, e
dissipados sejam os teus inimigos, e fujam diante de ti os
aborrecedores” Nm 10.35.
5.6. Ao pousar a arca o povo dizia: “... Volta ó Senhor, para
os milhares de Israel” Nm 10.36.
5.7. Por ocasião da divisão do reino de Israel, somente, existia
na arca as duas tábuas da lei 1 Rs 8.9.
5.8 Segundo a história, a arca foi destruída por ocasião da
invasão Babilônica em Jerusalém no ano 586 a.C. Segundo
uma tradição apócrifa a arca foi escondida por Jeremias numa
gruta do monte Nebo, no momento da destruição de
Jerusalém.
6. A BUSCA DA ARCA PERDIDA
6.1. O esquecimento da Palavra de Deus afasta de nós a Sua
presença 1 Cr 15.2. A arca foi transportada de maneira errada
num carro novo. A forma correta era levá-la nos ombros dos
sacerdotes.

121
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

6.2. Sacrifício e trabalho na força da carne não trazem a


presença do Senhor.
6.3. Não haverá poder do Espírito Santo de forma apoteótica
onde a verdade bíblica for sacrificada. O que Israel estava
precisando para levar a arca ao seu lugar eram os ombros dos
levitas e não no carro novo.
6.4. Da casa de Abinadabe até a eira de Nacom houve um
grande movimento, e não um avivamento, porque tudo estava
contrário a Palavra de Deus 2 Sm 6.3-6. Aquele movimento
humano tinha instrumentos, carros novos... e não tinha levitas
e cantores.
6.5. Se recepcionarmos a arca da presença do Senhor como
fez Obede – Edom teremos os nossos lares enriquecidos em
todos os aspectos 2 Sm 6.10,11; 1 Cr 13.13,14.

CONCLUSÃO
Somente os que são cheios da presença do Senhor
poderão suportar as críticas sarcásticas de Mical que é um tipo
daqueles que não compreendem o mover do Espírito e
blasfemam da operação pentecostal. Os cristãos que não
interessam em trazer a arca da presença do Senhor tornar-se-
ão estéreis espiritualmente como foi a filha de Saul 2 Sm
6.16,23. O meu anelo é que o nobre leitor possa desfrutar da

122
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

glória Shequinah bem no profundo do espírito e bailar como


Davi na presença do Senhor com todas as suas forças. Amém!

123
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

11

MENSAGEM

TEMA: A ARMADURA DO CRISTÃO

TEXTO: Ef 6.10-18

INTRODUÇÃO

A vida do cristão após encontrar a Jesus Cristo é um


combate espiritual acirrado contra as hostes malignas
concentradas nas regiões celestiais. A Epístola aos Efésios é
uma das cartas da prisão, por isso, a comparação feita por
Paulo entre o soldado romano e o crente é tirada do
equipamento que ele usava. Na lista das peças da armadura
não foi mencionada nenhuma de proteção às costas. Isto quer
significar que o inimigo deve ser enfrentado de frente Tg 4.7.

1. A FORÇA DO CRISTÃO

A expressão: “fortalecei-vos”, no original grego é


“endunamoo” que quer dizer “fortalecer”, “torna-se forte.” O
cristão a semelhança de Gideão o sexto juiz de Israel deve ser
forte para vencer os grandes embates da vida Ef 6.10. O
cristão necessita receber poder, não apenas uma vez, e sim,

124
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

constantemente. O termo “estar firmes” no grego é “stenai”, é


usado em sentido militar indicando um posto de vigia ou pode
significar “ficar e sustentar-se numa posição crítica durante a
batalha.” Fortalecer no Senhor nos proporciona firmeza na
batalha espiritual Jo 15.5; Fp 4.13.

2. A ARMADURA DO CRISTÃO

Esse equipamento é apresentado na ordem em que as


peças da armadura do soldado eram colocadas Ef 6.11. A
armadura de um legionário romano era frequentemente uma
amostra de esplendor. Toda a “armadura de Deus” é um
termo técnico militar da antiguidade romana que descreve a
preparação final necessária antes do início da batalha.
Panóplia é o termo usado no verso acima, que fala sobre a
armadura do “soldado pesadamente armado.” O cristão
prudente estará sempre revestido de uma armadura pesada
não dando brecha para o adversário das nossas almas.

3. AS PEÇAS DA ARMADURA

Roma possuía um exército de soldados de infantaria


chamados de legionários, porque eles eram reunidos em
legiões. As unidades de combate eram formadas de 6.000
homens divididos em 10 tropas de 600 homens. Cada tropa
compreendia 3 manípulos, unidades táticas de 200 legionários,
divididos em duas centúrias. O oficial chefe, o centurião, deve

125
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

seu nome ao fato de comandar 100 soldados. Veremos


doravante o simbolismo de cada peça da armadura desses
soldados aplicada à vida cristã.

3.1. As armas defensivas

3.1.1. O cinto

Os soldados romanos usavam de um a três cintos para


prender a espada e para proteger a região abdominal do corpo
Ef 6.14. O cinto proporciona a liberdade de movimento e
firmeza. Quem tem o cinto da verdade na armadura espiritual
tem liberdade consigo mesmo, com Deus e com o próximo e
não se embaraça a cada movimento. O cristão sincero precisa
viver a verdade tanto nas palavras, nos atos e no
procedimento. Cada parte da verdade é preciosa como um
filete de ouro; precisamos viver com ela ou morrer por ela.
Sabemos que os lombos são o lugar da força e representa os
afetos íntimos e os movimentos do coração Ex 12.11; Lc
12.35; 1 Pe 1.13.

3.1.2. A couraça

Era feita de chapas de bronze, madeira e acolchoada


com algodão e forrada de couro. Servia para amortecer as
lanças e as flechas atiradas, protegendo assim os órgãos vitais
do tórax e da parte superior do abdomem Ef 6.14. Essa peça
era de suma importância para um soldado guerreiro. As

126
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

vestimentas da justiça nunca caem de moda. Ver o que é


justo, e não fazê-lo é falta de coragem. Alexandre Magno
perguntou a Aristóteles: “De que os reis necessitam mais, de
coragem ou de justiça?” Respondeu Aristóteles: “O rei que
praticar a justiça não precisará de coragem!” A couraça da
justiça implica a retidão de caráter, lealdade quanto aos
princípios e aos atos. Deixar de exercitar a justiça quando for
preciso é como deixar um buraco aberto em nossa armadura;
será mortal! 1 Rs 22.34

3.1.3. O calçado

Era chamado “caligae” indicando as sandálias romanas


com solas cheias de cravos para evitar que o soldado não
escorregasse quando em luta Ef 6.15. O soldado de Cristo está
provido de calçados que não tolham a marcha; ao contrário,
leva-o e torna-o sempre pronto para o combate. O servo de
Deus não pode ficar pensando só em defender, deve atacar
com o evangelho da paz. Em meio ao fogo cruzado da guerra
espiritual o cristão possui paz interior Jo 16.33.

3.1.4. O escudo

Era grande e de forma retangular chamado “scutum.”


Tinha uma estrutura metálica e, às vezes, uma massa de
metal no centro Ef 6.16. As várias camadas de couro eram
ensopadas e socadas na água antes da batalha, a fim de

127
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

apagar os dardos incendiários do inimigo. O escudo da fé quer


dizer uma confiança inteira e plena em Deus. Os dardos eram
feitos de madeira e a ponta de ferro frequentemente eram
feitos com estopa embebida em substância combustível e
então acesos.

Alguns dardos inflamados do maligno:

 Calúnia;
 Angústia;
 Ameaça;
 Tristeza;
 Desânimo;
 Desapontamento;
 Desarmonia.
Se há setas que voam de dia, há outras que voam de noite
Sl 91.5,6. Os assaltos inflamados de satanás são frustrados e o
cristão é protegido pelo escudo da fé.

3.1.5. O capacete

Na língua grega é chamado "perikephalaia" e aparece 9


vezes na Bíblia 1 Ts 5.8. Era feito de metal e todo decorado
com figuras de leões, corvos e águias Ef 6.17. O capacete da
salvação significa a plenitude do conhecimento e da
experiência da salvação. Na criação do universo o Senhor nos
mostrou a Sua mão; na obra da salvação o Seu coração. É

128
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

bom que cada cristão saiba que a salvação é o capacete divino


que dá seguridade de vida e protege a mente do cristão, de
todo o tipo de pensamentos perniciosos. A salvação é um
capacete e não uma touca de dormir. Para o viver diário do
cristão a salvação é a parte da armadura defensiva que é
essencial a sua segurança na luta. Com o capacete preso ao
pescoço os legionários romanos percorriam até 50 quilômetros
a pé durante o dia. Quem tem a salvação não se cansa de
anunciar as suas maravilhas transformadoras.

3.2. As armas ofensivas

3.2.1. A espada

Indica a pequena espada reta usada pelo soldado romano


Ef 6.17. A Palavra de Deus é simbolizada por uma espada. É
chamada de espada do Espírito, porque é dada por Ele. A
espada do Espírito é a arma espiritual contra a qual o inimigo
não pode resistir. A Palavra é o instrumento ofensivo do
Espírito que faz satanás gemer; por isso o inimigo sempre
promoverá: incredulidade quanto as suas promessas; dúvidas
acerca de sua inspiração e a negação de sua inerrância. No
deserto de Jericó o Senhor Jesus Cristo feriu a Satanás com a
espada do Espírito três vezes dizendo: “Está escrito” Mt 4.4,6,
7.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

3.2.2. A oração

Na armadura do soldado romano não havia uma peça


que simbolizava a oração Ef 6.18. Sem a oração a armadura
do cristão está incompleta, mas com ela, as armas do combate
são eficazes. A oração revitaliza as energias espirituais do
soldado cristão em campo de batalha. De nada valerá a
Espada do Espírito, se a mão que a segura for frouxa e sem
forças! De que nos valerá a panóplia de Deus se por detrás
dela bate um coração acovardado. Todas essas fragilidades
são aniquiladas pelo poder fervente da oração. Deixar de orar
na guerra espiritual é render-se ao inimigo.

CONCLUSÃO

Se nós estivermos vestidos com a armadura de Deus


seremos invencíveis em todas as batalhas e só teremos
triunfos na vida espiritual. Não poderá faltar em nossa
panóplia nenhuma peça por que senão seremos fadados à
derrota. Que cada soldado cristão cuide bem de suas armas
ofensivas e defensivas. Amém!

130
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

12

MENSAGEM

TEMA: RUTE, A MULHER VIRTUOSA

TEXTO: Rt 3.11

INTRODUÇÃO

Quando estudamos a vida de Rute à luz do texto sagrado


podemos experimentar as mais profundas lições espirituais.
Ela foi uma estrangeira que sagrou pela fidelidade ao Senhor.
Suas características virtuosas fê-la tornar, dentro do plano de
Deus a bisavó de Davi que seria o tronco genealógico do
Messias. Todas as mulheres cristãs da atualidade que trilharem
o caminho vivenciado por Rute poderão astear com afinco a
bandeira da virtuosidade feminina.

1. A TIPOLOGIA DO LIVRO DE RUTE

1.1. Boaz quer dizer “nele está a força.” É um tipo de Jesus


Cristo que é o detentor de todo o poder universal Mt 28.18.

1.2. Rute significa “vistosa”. Ela representa a igreja redimida.


O nome Rute aparece 13 vezes na Bíblia. A beleza atraente de

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Rute combina muito com o aspecto gracioso da igreja de


Jesus.

1.3. Moabe significa “desejo.” Era descendente da união


incestuosa de Ló com a sua filha mais velha Gn 19.33-37.

É um tipo do mundo com as suas paixões carnais. Nação


idólatra que adorava o deus Camos que era servido com o
sacrifício de crianças.

2. AS VIRTUDES CARDEAIS DE RUTE

2.1. O companheirismo de Rute

Rute mesmo sabendo que sua sogra nada tinha para lhe
oferecer propôs em seu coração em não abandoná-la Rt 1.14-
17 . Sofreu muitas agruras, mas, nem o sofrimento a separou
de Noemi. Noêmi disse que ela voltasse, ela preferiu a
fidelidade. A mulher cristã tem que enfrentar as lutas e as
tempestades da vida, mas sendo amiga e companheira.

2.2. Mulher trabalhadora

Veio a primavera de março - abril, Rute disse a Noêmi:


“Deixa-me ir ao campo e apanharei espigas” Rt 2.3; 2.21,
mesmo sabendo que a tarefa seria árdua Rute teve coragem
de enfrentá-la. Essa era a maneira pela qual as viúvas do
passado defendiam o pão de cada dia. Rute teve o encontro
histórico com Boaz porque estava trabalhando. Nós teremos

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radiantes encontros com Cristo se estivermos com as mãos no


arado a fim de restaurarmos vidas para o seu Reino.

2.3. Mulher elogiada

Boaz iluminado pela luz divina enxergou a sua


generosidade. Um privilégio singular Rt 2.11 . Um motivo de fé
e coragem de Rute em deixar sua terra natal como fez Abraão
pode torná-la em filha desse grande patriarca Gn 12.1. O
gesto de ficar com Noemi fê-la herdeira das riquezas celestiais
e usufruir também dos bens terrenos.

2.3.1. Os três passos de Rute

Lavou. Lavar-se era um sinal que o luto já terminara, cumpriu


todas as ordens de sua sogra, desempenhou perfeitamente o
seu papel lavando-se naturalmente de todos os preconceitos e
costumes regionais Rt 3.3.
Ungiu. Melhor, perfumou-se para encontrar com o noivo
Boaz. A noiva de Cristo também se perfuma para encontrar
com Ele.
Vestiu. Rute pode vestir a sua melhor roupa; ela aprontou-se
para encontrar-se com Boaz deixando as coisas velhas, ou
melhor, deixou tudo de lado, despiu do passado para começar
uma nova vida ao lado do querido que ela tanto desejava. O
Senhor Jesus almeja ver a sua noiva com o melhor vestido que
é o de glória.

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2.4. Mulher de impacto

Por volta da meia noite ela fez Boaz estremecer Rt 3.8. Ele
sentiu que Rute estava aos seus pés; coisa interessante
causou um grande impacto! Rute conseguiu tudo o que queria
porque estava aos pés de Boaz. O Senhor Jesus Cristo
também não suporta ver Sua noiva aos Seus pés, clamando e
gemendo sem dar-lhe a resposta.

2.5. Mulher beneficente

No verso 17, encontramos que Rute não voltou de mãos


vazias para estar com a sua sogra Rt 3.14. Coisa
notabilizadora é que ela regressou com boa medida. Entendia
profundamente a necessidade de sua sogra. A boa nora é
aquela que vê em sua sogra uma grande mãe. É preciso que
os termos pejorativos usados acerca das sogras sejam
eliminados. Rute tornou-se o padrão da beneficência para as
mulheres cristãs da igreja de hoje.

CONCLUSÃO

Muitos lares seriam mais felizes se muitas mulheres


fossem portadoras das características que exornaram o caráter
de Rute. A vida é uma constante aprendizagem e em Rute as
mulheres evangélicas poderão ver o caminho a ser trilhado
para quem deseja atingir o sucesso na vida.

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13

MENSAGEM

TEMA: OS CARROS DO EGITO

TEXTO: Ex 14.5-7

INTRODUÇÃO

A nação israelita esteve subjugada debaixo do jugo


faraônico por um período de 430 anos. Por determinação
divina eles saíram da terra egípcia e acamparam em Pi-Hairote
defronte de Baal-Zefom. Faraó revoltou-se com o êxodo do
povo de Deus e aprontou o seu carro e tomou 600 carros
escolhidos e todos os carros do Egito bem como os seus
capitães para trazer a nação de volta. Os carros de guerra
continham duas rodas e a frente era curvada e a parte traseira
era aberta. Geralmente dois soldados viajavam nesses carros;
enquanto um guiava os cavalos o outro se ocupava em
guerrear com o arco e a lança. Os carros que satanás usa para
ver se trás o cristão de volta ao velho mundo veremos nessa
mensagem. É necessário que tomemos muito cuidado e
vigiemos sem dar tréguas porque esses carros e seus

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cavaleiros estão ao nosso redor em busca da nossa captura


espiritual.

1. O CARRO DA MURMURAÇÃO

Murmuração “é o ato de murmurar”, “conversação mordaz


e ofensiva”, “detração” “maledicência” Fp 2.14. A palavra
murmurar ocorre 27 vezes na Bíblia e murmuração 14. Um
cristão murmurador se torna em compositor de música para o
Diabo. É melhor que uma pessoa seja muda do que ser
murmuradora. Quando a murmuração se torna uma constante
canção na vida de um cristão Satanás consegue injetar em seu
coração o espírito de rebeldia 1 Sm 15.23, e algumas coisas
acontecem como, por exemplo: descontentamento,
depreciação pela Palavra de Deus, valorização do mundanismo
mais do que as coisas espirituais. Um espírito insatisfeito
imagina que acharia prazer nas coisas que lhe foram negadas.
Israel tinha o maná; porém, suspirava por peixes, pepinos,
melões e cebolas do Egito. É prejudicial para todos nós a
murmuração porque nos impede de desfrutarmos o que já
temos e nos leva difamar do alimento divinal. Veja as
declarações dos murmuradores:

1.1. “Ah se morrêramos na terra do Egito! Ou ah! se


morrêramos neste deserto!” Nm 14.2.

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1.2. “Não nos seria melhor voltarmos ao Egito?” Nm 14.3.

1.3 . “Levantemos um capitão, e voltemos ao Egito” Nm 14.4.


A murmuração é o pecado que Deus não pode
suportar. Quem murmura está oferecendo suas costas para
ser castigado pelo Senhor. Quem murmura está em cima do
carro de volta ao mundo.

2. O CARRO DA AMBIÇÃO

A ambição é o desejo imoderado de poder, de glória, de


honras e de riquezas. Essa paixão desenfreada que impera no
coração de muita gente não permite que a pessoa veja a
posição honrosa onde se encontra e sim trás sentimento de
insatisfação Mc 4.19. Aquilo que precisamos é uma coisa e
aquilo que ambicionamos é outra! Como afirmou epicuro: “Não
é pobre aquele que tem pouco, mas aquele que, possuindo
muito, deseja possuir ainda mais.” A ambição é irmã do
orgulho porque quem a possui quer viver acima das demais
pessoas pisoteando-as. Foi a ambição de poder que
transformou Lúcifer em príncipe das trevas. Ter vontade de
crescer na vida é um bom estimulo para o trabalho. Viver
ambicionando é atirar-se na lama do descontentamento. A
insatisfação é o preço que o ambicioso paga por não estar
contente com o que tem. A ambição é o esterco da glória.

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2.1. A ambição financeira apagou a chama ministerial de


Demas e ele acabou abandonando a Paulo e indo para a
cidade de Tessalônica 2 Tm 4.10.

2.2. A ambição do poder espiritual levou Simão a querer


comprar a autoridade de batizar com o Espírito Santo At 8.18-
20. Aqueles que estão fazendo do ministério fonte de lucro e
do povo de Deus massa de manobra por causa da ambição já
perderam a autoridade a muito tempo. Devemos lembrar
daquilo que o apóstolo Paulo dissera: “... Já aprendi a
contentar-me com o que tenho” Fp 4.11. Aqui está o modelo
de um cristão verdadeiramente equilibrado. Muitos têm
embarcado nesse carro e voltaram para o mundo
entenebrecido.

3. O CARRO DOS PRAZERES

A palavra grega que descreve o prazer é “edoné”, de


onde origina o nosso adjetivo “hedonista”, que indica alguém
cujo alvo na vida é o prazer Tg 5.5. Os prazeres pecaminosos
batalham contra o bem da alma promovendo a morte
espiritual Rm 8.6. O prazer sufoca o desejo de servir a Deus e
atrofia por completo as atividades do espírito do homem para
não adorar a Deus em verdade. Aqueles que vivem correndo
atrás dos prazeres a única coisa que irão desfrutar será
apenas a dor. O prazer carnal além de ofender a vida espiritual

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custa um preço muito alto. O amor alegra um raio de sol


depois da tempestade; a luxúria, pelo contrário, entristece
como a tempestade após o sol. A única forma de prazer que é
verdadeira é aquela que quando satisfaz o corpo não sacrifica
a comunhão com o Senhor. Sansão se entregou ao prazer
sexomaníaco vivendo no colo de uma mulher sensual perdeu a
sua força e tornou-se um palhaço para a platéia filistéia.
Crucificar a carne é priorizar o espiritual que trás grandes
alegrias. Quantos homens de Deus que foram verdadeiros
atalaias nas mãos do Senhor e hoje estão derrotados e
amordaçados por causa do prazer sexual. De vez em quando
esse carro tem levado alguns cristãos de volta ao mundo da
lama.

4. O CARRO DO DESÂNIMO

O desânimo mortifica o talento de muitos homens


valorosos na estrada da vida1 Rs 19.4 . Por mais que a pessoa
tenha coragem e destreza para enfrentar as vicissitudes,
chegará o momento que o desânimo virá frontalmente na
tentativa de promover uma grande avalanche. Miguel Ângelo o
gênio do pincel que encantou o mundo ao pintar o quadro de
Monalisa, certa feita foi tomado por um súbito desânimo e
atirou o pincel ao chão na tentativa de abandonar a profissão.
Foi quando chegou um amigo seu, critico de artes e, disse:
"Miguel não há um pintor como você!" Ao sair o amigo, Miguel

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foi lá, apanhou o pincel e retornou as suas atividades artísticas


com maior garra. Tanto Elias como Jonas estiveram bem
próximo de desistir do ministério profético quando foram
surpreendidos com o carro do desânimo 1 Rs 19.4; Jn 4.1-3.

CONCLUSÃO

Diante desses quatro carros que rondam


ininterruptamente em nossa volta, devemos buscar mais de
Deus e de Seu poder para que possamos arrancar as rodas
deles através da fé. Esses carros serão destruídos diante de
nós como foram os de Faraó. Amém!

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MENSAGEM

TEMA: OS CINCO TIPOS DE SONO

TEXTO: RM 13.11

INTRODUÇÃO

O sono tem dominado a vida de inúmeros cristãos nesta


presente época. Eis a razão da derrota de muitos que mesmo
tremulando a bandeira do cristianismo vivem no charco da
vergonha religiosa. Dormir, no sentido teológico paulino, é ter
a mente amortizada, letárgica e fria em relação à operação do
Senhor no meio do Seu povo. Somente o trovejar de um
avivamento procedente do Espírito Santo poderá despertar os
que dormem o sono da negligência nesta madrugada da vida.

1. DADOS IMPORTANTES SOBRE O SONO

Sono era um deus na mitologia romana. Os gregos o


chamavam de Hipnos. Sono era pai de Morfeu, deus dos
sonhos. O sono é um período de repouso durante o qual
aquele que dorme perde a consciência do que o rodeia. Uma
pessoa adormecida muda todo o corpo de posição ao menos

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12 vezes durante o período de sono. Os cientistas estudam o


sono com um aparelho chamado eletrencefalógrafo.

1.1. Os estágios do sono

 Primeiro estágio. Começa com uma sonolência, dura


aproximadamente cinco minutos. A pessoa adormece.
 Segundo estágio. A pessoa já dormiu, mas ainda não
dormiu profundamente, dura em torno de quinze minutos.
 Terceiro estágio. É hora de entrar em repouso mais
profundo, outros cinco minutos.
 Quarto estágio. São quarenta minutos de sono
profundo, é muito difícil acordar alguém nessa fase de sono.
Depois a pessoa retorna ao terceiro estágio (5 minutos) e ao
segundo 15 minutos. Entra, então, ao sono rem movimentos
oculares rápidos. É o estágio em que sonhamos e os nossos
olhos se movimentam rapidamente. Dura cinco minutos.
2. AS DOENÇAS DO SONO

Doença do sono é o nome comum a várias doenças de


que resulta em sono profundo; do qual o paciente não pode
ser despertado.

 Tripanossomíase. O parasito que a causa é um


tripanossomo de forma alongada.
 Encefalite letárgica. Seu nome significa inflamação do
encéfalo que causa letargia ou sonolência.

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3. OS CINCO TIPOS DE SONO

3.1. O sono na batalha 1 Sm 26.12

Na batalha não é lugar de sonolentos porque o adversário


possui estratégias para eliminá-los. Davi foi perseguido pelo rei
Saul no outeiro de Haquila que quer dizer “escuro.” Para Davi
tudo estava claro porque a luz do Senhor era sobre ele. Para
Saul tudo estava escuro; saiu para matar só não morreu pela
espada de Abisai porque Davi não o permitiu. Saul estava no
meio dos carros e dos três mil homens e mesmo assim foi
desarmado. Não importa se o crente vai a igreja todos os dias
ou se convive no meio do povo de Deus isso não o impedirá
de ser derrotado se dormir o sono na batalha. Enquanto Saul
dormia veja o que Davi levou:

3.1.1. A bilha de água

Enquanto o cristão negligente dorme em plena luta


Satanás retira a água da revelação da Palavra e o deixa na
vacância.

3.1.2. A lança

Saul ficou sem a arma ofensiva. Quantos cristãos que


não possuem a arma de ataque porque dormiram e foram
desarmados pelo inimigo. Querido leitor! O Espírito Santo quer
lhe equipar novamente com todas as armas espirituais que
você perdeu.

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Sisera General do exército de Jabim rei dos cananeus morreu


na tenda de Heber com uma estaca pregada com martelo na
fonte enquanto dormia Jz 5.21. Não durmamos na batalha,
mas enfrentemos o inimigo de frente usando as armas
celestiais.

3.2. O Sono no porão Jn 1.5

Ao ser enviado pelo Senhor para pregar em terras


assírias Jonas tomou um itinerário diferente descendo a Jope e
viajou em um navio achando que ia para Tarsis. Em pleno mar
Mediterrâneo quando o navio estava açoitado pela tempestade
ao invés de assumir a postura de um profeta como Paulo em
At 27, ele correu para o porão, escondeu-se e foi dormir.
Dormir o sono no porão é negligenciar a obra missionária.

Quantos servos de Deus que foram verdadeiros porta-


vozes da mensagem salvadora e hoje estão no porão do
comodismo. É hora de acordarmos desse sono malévolo e
gritar ao mundo de forma poderosa que Cristo é o Senhor! O
porão é um lugar escuro e quem abandona o trabalho
missionário viverá psicologicamente nos porões da vida. Jonas
é quem deveria colocar os tripulantes para buscar a Deus,
mas, isso não aconteceu, os idólatras colocaram Jonas para
invocar o seu Deus. Se nós calarmos o mundo clamará.

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3.3. O sono no jardim Mt 26.43

Jesus foi vitorioso em todas as batalhas porque foi o


mestre prático da oração. Todas as suas atividades
messiânicas foram categoricamente envolvidas com o manto
doce da oração. Desde as margens jordânicas até ao
patibulum da cruz todo esse trajeto foi marcado pelo poder
eletrizante de suas deprecações. No horto do Getsêmani face
às agruras do calvário a prece predominou como arma
fulgurante. O trio adormecido, Pedro, Tiago e João, não
conseguiu velar em oração nem se quer uma hora. Temos
hoje uma geração de santos que não conseguem orar nem
uma hora. Somos fracos na batalha da intercessão. Faltando
ela os milagres somem a pregação perde o poder e vira mera
prédica e o fervor no culto público desaparece. É hora de
acordarmos e retomarmos as rédeas da oração para que as
nossas vidas sejam repletas da autoridade de Jesus.

3.4. O sono na janela At 20.9

No regresso da terceira viagem missionária de Paulo ele fez


um sermão de despedida na cidade de Trôade alargando a
prédica até a meia noite. Êutico cujo nome significa
“afortunado” pode revelar a sua pobreza de espírito caindo da
janela. Janela nesse texto bíblico simboliza a indecisão que
muitos vivem hoje dentro da casa de Deus não alegrando mais

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

com as pregações, nada os comovem. Enquanto Êutico caiu do


terceiro andar da casa de Carpo; Noé estava no terceiro andar
da arca tendo as mais gloriosas experiências com o Senhor.
Nobre leitor, não durma na janela nessa meia noite da vida
espiritual, acorde enquanto é tempo!

3.5. O sono no monte Lc 9.32

Enquanto os discípulos dormiam no cume do monte o


Senhor Jesus transfigurava gloriosamente diante deles. Esse
sono que é a não percepção dos acontecimentos na esfera
divina tem acometido muitos freqüentadores das igrejas.
Somente quando esses dormentes acordarem da encefalite
religiosa poderão ver que as operações do Senhor em meio ao
Seu povo são reais e freqüentes. Estavam em um alto monte,
mas os seus corações estavam no vale da letargia espiritual.
Não é um ponto geográfico e nem a frequência a uma catedral
luxuosa que nos colocará diante das grandes experiências com
o Senhor, o que é preciso é uma disposição em ter comunhão
com os céus todos os dias.

CONCLUSÃO

O divino toque de Cristo e o vento renovador do Espírito


atuando nos sonolentos espirituais poderão acordá-los para
uma vida cristã dinâmica. Se acordarmos enquanto é tempo e

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dermos lugar ao mover de Deus ainda poderemos mostrar ao


mundo que poderemos fazer a diferença. Amém!

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MENSAGEM

TEMA: A PÉROLA DE GRANDE PREÇO

TEXTO: MT 13.45-46

INTRODUÇÃO

A pérola é conhecida como a rainha das gemas. Segundo


a fonte de cultura japonesa o célebre banquete dado por
Cleópatra VII à Marco Antônio, para convencer Roma de que o
Egito tinha tradição e riqueza. Durante o jantar que foi o mais
caro da história, Cleópatra esmagou duas grandes pérolas que
usava como brinco, dissolveu-as num prato de vinagre e as
bebeu diante do impressionado general. Plínio historiador
romano estimou o valor das pérolas que convertendo para o
dólar equivale cerca de 9 milhões e 375 mil dólares.

1. ANÁLISE TEXTUAL DA PARÁBOLA DA PÉROLA DE


GRANDE PREÇO

1.1. O Homem Negociante

Tanto o semeador quanto esse negociante é Jesus Cristo.


Um mercador de jóias tinha que vagar muito para conseguir as
melhores pérolas. Cristo veio da glória do Pai de uma distância

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ilimitada para adquirir-nos. Esse negociante era um homem


que possuía um critério seletivo. Sabia escolher. Jesus nos
escolheu com sapiência e grande amor. Esse mercador de
jóias era comprador atacadista. Podemos ver o Cristo
querendo salvar a todos e não perder nenhum Jo 6.39.

1.2. Busca Boas Pérolas

Cristo veio do céu com as ações da eternidade fazer


investimento na compra da igreja. As pérolas inferiores eram
extraídas do mar Vermelho, e as superiores, vinham do golfo
Pérsico e das costas do Ceilão que hoje é o Sirilanka. Cristo
apresenta aqui no texto em tela alto objetivo e bom gosto.
Procura boas pérolas.

1.3. Encontrando-a

Jesus percorreu mais de duas mil aldeias e cidades da


Galiléia, e ainda percorre o planeta através do Espírito Santo à
procura dessas pérolas. É o Mestre que procura o homem, e
não o homem que o procura Lc 19.10. Na ovinocultura é o
pastor que busca a ovelha e não a ovelha que busca o pastor
Lc 15.4.

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1.4. Uma Pérola de Grande Preço

A igreja é a pérola que foi formada nas águas da morte por


Cristo a ostra viva, ferida pelas pedras das nossas
transgressões, segregou a seiva regeneradora no entorno dela
1 Jo 3.14.

1.5. Vendeu Tudo Quanto Tinha

O Filho do Homem despojou de seus atributos;


esvaziando-se, assim, de Sua glória. Deixou o palácio rutilante
de glória e veio habitar em meio à senzala dos ingratos seres
humanos para redimi-los de suas perdições malévolas Fp 2.7.

1.6. Comprando-a

Pagou o preço na cruz. O Filho de Deus reuniu todas as


riquezas do universo e as ofereceu para adquirir essa pérola.
O homem nada tem de valor para comprar o Cristo; o que ele
possui é só trapo de imundícia Is 64.6; 1 Co 6.20. O pecador
não é o agente ativo que escolhe a Cristo Jo 15.16. Esse
laborioso comerciante adquiriu essa pérola não para negociá-
la, e sim, para que ela fosse Sua. Cristo nunca ofereceu Sua
igreja para barganhá-la com os poderosos casares ou com os
Herodes em troca de poder temporário; pagou o preço de
sangue para guardá-la como jóia inegociável 1 Co 7.23.

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2. A ORIGEM DO NOME PÉROLA

A palavra pérola ocorre nove vezes no Novo Testamento


Mt 7.6; 13.45-46; 1 Tm 2.9; Ap 17.4; 18.12,16; 21.21. Esse
vocábulo no hebraico aparece no plural “Peninim” significando
“interiores,” e no singular peninah, é aplicado também ao
nome da mulher de Elcana 1Sm 1.2,4. No latim: “perna”, como
eram chamadas as ostras do mar Negro por Plínio historiador
romano. Sua forma esférica no latim “sphaerula”. O fulgor de
seu brilho acentua a natureza lunar e feminina.

3. A FORMAÇÃO DE UMA PÉROLA

É conhecida como a rainha das gemas. É valorizada


como gema e trabalhada em joalheria. A palavra em sentido
figurado significa “pessoa muito bondosa ou de distintas
qualidades”. É uma pequena bolinha que soube cativar tão
intensamente os povos de todas as nações do mundo. Varia
de acordo com a forma do corpo estranho e o tempo que ele
permanece na ostra.

3.1. Pérola Natural

Pérolas são produtos da dor; resultado da entrada de


uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra,
como uma parasita ou um grão de areia. Na parte interna da
concha é encontrada uma substância lustrosa chamada nácar.

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Quando um grão de areia a penetra, as células do nácar


começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas
e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra. Se a
ostra tiver em sua parte interna a cor rosada, a pérola será
rosada, se a parte interna for acinzentada a pérola será
acinzentada e assim por diante. A cor branca com tons rosa ou
prateada são as cores mais valiosas.

3.2. Pérola Cultivada

O inventor da pérola cultivada foi Kokichi Mikimoto, no


início do século XX. Ela é a inserção cirúrgica de um núcleo de
metal dentro de uma ostra, para que ela forme uma pérola
com a lenta liberação de uma secreção nacarada que cobrirá o
núcleo. Somente um especialista sabe diferenciar uma pedra
natural de uma cultivada. A pérola verdadeira apresenta uma
textura ligeiramente arenosa, por sua própria formação. A
pérola artificial é lisa e escorregadia. As pérolas cultivadas são
produzidas em larga escala no Japão.

4. A PÉROLA EM MEIO AS NAÇÕES ANTIGAS

Os locais onde as pérolas eram encontradas: mar


Vermelho, golfo Pérsico e oceano Índico.

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4.1. China

Seu comércio já existia há 2.500 a.C, antes de tornarem-


se tradição no Japão.

4.2. Pérsia

As peças de joalheria mais antigas encontradas datam do


século IV a.C. Na Pérsia antiga a pérola intacta era o símbolo
da virgindade. O termo "furar a pérola da virgindade" está
associado à consumação do matrimônio. No Irã antigo, a
pérola era o símbolo do Redentor.

4.3. Roma

No império Romano era a imagem da opulência, cara,


embora abundante. As mulheres de famílias abastadas
forravam suas poltronas com pérolas e as costuravam em suas
roupas.

4.4. Calígula

O louco imperador condecorou seu cavalo com um belo


colar de pérolas ao nomeá-lo cônsul.

4.5. Nero

Agraciava seus atores favoritos com máscaras cravejadas


de pérolas.

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4.6. Oriente

É considerada afrodisíaca, fecundante, um talismã.

4.7. Grécia

Na mitologia grega há uma narrativa de que o deus Zeus


desceu como relâmpago numa concha e gerou Afrodite.

4.8. Cartier

O famoso joalheiro por volta de 1920 adquiriu uma casa,


um verdadeiro palacete, na 5a. Avenida em Nova York,
avaliada em mais de um milhão de dólares, trocando-a por um
colar de duas voltas de pérolas naturais.

5. ONDE SE ENCONTRAM AS MELHORES PÉROLAS DO


MUNDO?

È valorizada como gema e trabalhada em joalheria.


Encontram-se no Golfo Pérsico. Existe também extração na
Índia, Sirilanka, Austrália e na América Central.

6. A DURAÇÃO DE UMA PÉROLA

Não é possível garantir a vida de uma pérola por um


tempo determinado, estima-se que possa alcançar de 100 a
150 anos. Exemplar de várias centenas de anos mantém ainda
boa aparência. As pérolas perfeitas são muito raras e, por

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

estarem ocultas no interior da concha, tornaram-se o símbolo


do conhecimento e da sabedoria Cl 2.2-3.

7. CURIOSIDADES SOBRE A PÉROLA

7.1. A maior parte das pérolas naturais foi encontrada por


acaso.

7.2. As pérolas não são pedras propriamente ditas, porque é o


resultado de um processo orgânico vivo, e precisam respirar.

7.3. A pérola pode ser friccionada com azeite de oliva antes


de ser usada.

7.4. A pérola é muito sensível, possuindo dureza de apenas


2,66 na escala Mohs. Arranha-se facilmente.

7.5. Apenas uma em 1 milhão de ostras tinha uma das tão


cobiçadas pérolas.

7.6. Ela é conhecida como um misterioso capricho da


natureza.

7.7. Durante milhares de anos, as pérolas foram símbolos da


aristocracia e da realeza do mundo.

7.8. A pérola tem sido o símbolo do refinamento, elegância,


romantismo, riqueza e poder.

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7.9. A maior pérola encontrada pesa 450 quilates com 1.800


grãos, está no Museu de South Kensington em Londres.

8. A PÉROLA NA MEDICINA POPULAR

A pérola já foi empregada para tratamentos de saúde por


diversas culturas, ocupando lugar de destaque na antiga
farmacologia. Foram usadas como afrodisíaco e moídas
serviam de cosméticos aos antigos egípcios e chineses;
aplicadas à pele, mantinham-lhe o resplendor e o brilho
sedutor e iridescente da pérola.

8.1. Europa

Era utilizada para tratar melancolia, a epilepsia, a


demência.

8.2. Arábia

Na medicina árabe as pérolas queimadas eram usadas


nas doenças do coração, dificuldades digestivas, doenças
mentais e mau hálito.

8.3. China

Pode-se encontrar o pó de pérolas. Os comprimidos de


pérolas moídas

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8.4. Japão

Os comprimidos são vendidos em farmácias como fonte de


energia e cálcio.

9. O VALOR INCOMENSURÁVEL DAS PÉROLAS

Durante o apogeu do império Romano, o general Vitellius


financiou um exército militar vendendo apenas um dos brincos
de pérola de sua mãe. César presenteou a mãe do seu futuro
assassino com uma pérola no valor de cerca de 3 milhões de
reais. As pérolas de grande tamanho e boa qualidade são
encontradas nas ostras da pérola, Meleagrina Margaritifera,
chega a ter doze polegadas de comprimento. Em diferentes
tamanhos, formas, cores, prontas para uso, sem a
necessidade de serem lapidadas, polidas. No Novo Testamento
a pérola é uma representação do que escapa da terra, o que é
celeste. De acordo com R. N. Champlin: “A pérola pode
simbolizar qualquer coisa de alto valor; um tesouro buscado;
uma elevada aspiração; ou a personalidade inteira, bem
formada, como que composta por várias camadas, incluindo a
mente, as emoções e todas as expressões do ser”.

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10. A PÉROLA COMO ADORNO

Como adorno estima-se que são utilizadas há mais 5.000


anos. Pela sua raridade, adornavam apenas as jóias da
realeza.

11. A BELEZA DA PÉROLA NEGRA

É valorizada como gema e trabalhada em joalheria.


Os países que mais produzem esse tipo de pérolas são: a
Austrália o sudeste da Ásia incluindo Myanmar e Indonésia. As
pérolas do Taiti, também conhecidas como as pérolas negras,
crescem nas águas da Polinésia francesa. As pérolas negras
são as mais raras encontradas na natureza. É fato que, para
conseguir uma pérola negra você teria que abrir mais de dez
mil ostras.

12. OS CUIDADOS QUE UMA PÉROLA REQUER

12.1. As pérolas têm que ser armazenadas separadamente


das outras peças, envolvidas em tecido.

12.2. Limpe-as com um pano úmido.

12.3. Evite produtos químicos da casa, produtos para os


cabelos, cosméticos e perfumes, pois, tiram o brilho das
pérolas.

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12.4. Trate suas pérolas com cuidado, pois são muito


sensíveis, possuindo dureza de apenas 2,66 na escala Mohs,
portanto, arranham-se muito facilmente.

12.5. Procure analisar sua transpiração, pois se contiver um


teor ácido superior ao normal, isto poderá acentuar o desgaste
provocando uma redução do tamanho de suas pérolas em até
50% dentro de um período de menos de 2 anos de uso.

12.6. Qualquer produto químico tais como álcool, detergente,


cloro, amoníaco, cosméticos, perfumes, cremes, batons,
sprays, etc. podem ser fatais às pérolas.

12.7. Não exponham ao calor excessivo, as pérolas são


calcárias e o calor pode destruí-las.

12.8. Nunca guarde suas pérolas descuidadamente dentro de


um estojo em que estejam outras peças de joalheria.

13. A ILUSTRAÇÃO DA PÉROLA NA VIDA HUMANA

13.1. A pérola não é uma pedra natural; é a única


pedra preciosa produzida por um processo vivo, e a
única que provém do mar. A igreja recebeu a natureza
divina, é um organismo vivo proveniente do mar da morte 1
Pe 2.5.

159
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

13.2. Uma pérola de formato perfeito e sem manchas


simboliza a perfeição e a preciosidade. Por ocasião da
nossa conversão as nódoas do pecado foram apagadas e
passamos a trilhar o caminho da perfeição Fp 3.14.

13.3. Cristo a ostra celeste desceu nas profundezas do


mar gentílico por meio da encarnação Ef 4.10. Foi ferido
do lado, e assim liberou sangue e água que foi a madrepérola
regenerativa que nos transformou em igreja, a pérola de
grande preço.

13.4. A pérola é pura e preciosa, porque é retirada de


uma água lodosa, de uma concha grosseira, e surge tão
bela, tão límpida para enfeitar a coroa dos reis e
rainhas. Saímos do lodaçal do pecado por meio de Cristo a
semelhança de raiz de uma terra seca por meio da conversão
e nos tornamos em ornamento da sua doutrina Tt 2.10.

13.5. Uma irritação faz surgir uma pérola. É assim na


escola dos problemas no mundo, cada dificuldade produz jóias
morais e espirituais Rm 5.3-5.

13.6. A pérola quando é extraída da ostra marítima não


retorna mais às profundezas do mar. O pecador quando
passa a fazer parte da igreja de Cristo não se envolve mais
com as coisas do mar charcoso desta vida de ilusão Cl 3.1-2.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

13.7. O tesouro foi achado acidentalmente e a pérola


foi procurada diligentemente. No reino existem aqueles
que nunca pensaram em se converter e acabaram se
convertendo; e também existem aqueles que procuraram à
salvação em todas as religiões e acabaram encontrando a
Cristo.

13.8. A pérola é de cor branca mesclada levemente de


tons prateados. A igreja é santa e pura por causa da
redenção que é a prata do nosso resgate 2 Co 11.2; Ef 5.25-
27.

13.9. Cristo o perito negociante do Pai. Ele foi até a


tesouraria da cruz e quitou a dívida dessa pérola preciosa que
é a alma humana Lc 2.49; Fp 2.8.

13.10. A igreja como pérola está fora do mar do


mundo. Como tesouro está na terra como reino sacerdotal 1
Pe 2.9; Ap 1.6.

13.11. Cristo encontrou-nos no brejal do mar fétido das


excrescências sociais. E com a Sua incomparável
misericórdia nos engastou como pérolas de Sua coroa
cintilante Zc 9.16; Ml 3.17.

13.12. As pedras preciosas de origem mineral são


duras e geralmente refletem a luz. As pérolas, contudo,

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

são bastante moles e tanto absorvem como refletem a luz. O


cristão pérola tanto recebe a luz divina como a reflete por
meio de seu quebrantamento espiritual Fp 2.15.

13.13. A pérola tem o mesmo brilho e a mesma


coloração que o revestimento do molusco. Quem é
transformado por Cristo recebe o Seu brilho e a Sua
semelhança Fp 3.21.

13.14. Pares combinados de pérolas são ainda mais


valiosos do que os pares não combinados. O homem foi
feito para a unidade. Antes de tudo, porque Deus o fez um ser
social a tal ponto que não pode atingir a sua perfeição sem a
união com seus semelhantes Jo 17.21,23.

13.15. As falhas da pérola podem ser removidas pelo


lapidário que é um artesão treinado para isso. Cristo é o
lapidário celeste que remove com o seu precioso sangue as
máculas de seus servos arrependidos 1 Jo 1. 7.

13.16. A combinação de pérolas para formar um par


torna a jóia mais cara do que o custo das pérolas
consideradas individualmente. Quanto mais unidos formos
pelo vínculo da paz, crendo num só Senhor, numa só fé e num
só batismo a nossa vida cristã será valiosíssima Ef 4.1-6.
Temos que ser um arquipélago e não uma ilha. Quem vive

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isolado não comunga com o corpo de Cristo, e acaba


enterrando o talento.

13.17. A pérola deve ter o mesmo tamanho das outras,


e não pode apresentar mais que uma pequenina falha.
No reino de Deus não podemos arvorar o pendão da
ignorância digladiando com os demais na arena da
prepotência. Não somos perfeitos, sabemos que apresentamos
falhas. O que não podemos é praticar atos libidinosos e
escândalos grosseiros 1 Co 10.32.

13.18. São necessários vários anos para completar um


colar de pérolas combinadas. É com o passar dos anos
convivendo no seio da igreja exercitando o amor cristão é que
formaremos o colar da união desejada por Jesus Cristo Gl
4.19.

13.19. Em cada 20 ostras abertas, encontra-se, em


média uma pérola valiosa. Com o inchaço desse
cristianismo doentio que presenciamos no século XXI e pela
crise de integridade está difícil achar um crente exemplar 1 Tm
4.12; Tt 2.7.

13.20. O processo de formação da pérola é lento e


varia de 7 a 50 anos. O Espírito Santo o artesão divino a
mais de 20 séculos vem trabalhando no aperfeiçoamento da

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igreja para o grande encontro com Cristo nos ares. De cada


geração Cristo vem tirando pérolas humanas e acrescendo a
Sua noiva Hb 12.23.

13.21. A pérola fica mergulhada numa carne viva e


depois é separada, e limpa de suas impurezas que
envolvem a sua crosta para tornar-se jóia para
embelezar os diademas dos reis. A igreja como jóia ainda
está mergulhada no corpo corruptível desse tabernáculo, mas
ao ser arrebatada revestir-se-á de um corpo glorificado para a
honra do rei Jesus 1 Co 15.53.

13.22. A lindíssima pérola é extraída da ostra que fica


alagada no lodo e na lama putrefata. Somos de origem
imunda e dos excrementos originados pela queda do primeiro
homem edênico; mas, Cristo tornou-nos jóias brilhante pela
redenção Cl 1.13.

13.23. Cristo mergulhou nas profundezas do mar da


morte e deslocou-nos da rocha deletéria das
transgressões. E trouxe-nos à tona, e fez resplandecer
sobre nós a Sua esplêndida luz e inacessível 2 Tm 1.10.

13.24. A formação da pérola é um processo secreto.


Cristo trabalha secreta e invisivelmente na vida da igreja de

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forma que o mundo não vê. É aqui que o deísmo encontra o


seu naufrágio filosófico e se confunde Cl 3.3.

13.25. As portas que darão acesso à nova Jerusalém


cada uma serão de uma pérola só. Isto se refere à entrada
na cidade através de muito sofrimento Rm 8.18.

CONCLUSÃO
Na prática, o que vemos, são muitas ostras vazias. Não
porque não tenham sido feridas, mas, porque não souberam
perdoar, compreender e transformar a dor em amor.
Infelizmente são poucas as pessoas que se interessa por este
tipo de processo. A maioria aprende apenas a cultivar
ressentimentos, deixando feridas abertas, alimentando-as com
vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não
permitindo que cicatrizem. E mesmo quando estiver no mais
profundo abismo. Como no escuro fundo do oceano.
Quando estiver hermético, fechado. Lembras que és como a
concha, recheado de pérolas, e que as pérolas são feridas
curadas. Amém!

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16

MENSAGEM
TEMA: DESENVOLVENDO OS TALENTOS
TEXTO: MT 25.14-30

INTRODUÇÃO
Nenhum dos três servos recebeu talentos acima da
capacidade. A negligência ocorreria não pela sobrecarga, e,
sim, pela falta de amor e compromisso para com o fornecedor
do dinheiro. Deus tem dons a nossa inteira disposição para
que possamos usá-los no crescimento mundial de Seu reino;
porém, a falta de compromisso entre os cristãos é quem o
interpela. O problema não é se temos muito, mas como aplicar
o que temos. O seu talento está em circulação entre os
homens ou soterrado na cova do comodismo crônico? Os fiéis
recebem dádivas maiores enquanto que os duvidosos passam
a perderem o que tem. Semelhantes as virgens prudentes,
devemos encher o nosso interior de azeite, e
desempenharmos com fidelidade o nosso talento espiritual.
1. O LOCAL DA PRONUNCIAÇÃO DA PARÁBOLA
A parábola dos talentos foi discorrida pelo Mestre três
dias após Sua entrada na cidade de Jerusalém. Essa parábola

166
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é a mais extensa de todas registradas pelo evangelista


Mateus. Ela foi direcionada aos escribas, como acusação da
negligência a mordomia da Palavra de Deus.
2. O HOMEM QUE PARTIU PARA FORA DA TERRA
O Senhor Jesus partiu deste planeta através da ascensão
estando postado no cimo do monte das Oliveiras, e voltará
para nos galardoar no tribunal, onde receberemos as
recompensas pelos trabalhos prestados ao reino 2 Co 5.10.
3. OS CRITÉRIOS USADOS NA DISTRIBUIÇÃO DOS
TALENTOS
3.1. A convocação dos servos
Enquanto a parábola das dez virgens fala da vigilância, a
dos dez talentos faz notória a fidelidade dos servos atuantes
no serviço de Cristo 1 Co 7.22-23; 2 Pe 1.1; Rm 1.1; Tg 1.1.
Todos quantos estão alistados no livro da vida são chamados
pelo Mestre a negociar os talentos espirituais produzindo
frutos abundantemente Jo 15.16.
3.2. A entrega dos bens
Todos os cristãos receberam talentos diversos, mas não
há ninguém que não os possua. Podemos acelerar ou retardar
o crescimento do reino de Deus mediante o uso dos talentos.
Antes de partir para a glória, Cristo capacitou seus servos,
entregando-lhes seus bens Mt 7.11, para a continuidade de
sua obra na face da terra com as seguintes dádivas:

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3.2.1. Autorização para pregar o evangelho Mc 16.15.


3.2.2. Autoridade sobre os demônios Lc 10.19.
3.2.3. Poder para curar as enfermidades Mt 10.1.
3.2.4. Poder sobrenatural do Espírito Santo At 1.8.
3.2.5. Dons de serviços Rm 12.1-8.
3.2.6. Dons espirituais 1 Co 12.1-8.
3.2.7. Dons ministeriais Ef 4.11.
3.2.8. Fruto do Espírito Gl 5.22.
3.3. A consideração da capacidade individual
3.3.1. Individualidade
No acerto das contas o Senhor tratará com cada pessoa e
não com a multidão geral Mt 24.15; 2 Co 5.10; Hb 4.13.
3.3.2. Responsabilidade
Cada um que recebeu seu talento determinado terá que
se responsabilizar por ele desenvolvendo-o. Devemos investir
o nosso tempo, dinheiro, saúde, e a nossa capacidade
intelectual no reino de Deus antes da volta de Cristo At 20.24.
3.3.3. Identidade
O Senhor nos conhece de forma particular chamando-nos
pelo nome Is 49.1. No mundo não existe ninguém igual a
você!
3.3.4. Capacidade
O Senhor como Criador da nossa vida conhece
profundamente a nossa capacidade, e, não é preciso

168
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

desculpar-nos perante Ele. Todos os dons e oportunidades são


oriundos do Pai Tg 1.17. Ele nos transformou de escravos em
mordomos dos seus bens.
4. A CLASSIFICAÇÃO DOS TALENTOS
No Mundo Antigo o talento representava no princípio uma
medida de peso que variava de 25 a 45 kg. O talento foi
também uma moeda de alto valor, a mais elevada do sistema
monetário da antiguidade.
4.1. No Velho Testamento
4.1.1. Talento de ouro: 3.000 = 150.000 kg 1 Cr 29.4.
4.1.2. Talento de prata: 10 = 300 kg 2 Rs 5.5.
4.1.3. Talento de cobre: 18.000 = 540.000 kg 1 Cr 29.7.
4.1.4. Talento de ferro: 100.000 = 3.000.000 kg 1 Cr 29.7.
4.2. No Novo Testamento
Nos dias de Cristo 1 talento valia 6.000 denários romanos
ou a 18 anos de um trabalhador palestino da época. No lado
espiritual é a capacidade dada por Deus aos cristãos para o
exercício e o crescimento de seu reino.
4.2.1. Cinco talentos
Correspondiam 162 anos de trabalho. Baseados no real
teremos aproximadamente 804.816 R$.
4.2.2. Dois talentos
Equivaliam 36 anos de trabalho. Baseado no real o valor
aproximado é de 178.848 R$.

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4.3. Os Quatro Passos Dados Pelo Servo Fiel


4.3.1. Ação: “Partido” v.16.
Tinha plena consciência que o Senhor jamais lhe daria
algo de grande valor apenas para guardá-lo.
4.3.2. Urgência: “Imediatamente”.
De acordo com a Tradução Brasileira. O servo entendia
que existe um tempo limitado entre a partida e o retorno de
seu Senhor.
4.3.3. Responsabilidade: “Negociar”.
Não brincou com os talentos porque eles não eram seus.
4.3.4. Capacidade: “Granjeou”.
Se fossem nos dias hodiernos os dois primeiros servos
seriam grandes investidores nas bolsas de valores. É muito
perigoso quando o ministro do evangelho é perito em granjear
somente para si saqueando o reino de Deus.
4.4. A negociação dos talentos no mercado de capital
A falta de exercitar os membros do corpo ou as
faculdades do espírito pode provocar atrofiamento e perda da
função. Podemos fazer três coisas com a nossa vida: gastá-la,
desperdiçá-la e investi-la. O que temos feito com ela nessa
última hora da igreja na terra? Lembre-se: Estamos aqui neste
mundo para administrarmos os recursos de Deus.
4.4.1. Os cristãos desinteressados, negligentes e
desobedientes serão punidos.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

4.4.2. O dom não usado e a oportunidade perdida serão


requeridos por Cristo.
4.4.3. Uma vida dedicada a serviço da obra de Deus é
enriquecida diariamente.
4.4.4. O importante não é quantos talentos possuímos; o
importante é a fidelidade dispensada a eles.
4.4.5. A fidelidade no pouco abre a porta para a obtenção do
muito.
4.4.6. Os dois primeiros servos apesar de receberem talentos
diferentes tiveram o mesmo elogio Mt 25.21.
4.4.7. Negociar o talento é usar a capacidade dada por Deus
para o progresso do Seu reino.
4.4.8. Disse Orlando Boyer: “Cristo quer que sejamos bons e
fiéis antes de sejamos espetaculares, ilustres e insignes”.
4.4.9. O que importa no serviço que se presta é pensar no
bem e não apenas no lucro.
4.4.10. O que o servo inútil perdeu pela inércia, outro que
negociou obterá pela sua atividade.
4.4.11. Disse Geo Whitney: “Não fique desanimado com o
número de talentos de que você dispõe. O que importa é se os
que você possui estão espargindo bênçãos no mundo”.
4.5. A recompensa dada pelo Senhor dos talentos
No reino de Deus é melhor estar no último lugar sendo
fiel do que estar no primeiro com infidelidade v.21.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

4.5.1. Elogiado: “Bem está”.


Um só elogio recebido do Senhor Jesus vale muito mais
do que um comercial de trinta anos na CNN; BBC e na Globo.
4.5.2. Exaltado: “Servo bom e fiel”.
No milênio os santos receberão reinados Mt 25.34; Ap
20.4 e na glória serão coroados 2 Tm 4.8 e entronizados Ap
3.21.
4.5.3. Promovido: “Sobre muito te colocarei”.
Com os corpos glorificados e participantes da natureza
divina 2 Pe 1.4, seremos superiores aos anjos, e com essa
capacidade aumentada, haveremos de possuir o muito acima
do pouco desta vida.
4.5.4. Honrado: “Entra no gozo do teu Senhor”.
É uma referência a festa celestial que será celebrada após
o arrebatamento. O gozo é a alegria profunda e de origem
divina. Será um êxtase constante.
4.6. Coisas que multiplicarão o nosso gozo na
eternidade
O juro usado na época era de 6%. Sendo assim,
duplicaria a cada sete anos. Seria mais bem aplicado cavar um
buraco do que lançar o talento na mesa dos banqueiros?
4.6.1. A esfera da gloriosa presença de Deus e da expectação
dos anjos.
4.6.2. O nosso companheirismo com aqueles que já partiram

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

primeiro do que nós será renovado.


4.6.3. Receberemos a alegria da responsabilidade
multiplicada.
4.6.4. Receberemos a alegria de possuir poderes aumentados
sobre a natureza, bem como a transformação do nosso corpo.
5. O TALENTO ESCONDIDO
Equivaliam 18 anos de trabalho. Baseado no real teremos
aproximadamente R$ 89.424. Esconder o talento quer
significar: tornar o dom do Senhor inútil, e, encobri-lo com a
capa de certas desculpas terrenas v.18. O que o Senhor Jesus
tem colocado em nossas mãos é de valor imensurável, e, não
qualquer coisinha como muitos julgam. Temos encontrado no
seio do cristianismo moderno, três classes de servos: o que
guarda; o que perde e o que negocia. Sócrates afirmou: “A
vida indisciplinada não é digna de ser vivida”. Declarou
enfaticamente Charlotte Bronté: “É melhor tentar tudo e
encontrar tudo vazio do que nada tentar e deixar a vida como
uma folha em branco”.
O talento devia estar atuando no mercado e não
enterrado como coisa morta. Muitas pessoas fazem cemitérios
de suas vidas, enterrando seus talentos. É necessário que se
diga: ”nunca perdemos o que usamos”.
5.1. Mau e negligente servo
Cinco virgens foram chamadas de loucas porque não se

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

aprontaram; e, similarmente, esse servo foi chamado mau,


porque pensava que seu senhor fosse duro e injusto;
negligente, porque enterrou o talento. Ele foi egoísta e apático
à multiplicação do que possuía. Além de ser negligente,
murmurador, ainda culpou o dono dos talentos. A infidelidade
restringe ou dilata a capacidade. Esse servo em vez de ser
recompensado foi punido. É um tipo do crente que se alimenta
das tradições antigas e com a rotina diuturna na igreja.
5.2. O comportamento do servo mau
5.2.1. Não consumiu o talento;
5.2.2. Não gastou como o filho pródigo;
5.2.3. Não cometeu pecados crassos;
5.2.4. Não provocou escândalos;
5.2.5. Não teve conduta criminosa.
5.3. As características do servo mau
5.3.1. Esperto comodista;
5.3.2. Crítico desleal;
5.3.3. Mesquinho medroso;
5.3.4. Caráter inativo;
5.3.5. Temor à responsabilidade;
5.3.6. Desconfiança do senhor dos talentos;
5.3.7. Atitude insubordinada;
5.3.8. Consciência aterrorizada como a de Adão: Atemorizado,
escondi na terra o teu talento” v. 25; “Ouvi a tua voz soar no

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

jardim, e temi Gn 3.10”.


5.3.9. Sua justificativa tornou maior a sua culpa. Foi
condenado pela inutilidade, perdeu o talento; foi excluso do
reino; não participou do banquete.
5.3.10. Sua recompensa: “Trevas exteriores”.
5.3.11. Seu nome: “Servo inútil”.
Deus chama a humanidade para declarar quais são as
suas defraudações em relação a ela 1 Sm 12.3; Mq 6.3; Jn
2.5.
5.4. A tirada do talento
A negligência do servo inútil fê-lo perder o que tinha para
o negociante que recebera cinco e transformou em dez
talentos. Muitas pessoas que nos cercam estão de olho nas
oportunidades que perdemos e descuidamos. Exemplos:
5.4.1. Jacó aproveitou a fome de Esaú e comprou sua
primogenitura por um guisado de lentilhas Gn 25.34.
5.4.2. A rebeldia de Saul abriu a oportunidade para que
Samuel ungisse Davi a rei 1 Sm 16.1,12.
5.4.3. Após o desvio de Judas, Matias ocupou o seu lugar At
1.25-26.
5.4.4. A queda de Israel proporcionou a salvação dos gentios
Rm 11.11.
5.4.5. O segredo cardeal de cada cristão é guardar os bens
outorgados por Jesus Ap 3.11.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

CONCLUSÃO
Essa parábola é um alerta para os preguiçosos e
indolentes que podem tornar-se maus pela inércia. Os
negligentes e preguiçosos não entrarão na Nova Jerusalém
porque lá não há lugar para os desocupados Ap 22.3. O que
fazemos aqui na seara do Mestre é um pequeno ensaio do que
iremos fazer na glória celestial. Como disse certo escritor: “No
reino de Deus não há lugar para zangões, somente para as
abelhas operárias”.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

17

MENSAGEM

TEMA: O TRIBUNAL DE CRISTO

TEXTO: 2 C0 5.10

INTRODUÇÃO

Os cristãos arrebatados serão introduzidos imediatamente


diante do tribunal de Cristo para serem galardoados e
premiados de maneira gloriosa pelo trabalho desempenhado
na seara do Mestre enquanto viveram aqui neste mundo. Pela
metáfora empregada por Paulo acerca do edifício em chamas,
os que comparecerem ali, todos serão salvos, embora, muitos
sofrerão a perda das recompensas.

1. O QUE É O TRIBUNAL CRISTO?

A palavra grega usada para tribunal é “bema” que


significa assento, plataforma, tribunal. Era um local na cidade
de Corinto onde se tomavam decisões oficiais. Bema era uma
plataforma elevada na qual os juízes das diversas competições
atléticas ficavam para premiar os vencedores. O tribunal
referido pelo apóstolo Paulo, será o local onde Cristo

177
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

promulgará julgamento das obras dos que forem arrebatados.


Não será um tribunal de sentenças condenatórias porque o
Juiz é também o nosso Advogado Rm 8.1; Hb 10.17.
Encontramos a palavra tribunal averbada onze vezes no Novo
Testamento.

2. TRIBUNAIS FAMOSOS REGISTRADOS NO NOVO


TESTAMENTO

2.1. Tribunal de Pilatos Jo 19.13.

2.2. Tribunal de Herodes At 12.21.

2.3. Tribunal de Gálio At 18.12.

2.4. Tribunal de Félix At 25.10,10, 17.

2.5. Tribunal de Cristo 2 Co 5.10.

3. DADOS INERENTES AO TRIBUNAL DE CRISTO

3.1. Época

Ocorrerá após o arrebatamento antes das Bodas do


Cordeiro no chamado “dia de Cristo” Fp 1.6; 2.16.

3.2. Lugar

Seremos arrebatados e encontraremos com os mortos


ressuscitados nas nuvens e estaremos com Cristo nas regiões

178
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

celestiais denominada de “ares” onde será instalado o tribunal


de Cristo 1 Ts 4.17.

3.3. Juiz

O Filho do Homem será o juiz nesse julgamento Jo 5.22;


2 Tm 4.8.

3.4. Julgamento

O julgamento será universal: “Todos”, e individual: “cada


um” 2 Co 5.10. Serão passados em revista todos os méritos e
deméritos do cristão como servo. É necessário que nos
preocupemos para que naquele dia não enfrentemos o Senhor
Jesus de mãos vazias. Os três tipos de julgamentos que o
cristão é submetido: 1º - Como Pecador: Cristo foi julgado em
nosso lugar na cruz do Calvário de onde originou as doutrinas
da substituição e da justificação Rm 5.8; 8.1. 2º - Como Filho:
todo cristão é disciplinado no dia a dia para não ser
condenado com o mundo 1 Co 11.31-32; Hb 12.5-11; Sl
119.67,71. 3º - Como Servo: No tribunal de Cristo prestará
contas do serviço feito na seara do Mestre 1 Co 15.58; Ap
22.11.

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4. OS SETE TIPOS DE JULGAMENTOS

A Bíblia Sagrada faz alusão de sete categorias de


julgamentos. É necessário que o estudante de escatologia
bíblica saiba fazer essa diferenciação.

4.1. O julgamento do pecado

4.1.1. Tempo: 33 d.C.

4.1.2. Local: Calvário.

4.1.3. Resultado: Promover a salvação daqueles que


acreditarem na eficácia do sangue redentivo de Cristo Jo
19.17,18, 30; 1 Co 15. 3-4.

4.2. O auto julgamento do crente

4.2.1. Época: A qualquer momento.

4.2.2. Local: Em qualquer lugar.

4.2.3. Resultado: Correção 1 Co 11.31,32. A Santa Ceia é


um momento bem oportuno para isso 1 Co 11.28.

4.3. O julgamento das obras do crente

4.3.1. Época: Quando Cristo voltar.

4.3.2. Local: No céu.

180
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4.3.3. Resultado: Recompensa ou detrimento; o tal será


salvo 1Co 3.11,15; 2 Co 5.10.

4.4. O julgamento das nações

4.4.1. Época: Quando vier o Filho do Homem na sua glória


Mt 25.31-33.

4.4.2. Local: Vale de Josafá Jl 3.1,2.

4.4.3. Resultado: Separação de Israel como povo


privilegiado; definição de quem entrará no milênio.

4.5. O julgamento de Israel

4.5.1. Época: Durante a tribulação.

4.5.2. Local: Israel, porque todos os judeus estarão


arrebanhados ali Is 66.20.

4.5.3. Resultado: Purificação da nação e separação dos


verdadeiros judeus Zc 13.8-9; 14.1-4; Rm 11.25-26.

4.6. O julgamento dos anjos caídos

4.6.1. Época: Antes do juízo final e após o milênio 2 Pe 2.4;


Ap 20.10. Estaremos associados com Jesus neste evento 2 Co
6.3.

4.7. O juízo do grande trono branco

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4.7.1. Época: Após o milênio Ap 20.5, 11-15.

4.7.2. Local: Perante o Grande Trono Branco.

4.7.3. Resultado: Aquele que não for achado inscrito no livro


da vida será lançado no lago de fogo ardente com a sentença
de condenação eterna sem direito ao extermínio.

5. A CATALOGAÇÃO DAS OBRAS


Paulo faz menção de alguns materiais que são usados na
estrutura da construção desse edifício cujo fundamento é
Cristo 1 Co 3.10-15. Cada cristão é um construtor espiritual,
basta saber que tipo de material está usando e enviando para
a eternidade.
Os três tipos de construtores: 1º - os que constroem obra
sólida 1 Co 3.14; 2º - os que constroem com material que não
resiste à prova 1 Co 3.15; 3º - os que, em vez, de construir
destroem 1 Co 3.17.
5.1. Os materiais preciosos
Os materiais abaixo relacionados são resistes ao fogo, e
representam os trabalhos que são feitos por amor a Cristo e
pelo amor aos outros.
5.1.1. Ouro
A raridade desse metal, a sua inoxibilidade e o seu brilho,
tornaram o símbolo da luz celeste e das obras a prova de fogo
Ap 3.18. Representa a glória e a natureza divinas amalgamada

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na vida dos fiéis que os capacitam a fazer um trabalho


genuíno que agrada a Cristo. O trabalho cristão deve ser
construído com todas as riquezas do seu ser e para a glória de
Deus e nunca para a exaltação do ego Ef 6.19.
5.1.2. Prata
A cor reluzente da prata expressa a pureza e a
purificação servindo para aludir a verdade fidedigna pregada
pelos evangelistas. Existem pregações que são evangélicas,
mas, não são bíblicas. Que tipo de mensagem temos pregado
para os pedidos e pecadores dessa geração perversa. Os que
estão edificando com prata são os que estão ganhando almas
resgatando vidas da perdição eterna porque a prata simboliza
o resgate Lv 27.1-5.
5.1.3. Pedras preciosas
É o símbolo do trabalho cristão feito sobre os efeitos dos
dons espirituais e capacitação divina que embelezam as
atividades cristãs trazendo admiração aos pecadores. São as
atividades revestidas do poder do Espírito Santo que faz o
servo de Cristo cair na graça do povo e convencer a
humanidade de seus pecados predominantes 1 Co 1.17; 2.4.
5.2. Os materiais sem valor
5.2.1. Madeira
Na tipologia bíblica inclusive no tabernáculo a madeira da
construção da tenda da congregação e do feitio das peças

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representa a natureza humana. O próprio Jesus fez uma


citação nesse particular Lc 23.31. No edifício espiritual a
madeira simboliza todo tipo de trabalho executado somente
com o esforço humano, intelectual e com a habilidade natural
desvencilhado do poder motivador do Espírito Santo. Esse tipo
de construção é literalmente temporal e boa para alimentar as
chamas de um incêndio.
5.2.2. Feno
O feno é um alimento para animais que se prepara com
caules e folhas secas de certas plantas. É tão frágil que um
pouco a mais de umidade estraga-o, se aquece e às vezes cria
tanto calor que pega fogo com facilidade. O feno é o símbolo
da falta de valor segundo critérios celeste e também do prazer
do mundo significando também os bens e as alegrias
passageiras. Na vida do cristão é aquele trabalho que é feito
somente com sentimentos sem a dose do amor perseverante
naquilo que se faz. Muitos pensam em fazer, mas, acabam não
fazendo, e quando fazem, fazem de qualquer maneira.
5.2.3. Palha
A palha é a sobra de certas espigas. Ela não suporta
também o calor do fogo devido a sua fragilidade. Ela
representa o trabalho feito de qualquer maneira tais como:
preocupar somente com as tradições humanas; coisas vazias;
filosofias vãs; uma contribuição mendiga; participar da ceia de

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vez em quando; ir aos cultos somente quando sobra tempo,


enfim, não assumir compromisso com a obra de Deus, e, sim,
com as vanglórias no trabalho cristão.
6. CRITÉRIOS ADOTADOS NO JULGAMENTO DO
TRIBUNAL DE CRISTO
O crente terá que prestar contas da suas práticas e atos,
tendo vista a graça, a oportunidade e o conhecimento que
recebeu. O fogo determinará a qualidade das obras realizadas.
O cristão terá que prestar contas da sua fidelidade ou
infidelidade a Cristo, como mordomo da graça 1 Co 4.2-5.
“Todos havemos de comparecer” Rm 14.10. Estas palavras
soam como uma intimação, inadiável e irrevogável, da qual
não poderemos ficar ausentes. Esse julgamento será:
6.1. Esmiuçador
Todos os atos, palavras e as obras de cada cristão serão
submetidos a um exame rigoroso Rm 2.6.
6.2. Revelador
Todas as intenções do coração serão manifestadas diante
de Cristo e de todos os santos de todos os tempos 2 Co 5.11.
Tudo aquilo que é feito com amor será galardoado; mas,
aquilo que é feito para autopromoção, nada receberá.
6.3. Moral
A maneira detalhista desse julgamento será baseada na
justiça Gl 6.7. O resultado será a recompensa ou a perda dela.

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6.4. Determinante
O equilíbrio será a aplicação para dar a compensação dos
galardões. Esse processo não será o fim; mas, o começo da
glorificação eterna.
6.5. Rigoroso
Ninguém será queimado no fogo, mas, apenas as suas
obras se queimarão 1 Co 3.13. O fogo elimina as impurezas
deixando o metal purificado. Paulo usou essa metáfora do fogo
carbonizando um edifício. A expressão: “declarará,” no grego
“delõsei” que quer dizer “mostrar em seu verdadeiro caráter.”
“Qual seja,” refere-se “de qual espécie é”. É demonstrada aqui
a qualidade da obra, e não meramente a quantidade. Nesse
julgamento todos que forem submetidos a essa prova rigorosa
são salvos 1 Co 3.15. Os santos estarão glorificados nesse
tempo e não serão manchados pelo conhecimento de tais
coisas reveladas. O dano aqui não é a perda da salvação, mas,
o galardão pelo trabalho feito de qualquer maneira 1 Co 3.15.
“Salvo, todavia como pelo fogo” quer significar alguém que
será salvo, mas, sem premiação alguma.
6.6. Compensador
As realidades espirituais serão expositadas nas outorgas
de várias coroas. Receberemos a imagem, a natureza, a
perfeição e a plenitude de Cristo Rm 8.29; Cl 2.10. Cada corpo
terá um grau de glória diferenciado do outro. A salvação é

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uma possessão presente enquanto que o galardão será uma


aquisição futura. Os que forem fiéis receberão aprovação
divina, recompensas e honorabilidade Rm 2.10. Os servos
negligentes receberão reprovação divina, ficarão
envergonhados e sofrerão perdas irreparáveis 1 Co 3.15.
7. COISAS QUE SERÃO JULGADAS DIANTE DO
TRIBUNAL DE CRISTO
O juízo será embasado na conduta de vida de cada
indivíduo desde o período da conversão e o que foi feito para
Cristo até o arrebatamento. Toda a corte celestial e os santos
de todos os tempos presenciarão esse inefável julgamento.
7.1. A fidelidade e a infidelidade na obra de Deus Mt 25.21-
29.
7.2. A maneira pela qual realizamos o trabalho para Cristo 1
Co 3.6-8.
7.3. As atitudes e negligências cometidas no ministério
eclesiástico, e a manipulação da igreja para tirar proveito
próprio 1 Pe 5.2-3.
7.4. A administração dos bens espirituais.
7.5. Todas as palavras proferidas de maneira brusca Mt 12.36-
37.
7.6. Os que usam o tempo, o dinheiro da igreja e os talentos
para autopromoção.
7.7. As obras praticadas Ef 6.8; Hb 6.10.

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7.8. Nossa reação perante as tentações Tg 1.12-13; 1 Co


10.12-13.
7.9. Nossa atitude diante dos sofrimentos 1Pe 4.12-13; Rm
8.18.
7.10. O uso do nosso tempo Ef 5.16; Cl 4.5; 1 Pe 1.17; Sl
90.12.
7.11. A nossa falta de amor Cl 3.25; 4.1.
7.12. A maneira precipitada com que tratamos os nossos
irmãos Rm 14.4,10; 1 Co 4.5; Tg 4.11-12.
7.13. As contendas promovidas entre os irmãos Tg 5.9.
7.14. O nosso tratamento com os fracos na fé Rm 14.1-3; 1
Ts 5.14.
8. O RESULTADO DO JULGAMENTO DO TRIBUNAL DE
CRISTO
8.1. A perda da recompensa
8.1.1. Muitos ficarão envergonhados diante de Cristo 1 Jo
2.28.
8.1.2. Inúmeros sofrerão a perda de todo trabalho realizado
durante a vida toda 1 Co 3.13-14.
8.1.3. Perda completa do galardão 1 Co 3.15; 2 Jo 8.
8.1.4. Retribuição de injustiça cometida contra o próximo Cl
3.25.
8.2. A aquisição da recompensa
8.2.1. Os fiéis receberão aprovação divina Mt 25.21.

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8.2.2. Posição superior no céu Mt 5.19; 19.30.


8.2.3. Galardão 1 Co 3.12; Fp 3.13-14.
8.2.4. Honorabilidade 1 Pe 1.7.
8.3. Os fiéis receberão cinco tipos de coroas
8.3.1. A Coroa Incorruptível
Será concedida àqueles que vencerem a carne com as
suas paixões 1 Co 9.25.
8.3.2. A coroa da alegria
Irão receber àqueles que viverem para Cristo e para o
Seu reino com profunda satisfação e prazer Fp 4.1.
8.3.3. A coroa da justiça
Será outorgada àqueles que amarem a vinda de Cristo 2
Tm 4.7-8.
8.3.4. A Coroa da Vida
Irão receber àqueles que deram ou que seriam capazes
de morrer por amor a Cristo Tg 1.12.
8.3.5. A Coroa de Glória
Será outorgada para os que trabalham com submissão e
amor e não por ganância mercenária 1 Pe 5.2-4.

CONCLUSÃO
É hora de gastar a nossa vida em prol do reino de Deus e
aliviar as cargas daqueles que precisam de uma palavra
libertadora da nossa parte. Devemos aproveitar o tempo

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usando os nossos talentos na seara de Cristo. Lembre se:


naquele dia muitos serão envergonhados por causa do
trabalho executado sem amor e outros porque deixaram de
fazer.

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MENSAGEM
TEMA: O JUÍZO DO TRONO BRANCO
TEXTO: AP 20.11-15

INTRODUÇÃO

Os tribunais têm testemunhado algumas cenas tensas e


terríveis, mas, as mais horrendas e famosas tem pálida
significação se comparadas com a cena espantosa do Juízo do
trono branco. O juízo final será o único julgamento onde o
pecador como réu não terá um advogado de defesa. Bilhões
de seres humanos com os corpos adaptados para a punição
eterna no Lago de Fogo estarão ali presentes diante do trono,
com a respiração suspensa, e com espanto presenciarão a
terrível cena. Multidões inumeráveis surgirão de todas as
partes estupefatas, aterrorizadas, línguas secas, olhares
assustados e tremendo. Ninguém poderá escapar, não haverá
socorro. Será o dia da condenação eterna. Ficarão paralisadas
em pé; paralisadas pela tragédia que lhes acometerão. Amigo,

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você estará ali naquele dia?


1. TRONOS FAMOSOS REGISTRADOS NA BÍBLIA
1.1. Trono de Faraó Gn 41.40;
1.2. Trono do rei de Nínive Jn 3.6;
1.3. Trono de Nabucodonosor Dn 5.20;
1.4. Trono de Assuero Et 5.1-2;
1.5. Trono eterno de Davi 1 Rs 4.25.
2. DESCRIÇÃO SOBRE O TRONO BRANCO
O vocábulo trono aparece 193 vezes na Bíblia, e somente
no Apocalipse que é o livro do trono ocorre 45 vezes; a
primeira em 4.1, e a última em 22.3. O pontífice Paulo VI
declarou enfaticamente que a única coisa que ele temia era o
juízo final. Os dementes, os inocentes e as crianças não
tomarão parte nesse julgamento. O trono da majestade está
no céu Ap 4.2; o trono de glória será instalado na terra Mt
25.31 e o trono branco estará fora do mundo Ap 20.11.
2.1. Os três tronos de julgamento
2.1.1. O tribunal de Cristo
Será instalado nas regiões celestes após o
arrebatamento, e comparecerão diante dele os cristãos salvos
para que suas obras e não eles sejam julgados 2 Co 5.10. Se
já aceitamos a Cristo e vivemos de maneira fiel, já passamos
pelo furacão do juízo. Ele ocorreu na cruz.

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2.1.2. O trono de glória


Estará localizado sobre a terra e Cristo como Rei julgará
as nações Mt 25.31-32; Lc 1.32.
2.1.3. O grande trono branco
aparecerá no alto de forma isolada após o milênio onde
se dará o juízo dos ímpios Ap 20.11-12. O crente fiel não
entrará nesse juízo condenatório Rm 8.1.
2.2. Nomes referentes ao juízo do trono branco
2.2.1. Juízo dos perdidos.
2.2.2. Juízo dos pecadores mortos Jo 5.28-29.
2.2.3. Ressurreição da vergonha Dn 12.3.
2.2.4. Juízo final.
2.2.5. Juízo do trono branco.
2.2.6. O dia do juízo.
2.2.7. Aquele dia Mt 11.22.
2.2.8. O dia da ira 2 Ts 1.10.
2.2.9. O juízo de Deus 2 Ts 1.8.
2.2.10. Juízo eterno Hb 6.2.
2.2.11. Dia do Senhor Jl 1.15.
2.2.12. O dia de destruição.
Isaías em sua visão ele contemplou um altar junto ao
trono de Deus Is 6.1,6 o que demonstra sacrifício e
intercessão; o trono da majestade vislumbrado por João era
circundado por um arco celeste cor de esmeralda; o arco fala

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da misericórdia divina e a cor de esmeralda que é verde


simboliza a esperança Ap 4.3; o grande trono de juízo será
branco, diante dele não se vê nenhum altar e nem uma cor
que simbolize a oportunidade de livramento Apo 20.11. Esse
trono de juízo está preparado para a promulgação das
sentenças condenatórias dos condenados Sl 9.7-8; Rm 2.5.
2.3. Detalhes sobre o trono branco
2.3.1. Dimensão
O Trono será de grandes dimensões porque diz respeito
ao poder de quem julga, e por ocupar todo o vasto campo da
visão Ap 20.11.
2.3.2. Cor
Ele resplandece de pureza, santidade, justiça, castigo,
julgamento, purificação e também retribuição. Grande e
branco faz alusão à soberania e a justiça. Branco fala da
justiça cristalina, pura, límpida, e não cega e corrupta como
ocorre em muitos tribunais.
2.3.3. Época
Dar se a em seguida à destruição dos exércitos de Gogue
e Magogue no final do milênio na última revolta de Satanás na
tentativa de vencer a Cristo Ap 20.7-10.
2.3.4. Local
Será um palco montado fora da história humana.
Ocorrerá num vácuo atingindo a visão de qualquer ponto.

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2.3.5. Duração
Não haverá com certeza problema no que se refere ao
tempo, depoimento e sentença. Os réus poderão ser julgados
num só momento. Isso ocorrerá de acordo com a onisciência
de Cristo aplicada em juízo.
2.3.6. Juiz
Aquele que foi julgado no tribunal de Pilatos; agora
julgará todas as autoridades terrenas. Na sala de julgamento
do governador Pilatos tinha um lugar de julgamento chamado
no grego Litóstrotos. Cristo ficou emudecido ali, mas diante do
trono branco todos os condenados se calarão na frente dele
como meritíssimo Juiz Jo 5.22; At 17.31; Mt 28.18; 2 Tm 4.8;
1 Pe 4.4-5. Esse Juiz onisciente terá em suas mãos todas as
provas e o conhecimento meticuloso de todos os fatos e
saberá como nenhum juiz pronunciar a sentença constada em
cada processo. Os incrédulos já estão com a sentença de
condenação lavrada por não crerem no Filho do Homem Jo
3.18. O grande dia será, por conseguinte mais um ato de
publicação e execução do que de julgamento estritamente
concebido. Cristo foi constituído Juiz dos vivos antes do
milênio, e diante do trono branco será o Juiz dos mortos At
10.42.
2.3.7. Réus
Serão todos os mortos ímpios que faleceram desde o

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princípio da história da raça humana até o final do milênio. A


Edição Revista e Corrigida da SBB diz: “Diante do trono”, e a
famosa Tradução Brasileira expressa: “Em pé” Ap 20.12.
Encontramos aqui a ressurreição da vergonha e do desprezo
eterno Dn 12.2. Francis Burkitt declarou: “Aqueles cujos
corações não forem penetrados pela espada da justiça de
Deus certamente serão cortados e destruídos pelo machado
dos juízos dele.”
2.3.8. Jurados
Os santos glorificados serão coparticipantes nesse juízo
tomando parte como corpo de jurados para dar o veredicto de
cada réu e dos anjos caídos 1 C0 6.2-3. Estaremos ali como
testemunhas a favor de Cristo dando o grau de punição.
2.3.9. Silêncio
Perante o trono branco não haverá vozes, trovão, como
ocorrerá diante do trono da Majestade em Ap 4.5; será um
silêncio inexorável. Os ditadores terão de calar perante o Todo
Poderoso Rm 3.19; Ap 19.1-2.
2.3.10. Absolvição
Todos que comparecerem diante do trono serão
condenados sem exceção alguma. Será o único julgamento
que não haverá absolvição. A condenação é determinada
quando o pecador rejeita a Cristo Jo 3.18.

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2.3.11. Sentença
Os ímpios estarão em pé que é a posição normal dos réus
diante do juiz e receberão a sentença retribuitiva de acordo
com o conhecimento que obtiveram acerca de Deus Lc 12.47-
48.
3. A FUGA DO CÉU E DA TERRA
A onipotência divina aparece fazendo o céu e a terá
desaparecerem, e entra em cena a justiça de Cristo para
julgar. As potências dos céus serão abaladas e os elementos
ardendo se desfarão 2 Pe 3.10. Com isto fecha se a cena
terrestre e descortina se a cena eterna. Isto fala do
encerramento da antiga criação 2 Pe 3.12-13, e uma nova
criação completamente virá a existir. A terra fugirá diante da
majestade do juiz entronizado porque durante milênios foi o
palco do pecado e da rebelião. O céu desaparecerá, porque
fora poluído por Satanás e seus demônios Ef 2.2. Esse
desaparecimento passará a dar lugar a um novo céu e a uma
nova terra o que será um salto do tempo para a eternidade Is
66.17,22. Os salvos durante a renovação do céu e da terra
estarão guardados e protegidos na sombra da mão de Deus
para não serem atingidos com o incêndio cósmico Is 51.16.
Será uma cena espantosa que estará fora da história humana.

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4. AS CLASSES SOCIAIS QUE COMPARECERÃO DIANTE


DO TRONO
Cidadãos que nunca cultuaram a Deus conosco aqui na
terra terão um pungente comparecimento diante de Cristo o
Juiz Universal Jo 5.22. As mansões celestiais se encherão dos
que praticam boas obras, e o Lago de Fogo com os que
pretendem praticá-las. Anualmente milhares escapam da
justiça feita ao crime, exercida pelo Estado; outros não
chegam a serem presos; outros são livres imediatamente pelo
uso do hábeas corpus, e muitos crimes não chegam ao
conhecimento das autoridades. Ninguém poderá escapar a
este julgamento do trono branco. Será o maior conglomerado
campal de todos os tempos onde estarão presentes sem faltar
um condenado se quer. Somente com a segunda ressurreição
é que esta reunião será possível.
Este será o dia de que o apóstolo Paulo fizera alusão:
“Em que Deus há de julgar os segredos dos homens” Rm 2.16.
Quantas patifarias? Pilantragem científica; banditismo político;
terrulência dos empregadores; cafajestagem eclesiástica;
truculência comercial e vileza do cidadão comum. Tudo será
revelado! O juízo do trono branco satisfará o nosso desejo
interior de justiça que no mundo é uma farsa. Diante das
injustiças sociais, da proliferação da pedofilia, dos crimes
bárbaros, muitos pensam que Deus nada faz ficando alheio

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aos acontecimentos Ml 2.17. O dia está determinado e os


ímpios serão castigados sem misericórdia por causa de suas
obras nefandas At 17.31. Os deístas verão diante do trono
branco que Deus não abandonou o mundo com suas criaturas
como afirmam. Ele deu oportunidade aos homens para se
arrependerem 2 Pe 3.9, e, agora sofrerão penas eternas pelos
seus atos hediondos.
4.1. Os Grandes
Não trata do porte físico ou idade, trata- se da fama,
poder, prestígio, influência social e econômica Mt 10.42; At
8.10; 26.22; Ap 13.16; 19.18; Ap 20.12. Afirmou J. A. Motyer:
“O castigo do pecador não é uma vingança arbitrária, mas o
devido processo da providência moral”. Personagens ilustres
que comparecerão diante do trono:

4.1.1. Faraós

4.1.2. Reis e rainhas

4.1.3. Herodes

4.1.4. Imperadores

4.1.5. Xás

4.1.6. Sheiks

4.1.7. Sultões

199
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4.1.8. Tsares

4.1.9. Presidentes

4.1.10. Senadores

4.1.11. Primeiro ministros

4.1.12. Deputados federais

4.1.13. Prefeitos

4.1.14. Deputados Estaduais

4.1.15. Secretários de Estados


4.1.16. Generais

4.1.17. Banqueiros

4.1.18. Astros de Hollyood


4.1.19. Filósofos ateus
4.1.20. Atletas de todas as categorias
4.1.21. Líderes de grandes
4.2. Os Pequenos
Trata se de pessoas simples, sem fama alguma e de vida
singela.
4.2.1. Pobres
4.2.2. Mendigos
4.2.3. Lavradores

200
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4.2.4. Bóias frias


4.2.5. Analfabetos
4.2.6. Auxiliares de pedreiros
4.2.7. Camelôs
4.2.8. Mordomos
4.2.9. Escravos
4.2.10. Camelôs
4.2.11. Funcionários públicos
4.2.12. Varredores de ruas
4.2.13. Peão de boiadeiro e outros...
5. OS LIVROS QUE SERÃO ABERTOS NO DIA DO JUÍZO
FINAL
Estará ali indubitavelmente registrada a conduta de cada
indivíduo. Ninguém será salvo pelo que haverá ali averbado. O
gravador e a filmadora da onisciência divina encontram se com
todos os seus canais abertos em todas as direções registrando
todas as palavras e atos da humanidade perversa.
Os livros são registros das práticas bandoleiristas dos
homens. Esses livros não são literais, são representações de
que nada escapa ao conhecimento onisciente de Deus, porque
Ele é sabedor de todas as coisas. Perante o trono branco os
condenados não terão seus nomes inscritos no livro da vida. E
nos outros livros estarão anotadas todas as transgressões
ínfimas praticadas aqui neste mundo. Cada nome será

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procurado no livro da vida à vista de todos e constará a sua


ausência.
5.1. Livro da vida
Quando uma pessoa nasce é necessário que seu nome
seja registrado em cartório para que seja reconhecido e possa
exercer os seus direitos como cidadão. Ter o nome escrito no
livro da vida é possuir o passaporte visado com o sangue de
Cristo com validade eterna e a certeza da participação do gozo
celestial. O livro da vida estará postado no trono só para
provar a ausência dos nomes dos réus Ap 20.15. A maior
alegria e regozijo de um crente salvo é ter certeza absoluta de
que seu nome se encontra registrado nele Ex 32.32; Dn 12.1;
Lc 10.20; Fp 4.3. Os fiéis jamais terão seus nomes riscados
desse livro Ap 3.5. Um nome só é retirado do livro da vida
quando o desviado persiste em continuar no pecado sem
nenhum interesse de arrepender-se.
5.2. Livro dos atos dos homens
Seu conteúdo tirará de todos os pensamentos e atos
praticados pela humanidade Ml 3.16. O pior de tudo é que
estarão escritas as oportunidades rejeitadas de se reconciliar
com Cristo. Constará o ano, o mês, o dia e a hora da rejeição.
5.3. Livro da memória
Todas as lembranças virão à tona não permitindo o réu
falar em hipótese alguma. Nada poderá ser ocultado porque

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foram gravados pela onisciência de Cristo Lc 16.25; Jr 17.1.


5.4. Livro da lei Rm 2.12; 3.19-20.
5.5. Livro da consciência Rm 2.15.
5.6. Livro da natureza Jó 12.7-9.
5.7. O evangelho de Cristo Rm 2.16.
É a mensagem salvadora que fora pregada durante a
dispensação da graça.
6. COISAS QUE SERÃO JULGADAS DIANTE DO TRONO
BRANCO
Declarou Thomas Watson: “O Senhor tem um cetro de
ouro e um bastão de ferro. Os que não se curvam diante de
um serão quebrados pelo outro”. A ausência do nome no livro
da vida, e as obras praticadas na terra quando o réu vivia de
maneira infrene serão à base daquele juízo. Hoje, processos
são engavetados; magistrados são subornados; criminosos
não são identificados. No juízo final ninguém escapará! Diante
de cada réu será passado um filme cinematográfico
apresentando a sua imagem, a própria voz e tudo que foi dito
bem como tudo que foi praticado Nm 14.18; Na 1.3. Não é
preciso que façamos justiça com as nossas próprias mãos,
Deus reservou esse direito para si mesmo Rm 2.19; 1 Pe 2.23.
6.1. Todas as tramóias realizadas em reuniões secretas serão
desvendadas Ec 12.14; Lc 12.2-3.
6.2. Há uma classe de demônios que se encontra guardada

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para aquele dia. Os demônios que perambulam pelo planeta


estão cientes de que aquele tempo chegará Mt 8.9.
7. A MORTE E O HADES REGURGITARÃO OS SEUS
MORTOS
Os que passaram pelo sepultamento aquático,
terráqueo, e outros devorados pelas feras ou desaparecidos
por outra forma de tragédias como no caso de Ulisses
Guimarães, irão apresentar diante do trono branco para
ajustes de contas com o meritíssimo Dr. Jesus Cristo Ap 20.13.
O Hades devolverá os espíritos e a morte os corpos dos
falecidos na corrupção devassadora do pecado. Swete
expressa: “Esses representam os dois aspectos da morte, o
fato físico e a consequência espiritual”. Como asseverou
Macdowell: “Os dois monstros vorazes e insaciáveis que
tinham devorado todas as gerações passadas, mas, são agora
forçadas a regurgitar suas presas”. Todos serão reunidos
mesmo que seus corpos tenham desintegrado e misturado ao
pó da terra, todos ressurgirão.
7.1. A ELIMINAÇÃO DA MORTE E DO INFERNO
O que é intermediário deixará de existir e dará lugar ao
que é eterno. Nesta época a morte deixará de existir 1 Co
15.26, e também o Hades. Essa dupla maligna deixará de
existir perante as duas ressurreições 1 Co 15.54-55. Armando
Chaves Cohen disse: “A morte será destruída com efeito

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retroativo, devolvendo à vida todas as suas vítimas, pela


ressurreição de todos”. Cristo é o detentor das chaves da
morte e do Hades, Ele irá destrancá- las e os corpos e os
espíritos aprisionados sairão para esse julgamento público e
universal Ap 1.18.
8.COMO SERÁ APLICADA A SENTENÇA CONDENATÓRIA
Os gentios serão julgados de acordo com a lei da
natureza, escrita em seus corações. Os israelitas da antiga
dispensação segundo a revelação do Velho Testamento. Os
apóstatas cristãos mediante o grau de conhecimento revelado
acerca de Cristo e de sua Palavra Lc 12.47-48.
8.1. A pena será intensificada se caso houver negligencia dos
privilégios espirituais Mt 11.21- 24; Lc 10.13-15;
8.2. Será sem abrandamento Lc 16.23-26;
8.3 Será acompanhada de remorso Is 66.24; Mc 9.44;
8.4. Será consumada no dia do juízo Mt 25.31,46; Rm 2.5,16;
2 Pe 2.9;
9. SIMULAÇÃO DE COMO SERÀ EFETUADO O
JULGAMENTO DOS RÉUS DIANTE DO TRONO BRANCO
Uniformemente como os corpos dos santos ressuscitados
se ajustarão para o estado de glória os dos perdidos adaptarão
para o estado de perdição. O Lago de Fogo é um lugar de
punição como prisão e câmara de tormentos e miséria para os
perdidos. É a mansão dos condenados. Os sentenciados que

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serão submetidos às penas:

9.1. Faraó Ramessés II

Foi o terceiro rei da décima nona dinastia. Foi neto de


Ramessés I e filho da rainha Taiuá, reinou 67 anos e morreu
próximo de 100. Foi honrado como deus no Egito e na Núbia.
Ele responderá perante o trono pela opressão empregada
sobre os israelitas e a tentativa de assassinar as crianças do
sexo masculino Ex 1.11,15-17.

9.2. Senaqueribe

Seu nome significa “Sin, o deus lua tem aumentado os


irmãos”. Foi sucessor de seu pai Sargão II. Foi o rei assírio
mais prepotente, cruel e orgulhoso. Desafiou o Senhor dos
Exércitos 2 Cr 32.11,14; além de ter suas tropas derrotadas
por um anjo, foi morto por Adrameleque e Sareser seu deus
na casa do deus Nisroque 2 Rs 19.35-37. Será
responsabilizado por todas as blasfêmias contra o Senhor dos
Exércitos.

9.3. Herodes o Grande

É chamado em hebraico ‫הוֹרדוֹס‬,


ְ transliterado Hordos,
nasceu em cerca de 73 a.C e moreu em 4 a.C, foi rei da Judéia
entre 37 - 4 a.C.Herodes era filho do idumeu Antipater. Em 40

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a.C. Ele fundou as cidades gregas de Sebaste e Cesaréia com


o seu belo porto. Construiu fortalezas e palácios, incluindo
Massada e o magnífico Templo, o Herodium. Presidiu aos jogos
olímpicos. Praticou um infanticídio em Belém com o proposito
de eliminar o Messias Mt 2.16. Morreu de hidropisia e
gangrena na cidade de Jericó recebendo um castigo em vida e
o pior virá diante do juízo.

9.4. Adolf Hitler


Nasceu em 20/04/1889 em Braunau na Áustria e morreu
suicidado após matar sua amante Eva Braun 30/04/1945 na
cidade de Berlim. Provocou a morte de milhões de pessoas
durante a segunda guerra mundial 1939-1945; e matou cerca
de seis milhões de judeus nos campos de concentração.
Responderá diante do juízo por todas essas maldades.
9.5. Charles Darwin
Nasceu em Shrewsbury, na Inglaterra em 1809 e morreu
em 1882. Foi educado em Cambridge e se tornou o patrono da
teoria da evolução do mundo natural. Em 1859 publicou o livro
A origem das espécies, influenciando as teorias das ciências
biológicas da época. Em 1871, publicou outra obra intitulada A
Descendência do Homem onde descreveu que o ser humano
descende do macaco. Darwin será chamado diante do trono
branco a explicar essa teoria que tenta desafiar a criação
original.

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9.6. Karl Marx

Nasceu em 05/05/1818 e morreu 14/03/1883 foi um


cientista social, historiador, economista e revolucionário
alemão, fundador da doutrina comunista. Seu fermento
maligno o cumunismo, várias áreas tainfluenciou O
pensamento de Marx influencia várias áreas, tais como:
filosofia, história, sociologia, ciência religiosa, Antropologia,
Psicologia, Economia, comunicação, Arquitetura e outras. Suas
idéias são respsonsáveis pela morte de milhares de cristãos,
perseguição contra milhares de missionários e o atraso da
obra de Deus no mundo. Ele terá que explicar esse horripilante
pensamento diante do Juíz de toda terra.

9.7. Nero
Seu nome completo era Nero Cláudio César Augusto
Germânico foi o quinto imperador romano entre 54 e 68. No
ano 64 colocou fogo em Roma destruindo dois terços da
cidade a pretexto do desastre, colocando a culpa nos cristãos.
Tornou se em protótipo do anticristo. Foi em seu reinado que
os cristãos sofreram sua primeira grande perseguição inclusive
os apóstolos Pedro e Paulo foram martirizados. Foi líder de
conduta degenerada e desencadeou uma série de
assassinatos. Assassinou sua esposa Otávia, e sua segunda
esposa Popeia que estava grávida, com um chute na barriga e

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posteriormente sua mãe. Depois de tudo passou a conviver de


forma homoxessual com o seu eunuco chamado Sporus.
9.8. Voltaire

Nasceu em Paris em 21/11/1694, foi o mais importante


nome da literatura clássica francesa e mentor literário do
imperador Frederico, o Grande. Foi escritor, ensaísta, deísta e
filósofo iluminista. Voltaire é mais conhecido como um dos
grandes filósofos ateístas. Muitas vezes o ateu morre no
sufoco sem Deus como, por exemplo: Ele morreu pedindo luz
em 30/05/1778. Sua passagem para a eternidade foi tão
terrível que sua enfermeira disse depois: "Por todo o dinheiro
da Europa, eu não gostaria mais de ver um ateu morrer!”.

9.8.1. David Hume


Gritou de maneira frenética por ocasião de sua morte:
Estou nas chamas!”“
9.8.2. Hobbes
Filósofo inglês, disse pouco antes de sua morte: “Estou
diante de um terrível salto nas trevas”.
9.8.3. Goethe
Exclamou: “Mais luz!”.
9.8.4. Churchill
Morreu com as palavras: “Que tolo fui”. Bastam esses
poucos exemplos para nos mostrar claramente o que significa

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morrer como pecador e tudo isso confiando em homens falhos


e teoria que já foi mudada muitas vezes como as teorias sobre
os átomos que mudaram quatro vezes até agora.
9.9. Os mentirosos que de tanto mentirem acabam pensando
que a verdade é mentira.
9.10. Pastores que na verdade não amam a obra de Deus e
que praticam o nepotismo eclesiástico fazendo obreiros
vocacionados sofrerem com injustiças.
9.11. Falsos cristãos que perseguem pastores achando que
mandam na igreja e não respeitam a ninguém.
9.12. Pornográficos que nunca tiveram sede pela Palavra de
Deus e que vivem envolvidos com literatura inescrupulosa.
9.13. Pessoas casadas que traem o cônjuge achando que
ninguém ficará sabendo de suas patifarias imorais.
9.14. Ditadores políticos que escravizam a nação subjugando
o povo fazendo de massa de manobra para satisfazer seus
interesses tais como: Sadam Hussein; Fidel Castro e terroristas
como Osama Bin Laden e outros...
9.15. Traficantes desalmados que destroem vidas com os
narcóticos não se preocupando com a desgraça alheia.
9.16. Mulheres sensuais que malham e se embelezam com a
exclusividade de destruir casamentos alheios jogando homens
incautos na sarjeta.

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9.17. Agiotas gananciosos que alem de tirar o que os outros


têm com juros exorbitantes e que acabam tirando a vida de
seu semelhante.
9.18. Patrões que subjugam seus funcionários com trabalho
escravo para usufruir do lucro.
9.19. Pessoas prepotentes que maltratam o próximo porque
possuem um avantajado poder financeiro ou um diploma
universitário.
9.20. Comerciantes que roubam no peso e mentem ao
negociar objetos falsificados e arruinados como se fossem
bons.
9.21. Políticos embusteiros que são versáteis em falsificar
notas e doutores em falcatruas que não tem respeito pelo
povo que representa.
9.22. Desviados que tem brincado com a Palavra de Deus e
que vive protelando o seu retorno aos pés de Cristo fazendo a
família chorar.
10. OS ÍMPIOS APÓS O JUÍZO SERÃO LANÇADOS NO
LAGO DE FOGO
Os condenados não irão para o Lago de Fogo de forma
voluntária serão ali arrojados Ap 20.15. Segunda morte é uma
expressão escatológica para designar a ira de Deus aplicada
sobre os ímpios malévolos. Ela é assim designada porque é
seguida da primeira que é a separação do espírito do homem

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de seu criador. É um lugar de punição como prisão e câmara


de tormentos e miséria para os perdidos Ap 20.14-15. É a
mansão dos condenados. É possível que a observação de
erupções vulcânicas com seu poder imenso, tenha levado os
homens a associarem o juízo divino com o interior da terra,
que misteriosamente requeimava. O Lago de Fogo é um lugar
de extremo sofrimento Ap 20.10; vil companhia Ap 21.8 e
desespero Pv 11.7; Mt 25.41. Não há na realidade como
determinar a geografia do além. A morte, o terror dos séculos,
e o Hades chamado aqui de inferno, serão atirados no Lago de
Lago, a lata de lixo do planeta Terra. O sofrimento no Lago de
Fogo é indescritível por qualquer erudito cristão e secular.
O Lago de Fogo aguarda os incrédulos e os falsos cristãos
que abandonaram a Cristo preferindo as folias do mundo Sl
9.17. O sofrimento será terrível não só pelas chamas
impagáveis e pelos vermes imorredouros; mas, pelos
elementos que conviverão por toda eternidade. Se alguém
olhar para a direita estará o anticristo; para a esquerda
defrontará com o Diabo; para frente verá o falso profeta e
para cima contemplará todas as categorias de demônios.
Enquanto milhões de céticos não crêem na existência do Lago
de Fogo, ele já está preparado, o fogo está pronto, a fornalha
incandescente está ardendo, pronta para recebê-los. É um
lugar de odor nauseante, com cheiro de carne em

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decomposição, cheio de tormentos, dores cruciantes, gritos


desesperadores e angustias eternos. Muita gente pensa de
forma errônea, certificando que Deus é bom demais para
mandar homens e mulheres para o Lago. É necessário que se
diga que os que assim procedem, são candidatos sérios a
serem lançados ali. Chegou o momento de pregarmos aos
perdidos a verdade sobre a condenação eterna enquanto há
tempo. Precisamos urgentemente enchermos do Espírito Santo
para resgatarmos as vidas que estão a caminho da perdição. É
necessário que falemos aos perdidos, que acordem antes que
seja tarde demais. Assim expressou Jonathan Edwards (1741),
pregador inglês, em seu famoso sermão Pecadores Nas Mãos
de um Deus Irado: “Deus tem em seu coração a intenção de
mostrar aos anjos e aos homens, não só a excelência do seu
amor, como a severidade de seu furor” Ez 8.18. Nem todas as
pessoas experimentarão os sofrimentos de um Judas
Iscariotes. Deus será perfeitamente justo, e cada pessoa
sofrerá exatamente o que merece. O sofrimento no inferno
envolve tanto o corpo como a alma, por isso pressupõe a
ressurreição do corpo Mt 5.29-30. O tormento e angústia
internos, simbolizados pelo “verme”, nunca terão fim e os
sofrimentos exteriores simbolizados pelo fogo nunca cessarão
Mc 9.44. Os termos “castigo” e “açoite”, dizem respeito ao
método de Deus lidar com os cristãos obstinados; e,

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retribuição, refere se ao método final de Deus lidar com os


perdidos.

CONCLUSÃO
Se os demônios de classe superior estão presos, e os
ímpios não terão chances de livramento diante do juízo como
poderão os homens da atualidade escaparem, se não
atentarem para uma tão grande salvação. Chegou o momento
dos homens reconciliarem com deus, os cristãos letárgicos e
carnais serem avivados enquanto há tempo. Bilhões de seres
humanos caminham como gado para o matadouro como se
nada estivesse acontecendo. É necessário que preguemos em
todas as localidades para que eles acordem antes que seja
tarde demais. Meu amigo entrega-te à Cristo agora, para que
não haja um horrível espaço em branco no livro da vida, no
lugar em que deveria estar o teu nome.

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19

MENSAGEM
TEMA: A FUGA DE SODOMA
TEXTO: GN 19.12-17

INTRODUÇÃO
A proliferação do homossexualismo tem crescido de forma
acelerada ao redor do mundo. Quantos homens que
aparentemente são heterossexuais, mas, que usam soultiem e
calcinha por baixo do terno. Os dias de Ló como Jesus
predissera tem tido um cumprimento sem precedente na história
da humanidade. Os filmes, atores e atrizes, cantores, esportistas
e apresentadores de programas televisivos tem influenciado
multidões a exercerem essas práticas nefandas e
inescrupulosas. Muitas igrejas têm sido infestadas com esse tipo
de vírus imoral que é identificado pela psicologia apenas como
homossexualidade. Homens e mulheres pervertidos vivem
encharcados na imoralidade sem afeição natural e não sabem
mais o que é ter vergonha.
1. SODOMA A CAPITAL MUNDIAL DO PECADO

Sodoma na língua hebraica ‫ סְ דוֹם‬Sodom e Gomorra


‫מוֹרה‬
ָ ֲ‫ ע‬Amorah. O nome Sodoma encontra se registrado 46

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vezes na Bíblia e significa ”queima”. Antigamente pertencia ao


antigo território cananeu Gn 10.19. Foi uma das cidades da
campina, situada no vale do Jordão. Foi o local onde Ló
escolheu para estabelecer sua residência após a sua separação
do patriarca Abraão Gn 13.1-12. Era uma região fertilíssima
comparada ao jardim do Senhor Gn 13.10. A cidade pelo que
tudo indica era bem planejada urbanamente e continha bairros
Gn 19.4. O encanto da região encheu os olhos de Ló a ponto
de ele mudar para Sodoma. Nessa decisão tomada ele se
tornou o tipo do cristão que vive por vista e não pela fé Gn
13.10; 2 Co 5.7. Existia uma certa espécie de árvore naquela
cidade que produzia um fruto bonito e quando alguém o
apertava sua polpa se derretia parecendo cinza. Assim é o
pecado, parece encantador, mas, o resultado é como uma
espada que transpassa o coração. Em Ap 11.8 deparamos com
uma expressão que diz: “Grande cidade... se chama Sodoma e
Egito”. É uma declaração acerca de Jerusalém. Sodoma
demonstra à devassidão e Egito a escravidão. Sodoma e
Gomorra tornaram se em poderosas representações simbólicas
da maldade humana que exige o castigo divino. De acordo
com o relato de Gênesis foram quatro cidades estados do vale
de Sidim no mar Morto que foram destruidas: Sodoma,
Gomorra, Admá e Zeboim Dt 29.23. Os cidadãos dessas

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cidades foram destruídos por causa da imoralidade


predominante.

2. LÓ OCUPAVA ELEVADA POSIÇÃO SOCIAL EM


SODOMA

Ló encontrava postado na porta principal da cidade como


juiz Gn 19.1,9. Alí segundo fontes antigas os negócios oficiais
eram resolvidos Rt 4.1; os documentos eram preparados; os
casamentos eram realizados e as decisões da justiça eram
promulgadas. Era um local de autoridade e status. Houve um
contraste de Ló assentado na porta de Sodoma e Abraão na
porta da tenda Gn 18.1; 19.1. A influência que exercia fez com
que ele perdesse totalmente o seu testemunho. Ganhou
prestígio, mas, acabou perdendo a visão espiritual e a
liderança familiar. No afã de obter bens materiais quase
perdeu a vida. Se não fosse o apego aos bens terrenos sua
vida teria outro desfecho. Era ele o sal que perdeu o sabor; foi
salvo como que pelo fogo. Ou influenciamos as pessoas para o
bem ou elas nos influenciarão para o mal. Sodoma figura a
sensualidade; o Egito a riqueza e a Babilônia a grandeza e a
arrogância mundanas. Ló tornou o tipo do cristão que anda
fora do lugar determinado por Deus apesar de não levar uma
vida pecaminosa, acabam acostumando com o convívio com
homens transviados.

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2.1. Passos dados por ló que contribuiram para a sua


degradação espiritual

A mente mundana de Ló levou o a fazer três coisas que


quase o destruira: 1º - escolheu a região aparentemente
aprazível Gn 13.11; 2º - “armou suas tendas em Sodoma”
Gn13. 12 e assentou na porta principal Gn 19.1.

2.1.1. Abandonou seu tio Abraão que era um manancial de


influência espiritual. “Ele deveria ter dito e feito como Eliseu:”
Vive o Senhor, e vive a tua alma, que te não deixarei” 2 Rs
2.2.

2.1.2. Foi capturado por Quedorlaomer em Sodoma e


resgatado por Abraão. Após sua libertação deveria voltar a sua
aproximação com ele.

2.1.3. Não há referência de que ele edificasse algum altar.

2.1.4. Não encontramos nenhuma oração feita por ele.

2.1.5. Era passivo em seguir o caminho de Deus.

2.1.6. Foi levado ao Senhor e não o seguiu por decisão


própria.

2.1.7. Abandonou a vida de peregrino por causa dos bens


materiais. Deus fez a chamada à Abraão, e Ló foi apenas

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levado sem nenhuma convocação divina Gn 11.31; 12.4; assim


como Marcos seguiu Paulo e a Barnabé sem ser separado pelo
espírito Santo At 13.5.

2.1.8. O sentimento de ingratidão o dominava em relação a


Abraão.

Ló esteve em três lugares que abalaram a sua estrutura:


Ur, terra de idolatria; Egito, terra de riquezas e Sodoma terra
de promiscuidade. A escolha de Ló foi a péssima decisão
tomada em sua vida. Aquele que era um renomado pecuarista
foi reduzido a morar numa caverna aberta na rocha Gn 19.30.
Para o comentarista bíblico Derek Kidner: “Ló, foi o justo sem
espírito de peregrino”. Ele foi fracassado na vida pública e
quase perdeu a vida, o que se tornou um constraste da
carreira brilhante de José e Daniel. Ló e Sansão foram homens
que tinham tudo para vencer; mas, acabaram perdendo as
forças para o mundo. Ele é o tipo dos crentes salvos como que
pelo fogo durante diante do tribunal de Cristo cuja obra será
queimada.

3. A HOSPITALIDADE DE LÓ FOI REJEITADA PELOS


DOIS ANJOS

A hospitalidade de Ló é demonstrada através de três


verbos: “entrai”, “passai” e “lavai” Gn 19.2; Hb 13.2. Na

219
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recepção dada aos ilustres visitantes podemos notar três


coisas Gn 19.1:

3.1. Visão

“Vendo os”: Apesar de serem idênticas aos homens na


experiência física Ló ainda pode distingui los. A primeira vez
que tinha visto anjos enquanto que para Abraão era comum
essas manifestações angélicas e vozes celestiais.

3.2. Ação

“Levantando se”: Foi necessário ele ter feito aquela


recepção para que não fosse sucumbido na destruição da
cidade.

3.3. Aceitação

“Inclinou se”: Não é bíblica a adoração aos anjos, mas,


ele reconheceu a autoridade daqueles dois visitantes da parte
de Deus. Desde que se separou de Abraão ele não tinha
ouvido mais uma palavra da fé, estava desatualizado desta
experiência de grande relevância. Meu preclaro leitor, quanto
tempo faz que voce não tem contato com a gloriosa presença
de Deus? Os anjos foram até Sodoma com o intuito de
investigar a cidade começando pela casa de Ló o que parece
te-la reprovado. Eles preferiram passar a noite na rua do

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aquartelar na residência de Ló. Os motivos poderiam ser os


que se seguem:

3.3.1. Era convencido e não convertido.

3.3.2. A sensualidade predominava.

3.3.3. O comportamento dos membros da família de Ló era


mundano.

3.3.4. Ofereceu um banquete aos anjos e era um passa fome


espiritualmente Gn 19.3. Ele não tinha nada mais do que a
fartura que os sodomitas posssuiam Ez 16.49. Cozeu bolos
asmos, mas, o fermento em sua vida era a mornidão, a
letargia e o comodismo.

3.3.5. Seu testemunho era inutilizado.

Quando os anjos visitaram Abraão não relutaram em


receber o convite do velho patriarca dizendo: “Assim, faze
como tens dito” Gn 18.5. No limiar da porta da casa de Ló
houve uma resistência por parte deles que disseram: “Antes,
na rua passaremos a noite” Gn 19.2. Apesar de ter convivido
com o profeta Abraão, Ló não aprendeu o caminho da
adoração. Não o encontramos ele edificando altar e
oferecendo sacrifício.

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4. COMO ALGUMAS ENTIDADES MUNDIAIS


IDENTIFICAM O HOMOSSEXUALISMO

4.1. Associação Psiquiátrica Americana APA

Em dezembro de 1973 propôs e aprovou a retirada da


homossexualidade da lista de transtornos mentais e passou a
não ser mais considerada uma doença.

4.2. O Conselho Federal de Medicina do Brasil CFM

Em 1985 retirou a homossexualidade da condição de


desvio sexual.

4.3. A Organização Mundial de Saúde - OMS

Em 1993 retirou o termo "homossexualismo" que dá idéia


de doença e adotou o termo homossexualidade

4.4. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos


Mentais - DSM-IV

Onde são identificados por códigos todos os distúrbios


mentais, que serve de orientador para classe médica,
principalmente, para os psiquiatras, também retirou a
homossexualidade da condição de distúrbio mental nos anos
90.

222
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4.5. O Conselho Federal de Psicologia - CFP


Divulgou nacionalmente uma resolução que estabelece
normas para que os psicólogos contribuam, através de sua
prática profissional, para acabar com as discriminações em
relação à orientação sexual. É importante lembrar que sob o
ponto de vista legal, a homossexualidade não é classificada
como doença também no Brasil.
Sendo assim, os psicólogos não devem colaborar com
eventos e serviços que se proponham ao tratamento e cura de
homossexuais, nem tentar encaminha- los para outros
tratamentos. Quando procurados por homossexuais ou seus
responsáveis para tratamento, os psicólogos não devem
recusar o atendimento, mas sim aproveitar o momento para
esclarecer que não se trata de doença, muito menos de
desordem mental, motivo pelo qual não podem propor
métodos curativos.
4.6. O Conselho de Informação E Educação Sexual dos
EUA

Em 1992, publicou diretrizes nacionais para a educação


sexual nas escolas públicas americanas. Essas diretrizes, de
um dos grupos educacionais particulares de maior prestígio no
país, agora ensinam que "nenhuma forma de orientação
sexual ou estrutura familiar é moralmente superior à outra".
Esse passo de ensinar as crianças americanas a aceitarem a

223
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homossexualidade foi aprovado oficialmente pela Associação


Americana de Medicina.

4.7. Decisão do Parlamento Europeu Em Bruxelas Na


Bélgica

O Parlamento Europeu decidiu que a União Européia


deverá permitir que casais homossexuais casem-se e adotem
crianças. Os estados da União Européia deverão também
estipular a mesma idade mínima para atividades tanto
homossexuais como heterossexuais, de acordo com uma
decisão de que todas as leis que incriminem e discriminem
atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo sejam abolidas.

4.8. BBC de Londres Patrocina A Lua de Mel de


Casamento Homossexual

Segundo um porta-voz da BBC, a emissora concederá aos


funcionários homossexuais que participarem de uma
"cerimônia formal de casamento" uma semana de férias
remuneradas para uma lua-de-mel. Além disso, dará também
aos homossexuais um "vale" no valor de 110 dólares como
presente de casamento.

5. HOMOSSEXUAIS FAMOSOS NA HISTÓRIA


5.1. O imperador Alexandre, o Grande.
5.2. O poeta Mário de Andrade.

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5.3. O imperador Júlio César.


5.4. O cantor e compositor Cazuza.
5.5. A cantora Cássia Eller.
5.6. O imperador Frederico o Grande.
5.7. O cantor e compositor Elton John.
5.8. O cantor Ney Matogrosso.
5.9. O artista Michelangelo.
5.10. A campeã de tênis Martina Navratilova.
5.11. A fundadora da enfermagem moderna Florence
Nightingale.
5.12. O filósofo Platão.
5.13. A poetisa Safo.
5.14. O filósofo Sócrates.

6. A PREVALÊNCIA DO HOMOSSEXUALISMO EM
SODOMA

Dados estatísticos declaram que 50% das prostitutas da


cidade de Santos no Estado de são Paulo estão infectadas com
o vírus HIV. No continente africano existe cidade que mais da
metade da população já apresentou a doença. Se o vírus HIV
tivesse aparecido nos dias de Sodoma todos os moradores
seriam aidéticos. Cerca de 5% da população brasileira é
composta de homossexuais e 20% de bissexuais. A lei mosaica
taxou a sodomia de crime capital ao lado do incesto e da

225
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bestialidade ou zoofilia Lv 18.22; e o apóstolo Paulo frisou


essa maldade com grande veemência Rm 1.26-27; 1 Co 6.10;
1 Tm 1.9-10. Fazia apenas 400 anos que o dilúvio tinha
arrasado a humanidade e o povo já tinha se esquecido do
juízo divino; e no tempo de Ló os de sua geração continuavam
na prática do homossexualismo. Na atualidade estamos
vivendo como nos dias de Ló onde o homossexualismo
predomina em todas as camadas da sociedade, e sua prática
tem sido incentivada e o movimento gay procura de todas as
formas a legalização do casamento entre eles. Nos dias de Noé
ainda havia casamento; mas nos dias de Ló, nem sequer é
mencionado Lc 17.27.

6.1. Os cidadãos de todas as faixas etárias estavam


pervertidos

“Desde o moço até o velho” Gn 19.4. Apesar de serem


inescrupulosos os pecados dos sodomitas foram além porque
tinham uma conduta perversa, sem afeição natural e ingrata.
Sodomia se tornou palavra sinônima das práticas e de
perversões homossexuais. Sodomita é aquele que faz mal uso
dos homens para saciar os desejos pernósticos 1 Co 6.10.

6.2. As características dos sodomitas

6.2.1. Imorais

226
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Eram grandes pecadores Gn 13.13; e o clamor tinha


engrossado 19.13. A expressão “Para que os conheçamos”
19.5 se refere não o conhecimento através das relações
humanas, mas, através da prática homossexual. Desprezaram
as virgens na pretensão de conhecer os dois visitantes ilustres.
O que o homossexual quer fazer com mulheres, sendo o que o
atrái são os homens?

6.2.2. Violentos

Apesar do índice elevado de homossexuais havia um


minúsculo grupo heterossexual na cidade, pois Ló sai na
defesa dos seus hóspedes oferecendo suas filhas virgens para
que não abusassem dos hóspedes, além de ter genros que
viviam na mesma cidade. Foi criticado, afrontado de forma
verbal, ameaçado de homicídio que poderia vir através de um
estupro Gn 19.9. O profeta Ezequiel faz menção de alguns
crimes cometidos pela sociedade sodomita Ez 16.49. A ira dos
sodomitas aumentou quando Ló ofereceu suas duas filhas para
abusos sexuais Gn 19.8. Para um oriental antigo a honra de
uma mulher tinha menor valor do que o dever da
hospitalidade. Se fosse em Gibeá onde havia estupradores as
filhas de Ló seriam sacrificadas sexualmente como foi a
concubina de um levita Jz 19.24. Ele não tinha autoridade
espiritual, e para livrar os hóspedes da fúria da multidão, quis

227
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

resolver um problema pior com um pecado menor. Tudo alí


dependia única e exclusivamente da intervenção divina e nada
mais. Essa ação de Ló não pode de forma nenhuma ser
justificada. Aquele que ofereceu suas filhas para abuso sexuais
dos sodomitas acabou praticando um incesto com elas numa
caverna.

7. OS ANJOS CEGAM OS SODOMITAS

A palavra “cegueira” em Gn 19.11, é conhecida por


cegueira temporal. Os sírios foram feridos com essa mesma
enfermidade 2 Rs 6.18; Saulo de Tarso At 9.9, e o falso
profeta Bar Jesus em Pafos na ilha de Chipre At 13.11. A pior
cegueira dos sodomitas era a espiritual. Cansaram-se para
achar a porta da casa de Ló como achariam com facilidade a
porta do céu Gn 28.17; 2 Co 4.4. Ló fechou a porta de sua
residência para os moradores de Sodoma, mas, a porta de seu
coração estava escancarada para a conivência moral da
cidade. Noé pregou incansavelmente para os seus
contemporâneos e Ló? A vida promíscua dos sodomitas era
tão entorpecida pelo pecado que nem a intercessão de
Abraão, nem os avisos de Ló e a presença dos anjos
acompanhada de milagre tornando-os cegos pode despertá-los
daquele estado de dormência moral e espiritual Gn 19.11.

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8. A FAMÍLIA DE LÓ ESTAVA ENGODADA PELO


SODOMISMO

8.1. O comodismo de Ló

Ele era um comodista mesmo conhecendo a necessidade


de mudança retardou a tomar a decisão de última hora. Ele
falava de juízo e suas palavras não atingiam os corações
empedernidos Gn 19.14. Afirmou Mackintosh: “É inútil falar de
juízo vindouro ao mesmo tempo que temos o nosso lugar, a
nossa parte, e os nossos prazeres, na própria cena que vai ser
julgada”.

8.2. O saudosimo de sua mulher

Era uma mulher mundana de tal forma que as coisas


espirituais para ela não tinha nenhum sentido.

8.3. A zombaria de seus genros

Eles não acreditavam na destruição da cidade por meio


do fogo e zombavam dele; assim, como os antediluvianos não
concebiam que o mundo seria catastróficamente submergido
pelo dilúvio 1 Pe 3.20.

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8.4. A mornidão de suas filhas

Eram mornas e fraquísimas no espirito. Eram criadas no


conhecimento oral acerca de Deus, mas o coração mundano
não deixou nascer a semente da fé e acabou sufocando- a.

9. LÓ E SUAS DUAS FILHAS SÃO RETIRADOS DE


SODOMA

No capítulo 14 Ló foi recuperado pela espada; no capítulo


18, por intermédio da intercessão do velho Abraão. Tem
pessoas que são libertas somente quando mudam de certas
localidades que tem muito a ver com os hábitos e as amizades
que se arraigaram ao longo dos tempos. Como disse R. N.
Champlin: “Para que Deus pudesse tirar Sodoma do coração
de Ló, ele precisou tirar Ló de Sodoma”. É melhor
desprezarmos o mundo do que o mundo nos desprezar.
Quando amamos a Cristo não há dificuldade em
abandonarmos o mundo. Ló começou sua jornada fraco e
passivo sendo levado por Terá e Abraão, por isso que no final
acabou sendo arrastado pelo anjo. Jacó agarrou o anjo para
ser abençoado Gn 32.26; o letárgico Ló foi agarrado e
arrastado pelo anjo para não ser carbonizado com os
sodomitas.

230
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9.1. O que os anjos fizeram para retirar Ló de Sodoma

Ló era um retardatário, quanto mais o anjo insistia, mais


ele demorava Gn 19.16.

9.1.1. Apertaram Gn 19.15;

9.1.2. Pegaram pela mão Gn 19.16;

9.1.3. Tiraram-no Gn 19.16.

9.2. Orientações dadas pelos anjos na trajetória da


fuga Gn 19.17

9.2.1. Não podiam olhar para trás

A maior libertação de um cristão é quando ele perde a


saudade das coisas do mundo. Quem ingressa nas fileiras do
exército de Cristo, a ordem é: avançar sempre, recuar jamais
Lc 9.62.

9.2.2. Não podiam parar na campina

Essa região seria afetada pela erupção vulcânica. No


sentido espiritual a campina é o emblema da indecisão. A
mulher de Ló saiu de Sodoma e não alcançou o monte, parou
na campina. O cristão mundano não consegue ganhar almas e
corre o risco de perder a sua.

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9.2.3. Deviam Refugiar No Monte

Os reis de Sodoma estacionaram nele após a campanha


contra os quatro reis orientais Gn 14.10. Essa localidade é o
símbolo do refúgio e da segurança encontrados na proteção
divina diante das vicissitudes da vida.

10. LÓ QUIS DAR AULA DE SEGURANÇA PARA OS


ANJOS

Ao sair às pressas e entorpecido pelo amor à cidade, Ló


confundiu o lugar de segurança dizendo ser um lugar de morte
Gn 19.18-20. Estava ministrando aulas de segurança para o
anjo. Ló via perigo no monte para onde o anjo indicara e não
percebia o perigo de morte estando em Sodoma. O anjo
permitiu que ele fosse até a pequena Zoar que distava cerca
de 8 km. O Deus que lhe dera o livramento permitiu-lhe seguir
em direção a minúscula Zoar. Deus nos concede grandes
coisas e tem hora que nos outorga coisas pequenas. Ló era
dificil de escolher o lugar certo. Primeiro foi habitar em
Sodoma e quando saiu de lá foi acampar em Zoar. Se o cristão
não estiver no lugar certo até mesmo o anjo do Senhor será
impedido de operar em sua missão Gn 19.22. O sobrinho de
Abraão estava sodomizado. Ao sair da cidade de Sodoma quis
habitar em Zoar que não ficava distante dalí. Quando o
homem é libertado do pecado tem de afastar para longe dos

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

amigos de farra e das coisas que o prendiam. Ló diante de


Abraão fez escolhas espertas e ao sair de Sodoma ele teve que
ser arrastado pelo anjo. De que valeu ser espertalhão?
Podemos afirmar prempitoriamente que Ló foi um homem
justo derrotado 2 Pe 2.6-9.

11. A MULHER DE LÓ FOI TRANSFORMADA EM


ESTÁTUA DE SAL

Os nomes das esposas dos patriarcas aparecem arrolados


várias vezes nas Escrituras: Sara 54; Rebeca 31 e Raquel 46.
O nome da mulher de Ló não se encontra registrado nenhuma
vez, porque ela não fez a diferença em seus dias. Ela estava
fora da cidade, mas, o coração estava nos bens que possuia
em Sodoma. A expressão “olhou para trás” Gn 19.26, denota
apego à luxúria que para ela era mais importante do que o
livramento gratuito de Jeová. Olhar para a vaidade do mundo
paralisa as nossas pernas no trajeto da Canaã celestial. Essa
senhora é o tipo daqueles que olham para trás, com lamento,
porque deixaram o mundo. Não poderemos chegar à Canaã
celestial sentindo ainda saudades do mundo e suas
concupiscências Mt 6.24.

A língua hebraica diz que a mulher de Ló converteu- se


em bloco de sal Gn 19.26. De acordo com o Talmud esse sal
provoca cegueira quando esfregado nos olhos. Ela tinha sal no

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

corpo todo e não apenas nos olhos. Símbolo de cegueira e


infertilidade espiritual. Existem várias colunas de sal na parte
meridional do mar morto, que receberam o nome de “mulher
de Ló”. A síndrome da mulher de Ló no tempo do fim já fora
advertida por Cristo Lc 17.32. Charles Pfeifer disse: “A mulher
de Ló ficou, uma silenciosa sentinela do egoísmo sórdido”. Ela
não poderia escapar com vida porque seu coração estava
aprisionado no materialismo sodomita. Quando ela se
transformou em estátua de sal quer significar que ela perdeu
sua utilidade no reino de Deus e acabou se tornando um sinal
de desonra. O sal quando petrifica perde o sabor. O olhar
da mulher de Ló pode nos ensinar que não é fácil romper com
um vício passado. Ló vivia num estado de mornidão espiritual
e não podia contar com o incentivo de uma mulher que só
serviu para se tornar numa estátua de sal. Na fuga de Sodoma
ela ficou atrás de Ló seu marido. Não tinha pernas de uma
peregrina espiritual, mas, sofrera uma letargia na fé. O casal
deve exercer a fé cristã juntos. É indispensável que todos
tenham o mesmo compromisso no reino de Deus. Irmã não
fique para trás em relação à fé, caminhe junto com seu
esposo. Ela ficando para trás estava menos disposta do que
Ló. Se ela estivesse do lado demonstraria a vontade de
escapar da capital do pecado. O sal em forma de pó
aumenta a sua eficácia, mas, na forma de estátua jamais!

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Transmudar em estátua de sal não é honrroso, e sim, um


opróbrio.

12. A DESTRUIÇÃO DE SODOMA

O fogo do juízo aplicado à sentenciada Sodoma veio de


cima e debaixo como ocorrera no dilúvio: “Romperam todas as
fontes do grande abismo e as janelas dos céus se abriram” Gn
7.11. Além do fogo e o enxofre consumirem aquelas cidades
promíscuas, vieram também às águas com 26% de sal e
cobriram toda aquela desonra para sempre. Podemos ver
nesse ato da natureza que o pecado atrai desastres. No juízo
final os moradores de uma cidade serão julgados mediante a
oportunidade que tiveram e o tratamento que deram para com
a pregação da Palavra de Deus Mt 11.23-24. Billy Graham
declarou enfaticamente: “Se Deus não condenar e destruir
esta geração, Ele terá que pedir perdão para Sodoma e
Gomorra”.

12.1. Mudanças geológicas ocorridas com o juízo De


Deus No Vale Sidim

O vale de Sidim ocupava uma área de forma arredondada


na parte sul do mar Morto, que modernamente se encontra
submersa pelas suas águas salgadas. A região é conhecida no
idioma hebraico de Kikkár que quer dizer "bacia". A pequena

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Península na parte leste do mar Morto é conhecida em árabe


de El-Lisan que significa "a língua". Desde a península de El-
Lisan no extremo sul, se estenderia o Vale de Sidim. Registra
uma profundidade de 15 a 20 metros, enquanto para norte da
Península, o fundo desce rapidamente para uma profundidade
de 400 metros.

Segundo os arqueólogos mais abalizados situa-se numa


importante falha tectônica que desce a abaixo do nível médio
do mar. A destruição ocasionada poderia muito bem ter sido
originada por um forte abalo sísmico que terá originado
atividade vulcância. Depósitos de betume e petróleo foram
descobertos na região do mar morto e também a presença de
alguns gases que se forem acesos poderão provocar explosões
Gn 14.10. Alí tinha também betume que era asfalto, pez
produto de petróleo, preto e lustroso, fusível e inflmável.
Outros arqueólogos acham que um forte terremoto além de
ter arrasado estas cidades provocou uma mudança geológica
no nível terráqueo ocupado por elas e que foram submersas
pelas águas caudalosas do mar Morto. Os geólogos Grahan e
Anthony Berardow em cooperação com o Departamento de
Antigüidades de Amã, os cientistas fizeram a descoberta na
Península de Lisan, no leste do mar Morto, na Jordânia e
descobriram que Lisan, teria sido o epicentro de um terremoto
de maior que seis na escala Richter na mesma época da

236
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

destruição de Sodoma e Gomorra. Segundo estes geólogos, o


terremoto provocou efeitos que levou ao engolimento das
construções. Os restos de Gomorra estariam debaixo das
águas do mar Morto. Com a explosão nessa região
esvoaçaram vários minerais tais como: cloreto de magnésio;
cloreto de sódio; cloreto de cálcio; cloreto de potássio e
brometo de magnésio.

12.2. Pesquisas arqueológicas realizadas na localidade


de Sodoma

O arqueólogo Paul Lapp, juntamente com a sua equipe,


realizou a primeira escavação e encontrou o cemitério da
cidade que ficava a um quilômetro de distância do centro de
Sodoma. Um detalhe é bem sugestivo: na região da cidade
foram encontradas várias camadas de cinza com alguns
metros de espessura! Nesse juízo teribilíssimo foram
encontrados dois dos elementos o fogo e enxofre que estarão
aterrorizando os perdidos no Lago de Fogo Ap 20.10.

13. O PECADO DE INCESTO COMETIDO NA CAVERNA

A embriaguez é encorajadora e a porta aberta para


muitos pecados causando feridas e desonras permanentes. O
alcoól leva os homens a praticar certas mazelas que quando
estão sóbrios nem sequer pensariam. William Shakespeare

237
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

disse: “O espírito invisível do vinho, já que não tens nome eu


te chamarei de demônio”. O estado de embriaguez não apenas
deixa o homem esquecido, como também que ele seja
esquecido. O efeito etílico em Ló e suas filhas não foi menos
do que o entorpecimento espiritual dos moabitas e amonitas.
O incesto praticado por Ló já com aproximadament 65 anos foi
tão escandaloso que acabou colocando a culpa no vinho Gn
19.33. Como que um homem pode ejacular numa relação
sexual e prostituir com as duas filhas e não perceber? A
herança que Ló levou de Sodoma foi o alcoól para aprontar
aquela grande desmoralização. O incesto cometido entre Ló e
suas duas filhas gerou duas nações extremamente inimigas de
Israel: Moabe e Amom, que seriam assoladas como as duas
cidades condenadas Sodoma e Gomorra Dt 23.3; Sf 2.9. A
família de Abraão morava distante dalí no máximo 50 km na
fronteira com o deserto do Neguev. As filhas de Ló poderiam
muito bem encontrar seus futuros maridos em meio aquela
família. Esta foi uma amostra de que aceitaram os padrões
morais de Sodoma. Muitos pecados podem ocorrer quando
queremos resolver problemas deseperadamente Lv 18.6-18;
Dt 22.30; Ez 22.11.

A sedução carnal que levou Ló ao incesto, fez com que


ele contribuisse futuramente no negócio de Peor Nm 25; e
com maior perversão religiosa o culto a Moloque Lv 18.21.

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Moabe no hebraico Me - Av “do pai” e Ben - Ami “filho do


parente”. A filha mais velha de Ló não quis pecar sozinha e
acabou induzindo a mais nova a cometer o mesmo delito.
Cuidado com parentes devassos! A caverna de Ló se tornou
em antro de pecados que se fosse no Brasil ele seria recolhido
e passaria alguns anos na cela fria de uma prisão.

CONCLUSÃO

Apesar de Ló ter sido chamado de justo pela apóstolo


Pedro, ele havia perdido o senso de moralidade e de vergonha
2 Pe 2.6-9. É triste dizer que Ló não pode gerar um Isaque
para Deus, mas moabitas e amonitas. Que tristeza! Devemos
viver neses últimos dias com total vigilância e santificação para
não sermos envergonhados na volta de Cristo e sermos
condenados com este mundo transviado.

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20

MENSAGEM
TEMA: O CLAMOR DA MEIA NOITE
TEXTO: Mt 25.1-13

INTRODUÇÃO
O propósito fundamental da parábola das dez virgens que
faz parte do grupo das parábolas da parousia ou escatológicas
é admoestar acerca da diferença entre os cristãos fidedignos e
os cristãos nominais da necessidade premente de estarem
atentos e vigilantes para a iminente vinda do Senhor Jesus
para arrebatar Sua igreja fiel na terra. Os dois grupos de
virgens representam as duas classes de pessoas que
professam esperar a volta do Senhor Jesus. São chamadas de
virgens porque professam a fé pura. O grande objetivo dela é
despertar-nos, para que estejamos preparados para a vinda do
noivo. É necessário que a nossa luz esteja fortemente
brilhando, e que sejamos abastecidos com a vida de Cristo
vivamente presente em nós.

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1. A TIPOLOGIA PROFÉTICA DOS NÚMEROS 5 E 10


1.1. Número cinco
Esse número não trata de 50% de fiéis e infiéis, e, sim,
indica que os cristãos têm a responsabilidade de serem
vigilantes e cheios do Espírito.
1.2. Número Dez
1.2.1. Os dez mandamentos foram divididos em dois grupos
de cinco.
1.2.2. Não se contratava o casamento entre os judeus com
menos de dez pessoas Rt 4.2.
1.2.3. Era o número regular de pessoas na família para a
celebração da páscoa.
1.2.4. Era dez pessoas o mínimo exigido para fundar uma
sinagoga.
1.2.5. O número das cordas da harpa tinha que ser dez para
produzir um som harmonioso.
2. AS DUAS CATEGORIAS DE VIRGENS
As virgens eram damas de honra oficiais da noiva. Na
linguagem teológica paulina o termo “virgem” aplica se
aqueles que professam uma fé genuína e que vivem sem
contaminar as suas vestes espirituais com o vírus fétido do
pecado e da corrupção mundana 2 Co 11.2.

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2.1. As cinco prudentes


A prudência é sinal de sabedoria! Em Pv 9.9-10 lemos:
"Instrua o homem sábio, e ele será ainda mais sábio;... O
temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento
do Santo é entendimento." A marca elogiável dessas virgens
foi à prudência em se preparar para a chegada do noivo com
as lâmpadas acesas e reserva de azeite em suas almotolias.
2.2. As cinco loucas
Eram loucas porque não estavam providas de azeite para
o cortejo noturno. A ausência de azeite demonstrava
negligência, despreocupação e descuido. As loucas
representam as pessoas que professam a fé cristã de maneira
nominal, mas, que não tem a graça divina e o fervor do
Espírito Santo. Essas cinco virgens displicentes esqueceram-se
de se prepararem adequadamente, por isso, não participaram
da festa no salão das bodas Jr 2.32. Insensatas quer dizer
ignorantes, desmazeladas, loucas, irresponsáveis. Isto nos leva
a pensar que devemos ter nossas próprias experiências com
Deus e buscarmos nEle o suprimento que precisamos para não
andarmos com muletas alheias! Não é suficiente apenas estar
junto a Cristo, mas, sim com e em Cristo. Cinco, porém, estão
desprevenidas, despreparadas. Cruelmente desprevenidas.

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3. O PERIGO DE NÃO SE TER RESERVAS PARA O


CORTEJO NUPCIAL
3.1. As lâmpadas bruxuleavam
De nada vale a etiqueta religiosa se faltar no coração o
combustível quente do Espírito Santo que aquece a vida de um
fiel Adorador. De quinze em quinze minutos os trapos tinham
de ser encharcados de azeite para manter a tocha acesa. A
fachada religiosa de um cristão leviano não passa no teste da
espera do noivo porque a luz vai apagando aos poucos por
faltar o azeite. Cada cristão é um sacerdote da nova aliança
que deve manter o brilho de seu candelabro espiritual sempre
em ordem.
3.2. As almotolias estavam vazias
As insensatas pegaram suas lâmpadas, mas não levaram
óleo." Azeite na Bíblia é o símbolo do Espírito Santo que
sustenta a chama da fé, a luz do amor, o conhecimento da
Palavra de Deus, a esperança, o amor, o zelo, a paciência e a
firmeza em nossa vida.
3.3. O empréstimo de azeite foi recusado
O que recebemos do trono da graça é uma possessão
pessoal e intransferível. Nobre leitor! Você é o capitão do seu
próprio destino neste momento final. Não podemos tomar
emprestado a bênção ou a abundante graça de um irmão,
nem dar vida espiritual ao próximo: É só Jesus, pelo Seu

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Espírito! A nossa vida de comunhão com o Senhor deve ser


constante e não como uma coisa de última hora.
3.4. A compra de azeite fora de hora
As virgens prudentes aconselharam as néscias irem fazer
a compra do azeite. Comprar é ter um coração sincero,
perseverante, oração intensa e santificação implacável. Era o
tempo de queimar o azeite e não de ir compra lo. A intenção
parecia boa; mas, o tempo não permitia por causa da aparição
surpreendente do noivo. Toda preparação de última hora está
fadada ao fracasso e ao prejuízo. Comprar é pagar o preço da
busca incessante. Comprar é abandonar o mundo por meio da
vigilância, santificação, destronar o ego, orar intensamente,
jejuar com humildade e amar a Cristo. Deus convida a buscar
nEle o suprimento que precisamos: vinho e leite Is 55.1; ouro
provado no fogo e vestes brancas Ap 3.18.
4. AS VIRGENS PRUDENTES ERAM ABASTECIDAS E
TINHAM RESERVAS DE AZEITE PARA AS SUAS
LÂMPADAS
4.1. As lâmpadas estavam abastecidas
Como as prudentes devemos irradiar a luz de Cristo nas
trevas. Os crentes são lâmpadas neste mundo tenebroso Mt
5.14-16; Fp 2.14-15; Ap 1.20. O azeite é o Espírito Santo Zc
4.2,6; At 10.38; 1 Jo 2.20,27. O combustível que mantém a luz
acesa é a fé, a esperança, o amor não fingido, o zelo

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espiritual, o conhecimento da Palavra, a paciência e a


perseverança. A semelhança dos sacerdotes no tabernáculo de
Moisés precisamos no mínimo medir a quantidade de azeite
em nosso coração para que a nossa lâmpada espiritual não se
apague. A lâmpada é o espírito do homem Pv 20.27; Rm
8.9,16. Preparar as lâmpadas era: reabastecer de azeite e
remover o borrão. Cada uma com sua lâmpada encontramos
aqui a preparação individual. O problema sério das virgens
néscias, não é porque dormiram, e, sim, por estarem
desprovidas de azeite.
4.2. Tinham reservas em suas almotolias
As prudentes representam os crentes que têm azeite de
reserva, que buscam experiências novas e mais profundas com
Deus para a hora de provação. Devemos buscar o enchimento
com o Espírito Santo: "Não se embriaguem com vinho, que
leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito,
falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais,
cantando e louvando de coração ao Senhor" Ef. 5:18 e 19.
4.3. Era o noivo que se dirigia para a casa da noiva
para a cerimônia nupcial
Cristo virá ao nosso encontro porque a decisão é Sua
própria. Ele nos escolheu, e, Ele mesmo sabe o dia
determinado. O papel da igreja como noiva é estar alerta.

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4.4. O noivo ia acompanhado por amigos em busca da


noiva na casa de seu pai
Jesus o nosso noivo amado virá buscar Sua noiva
acompanhado com um exército de anjos.
4.5. Entraram galantemente na festa das bodas
A festa de casamento geralmente perdurava por um
espaço de sete dias Jz 14.12. A festa das bodas do Cordeiro
durará sete anos com muita alegria ininterrupta nos ares Ap
19.19. Podemos ver aqui a entrada da igreja na glória por
ocasião do arrebatamento At 14.22; 2 Pe 1.11; Tg 2.5.
5. COISAS QUE A DEMORA DO NOIVO PROVOCOU
Cristo é o esposo querido que nos ama de forma
incondicional, marcante e eterna Mt 9.15; Jo 3.29. Cristo virá
na hora certa determinada pelo Pai de acordo com o Seu
relógio profético. Essa tardança faz notório o intervalo entre a
Sua ascensão e o arrebatamento que é a primeira fase da
parousia. O Senhor Jesus ainda não voltou por dois motivos:
Ele está esperando que os Seus se preparem espiritualmente
para não serem surpreendidos em Sua volta; e porque muitos
têm promessas a serem cumpridas. Provamos nossa
fidelidade com nossa perseverança e fé. Sua vinda não era
para ser imediata, mas de repente. O dia da vinda do Noivo,
Jesus, não nos é revelado para que cada dia seja para nós da

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maior importância. Apesar de Cristo parecer estar tardando,


Ele virá buscar a igreja, a noiva, no tempo do Pai!
5.1. Tosquenejamento e adormecimento
A vinda de Cristo será tão repentina que não dará
oportunidade para corrigir as deficiências que serão
demonstradas durante esse evento de grande magnitude.
Quanto elas tosquenejaram o sono foi lento; e, depois o
estágio piorou conduzindo a um sono contínuo. As prudentes
foram apanhadas no sono, mas, estavam preparadas para o
cortejo do noivo. As damas de companhia da noiva
adormeceram, talvez pelo cansaço de esperar a vinda do
noivo. Este "adormecer" para nós significa os demais afazeres
do cotidiano que nos envolvem; mas devemos estar
preparados e atentos. A tendência humana é sempre deixar
para depois, protelar as coisas que precisam ser feitas.
Dizemos: "Preciso mais comunhão com Deus e reabastecer
minha lâmpada, assim terei meu caminho iluminado. Amanhã
vou começar um programa mais intenso de oração". Mas, no
dia seguinte, deixamos para um outro dia.
6. O GRITO ESTRIDENTE QUE PRENUNCIAVA A
CHEGADA DO NOIVO
6.1. O Horário
“À meia noite” V.6: Este é o horário quando os
ponteiros do cronômetro ficam sobrepostos indicando o

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momento que os homens têm menos esperança e resolvem


descansar. A meia noite fala de crise universal; sono espiritual
predominante; trevas e confusão; amor esfriado e inexistência
de fé genuína.
6.1.1. Os primogênitos egípcios foram feridos a meia noite Ex
12.29.
6.1.2. Sansão trancou e arrancou às portas de Gaza a meia
noite Jz 16.3.
6.1.3. Rute fez Boaz estremecer na eira a meia noite Rt 3.8.
6.1.4. A criança de uma das prostitutas foi tirada do lado à
meia noite 1 Rs 3.20.
6.1.5. A meia noite é o momento de muita perturbação Jó
34.20.
6.1.6. A meia noite é o momento de agradecer a Deus por
aquilo que passou e por aquilo que há de vir Sl 119.62.
6.1.7. O amigo importuno foi acordar o proprietário da casa a
meia noite Lc 11.5. É o símbolo do combate ininterrupto na
batalha da oração.
6.1.8. As estruturas do cárcere filipense foram estremecidas a
meia noite At 16.25.
6.1.9. A meia noite Êutico caiu da janela do terceiro andar de
um cenáculo na cidade de Trôade na Mísia e morreu At 20.9.
6.1.10. Os tripulantes a bordo do navio açoitado no mar
Adriático perceberam um lugar de terra a meia noite At 27.27.

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Assim como o Noivo da parábola poderia aparecer a


qualquer hora da noite, o Senhor Jesus virá de maneira
surpreendente por ocasião do arrebatamento. A chegada do
noivo foi à meia noite; que é à hora mais tenebrosa. A vinda
de Cristo será no momento mais sombrio na história da
humanidade.
6.2. O Grito
“Aí vem o esposo!” V.6: O grito trouxe muita alegria
para umas enquanto que para outras se tornou motivo de
angústia desesperadora. O grito aponta para a voz estridente
e gloriosa do arcanjo Miguel 1 Ts 4.16.
6.3. A Ordem
“Saí lhe ao encontro” V.6: Somente tomarão essa
atitude aqueles que tiverem seus nomes escritos no livro da
vida e que tiverem azeite da unção espiritual.
7. A PORTA DO SALÃO DAS BODAS FOI FECHADA
O atraso das cinco néscias displicentes custou a não
entrada no salão das bodas. Para a tristeza angustiante delas,
só conseguiram preparar as lâmpadas quando não havia mais
necessidade de utilizá-las. Após a porta fechada não adiantará
gritos frenéticos e lamentações tardias e injustificáveis Lc
13.25. A porta da arca de Noé foi fechada por fora pela mão
do Senhor e a oportunidade para os antediluvianos foi vedada
Gn 7.16. A hora da oportunidade é hoje e agora! A expressão

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“Fechou-se a porta”, encontrada na parábola das dez virgens


no verso 10, é uma das expressões mais tristes nas Escrituras.
Ela retrata a exclusão final e eterna, do céu, de todos os que
estiverem perdidos quando o Senhor retornar. Cinco serão
surpreendidas, aterrorizadas. Cinco serão encontradas fora do
recinto do banquete. No dia final, muitos hão de dizer: Por que
estamos do lado de fora? Nós sempre fizemos o que Deus
queria? Nós não profetizamos em Teu nome? E em Teu nome
não expulsamos demônios? E em Teu nome não fizemos
maravilhas? Mt 7.22-23. Foi fechada a porta da oportunidade.
O noivo chega, as virgens preparadas entram com ele para a
festa, e a porta é fechada. De nada adianta as insensatas
clamarem diante da porta: "Senhor! Senhor! Abre para nós!"
O noivo responde que não as conhece. Todas as cinco
ocorrências da expressão "Senhor! Senhor!" na Bíblia são de
pessoas que não crêem em Jesus e nem o esperam Mt 7.21-
22; 25.11; Lc 6.46; 13.25.
7.1. A Declaração Dada Às Retardatárias
“Não vos conheço” V.12: Essas palavras são as mais
tristes que os homens irão ouvir quando forem rejeitados na
volta de Cristo. Essa era uma expressão usada por um rabino
para suspender um aluno das aulas por uma semana. Cristo o
Rabone celestial usará essa frase de repúdio para os
vagarosos, os incautos e despercebidos quanto à vida

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espiritual. O anfitrião declarou de forma enfática: “Não vos


conheço.” As néscias foram abandonadas ao relento na vida
solitária, nas trevas da noite. Os que não tiverem preparados e
não forem arrebatados ficaram na íngreme noite da grande
tribulação gritando a esmo e lamentando do descuido da vida
espiritual.
8. O DIA DA VINDA DE CRISTO CONTINUA SEM DATA
Cristo nos disse que virá, mas, não revelou quando, para
que nunca tiremos nossas roupas nem apaguemos nossas
lâmpadas espirituais.
8.1. Homens que preveram a volta de cristo e foram
envergonhados
8.1.1. Guilherme Muller 1843.
8.1.2. Charles Taze Russel 1914.
8.1.3. William Marrion Branham 1977.
8.1.4. Miranda Leal 2000.
Eles foram atrevidos e dataram a volta de Cristo e foram
decepcionados. Seus sucessores quiseram justificar a errata
cronológica, e acabaram explodindo o furúnculo escatológico.

CONCLUSÃO
Essa parábola demonstra a diferença entre os cristãos
fiéis e os rotulados nominais. Os cristãos fiéis que aguardam a
volta de Cristo precisam estar com a chama do avivamento

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acesa tal qual os trezentos de Gideão com suas tochas em


pleno campo de batalha Jz 7.16. Amém!

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21

MENSAGEM
TEMA: IRÁS TU COM ESTE VARÃO?
TEXTO: GN 24.58

INTRODUÇÃO

A cerimônia matrimonial de Isaque com Rebeca a aramita


é o mais belo quadro tipológico do casamento entre Cristo e
Sua igreja que será concretizado nos ares após o
arrebatamento. Deparamos no capítulo 24 de Gênesis detalhes
minuciosos e convincentes que enriquece a literatura
escatológica. Aquele áureo dia é aguardado pelos cristãos com
muita expectativa. Veremos nesta mensagem fulgurante a
inocência, a beleza e a destreza de Rebeca que são virtudes
imortais que devem ser encontradas na igreja triunfante do
Divino Emanuel. Mais do que desejar a volta do Noivo amado
é estar preparado para o clamor da meia noite, e, estar alerta
para dizer de forma decisiva como declarara Rebeca: “Irei”.

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1. O CASAMENTO DE ISAQUE FOI UM PROJETO DE


ABRAÃO

No capítulo 22 de Gênesis Isaque é oferecido em


sacrifício, um tipo de Cristo no Calvário; no capítulo 23 ocorre
a morte de Sara; ilustra a nação de Israel posta de lado por
ter rejeitado o Messias; e no capítulo 24 Eliézer é uma figura
do Espírito Santo que está preparando e enfeitando a igreja.

1.1. A idade cronológica de Abraão

Abraão era já velho com aproximadamente 140 anos e


Isaque 40 Gn 21.5; 25.20; e viveria mais 35 após o casamento
de seu filho 25.7. Estava bem velho e adiantado em idade Gn
24.1. Fala da eternidade e das riquezas de Deus. Existem
indivíduos que chegam à velhice e seus dias são poucos.
Outras morrem jovens, mas, tem muitos anos de vida porque
fazem à diferença deixando marcos na história. Abraão foi
abençoado duplicadamente: envelheceu e contou muitos dias
Sl 90.12.

1.2. A fé providencial do patriarca

O pai da fé cria que o Deus da provisão que forneceu o


carneiro travado pelas suas pontas no cimo de um dos montes
na terra Moriá Gn 22.12, providenciaria uma esposa para
Isaque na Mesopotâmia. O projeto prioritário de Deus na

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eternidade foi preparar a igreja como noiva de Seu Filho Jesus


Cristo Mt 9.15; Jo 3.29; Ef 1.4. Deus planejou a igreja; o
Espírito Santo executou e o Filho consumou.

1.3. O assunto secreto entre Abraão e o mordomo


eliézer
Rebeca seria preciosa para Isaque e o assunto do
casamento foi tratado de maneira secreta. A igreja é uma
pérola de grande preço e o tratamento dado a ela é de
maneira confidencial porque o mundo não conhece o plano da
salvação e seu relacionamento intrínseco com Cristo que é
identificado como mistério Ef 5.32.

1.4. O casamento misto foi repudiado por Abraão

Tanto Abraão quanto o apóstolo Paulo se preocuparam


com o casamento misto Gn 24.3; 2 Co 6.14. A esposa de
Isaque não poderia segundo o projeto de Abraão ser uma
cananéia, e, sim, alguém de sua parentela. A igreja de Jesus é
santa e não pode fazer parte do ecumenismo e nem do
Conselho Mundial de Igrejas e nem tampouco da grande
prostituta apocalíptica Ap 17. Enquanto Abraão se preocupou
de que seu filho não casasse com uma cananéia; Agar
arrumou uma egípcia para Ismael Gn 21.21. As filhas dos
cananeus tipificam a atraente sensualidade das mulheres
mundanas.

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1.5. O juramento entre Eliézer e Abraão é firmado

A providencia de uma noiva para Isaque foi garantida por


um juramento Gn 24. 2-3; 3.10-11. Se o voto sagrado fosse
violado os futuros descendentes vingariam à deslealdade de
Eliézer. Observe que este juramento para providenciar a noiva
foi feito antes de Abraão enviar o servo à Harã.

2. O TRAJETO DA VIAGEM DE ELIÉZER ATÉ HARÃ

A viagem do servo de Abraão à Harã na Mesopotâmia foi


pautada pela oração, adoração e muita submissão. O
vocábulo Harã quer dizer “terra alta”. Esta cidade estava
localizada na Alta Mesopotâmia. Em Harã residiu Terá pai de
Abraão que havia emigrado de Ur dos caldeus Gn 11.31; daí, a
razão de ser chamada: “Sua terra” Gn 26.43; 29.4. Do sul de
Canaã até Harã a distância era de 800 km; e, a viagem durava
35 dias.

2.1. Eliézer voltaria com a noiva de Isaque por algumas


razões:
2.1.1. A fé e o pedido de Abraão seriam inegáveis pelo
Senhor;
2.1.2. Abraão cuidou para que sua linhagem não se tornasse
paganizada: Abraão - Isaque - Cristo.

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2.1.3. O Anjo do Senhor estaria diante de Eliézer em sua


jornada Hebrom - Harã.

2.1.4. Eliézer teve um bom encontro com Rebeca porque vivia


prostrado em adoração Gn 24.12,26, 52, e, sua missão foi
cheia de sinais Gn 24.21.

Nessa dimensão espiritual de todos os envolvidos na cena


a missão do servo jamais seria fadada ao fracasso. O nome
Eliézer significa “Deus é o meu auxílio”. Ele é o tipo do Espírito
Santo que tem nos auxiliado em nossa jornada, e, em nossas
tarefas cotidianas a serviço da causa do Mestre. A fidelidade
desse mordomo e sua competência para realizar os negócios
de seu senhor eram traços marcantes e inapagáveis em sua
vida. As características do mordomo damasceno Gn 15.2,
foram entre muitas as seguintes: confiável; precavido;
consagrado, obediente; prudente; conquistador; convincente e
pontual em sua missão.

3. ISAQUE O HERDEIRO LEGAL DAS RIQUEZAS DE


ABRAÃO

O nascimento de Isaque ocorreu por meio da intervenção


divina como também seu casamento. Ele foi herdeiro de tudo
que Abraão possuía Gn 24.34-36. Cristo recebeu como
unigênito do Pai a herança celestial de todas as coisas no

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universo Mt 21.38; 28.18; Jo 16.13-15; Rm 8.17; Hb 1.2.


Isaque foi um tipo de Jesus em tudo: era filho unigênito; foi
amado e oferecido em sacrifício. Isaque é o tipo de Cristo, o
Noivo, que apesar de não ser visto pela igreja é amado e
adorado por ela 1 Pe 1.8.

3.1. Eliézer administrava o patrimônio de Abraão

O servo possuía um mostruário e gerenciava todas as


riquezas do patriarca Gn 24.10. O Espírito Santo administra
todas as riquezas de Deus repartindo aos crentes da maneira
que lhe apraz 1 Co 12.11. As benesses celestiais que temos
adquirido é apenas uma pequena amostra daquilo que
haveremos de herdar na eternidade 1 Co 2. Eliézer o mordomo
fiel da casa de Abraão não exaltou a si mesmo, mas ao seu
senhor Gn 24.3-5.

4. O ENCONTRO DE ELIÉZER COM REBECA

O nome Rebeca no hebraico “ribqah” significa “corda com


laço” ou “donzela cuja beleza prende os homens”. É
identificada em Gn 24.14 por “donzela”, no hebraico “almah” e
no grego “párthenos” tem o sentido de virgem. Rebeca é o
tipo da igreja pura e santa 2 Co 11.2; Ef 5.25. Os camelos
ajoelhados representam os pastores, obreiros e missionários
que intercedem pelas almas, carregando-as pelo deserto deste

258
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mundo através dos dons ministeriais Gn 24. 11; Ef 4.11.


Somente de joelhos os obreiros conseguirão conduzir o povo
escolhido até Cristo através de um ministério profícuo e
intercessório Jl 1.13; Ef 1.16; 1 Ts 1.2; 2 Tm 1.3.

4.1. As características pessoais de rebeca

4.1.1. Formosa

Além da beleza corporal Rebeca era portadora de uma


formosura interior. A aparência tem a sua importância; mas,
as virtudes dela seriam necessárias para complementar à vida
de Isaque. A bondade, o amor, o perdão e a paciência são os
cosméticos do centro de beleza de Jeová. É triste para uma
mulher possuir apenas beleza estética! A simetria de Rebeca
tipifica a igreja adornada pelo Espírito Santo que será
apresentada ao noivo naquele áureo dia 2 Co 11.2; Ef 5.27.

4.1.2. Virgem

Ela era pura como a igreja verdadeira de Cristo 2 Co


11.2. Podemos ver aqui um contraste entre ela e a falsa
religião do fim intitulada de grande prostituta Ap17.

4.1.3. Comunicadora

As mulheres antigamente não conversavam com os


homens em público como é costume no Irã nos dias atuais Jo

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4.27. Rebeca dialogou com Eliézer durante o período em que


ela tirava água na fonte e acabou até mesmo revelando a sua
genealogia próxima Gn 24.14-15. O cristão como participante
da igreja de Cristo com a missão de pregar o evangelho a toda
criatura deve ser um comunicador sábio 1 Co 9.22, Cl 4.6.

4.1.4. Habilidosa

Após receber os presentes junto á fonte ela correu para


dar as boas novas aos membros de sua família Gn 24.28.
Quem tem o verdadeiro encontro com o Jesus através do
Espírito Santo Espírito Santo não consegue ficar calado em
hipótese alguma Jo 4.28-30; 1 Ts 2.13; 2 Tm 2.9.

4.1.5. Trabalhadora

Além de dar água para o servo de Abraão e os seus


acompanhantes, dessedentou também dez camelos. Um
camelo bebe sessenta litros de água; sendo assim, ela tirou
600 litros. Rebeca nessa ação exaustiva junto à fonte retrata a
igreja no final dos tempos que evangeliza e que está imbuída
nas missões mundiais de embeberar as nações com a água da
vida Pv 25.25; Is 44.3; Is 21.14.

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4.2. Os três passos dados por Rebeca na fonte

Essa agilidade apresentada por Rebeca ilustra de forma


fulgurante a igreja batalhadora e fiel nesta última hora Gn
24.16; Jd 3.

4.2.1. Desceu

Temos que descer do pedestal do orgulho e da vaidade se


quisermos ser usados por Deus de forma brilhante! 1 Pe 5.5.

4.2.2. Encheu

A igreja do arrebatamento precisa ser cheia da água da


Palavra, do fogo, dos dons espirituais e do fruto do Espírito At
1.8; Ef 5.18; 1 Pe 1.8.

4.2.3. Subiu

A esperança da igreja vencedora é partir deste planeta


rumo à cidade celestial sem sentir saudades daqui Hb 11.16.

5. ELIÉZER ENTREGA PRESENTES PRELIMINARES À


REBECA JUNTO À FONTE

Rebeca foi agraciada com os presentes do servo de


Abraão junto à fonte de Harã. A fonte antigamente ficava
cerca de 2 km da cidade na beira da estrada principal. Junto a
ela, muitas amizades eram conquistadas e também um lugar

261
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de diálogo entre os pastores que abeberavam os rebanhos.


Segundo os costumes orientais uma moça buscava água ao
entardecer. O poço de Harã é um tipo das bênçãos recebidas
no momento da salvação Is 12.3; Jr 17.13; Zc 13.1; Jo 4.14;
Ap 7.17; 21.6. Aqueles presentes recebidos eram de noivado.
A moça não foi procurada por Eliézer em lugares de conversas
frívolas e de diversão, mas, junto à fonte onde ela pudesse
estar ocupada. Foi declarando acerca da pessoa de Isaque e
das riquezas de Abraão que o servo atraiu o coração de
Rebeca Gn 24.35-36. Quando pregamos na autoridade do
Espírito Santo, demonstrando as riquezas da graça de Cristo
os pecadores miseráveis são atraídos Rm 9.23; Ef 2.7; 3.8; Fp
4.19.

5.1. Rebeca é enfeitada por Eliézer

Eliézer depois de fazer os camelos ajoelharem, e de ter


intercedido pelo bom encontro; Rebeca aparece para buscar
água e depara-se com ele. As tarefas das jovens naqueles dias
eram as seguintes: trabalhavam no tear; moíam o trigo;
coziam os pães; acompanhavam as crianças e buscavam água
na fonte à tardinha. Foi trabalhando que Rebeca recebeu as
dádivas ornamentais de Eliézer. O cristão que trabalha na obra
de Deus é enriquecido com os frutos da justiça 2 Co 9.11-12.

262
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5.1.1. O pendente de ouro

Era feito de ouro, perfumado e usado no nariz. É uma


declaração de que Rebeca teria o cheiro de Isaque diariamente
em seu olfato. Quando não conhecíamos a salvação, vivíamos
com o nosso olfato espiritual estragado e apodrecido pelo mau
odor do pecado; e, agora, nos tornamos em bom cheiro de
Cristo Ct 2.3; 7.4-8; 2 Co 2.15; Hb 6.4-6. Para servir no
tabernáculo de Moisés o sacerdote não podia apresentar
defeitos físicos, entre eles o nariz chato Lv 21.18. Esse é um
dos defeitos mais percebidos, devido ficar exposto Pv 26.17; 1
Pe 4.15; 1 Tm 5.22. Ele demonstra a intromissão em questões
em que a pessoa não é chamada a participar. O cristão como
sacerdote espiritual possui um nariz alto como a torre do
Líbano que olha para Damasco e não achatado Ct 7.4. O
pendente pesava meio siclo o equivalente a dez gramas, isto
diz da perfeição em reconhecer o que agrada a Cristo. O meio
siclo diz do antegozo que é o primeiro contato com as coisas
celestiais. Por enquanto a nossa experiência é apenas um
pouco daquilo que haveremos de receber na eternidade 1 Co
2.9.

5.1.2. As pulseiras

Eram usadas tanto nos pulsos quanto nos tornozelos.


Podemos ver nessa cena que fomos algemados pelo amor de

263
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Cristo, e, que o nosso andar agora é de justiça. As duas


pulseiras pensavam dez siclos que corresponde a 150 gramas
no nosso sistema de peso.

5.2. As seis categorias de enfeites femininos usados no


mundo antigo

Os objetos ornamentais eram usados em diversas partes


do corpo da mulher naqueles tempos.

5.2.1. Na testa

Era uma espécie de faixa ornamental. Antes de existir a


coroa era usada como diadema Ez 16.12. Aqueles que olham
somente para Cristo serão agraciados com cinco tipos de
coroas.

5.2.2. No nariz

Era um pendente que é parecido com o brinco da mulher


ocidental; com uma diferença: era usado no nariz Is 3.21. O
que para nós era agradável quando estávamos no mundo;
agora, passamos perceber que tudo era fétido e nauseante.

5.2.3. Nas orelhas

Era um tipo de brinco feito de ouro e multicolor Ez 16.12.


Quando os nossos ouvidos foram tocados pela mensagem

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celestial passamos a degustar tudo que é divino Jó 12.11; Sl


40.6; Pv 1.33; 12.15; Is 42.20; 50.4; Ez 12.2; Jo 8.47; Ap
2.29.

5.2.4. Nas mãos

Eram ornadas com lindíssimos anéis Is 3.21. Na Grécia


antiga usar anéis era o privilégio do homem livre. Em Roma o
anel de ouro era um sinal de dignidade. O anel diz bem da
nossa liberdade, autoridade, trabalho e dignidade em Cristo Lc
15.22. 1 Co 15.57.

5.2.5. No pescoço

Os colares na antiguidade eram feitos de pedras


preciosas, pérolas e de ouro que ornavam o pescoço tanto dos
homens como das mulheres Ct 1.10; era usado, sobretudo
como distintivo do cargo ou da classe dos cidadãos Gn 41.42;
Dn 5.7. O colar é o símbolo da nossa posição como reis no
reino de Deus Ap 1.6.

5.2.6. Nos tornozelos

Eram as tornozeleiras que enfeitavam os pés das


mulheres comuns, princesas e rainhas. O andar da igreja a
princesa do Divino Emanuel é totalmente controlado pelo
Espírito Santo Ef 5.15. O cristão não pode pisar em terreno

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promíscuo que comprometa a sua moral 2 Rs 10.31; Sl 18.33;


Pv 2.20.

6. REBECA CORREU PARA MOSTRAR OS PRESENTES

A alegria sentida pela filha de Betuel foi tão grande que


ela não se conteve.

6.1. A corrida de Eliézer Gn

Foi uma corrida de identificação e conquista Gn 24.7.

6.2. A corrida de Rebeca Gn 24.28

Foi uma corrida de alegria e de boas novas Gn 24.28.

6.3. A corrida de Labão Gn 24.29

Foi uma corrida interesseira por causa dos presentes como


é demonstrada no tratamento dado a Jacó Gn 31.7.

7. OS PRESENTES RECEBIDOS EM CASA

Quando Eliézer foi recepcionado na casa de Betuel, ele


abriu a sacola que transportava e começou a dar presentes
mais valiosos para Rebeca do que os que ela recebera junto à
fonte Gn 24.53. Os presentes outorgados junto à fonte foi uma
parte adiantada do dote Gn 24.22; e, no versículo 53,
deparamos com o dote propriamente dito. Quanto mais

266
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comungarmos com Cristo, mais receberemos das riquezas


celestiais Ef 2.7. Doravante tudo que pertencia a Isaque o
noivo distante passou a ser também de Rebeca. A igreja como
noiva compromissada com o Filho de Deus tornou-se
participante de todos os seus bens 1 Co 3.21-23; Ef 1.18; Tt
3.7.

7.1. Vasos de prata

Indicam que em Cristo nos tornamos em vasos úteis em


suas mãos por causa do resgate 2 Tm 2.20.

7.2. Vasos de ouro

Tipifica o cristão repleto da natureza divina, tornando-o


em vaso de honra a serviço do reino e vitorioso sobre as
tentações nesta vida 2 Tm 2.20.

7.3. Vestes

Diz perfeitamente da transformação espiritual Is 61.10;


Ap 3.18 que cobre a nudez do pecador e do andar em justiça
Jó 29.14; Ap 3.5. Coisas Preciosas que pertenciam ao noivo
invisível foram concedidas à família de Rebeca. Retratam os
dons espirituais, o fruto do Espírito, a autoridade espiritual e
tudo aquilo que valoriza a vida cristã 1 Co 1.5..

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8. OS MOMENTOS FINAIS NA CASA DE BETUEL

8.1. O pedido da família

O tempo que uma moça precisaria para aprontar-se para


o casamento era de cerca de doze meses. A família de Betuel
pediu uma prorrogação de dez dias Gn 24.55. Rebeca foi
pronta e rápida, arrumou numa só noite. Está se aproximando
o momento final da nossa partida em direção à Canaã celestial
e não pode haver mais demora por parte da noiva de Cristo. A
igreja de Esmirna teria uma tribulação de dez dias Ap 2.10.
Este período assinalava um tempo curto de sofrimento. Se
houvesse mais delonga o coração de Eliézer desfaleceria Gn
24.56; Pv 13.12. O servo estava incumbido de encontrar uma
noiva para Isaque. Isto sendo feito, ele não queria que
houvesse demora. Da mesma maneira é necessário que
sejamos zelosos em remir o tempo na obra de Deus Ef 5.16.

8.2. O pedido de Eliézer


A sua missão era urgentíssima enquanto que a cerimônia
da hospitalidade era demorada. Eliézer colocou o interesse de
sua missão acima dos prazeres da carne naquele banquete de
recepção internacional em Harã Gn 24.33. A comida preparada
por Jesus era fazer a vontade do Pai Jo 4.34. Naquele tempo o
casamento era realizado, mesmo na ausência do noivo, era um
tipo de enlace feito por meio de procuração.

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8.3. A decisão de Rebeca


A despedida é o momento que testa profundamente a
vida do ser humano. Essa decisão enfática corroborou para
que ela se tornasse mãe de Jacó do qual veio às doze tribos
de Israel. A indecisão é originadora de muitos planos
frustrados. Decisão tomada na direção de Deus acaba
influenciando gerações. Rebeca não protelou a vontade de
Deus, dispondo imediatamente a tomar aquela decisão
histórica. Pelo que consta nos anais da história bíblica, Rebeca
não retornou mais à Harã, e, nem, a casa de seu pai. Muitas
despedidas de familiares com lágrimas torrenciais têm se
tornado no futuro motivo de sucesso e de alegrias. Aquela
decisão afervorada de Rebeca fez que ela se tornasse a
matriarca tanto dos israelitas como dos idumeus Gn 24.60..
A terra de Canaã simboliza o céu. Rebeca não foi uma
noiva judia, mas uma noiva gentia. A noiva de Cristo também
é gentia. O verseto 58 diz: "Irás tu com este varão? Ela
respondeu: Irei". Só Rebeca podia responder a esta pergunta.
Note que Rebeca teve a oportunidade de decidir. Ela foi de
bom grado e sem demora alguma, sendo assim, se tornou a
figura da noiva de Cristo Sl 45.10-11.

Ela agiu pela fé, pois nunca tinha visto Isaque, e, nem a
terra de Canaã 1 Pe 1.8. Não vimos a Cristo, e nem
conhecemos a Canaã celestial, mas, esperamos tudo isso com

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uma fé expectante. Buscar e preparar a noiva foi o trabalho e


a paixão da vida de Eliézer Gn24. 7; João 4:34; 1 Ts 2:19.

8.4. As mocas de Rebeca


Representam o nosso trabalho e tudo de bom que
fizermos para Cristo e Sua obra que nos acompanhará até
diante do tribunal de Cristo Gn 24.61.
8.5. A ama de Rebeca
A ama fiel de Rebeca chamava-se Débora que significa
“abelha” Gn 24.59. Ela morreu e foi sepultada na cidade de
Betel debaixo do carvalho chamado Alom-Bacute que quer
dizer “carvalho das lágrimas” Gn 35.8. Essa ama de Rebeca
tipifica a vida cristã industriosa e o trabalho feito com lágrimas
Sl 42.3; Sl 126.5; Is 25.8; Lc 7.38; At 20.19,31; 2 Co 2.4; Ap
7.17; 21.4.
9. A CERIMÔNIA EM PLENO CÉU ABERTO
9.1. O guia
Quando Isaque avistou o comboio recém-chegado da
mesopotâmia alegrou-se muito em seu coração. Eliézer
quando indagado por Rebeca: “Quem é aquele varão que vem
pelo campo ao nosso encontro?” Sua resposta foi: “Este é meu
senhor” Gn 24.65. O trabalho de Eliézer não foi completado
até que Rebeca fosse levada até Isaque. O Espírito Santo
encerrará a sua missão na dispensação da graça como Guia da
igreja quando entregá-la à Cristo nos ares Jo 16.13; Rm 8.14.

270
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9.1.1. No campo
É a primeira menção bíblica deste espírito de meditação
em lugares ermos. O casamento é uma decisão séria e na
escolha do cônjuge é necessário que haja oração
perseverante. Jamais estaremos sós quando estivermos a sós
na batalha da oração. Nesse tempo Isaque tinha quarenta
anos de idade. Quantas bênçãos inauditas têm sido recebidas
nos retiros espirituais. “Saíra a orar no campo” Gn 24.63; a
palavra hebraica para orar é “sueih” que pode ser “passear”,
“meditar”, “gemer”, “lamentar”. Isaque e Rebeca se
encontraram no meio do campo no fim do dia fora da morada
de se pai Gn 24. 63-65. Foi recebida por Isaque no crepúsculo
da tarde quando o sol estava sumindo no horizonte e a noite
estava se aproximando caladamente Gn 24.63. A igreja
encontrará com Cristo no crepúsculo da dispensação da graça
quando o relógio escatológico de Deus estará marcando a sua
hora final na terra Mt 24.41; Lc 12.38. A noiva e o Noivo vão
se encontrar nos ares no fim da dispensação da graça fora da
casa celestial 1 Ts 4.13-18. Tipifica a localidade enfatizada por
Paulo chamada de “ares”, que é um lugar que fica fora da
atmosfera onde se dará o encontro fantástico 1 Ts 4.17.
9.1.2. O poço de Laai-Roi
Isaque estava vindo no caminho do poço de Laai-Rooi Gn
24.62. Este nome significa “poço daquele que vive e me vê”.

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Ficava localizado entre Cades e o Ribeiro de Zerede no


caminho de Sur Gn 16.14. Essa fonte foi o mesmo lugar onde
anos antes um anjo encontrou com Agar foragida de sua
senhora Sara. Naquela localidade Isaque encontrou com
Rebeca que daria origem a poderosa nação de Israel Gn
24.62.
9.3. Passos dados por Rebeca quando avistou Isaque
9.3.1. Desceu do Camelo
Quando Rebeca lançou-se do camelo partiu em direção
de seu amado com desejo ardente de conhecê-lo
pessoalmente, abraçá-lo e beijá-lo. Que experiência
culminante será para a igreja encontrar face a face com Cristo
o amado de sua alma 1 Jo 3.2.
9.3.2. Cobriu-Se com o véu
Agiu como noiva. Foi dessa cena que surgiu o costume
das noivas judaicas se cobrirem com véu durante a cerimônia
nupcial. Ela vinha com o rosto descoberto porque estava
familiarizada com os membros da caravana. O véu era retirado
pela noiva segundo o costume oriental quando os rituais do
matrimônio eram concluídos. Porque Rebeca cobriu-se com o
véu ao se encontrar com Isaque? Nesta cena foi demonstrada
humildade, simplicidade e submissão. A igreja quando
encontrar com Jesus Cristo o noivo adorável será sem o véu
das limitações e conjecturas humanas. 1 Co 13.12.

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9.3.3. O relatório
Eliézer prestou contas à Isaque de todos os fatos
ocorridos no trajeto de sua viagem Gn 24.66. Quando
encontrarmos com Cristo nos ares no arrebatamento da igreja
o Espírito Santo fará também o Seu relatório de tudo que
ocorreu com a igreja aqui na terra durante a dispensação da
graça.
9.3.4. A tenda de Sara
Naquele tempo cada mulher tinha a sua própria tenda e
não habitava com o marido por causa da poligamia Gn 31.33.
Rebeca foi à herdeira da tenda de Sara. A tenda sugere
comunhão espiritual. Israel rejeitou o Messias e deixou para a
igreja o privilégio espiritual de gozar as delícias nas bodas do
Cordeiro que será no céu. O casamento de Rebeca aconteceu
num país longínquo. O casamento de Cristo e sua noiva
acontecerá nos ares, não sabemos a quantos anos luz distará
do planeta Terra. O casamento não é um ápice do amor entre
o casal, e, sim o princípio de um amor verdadeiro. O
casamento legítimo não é aquele feito diante de um juiz de
paz; mas, o que é feito embasado no amor. A obediência e o
sacrifício de Rebeca fez que ela se tornasse uma das honradas
matriarcas de Israel.

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9.3.5. O consolo de Isaque

Isaque era monógamo e não polígamo. Rebeca era neta


sobrinha de Abraão. Cristo não procura outra noiva além da
igreja fiel porque ela preenche todos os requisitos de Sua
satisfação pessoal. Esse enlace matrimonial que se dará nos
ares será o eterno consolo do Filho de Deus na glória Gn
24.67. O amor de Cristo é inexplicável pela igreja, e, somente
no encontro com ela nos ares é que Ele será consolado.

CONCLUSÃO
O único conhecimento que Rebeca teve de Isaque era o
que Eliézer expositou no caminho de volta à Canaã. O único
conhecimento que a noiva de Cristo tem acerca dele é aquilo
que o Espírito Santo tem ensinado e revelado a ela no trajeto
da vida terrena. Preparemos porque a qualquer momento a
trombeta soará, e, para sempre estaremos com o Amado de
nossas almas. É hora de exclamarmos com o mesmo anelo da
sulamita: “Vem depressa amado meu!” Porque o Noivo está
dizendo: “Cedo venho Ap 22.20”. Amém!

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22

MENSAGEM

TEMA: A BATALHA DO ARMAGEDOM

TEXTO: AP 16.13-16

INTRODUÇÃO

Está chegando o momento em que todas as forças


militares do globo se dirigirão para a sangrenta Batalha do
Armagedom. Um arsenal de literatura tem sido publicado; os
produtores de filmes internacionais têm investido milhões de
dólares para levar até as telas cinematográficas dos cinemas e
da televisão o tema: Armagedom! Os armamentos bélicos das
nações opositoras serão direcionados para a região do monte
Megido no norte de Israel no sudoeste da antiga Galiléia para
o crucial momento para o qual todas as eras se convergerão.
A Palavra profética sobre o Armagedom não é uma alegoria
literária ou metafórica. O Armagedom será um evento real de
proporções trágicas para aqueles que desafiam a Deus. Será a
reunião de todas as forças no Médio Oriente, numa das terras
mais disputadas de todos os tempos, uma terra que nunca
conheceu paz.

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1. A ORIGEM DO VOCÁBULO ARMAGEDOM

É chamado em latim Harmagedom; em assírio Magedon e


na língua hebraica Har Meghíd·dóhn que quer dizer “Monte
de Megido” e na grega de αρµαγεδδων - armageddôn que
significa “reunião de tropas”. O termo Armagedom encontra
registrado somente em Apocalipse 16: 16; e, faz parte do
grupo “das sete taças da ira de Deus”. A simples menção
desta palavra provoca todo tipo de temor, arrepios e muita
especulação no campo escatológico e social. Os homens
quando guerreiam aumentam as guerras; e, Cristo, eliminará
as guerras com esta guerra.

1.1. Nomes dados á essa batalha

1.1.1. Batalha do Armagedom Ap 16.16.

1.1.2. Grande dia do Deus Todo-poderoso Ap 16.14.

1.1.3. Lagar do vinho do furor Ap 19.15.

1.1.4. Ceia do grande Deus Ap 19.17.

1.1.5. Guerra contra o cavaleiro do cavalo branco Ap 19.19.

1.1.6. Peleja contra Jerusalém Zc 14.2.

1.1.7. Peleja no dia da batalha Zc 14.3.

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1.1.8. Dia conhecido do Senhor Zc 14.7.

1.1.9. Naquele dia Zc 12.3,4, 8, 9,11; 14.3,4, 6, 8, 9,13.

1.1.10. Cerco contra Jerusalém Zc 12.3.

1.1.11. Ajuntamento das nações Zc 12.3.

1.1.12. O dia do Senhor Zc 14.1.

2. AS TRÊS ÚLTIMAS BATALHAS DO FINAL DOS


TEMPOS

2.1. A batalha de Gogue

Será promovida pela Rússia e as nações confederadas


antes ou um pouco depois do início da grande tribulação no
afã de conquistar as riquezas da nação israelita e por sua
posição geográfica estratégica Ez 38-39. As nações invasoras
serão exterminadas por um fortíssimo terremoto e por uma
fortíssima chuva de saraiva Ez 38.19,22.

2.2. A batalha do Armagedom

Diante desse panorama de desbaratamento que se segue


a cada confronto entre as nações, será arregimentada uma
força bélica jamais constatada na história durante o final da
grande tribulação. Todas as nações se concentrarão no norte
de Israel cujas tropas serão comandadas pelo anticristo na

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

tentativa de desafiar a Deus e de exterminar Israel Jl 3.9-12;


Zc 14.1-4; Ap 16.13-16; 19.11-21.

2.3. A batalha de Gogue e Magogue

Será a última revolta de Satanás no final do milênio


instigando os nascidos nessa época a se revoltarem contra
Deus. O arraial dos santos será cercado e cairá fogo do céu e
os consumirá, e, o Diabo será arrojado no Lago de fogo Ap
20.7-10.

2.3.1. AS DIFERENÇAS DAS TRÊS GUERRAS DO TEMPO


DO FIM

GOGUE ARMAGEDOM GOGUE E MAGOGUE

Um grupo atacará Israel Todos contra Israel Todos contra Israel

Gogue é o líder do O Anticristo é o líder Satanás é o líder das


grupo mundial nações

Gogue e Magogue é
uma expressão que
Gogue é uma nação A besta é um império
representa as
extremidades da Terra

O Senhor termina a O Senhor estará


A vinda do Senhor não
Guerra com a sua reinando quando a
ocorrerá após a batalha
volta guerra começa

Deus derramará fogo do


Deus mostra às nações Jesus livra Israel e
céu e terá início a
que Ele livrou Israel implantará o milênio
eternidade

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

3. PORQUE SUCEDERÁ A BATALHA DO ARMAGEDOM?

O Armagedom é conhecido como: “A guerra do grande


dia do Deus Todo-poderoso” Ap 19.15, não há nada que o
homem consiga fazer para adiá-lo. Deus tem um tempo
determinado em seu cronograma profético para iniciar esse
combate e não tardará.
3.1. Quando iniciará esta batalha?
Essa tragédia iniciará com a refrega do anticristo ao
desfazer o pacto com a nação judaica Dn 9.27. Então ele
interromperá o culto no quarto templo que estará reedificado
em Jerusalém no monte Moriá onde se encontra a Mesquita de
Omar.

4. DESIGNAÇÃO GEOGRÁFICA DE MEGIDO A REGIÃO


DO CONFRONTO

Megido na língua hebraica ‫ מגידו‬que quer dizer “Lugar


de multidões”. Essa elevação era uma fortaleza da tribo de
Manassés ocidental cedida pela tribo de Issacar Js 12.21;
17.11-18; Jz 7.29. Algumas alusões a essa localidade:

4.1. A cidade de Megido

Nos tempos primitivos Megido era uma cidade cananéia,


que ficava na rota comercial entre a Palestina e a Síria, e não
muito distante de Taanaque e Bete-Seã. Estava plantada sobre

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

o principal afluente do rio Quisom a 16 km ao oeste de


Jezreel. A cidade de Megido no tempo de Salomão era
fornecedora de mantimento à sua casa 1 Rs 4.12. Sua
importância estratégica dominava a passagem para as
montanhas entre as planícies de Sarom e de Esdraelom.
Megido é chamado atualmente Al-Lejjum e fica a 24 km de
Nazaré. Alí ainda permanece desafiando o tempo o sítio da
primitiva fortaleza.

4.2. Monte de Megido

Devido à reconstrução sucessiva de cidades nesse local;


acabou formando uma colina onde elas foram plantadas. Eram
cidades vigias que serviram de guarda para a passagem dos
exércitos internacionais pelo vale. Era uma fortaleza numa
elevação de grande vista para o vale e a planície de Jezreel. O
nome Armagedom é originado da fortaleza enquanto que a
batalha será travada no vale de Jezreel ou Esdraelom e
adjacências onde comporta milhões de soldados.

4.3. Planície de Jezreel

É a maior planície de Israel que dista cerca de 98 km ao


norte Jerusalém com cerca de 38 km de comprimento por 21
km de largura. Essa palnície é cortada pelo rio Quisom no
sentido leste oeste em direção ao Mediterrâneo. Essa planície

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

tem o formato de um triângulo que é uma representação da


trindade satânica agindo de forma rebelde contra Cristo o
Marechal eterno e a nação de Israel. O local da reunião dos
exércitos é a planície de Jezreel ao redor da colina
chamada Megido, que fica no norte de Israel, cerca de
32 quilômetros ao sudeste de Haifa.

LOCAL DA FUTURA GUERRA DO ARMAGEDOM

4.4. Vale de Jezreel

É o vale mais famoso e mais vasto não só do norte de


Israel bem como de todo o país com 22 km x 30 Km x 22 km.
Devido a sua conceptividade e posição estratégica, foi o teatro
de prolongadas guerras. Por causa dessa história, o vale do
Armagedom se tornou um símbolo do conflito final entre Deus
e as forças do mal. Milhões de pessoas vão fazer parte da

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

batalha do Armagedom, pois todas as nações unirão suas


forças para lutar contra Cristo e Israel.

5. MEGIDO O CENÁRIO DE SUCESSIVAS GRANDES


GUERRAS NO PASSADO

O vale de Megido encontra-se estratégicamente


posicionado em um local onde durante mais de quatro mil
anos onde desencadeou mais guerras do que qualquer outro
lugar na face da terra. Segundo dados levantados por um
historiador de guerra: a cidade de Megido foi construída, e
destruída 25 vezes, e ali foram travadas 34 guerras.

5.1. O exército de Jabim rei de Hazor comandado pelo general


Sísera sofreu uma refrega pelas tropas de Israel em Megido Jz
5.19-22.

5.2. Gideão derrotou três exércitos aliados em Megido Jz 6.33;


7.20-21.

5.3. A cidade de Endor onde residia a pitonissa consultada por


Saul o primeiro monarca de Israel estava plantada em Megido
1 Sm 28.7.

5.4. Nessa região sobre o monte Gilboa Saul encontrou sua


morte na peleja contra os filisteus 1 Sm 31.1,8.

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5.5. O rei Josias foi confinado em Megido por Faraó Neco por
ocasião de sua maratona contra a Assíria na região do rio
Eufrates 2 Rs 23.29-30.

5.6. A batalha travada entre Acazias rei de Judá e Jeú rei de


Israel, em que Acazias perdeu a vida ocorreu em Megido 2 Rs
9.27.

5.7. A minúscula cidade de Naim ficava na planície adjacente


a Megido Lc 7.11.

5.8. A fragorosa batalha do Armagedom que culminará em


uma guerra mundial se dará em Megido, incluindo a planície, o
vale, o monte e regiões adjacentes Ap 16.16.

5.9. Os exércitos mongóis, que apesar de ter invadido grande


parte da Ásia durante o ano 1300 d.C., sofreu a sua primeira
derrota nesse vale.

5.10. Nas circunvizinhanças de Megido, as forças britânicas


comandadas pelo general Edmund Allenby massacraram os
turcos durante a primeira guerra mundial, sendo uma guerra
relâmpago e decisiva.

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REIS E GENERAIS QUE TRAVARAM GUERRAS EM MEGIDO

Tutmosis 1500 a.C.


Ramessés 1350 a.C.
Sargão 722 a.C.
Senaqueribe (2 Reis 18) 710 a.C.
Nabucodonosor (2 Reis 24) 606 a.C.
Ptolomeu 197 a.C.
Antíoco Epifânio 168 a.C.
Pompeu 63 a.C.
Tito 70 d.C.
Cosroes, rei da Pérsia. 614 d.C.
Omar 637 d.C.

Nessa localidade Jesus estabeleceu o quartel general de


suas atividades evangelísticas e messiânicas, passando ali
dezoito de seus trinta e seis meses de ministério. Como será
impossível Ele aparecer num só dia para a derrocada dos
exércitos inimigos. Ele atendeu ao pedido clemente do
centurião romano da cidade de Cafarnaum Mt 8.1-13; mas, no
conflito do Armagedom nenhum soldado, nenhum General,
nenhum comandante o procurará como fizera esse oficial
italiano. A cidade de Cafarnaum é um tipo escatológico das
nações incrédulas, resistentes e conflitantes que rejeitam o
Messias Mt 11.23. Ao ressuscitar Jesus foi adiante dos
discípulos para essa região onde ficava a Galiléia das nações

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Mt 4.15; Mc 16.7, e, onde se dará a guerra com as tropas do


mundo inteiro.

6. A CONVOCAÇÃO DAS NAÇÕES PARA O GRANDE


CONFLITO

Este duelo em Megido será comandado pelo anticristo o


líder dos exércitos terrestres. A humanidade será engodada
pela sua mentira diabólica e pensará que poderá lutar contra
Cristo e derrotá-lo. A trindade arquiinimiga será composta de:
Satanás, o anticristo e o falso profeta Ap 16.13. Este período
tenebroso, e de depravação do gênero humano será
bastantemente intensificado pela ausência da igreja. As armas
atômicas e nucleares que estarão com os exércitos opositores
serão para o Senhor Jesus como um palito de fósforo
molhado.

6.1. Os três espíritos em forma de rãs

Rã na língua grega “batrachos” Ap 16.13-14. É um


batráquio sem cauda da família dos hylideos, pertence à classe
de animais chamados anfíbios. Encontra se na lista zoológica
dos animais impuros Lv 11.40-41. Era considerada pelos
judeus como incorporação de forças demoníacas.

Alguns escatologistas veem na rã a entidade própria do


demônio e da heresia. Sua cor é de um verde manchado de

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preto com traços amarelos nas costas e o ventre amarelo. O


verde fala da falsa esperança; o preto de sua imundícia; e os
três traços do triunvirato satânico e o amarelo da pseuda
realeza. Segundo Mounce: “Esses três demônios sairão
espalhando uma propaganda enganadora e persuasiva que
nos últimos tempos, levarão muitos homens a um
compromisso incondicional à causa do mal”. Essa tríade
demoníaca semeará um ódio incurável contra Israel levando as
nações congregarem naquele dia da grande batalha.

6.2. O rio Eufrates secará

O nome Eufrates significa “fertilizante”, e aparece 50


vezes na Bíblia. A primeira em Gn 2.14 e a última em Ap 16.12
que é uma referência do assunto em tela. O Eufrates é o rio
mais largo e o mais extenso da Àsia ocidental com 2.600 km
de comprimento desde a nascente até a sua desembocadura
no golfo Pérsico. Durante o reinado de Salomão esse rio fazia
a linha limítrofe na parte nordeste 1 Rs 4.24. Durante o
império romano o Eufrates era a fronteira oriental que formava
a barricada natural. Quando ele secar durante o derramar da
sexta taça da ira de Deus abrirá o caminho para a arremetida
frontal contra Israel pelas nações que se dirigirão para a
batalha do dia do Deus Todo-poderoso.

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6.3. As tropas dos reis do oriente

Oriente no grego “anatole heliou” que significa “do lado


do nascimento do sol” Ap 16.12. Esses países que ocupam
esse lado oriental são: o Irã, a China, o Japão, a Índia e
outros países que estão em ascensão, que se aliarão na
tentativa de eliminar a Israel e batalhar contra o Cordeiro.
Estas nações estarão entorpecidas pela filosofia satanista,
idolátrica, humanista e aceitarão a adoração ao anticristo e
atenderão a sua convocação para a batalha.

7. LOCAIS AONDE OS EXÉRCITOS ANTISEMITAS


ESTARÃO CONCENTRADOS

As nações antisemitas estarão aglomeradas em Megido e


as suas trincheiras serão massacradas. A batalha do
Armagedom cobrirá toda a área desde Jerusalém até Megido
que fica a 98 km ao norte de Jerusalém.
7.1. O sacrifício Em Bozra

Bozra significa “aprisco”, ali, parte da nação de Israel


como ovelha ficará confinada. Era uma cidade repleta de
palácios Am 1.12; e famosa pela pecuária de ovinos Mq 2.12.
Na fuga do remanescente judeu para o sudeste do mar Morto,
na região de Edom, onde a princípio receberá refúgio, e,
depois será entregue nas mãos do anticristo que enviará suas

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

tropas para extermina lo. Nesse momento, Cristo fará uma


devassa, liquidando parte das forças do anticristo abrindo uma
enorme cratera que irá engoli los vivos, assim como ocorreu
com a casa de Coré Nm 15.32; Ap 12.16. Foi nessas paragens
que o exército moabita vislumbrou pela manhã as águas
correndo no deserto como sangue por causa dos raios solares
2 Rs 3.20-24. Alí foi uma ilusão de ótica; mas, no período da
batalha do Armagedom, um rio de sangue literal correrá por
ali, porque Cristo segundo a profecia de Isaías manchará as
suas vestes; e, elas serão da cor de vinho Is 34.5-6; Is 63.1-7.

7.2. O grande conflito em Megido

No Armagedom, todas as nações terrestres se unirão


contra “os exércitos que há no céu” sob o comando militar do
“Rei dos reis e Senhor dos senhores”, Jesus Cristo Ap
19.14, 16. O Senhor Jesus não destruirá o globo terrestre
numa catástrofe nessa época. Antes, ele vai “arruinar os que
arruínam a terra”. Ap 11.18. A maior parte dessa conflagração
ocorrerá na parte norte de Israel na antiga possessão de
Zebulom, Issacar, Manassés e partes sul de Aser e Naftali que
durante a ocupação romana da Palestina pertencia a Galiléia.
O local de Megido fica próximo do ribeiro de Quisom onde
Elias sacrificou 450 profetas de Baal e 400 profetas de Aserá 1
Rs 18.19. Nessa região no conflito armagedônico haverá a

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maior chacina de todos os tempos para que os inimigos


aprendam a reconhecer a supremacia do Filho de Deus Zc
14.12.
8. A REVELAÇÃO EM GLÓRIA DO GUERREIRO DO
CAVALO BRANCO

Será um momento ímpar quando Cristo aparecer como o


Sol da justiça para Israel, e, como Rei e Juiz para as nações
rivais. O resplendor de Sua glória será visto de qualquer parte
do globo, porque será como o relâmpago ofuscando o céu
atmosférico Mt 24.27. Estaremos com Cristo nesta missão Cl
3.44; Jd 14. A aparição de Cristo provocará convulsão
astronômica. No dia da parousia haverá mudança no
fenômeno da natureza. O dia ficará escuro, ao entardecer
haverá a luz do resplendor de Cristo o Sol da justiça Mt 24.29-
30. Ocorrerá uma mudança cósmica e os extremos da
temperatura desaparecerão e o tempo não será medido mais
em dias Zc 14.6; e, o clima será igual aquele no deserto
durante a peregrinação de Israel no deserto que era regulado
pela glória Shequinah Ex 14.19-20. Abaixo veremos o perfil de
Cristo quando se manifestar de acordo com Ap 19.11-19:

8.1. O Cavalo branco

Fala categoricamente de Sua vitória por antecedência


sobre os Seus antagonistas Ap 19.11.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

8.2. Nomenclatura de Cristo

A escrita: Rei dos reis e Senhor dos senhores representa


a Sua conquista e o Seu poder sobre todas as coisas e o Seu
domínio universal 1 Tm 6.14-16. Aqui o Senhor Jesus aparece
com alguns nomes:

8.2.1. Fiel e verdadeiro

É uma expressão que denota o contraste com o anticristo


e o falso profeta Ap 19.11, que serão injustos e mentirosos 2
Ts 2.9; Ap 13.13.

8.2.2. Nome enigmático

“Um nome escrito que ninguém sabia”. Esse designativo


deve estar relacionado com o seu triunfo universal e
inderrotável Ap 19.12.

8.2.3. A Palavra de Deus

É uma designação de Sua arma poderosa em combate Ap


2.16; Ap 19.13.

8.2.4. Rei dos reis e Senhor dos senhores Ap 19.16.

Aqui é uma denominação clara de sua supremacia que


está acima dos soberanos da terra Ap 1.5; 19.16.

290
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

8.3. Olhos como chamas de fogo

Aqui é demonstrada a Sua onisciência, e sua capacidade


de julgar de forma prescrutadora e penetrante Ap 1.14; 2.18;
19.12.

8.4. Muitos diademas

É uma demonstração de autoridade absoluta em todas as


áreas Ap 19.12.

8.5. Vestes salpicadas de sangue


É uma representação de Cristo o cavaleiro vencedor e
triunfante que calca debaixo de seus pés todos os inimigos Is
63.1; Jr 20.11; Ap 19.13.

8.6. Espada aguda em sua boca

Cristo é o único Guerreiro que se encontra armado em


Seu exército Is 11.4. Ele usará a mesma arma que derrubou
por terra um grupo que viera prendê-lo no horto do
Getsêmane Jo 18.5-6; Ap 2.16; Ap 19.15.

8.7. Vara de Ferro

É uma referência a Sua justiça inflexível e inquebrantável


Ap 2.27; 19.15. No Armagedom o orgulho humano será
desbaratado.

291
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

8.8. Lagar do vinho

É uma menção a grande chacina que ocorrerá sem


piedade, e, sem misericórdia no Is 63.3; Ap 19.15.

9. A ANGÚSTIA DO POVO JUDEU

9.1. Jerusalém será sitiada

A nação de Israel estará cercada de todos os lados sem


nenhuma chance de escapar. Pelo lado ocidental no mar
Mediterrâneo estarão as esquadras com enormes navios dando
apoio; ao sul, pelo deserto do Neguebe um numeroso exército
rondando com tanques de guerra fazendo movimentos pela
areia; e, por cima, aviões de combate, helicópteros
patrulhando toda a nação; e, a cidade de Jerusalém e todo o
país serão fiscalizados por filmagens de satélites. Tudo isto
trará grande angústia para os judeus Zc 12.3; 14.2.

9.2. O pranto desesperador

Aquele que é maior do que José se revelará ao povo


judeu, o poder de Seu messiado, e a Sua identidade universal.
Haverá um pranto ensurdecedor. Primeiramente o Senhor
tratará com os inimigos massacrantes de Seu povo; e depois,
Se voltará para tratar das questões particulares com Israel
antes de implantar o reino. Súplicas demonstram o

292
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

arrependimento por um homicídio culposo. “Olharão para


mim” Zc 12.10, é uma alusão á vinda de Cristo com poder e
grande glória Ap 1.7. A lamentação pela morte de Josias 2 Cr
35.24-25; e, o choro dos israelitas ao despedir de suas
mulheres nos dias de Esdras Ed 10.1; nada representa diante
daquela lamentação nacional de todas as classes sociais em
Israel Zc 12.12-14:

9.2.1. Casa de Davi

Davi significa “amado”, trata da linhagem real. O pranto


deseperador de Davi ao atravessar o ribiero de Cedrom
quando fugia da rebelião de Absalão é um tipo do choro da
nação israelita naqueles dias 2 Sm 15.30.

9.2.2. Casa de Natã

Natã significa “Ele deu” refere-se a linhagem do povo


geral.

9.2.3. Casa de Levi

Levi quer dizer “Adesão” isto diz da classe sacerdotal.

9.2.4. Casa de Simei

Simei expressa “famoso” representa a classe a classe dos


escribas e mestres.

293
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

9.3. A Conversão em massa do povo judeu

Entendemos que a lamentação individual é mais genuína


do que a coletiva Zc 12.12-14. O Espírito de graça e de súplica
será derramado vertiginosamente sobre os judeus e eles
prantearão altissonantemente Zc 12.10. O Messias será
invocado pela nação hebraica de forma impetuosa Os 3.5.
Nesse tempo o Cristo de Deus será recepcionado como o
maior déspota de todos os tempos: “Bendito o que vem em
nome do Senhor!” Mt 23.38-39. Israel irá entender que um
arrependimento sincero é a maior comprovação para quem
rejeitou o Salvador em Sua primeira vinda. Ao terceiro dia
depois da revelação pessoal de Cristo aos judeus eles
ressuscitarão espiritualmente Os 6.2-3. É mister lembrarmos:
quem se arrepende, é como quem não pecou. Haverá
arrependimento nacional Zc 12.11. “Direi é meu povo; e ela
dirá: o Senhor é meu Deus” Zc 13.9. E cumprirá: “E, assim,
todo o Israel será salvo” Rm Rm 11.25-27.

10. AS TRINCHEIRAS DOS EXÉRCITOS CONFEDERADOS


SERÃO DESTROÇADAS

10.1. Porque será necessária a batalha Do


Armagedom?

294
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Um grande conflito profético tem chamado atenção de


pessoas de todas as classes sociais e religiosas e até mesmo
dos cineastas no transcorrer dos séculos. Armagedom! Esta
batalha é profetizada como o acontecimento mais catastrófico
e devastador de todos os tempos. Sempre, vem sendo
associada aos momentos mais negros da história humana.
Será uma batalha que não poderá ser inadiável pelos
seguintes fatores:
10.1.1. Porque os homens têm agido na terra como se
fossem deuses e não aceitam nenhuma ordenação divina por
causa do instinto rebelde e cético.

10.1.2. O nome de Deus tem sido blasfemado em todas as


classes sociais e principalmente no futuro governo do
anticristo Ap 13.6.

10.1.3. A perversidade humana tem proliferado em escala


inimaginável 2 Tm 3.13.

10.1.4. O homossexualismo e a prática assassina do aborto


têm sido legalizados entre as nações do mundo e os homens
querem determinar quem viverá ou não?

10.1.5. Existe uma orda crescente de revolta e repulsa contra


o céu. Se fosse colocado em votação uma inquete a nível
mundial contendo a possível morte de Deus, ela seria a mais

295
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

votada Sl 3.2; 10.4; 14.1.


10.1.6. Deus intervirá no governo humano para deter o ódio,
a violência e as guerras desenfreadas e as injustiças sociais.
Essa batalha será na verdade a melhor atuação de Cristo que
interceptará a selvajaria humana Sl 46.8-9.

10.1.7. Os homens não abrem mão de sua soberania para


Deus e Cristo 2 Rs 19.10; Dn 4.30; por isso, serão eliminados
do planeta para que o Príncipe da paz possa instalar o Seu
governo mundial com justiça Sl 2.1-9. Esta batalha é
profetizada como o acontecimento mais catastrófico e
devastador da história humana.

10.2. Quanto tempo durará esta batalha?

A guerra dos Estados Unidos contra o Iraque começou


no dia 19 de março de 2003 com o bombardeio do território
iraquiano por tropas americanas, com apoio inglês. Esse
conflito que seria de curta duração já está com sete anos de
combate custando dez vezes o orçamento presvisto. Embora
a violência tenha caído no Iraque, os recursos gastos com a
segurança do país só aumentam. Segundo a ONG National
Priorities Project, um grupo independente que visa medir os
gastos governamentais em diversas áreas, os conflitos já
consumiram mais de US$ 504 bilhões dos cofres públicos
americanos 16/03/2009. A batalha do Armagedom durará

296
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

apenas um dia e o gasto de Cristo será apenas um sopro Zc


14.6-7; 2 Ts 2.8.

Será uma guerra de curta duração, por causa dos


armamentos sofisticados; bombas de última geração. Os
judeus não suportariam uma guerra prolongada, por causa do
poder de fogo das tropas adversárias Mt 24.22. O anticristo
em desespero total intensificará como nunca a perseguição
aos judeus; e, comandará uma revolta contra o Messias. O
projeto Armagedom será devastado por Cristo o General
universal em apenas um dia, algumas horas, senão minutos
em seu aparecimento em glória. Não importa quão
poderoso alguém seja na terra, tal indivíduo não é páreo
para o poder de Deus.

10.3. Os judeus irão lutar de forma aguerrida


A força do exército de Israel será multiplicada Is 60.21.
Mais uma vez Israel será o pequeno Davi destroçando o
gigante Golias das nações mundiais Zc 14.14.

10.4. A mortandade de soldados do exército antagônico será


incalculável Zc 14.16.

10.5. Será o dia da vingança do Senhor Is 26.21; 34.8.

10.6. Cavalos cegos

297
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Nos dias de Eliseu os soldados ficaram cegos e não os


cavalos 2 Rs 6.18; na batalha do Armagedom, os cavalos
serão espavoridos e os olhos embotados; e os soldados ficarão
amalucados Zc 12.4. Haverá um espírito de revolta entre os
exércitos e cada um matará o seu pagem de guerra como nos
dias de Gideão e Josafá Jz 7.21-22; 2 Cr 20.22-23; Ag 2.22; Zc
14.13. O espanto que o Senhor espalhará entre eles, irá
enfraquece los. Que tragédia será essa, gente louca montada
em cavalos cegos?

10.7. Pútrida epidemia

Os olhos e as línguas serão apodrecidos Zc 14.12. Esse


juízo será o pior de todos registrados na Bíblia. As pragas
enviadas ao Egito, e os juízos dos selos; das trombetas e das
taças não tem nenhum que se compare a essa epidemia
macabra.

10.8. A ceia do grande Deus

A ceia do grande Deus será uma chacina sobre os


inimigos de Cristo em Megido Ap 19.17. Esta sinistra ceia tem
a ver com a batalha do Armagedom Ap 16.16. Enquanto que a
ceia das bodas do Cordeiro será a festa de casamento de
Cristo e Sua igreja no céu Ap 19.7,9. Nessa ocasião, a
destruição dos inimigos de Deus na terra será tão grande, que

298
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

será preciso um excessivo número de aves para limpar o


campo de batalha. Esse congresso internacional de aves de
rapina é chamado de: ”A ceia do grande Deus" Ap 19.17.
Trata-se da cena de julgamento da terrível crueldade e
impiedade deste mundo anticristão e maldoso.

10.9. As riquezas das nações serão despojadas

A epidemia fétida irá neutralizar os exércitos de maneira


que não poderão bater em fuga; nem homens e nem animais.
O mau cheiro irá entorpecê-los exaurindo todas as forças. Os
despojos que Israel irá recolher de seus adversários dará para
enriquecer várias nações do terceiro mundo Zc 14.16.

11. A PRISÃO DO ANTICRISTO E DO FALSO PROFETA

H. E. Alexander disse: A besta e o falso profeta serão


presos em flagrante delito de rebelião contra o rei dos reis, e
serão sumariamente lançados no Lago de fogo e enxofre.

11.1. Os efeitos produzidos pelo sopro divino

11.1.1.. O sopro divino produziu vida Gn 2.7.

11.1.2. O sopro do Senhor fez cessar as águas diluvianas Gn


8.1.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

11.1.3. A praga dos gafanhotos foi eliminada com um sopro


Ex 10.19.

11.1.4. As águas do mar Vermelho se abriram com um sopro


Ex 14.21.

11.1.5. Com um sopro as águas tragaram o exército de Faraó


Ex 15.10.

11.1.6. O sopro do Senhor trouxe codornizes com abundância


Nm 11.31.

11.1.7. Jesus soprou o Espírito Santo em seus discípulos Jo


20.20.

11.1.8. O anticristo e o falso profeta a dupla infernal será


avassalada com o sopro da boca de Cristo 2 Ts 2.8. A palavra
“desfará” significa no original“, ”tirar”, “remover” “tornar
inoperante”, “anular”, “abolir”, “colocar fora de
funcionamento”, “destronar”. Após este episódio a dupla será
lançada viva no Lago de fogo para inaugurá-lo Ap 19.20.

CONCLUSÃO

Antes que esta guerra começe, o Senhor Jesus voltará


para arrebatar a Sua igreja; e, a levará consigo para as
mansões celestiais. Não tememos este episódio, porque não
seremos destruidos nela; mas, participaremos dela, como

300
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

assistentes de Cristo com os nossos corpos glorificados.


Amém!

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

23

MENSAGEM

TEMA: ANJOS, OS EXECUTIVOS DE DEUS

TEXTO

INTRODUÇÃO

Nesta parte da teologia sistemática trataremos acerca dos


anjos sob aspectos bíblicos dentro do conceito religioso. Este
assunto é muito delicado devido aos vários pontos de vista
existentes na atualidade, dai a necessidade dele ser abordado
pelo prisma religioso e escriturístico, pois somente assim
chegaremos a uma conclusão sólida e irrefutável. Portanto,
estudemos com atenção e apreço esta importante parte da
Teologia Sistemática.

1. ANJOS, MINISTROS DE DEUS

Os anjos estão sujeitos ao governo de Deus e o


importante papel que tem desempenhado na história do
homem torna-os merecedores de referência especial e de um
estudo especial. Nas Escrituras, sua existência é sempre
considerada matéria pacífica.

302
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

1.1. A existência dos anjos

1.1.1. Apresentada através da mitologia

As mitologias de quase todas as nações antigas falam em


tais seres. A mitologia babilônica pintava-os como deuses que
transmitiam mensagens dos deuses aos homens. A mitologia
grega e romana tinha seus gênios, semideuses, faunos, ninfas
e naídes, que visitavam a terra. Hesíodo, depois de Homero o
poeta grego mais antigo, escreveu: “Milhões de criaturas
andam pela terra”.

“No Egito e nas nações orientais acreditava-se em tais


criaturas sobre-humanas e invisíveis. Essa crença é quase
universal. As mitologias são ecos débeis e distorcidos de um
conhecimento primevo comum possuído pela raça humana. Do
Gênesis ao Apocalipse os anjos de Deus são mencionados com
destaque; cento e oito vezes no Antigo Testamento cento e
sessenta e cinco vezes no Novo Testamento. São vistos por
toda a história sagrada. Suas atividades no céu e sobre a
terra, no passado são registrados em ambos os testamentos,
como também suas futuras manifestações são profeticamente
reveladas” - Gaebelein.

1.1.2. Apresentada através da história bíblica

Dentre os vários ensinamentos sobre a existência dos


seres angelicais, as escrituras apresentam, sem fazer nem

303
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

uma tentativa deliberada de provar a existência dos anjos, em


seus livros que tais seres existem e estão em ação. Sendo
assim, ninguém que se incline diante da autoridade da palavra
de Deus, pode duvidar da existência dos anjos.

 No Antigo Testamento

Observada na experiência desde o Éden até as últimas


manifestações na história dos hebreus apresentadas no Antigo
Testamento.

 No Novo Testamento

Observada pelos ensinos de Cristo acerca da existência


dos anjos e demais escritores do Novo Testamento.

1.1.3. Provas bíblicas da existência dos anjos

 No Antigo Testamento, Jó 38. 6,7; Sl 104.4; Dn 8.15-17;


Sol 68.17.
 No Novo Testamento, Mc 13.34; Cl 1.16; E 1.21.

2. A PERSONALIDADE DOS ANJOS

Quer dizer que são seres pessoais, dotados de


inteligência e vontade. O fato de que são seres
inteligentes parece inferir-se imediatamente do fato de que
são espírito; mas também a Bíblia ensina isso explicitamente,
2 Sm 14.20; Mt 24.36; Ef 3.10; 1 Pe 2.11. Embora não
onisciente são superiores aos homens em conhecimentos, Mt

304
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

24.36 Além disso, têm natureza moral e, nesta qualidade,


estão sob obrigação moral; são recompensados pela
obediência e punidos pela desobediência.

 Intelecto, 1 Pe 1.12;
 Emoções, Lc 2.13;
 Vontade, Jd 6.

2.1. Natureza dos Anjos

Ao aceitarmos o fato dos anjos, naturalmente desejamos


saber em seguida algo mais a respeito de sua natureza.

2.1.1. Não são seres humanos glorificados, Mt 22.30; 1 Co 6


3; Hb 12.22, 23.

2.1.2. São seres espirituais e incorpóreos, Mt 8.16; 12.45; Ef


6.12; Sl 104.4; Hb 1.7,14.

2.1.3. São seres criados: os anjos não existem desde a


eternidade, Ne 9.6; Sl 148.2,5; Cl 1.16; Jó 38.4-7.

2.1.4. São seres pessoais: aos anjos são atribuídas


características pessoais; são inteligentes, dotados de vontade
e atividade, 2 Sm 14.20; 2 Tm 2.26; Ap 22.8,9; 12.12.

2.1.5. São imortais: os anjos não estão sujeitos à dissolução -


nunca morrem Lc 20.35, 36.

305
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

2.1.6. Não se reproduzem: de acordo com o ensino bíblico


os anjos não se casam, no entanto, em parte alguma das
Escrituras diz que os anjos são seres assexuados. Os anjos
mencionados nas Escrituras são designados pelo sexo
masculino, Mc 12.25; Mt 22.30; Gn 18.1,2; Dn 8.16,17.

2.1.7. São seres poderosos: a Bíblia ensina que os anjos


são uma classe de seres criados superiores aos homens, Sl
103.20; 2 Pe 2.11.

2.2. O número dos anjos são inumeráveis Dt 33.2; Hb


12.22

3. A ORGANIZAÇÃO DOS ANJOS

“Conquanto os anjos não constituem um organismo,


evidentemente estão organizados de algum modo. Isto
decorre do fato de que, ao lado do nome geral “anjo”, a Bíblia
emprega certos termos específicos para indicar diferentes
classes de anjos. O nome “anjo”, com o qual designamos de
maneira geral os espíritos superiores, não é um nomen
naturae na Escritura, mas sim, o nomen officii. A palavra
hebraica mal’ak significa simplesmente mensageiro e serve
para designar alguém que é enviado por homens, Jó 1.14; 1
Sm 11.3, ou por Deus, Ag 1.13; Ml 2.7; 3.1, o termo grego
angelos também é frequentemente aplicado a homens, Mt
11.10; Mc 1.2; Lc 7.24; 9.51; Gl 4.14. Não há nas Escrituras

306
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

um nome geral, especificamente distinto, para todos os seres


espirituais. Eles são chamados Filhos de Deus, Jó 1.6; 2.1; Sl
29.1; 89.6 espíritos Hb 1.14 santos, Sl 89.5,7; Zc 14.5; Dn
8.13, vigilantes, Dn 4.13,17, 24, contudo, há diversos nomes
específicos que indicam diferentes classes de anjos.” Louis
Berkhof.

3.1. Querubins

“A etimologia da palavra não é conhecida. Tem sido


sugerido que significa: “cobrir” ou “guardar”, mas não temos
prova disto”. Henry Clarence Thiessen.

“A Escritura menciona repetidamente os querubins. Eles


guardam a entrada do paraíso, Gn 3.24 observam o
propiciatório, Ex 25.18, 20; Sl 80.1; 99.1; Is 37.16; Hb 9.5 e
constituem a carruagem de que Deus se serve para descer a
terra, 2 Sm 22.11; Sl 18.10 Em Ez 1 e Ap 4 são representados
como seres vivos em várias formas. Estas representações
simbólicas servem simplesmente para demonstrar o seu
extraordinário poder e majestade. Mais que outras criaturas
eles foram destinados a revelar, o poder, a majestade e a
glória de Deus, e a defender a santidade de Deus no jardim do
Éden, no tabernáculo, no templo e na decida de Deus à terra”.
Louis Berkhof.

307
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

3.2. Serafins

“Os serafins são mencionados pelo nome apenas em Is


6.2,6. São distintos dos querubins. Encontramos passagens
que dizem estar Deus assentado acima dos querubins. 1 Sm
4.4; Sl 80.1; 99.1; mas os serafins estão em pé, acima dEle. Is
6.2. Também seus deveres diferem dos que competem aos
querubins. Eles lideram os céus na adoração ao Deus todo
poderoso e purificam os servos de Deus para o culto e serviços
aceitáveis. Isto é, eles se preocupam com o culto e a
santidade mais do que com a justiça e o poder. Em humildade
e reverência profunda eles se desincumbem do seu
ministério”. Henry Clarence Thiessem.

3.3. Arcanjo

O termo arcanjo só ocorre duas vezes nas Escrituras, 1 Ts


4.16; Jd 9, mas há outras referências para ao menos um
arcanjo, Miguel ele é o único a ser chamado de arcanjo. Ele
aparece comandando seus próprios anjos, Ap 12.7 e como
príncipe do povo de Israel, Dn 10.13, 21; 12.1.

O arcanjo parece ter a responsabilidade específica de


proteger e fazer prosperar a Israel. Dn 10.13,21; 12.12; 12.1
de anunciar o nascimento do Salvador. Lc 1.26-28 de derrotar
Satanás e seus anjos em sua tentativa de assassinar o filho

308
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

varão e a mulher; Ap 12.8-12 e de anunciar o retorno de


Cristo para os seus. 1 Ts 4.16-18.

3.4. Principados, potestade, tronos e domínios

Em acréscimo aos anteriores, a Bíblia fala de certas


classes de anjos, que ocupam lugares de autoridade no mundo
angélico, como archai e exouxiai (principados e potestades), Ef
3.10; Cl 2.10, thronoi (tronos), Cl 1.16 kyreotetoi (domínios),
Ef 1.21; Cl 1.16 (nestas passagens, traduzidas por
“soberanias”. Almeida, autorizada); e dynameis (poderes), Ef
1.21; 1 Pe 3.22. Estes nomes não indicam diferentes espécies
de anjos, mas diferenças de classe ou dignidade entre eles.

4. A CLASSIFICAÇÃO DOS ANJOS

4.1. Anjos bons

4.1.1. Ocupar-se da adoração direta a Deus, Sl 89.7; 99.1,2;


Is 6.2,3; Mt 18.10.

4.1.2. Regozijam-se na obra de Deus, Jó 38.4,7; Lc 15.10.

4.1.3. Executam a vontade de Deus, Sl 103.20.

4.1.4. Guiam e guardam os crentes, Sl 91.11; At 8.26; Hb


1.14.

4.1.5.Ministram ao povo de Deus, Hb 1.14.

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4.2. Anjos maus

4.2.1. Opõem-se aos propósitos de Deus, Zc 3.1; Dn 10.10-


14.

4.2.2. Afligem o povo de Deus, 2 Co 12.7; Lc 13.16.

4.2.3. Executam os propósitos de Satanás, Mt 25.41;


12.26,27.

4.2.4. Impedem os santos e servos de Deus, Ef 6.11,12; 1 Ts


2.18.

5. O MINISTÉRIO DOS ANJOS

5.1. O serviço comum dos anjos

Consiste primeiramente em seus louvores a Deus dia e


noite, Jó 38.7; Is 6.3; Sl 103.20; Ap 5.11. A Escritura dá a
impressão de que o fazem audivelmente, como no nascimento
de Cristo, conquanto não possamos fazer idéia e de como os
anjos falam e cantam. Desde a entrada do pecado no mundo,
eles são enviados para dar assistência aos herdeiros da
salvação, Hb 1.14 eles se regozijam com a conversão de um
pecador, Cl 15.10 exercem protetora vigilância sobre os
crentes, Sl 34.7; 91.11 protegem os pequeninos, Mt 18.10
estão presentes na igreja, 1 Co 11.10; 1 Tm 5.21 recebem
aprendizagem das multiformes riquezas da graça de Deus)). Ef

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

3.10; 1 Pe 1.12 e encaminham os crentes ao seio de Abraão.


Lc 16.22.

5.2. O serviço extraordinário dos anjos

A queda do homem tornou necessário o serviço


extraordinário dos anjos, e este constitui um importante
elemento da revelação especial de Deus. Muitas vezes eles são
intermediários das revelações especiais de Deus, comunicam
bênçãos ao seu povo e executam juízo sobre os seus inimigos.
Sua atividade é proeminente nos grandes pontos de transição
da economia da salvação, como nos dias dos patriarcas, na
época da entrega da lei, no período do cativeiro e da
restauração e no nascimento, na ressurreição e na ascensão
do Senhor. Quando cessou o período da revelação especial de
Deus, cessou o serviço extraordinário dos anjos, a ser
retomado somente por ocasião da volta do Senhor.

6. SATANÁS O PRÍNCIPE DOS DEMÔNIOS

O assunto de satanás nos leva ao terreno do espírito ou


do espiritual, tirando-nos assim o terreno da matéria. Isso
torna impossível a investigação ou pesquisa pelos meios e
métodos usados nas ciências materiais. Satanás aparece nas
Escrituras como o reconhecido chefe dos anjos decaídos. Ao
que parece, ele era originalmente um dos poderosos príncipes

311
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

do mundo angélico e veio a ser o líder dos que se revoltaram


contra a Deus e caíram.

6.1. A existência de Satanás

De conformidade com as escrituras, com as Escrituras,


existe um ser chamado Satanás, um ser verdadeiro, com
existência real.

6.1.1. Ensinada no Antigo Testamento

Este ser sobre-humano é mencionado expressamente no


Antigo Testamento apenas em Gn 3.1-15; 1 Cr 21.1; Jó 1.6-
12; Jó 2.1-7; Is 14.12-20; Ez 28.11-16; Zc 3.1,2.

6.1.2. Ensinada no Novo Testamento

Satanás é mencionado frequentemente. Eis aqui algumas


passagens: Mt 4.1-11; Lc 10.18-19; Jo 13.2,27; 1 Pe 5.8; Ap
12; 13.1-4; 20.1.3.7-10.

 Ensinada por Cristo Mt 13.39; Jo 14.30.

6.2. A natureza de Satanás

6.2.1. A sua personalidade

Há hoje uma forte tendência modernista para eliminar a


personalidade de satanás. Fala a respeito do que era
antigamente chamado de “Diabo” como sendo simplesmente o

312
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

“mal’”. Mas as Escrituras falam com frequência sobre a


personalidade de Satanás.

6.2.2. Demonstrada pelo uso de pronomes pessoais

Os pronomes pessoais aplicados a Satanás, claramente


revelam a sua personalidade. Jó 1.8,12; 2.2,3,6; Zc 3.4: Mt
4.10; Jo 8.44.

6.2.3. Demonstradas pelas características da personalidade

 Intelecto 2 Co 11.3;
 Emoções Ap 12.17;
 Vontade 2 Tm 2.26.

6.3. As suas limitações

6.3.1. É uma criatura, Ez 28.14 sendo criatura não é


onisciente, nem eterno.

6.3.2. É um ser espiritual, Ef 6.11,12.

6.4. O Seu caráter

6.4.1. Demonstrado pelos seus nomes

 Satanás – adversário;
 Diabo – difamador;
 Belzebu - Mt. 12.24 sujeira;
 Belial - 2 Co 6.15 maldade.

313
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

6.4.2. Demonstrados pelos seus títulos

 Príncipe deste mundo, Jo 12.31;


 Deus deste século, 2 Co 4. 4;
 Príncipe da potestade do ar, Ef 6.12

7. O ESTADO ORIGINAL E QUEDA DE SATANÁS

7.1. Seu estado original

Parece ser ensinado nas Escrituras que o Diabo foi criado


perfeito em seus caminhos, como pessoa de grande beleza e
brilho, exaltado em posição e honra.

7.1.1. Criado perfeito em sabedoria e formosura, Ez 28.11,12.

7.1.2. Estabelecido como querubim da guarda, Ez 28.14.

7.1.3. Imaculado em sua conduta, Ez 28.15.

7.2. Sua queda

Como resultado de orgulho pela sua própria


superioridade, ele procurou desviar para si a adoração devida
exclusivamente a Deus; e que em consequência desse seu
pecado, ele foi rebaixado em sua pessoa, posição e poder
tomando-se o grande adversário de Deus e o inimigo do
homem.

314
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

7.2.1. O pecado

Seu pecado é chamado de orgulho, 1 Tm. 3.6 e por ser


caracterizado com falsa imitação de Deus.

- Orgulho e falsa ambição Ez 28 17; Is 14.13.

- Intenção de ser Deus Is 14.14.

7.2.2. A punição

Rebaixado em se caráter moral e deposto de sua exaltada


posição, Ez 28.16-19; Is 14.12. Satanás foi criado como anjo
de Deus, de exaltada posição e ordem, possuidor de grande
beleza e resplendor pessoais, dotado de poder e sabedoria
superiores, até que a iniquidade foi achada nele, quando
procurou tomar a posição e as prerrogativas pertencentes a
Deus.

8. OS JUÍZOS DE DEUS CONTRA A SATANÁS

8.1. Expulso de sua posição original Ez 28.16;

8.2. Julgamento pronunciado no Éden Gn 3.14,15;

8.3. Julgado na cruz Jo 12.31;

8.4. Preso durante o milênio Ap 20. 2;

8.5. Lançado no lago de fogo Ap 20.10.

Satanás está debaixo da maldição perpétua: sua derrota


foi decretada na cruz, ele está destinado a ser expulso dos

315
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

lugares celestiais, aprisionado no abismo e finalmente, lançado


no lago de fogo.

9. AS OBRAS DE SATANÁS

9.1. Em relação a Cristo

9.1.1. Predição do conflito Gn 3.15;

9.1.2. A tentação no deserto Mt 4.1-11;

9.1.3. Oposição à obra de Cristo Mt 2.16; Jo 8.44; Mt 16.23;

9.1.4. Apossou-se do corpo de Judas e o fez trair Cristo, Jo


13. 27.

9.2. Em relação às nações

9.2.1. Agora as engana Ap 20.3;

9.2.2. As reunirá para a batalha do Armagedom Ap 16.13,14.

9.3. Em relação aos descrentes

9.3.1. Cega seus entendimentos 2 Co 4.4;

9.3.2. Arrebata a Palavra de seus corações Lc 8.12; Mc 4.15;

9.3.3. Usa homens para se oporem a obra de Deus Ap 2.13;

9.3.4. Produz obreiros da iniquidade Mt 13.25,38 39;

9.3.5. Fornece energia aos seus ministros 2 Co 11.13-15;


Satanás conta com seus ministros e igrejas autorizadas, para
levar avante os seus propósitos.

316
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

9.4. Em relação aos crentes

9.4.1. Tenta-os a mentir At 5.3;

9.4.2. Acusa e difama os crentes Ap 12.10;

9.4.3. Dificulta seus trabalhos 1 Ts 2.18;

9.4.4. Vale-se de demônios para poder derrotá-los Ef 6.11,12;

9.4.5. Tenta-os á imoralidade 1 Co 7.5;

9.4.6. Semeia o joio entre os crentes Mt 13.38,39;

9.4.7. Incita perseguição contra os crentes Ap 2.10.

9.4. A defesa do crente contra o Satanás

O crente deve assumir a atitude de confiança contra seu


adversário, Satanás, contando com o poder de Deus, por meio
de Cristo, para obter vitória.

9.4.1. A obra intercessória Jo 17.15;

9.4.2. Nunca falar com desprezo de Satanás Jd 8,9;

9.4.3. Estar sempre vigilante 1 Pe 5.8;

9.4.4. Resistir ao diabo Tg 4.7;

9.4.5. Usar sua armadura especial Ef 6.11-18.

10. OS DEMÔNIOS, AGENTES DE SATANÁS

Em nosso estudo deste assunto, é necessário que


examinemos primeiro o sentido do termo “demônio”.

317
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Demônios são seres espirituais a serviço de satanás, seu


príncipe, para executarem seu intento. Palavra derivada do
grego “daimõn” e “‘daimonion” que significa “espírito
maligno”; o plural é “daimonia”.

10.1. A origem dos demônios

10.1.1. Os falsos ensinos

 Almas de homens maus já mortos. Ponto de vista pagão


grego.
 Espíritos desencarnados de uma raça pré-adâmica. A
Bíblia jamais menciona a existência de tal raça.
 Descendência de homens e mulheres anti-diluvianos. Gn
6.1-4.

10.1.2. O verdadeiro ensino

A Escritura ensina que os demônios são anjos caídos que


acompanharam Satanás em sua revolta contra a Deus, Mt
12.24; 25.41.

 Espíritos sem corpos 2 Pe 2.4; Jd 6.


 Liderados hierarquicamente por Satanás Ef 6.11,12.

11. AS CARACTERÍSTICAS DOS DEMÔNIOS

São seres espirituais Mt 17.18; Mc 9.25.

318
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

11.1. Seu intelecto

11.1.1. Conhecem a Jesus Mc 1.24;

11.1.2. Conhecem seu destino final Mt 8.29;

11.1.3. Conhecem o plano da salvação Tg 2.19.

11.1.4.Tem seu próprio sistema doutrinário bem


desenvolvido, 1 Tm. 4.1-3.

11.2. Sua moralidade

11.2.1. São chamados espíritos imundos Lc 9.38,39 42;

11.2.2. São maus e maliciosos Mt 8.28;

11.2.3. São vis e perversos Lc 9.39;

11.2.4. Sua doutrina leva à imoralidade 1 Tm 4.1,2.

12. AS ATIVIDADES DOS DEMÔNIOS

12.1. Em geral

12.1.1. Tentam subverter os propósitos de Deus Dn 10.10-14;


Ap16. 13-16.

12.1.2. Tentam estender a autoridade de Satanás cumprindo


a sua vontade Ef 6. 11,12.

12.2. Em particular

12.2.1. Podem causar doenças Mt 9.33; Lc 13.11,12, 16;

12.2.2. Podem possuir pessoas Mt 4.24;

319
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

12.2.3. Podem possuir animais Mc 5.13;

12.2.4. Opõem-se ao crescimento dos filhos de Deus Ef 6.12

e) Disseminam doutrinas falsas 1 Tm 4.1.

13. A POSSESSÃO DEMONÍACA

13.1. Definição

13.1.1 Possessão

“É a habitação de um ou mais demônios numa pessoa,


exercendo controle e influência diretos sobre ela, com certos
prejuízos para as funções mentais e/ ou físicas”.

13.1.2. Opressão

“É a influência demoníaca ou atividade demoníaca contra


uma pessoa”.

13.2. Efeitos

13.2.1. Doenças físicas, Mt 9.32,33. Há diferença entre a


doença e a possessão At 5.16.

13.2.2. Distúrbios mentais Mt 17.15.

13.3. Extensão

13.3.1. Quanto à pessoa;

13.3.2.Quanto à tempo.

320
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

13.4. O Destino dos demônios

No juízo final estes seres serão lançados no lago de fogo


(Gr. Geená), onde estará a besta e o falso profeta que foram
lançados antes no final da batalha do Armagedom “... E todo
aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado
no lago de fogo” Ap 20.10-15; 19.20.

CONCLUSÃO

Portanto, o estudo da angelologia torna-se importante e


necessário devido à ausência de informações sobre esses
seres espirituais. E o propósito pelo qual estudamos esta
doutrina, nos capacita para melhor entendermos as estratégias
do nosso inimigo e contra-atacarmos com mais eficiência.

321
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

24

MENSAGEM

TEMA: A GLORIOSA SALVAÇÃO

TEXTO: At 4.12

INTRODUÇÃO

A doutrina da Salvação é de suma relevância para todos


que se propõem em estudar as Escrituras e percorrer a vida
cristã vitoriosa, porque este é assunto é tão significativo ao
cristão que quer fundamentar a sua vida em conformidade a
vontade divina.

1. CONCEITUAÇÃO

A Doutrina da Salvação deriva-se de dois termos gregos:


soteria = salvação e logia = estudo, doutrina, tratado.

Podemos dizer, portanto, que a Doutrina da Salvação é o


estudo sistemático dos processos que envolvem a salvação.

1.1. Objetivos

1.1.1. Apresentar os processos que envolvem a Doutrina da


Salvação.

322
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

1.1.2. Levar a uma atitude correta e consciente referente à


salvação.

1.3. Importância

1.3.1. Promover uma conscientização de que a salvação é


uma garantia de vida eterna.

1.3.2. Capacitar a uma compreensão profunda da Doutrina


nos seus diversos aspectos.

2. ASSUNTOS PRELIMINARES

2.1. Pecado: O Grande Problema

2.1.1. O que é pecado

 Errar o alvo;
 Transgredir 1 Ts 2.14; Rm 5.14; Pv 28.13;
 Iniquidade 1 Jo 5.17.

2.2. O homem não pode remir-se sozinho Ef 2.8,9.

2.2.1. Todos pecaram Rm 3.23;

2.2.2. O salário do pecado Rm 6.23;

2.2.3. O pecado escraviza Jo 8.34.

2.3. A Redenção Do Pecado Tt 2.14

2.3.1. Preço da redenção 1 Pe 1.18,19; 1 Co 6.20;

 Como ser remido;

323
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

 Pelo Filho Jo 8.36;


 Pela verdade Jo 8.32

2.4. Um plano em ação: a salvação

2.4.1. Salvação da parte de Deus Jo 3.16; Lc 3.6;

 Promessa de Deus Gn 3.15;


 O enviado especial Hb 2.15,15; 1 Jo 4.14; Rm 5.8.

2.5. Salvação da parte do homem

 Crerem Jesus At 16.31;


 Arrepender-se At 3.19; 17.30;
 Aceitara Cristo Jo 1.12; 14.6; At 4.12;
 Confessar Rm 10.9,10; 1 Jo 4.15; At 19.18.

3. A SALVAÇÃO EM TRÊS TEMPOS

 Passado

Salvo da culpa e da penalidade do pecado Lc 7.50; 1 Co


1.18; 2 Co 2.5-8; 2 Tm 1.9.

 Presente

Salvo do hábito e domínio do pecado Rm 6.14; 8.2; 2 Co


3.18; Gl 2.12,20; Fp 1.19; 2.12,13; 2 Ts 2.13.

324
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

 Futuro

Salvo do corpo do pecado, isto é, das fraquezas físicas


como resultado do pecado na natureza humana Rm 8.18-23; 1
Co 15.42-44; Rm 13.11; Hb 10.36; 1 Pe 1.5; 1 Jo3. 2.

3.1. Resultado da salvação

3.1.1. Perdão dos pecados 1 Jo 1.9;

3.1.2. Purificação dos pecados 1 Jo 1.7;

3.1.3. Certeza de Salvação Jr 39.18;

3.1.4. Vida transformada 2 Co 5.17; Gl 2.20;

3.1.5. Vida eterna 1 Jo 5. 11-13;

3.1.6. Adoção de filhos Jo 1.12.

4. A ORIGEM DA SALVAÇÃO

4.1. A soberania de Deus

A Soberania de Deus relativamente à salvação do homem


significa que Deus é quem toma a iniciativa da realização da
obra salvífica. A iniciativa está com Deus e não com homem.
Se Deus não tomasse a iniciativa na salvação da criatura,
ninguém seria salvo. A soberania de Deus, com respeito à
salvação do homem, é simplesmente a sua iniciativa, tomada
em virtude da sua natureza, com o fim de salvar a
humanidade.

325
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

4.2. O sacrifício expiatório de Jesus Cristo

A salvação somente teve efeito quando o preço


estabelecido por Deus foi pago, isto é, foi necessário Jesus
Cristo morrer para a Expiação de nossos pecados 1 Pe
1.18,19.

4.3. A Obra restauradora do Espírito Santo

O Espírito Santo é o agente realizador que transforma e


restaura completamente o pecador quando este reconhece o
sacrifício expiatório de Cristo, fazendo com que o pecador
torne-se uma nova criatura Jo 3.3,5-8; Tt 3.5.

5. O PROCESSO DA SALVAÇÃO

5.1. Fé salvadora

É a fé que une a alma com Deus e resulta em salvação

5.1.1. A fé é o elo de ligação entre o crente e Cristo Gl 3.26;


Jo 1.12; 3.16; At 13.31.

5.1.2. É a causa instrumental da justificação Rm 3.1.

5.1.3. Fé é a condição apropriada para a salvação, porque a


apreensão intelectual e crença na verdade são necessárias, a
fim de nos rendermos a ela e obedecermos-lhe.

326
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

5.2. Arrependimento

É o ato de entristecer-se pelos pecados cometidos e não


desejá-los.

5.2.1. Arrependimento é o que torna possível o homem voltar-


se para Deus.

5.2.2. É o instrumento que leva à conversão At 3.

5.2.3. O arrependimento possibilita o homem sentir profunda


tristeza pelos seus pecados cometidos contra Deus e tomar a
decisão de não querer mais praticá-los, reconhecendo que
somente uma mudança promovida por Deus poderá modificá-
lo completamente.

5.3. Conversão

É voltar do pecado para Deus. Conversão é o lado


humano da transação que une a alma a Cristo. Literalmente,
conversão é virar às costas a direção que seguia e ir em uma
nova direção.

5.3.1. A conversão é o resultado da fé e do arrependimento.

5.3.2. Quando se crer na verdade e arrepender-se do pecado,


volta-se, consequentemente, para Deus.

5.3.3. A conversão é a tomada de decisão que propicia uma


nova vida em Cristo, pelo fato dela ser responsável pela nova
direção seguida em favor de Deus.

327
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

5.4. Regeneração

A regeneração é uma mudança radical, operada pelo


Espírito Santo na alma humana, por meio do Evangelho, e na
qual a disposição moral do homem se torna semelhante à de
Deus, tornando-se o homem unido com Jesus Cristo.

5.4.1. É um ato poderoso e criador de Deus.

5.4.2. É absolutamente essencial à salvação Jo3. 3.

5.4.3. A regeneração é uma doutrina exclusiva do


cristianismo.

5.5. Justificação

É um ato da livre graça de Deus no qual ele perdoa todos


os pecados, e nos aceita como justos diante de si, somente
por causa da justiça de Cristo a nós imputada e recebida pela
fé.

5.5.1. É um ato de Deus, em que ele declara o pecador


regenerado

Não somente livre da condenação, mas também


restaurado à graça divina Rm 3.24.

5.5.2. A justificação é um ato declarativo de Deus

5.5.3. A necessidade da justificação é devido ao fato de


que

328
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

 Todos pecaram Rm 3.23.


 Todos necessitam da justificação.
 Deus enviou Jesus para trazer a justificação.

Portanto conclui-se que: Jesus é à base da justificação. A


fé é a condição essencial exigida na justificação.A remissão da
penalidade traz a paz com Deus.

5.6. Santificação

É a obra da livre graça divina, pela qual somos renovados


no homem interior, segundo a imagem de Deus, habilitados a
morrer cada vez mais para o pecado e a viver para retidão.

5.6.1. Santificação: Hb. Separação exclusiva; Gr. Separado


para posse.

5.6.2. É uma obra experimental feita em nós, mudando nosso


caráter.

5.6.3. Santificação quer dizer, então, uma relação especial


com Deus e a realização de um caráter de acordo com essa
relação.

5.7. Adoção

É o ato da graça soberana mediante o qual Deus concede


todos os direitos, privilégios e obrigações da afiliação àqueles
que aceitam a Jesus Cristo. A palavra grega huiothesia,
(huioqesia) “adoção”, aparece cinco vezes no Novo

329
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Testamento, somente nos escritos de Paulo e sempre no


sentido religioso. Deus nos concede privilégios de família
mediante a obra salvífica do Seu filho incomparável, daquEle
que não se envergonha de nos chamar irmãos, Hb 2.11, Jo
1.12; Ef 1.4,5; Rm 8.15, 23.

5.8. Glorificação

É o ato final da salvação. Para ser entendida, é preciso


que se tenha uma ideia clara da palavra glória, porque
glorificação é a obra divina, no crente, que resulta na glória de
Deus. No hebraico esta palavra traz a ideia de ceifa,
especialmente a alegria de ceifar Rm 8.18,19, 30; 1 Co 15.51-
58; 1 Jo 3.2.

CONCLUSÃO

Portanto, a análise coerente deste assunto nos orienta a


prosseguirmos e permanecermos firmes neste propósito de
mantermos a nossa salvação.

330
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

29

MENSAGEM

TEMA: EVANGELISMO O DESAFIO FINAL DA IGREJA

TEXTO: MC 16.15

INTRODUÇÃO

“Nós não ganhamos almas porque isso nos faz


estremecer; ganhamos almas porque possuímos caráter
suficiente para obedecer e cumprir o nosso dever perante
Deus”. Não é minha intenção inspirar você a ganhar almas. A
inspiração para tal tarefa é algo momentâneo, passageiro.
Antes é meu desejo inculcar em cada um de vocês, alunos
deste grupo de estudo, a realidade de que devem ganhar
almas, porque isso é um dever. Precisamos servir a Deus, não
porque isso nos cause a sensação de sermos mais espirituais,
nem porque nos dá prazer, mas porque devemos servir a
Deus. Devemos orar, devemos ler a Bíblia, devemos ir à igreja,
devemos contribuir, porque Deus diz que o devemos fazer. Se
depender da minha vontade e da vontade de vocês, não
ganharemos almas. Então, porque nos dedicarmos a este

331
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

trabalho? Porque devemos faze-¬lo. É um dever. Essa é a


verdadeira razão.

1. A NECESSIDADE DA EVANGELIZAÇÃO

“Evangelizar é espalhar as boas novas de que Jesus


Cristo morreu pelos nossos pecados e ressuscitou dos mortos
de acordo com as Escrituras, e que como Senhor reinante, Ele
agora oferece o perdão dos pecados e o dom libertador do
Espírito Santo a todos os que se arrependem e creem... A
evangelização por si mesma é a proclamação do Cristo
histórico e bíblico como Salvador e Senhor, tendo em vista
persuadir as pessoas a irem a Ele pessoalmente e desta forma
serem reconciliadas com Deus.

Os resultados da evangelização incluem obediência a


Cristo, incorporação à Sua Igreja e um serviço responsável
diante do mundo.

A Grande Comissão, deixada por Jesus Cristo, a Seus


discípulos declara:

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações,


batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espirito Santo;
ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho
ordenado.”

332
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Tais palavras foram deixadas pelo Senhor entre as últimas que


Ele falou antes de voltar ao Céu. Foram dirigidas,
especificamente, aos Seus discípulos (não apenas aos daquela
época, mas a todos os que nele vierem a crer). O âmago do
Seu Mandamento é bastante evidente: “Ide... fazei
discípulos... batizando-os... ensinando-os.”

Entendemos que o propósito duplo da Igreja é a evangelização


e a edificação:

1.1. A evangelização se baseia no Ide... discipular... batizar.

1.2. A edificação se baseia no batizar... ensinar.

Assim, todas as atividades e objetivos da Igreja devem se


fundamentar sobre estes dois princípios. Uma igreja que não
procura praticar o evangelismo e a edificação não estará, com
certeza, obedecendo o propósito de Deus, magoando assim o
coração de Cristo.

Todos os salvos, em Cristo, possuem a dignidade e


privilégio de ser uma testemunha do Senhor. Mas acima de
tudo, como já dissemos anteriormente, a responsabilidade e o
dever de ganhar almas.

Alguém disse: “O sucesso da expansão de qualquer


movimento é diretamente proporcional ao seu sucesso em

333
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

mobilizar e ocupar todos os seus membros, numa divulgação


constante de suas crenças.”

2. O EVANGELISTA E SUA CHAMADA

Evangelista é o discípulo de Cristo que se preocupa em


obedecer a Palavra de Deus em anunciar o Evangelho.
Multidões seguiam a Jesus quando estava sobre a terra. Tais
pessoas ouviam Seus ensinos, e eram chamados seus
discípulos. Entretanto, uma grande parte não permaneceu com
Ele Jo 6.66. Entre os que continuaram com Ele estavam os
doze, aqueles que foram escolhidos, “a dedo”, pelo próprio
Senhor. A intenção do Mestre era treiná-los para serem os
Seus apóstolos, ou “enviados”, e foram esses homens que
aprendendo e aplicando a lição do Mestre realizaram a Obra
de Deus em seu tempo. Ao estudarmos a vida desses
apóstolos vemos, saliente aos nossos olhos, quatro passos no
seu preparo para servirem como “enviados” pelo Senhor:

 Chamados

Eles foram chamados e escolhidos por Cristo.

 Convivência

Eles andaram, sentaram, comeram, dialogaram com


Jesus.

334
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

 Aprendizagem

Eles receberam ensinamentos de como serem seguidores


e de como fazerem outros seguirem a Jesus.

 Obediência

Eles saíram, fizeram discípulos, os batizaram e os


ensinaram.

2.1. Encarando o medo!

Há tantos crentes que sentem real pavor quando alguém


os convida “Vamos evangelizar!” Logo surgem as desculpas.
Calafrios e dores na cabeça ou no estômago começam a
aparecer. E procuram evitar falar com alguém sobre o
problema.

A verdade, é que todos nós, de vez em quando, sentimos


temor. O medo é algo racional, é da nossa natureza humana.
Devemos vencer o medo com a fé. Quando nos domina de tal
forma, que nos impede de realizar a obra de Deus é hora de
buscar a ajuda do Espírito Santo, pois a Bíblia diz que Deus
não tem prazer naquele que retrocede na fé. Hb 10.38.
Então, quando tiver medo da rejeição ou do escárnio, ou
de falhar ou falar algo errado, ou do receio de testemunhar
por causa de algumas experiências improdutivas, lembre-se do
grande amor do Salvador. Este amor é para todos, e você tem

335
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

a honra de compartilhar com aqueles que estão sem Cristo.


Confie na Palavra de Deus. Reflita sobre a triste condição do
mundo perdido. Talvez você tenha um pouco de medo agora,
mas se negligenciar na evangelização aqueles que deixaram
de lhe ouvir falar de Jesus, sofrerão um castigo terrível no dia
do Juízo. Aí sim teremos muito mais a temer.

3. REQUISITOS ESPIRITUAIS NA VIDA DE UM


EVANGELISTA

Gostaria de destacar alguns requisitas que julgo


indispensável na vida daqueles que desejam ganhar almas
para Jesus.

3.1. Permanecer em Cristo Jo 15.4

3.1.1.Significa andar como Jesus andou. 1 Jo 2.6.

3.1.2. Significa obedecer a Sua Palavra. Jo 14.21.

3.1.3. Significa dar frutos para Deus. Jo 15.4

A Bíblia ensina que aquele que não deixa pai, mãe, irmão,
etc., por causa de Jesus não é digno dEle. E fácil servir ao
Senhor só em certas tarefas ou ocasiões. Porém, só o cristão
frutífero está disposto a ser usado por Deus em qualquer coisa
ou momento.

Por isso, limpe sua vida de todo mal e busque o poder de


Deus como nunca o fez e comece a aproveitar todas as

336
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

oportunidades para testificar de Jesus. Então um gozo


indescritível encherá a sua vida.

3.2. Conhecer a Bíblia Sl 119.105

3.2.1. Porque é o alimento da alma. 1 Pe 2.2; Lc 4.4

3.2.2. Para crescer na vida cristã. 2 Tm 3.15-17

3.2.3. Para estar fortalecido na hora da tentação. Mt 4.4; Jr


15.16; Ef 6.10-17.

3.2.4. Porque guarda e limpa nosso caminho e preserva a


alma. Sl 119.9-11

3.2.5. Porque é a arma mais forte para evangelizar.

3.2.6. Mesmo os mais duros, pois ela é como martelo. Jr


23.29

3.2.7. Para os indiferentes é como espada de dois gumes. Hb


4.12

Os bebês ao nascer são por vezes feios e débeis —


porém, à medida que se alimentam, a cabecinha torna a forma
normal e o corpinho cresce até que o bebê se torna bonito e
forte. É o quadro do crente quando aceita Jesus, ele nasce de
novo, Jo3. 7. Ele é como um bebê; precisa alimentar-se bem,
crescer e fortalecer-se. Precisa de nutrir-se bem na Palavra de
Deus, de modo que seja capaz e ativo nesta luta de levar o
Evangelho às criaturas.

337
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3.3. Ter uma vida de oração Mt 6.6

3.3.1. Porque pela oração nos comunicamos com Deus. Lc


11.9,10; Jo 16.24

3.3.2. Ao orar podemos

3.3.3. Louvar e adorar ao Senhor. Sl 50.23; Hb 13.15

3.3.4. Agradecer Suas misericórdias que são novas cada


manhã. 1 Ts 5.18; Ef 5.20

3.3.5. Interceder pelos homens. Ef 6.18; 2 Tm 1.3

3.3.6. Confessar os nossos pecados a Deus. Sl 66.18; 1 Jo 1.9

3.3.7. Pedir bênçãos que promovam a glória de Deus. Mt 7.7;


Tg 4.3

3.3.8. Conhecer a vontade de Deus. Rm 12.2; 1 Jo 5.14,15

Evangelizar sem orar é derrota segura. Por isso você deve


orar antes, durante e após a evangelização. É muito
importante fazer parte de um grupo de oração na igreja. Se
não pode, então dedique tempo a sós com Deus rogando que
Ele o abençoe, e abençoe aqueles a quem você vai falar.
Lembre-se muitas almas dependem do seu testemunho para
encontrar Jesus como Salvador e Senhor Por isso trabalhe
como se tudo dependesse de você, e ore como se tudo
dependesse de Deus.

338
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

4. PRINCÍPIOS OU NORMAS DA EVANGELIZAÇÃO

Existem certos princípios ou normas que um (a)


evangelista precisa conhecer e aplicar. Sem um pleno
conhecimento destas “leis da evangelização” os seus esforços
em transmitir as Boas Novas cairão em terra infrutífera. Se
estas regras não forem obedecidas e usadas, as proclamações
do mais sincero crente não terá efeito algum nos ouvidos das
pessoas necessitadas de Cristo.

Vejamos tais regras:

4.1. Evangelização é o trabalho do Espírito Santo Jo


6.63.

4.1.1. Nem é preciso falar, mas todos nós, servos do Senhor,


necessitamos e muito da Ação do Espírito Santo. É Ele que faz
a obra através de nós. “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois
que me ungiu para evangelizar os pobres...” Lc 4.18.

4.1.2. O alvo da evangelização é fazer discípulos de Jesus. Mt


28.19,20; Mc 16.15.

4.1.3. Para que se possa ceifar é preciso plantar. Jo 4.36; 1


Co 3.6; Gl 6.7.

Plantar sementes é necessário em cada aspecto da


evangelização: o preparo, o treinamento, a oração, a

339
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

organização, a proclamação. Quando se semeia com


abundância, também se ceifará abundantemente. 2 Co 9.6

4.1.4. A evangelização se edifica sobre


relacionamentos

No relato de João 1.40-42, André levou Simão e


apresentou a Jesus. Este incidente marca a primeira vez,
registrada no Novo

Testamento, em que alguém levou outra pessoa a Jesus.


Simão foi evangelizado pelo seu irmão André. Isto deve ser o
padrão fundamental da evangelização. Precisamos entrar em
contato com as pessoas, ganhar sua amizade e em confiança
conduzi-las a Jesus.

4.1.5. Participação e firmeza 1 Co 15.58

Os crentes que não participam ativamente dos trabalhos


(principalmente a evangelização) da Igreja, jamais poderão
sentir a alegria de serem recompensados pelo Senhor.

4.1.6. Equilíbrio

Há dois lados na evangelização: O lado humano e o


espiritual. A ênfase humana é o envolvimento, já a ênfase
espiritual é a oração. Ambas são muito importantes. Como
falou um grande ganhador de almas: “Evangelizar é como
remar um barco de dois remos. Quando se usa o remo direito

340
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

de oração e o remo esquerdo de relacionamento humano de


forma coordenada, o barco anda certo e reto em direção ao
seu alvo, neste caso, a salvação das almas.”

5. O DESENVOLVIMENTO DA EVANGELIZAÇÃO

Um certo engenheiro, assinou um contrato, que o tornava


responsável pela construção de uma ponte sobre um rio. Ele
começou, então, a planejar e preparar os passos necessários
para a edificação da

ponte. Pesquisou o rio, as suas margens, os acessos, o clima,


o material, etc. depois, iniciou a construção.

Longos meses se passaram, mas finalmente, a ponte


estava pronta para ser inaugurada. Muitas pessoas
importantes participaram do ato inaugural, quando a fita
comemorativa foi cortada.

O primeiro carro começou a atravessar a ponte nova em


folha. Buzinando e festejando. Logo outros carros o seguiram.
Mas quando o primeiro estava quase a chegar ao outro lado,
ouviu-se um tremendo estrondo e a ponte ruiu, diante de
todos os espectadores, caindo pesadamente nas águas
profundas abaixo.

As mortes e sofrimentos foram muitos. Descobriu-se


depois que o engenheiro, para economizar, tinha usado

341
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

material de segunda qualidade e a nova e linda ponte não


pode suportar o peso dos veículos.

A ilustração acima é fictícia, porém, já temos ouvido de


algo semelhante acontecer, simplesmente porque alguém
falhou em algum detalhe.

Como discípulos de Cristo, fazemos parte de uma equipe de


trabalho que edifica pontes entre Deus e os homens.
Felizmente o Arquiteto chefe é o Senhor e o Engenheiro é o
Espírito Santo. Porém, isto não diminui a nossa
responsabilidade quanto à construção destas pontes. A graça
de Deus muitas vezes “corrige” alguma falha cometida
involuntariamente por nós, prevenindo assim um desastre.
Precisamos, no entanto, prestar muita atenção no Manual de
construção destas pontes - A Bíblia, a fim de nunca relaxarmos
na obra do Senhor. A evangelização de um perdido envolve as
seguintes situações:

5.1. Os três temas críticos

5.1.1. O problema do homem

Todos são pecadores e o pecado os separa de Deus.

5.1.2. A solução de Deus

Calvário é a única provisão de Deus para o problema do


homem.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

5.1.3. A responsabilidade do homem

Aceitar a solução de Deus, isto é, exercer fé salvadora,


afirmando por uma escolha pessoal e confiando
exclusivamente na obra de Cristo na cruz como suficiente
pagamento para o seu pecado.

5.2. As cinco verdades básicas do evangelho

5.2.1. Deus é bom, não deseja que ninguém pereça 1 Tm 2.4;


Mt 25.41.

5.2.2. A Bíblia ensina que todos os homens são pecadores Is


53.6; Rm 6.23.

5.2.3. A penalidade para o pecado do homem é a morte. Ez


18.4; Rm 6.23.

5.2.4. Jesus, o Filho de Deus, morreu no Calvário para pagar


a penalidade, a divida por completo, do pecado do homem. -
Rm 5.8; 2 Co 5.21; 1 Pe 1.18,19; 2.24; 3.18.

5.2.5. Cada pessoa, individualmente, precisa aceitar por


vontade própria e depender exclusivamente da obra de Cristo
como pagamento justo dos seus pecados. - Jo 1.12; Rm 3.24,
25; 4.20, 21; Hb 6.18.

Procure dominar bem estes três temas críticos da


evangelização e estas cinco verdades básicas do Evangelho

343
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

para que o seu desempenho possa ser frutífero na Maravilhosa


tarefa de ganhar almas para Cristo.

6. DICAS SOBRE COMO EVANGELIZAR BEM

Neste capítulo mostraremos em como apresentar o


Evangelho em apenas seis passos.

6.1. Como apresentar o evangelho de forma simples.

6.1.1. Diga seu nome;

6.1.2. Sua Igreja;

6.1.3. Seu objetivo;

6.1.4. Fale com a pessoa sobre ela, sua vida, sua família, seus
interesses, etc;

6.1.5. Converse com ela acerca da sua vida religiosa;

6.1.6. Fale sobre a igreja que você frequenta, os cultos, os


programas, a fraternidade, etc.

6.2. Procure compartilhar com a pessoa o seguinte:

6.2.1. A religião não salva.

6.2.3. Sua própria vida não tinha valor nem propósito antes
de conhecer a Cristo.

6.2.4. Alguém lhe falou, em uma mensagem ou testemunho,


de Cristo e isto o comoveu.

344
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

6.2.5. Tal comoção fez você se decidir em aceitar a Cristo


como Salvador.

6.2.6. Sua convicção de que ao morrer irá para o Céu.

6.2.7. Diga que quem fez a mudança em sua vida (uma


transformação) foi Jesus.

6.3. Faça apenas estas duas perguntas:

6.3.1. Se você morresse hoje, tem a certeza de que irá para o


céu? Será que a sua vida espiritual está tão bem assim?

6.3.2. Se morresse hoje e comparecesse diante de Deus, e Ele


lhe perguntasse: “Por que devo permitir que você entre no
Meu céu?” Como você responderia?

7. COMO CONDUZIR UMA PESSOA À DECIDIR-SE POR


CRISTO?

Uma decisão é feita na base da compreensão. Por isso, é


necessário que a pessoa que está sendo evangelizada entenda
bem os três temas e as cinco verdades bíblicas da
evangelização. Se for necessário, faça uma recapitulação com
ela.

Após compartilhar o Evangelho com amor, faça as


seguintes perguntas procurando com elas encorajar a pessoa a
confiar em Cristo. Você concorda que o que tenho falado, está
certo e faz sentido? Se a resposta for negativa, pergunte o que

345
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

é que não faz sentido e volte a explicar a dúvida mencionada.


Se a resposta for sim, então faça a segunda pergunta.

Há algum motivo ou razão qualquer que impeça você, de


colocar a sua confiança absoluta em Jesus Cristo como seu
Senhor e Salvador, agora?

7.1. É provável que a pessoa lhe dê uma das seguintes


respostas:

Isso poderá me trazer problemas com a minha família.

Então você justificará:

Minha experiência pessoal com Cristo tem resultado em


maior amor na minha família. É possível, porém, existem
certas coisas que em certos casos, importam mais.

A maioria dos pais, neste mundo, querem o que for melhor


para os seus filhos. Cristo falou que o amor a Ele deveria vir
antes da família. Já tentei antes e não deu certo.

7.2. Suas justificativas

Não tente crer. A fé se baseia em fatos objetivos. Jesus


Cristo morreu por você. A fé salvadora é um dom de Deus, e
não de seus esforços para crer ou não.

Fato de que “não deu certo” só mostra que você não


entendeu direito os fatos da morte de Cristo por você. Eu
posso te afirmar que dá certo porque aconteceu comigo.

346
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Você não procura crer num motorista de taxi para o levar


a um lugar qualquer. Você simplesmente aceita o fato de que
ele levará você aonde você ordenou. Faça assim com Jesus.
Apenas aceite o fato de que Ele morreu por seus pecados. Eu
me sinto meio sem jeito para tomar essa decisão.

7.3. Justifique assim:

7.3.1. Satanás fará todo o possível para fazê-lo rejeitar esta


oportunidade.

7.3.2. Não permita que as suas emoções governem a sua


vontade. Já temos estabelecido que aceitar a Cristo é algo
bem lógico e racional. Agora, com o coração, confie no Senhor
para sua salvação.

7.3.3. Se você se sente sem jeito agora, então o que me diz


que sentirá quando estiver diante de Deus face-a-face e
naquele momento descobrir que rejeitou a Ele pela falta de
jeito? Sua decisão agora determinará o seu destino diante de
Deus naquele dia. Eu estou satisfeito com a vida que tenho.
Não quero mudá-la.

7.4. Suas justificativas:

7.4.1. Salvação, em si, não depende simplesmente de suas


mudanças, mas sim de fé no Calvário.

7.4.2. Será que você está sendo sincero (a) mesmo?

347
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

7.4.3. Se sim. Então é porque a solução de Deus não é para


você. Porém lembre-se que um dia você e eu estaremos diante
dEle para prestarmos conta pela forma como vivemos a vida
aqui. Acho muito bonito — Mas tenho minhas dúvidas.

7.5. Justifique assim:

7.5.1. Seja paciente - Se a sua incerteza é autêntica, dê ao


Espírito Santo espaço e tempo para trabalhar em sua vida.

7.5.2. Pergunte à pessoa qual a natureza de suas dúvidas. Se


você não conseguir ajudá-la a apagá-las, então se ofereça
para fazer uma oração buscando a ajuda do Espírito Santo, e
concedendo-lhe a oportunidade de um novo encontro. Ore
para Deus abençoá-la e orientá-la em tudo.

7.6. Algumas respostas que poderão trazer surpresa a


você:

7.6.1. Eu creio que as boas obras salvam

Mostre em sua Bíblia os textos de Efésios 2.8,9 e


Romanos 7.18,19

Pergunte: Será que você tem feito tamanhas boas obras,


ao ponto de sentir-se justificado (a) diante de Deus, a fim de
garantir sua entrada no céu?

7.6.2. Eu creio que já estou salvo.

Então me conte como foi a sua experiência de salvação.

348
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Como estão os seus frutos espirituais. Como está sua vida


espiritual.

Se você sentir que ela titubeia, volte aos três temas e as cinco
verdades básicas do Evangelho, procurando-a levar à realidade
da salvação autêntica.

7.7. Se a pessoa se mostrar interessada em tomar uma


decisão por Cristo:

7.7.1. Verifique então as seguintes coisas, que são o âmago


da decisão.

 Você reconhece que é um (a) pecador (a) perdido (a)?


Você se sente totalmente incapaz de fazer alguma coisa, por
meio de religião ou reformas sociais, para se salvar?
 Você reconhece que Jesus Cristo é seu Salvador, e único
Senhor? Crê que Jesus Cristo, o Filho de Deus, derramou Seu
precioso sangue, no Calvário, para pagar a penalidade máxima
dos seus pecados?
 Você deseja, de todo coração, aceitar, agora, a Jesus
Cristo para ser perdoado dos seus pecados? Você crê, pela fé,
na oferta gratuita de vida eterna que Deus promete a todos
que colocam sua esperança na Obra redentora de Cristo?

349
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

7.7.2. A oração de entrega

Se a pessoa respondeu afirmativamente as perguntas


acima, então:

 Explique que a oração é simplesmente a expressão vocal


dos pensamentos e sentimentos de uma pessoa à Deus.
 Diga a ela, que a oração não salva - A fé é que gera a
salvação (pela Graça de Deus).
 Encoraje-a a orar, usando as suas próprias palavras. Se
precisar de ajuda, então, instrua-a, porém, não apresente
nenhuma oração por escrito, tipo padrão. Sugira, à pessoa, os
seguintes pontos a serem apresentados na oração:

Conte a Deus que reconhece ser pecador. Diga a Ele que crê
que Jesus Cristo morreu por seus pecados. Fale a Ele, agora
mesmo, que está confiando na obra completa de salvação
oferecida no Calvário e que sabe que será recebido como filho
(a). Agradeça a Deus por Seu amor incomparável.

7.7.3. Depois de feita a oração de entrega

 Abra sua Bíblia em João 6.47. Peça para a pessoa ler em


voz alta. Após, faça-lhe as seguintes perguntas:
 Quem fez essa promessa?
 Que Ele prometeu?
 Sobre qual condição?

350
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

 Você acaba de colocar sua fé no Senhor, para sua


salvação?

Então você está seguro em Cristo?

7.7.4. Se as respostas forem positivas

 Dê-lhe as boas vindas à família de Deus.


 Procure estimular a pessoa, a contar à outros o que lhe
aconteceu.
 Convide a pessoa para assistir os cultos da igreja,
oferecendo-se, se possível, para buscá-la e levá-la nos
primeiros dias.
 Coloque-se á disposição da pessoa para conversar com ela
sobre a fé.

8. OBJEÇÕES GERALMENTE APRESENTADAS

Quando anunciamos o Evangelho, às pessoas, geralmente


formulam perguntas e objeções no sentido de apresentar suas
dúvidas ou apenas criar embaraços para o evangelista.
Apresentamos aqui algumas situações, desse tipo, com as
possíveis respostas.

8.1. E os pagãos? (referindo-se aos índios, os selvagens, os


aborígenes, etc.). Todos os homens tem as leis de Deus
escritas no coração, todos possuem uma consciência Rm 2.

351
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

8.8.1. Quando os homens respondem positivamente à luz que


conhecem, Deus lhes dará mais iluminação At 10.11.

8.8.2. É por isso que devemos levar o Evangelho àqueles que


não conhecem a mensagem de salvação Rm 10.

8.8.3. A salvação não é um ato da justiça dos homens, e sim


um ato da misericórdia de Deus. Quanto aos pagãos, vamos
deixá-los com Deus, mas você nunca poderá alegar que
ninguém lhe falou de Jesus e da salvação.

8.2. Todas as religiões levam a Deus.

A Bíblia, a minha autoridade sobre Deus, diz que: “Não há


salvação em nenhum outro, a não ser em Jesus” At 4.12.

Ela apresenta Jesus como o único caminho para Deus.


Jesus mesmo disse: “Eu sou o caminho e a verdade, e a vida.
Ninguém vem ao Pai senão por mim.” Jo 14.6.

Ela fala, que se o homem pode salvar-se por outro meio


(sinceridade, bondade, religião, moralidade, etc.), Cristo
morreu em vão GI 2.21

8.3. Por que os inocentes sofrem? por que há tanta dor


no mundo?

Não somos máquinas. Todos nós temos livre arbítrio


(escolha). Todo mal e a maior parte do sofrimento, é resultado
de escolhas erradas que fazemos.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Quando Deus criou o mundo, não o fez da forma que


está hoje. Você não concorda que Deus não é o responsável
por toda essa miséria criada pelo próprio homem?

Jesus Cristo veio exatamente para solucionar o problema


da maldade no mundo, por causa do pecado. O que os
homens fizeram com Ele; O rejeitaram como ainda hoje o
fazem. Quão bom seria este mundo se todos compreendessem
a missão de Jesus e O aceitassem como Salvador e Senhor.

8.4. A Bíblia está cheia de erros

Mostre um, especificamente.

Provavelmente, os erros que ocorrem é devido à


gramática, interpretação, pequenos acréscimos ou
comentários ao texto original, etc. Quando a Bíblia estava
sendo copiada de época para época. Porém tais erros são
mínimos e não afetam o conteúdo de Sua mensagem.

Não existe nenhuma doutrina ou verdade chave da Bíblia


que tenha sido alterada ou afetada por esses minúsculos
erros.

A chave em conhecer a Bíblia como Palavra inspirada por


Deus é compreender as suas profecias.

353
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

8.5. A experiência cristã é meramente psicológica

Como explicar então o fato de existirem crentes de todos os


tipos: ricos, pobres, velhos e moços, sábios e ignorantes, ex-
mórmons, ex-macumbeiros, ex-espíritas, ex-muçulmano, etc.

É bem verdade que uma pessoa pode sofrer de


alucinações, mas milhões delas?

O fator principal da experiência da vida cristã é: Fé, no fato


objetivo da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Um fato
Histórico.

A experiência cristã está alicerçada solidamente em fatos


históricos e objetivos. Jesus Cristo morreu pelos meus
pecados.

8.6. Não posso alcançar o céu vivendo uma vida boa e


moral?

A exigência de Deus para se qualificar para a entrada no


céu é perfeição. Se puderes ser perfeito na vida então entrarás
no céu. O testemunho da Bíblia, acerca do homem, é que
ninguém é perfeito. Rm 3.10

Como este testemunho bíblico é verdadeiro; vemos ser


necessário encontrar o único caminho traçado por Deus, o
caminho da justiça e retidão. E este só poderemos encontrar
em Jesus Cristo. Jo 14.6. A verdade é que: uma vida exemplar

354
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

não traz salvação. A salvação, realizada por Cristo na pessoa,


é que produz uma vida boa e moral.

9. A PRESERVAÇÃO DA EVANGELIZAÇÃO

É bom evangelizar e ter resultados. Porém é mais


importante ajudar o novo convertido a crescer na fé. Jesus
mandou-nos amar os nossos irmãos. Ajudemo-los a crescer na
graça, e acabemos bem a obra que começamos. Jo 17.4.

Damos, aqui, oito metas básicas que lhe ajudarão a


manter o resultado alcançado:

9.9.1. Ajude a pessoa recém-convertida a conhecer a igreja


para que ela possa frequentar e participar dos cultos.

9.9.2. Apresente-a ao seu pastor, que por certo terá muita


alegria em recebê-la no convívio da igreja.

9.9.3. Ajude-a a estabelecer amizades e relacionamentos


cristãos.

9.9.4. Auxilie-a a participar de estudos bíblicos.

9.9.5. Procure orientá-la a entender os princípios


fundamentais do Cristianismo.

9.9.6. Observe e regozije-se com ela quando fizer descobertas


iluminadas e alegres em seu estudo pessoal da Bíblia.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

9.9.6. Responda-lhe as perguntas de modo sincero (se não


souber as respostas, seja honesto, fale que realmente não
sabe, mas que irá descobrir a resposta. Quem sabe até juntos
poderão encontrá-la).

9.9.7. Saliente sempre as grandes verdades da Bíblia, quanto


à salvação de uma alma:

Salvação não se baseia em emoções ou nossa “atuação”.


Mas, sim naquilo que Deus falou 1 Jo 5.10 e fez 1 Jo 4.10.
Deus não demonstra “favoritos” Rm 10.13. Ele salva aquele
que deposita a sua fé nEle 1 Jo l.12,13.

Teremos inimigos a enfrentar (principalmente três: o


mundo - 1 Jo 2.15,16; a carne - Gl 5.16 e o diabo - 1 Pd 5.8,9,
mas Deus anela a nossa constante consagração (dedicação a
Ele) Dt 10.20,21; Sl 23.3; Lc 22.15, e nos ajuda a vencer e
continuar sendo fieis a Ele. 1 Ts 4.16,18.

A fim de discipular de forma correta, um novo convertido,


é absolutamente necessário, estabelecer certos padrões, que
precisam ser seguidos: Combine uma hora, esporadicamente,
para se encontrarem e conversarem. Escolha um local, quieto,
tranquilo e de fácil acesso.

Gire sua conversa em torno da palavra de Deus, de


pequenos estudos bíblicos previamente elaborados, vida cristã,
oração, etc.

356
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

9.1. Saiba que o seu processo de discipulado está


dando resultado

Quando:

9.1.1. O novo convertido é agora seu amigo.

9.1.2. Ele entende e fala, com facilidade, sobre a sua


conversão.

9.1.3. Ele está crescendo no seu amor para com a Bíblia, a


Palavra de Deus.

9.1.4. Ele se sente à vontade, em meio à comunhão e a


confraternização dos crentes.

CONCLUSÃO

O Novo Testamento relata uma mensagem importante


que precisa ser comunicada. Esta mensagem vem de Deus, na
pessoa de Jesus Cristo. Ele é o Evangelista por excelência,
como também Aquele que engloba as Boas Novas nas obras
dinâmicas de poder, prodígios e ensinamentos com autoridade
que entregou aos seus discípulos. Esta mensagem é de tal
importância que tem o poder de transmitir (levar ou conduzir)
a vida abundante do Reino de Deus àqueles que estão
dispostos a recebê-la.

357
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

“Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor

do firmamento; e os que converterem a muitos para a

justiça, como as estrelas sempre e eternamente” Dn 12.3.

358
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

26

MENSAGEM
TEMA: DISCIPULADO PRODUTIVO PARA O
CRESCIMENTO DA IGREJA MODERNA
TEXTO:

INTRODUÇÃO
A igreja foi estabelecida para adorar a Deus. A adoração
se constitui de ações e atitudes que reverenciam e honram a
dignidade do grande Deus do céu e da terra. Ela exige uma
entrega de fé ao Todo Poderoso e um reconhecimento de que
ele é Deus e Senhor. Essa entrega, no Antigo Testamento,
era representada através dos sacrifícios instituídos no
Pentateuco, pelos quais o ofertante reconhecia os pecados e
se submetia plena e voluntariamente a soberania divina.
Mesmo antes das normas dadas por Deus através de Moisés,
regularizando o culto divino do povo de Israel, os patriarcas
tinham como prática a oferta de holocaustos como
testemunho de sua adoração, Gn 12:7, 8; 13:4, 18; 26:25;
33:20.
No Novo Testamento, a adoração é oferecida mediante o
eterno e perfeito sacrifício de Jesus Cristo, que substituiu para

359
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

sempre o sistema de sacrifícios do Antigo Testamento e


entregou a homem o direito de chegar com ousadia e
liberdade, na presença de Deus, Hb 10:19-23. Segundo
Romanos 12:1, adoração é a entrega pessoal e incondicional
de todo o ser “em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”.
Isto em cada ato praticado, mesmos os considerados mais
simples, sob a nova aliança, deve trazer em si o propósito de
reconhecer e honrar a Deus como o Senhor soberano sobre
todas as coisas.
1. O POVO DE ISRAEL CHAMADO PARA A ADORAÇÃO
O pacto de Deus com Israel tinha como selo a
adoração ao seu nome. A chamada de Deus a Moisés, do
meio da sarça, no Monte Sinai, deixa clara esta verdade. Em
Êx 3:12 o Senhor estabelece como sinal do cumprimento de
sua promessa de libertação o fato que os israelitas o serviriam
no mesmo lugar onde havia chamado Moisés.
Servir aqui é total adoração. Em Ex 3.18, ao orientá-lo
sobre como dirigir-se a Faraó, ordena que diga: "Deixa-nos ir
caminho de três dias para o deserto, para que sacrifiquemos
ao Senhor nosso Deus". Sacrificar, aqui, é também plena
adoração.
Depois, quando Moisés e Arão se apresentaram diante de
Faraó, afirmaram: “Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Deixa
ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto”.

360
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Celebrar uma festa, aqui, é mais uma vez a verdadeira


adoração. A instituição da primeira páscoa, como símbolo da
saída do Egito, teve também o mesmo propósito, Êx 12:14,
25. Um estudo pormenorizado das leis estabelecidas para
governar o povo de Israel revelará que o objetivo principal era
o reconhecimento da grandeza, sabedoria e soberania de Deus
no governo do mundo. No entanto só a construção do
tabernáculo e mais tarde o templo, favoreceu a formalização
da prática regular das festas e rituais previstos para a
adoração pública, Lv 23:4-43.
2. A IGREJA CHAMADA PARA A ADORAÇÃO
Com a rejeição de Israel ao plano divino, a Igreja deu
continuidade ao propósito de Deus. Portanto, uma de suas
finalidades é a adoração ao Senhor. Todos os seus atos,
diretos e indiretos, visam reconhecer o governo de Deus sobre
ela, através de Jesus Cristo, buscando, em primeiro lugar, a
perseverança na comunhão íntima e pessoal com o Altíssimo,
1 Pe 2:5; Ef 2:21, 22, veja que a Igreja é "a morada de Deus
no Espírito", o que quer dizer que ali está à presença da sua
glória, majestade e poder, transmitindo assim a comunhão
entre o Pai e seus adoradores, Jo 4:23.
2.1. A Comunhão na adoração
A Igreja foi, também estabelecida para a prática da
comunhão fraternal entre os crentes. Comunhão é uma

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palavra grega (koinonia) que tem a ver com o relacionamento


espiritual, pessoal e social entre os que compõem a Igreja, 2
Co 13:13; Fp 2:1, 2.
Comunhão é muito mais do que cumprimentar os irmãos na
Paz do Senhor. É um intenso compartilhamento de tudo
quanto se relaciona a vida cristã. É caminhar, lado a lado, a
carreira para a qual os crentes foram chamados, e no dizer de
Paulo, "Alegrar-se com os que se alegram e chorar com os que
choram", Rm 12:15. Em outras palavras é levar as cargas uns
dos outros, Gl 6:2.
A Igreja primitiva levou a comunhão tão a sério que todos
tinham tudo em comum, de modo que não havia nela nenhum
necessitado, At 4:32-34. Este é o verdadeiro sentido da
comunhão bíblica, que expressa não só ter os mesmos
sentimentos, mas também compartilha uns com os outros nas
suas necessidades, Rm 12:13.
2.2. A Busca da comunhão
Buscar a comunhão com os demais crentes é uma
condição básica para a vitória espiritual de cada crente. O
salmo 133 expresso essa necessidade e os resultados em
obedecê-las: unção, bênção e vida para sempre. A mesma
ênfase aparece na oração sacerdotal, Jo 17:20-23.

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2.3. A Prática da comunhão


A comunhão pode ser exercitada no amor ao irmão mais
fraco, que depende de ajuda para manter-se em pé, Rm 14:1,
13, no companheirismo que honra o próximo ao invés de si
mesmo, Rm 12:10, na solidariedade que assiste o irmão
necessitado, Gl 6:10, na prática da justiça que não toma para
si o que é de outro, Tg 5:4, no uso da misericórdia que acalma
o juízo, Tg 2:13, no cuidado para com os que sofrem, Rm
12:15, na ausência de inveja quanto aos companheiros que
ocupam posições mais elevadas ou possuem mais recursos
financeiros, Tg 3:14-16, e na semeadura da paz que elimina as
contendas e murmurações e promove a unidade de todos.
3. A EVANGELIZAÇÃO
3.1. O lugar da evangelização
É comum colocar-se a evangelização como prioridade
número um da Igreja. Em certo sentido não deixa de estar
correto, pois em relação ao mundo esta é a sua principal
tarefa. No entanto, nesse comentário ela não foi colocada em
terceiro lugar por acaso, há uma razão. É que a evangelização
só tem êxito, se os crentes estiverem bem ajustados no que já
foi explicado. Em Jo 17:23 esta sequência aparece de maneira
clara: "Eu neles, e tu em mim" (comunhão com Deus), "para
que eles Sejam perfeito em unidade" (comunhão uns com os
outros), e “para que o mundo conheça que tu me enviaste”

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(evangelização). Uma Igreja que não adora a Deus e onde não


se exercita a comunhão uns com os outros não terá o brilho
da verdadeira luz que atrai os pecadores, Mt 5:14-16. Antes de
sair ao mundo para pregar, a Igreja precisa desenvolver seu
relacionamento com Deus e a comunhão entre os membros
que a compõem. Isto, por si só, bastará para que ela seja
afogueada em seu desejo de ganhar almas.
3.2. A Ordenança da evangelização
A evangelização é uma ordenança bíblica dada por Jesus
a sua Igreja, Mc 16:15; Mt 28:10 com At 1:8. Deixar de
evangelizar é o mesmo que passar ao largo, enquanto pessoas
estão morrendo, abandonadas sob os escombros do incêndio.
Muitas Igrejas estão acomodadas enquanto a sua volta muitos
caem para o fogo eterno. Uma Igreja assim não merece este
título e precisa o quanto antes arrepender-se para não ser
achada em falta e sofrer o juízo divino. Ap 3:14-18.
3.3. O Imperativo da evangelização
A evangelização é um imperativo porque este é o meio
pelo qual os pecadores podem arrepender-se e chegar ao
conhecimento da verdade, Jo 6:39, 40. Lembre-se que você
é salvo devido ao trabalho de evangelização de alguém, e,
portanto, deve dar continuidade ao processo para que os
outros sejam também alvos da mesma bênção. Proclamar o
nome de Jesus Cristo significa oferecer a única possibilidade

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de salvação para o perdido, At 4:12. Se ele não tiver acesso


ao nome de Jesus, que salva, estará irremediavelmente
condenado.
4. O RESULTADO DA EVANGELIZAÇÃO
Finalmente, a evangelização não se esgota no ato de falar
de Cristo a alguém. Ali inicia-se o trabalho, a ordem do Mestre
é clara: Fazei discípulos. É algo que começa com o anúncio
das boas novas e continua até que Cristo seja formado em
cada novo convertido. Tem as seguintes finalidades:
4.1. A Integração
O ato de tornar o novo crente parte natural do corpo de
Cristo, e mais um frequentador dos cultos na Igreja.
4.2. Discipulado
O processo de formação espiritual do novo crente através
do ensino bíblico adequado para esta fase. 1 Pe 2:2.
A integração e o discipulado são portanto, prioridades da
Igreja em sua tarefa de trazer os pecadores a Cristo.
4.3. A integração do novo crente
A falta de empenho em integrar e discipular os novos
crentes tem resultado em perdas quase totais da colheita de
almas. Segundo pesquisas, de 100 novos decididos, apenas 5
chegam ao batismo, ou seja, as perdas são de 95 por cento,
isto sem contar os que se desviam depois.

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Fica claro que estes percentuais se contradizem com a


parábola do semeador, onde pelo menos 25 por cento da terra
produziram frutos. E também, o oposto da parábola da ovelha
perdida, onde 99 permaneceram no aprisco, e apenas uma se
perdeu.
A razão dessa deficiência está na falta de sustentação da
fé do novo convertido em seus primeiros dias de vida cristã.
Tal como uma nova planta em crescimento, que pode morrer
se lhe faltarem os cuidados indispensáveis nesta fase, a falta
de um bom trabalho de integração e discipulado pode sujeitar
o novo crente a naufragar na vida espiritual.
4.4. Buscando a ovelha perdida. Lc 14:4-7
A primeira lição que descobrimos na parábola da ovelha
perdida é que ela não é, necessariamente, um clamor pela
volta dos desviados. Ainda que possa ser aplicada neste
sentido, o seu propósito principal é revelar o profundo amor
de Deus pelos perdidos, de modo geral, e o seu profundo
esforço em alcançá-los. A ponto de enviar o seu próprio filho,
Jesus, para morrer em lugar dos pecadores.
O texto deixa claro, no versículo 7, que a maior alegria
no céu por aqueles que se arrependem do que por aqueles
que se encontram já no aprisco. Aqui a idéia é de que não
podemos dar-nos por satisfeitos e felizes com o numero de
crentes já alcançados, enquanto a nossa volta existe milhares

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de perdidos. Se não existe novos filhos, a alegria não pode


ser completa. Hoje, no entanto, os cultos de nossas Igrejas,
com algumas exceções, visam mais o nosso deleite espiritual
do que a conversão de almas. Isto porque há pouco esforço
em trazê-las. Todos se alegram e se reabastecem da Palavra
de Deus, há uma boa estrutura para que os crentes se sintam
bem confortáveis, mas não existe pecadores para ouvirem o
evangelho. As ovelhas perdidas não foram trazidas do deserto
que é o mundo sem Deus.
4.5. O Amor do pastor
A segunda lição dessa passagem tem a ver com o
cuidado que o pastor dedicou à ovelha reencontrada. Ele a
pôs nos ombros, símbolo de proteção, e convidou os amigos
para alegrar-se por tê-la achado. Só se faz festa por alguma
coisa de especial valor. Isto nos leva a refletir que tudo
quanto se fizer para integrar o novo crente a Igreja é parte do
propósito de Deus para salvar a humanidade.
Compare com o texto da parábola do filho pródigo e veja
que este mesmo conceito prevalece: o pai compadecido
vestiu-lhe a melhor roupa, colocou um anel em seu dedo,
sandálias nos pés e matou o melhor bezerro da fazenda para a
festa de recepção. Ou seja, o filho recém-chegado desfrutou
de cuidados especiais para não sentir-se como um estranho
dentro de casa. Cl 14:22-24.

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5. O QUE É INTEGRAR A OVELHA PERDIDA?


5.1. É um ato de incluir, juntar ou incorporar.
Integrar a ovelha perdida, em resumo, é fazer o que os
personagens principais das parábolas citadas fizeram, isto é,
envolver plenamente, com todas as estratégias possíveis, o
novo crente em sua nova vida. Este processo começa antes
da conversão e se prolonga até que o novo crente esteja de
fato integrado ao serviço cristão, e possa, ele próprio, conduzir
outros aos pés de Jesus Cristo. É torná-lo parte natural, e não
um corpo estranho, da vida da Igreja. 1 Co 3:6 explica a
necessidade de plantar e regar a semente para que ela
produza frutos. Isto é integração.
5.1.1. É criar condições para a chegada e a
permanência da ovelha perdida.
As condições aqui referidas têm a ver com a maneira pela
qual a ovelha perdida é recebida na Igreja, mesmo antes da
conversão. Vale lembrar, a título de ilustração, que quando
um bebê está para nascer, todas as atenções da família são
dedicadas a ele. Isto significa, também, oferecer o alimento
adequado para esta fase espiritual. Confira 1 Co 3:2 e
observe o tipo de alimentação que Paulo deu aos crentes de
Corinto nos seus primeiros anos de vida cristã. O problema,
naquela Igreja é que os crentes mais antigos, que deveriam

368
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praticar uma vida cristã madura, estavam ainda vivendo como


crianças na fé.
5.1.2. É o exercício do amor para os perdidos.
Não basta amar por palavras. As ações falam mais alto
e, quando são frutos das motivações corretas, indicam o grau
de amor que se tem pelo próximo. Em relação à ovelha
perdida, só um coração apaixonado tudo fará para vê-la
integrada ao corpo de Cristo. Foi esse amor que levou o pai
do filho pródigo a ficar sempre na expectativa do seu retorno.
5.1.3. É estabelecer o elo de confiança entre a ovelha
perdida e a Igreja.
Esta confiança é estabelecida a partir do momento em
que o novo convertido vê sinceridade no ambiente em que ele
se encontra. Uma atitude hostil, por menor que seja, quebra
este elo. A nossa tendência, muitas vezes, é olhar o pecador
de maneira arrogante. Mas ao contrário, ele deve ser o alvo
maior do nosso cuidado amoroso. A festa preparada para o
filho pródigo foi uma maneira de mostrar-lhe que ele não
precisava sentir-se constrangido, pois ali era a sua casa. No
entanto, somos levados, em muitos casos, a olhar o pecador
com ares de superioridade. Será que a ovelha perdida não
sente isso, devido ao nosso modo de tratá-la?

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5.2. Onde Começa A Integração Do Novo Crente?


5.2.1. Com os porteiros
Também chamados de acomodadores, eles são os
relações públicas da Igreja, responsáveis pela recepção não só
aos crentes, mas principalmente aos visitantes. São eles que
estabelecem o primeiro contato com aqueles que vêm ao
templo, isto é, com os descrentes, que não estão
familiarizados com o ambiente, por não serem crentes. Daí a
enorme responsabilidade sobre os ombros dos que ocupam
esse cargo. Devem ser pessoas com as seguintes
características: espiritualidade, maturidade, simpatia, de fácil
comunicação, educação e, sobretudo, interesse na conversão
dos pecadores. Vale aqui uma regra básica: “A primeira
impressão é a que fica”. Se o visitante tiver uma recepção
negativa, é provável que ele jamais volte.
5.2.2. Com a hospitalidade dos crentes em geral.
Além dos porteiros, é preciso que os crentes tenham o
mesmo sentimento de amor a ovelha perdida. Oferecer o
lugar em que está sentado para o visitante é, por exemplo,
uma atitude muito louvável para o processo de integração.
Mas recusar a ceder o lugar, mesmo quando o porteiro o
pedir, pode pôr todo o trabalho a perder. A fim de evitar estes
transtornos, e conveniente dispor de um lugar exclusivo, na
Igreja, para onde seriam encaminhados os visitantes.

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5.2.3. Com o propósito do culto.


Este é outro ponto de fundamental importância no
processo de integração. Além do propósito de adorar a Deus,
como já estudamos antes, é preciso que o objetivo do culto
esteja bem definido para que todos os atos da programação
cumpram a finalidade desejada. Os cânticos, por exemplo,
não podem ser vistos como alguma coisa para "passar o
tempo" até a hora da pregação. E nem a pregação pode ser
vista como alguma coisa para ser feita porque "já acabou o
tempo", há uma lógica na unidade do culto que se presta a
Deus e no seu propósito como meio de proclamação do
Evangelho para a salvação dos pecadores.
5.2.4. Com os conselheiros/porteiros/ou secretários.
Os conselheiros são as pessoas responsáveis por
acompanhar a ovelha perdida a frente, na hora do apelo,
anotar o seu nome e endereço, oferecer-lhe as boas vindas ao
rebanho do Senhor e dirigir-lhe as primeiras palavras de
orientação espiritual. São eles que ajudam o mensageiro a
puxar a rede no momento mais importante do culto. As
mesmas qualidades dos porteiros lhes são também exigidas.
Seria muito proveitoso que a Igreja tenha uma sala a parte da
Igreja, para o serviço de aconselhamento após o apelo.
5.3. Como Integrar O Novo Crente?
5.3.1. O poder da atração

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A atração é o efeito que a Igreja exerce sobre a


comunidade. A melhor atração é aquela que se opera através
do bom testemunho do crente, de seu comportamento cristão
diante da vizinhança, de seu papel como ganhador de almas e
parte desta imensa rede de integração do novo convertido.
Esta é a atitude que dará sentido a tudo o mais que a Igreja
fizer para atrair as pessoas a ela. Confira, no entanto, o que
Jesus disse em Jo 12:32 e veja que o poder maior de atração
cristã está na cruz de Cristo.
5.3.2. A Importância da atração
A vida é construída a base da atração. Nada se faz sem
ela. A criança e atraída pelo brinquedo, o casamento é o
resultado da atração de duas pessoas, o candidato ao
emprego é atraído pela oportunidade de trabalho, enfim, não
existe nenhuma área em que ela não esteja presente.
5.3.3. Os Métodos da atração
Os métodos variam, de acordo com as circunstâncias. É
preciso encontrar o ponto de contato certo, como fez Paulo no
areópago, para que se exerça a atração. O problema, em
muitos casos, é que: Ou os métodos foram já superados com
o tempo, ou deixaram de ser redimensionados, ou não se
buscaram métodos novos para circunstâncias novas. O básico,
no entanto, é mostrar o poder de Jesus como o maior atrativo

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para quem está no mundo. Há aqui, pelo menos, seis pontos


a serem considerados:
 A importância da igreja na comunidade.
Que papel a Igreja exerce na comunidade? Que conceito
ela desfruta entre a vizinhança? Como ela age para alcançar
os perdidos Estas são as perguntas que devem ser
respondidas se realmente há o desejo de se ver a Igreja
repleta de novos convertidos alcançados pelo seu testemunho
e vivendo o processo de integração.
 O serviço de recepção da Igreja.
O serviço de recepção da Igreja, exercido pelos porteiros,
deve-se mostrar ativo para recepcionar a ovelha perdida como
se deve. Para mostrar a importância desse trabalho, certo
mestre da Bíblia dizia que “Quem não serve para ser porteiro,
não serve também para ser pastor”.
 O aconselhamento após o apelo.
No ponto anterior, falamos da necessidade da Igreja
dispor de uma sala apropriada para o aconselhamento após o
apelo. É aqui onde os conselheiros vão dirigir as primeiras
palavras aos que aceitarem a Jesus e anotar seus nomes e
endereços. Não é prudente fazer isso às pressas no final do
culto, pois é preciso gastar, neste primeiro contato, alguns
minutos que serão importantes para o futuro dessas pessoas.

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 A literatura apropriada.
“E agora, o que vamos fazer daqui para frente?”, é a
pergunta que está na mente dos que acabam de aceitar a
Jesus. Para atender esta necessidade, a Igreja deve ter a mão
algum tipo de literatura adequada, que ofereça esta e outras
respostas às primeiras interrogações dos novos crentes.
 A carta pastoral.
Quem não gosta de receber uma comunicação? Os
visitantes que vêm a igreja pela primeira vez se sentirão
honrados e estimulados a voltar, se receberem, nos dias
seguintes: uma mensagem via watsAap; por E-mail ou pelo
facebook demonstrando a alegria da igreja pela visita.
 O início do discipulado.
Finalmente, chegamos ao discipulado, que é o processo
de formação espiritual através do ensino bíblico adequado
para esta fase das primeiras descobertas espirituais do novo
convertido.
Chegamos à conclusão, que estas propostas nada mais são do
que tomar a ovelha nos ombros, vestir-lhe a melhor roupa,
colocar-lhe um anel no dedo e calçar-lhe sandálias nos pés. É
envolvê-la amorosamente do carinho protetor de Jesus Cristo.
6. DISCIPULANDO O NOVO CRENTE
O discipulado é a continuidade da integração. É o
processo em que o novo convertido recebe todas as instruções

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indispensáveis ao crescimento de sua fé. Não basta apenas


evangelizar, o texto de Mt 28:19 é claro: "Ide, portanto, fazei
discípulos de todas as nações”. Depois de integrado à Igreja, o
novo convertido precisa continuar desfrutando de cuidados
especiais até que alcance a maturidade espiritual e se torne,
ele mesmo, um discipulador.
6.1. A Base do discipulado
Assim como a criança recebe, nos seus primeiros dias de
vida, um tipo de alimentação adequada ao seu organismo
infantil, da mesma forma o novo convertido nesta fase. Ou
seja, a vida espiritual segue o mesmo princípio da biologia. É
uma necessidade, compare isso com Hb 5:12, o escritor, aqui
está questionando os crentes que, pelo tempo, deviam ser
mestres, mas ainda dependiam de "leite", ao invés do “sólido
alimento”.
O apóstolo não nega neste texto, a necessidade de "leite"
aos que ainda são novos na fé. O que ele não concorda é o
fato de crentes amadurecidos, cujas raízes deveriam ser
fortes, estarem vacilando a todo o momento, por falta de
convicção, nos ensinamentos mais simples da fé cristã. Isto
nos leva a outro raciocínio: deixar de ensinar os primeiros
passos da vida cristã ao novo convertido é condená-lo a um
crescimento defeituoso, 1 Pe 2:2, 3.

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6.2. O apoio bíblico para o discipulado


Além do fato de Cristo ter ordenado a Igreja que faça
discípulos, Paulo, por sua vez, recomenda: "E o que de mim
ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para
também ensinarem os outros", 1 Tm 2:2. Em resumo: O que
eu aprendi, devo ensinar a outros para que estes passem
adiante o que aprenderam. Isto nos leva a conclusão que o
trabalho do ganhador de almas só se completa quando Cristo
é gerado em cada novo crente, através do discipulado,
capacitando assim o novo crente a também levar aos outros a
mensagem que ele recebeu e transformou a sua vida.
6.2.3. Exemplos de pessoas sendo discipuladas
 O discipulado de Paulo.
O principal discipulador do apóstolo dos gentios foi
Barnabé, At 9:27, 28; 11:25. Depois em Gl 1:15-18, o próprio
Paulo declara o tempo de duração de seu discipulado, antes
de iniciar o ministério apostólico.
 O discipulado de João Marcos.
Aqui, mais uma vez, o responsável pelo discipulado foi
Barnabé, At 15:36-39, veja que Paulo tinha razões para não
levar novamente João Marcos em sua segunda viagem
missionária. No entanto, Barnabé tinha também suas razões.
Faltava ao rapaz um discipulado mais profundo. Mais tarde, o

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apóstolo Paulo reconheceu os frutos do trabalho de Barnabé


junto a João Marcos, 2 Tm 4:11.
 O discipulado de Timóteo.
Aqui os principais discipuladores foram sua avó, Lóide, e
sua mãe, Eunice, 2 Tm 1:5. O texto revela também uma outra
verdade: o quanto os pais são importantes no discipulado dos
filhos. É um erro pensar que esta tarefa cabe somente a
Igreja. Ensinar os filhos nos caminhos do Senhor é dever dos
pais.
6.2.4. A importância do discipulado
Do que já foi explicado, chega-se a conclusão que o
discipulado é muito importante e indispensável na vida de
qualquer crente, de todos, nos primeiros anos da vida cristã.
Porém, é isso mesmo que está faltando na maioria de nossas
Igrejas. Infelizmente não tem havido cuidados especiais com
os novos convertidos. Os pecadores aceitam a Cristo e são
abandonados a sua própria sorte, sem qualquer
acompanhamento. O máximo que acontece é receberem uma
visita, isso se o endereço da pessoa foi anotado corretamente.
Quanto ao mais, que se arranjem sozinhos.
6.3. Como fazer o discipulado
6.3.1. O discipulado individual
Aqui o crente "adota" um novo convertido e o acompanha
até que ele ande com os seus próprios pés. É o método de

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maior resultado, se os crentes levar a sério. Se cada um


assumisse o compromisso de ganhar uma alma e discipulá-la,
o crescimento da Igreja seria grandioso, e com qualidade.
Poderia, inclusive, ser criado em cada Igreja local um
programa com o slogan "ADOTE UM NOVO CONVERTIDO",
com o propósito de estimular os crentes a assumirem o seu
papel como células que se multiplicam no Corpo de Cristo.
6.3.2. O discipulado coletivo
Neste caso o discipulador se responsabiliza por um grupo,
que pode ser uma classe de novos convertidos, na Escola
Dominical, ou mesmo durante a semana, ou ainda um núcleo
de estudo bíblico no lar. Cabe a Igreja escolher a melhor
forma, o importante é que haja o discipulado.
6.3.3. O uso de literatura própria
Para o discipulado, faz-se necessário o uso de literatura
apropriada. Primeiro para levar o novo crente ao batismo,
depois para ensinar-lhe as doutrinas (ensinamentos) básicos
da Bíblia Sagrada para a vida Crista.
6.4. Qualidades do discipulador
O discipulador é alguém preparado e vocacionado para
esta tarefa. Bebês espirituais têm que ser tratados da mesma
maneira que os pais físicos tratam seus bebês. Com disciplina,
mas em amor, graça e cercados de todas as atenções
necessárias. Já nos primeiros meses ele precisa aprender

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pequenas regras que o disciplinarão pelo resto da vida. Mas


nada pesado demais para sua idade.
6.4.1. Eis algumas qualidades do discipulador:
 Profunda convicção
A falta de convicção (isto é, de certeza, de
determinação), produz inconstância, dúvidas e falta de firmeza
nos discípulos.
 Paixão pelos perdidos
Se não existe paixão pelas almas, como fazer um
discipulado produtivo?
 Preparo espiritual
Lembremo-nos que é nosso dever ensinar, também pelo
exemplo. Crentes espirituais formarão, discípulos espirituais.
 Preparo bíblico
O obreiro aprovado é aquele que maneja BEM a palavra
da verdade, 2 Tm 2:15. Se faltar esta qualidade, como
ensinar o que nem mesmo ele aprendeu? Estamos cheios de
"professores" que nunca foram “alunos”.
 Facilidade de relacionamento
Relacionar-se (isto é, comunicar-se com facilidade) é
uma das qualidades principais do discipulador. Ele terá de
visitar os discípulos, acompanhar-lhes os passos, responder-
lhes as dúvidas, interessar-se pelos seus problemas,

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demonstrando profundo amor cristão. Isto exige que o


discipulador seja aberto e tenha muita paciência.
6.5. As bençãos do discipulado
6.5.1. Colheita mais produtiva
Além da semeadura, o lavrador toma todas as medidas
para que a colheita seja mais produtiva. Porém muito do que
se colhe no Brasil, é depois jogado fora por falta de cuidados
no transporte entre o produtor e o consumidor. O mesmo
princípio é valido no sentido espiritual. Almas se convertem,
mas depois são lançadas fora. Um bom trabalho de discipulado
mudará esta situação, fazendo que um número maior de
almas frutifiquem para o reino de Deus.
6.5.2. Crentes enraizados
Outra bênção do discipulado é que ele produzirá crentes
com raízes profundas, que suportarão com mais firmeza os
ventos das provações e tentações. Bem como dará estrutura
suficiente para não serem enganados pelas muitas seitas em
nossos dias.
6.5.3. Redução nos números dos desviados
Outra constatação das pesquisas é que a "porta dos
fundos" é maior do que a "porta da frente". Ou seja, existem
mais pessoas que se desviam do que as que se convertem.
Por quê? Falta de discipulado. Com a mudança de
mentalidade, este quadro também mudará.

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6.5.4. Avivamento permanente


Avivamento é o poder do Espírito na Igreja em
crescimento. Não se trata somente de barulho, fruto da
emoção, é muito mais que isto. É claro que o discipulado
prestará também sua contribuição ao avivamento, pois almas
que permanecem firmes na fé, depois de discipuladas, são
verdadeiras ganhadoras de outras almas, que viverão o dia-a-
dia das realidades da fé cristã: Batismo no Espírito Santo, fruto
do Espírito, dons espirituais e outras experiências que edificam
e tornam a Igreja viva.
6.5.5. Obreiros bem preparados
Sabe-se, através da experiência, que os melhores
obreiros são os que receberam boa formação quando novos
crentes e frequentaram a Escola Dominical. Se queremos
obreiros dedicados amanhã, discipulemos hoje, os novos
convertidos.
6.5.6. Remédio contra as heresias
Muitos crentes acabam presas das heresias porque não
conhecem os fundamentos da fé. Não estão preparados para
"responder com mansidão" acerca de sua esperança, 1 Pe
3:15. O que não ocorre com os adeptos das seitas, que
recebem treinamento intensivo e só saem às ruas para
"evangelizar" quando se revelam devidamente preparados. O

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discipulado é um meio para mudar esta situação. Ele tornará


os novos crentes colunas da verdade.
6.6. O que produz a falta de discipulado?
6.6.1. Aumento do número de desviados
Este é o quadro que hoje se verifica, consequência
natural da falta de discipulado. É claro que um bebê, se não
for alimentado, morre. Ninguém jamais conseguiu alterar a lei
biológica. Apesar de todos saberem disso, é assim que muitos
tratam os novos crentes, não lhes dão alimento, e por isso,
morrem.
6.6.2. Crentes enfraquecidos
Existem muitos, em nosso meio, que não sabem a razão
da sua fé. Quando são interrogados por seu comportamento,
o máximo que afirmam é que a Igreja não deixa ou o “pastor
proíbe”. A culpa não é deles. É da Igreja que não os ensinou
de maneira correta. Faltou com toda a certeza, o verdadeiro
ensino bíblico.
6.6.3. Presas fáceis das heresias
Se os crentes não sabem explicar onde se baseia a sua
fé, como eles poderão confrontar as heresias que batem todo
o dia a sua porta? Infelizmente, muitos crentes têm sido
tragados pelas seitas falsas por não terem sido bem ensinados
na fé.

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6.6.4. Obreiros inconsequentes


A desnutrição na infância gera graves consequências por
toda a vida, mesmo que na juventude sejam tomadas medidas
para suprir as deficiências. Crentes antigos mal formados e
mal informados tiveram origem na falta de discipulado. Por
isso, continuarão agindo como crianças na fé, sempre
dependendo de "leite". Se na falta de obreiros esse tipo de
crente é consagrado, a Igreja estará à beira de sua ruína
espiritual, e os crentes condenados a viver sem direção e sem
orientação. Isso quando não ocorrem aqueles "ensinos"
absurdos.
6.6.5. Igrejas sem paixão pelas almas
O maior mal da falta de discipulado é que, em razão da
ausência de novos crentes a vida dinâmica da Igreja no poder
do Espírito Santo vai perdendo sentido acaba-se o interesse
pela salvação das almas e o avivamento morre. Não havendo
novos crentes, não haverá naturalmente, um maior número de
pessoas batizadas no Espírito Santo, manifestações dos dons
espirituais, novas experiências e crescimento na fé.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

27

MENSAGEM
TEMA: COMO REFUTAR AS SEITAS HERÉTICAS
TEXTO:

INTRODUÇÃO
Existem inúmeras religiões no mundo, além do
Cristianismo. São elas: Budismo; Confucionismo; Hinduismo;
Taoísmo; Jainismo; Xintoísmo; Zoroastrismo; Sikhismo;
Islamismo; Judaísmo, e muitos milhares de seitas.
1. O QUE É UMA SEITA?
A palavra “seita” como aparece na Bíblia, significa:
Facção, partido, grupo. Inicialmente não tinha caráter
negativo, At 15:5; 24:5, 14. Depois assumiu sentido negativo,
Gl 5:19-21. A palavra “seita” pode designar um subgrupo de
dentro de alguma religião organizada, como os saduceus, At
5:17, fariseus, At 15:5; 26:5, ou varias opiniões dentro da
própria Igreja, Rm 6:17; 1 Co 11:19.
Diz a Bíblia que os hereges “convertem a graça de Deus
em dissolução e negam a Deus, único dominador e Senhor

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nosso, Jesus Cristo”, Jd 4. No sentido teológico uma seita


consiste num grupo de pessoas unidas em torno de uma
interpretação particular da Bíblia, é conhecida por distorcer
alguns ensinamentos da palavra de Deus, principalmente as
doutrinas centrais da fé cristã.
No Cristianismo do Século I, o termo “heresia” indicava a
negação do evangelho pregado pelos apóstolos, 2 Pe 2:1; 2
Co 11:3, 4; Gl 1:8.
2. O QUE É DOUTRINA?
Doutrina é o conteúdo de ensino de uma crença. Ela
pode ser:
 Divina, Mt 7:28; Jo 7:16; Tt 2:10.
 Humana, Cl 2:22; Tt 1:14.
 Demoníaca, 1 Tm 4:1.
A doutrina divina é a Bíblia, pura e sadia. A doutrina
humana e demoníaca é herética, que levam o homem à
condenação e perdição.
2.1. A importância da doutrina
A doutrina bíblica é importante porque responde as
perguntas sobre Deus, a Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo,
sobre a natureza humana, sobre a vontade de Deus, sobre o
nosso destino eterno. A perseverança na doutrina está
relacionada à salvação, 1 Tm 4:16. O conhecimento e a prática
da doutrina cristã nos protegem contra a heresia, 1 Tm 4:1-6;

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

2 Tm 2:18; Tt 1:11. Esse conhecimento não anula a


espiritualidade do crente, 1 Co 2:14, 15; Rm 12:3. A doutrina
contribui para a unidade da Igreja, Rm 16:17; 1 Co 1:10; Ef
4:12, 13.
2.2. O perigo das seitas
Que hoje em dia existe falsos ensinadores é ensino claro
em 2 Pe 2:1-4. As seitas distorcem as verdades fundamentais
sobre Cristo reveladas na Bíblia, e isso resulta num outro
evangelho, Gl 1:6-8, e num outro Jesus, 2 Co 11:4, que
oferecem uma falsa salvação e um falso céu para os seus
seguidores.
3. SEITAS MODERNAS
As seitas modernas classificam se em: pseudocristãs,
orientais, ocultistas e secretas.
3.1. São seitas pseudocristãs
testemunhas de jeová, Adventismo do Sétimo dia,
Mormonismo, Meninos de Deus, (também conhecido por A
FAMÍLIA), Tabernáculo da Fé, só Jesus, Igreja de Cristo
Internacional (de Boston), Igreja da Unificação (Rev. Moon),
Igreja Local de Witness Lee, Voz da Verdade, Testemunhas de
Ieshua e Igreja Pentecostal Unida do Brasil.
3.2. São seitas orientais
Arte Mahikari, Hare Krishina, Seicho-no-iê e Igreja
Messiânica Mundial.

386
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

3.3. São seitas ocultistas


Kardecismo, Legião da Boa Vontade, Santo Daime;
Racionalismo Cristão, Umbanda, Quimbanda, Candomblé,
Cultura Racional, Ciência Cristã e Nova Era.
3.4. São seitas secretas
Maçonaria, Ordem Rosa-cruz e Teosofismo. A Maçonaria
não é apenas uma associação; ela é também, uma religião.
4. COMO IDENTIFICAR AS SEITAS
4.1. Eles negam a trindade
Os adeptos das seitas procuram salvarem-se a si mesmos
e, por essa razão, a Trindade lhes é um insulto, e daí, a
rejeitarem ou a perverterem.
A única seita que não rejeita a Trindade são os
Adventistas do Sétimo dia, mas a semelhança das
Testemunhas de Jeová, dizem que Jesus é o arcanjo Miguel;
seus adeptos nem sabem o que significa isso.
4.2. Eles são exclusivistas
Os promotores e adeptos das seitas ensinam que a
salvação é exclusiva ao seu grupo religioso, (isto é, quem não
pertencer ao seu grupo não tem direito da salvação, pois
somente eles é que estão com a verdade). Isto é uma afronta
à graça de Deus e ao mérito do sacrifício de Jesus no Calvário.
Jesus é o único Salvador, e somente Ele pode salvar, Jo 14:6;
At 4:12. A Bíblia diz que a salvação está disponível, pela fé em

387
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Cristo, a todos os que se arrependerem de seus pecados, At


4:12; 10:43; Jo 3:15; Tt 2:11.
4.3. Eles têm outra fonte de ensino
Além da Bíblia certas seitas e religiões negam
abertamente a autoridade da Bíblia; outras acrescentam algo a
ela; e, ainda há as que declaram crer nela, mas na prática
nem sequer incentivam seus adeptos a leitura da Palavra de
Deus. Colocam outros livros e líderes humanos como tendo a
mesma autoridade da Bíblia ou acima dela. A Bíblia é a nossa
única regra de fé e prática, inspirada por Deus, 2 Tm 3:16. A
Bíblia é a palavra de Deus, Mc 7:13.
Eles têm uma característica própria. As seitas se
caracterizam por apresentarem novas “revelações”, novas
interpretações da Bíblia, um outro Jesus, rejeição do
cristianismo verdadeiro, liderança muito forte, mudanças
constantes em sua teologia, falsas profecias e salvação pelas
obras. As seitas além de torcerem os ensinamentos da Bíblia,
baseiam suas crenças em supostas revelações, e na
mentalidade de seus fundadores e líderes.
Uma seita é identificada, em geral, por aquilo que ela
prega a respeito dos seguintes assuntos:
4.3.1. Sobre a Bíblia Sagrada.
Sobre a pessoa de Deus.
 Sobre a queda do homem e o pecado.

388
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

 Sobre a pessoa e obra de Cristo.


 Sobre a salvação.
 Sobre a eternidade.
O que alguém ensina sobre esses assuntos não se
harmonizarem com as Escrituras, podemos estar certos que
estamos diante duma seita falsa.
5. DIFERENÇA ENTRE HERESIA E APOSTASIA
Não são poucos os que confundem apostasia com
heresia. Mas para que compreendamos perfeitamente as
várias seitas, é necessário que saibamos separar uma da
outra.
Apostasia é o abandono premeditado da fé. Para os
profetas do Antigo Testamento constituía-se num adultério
espiritual.
Heresia é a aceitação parcial da fé. A heresia, portanto,
pode ser conceituada aos ensinamentos das Sagradas
Escrituras. Ela tanto pode contrariar os ensinos quanto os
costumes torcendo e mudando o sentido da própria Palavra de
Deus.
5.1. O que causa o surgimento das heresias?
São as seguintes as principais razões do surgimento das
seitas falsas e das heresias:
 A ação diabólica no mundo, 2 Co 4:4.
 A ação diabólica contra a Igreja, Mt 13:25.

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 A ação diabólica contra a Palavra de Deus, Mt 13:19.


 O descuido da Igreja em cuidar das almas, Mt 13:25.
 A falsa interpretação da Bíblia, 2 Pe 3:16.
 A falta de conhecimento da verdade bíblica, 1 Tm 2:4.
 Hoje em dia existem muitos “professores” que nunca
foram “alunos”, confundindo os mais fracos na fé.
 A falta de maturidade espiritual, Ef 4:14. (Não tem
comunhão com o Espírito Santo, por isso fala o que ele
quer, e não o que a Bíblia diz).
 Orgulho, Inveja, contenda, pessoas que saem da
comunhão dos irmãos para montarem sua própria igreja.
6. SEITAS MODALISTAS
As seitas unicistas, ou modalistas, tratadas nesta lição,
são as que negam a doutrina bíblica da Trindade, sem,
contudo, negarem a deidade absoluta de Jesus. É diferente
das que negam a divindade de Cristo
6.1. A origem do unicismo
6.1.1. Gnosticismo
Esse nome, em grego, significa “conhecimento”. Os
membros desse movimento ensinavam a salvação através de
um conhecimento místico, e não pela fé em Jesus. Essa
doutrina era nada mais que um enxerto das filosofias pagãs
nas doutrinas cristológicas. Segundo ela, o Senhor Jesus não
teve um corpo; isto é, não veio em carne; o seu corpo seria

390
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

uma mera aparência. Seu período de maior influência foi


entre 135-160 d.C. O Apóstolo João ensina que “o Verbo se
fez carne”, Jo 1:14, e que “todo espírito que confessa que
Jesus Cristo não veio em carne não é de Deus”, 1 Jo 4:3.
É bom lembrar que os escritos do Apóstolo João são do
final do primeiro século, e que foram escritos na cidade de
Éfeso, então capital da Ásia Menor, onde surgiu o gnosticismo.
6.1.2. O Monarquianismo
A Igreja saiu ilesa nessa batalha contra o gnosticismo,
mas restou a preocupação dos cristãos sobre a divindade do
Logos, (palavra, verbo) e o monoteísmo. Os Pais apostólicos
se empenharam bravamente nessa luta contra as heresias.
 Monarquianistas dinâmicos
Estes afirmam que Deus concedeu força e poder a Jesus,
adotando-o como Filho, negando assim a divindade absoluta
de Jesus, e também a Trindade. Era o prenúncio do arianismo
que, no início do terceiro século, negava e eternidade de
Jesus, considerando Cristo um deus de segunda categoria.
Era um ensino igual ao das Testemunhas de Jeová.
 Monarquianistas modais
O modalismo ensinava que as três Pessoas da Divindade
se manifestavam de vários modos, dai o nome “modalista”.
Ensinavam também que o Pai se encarnou em Cristo e sofreu
com Ele. No Oriente, eram chamados sabelianistas, pois o

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heresiarca Sabélio foi quem mais se destacou na propagação


dessa heresia. Segundo essa doutrina, o Pai, o Filho e o
Espírito Santo, são apenas três aspectos da Divindade, sendo,
portanto, uma mesma Pessoa. Segundo eles, Deus era Pai na
criação e quando entregou a Lei, Filho na encarnação e
Espírito Santo na regeneração.
6.2. Os unicistas modernos
O sabelianismo, em consequência do intenso combate do
Cristianismo, chegou a desaparecer completamente da
história. Depois de muitos séculos, reapareceu através da
seita “Só Jesus”, em 1913.
6.2.1. Os modalistas da atualidade
Há muitas seitas modalistas na atualidade. Vamos
mencionar apenas as principais.
 Só Jesus
Fundada por John S. Schepp em 1913. Ensina que o
batismo salva, (erro idêntico ao da Congregação Cristã no
Brasil), e que deve ser realizado somente em nome de Jesus.
Seus adeptos não seguem a fórmula batismal de Mt 28:19:
“Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. Essa seita
provocou muitas divisões na igreja evangélica. Ela mesma
depois se dividiu em varias facções, dentre elas a Igreja
Pentecostal Unida do Brasil.

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 Tabernáculo da fé
Fundado por William Marrion Branham, (1906-1965). Ele
era chamado pelos seus adeptos de o “profeta do século e
mensageiro do Apocalipse”. Juntamente com os demais
fundadores de seitas, Branham arroga para si a mesma
autoridade dos profetas e apóstolos das Sagradas Escrituras, e
nega a doutrina da Trindade. São modalistas e batizam em
água mencionando apenas o nome de Jesus.
 Igreja local
Seu principal líder é Witness Lee. Conhecida por seu
ônibus “Expo-livro” e por seu jornal “Árvore da vida”, procura
conquistar os membros de nossas igrejas. São modalistas,
ensinam que a divindade consiste em uma só pessoa. Como
Sabélio, usam com frequência a palavra “pessoa” para cada
Pessoa da Trindade, mas com outro sentido. Usam até o
nome da Trindade, mas são contrários a esse ensino bíblico.
A Bíblia diz que negar o Pai e o Filho traz condenação, 1
Jo 2:22, 23. Por isso, não podemos aceitar aqueles que
atacam a doutrina da Santíssima Trindade. Não podemos
estar de acordo com os que negam essa verdade fundamental
das Sagradas Escrituras, Temos de aceitar as doutrinas como
a Palavra de Deus nos apresenta. Ir, além disso, é procurar a
condenação eterna.

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7. CATOLICISMO ROMANO
O Catolicismo Romano é um dos três ramos do
Cristianismo, juntamente com os Protestantes e Ortodoxos.
Mas a nossa análise é Bíblica, e não político-social. Em nome
da tradição, a Igreja Católica sacrificou o autêntico
Cristianismo ao longo dos séculos. Vamos analisar, neste
estudo os dogmas católicos à luz da Bíblia.
7.1. O Papismo
7.1.1. A instituição do papa
Ninguém em sã consciência pode negar a influência
política do papa no mundo, mas biblicamente, esse cargo não
existe. A teoria de que Pedro foi o primeiro papa não resiste à
análise bíblica. Mas, como disse Mussoline, fundador do
facismo na Itália: “uma mentira repetida vinte vezes acaba por
se tornar verdade”. Mas sabemos que, mais cedo ou mais
tarde, tal mentira terminará por ser desmascarada. Foi o que
aconteceu. A tradição católica diz que Pedro foi papa em
Roma durante vinte e cinco anos. Vamos, pois, aos fatos.
 Pedro nunca foi bispo de Roma
Se ele foi martirizado no reinado de Nero, por volta do
ano 67 ou 68 d.C., subtraindo dessa data vinte e cinco anos,
retrocederemos a 42 ou 43 d.C.
Analisando a vida de Pedro no Novo Testamento, fica
desmascarada essa tradição romanista. O Concílio de

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Jerusalém, Atos 15, ocorreu em 48 a.C., ou pouco depois,


entre a primeira e a segunda viagens missionárias de Paulo.
Embora participasse desse concílio, Pedro não o presidiu; a
presidência coube a Tiago, At 15:13, 19. Em 58, Paulo
escreveu a Epístola aos Romanos. No último capítulo da
epístola, o apóstolo mandou saudações para muita gente em
Roma, mas Pedro nem sequer é mencionado. Não é
estranho? Em 62, Paulo chegou a Roma, e foi visitado por
muitos irmãos, At 28:30, 31. Novamente não se tem notícia
de Pedro.
Tenha ou não tenha estado em Roma, o fato é que SE
Pedro foi Papa, foi um Papa diferente dos demais que já
apareceram, veja a diferença:
 Pedro era casado, Mt 8:14, 15.
 Pedro foi um homem humilde, pelo que não aceitou ser
adorado pelo centurião Cornélio, At 10:25, 26.
 Pedro era um homem repreensível, Gl 2:11-14. (cheio de
falhas e defeitos).
Compare isso agora com a história dos Papas.
• Os papas são administradores das grandes fortunas da
Igreja.
• Os papas são celibatários, isto é, não se casam, apesar de
ensinarem que o casamento é um sacramento divino.
• Os papas frequentemente aceitam adoração dos homens.

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• Os papas se consideram infalíveis nas suas decisões e


decretos.
7.1.2. A igreja do primeiro século desconhecia a figura
do papa
 Explicação de Mt 16:16-18
A interpretação papista desta passagem é uma camisa
de força. A expressão “Sobre esta pedra” significa sobre a
resposta de Pedro: “Tu és o Cristo, Filho do Deus vivo”; Sobre
Cristo a Igreja foi edificada, e não sobre Pedro. A Pedra é
Cristo. Desde a época do salmista, Sl 118:22, passando pelo
profeta Isaias, a palavra profética já anunciava o Messias
como a pedra de esquina, Is 28:16. Jesus afirmou ser ele
mesmo a pedra, Mt 21:42. O próprio apóstolo Pedro afirmou
ser Cristo a pedra, At 4:11; 1 Pe 2:4-6. O apóstolo Paulo
afirma que Pedro é apenas uma pedra como os demais
apóstolos, sendo Jesus Cristo a pedra principal, Ef 2:20. Falta,
portanto, fundamento bíblico para se provar a figura do papa.
 A mariolatria e o culto aos santos
Existe diferença entre “adorar” e “prestar culto?” Se
prostrar diante de um ser, dirigir-se a ele em oração e ações
de graça, fazer-lhe pedidos, cantar-lhe hinos de louvor não for
adoração, fica difícil saber o que os papistas entendem por
adoração. Chamar isso de “veneração” é desprezar a
inteligência humana. A Bíblia diz que há um só mediador

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entre Deus e os homens, Jesus Cristo, 1 Tm 2:5. Entretanto,


os católicos aprenderam a orar pedindo a intercessão de
Maria.
 O culto aos santos
Analisando as práticas romanistas à luz da Bíblia e da
história, fica claro que são práticas pagãs. O papa Bonifácio
IV, em 610, celebrou pela primeira vez a festa a todos os
santos, substituindo o panteão romano, (templo pagão
dedicado a todos os deuses) por um templo “cristão” para que
as relíquias dos santos fossem ali colocadas, inclusive Maria.
Dessa forma, o culto aos santos e a Maria substituiu o dos
deuses e deusas do paganismo.
 Maria é deusa para os católicos
Os Católicos manifestam seu sentimento de profunda
tristeza quando afirmamos que Maria é reconhecida como
deusa no catolicismo. Dizem que não estamos sendo honestos
nessa declaração, mas os fatos falam por si mesmos;
“GLÓRIAS A MARIA” é o título do livro publicado pela Editora
Santuário, de autoria de Afonso Maria de Liguori, canonizado
pelo papa, que atribui a Maria toda a honra e toda a glória que
a Bíblia só confere ao Senhor Jesus Cristo. Chama Maria de
onipotente e por outros atributos exclusivamente divinos.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

 A adoração de imagens
A passagem bíblica sobre os querubins colocados no
propiciatório da arca da aliança, Êx 25:18-20, advogada pelos
teólogos romanistas para justificar a prática da idolatria, não
se reveste de sustentação alguma. Porque não existe na Bíblia
uma passagem que mostre um israelita dirigindo suas orações
aos querubins. O propiciatório era a figura da redenção em
Cristo, Hb 9:5-9.
A Bíblia condena terminantemente o uso de imagens de
escultura como meio de cultuar a Deus, Ex 20:4, 5; Dt 5:8, 9,
Sl 115 (113 na Bíblia católica). Jesus disse: “Ao Senhor, TEU
DEUS, adorarás e só A ELE servirás”, Mt 4:10. O anjo disse a
João “Adora a Deus somente”, Ap 19:10; 22:9; Pedro recusou
ser adorado, At 10:25: 26.
 A leitura da bíblia
Foi proibida aos leigos no Concílio de Tolosa em 1222.
Com isso, a Igreja Católica jubilou a Bíblia, e a tradição passou
a substituir a Palavra de Deus, Mt 15:9. É dever de todo
homem ler a Bíblia; a própria Bíblia o recomenda, Dt 6:6, 7;
31: 11,12; Js 1:8; Is 34:16; At 17:11; 1 Ts 5:27; 2 Tm 3:15-
17; Ap 1:3.
Se hoje existe um certo incentivo à leitura da bíblia entre
os católicos, é por causa da pressão dos evangélicos, pois a
Igreja Católica está perdendo, a cada dia mais e mais adeptos.

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Mesmo assim, essa leitura é feita com visões papistas, como


estratégia para se conter o crescimento dos evangélicos.
 Celibato clerical
Foi instituído em caráter local em 386, por Sirício, bispo
de Roma, e imposto como obrigação vocacional pelo papa
Gregório VII, em 1074. Continua a ser mantido pela Igreja
Católica. O casamento não é mandamento, mas escolha
individual. Nem a Igreja, nem o papa e nem ninguém tem o
direito de vetar um direito concedido por Deus ao homem, Gn
2:18; 1 Co 7:2, inclusive aos oficiais da igreja, 1 Tm 3:2-5,12;
Tt 1:6-9. Pedro e outros apóstolos eram casados, Mt 8:14; 1
Co 9:5.
 Purgatório
A doutrina do purgatório foi aprovada em 1439, no
Concílio de Florença, confirmada definitivamente no Concílio
de Trento, (1549-1563), mas ela já existia desde 1070. Essa
doutrina ensina que os cristãos parcialmente santificados
passam por um processo de purificação para depois entrar no
céu. Essa crença veio do paganismo e é muito antiga, e não
há espaço para ela na Bíblia. Há apenas dois caminhos:
Salvação e condenação. A salvação é enquanto houver vida,
Is 55:6; Mt 5:25, 26. Quem purifica o pecado é o sangue de
Jesus, e não o fogo do purgatório, 1 Jo 1:7.

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 Tradição
Jesus criticou duramente o fato de se colocar a tradição
em igualdade com a Palavra de Deus, ou até mesmo acima
dela. A Igreja Católica, através de suas tradições, aprova
práticas totalmente condenadas pela Bíblia: a idolatria e outros
desvios doutrinários. É a Bíblia quem julga a Igreja e não a
Igreja que julga a Bíblia.
 Batismo infantil
A criança é inocente e não tem responsabilidade alguma
diante de Deus. Ela não tem ainda capacidade de amar e
aborrecer a Deus. A questão delas Jesus já resolveu: “Deixai
vir os pequeninos a mim e não os impeçais, porque dos tais é
o Reino de Deus”, Mt 19:14; Mc 10:14. O batismo exige
profissão de fé, At 8:37; oração, At 22:16, e voto de
consagração, 1 Pe 3:21. A criança não é capaz de realizar
esses três requisitos. Os pais não podem fazer isso por elas,
pois a salvação e individual, Ez 18:20. Não existe na Bíblia um
caso sequer de batismo infantil. Jesus foi batizado com quase
trinta anos de idade, Lc 3:23.
 Salvação pelas obras
A Igreja Católica prega a salvação pelas obras,
contrariando a Palavra de Deus. A salvação é um ato da graça
de Deus, e não dos méritos humanos, Ef 2:8-10; Tt 2:11; Tt
3:5. A Bíblia diz que o justo viverá da fé, Hc2: 4: Rm 1:17. O

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Apóstolo Paulo ocupa todo o capítulo quatro de Romanos


justificando e provando, a luz das Escrituras que a salvação é
pela fé, e não pelas obras. Somos justificados pela fé em
Jesus, Rm 5:1.
7.2. Livros apócrifos
Os livros apócrifos, (rejeitados, espúrios), foram
introduzidos na bíblia católica em 1546, no concílio de Trento,
em meio à intensa controvérsia. Os livros apócrifos, e
acréscimos a livros canônicos, aprovados pela igreja Católica,
foram os seguintes:
 Tobias.
 Judite.
 Acréscimo ao livro de Ester.
 Sabedoria de Salomão.
 Eclesiástico.
 Baruque. (Contendo a Epístola de Jeremias).
 Acréscimo ao livro de Daniel. (Cântico dos três santos
filhos).
 Acréscimo ao livro de Daniel. (História de Suzana).
 Acréscimo ao livro de Daniel. (Bel e o dragão).
 1º Macabeus.
 2º Macabeus.
Certamente os autores desta inclusão passarão pela
sentença de Apocalipse 22.18, que diz “Eu testifico a todo

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se


alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará
as pragas que estão escritas neste livro”.
8. O ESPIRITISMO
As seitas ocultistas ligadas ao Espiritismo são várias,
exemplo: Kardecismo, Legião da Boa Vontade, Umbanda e
demais cultos afro-brasileiros.
8.1. A história do espiritismo
a doutrina da reencarnação é muito antiga; vem desde o
hinduísmo, passando pela Grécia antiga. Foi em 1848, em
Hydevislle, Estados Unidos, que as irmãs Margaret e Kate Fox
afirmaram ver as mesas girando, e ouvir pancadas na casa em
que moravam. Faziam perguntas e estas eram respondidas
mediante estalidos de dedos. Elas tiveram a sensação de estar
se comunicando com o mundo invisível.
8.2. Allan Kardec
Seu nome verdadeiro era Hipolyte Léon Denezard Rivail,
médico e professor francês Nascido em 1804, lançou a sua
primeira obra “O Livro dos Espíritos”, em 1857. Influenciado
por um amigo, passou a frequentar reuniões espíritas e, por
fim, tornou-se médium. Em 1858, organizou em Paris a
Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Adotou o nome
Allan Kardec, alegando ser este o seu nome na outra
encarnação.

402
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

8.3. O espiritismo no Brasil


Antes mesmo da morte de Kardec, em 1869, Luís Olímpio
Teles de Menezes fundou em Salvador, BA, o primeiro centro
espírita, em 1865. Em 1873, foi fundada no Rio de Janeiro
uma sociedade espírita, da qual surgiram outros grupos. Dez
anos depois, começaram a publicar a revista “O Reformador”
que, ainda hoje, é o órgão oficial dos espíritas brasileiros.
8.4. Diversos grupos espíritas
Entre os grupos espíritas no Brasil, podemos mencionar,
além do espiritismo kardecista, as seguintes ramificações:
Legião da Boa Vontade, Ordem Rosacruz, Racionalismo
Cristão, Cultura Racional, Círculo Esotérico da Comunhão do
Pensamento, além dos cultos afro-brasileiros. Estes últimos
não se consideram espíritas, mas Allan Kardec define, como
espírita, todo aquele que crê nas manifestações dos espíritos.
8.5. A Legião da Boa Vontade
As mensagens dos programas dessa instituição parecem
evangélicas, mas, como as demais seitas, o Jesus deles não é
o mesmo revelado no Novo Testamento. Seus ensinamentos.
Negam a personalidade do Espírito Santo e a infabilidade da
Bíblia, o parto de Maria e, portanto, a humanidade de Cristo.
Por causa de sua crença na reencarnação, negam a deidade
de Cristo e a doutrina do inferno.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

8.6. Diferentes formas de espiritismo


Embora consideremos o Espiritismo igual em toda a sua
maneira de ser, os próprios espíritas preferem admitir haver
diferentes formas de Espiritismo. Assim sendo, para efeito de
estudo vamos dividir o Espiritismo da seguinte maneira:
 Espiritismo comum;
 Baixo espiritismo;
 Espiritismo científico;
 Espiritismo kardecista.
Cada uma dessas quatro classes de espiritismo possui
práticas distintas através das quais são identificados os seus
seguidores, como passaremos a mostrar em seguida.
8.6.1. ESPIRITISMO COMUM
Dentre as muitas práticas desta classe do Espiritismo,
destacamos:
 Quiromancia
Adivinhação pelo exame das linhas da palma da mão. O
mesmo que “quiroscopia”.
 Cartomancia
Adivinhação pela decifração de combinações de cartas de
jogar.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

 Grafologia
Estudo dos elementos normais e principalmente
patológicos de uma personalidade, feito através da análise da
sua escrita.
 Hidromancia
Arte de adivinhar por meio de água.
 Astrologia
Estudo e (ou) conhecimento da influência dos astros,
especialmente dos signos, no destino e no comportamento dos
homens; também conhecido como “uranoscopía”, é mais
conhecido popularmente por: Horóscopo.
8.6.2. Baixo espiritismo
O baixo espiritismo, também conhecido como espiritismo
pagão, aberto e sem disfarce, identifica-se pelas seguintes
práticas.
 Vodu
Culto de negros antilhanos, de origem animista, e que se
vale de certos elementos do ritual católico. Praticado
principalmente no Haiti.
 Candomblé
Religião dos negros ioruba, na Bahia.
 Umbanda
Designação dos cultos afro-brasileiros, que se confundem
com os da macumba e dos candomblés da Bahia, xangô do

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Pernambuco, pajelança da Amazônia, do catimbó e outros


cultos sincréticos.
 Quimbanda
Ritual de macumba que se confunde com o da umbanda.
 Macumba
Sincretismo religioso afro-brasileiro, derivado do
candomblé, com elementos de várias religiões africanas, de
religiões indígenas brasileiras e do catolicismo. (“Sincretismo
religioso”, quer dizer: “misturas de várias religiões”).
8.6.3. Espiritismo científico
O Espiritismo científico é também conhecido como “Alto
Espiritismo”, “Espiritismo Ortodoxo”, “Espiritismo Profissional”
ou “Espiritualismo”. Ele se manifesta, inclusive, como
“sociedades”, como por exemplo, a LBV (Legião da Boa
Vontade) fundada e presidida por muitos anos pelo já falecido
Alziro Zarur. Esta classe de Espiritismo tem sido conhecida
também como:
 Ecletismo
Método filosófico dos que não seguem sistema algum,
escolhendo de cada sistema a parte que lhes parece mais
próxima da verdade.
 Esoterismo
Doutrina ou atitude de espírito que preconiza que o
ensinamento da verdade deve reservar-se a um número

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restrito de iniciados, escolhidos por sua inteligência ou valor


moral.
 Teosofismo
Conjunto de doutrinas religioso-filosóficas que tem por
objetivo a união do homem com a divindade, mediante a
elevação progressiva do espírito até a iluminação. Iniciado
por Helena Petrovna Blavatsky, mística norte-americana,
(1831-1891), adepta do budismo e do Lamaísmo.
8.6.4. ESPIRITISMO KARDECISTA
O Espiritismo Kardecista é a classe de Espiritismo
geralmente praticada no Brasil, e tem como principais teses,
entre muitas outras, as seguintes:
Possibilidade de comunicação dos espíritos desencarnados.
Crença na reencarnação. Crença de que ninguém pode impedir
o homem de sofrer as consequências dos seus atos. “é a sina”,
“é o destino”. Crença na pluralidade dos mundos habitados.
A caridade como virtude única, aplicada tanto aos vivos como
os mortos. Deus, embora exista, é um ser impessoal habitando
em um mundo longínquo. Mais perto dos homens estão os
espíritos “guias”. Jesus foi um médium e reformador judeu,
nada mais que isto. Desta forma, o espiritismo vai mudando de
roupagem como o camaleão muda de cor, de acordo com o
ambiente, no fundo continua sempre o mesmo: supersticioso,
enganador, mau e diabólico.

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8.7. Doutrina Espírita


8.7.1. Deus
“Deve se entender que existem tantos deuses quantas
são as mentes que necessitam de um deus para adorar; não
apenas um, dois ou três, mas muitos”. The Banner of Light, 3
de fevereiro de 1966. Essa é uma declaração espírita.
8.7.2. Jesus Cristo
Veja o que diz o espiritismo a respeito de Jesus Cristo:
“Qual é o sentido da palavra “Cristo”? Não é, como se supõe
geralmente, o Filho do Criador de todas as cousas? Qualquer
ser justo e perfeito é Cristo”. Spiritual Telegraph, nº 37).
“Não obstante, parece que todo o testemunho recebido
dos espíritos avançados mostra apenas que Cristo era um
médium e um reformador da Judéia, e que agora é um espírito
avançado na sexta esfera”. Palavras do Dr. Weisse, citado por
Hanson, em Demonology or Epiritualism.
“Cristo foi um homem bom, mas não poderia ter sido
divino, exceto no sentido, talvez em que todos somos divinos”.
Mensagem por um “espírito”, citado por Raupert em Spiritist
Phenomena And Their Interpretation.
8.7.3. A Queda
“Nunca houve evidência de uma queda do homem”. A.
Conan Doyle. “Precisamos rejeitar o conceito de criaturas

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caídas. Pela queda deve-se entender a descida do espírito a


matéria”.
8.7.4. O Inferno
“Posso dizer que o inferno está eliminado totalmente,
como há muito já foi eliminado dos pensamentos de todo
homem sensato. Essa ideia odienta, tão blasfema em relação
ao Criador, originou-se do exagero de frases orientais, e talvez
tenha tido sua utilidade numa era brutal quando os homens
eram assustados com chamas, como as feras são espantadas
pelos viajantes”. A. Conan Doyle em OUTLINES OF
SPIRITUALISM.
8.7.5. A Igreja
“Passo a passo avançou a Igreja Cristã, e ao fazê-lo
passo a passo a tocha do Espiritismo foi retrocedendo, até que
quase não se podia mais perceber uma fagulha rebrilhante em
meio às trevas espessas... Por mais de mil e oitocentos anos a
chamada Igreja Cristã se tem imposto entre os mortais e os
espíritos, barrando toda oportunidade de progresso e
desenvolvimento. Atualmente ela se ergue como completa
barreira ao progresso humano, como já fazia a mil e
oitocentos anos” (MIND AND MATTER, 8 de maio de 1880).
“Se o Cristianismo sobreviver, o Espiritismo deve morrer;
e se o Espiritismo tiver de sobreviver, o Cristianismo deve

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desaparecer. São antítese um do outro...” (MIND AND


MATTER, junho de 1880).
8.7.6. A Bíblia
“Asseverar que ela é um livro santo e divino, que Deus
inspirou os seus escritores para tornar conhecida a sua
vontade divina, é um grosseiro insulto e um logro para com o
público” (OUTLINES OF SPIRITUALISM).
“Gostamos pouco de discutir baseados na Bíblia, porque
além de a conhecermos mal, encontramos nela, misturados
com os mais santos e sábios ensinamentos, os mais
descabidos e inaceitáveis absurdos”. (Carlos Imbassahy, O
ESPIRITISMO ANALISADO).
Todas essas citações são espíritas, indo completamente
contra o verdadeiro ensino Bíblico, vejamos agora de uma
forma resumida o que a Palavra de Deus diz sobre esses
assuntos.
8.7.7. Deus
Segundo a Bíblia Sagrada Deus é um ser pessoal, Jo
17:3; Sl 116:1, 2; Gn 6:6; Ap 3:19. Também é um ser único,
Dt 6:4; Is 45:5, 18; 1 Tm 1:17; Jd 25.
8.7.8. Jesus Cristo
É e sempre será superior aos homens, Hb 7:26. Ele é
apresentado na Bíblia como profeta, sacerdote e rei, e nunca
como médium, At 3:19-24; Hb 7:26, 27; Fp 2:9-11.

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8.7.9. A Queda
Sobreveio como consequência da desobediência de
Adão, Rm 5:12, 15,19. A queda decorreu da tentação do
diabo. Gn 3:1-5; 1 Tm 2:14.
8.7.10. O Inferno
Foi preparado para o diabo e seus anjos, Mt 25:41, fica
em baixo, Pv 15:24; Lc 10:15, e será a habitação final e eterna
dos perversos, Sl 9:17; Mt 25:41.
8.7.11. A Igreja
Foi fundada por Jesus Cristo, Mt 16:18, jamais será
vencida, Mt 16:18; é guardada pelo Senhor, Ap 3:10.
8.7.12. A Bíblia
É a Palavra de Deus, 2 Sm 22:31; 51 12:6; Jr 1:12. Foi
escrita sob inspiração divina, 2 Pe 1:20, 21, e é absolutamente
digna de confiança, Sl 111:7. Ainda a Bíblia é descrita como
sendo: pura, Sl 19:8; espiritual, Rm 7:14; santa justa e boa,
Rm 7:12; ilimitada, Sl 119:96; perfeita, Sl 19:7; Rm 12:2;
verdadeira, Sl 119:142, não pesada, 1 Jo 5:3.
9. TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
Não existe uma pessoa sequer no mundo que tenha se
tornado Testemunha de Jeová só pela leitura da Bíblia. Todas
foram induzidas a esse erro. O que eles chamam de “estudo
bíblico” é na verdade o estudo de “A Sentinela” e de outras
publicações da Sociedade Torre de Vigia.

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9.1. Sua Origem


Charles Taze Russel o fundador do russelismo, nasceu em
1852 nos Estados Unidos Seus pais eram presbiterianos.
Russel pertenceu a Igreja Congregacional e a seguir, a Igreja
Adventista. Em 1874, fundou formalmente o movimento
russelita. Em 1879, começou a publicação do periódico “Torre
de Vigia de Sião”, hoje chamada “A Sentinela”.
O sucessor de Russell, Joseph Rutherford, efetuou 148
alterações doutrinárias no sistema de crença da seita.
Publicou a obra póstuma de Russell intitulada “O Mistério
Consumado”, e o sétimo volume de “Estudo das Escrituras”,
como meio de consolidar em torno de si o domínio e o
controle da organização.
No Brasil eles começaram em 1920. Sua sede nacional
permaneceu em São Paulo, capital; até 1980. Atualmente a
sede nacional encontra-se em Cesário Lange, interior do
Estado.
9.1.1. Falsas profecias
Russell profetizou que a batalha do Armagedom ocorreria
em 1914. Neste ano, segundo ele, dar-se-ia também a vinda
de Cristo. Mas na referida data, nada aconteceu. Depois ele
mesmo refez o cálculo, e estabeleceu o ano de 1915 e depois
o de 1918. Como das vezes anteriores, nada aconteceu. Ele
veio a falecer em 1916. Profetizou que até 1914 viria um

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tempo de tribulação tal qual nunca houve desde que há nação


para que fosse estabelecido o Reino de Deus. Os judeus
seriam restaurados, os reinos gentios seriam quebrantados em
pedaços como um vaso de oleiro, e os reinos deste mundo
passariam para o nosso Senhor e para o seu Cristo. Nada,
absolutamente, se cumpriu. Rutherford também refez o
cálculo, e estabeleceu o ano de 1925 como início do milênio.
Isso também não se cumpriu.
Em 1946, a organização lançou o livro “A Verdade vos
tornará Livres”, contendo a base da profecia do Armagedom
para 1975. Muitos venderam propriedades; outros
abandonaram estudos e carreira profissional por causa dessas
falsas profecias de Knorr e Franz, porém nada aconteceu.
9.2. Suas doutrinas
9.2.1. A Bíblia
Dizem que ninguém pode compreender a Bíblia sem a
revista "A Sentinela”. Não reconhecem qualquer outra
versão da Bíblia, além da sua versão deturpada chamada
“Tradução Novo Mundo”. Muitas Testemunhas de Jeová
adquirem outras versões da Bíblia simplesmente porque se
interessam por alguns versículos para o seu trabalho de
evangelismo, dando assim a impressão de que conhecem
outras versões. A Tradução Novo Mundo foi preparada para
contrabandear as crenças pré-fabricadas da Torre de Vigia

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para o texto das Escrituras. É uma obra falsificada,


modificada, viciada e cheia de alterações. Traduzem Jo 1:1
por "E a Palavra era (um) deus". Disse o Dr Bruce M. Metzger,
da Universidade de Princeton (Professor de Língua e Literatura
do Novo Testamento); "Uma tradução horripilante...,
errônea..., perniciosa repreensível. Se as Testemunhas de
Jeová levam essa tradução a sério, eles são politeístas".
9.2.2. Deus
O Deus das Testemunhas de Jeová não sabe todas as
coisas. Dizem que ele não sabia qual seria o resultado da
prova de Abrão, em Gn 22:12; e também desconhecia o que
se passava na terra, no caso de Gn 18:20, 21. Dizem enfim
que o verdadeiro Deus não é onipresente.
Mas a Bíblia ensina que Deus enche todo universo, 1 Rs
8:27; Jr 23:23, 24, e sabe de todas as coisas, Dn 2:20-22. O
Deus deles, portanto, não é o mesmo Deus da Bíblia.
9.2.3. A Trindade
Dizem que a Trindade é uma doutrina pagã desenvolvida
por Constantino, imperador romano, no quarto século, o que
não é verdade. Quando Constantino veio ao mundo, a
doutrina da trindade já estava no registro bíblico desde os
primeiros capítulos de Gênesis.

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9.2.4. O Senhor Jesus Cristo


O Jesus das Testemunhas de Jeová não é o mesmo da
Bíblia. O apóstolo Paulo adverte os cristãos, prevenindo-os
desse "outro Jesus", 2 Co 11:4. Dizem que Jesus é igual a
Satanás. O Jesus da Bíblia, porém, é igual ao Pai, Jo 5:18;
14:20. Afirmam que Jesus é o destruidor, o Abadom de Ap
9:11; o Jesus da Bíblia é como sabemos, o criador, Jo 1:3; Cl
1:16.
Ensinam que Jesus tornou-se Cristo por ocasião do seu
batismo; o Jesus da Bíblia, contudo, nasceu Cristo, Lc 2:11.
Pregam que Jesus de Nazaré não existe, mas a Bíblia diz que
"Jesus, o nazareno" é vivo, At 2:22, 36.
Já ensinaram que Miguel não é Jesus. Agora dizem que
Jesus é Miguel. A Bíblia afirma que Jesus é o Criador, e Miguel
é criatura, Cl 1:16-18; Hb 1:5. Dizem que Jesus é um
deusinho, a Palavra de Deus, porém declara que Ele e o Deus
verdadeiro, 1 Jo 5:20. 9.2.5. A adoração a Jesus
Eles ensinaram que Jesus foi adorado quando esteve na
terra e que devia continuar sendo adorado. Isso foi mudado
em 1954, quando publicaram a proibição dessa adoração. A
primeira edição da Tradução Novo Mundo (Bíblia deles), traz
em Hb 1:6 da seguinte forma: "E todos os anjos de Deus o
adorem", Essa passagem era um problema para a
organização. Como eles mudaram mais uma vez a sua crença,

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proibindo a adoração de Jesus, na edição da Tradução Novo


Mundo, revisada em 1984, mudaram o sentido da mensagem,
traduzindo Hb 1:6, por: “prestar Homenagem”. É verdade que
todas as sociedades bíblicas têm comissões para manter
sempre a atualidade da linguagem, sem, contudo, mudar a
mensagem. Eles, entretanto, mudaram suas crenças, agora
mudaram também as escrituras. 9.2.6. O Espírito Santo
As Testemunhas de Jeová ensinam que o Espírito Santo é
a força ativa e impessoal de Deus, negando tanto a sua
personalidade como a sua divindade. A Bíblia, porém revela o
Espírito Santo como uma pessoa, a terceira Pessoa da
Trindade, pois ele é Deus, “... na sua própria imagem, como
pelo Senhor, o Espírito”, 2 Co 3:18, (ARA).
O Espírito Santo possui intelecto; Ele penetra todas as
coisas, 1 Co 2:10, 11, e é inteligente, Rm 8:26. Ele tem
emoção, sensibilidade, Rm 15:30; Ef 4:30. E vontade, At
16:6-11; 1 Co 12:11.
9.2.7. Salvação
Ensinam que a salvação depende de se pertencer á
Sociedade Torre de Vigia e estudar seu manual de ingresso, o
livro “Conhecimento que conduz a Vida Eterna”. Jesus, no
entanto, afirma: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.
Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, Jo 14:6. Eles ensinam
que a salvação é “um alvo para ser cumprido”. Sabemos que

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a salvação não é uma coisa para o futuro. É algo presente, Jo


5:24.
9.2.8. O Inferno
As Testemunhas de Jeová negam a existência do inferno
ardente, porque Russell, antes mesmo de fundar seu
movimento, pessoalmente não concordava com essa crença.
Ele já estava decidido a não aceitar a crença do inferno de
fogo, isto com base em seu sistema de lógica e no seu próprio
raciocínio. É a razão de Russell contra as verdades da Palavra
de Deus.
9.2.9. O céu
Creem que em 1935 Jeová colocou uma placa no céu,
dizendo: “Não há vagas”. Rutherford, sucessor de Russell,
inventou essa doutrina em 1935, dividindo o rebanho em duas
classes: a dos ungidos que são apenas 144.000 membros, que
representam todos os cristãos autênticos desde a fundação da
Igreja até 1935. Somente estes, segundo eles, vão para o
céu. Os demais são a classe da “grande multidão”, que de
acordo com o seu ensino, vão herdar a terra. Dizem que os
membros dessa última classe não são filhos de Deus e nem
pertencem a Cristo. Trabalham de casa em casa convidando o
povo para uma religião que ensina que nem mesmo seus
adeptos são filhos de Deus e nem pertencem a Cristo. A Bíblia
diz que há um só rebanho, Jo 10:16; Ef 2:11-18, o céu é para

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todos os que crêem, Jo 14:1-4, e que todos os cristãos


autênticos são filhos de Deus, Jo 1:12; 1 Jo 3:1-3.
Crentes que não gostam de escola dominical e estudo
bíblico, torna-se presa fácil das Testemunhas de Jeová, correm
o sério risco de cair nas malhas dessa perigosa seita. Devemos
seguir a recomendação de João: “Se alguém vem ter
convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa,
nem tão pouco o saudeis”, 2 Jo 10.
10. IGREJA DA UNIFICAÇÃO
A Igreja da Unificação tem sido objeto de muitas
controvérsias, não só por causa de suas doutrinas esquisitas,
mas também devido aos seus métodos de evangelismo e
discipulação.
10.1. Sua origem
Seu líder é conhecido como Reverendo Moon, seu nome
completo é Yong Myung Moon, que significa: “Dragão
brilhante”. Em 1946, mudou seu nome para Sun Myung
Moon, que significa “Sol e lua brilhantes”. Ele nasceu em 1920
na Coréia do Norte. Seus pais converteram-se ao Cristianismo
através da Igreja Presbiteriana, quando Moon tinha dez anos
de idade. Moon afirma que teve uma visão aos 16 anos de
idade. Ele relatou que Jesus teria lhe revelado que a obra da
redenção ainda não estava completa, e que Moon seria o
único capaz de completar a obra que o Filho de Deus havia

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começado. Em 1945, disse ter recebido outra revelação.


Nesse mesmo ano, começou a reinterpretar a Bíblia.
Ele foi preso na Coréia do Norte por causa de suas ideias
capitalistas, pois contrariavam o sistema comunista de seu
País. Chegou à Coréia do Sul em 1 de maio de 1954, quando
fundou a Igreja da Unificação, conhecida também como a
Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo
Mundial.
10.2. O trabalho no ocidente
Depois da expansão de sua Igreja no Oriente, ele veio ao
Rio de Janeiro em 1965, quando deixou aqui um missionário.
Em 1972, foi aos Estados Unidos. Aí foi acusado de sonegar
impostos, sendo condenado a um ano e seis meses de prisão.
Quanto a sua maneira de agir, a seita se interessa
especialmente por jovens da classe média. Como as demais,
utiliza o “terror psicológico” para manter seus adeptos.
10.3. Doutrinas do reverendo Moon
10.3.1. Jesus Cristo
Moon afirma que Jesus é Filho do sacerdote Zacarias,
negando, assim, a concepção virginal de Cristo. Ele diz que
Jesus foi enviado para completar a obra que Adão não
conseguiu terminar: Constituir uma grande família na terra,
centrada em Deus. Assim, afirma Moon, o segundo Adão,
Jesus Cristo, deveria se casar e erguer uma grande família. Ele

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ensina que isso não aconteceu por causa da morte de Jesus


no Calvário. Alega ainda que a morte do Filho de Deus
decorreu por causa da traição de João Batista e, por isso, o
sacrifício de Jesus só pôde garantir uma parte da redenção.
A verdade Bíblica. A Bíblia afirma que Jesus foi gerado
pelo Espírito Santo no ventre da virgem Maria, Mt 1:18, 20,25;
Lc 1:34, 35. A Bíblia mostra ainda claramente que Jesus veio
ao mundo para salvar os pecadores, Lc 19:10; 1 Tm 1:15, e
não para suscitar família. E que sua morte foi para remissão
dos pecados, Rm 3:25; 1 Co 15:1-4; Hb 5:9; 7:25.
10.3.2. Jesus é divino?
O moonismo nega a deidade absoluta de Jesus, como as
demais seitas. A Bíblia, porém afirma categoricamente que
Jesus é o Deus verdadeiro, Is 9:6; Jr 23:5, 6; Jo 1:1; 10:30;
Rm9: 5; Cl 2:9; 1 Jo 5:20; Ap 1:8.
10.3.3. A Ressurreição corporal de Jesus
A Igreja da Unificação nega a ressurreição física de Jesus.
Moon ensina que Jesus ressuscitou apenas como espírito.
A ressurreição corporal de Jesus, porém, é um dos
principais ensinos do Novo Testamento. É a viga mestra e o
pilar do Cristianismo. É um dos elementos básicos que
distingue o Cristianismo das outras religiões. O apóstolo Paulo
declara que negar essa verdade é continuar no mesmo estado

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

de pecado e miséria, e que sem ela o Cristianismo não teria


sentido. 1 Co 15:17, 18.
Jesus se apresentou aos seus discípulos como Ele mesmo
e não outro, Lc 24:39, 40. Jesus provou aos discípulos ser Ele
mesmo, em carne e osso, e que um espírito não teria essas
características materiais.
10.3.4. Princípio Divino
Trata-se de um livro básico do moonismo. É a fonte de
autoridade e das crenças dos adeptos de Moon. Eles
consideram sua autoridade acima da Bíblia. Isto, por si só,
prova que suas crenças não são baseadas na Bíblia, mas nas
“revelações” de Moon. É uma grosseira imitação da Bíblia.
10.3.5. A divindade
O conceito que eles possuem de Deus nada tem a ver
com a Bíblia. Consideram a humanidade uma grande família.
Como a família constitui-se de pai, mãe e filhos, Moon ensina
que o Pai é Deus e a mãe é o Espírito Santo. Essa ideia é
também da Nova Era. Esta afirma que a Trindade consiste de
Inteligência, Força e Amor, representada como Pai, Mãe e
Filho. Não existe nada na Bíblia que indique que o Espírito
Santo seja feminino.
10.3.6. A queda de Adão
A Igreja da Unificação ensina que a queda do homem
ocorreu em duas etapas: espiritual e física. A primeira foi

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espiritual. Eva cometeu adultério com Satanás, e dessa


relação íntima nasceu Caim. A segunda foi física, depois desse
suposto adultério, Eva teve união física com Adão, resultando
no nascimento de Abel. Essa é a queda física. Assim, Moon
associa o pecado ao ato sexual. Com isso, ele procura
justificar os casamentos em massa, arranjados e “abençoados”
por ele, seguindo-se logo após um período de abstinência
sexual entre os cônjuges.
A Bíblia refuta esse fantasioso e maligno ensino de Moon:
“E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu e teve a
Caim”, Gn 4:1. Logo em seguida, diz o texto sagrado: “E teve
mais a seu irmão Abel”, Gn 4:2. Assim Caim e Abel são filhos
de Adão e Eva. O pecado do primeiro casal nada tem a ver
com o seu relacionamento sexual. O seu pecado foi a
desobediência; eles comeram o fruto da árvore da ciência do
bem e do mal, Gn 2:16, 17; 3:2, 11.
Quanto a esses falsos ensinamentos e essas “revelações”,
nos adverte a Bíblia, a infalível Palavra de Deus: “Estou
admirado de que tão depressa estejais desertando daquele
que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho, O
qual não é outro; senão que há alguns que vos perturbam e
querem perverter o evangelho de Cristo.
Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos
pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

anátema. Como antes temos dito, assim agora novamente o


digo: Se alguém vos pregar outro evangelho além do que
já recebestes, seja anátema”, Gl 1:6-9.
11. MORMONISMO
O Mormonismo é conhecido como a Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias. Há muitas crenças que seus
adeptos desconhecem, principalmente as que já foram
abandonadas. Já ensinaram, por exemplo, que a lua era
habitada. Quanto à poligamia, (casamento com mais de uma
pessoa ao mesmo tempo), eles defendem-na como prática
lícita. No sentido teológico, apregoam que Jesus não foi
gerado pelo Espírito Santo, que há pecados que o sangue de
Jesus não pode purificar, etc.
11.1. Sua origem
O norte-americano Joseph Smith Jr. nasceu em 23 de
dezembro de 1805, e morreu em 27 de junho de 1844, num
cárcere. Seus adeptos alegam que, numa visão, em 1820,
Joseph Smith teria visto o Pai e seu Filho Jesus Cristo.
Perguntou-lhes, então, qual a religião verdadeira. Como
resposta, ele teria ouvido que todas as igrejas haviam
apostatado da fé, e que seus credos eram uma abominação.
O apóstolo mórmon David O. Mckay afirmou: “A aparição do
Pai e do Filho a Joseph Smith é o fundamento desta igreja”.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Há outra versão de que essa visão teria ocorrido em


1823, quando Joseph Smith tinha 17 anos. Alegam que ele
recebeu a visita de um estranho anjo chamado Morôni, o qual
lhe revelou a existência de um livro, escrito em placas de ouro,
e que se achava no monte Cumorah, nas proximidades de
Palmyra, Nova lorque. Traduzidas, as placas deram origem ao
Livro de Mórmon.
Essa primeira “visão” de Joseph Smith é o fundamento da
igreja Mórmon. É um outro evangelho, conforme está escrito
em Gálatas 1:6-9.
11.1.2. A organização da Igreja
A presidência da Igreja Mórmon é a sua autoridade
máxima, constituída de seu profeta e seus secretários. O
Mormonismo se orgulha ao declarar que é a única igreja a ter
profetas e apóstolos, pois mantém um número de doze
apóstolos. A Bíblia destrói a pretensão deles porque “profetas
e apóstolos”, embora apareçam em Efésios 4:11, são as
pedras que formam o fundamento da Igreja, sendo Jesus
Cristo a pedra angular, Ef 2:20. A Igreja tem um só
fundamento, 1 Co 3:11. Por isso não ordenamos ninguém a
cargo de apóstolo nem de profeta.
11.1.3. Seus templos
Existe um templo em cada país. A sede mundial está em
Salt Lake, capital do Estado de Utah, EUA. Nele são realizados

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

rituais secretos, batismo pelos mortos (por isso preocupam-se


com genealogias; veja 1 Tm 1:4), batismo por procuração e
casamento para a eternidade em que o casal se compromete a
não contrair núpcias em caso de viuvez, para se encontrarem
no céu. Jesus, porém, disse que casamento é coisa deste
mundo e não do mundo vindouro, Lc 20:34-36.
11.1.4. Suas literaturas
O Mormonismo considera o Livro de Mórmon acima da
Bíblia. O artigo 8 das regras de Fé declara: “Cremos ser a
Bíblia a palavra de Deus, o quanto seja correta sua tradução;
cremos também ser o Livro de Mórmon a palavra de Deus”.
Exige condições para se crer na Bíblia, entretanto, para o Livro
de Mórmon nenhuma condição é apresentada.
11.1.5. O livro de Mórmon
O Livro de Mórmon compõe-se de 15 livros, divididos em
capítulos e versículos, assim com é a Bíblia Sagrada. No seu
todo, o Livro de Mórmon soma um total de 239 capítulos e
6.553 versículos. Nele são citados capítulos inteiros da Bíblia.
Por exemplo: 1º Livro de Nefi 20 é igual a Isaias 49; 2º livro
de Nefi, capítulos 12 a 24, são iguais a Isaias, capítulos 2 a 14;
3º Livro de Nefi, 24 é igual à Malaquias 4; 4º Livro de Nefi 12
a 14, são iguais a Mateus 5 a 7; Morôni 10 é igual a 1ª
Coríntios 12.

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11.1.6. O LIVRO DE MÓRMON E A BÍBLIA


Apesar do Livro de Mórmon ser até certo ponto, uma
imitação da Bíblia Sagrada, mal feita, O Livro de Mórmon
condena a Bíblia como um livro falso e cheio de erros, que
Satanás usa para escravizar os homens. Isto é dito
textualmente no 1º Livro de Nefi 13:28, 29 que diz: “Vês,
portanto, que depois de haver o livro passado pelas mãos da
grande e abominável igreja, foram tiradas muitas coisas claras
e preciosas desse livro que é o livro do Cordeiro de Deus. E,
depois de tais coisas claras e preciosas haverem sido tiradas
do livro, ele se propagou por entre todas as nações dos
gentios; e depois de propagar-se por todas as suas nações,
sim, e mesmo no outro lado das muitas águas que viste,
através dos gentios que saíram do cativeiro, vês que - por
causa de haverem sido tiradas do livro muitas coisas claras e
preciosas, simples ao entendimento dos filhos dos homens,
segundo a clareza que há no Cordeiro de Deus - sim, por
causa dessas coisas que foram suprimidas do evangelho do
Cordeiro, grande número tropeça, e de tal maneira que
Satanás tem grande poder sobre eles”, (página 40, da edição
de 1981). Veja ainda o que diz o Livro de Mórmon no 2º Livro
de Nefi, capítulo 29: v.3: “E porque minhas palavras hão de
silvar - muitos dos gentios clamarão: Uma Bíblia, uma Bíblia”!
Temos uma Bíblia e não pode haver nenhuma outra.

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Mas assim diz o Senhor Deus: Ó tolos! Eles terão uma


Bíblia e virá dos judeus, meu povo da aliança.
“Portanto, porque tendes uma Bíblia, não deveis supor
que ela contém todas as minhas palavras; nem deveis supor
que eu não fiz com que se escrevesse mais.” (página 132).
A Bíblia, desde que foi escrita, nunca precisou de
nenhuma alteração em seu texto. Esta é uma das evidências
de que ela é o eterno e infalível Livro de Deus.
Os mórmons, porém não podem dizer o mesmo do livro
de Mórmon, que ainda não completou 180 anos. A primeira
edição foi publicada em 1830, e já está com 3.913 mudanças.
A edição atual tem um texto completamente diferente da
primeira edição.
A origem do livro de Mórmon não pode ser comprovada.
Não existe o idioma "egípcio reformado" mencionado ali. O
livro de Mórmon, segundo eles, foi escrito em 421 d.C. Como
pôde o tal livro reproduzir textos da versão inglesa do Rei
Tiago, que só viria a surgir em 1611? Nada dos relatos do
Livro de Mórmon pôde ser confirmado até hoje. Ainda não se
descobriu nenhuma cidade sequer das trinta e oito
mencionadas no livro de Mórmon.
11.1.7. Suas doutrinas e convênios
Contém 138 seções divididas em versículos. São as
“revelações” de Joseph Smith, que tratam sobre a doutrina de

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Deus, da Igreja, do sacerdócio, da ressurreição do homem


após a morte e dos diferentes níveis de salvação. Batismo
pelos mortos (seções 124,127 e 128), matrimônio celestial
(seção 132: 19,20), poligamia (seção 132: 61,62).

11.1.8. A Pérola de grande valor


Este livro, tão conceituado entre as mórmons, já foi
amplamente desmascarado como fraude, apesar de Joseph
Smith alegar tê-lo traduzido milagrosamente para o inglês a
partir da escrita hieroglífica egípcia. Deus. Os Mórmons têm
deuses para todos os gostos. Uma declaração básica dos
livros deles afirma: “Como o homem é, Deus foi; como Deus é,
o homem poderá vir a ser” (regras de fé, pg. 389). Eles não
reconhecem o conceito bíblico de Deus, e daí negam a
Trindade. A Bíblia ensina que há um só Deus verdadeiro e que
Ele é uno, mas subsiste em três Pessoas distintas, Dt 6:4; Mt
28:19; Jo 17:3. Deus é infinito, 1 Rs 8:27, e Onipotente, Is
40:12-15. Ele é Espírito; Jo 4:24, portanto não tem carne nem
osso, Lc 24:39. Enche Ele o céu e a terra, Jr 23:23, 24. Além
Dele não há Deus verdadeiro, Is 43:10; 44:6, 8.
2.3. O Senhor Jesus Cristo
O Jesus dos Mórmons, como já explicamos, não é o mesmo
da Bíblia, 2 Co 11:4. Veja a diferença:

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11.1.9. O Jesus do mormonismo


Pregam um Jesus polígamo, cuja única diferença entre
Ele e nós é que Ele é primogênito. O ensino deles sobre Cristo
é uma blasfêmia; inclusive negam a sua concepção virginal.
Usam muitas palavras da fé cristã, mas com sentidos
diferentes.
11.1.10. O Jesus da Bíblia
É o Criador de todas as coisas, inclusive do mundo
espiritual, Jo 1:3; Cl 1:16, 17. Foi gerado pelo Espírito Santo,
Mt 1:18, 20, Lc 1:34, 35.
 Salvação
A salvação mormonista pode ser geral e individual. Geral
significa que, na consumação dos séculos, os incrédulos serão
castigados e depois liberados para a salvação. Individual é a
salvação obtida conforme as regras de fé mormonistas isto é,
fé em Cristo, batismo por imersão, observância às leis e as
obras, etc. Pregam que não há salvação sem a Igreja Mórmon.
 Sacerdócios de Arão e Melquisedeque
Todos os mórmons recebem o sacerdócio de Arão e
depois o de Melquisedeque. A Bíblia, porém, diz que o
sacerdócio de Arão foi removido, Hb 7:7-13, e o de
Melquisedeque é exclusivamente de Cristo, Hb 7:24. A palavra
“perpétuo”, que no Novo Testamento original só aparece nesta
passagem, tem o sentido de intransferível. Eles dizem exercer

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um sacerdócio que já foi removido e outro que pertence só a


Cristo. Isso prova que o Mormonismo desconhece a Bíblia, e
por isso comete graves erros.
Como o Mormonismo é uma seita missionária, precisamos
prevenir os membros de nossas igrejas para que tomem
cuidado, e jamais se deixem levar por esses enganos. Este é o
nosso grande desafio. É necessário, pois anunciar o
Evangelho de Cristo antes que a seara seja semeada com o
joio. A igreja Mórmon não somente deposita sua confiança na
fidelidade de Joseph Smith como profeta e vidente, mas
também no Livro de Mórmon, quê afirma ser “um outro
testamento de Jesus Cristo”. O Livro de Mórmon é na verdade
um livro estranho do ponto de vista da ciência e errado do
ponto de vista da teologia bíblica.
Se cremos e estudamos a Bíblia como um livro que não
contém erros, como podemos considerar outro que a
contraria? O Livro de Mórmon está provado, contraria a
ciência, a História e até mesmo as palavras de Jesus. A
conclusão, para quem tem o mínimo bom senso, é que o livro
de Mórmon foi feito para parecer ou soar como a Bíblia
Sagrada.
11.1.11. Racismo
O posicionamento quanto à raça negra, não deixa de ser
uma forma de racismo. Por muitos anos a posição do

430
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mormonismo foi a de que as pessoas de raça negra seriam


“inferiores” e “amaldiçoadas” por Deus devido a pecados
cometidos antes de nascer. Os negros, segundo o
mormonismo, foram espíritos que não lutaram valentemente a
favor de Deus contra Lúcifer. Por essa causa, diz o
mormonismo, foram enviados para a terra com a pele escura.
Esta é a explicação da igreja Mórmon para a existência da raça
negra. Por esta razão os negros foram, por quase 140 anos,
barrados de ocupar uma posição de autoridade dentro do
mormonismo.
Brigham Young, escritor Mórmon declarou: “Você vê
alguns grupos da família humana que são negros,
desajeitados, feios, desagradáveis e baixos em seus costumes,
selvagens e aparentemente sem a bênção da inteligência que
é normalmente dada à humanidade... O Senhor pôs uma
marca neles, que é o nariz chato e a pele negra” (JD, vol 7, p.
290,291).
11.1.12. O Deus Mórmon mudou de idéia
A mudança aconteceu em junho de 1978, por causa da
construção do templo em São Paulo. Como impedir que um
grande número de negros entrasse no prédio se eles ajudaram
a construí-lo? A Igreja Mórmon diz que a mudança veio como
resultado de uma revelação divina. Entretanto, foi por
pressões surgidas no Brasil.

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 O que diz a Bíblia?


Se a doutrina do negro no mormonismo fosse de Deus,
ela não seria mudada, pois o Deus da Bíblia não muda.
“Porque eu, o Senhor, não mudo”, Ml 3:6. “Em quem (Deus)
não há mudança nem sombra de variação”, Tg 1.17. A Bíblia
condena o racismo: “Reconheço por verdade que Deus não faz
acepção de pessoas”, At 10:34. Onde não há grego nem
judeu, circunciso nem incircunciso, bárbaro, cita, servo ou
livre; mas Cristo é tudo em todos”, Cl 3:11. “Mas, se fazeis
acepção de pessoas, cometeis pecado...”, Tg 2:9.
 Estatística
O Mormonismo, hoje, conta com mais de oito milhões de
membros, dos quais 43 mil são missionários em tempo integral
nos cinco continentes. Em termos financeiros, o Mormonismo
tem uma renda de cinco milhões por dia.
12. NOVA ERA
O movimento Nova Era, também conhecido por Era
Aquariana, é uma filosofia que absorve todas as religiões. É
tão exclusivista quanto o hinduísmo. É um conjunto de
crenças, seitas, práticas e ideologias, que negam os valores
espirituais do cristianismo. Uma visão panorâmica desse
movimento é suficiente para vermos que, nele, não há nada
de novo, a não ser o nome; quanto ao mais, são as velhas

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crenças ocultistas hindus que procuram agora, se firmar no


Ocidente. A Nova Era é uma forma disfarçada de Espiritismo.
12.1. Sua origem
O movimento na sua estrutura atual surgiu na década de
60. Sua malévola ideologia vem desde a queda no Éden, Gn
3:1-9. Sua origem está intimamente ligada a Sociedade
Teosófica, uma seita ocultista, fundada pela médium Helena
Petrovna Blavastky em 1875; partindo daí, a filosofia ocultista
hindu chegou ao Ocidente. O hinduísmo arroga para si o
privilégio de ser a religião mais antiga da terra. Portanto, a
filosofia da Nova Era não tem nada de novo.
12.1.1. Seu objetivo
O objetivo do movimento Nova Era é assumir a liderança
da humanidade em suas mais diversas áreas: política,
economia, saúde, educação e religião; estabelecer um governo
internacional, e implantar uma só religião. O Hinduísmo é
uma religião exclusivista: absorve todos os sistemas religiosos;
ao passo que o Cristianismo é exclusivista: descarta todos os
demais em virtude da plena suficiência, grandeza e
superioridade do Senhor Jesus Cristo.
12.1.2. Seu trabalho no Brasil
Uma grande arma da Nova Era é a página impressa. O
consumo de livros sobre o assunto é espantoso. Isso mostra o
desespero do povo brasileiro que, em busca de uma vida

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melhor, por isso, recebe com facilidade os ensinamentos da


Nova Era. Também fazem parte deste trabalho conferências e
palestras sobre o poder da mente.
12.1.3. A cronologia da nova era
Os escritos da Nova Era classificam a história da
humanidade em quatro eras: infantil, adolescência, mocidade
e maturidade. A primeira é a era de Touro, da força bruta,
(de 4304 a 2154 a.C.); a segunda, de Carneiro, que marca o
surgimento dos hebreus e da Bíblia, (de 2154 a 4 a.C.); a
terceira, de Peixes, que tem como ponto central o surgimento
do Cristianismo, (de 4 a.C. a 2146 d.C.), e a próxima, a Era de
Aquário, onde o homem se tornará Deus, (de 2146 a 4296).
Em 4296, terá início a era de Capricórnio.
12.2. A abrangência social
12.2.1. Influência na sociedade
A Nova Era está infiltrada na religião, na política, na
imprensa, nos meios de comunicação, na indústria, no
comércio, no esporte, na arte, na literatura e até na educação.
Políticos, cientistas, empresários, financistas, artistas, atores,
religiosos, em toda a parte da terra, estão se tornando
adeptos da Nova Era.
12.2.2. Instituições influenciadas pela Nova Era
Grandes instituições mundiais são influenciadas pela Nova
Era, como o Clube de Roma, Conselho Mundial de Igrejas

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(CMI), Organização das Nações Unidas (ONU), maçonaria,


instituições ecológicas e feministas, Organização não
governamentais (ONGs), etc.
12.2.3. Doutrinas da nova era
 Sobre sua religião
A Nova Era tem em seu ensinamento inúmeras práticas
ocultistas e espíritas, as quais são condenadas pela Palavra de
Deus, Dt 18:9-14. Inclui: Reencarnação, esoterismo, ufologia,
ioga, meditação transcendental, hipnose, clarividência, artes
mágicas, viagem astral e todos os ramos de adivinhação.
Incorpora todo o sistema espírita, englobando também as
doutrinas de Hare Krisma e da seita japonesa, Igreja Seicho-
no-iê.
12.2.4. Sobre Deus
São várias as concepções da divindade da Nova Era.
Praticamente são as mesmas do hinduísmo. Todas, pois,
contrárias a Bíblia. Há grupos panteístas e monistas.
Monismo é a teoria filosófica que defende que tudo no
universo é feito de uma só matéria: Tudo é um.
 O politeísmo pagão
A Nova Era nega o Deus revelado nas Escrituras. Eles
são panteístas. O panteísmo é a doutrina de que, Deus é tudo
e tudo é Deus. Assim não há distinção entre a criatura e o

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Criador, e isso engloba o próprio Satanás, que para eles é


também deus.
A deificação do homem
A doutrina de que o homem é Deus é muito antiga; vem
da religião da serpente, Gn 3:1-9. Ela é propagada pelo
hinduísmo, e foi transportada para o Ocidente pelos
promotores da Nova Era. O Deus da Bíblia é antes da criação;
é um ser espiritual e pessoal que governa o Universo.
 Sobre Jesus Cristo
Sabemos que o Jesus das seitas não é o mesmo da
revelação bíblica. O apóstolo Paulo faz menção de um “outro
Jesus”, 2 Co 11:4.
 Cristo da Nova Era
O adepto da Nova Era falam de um Cristo separado de
Jesus. Dizem que Jesus é um homem nascido em Belém, mas
Cristo é apenas a percepção interior e humana dele. Para
eles, Cristo é apenas um Grande Iniciado, ao lado de Buda,
Confúcio, Maomé e outros.
 O Cristo do Novo Testamento
Foi nascido de mulher, Gl 4:4. Cristo, Lc 2:11, sendo
verdadeiro Deus, Jo 1:1; Cl 2:9; 1 Jo 4:1-4, e verdadeiro
homem, 1 Tm 2:5; 1 Jo 4:1-4. Criador de todas as coisas no
céu e na terra, Jo 1:3; Cl 1:15, 16; portanto, um Ser à parte
de sua criação, Cl 1:17, 18. Ele morreu por nossos pecados, 1

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Co 15:1-4, e ressuscitou corporalmente para nossa


justificação, Lc 24:39, 40; Rm 4:25. Está vivo ao lado do Pai,
Jo 1:18; Hb 1:1-3, acima de todo o nome que se nomeia, Ef
1:20, 21, em cuja presença se dobrarão todos os joelhos dos
que estão no céu, na terra e debaixo dela, Fp 2:8-11.
12.2.5. Sobre Salvação
O hinduísmo ensina a salvação através de três caminhos:
das obras, do conhecimento e da devoção. Nada de Cristo e
sua salvação pela graça.
 Gnosticismo moderno
A Nova Era nega o pecado. Afirma que o problema da
humanidade é a ignorância; o ser humano, portanto não
precisa de perdão. Ela ensina que o homem precisa se
descobrir e conhecer-se a si mesmo para chegar a felicidade e,
portanto, a divindade. A ioga é o meio de o homem unir sua
alma ao Universo. A salvação, porém, conforme ensina a
Bíblia, é concedida mediante a fé em Cristo At 16:31; Ef 2:8,
9; Tt 3:5.
 A doutrina da serpente
Gn 3:5. A crença de que o homem é Deus foi inspirada
em Satanás. A Nova Era afirma que a humanidade é a
manifestação da essência divina. O problema do homem,
segundo ela, consiste no fato de não saber que é Deus.
Como se vê, é uma insinuação diabólica que oferece ao

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homem uma salvação sem o sangue de Jesus Cristo. Mas não


há salvação sem Jesus, Jo 14:6; At 4:12.
12.2.6. O perfil de nossa sociedade
O homem moderno está à deriva. A insegurança, a
apreensão, a superpopulação da terra, as questões do meio
ambiente, a automação das grandes empresas, a injustiça
social nos países pobres, desemprego, violência, pobreza,
colapso na saúde pública e na educação, e outras crises
mundiais, somando-se a isso o indiferentismo religioso e a
cegueira espiritual, 2 Co 4:4, são fatores que levam as massas
a buscar segurança e felicidade sem Jesus Cristo. O diabo se
aproveita da situação para oferecer solução através da saúde,
educação e alimentação, mediante seus agentes.
 As expectativas humanas
As nações aguardam com ansiedade dias melhores. Os
mentores humanos, dirigidos por Satanás, aproveitam-se da
miséria do povo, da violência, da fome, do desemprego e de
outros males sociais, para oferecer o sonho de um mundo
perfeito, onde haja paz, justiça, felicidade e compreensão. Só
que, neste programa, não há lugar para Deus, nem para seu
filho Jesus Cristo.
 Tentativas de governar a terra
Essa tentativa não é nova. Alexandre, O Grande, filho de
Filipe II, rei da Macedônia, já lutava para conseguir o controle

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mundial, estabelecer uma só lei e uma só moeda. Hitler


queria fundar o Terceiro Reich, fazendo da Alemanha o centro
da terra por 1000 anos. Agora, a Nova Era vem com
propostas tentadoras. Quem não conhece a Palavra de Deus,
cai facilmente na artimanha deles.
13. ADVENTISMO DO SÉTIMO DIA
A observância da Lei, a guarda do sábado, o bode
emissário, o espírito de profecia e o sono da alma são os
pontos principais que distinguem os adventistas do sétimo dia
dos evangélicos. É o que estudaremos nesta lição.
13.1. Sua origem
William Miller nasceu em 1782, em Pittsfield, estado de
Massachussetts, EUA. Era de família batista. Em 1818, ele
começou a anunciar que Cristo voltaria a terra nos próximos
20 anos. Em 1831, Miller proclamou que esse evento ocorreria
em 23 de março de 1843. Tentou justificar a sua “profecia” em
Daniel 8:13, 14, interpretando as 2300 tardes e manhãs como
que correspondendo a 2.300 anos a partir do retorno de
Esdras a Jerusalém em 457 a.C.
Todavia, nenhuma de suas previsões se cumpriu.
Procurando justificar-se, William Miller explicou que se
enganara nos cálculos. Em seguida, marcou nova data, 22 de
Outubro de 1844. Esta data também falhou.

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Miller arrependeu-se e procurou a Igreja. Já reconciliado,


foi servir a Deus, vindo a falecer em 1849. O mal, porém, já
estava feito. Vários grupos começaram a aparecer. Hiram
Edson, Joseph Bates e James White com sua esposa Ellen
Gould White eram os mais destacados dos movimentos
adventistas. Joseph Bates, de New Hampshire, Washington,
instituiu a observância do sábado. Enquanto isso, Ellen Gould
White ia, na região de Portland, Maine, ficando conhecida por
suas “revelações e visões”. Os três grupos juntos deram
origem, em 1860, ao movimento conhecido como Adventismo
do Sétimo dia.
13.2. A lei de Moisés
Os Dez Mandamentos, chamado de “decálogo”, é o
esboço e a linha mestra da Lei de Moisés. Ele está registrado
em Êxodo 20:1-17 e Dt 5:6-21. O termo vem de duas
palavras gregas “deka” (dez), e “logos” (palavra). As “dez
palavras”, E 34:28; Dt 4:13; 10:4, nestas passagens, têm o
sentido de “mandamento, pronunciamento, princípios”. Por
essa razão, o decálogo ficou conhecido universalmente como
“os dez mandamentos” que Deus escreveu em pedras e
entregou aos filhos de Israel, através de Moisés.
Os adventistas dizem que a Lei de Deus é o Decálogo, e a
de Moisés é a lei cerimonial, ou seja: os demais preceitos, que
não são universais.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

A Bíblia afirma que existe uma só Lei. O que existe na


verdade são preceitos morais, preceitos cerimoniais e preceitos
civis. É chamada Lei de Deus, porque teve a sua origem Nele,
Lei de Moisés, porque foi Moisés o legislador que Deus
escolheu para receber a Lei no Sinai. Os preceitos, tanto dos
dez mandamentos como os de fora dele, são chamados
alternadamente de Lei de Deus ou do Senhor e Lei de Moisés,
Lc 2:22, 23; Hb 10:28. São, portanto, sinônimos e por isso,
não há distinção alguma, Ne 8:1, 2, 8,18.
13.3. Outros Preceitos
Há princípios que são imutáveis e universais. Não há
para eles a questão de transculturação. Onde quer que o
Evangelho for pregado tais princípios fazem-se presentes; são
os preceitos morais ou éticos. Os dois maiores mandamentos
são preceitos morais, Mc 12:29-31. Entretanto, não constam
nos dez mandamentos. Esses preceitos são uma combinação
de Dt 6:4, 5 com Lv 19:18. Por outro lado, encontramos nos
dez mandamentos, o quarto mandamento, que não é preceito
moral. Jesus disse que o sacerdote podia violar o sábado e
ficar sem culpa, Mt 12:5.
13.4. A lei já cumpriu sua missão
O Senhor Jesus já cumpriu a lei, Mt 5:17. O Concílio de
Jerusalém determinou que os cristãos nada têm com a Lei, At
15:10, 11, 20,29. O apóstolo Paulo comparou a liberdade

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

cristã com a lei do casamento, Rm 7:1-3. Se uma mulher for


de outro homem, estando seu marido vivo, é adúltera. Isso
porque, está ligada a lei do marido.
Portanto, não podemos estar ligados à lei e a Cristo ao
mesmo tempo. Por isso, estamos mortos para a Lei, Rm 7:4.
A função da Lei foi patológica, (descobrir a causa da doença);
revelar o pecado no homem. Mas ela não pode curar, Rm
3:19, 20; Gl 2:16; 3:24.
13.5. Observar a lei é desvio
Pois o apóstolo Paulo chamou a lei de ministério da morte
gravado em pedras, 2 Co 3:7, ministério da condenação, 2 Co
3:9, e passageiro, 2 Co 3:13. O Antigo Testamento já foi
abolido por Cristo, 2 Co 3:14. Buscar a salvação pela
observância da Lei é desviar-se do cristianismo bíblico, Gl 5:1-
4. Observe, porém, que Paulo não criticou a Lei; reconheceu
a santidade da Lei, Rm 7:7, 14. O que ele diz é que ela não
pode salvar o homem, pois sua função é outra.
13.6. O espírito de Profecia
Para os adventistas do sétimo dia, os escritos da Sra.
Ellen Gould White têm a mesma autoridade da Bíblia. Afirmam
que a expressão “o testemunho de Jesus e o espírito de
profecia”, Ap 19:10, é uma alusão aos escritos da Sra. White.
Creem que suas obras têm “aplicação e autoridade especial
para os adventistas”, e negam que a “qualidade ou grau de

442
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

inspiração dos escritos de Ellem White sejam diferentes dos


encontrados nas Escrituras Sagradas”.
Boa parte das obras da Sra. White são plágios. Walter
T. Rea, em sua obra “The White Lie” “a mentira branca”,
apresenta tabelas intermináveis desses plágios, “plágio”
significa: Imitação ou cópia do trabalho alheio. Entretanto, os
adventistas do sétimo dia continuam a receber as obras da
Sra. White com a mesma autoridade da Bíblia. Além dos
plágios, há inúmeros erros e contradições em seus escritos.
13.7. Doutrina Adventista
13.7.1. Bode emissário
Os adventistas dizem que o bode emissário, do Dia da
Expiação, representa Satanás. Assim colocam Satanás como
coautor da redenção. Moisés orientou que, no Dia da
Expiação, o sumo sacerdote apresentasse dois bodes para o
sacrifício, Lv 16:5, 10. Um deles seria imolado, e o outro
enviado para o deserto - o bode emissário, “azazel”, em
hebraico. Convém lembrar que os dois bodes eram
igualmente apresentados, e não apenas um. Isso
representava o sacrifício de Jesus pela expiação de nossos
pecados. A Bíblia diz que foi Jesus quem levou nossos
pecados, Is 53:4-6; Mt 8:16, 17; Jo 1:29; 1 Pe 2:24; 3:18.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

13.7.2. Sábado
A questão não é o sábado em si, mas o fato de que não
estarmos debaixo do Antigo Concerto, Hb 8:6-13. O que nos
chama a atenção é que, ultimamente, estão surgindo novos
pseudocristãos que, entre outras coisas, ensinam a guarda da
Lei e do sábado. Isso é retrocesso espiritual; é voltar às
práticas antigas. O sábado já foi abolido. A Palavra de Deus,
através das profecias, previa a chegada do Novo Concerto, Jr
31:31-33, e o fim do sábado, Os 2:11, que se cumpriu em
Jesus, Cl 2:14-17. Por essa razão, o sábado não aparece nos
quatro preceitos de Atos 15:20, 29. O texto de Colossenses
2:16, 17 deita por terra todas as teses dos adventistas do
sétimo dia.
Os adventistas afirmam que o sábado mencionado em Cl
2:16 é cerimonial. As festas judaicas eram anuais, mensais,
ou luas novas (pois a lua nova aparece a cada 28 a 30 dias, e
com ela se principia o novo mês) e semanais, 1 Cr 23:31; 2 Cr
2:4; 8:13; 31:3; Ez 45:17. Veja Cl 2:16 que diz: “... por causa
dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados” Portanto o
sábado cerimonial, ou anual, já está incluído na expressão
“dias de festas”, que são as festas anuais, “lua nova”, festa
mensais, “e sábados”, festas semanais. No versículo seguinte
o apóstolo diz: “Que são SOMBRAS das coisas futuras, mas o
corpo é de Cristo”, Cl 2:17. Isto é, são figuras das coisas

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futuras, que se cumpriram em Jesus. Foi por isso que Jesus


afirmou ser Senhor do sábado.
13.7.3. O que diz o Novo Testamento sobre os 10
mandamentos
 50 vezes o dever de adorar somente a Deus.
 12 vezes a advertência contra a idolatria.
 4 vezes a advertência para não tomar o nome do Senhor
em vão.
 6 vezes o dever de o filho honrar pai e mãe.
 6 vezes a advertência contra o homicídio.
 12 vezes a advertência contra o adultério.
 6 vezes a advertência contra o furto.
 4 vezes a advertência contra o falso testemunho.
 9 vezes a advertência contra a cobiça.
Nenhuma vez é encontrado o mandamento de se guardar
o sábado.
13.7.4. Constantino e o domingo
Dizem que o imperador romano, Constantino, trocou o
sábado pelo domingo. Isso não é verdade. A palavra
“domingo”, por si só significa “Dia do Senhor”. Porque foi nele
que Jesus ressuscitou, Mc 16:9. O primeiro culto cristão
aconteceu num domingo, Jo 20:1, e o segundo também, Jo
20:19, 20. Os cristãos se reuniam no primeiro dia da semana,
At 20:7. Assim, essa prática foi se tornando comum, sem

445
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decreto e sem imposição. Foi algo espontâneo. Constantino


apenas confirmou uma prática antiga dos cristãos.
Para nós, portanto, cada dia da semana é dia do Senhor,
pois em Cristo repousamos todos os dias, Hb 4:11. A palavra
hebraica para “domingo” e yom Rishon, que significa: “dia
primeiro”.
Os adventistas negam ainda a existência do inferno e a
imortalidade da alma. O fracasso em determinar o tempo do
arrebatamento da Igreja, impulsionou a formação de vários
grupos adventistas. Entre eles o de Ellen White.
Desapontados ainda com o erro na previsão, escolheram um
nome que refletisse os distintivos da igreja que passou a
chamar-se “Adventista do Sétimo Dia”. A palavra “adventista”
vem do vocabulário advento e significa “vinda”.
14. CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL
Há os que afirmam que a Congregação Cristã no Brasil
(CCB) é uma seita; outros, pelo contrário, recusam-se a
admitir tal coisa, descrevem-na como um movimento
infelicitado por alguns desvios doutrinários de caráter
secundário.
14.1. Sua história
Louis Francescon nasceu na Comarca de Udine, Itália, em
29 de março de 1866. Converteu-se em 1891, aos 25 anos de
idade, quando ja morava em Chicago, EUA. No ano seguinte,

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na mesma cidade, foi criada a Igreja Presbiteriana Italiana,


pastoreada por Filippo Grilli. Nesta Igreja, Francescon passou
a frequentar a Missão Americana, reconhecendo como irmão,
amigo e homem de Deus, o pastor W. H. Durhan, pregador
pentecostal, de quem Francescon pastoreava um rebanho de
crentes pentecostais na colônia italiana de Chicago. Como o
trabalho crescesse, deixou suas atividades materiais para se
dedicar integralmente ao ministério cristão.
14.2. A chegada ao Brasil
Em oito de março de 1910, Francescon e G. Lombardi
partiram de Buenos Aires rumo a cidade de São Paulo, onde,
no bairro do Brás, começaram a pregar o Evangelho, vindo a
fundar a Igreja Pentecostal Italiana. Que é o primeiro
nome da Congregação Cristã no Brasil. Suas atividades
estavam concentradas na colônia italiana. Depois, Francescon
foi para o Panamá, deixando a igreja nas mãos de homens
inexperientes.
14.3. Doutrinas da CCB
14.3.1. Sectarismo
A maioria de seus adeptos afirma que a salvação só é
possível na sua igreja. Eles chamam os evangélicos de outras
denominações de “seitários”. Não reconhecem o batismo
efetuado por ministros do Evangelho de outras igrejas, mesmo

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que por imersão e em nome do Pai, e do Filho e do Espírito


Santo, Mt 28:19.
A despeito desse perigoso sectarismo, devemos levar em
conta o que a Bíblia diz. A Palavra de Deus garante que todo
aquele que invocar o nome do Senhor será salvo, Jl 2:32; Rm
10:13. A salvação, portanto, está em Jesus, Jo 14:6; At 4:12;
Mt 1:21, e não em organização religiosa.
14.3.2. Batismo em nome de Jesus
Segundo os adeptos da CCB, o batismo só é válido se
efetuado com esta fórmula: “Em nome do Senhor Jesus, eu te
batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
Eles usam a passagem de At 2:38 para justificar a
doutrina medieval de que as águas do batismo têm
propriedades miraculosas para purificar pecados. O apóstolo
Paulo deixou claro o limite do batismo do Evangelho, 1 Co
1:14-17; ele era contra a forma externa bem típica do
judaísmo. A salvação é pela graça, Ef 2:8, 9. Ou seja, é um
ato da graça de Deus, Tt 2:11. A regeneração é obra do
Espírito Santo, Tt 3:5, enquanto que o batismo em água é o
sinal de arrependimento.
14.3.3. Sua estrutura organizacional
Tendo em vista a sua estrutura, em algumas regiões do
Brasil a CCB acha-se completamente parada. Eles não têm

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motivação para ampliar o seu crescimento porque são


predestinacionalistas - herança da Igreja Presbiteriana.
Para eles, a Bíblia não tem muita importância. A vida dos
membros da CCB é guiada pelo “iluminismo” e não pela
Palavra de Deus. Vão ao culto para “buscar a palavra”, e não
para aprender no templo, Sl 27:4. Seus conhecimentos da
teologia bíblica são bastantes pobres.
14.3.4. Os cargos
A análise dos aspirantes ao ministério concentra-se
principalmente no parentesco e no patriarcalismo. Estes são os
cargos principais: ancião, diácono e cooperador. A CCB é
contra o cargo de pastor, embora Francescon mantivesse
comunhão com os demais pastores, tendo-os em alta estima.
Afinal, pastores e evangelistas são dons ministeriais, Ef 4:11,
colocados para a liderança do rebanho de Deus.
14.3.5. Recursos financeiros
Criticam os dízimos, mas acabaram por estabelecer o
próprio sistema de levantamento de recursos para a
manutenção de suas atividades. Quanto ao dízimo, é uma
maneira de o crente reconhecer a soberania de Deus; é um
ensinamento que aparece em toda a Bíblia, Gn 14:20; Ml 3:10;
Mt 23:23; Hb 7:5.

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14.3.6. Manutenção dos obreiros


Eles são contra obreiros assalariados pela Igreja, porém 1
Co 9:4-14, Paulo faz sua defesa a favor do sustento dos
obreiros. Os que pensam doutro modo, ficam sem
argumentos ante a clareza e objetividade com que o apóstolo
trata o assunto. A Bíblia deixa bem claro que os dízimos eram
destinados aos levitas e sacerdotes Nm 18:21-24; Hb 7:5, para
que houvesse sempre mantimento na Casa de Deus, Ml 3:10.
Os filhos de Levi e os ministros do altar, por sua vez, pagaram
os dízimos dos dízimos recebidos, Nm 18:26. Paulo, como
os demais judeus, tinha uma profissão alternativa, fazedor de
tendas, At 18:3. Desse oficio, provinha o necessário para o seu
sustento, pois temia escandalizar os irmãos, e não queria
correr o risco de ser interpretado como aventureiro, em
Corinto.
14.3.7. Prática da CCB
Descuido com a evangelização. Esquecendo-se dos que
ainda não receberam a fé, dedicam-se a pregar aos crentes de
outras denominações evangélicas. Mas na sua condição de
profeta, o ministério de Jesus baseava-se na trilogia: pregar,
ensinar e curar, Mt 4:23; 9:35. Este é o exemplo que
devemos seguir; esta é a nossa maior tarefa.

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14.3.8. Uso do véu


A palavra grega para “véu” é, “peribaion” e significa
“jogar em volta”. Ela aparece duas vezes no Novo Testamento
grego, 1 Co 11:6, 15. Em 1 Co 11:1-16, Paulo trata da
submissão da mulher ao marido. Como se vê, o assunto
principal é a submissão, e não o véu. Quem acha que o véu é
um meio de santificação, como a CCB, deve usá-lo no dia-a-
dia como as mulheres do Oriente Médio e da Ásia dos dias de
Paulo.
14.3.9. Ósculo santo
Isto é uma questão cultural ainda hoje observada entre
os judeus, árabes e vários povos do leste europeu, adotados
pela CCB, porém se fosse “santo” mesmo seria perfeitamente
normal as irmãs saldarem os irmãos e os irmãos saldarem as
irmãs, porque então homem só salda homem e mulher só
mulher?
Os adeptos da Congregação Cristã no Brasil julgam-se
espiritualmente superiores a todos os evangélicos. Quanto a
nós, não nos cabe tratá-los como a inimigos, mas como a
pessoas que precisam dos esclarecimentos necessários para
compreender o verdadeiro sentido do Evangelho de Cristo.
15. A MAÇONARIA
A Maçonaria é uma sociedade secreta e ritualística
incluindo na sua filosofia a auto-salvação do homem. É

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anticristã, quando analisada a luz das Sagradas Escrituras. Ela


não é uma Igreja como conhecemos, mas uma organização
filantrópico-religiosa.
15.1. Sua história
A Maçonaria surgiu por volta do ano 1650, na Inglaterra.
Nessa época houve um grande declínio na corrida de
construções de catedrais. Isto refletiu profundamente nas
muitas associações de pedreiros, conhecidos como “pedreiros-
livres”. Essas associações que até então tinha cunho
unicamente trabalhista, passaram a ter cunho social, e
posteriormente religioso.
Cerca do ano 1700 surgiram as “Lojas” ou oficinas, como
são chamados os locais de reunião da Maçonaria. Em 1730 os
ingleses introduziram as lojas nos Estados Unidos, onde está o
maior número de maçons, (Em 1963 já tinham cerca de 4
milhões).
Em atitude de rejeição a estes dados históricos, alguns
autores maçons escrevem que a Maçonaria teve um princípio
nos primórdios da Antiguidade oriental. Outros admitem que
Hiram Abif, dado como arquiteto do templo de Salomão, foi o
seu fundador. Para outros, porém, a Maçonaria foi derivada de
corporações operárias criadas por Numa, em 715 a.C.
Finalmente outros afirmam que as origens maçônicas se
perdem na noite dos tempos. (MAÇONARIA SIMBÓLICA, de

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Raul Silva, pág.9). No Brasil a Maçonaria teve início nos


tempos do Império e contava com mais ou menos 70.000
adeptos em 1981.
15.2. A estrutura Da Maçonaria
A Maçonaria possui dois ritos: o Escocês, iniciado na
França por imigrantes escoceses, e o York, iniciado na cidade
de York, Inglaterra. O rito Escocês tem 33 graus, equivalente
aos 10 graus do rito York. Cada grau procura ensinar e elevar
o adepto em uma moral.
15.3. Maçonaria e religião
Muito se tem perguntado sobre a Maçonaria,
simplesmente uma associação beneficente, ou também uma
religião? Que a Maçonaria é religião dão provas os escritores
e grandes mestres da mesma, dentre os quais destacamos os
seguintes: “A Maçonaria não é, pois, uma simples instituição
filantrópica e social: é uma ciência, uma filosofia, um sistema
moral, uma religião”, (ESTUDOS SOBRE A MAÇONARIA
AMERICANA, pág. 25 A. Press).
“Filha da ciência e mãe da caridade, fossem todas as
instituições como tu, ó Santa Maçonaria, e os povos viveriam
numa idade de ouro. Satanás não teria mais o que fazer na
terra e Deus teria em cada homem um eleito”, A Maçonaria no
Centenário, 1822-1922, Antônio Giusti, pag 33).

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A reunião de uma Loja Maçônica é estritamente religiosa.


Os dogmas religiosos da Maçonaria são poucos, simples,
porém fundamentais. Nenhuma Loja pode ser regularmente
aberta ou encerrada sem oração”, The Freemason’s Monitor, I.
S. Webb, pág. 284.
“A Maçonaria é a religião universal porque abrange todas
as religiões e o será enquanto assim fizer. É por esta razão,
unicamente por ela, que é universal e eterna”, Antiga
Maçonaria Mística Oriental, PÁG 67).
15.4. A maçonaria e a salvação
O escritor maçom L. U. Santos, na sua obra intitulada
“Literatura Maçônica Contemporânea”, edição de 1948, página
32, escreveu: “Somente a Maçonaria é capaz de redimir a
humanidade, meus irmãos”.
A salvação maçônica fundamenta-se em boas obras que o
homem possa praticar. Por isso estimula os seus adeptos a
progredir até atingir um padrão moral tão que ao morrerem,
estejam em condições de habitar na glória.
15.5. Juramentos da maçonaria
Apenas como amostra, registramos aqui apenas o
juramento do Grau 1, Aprendiz, da Maçonaria. Os demais
juramentos não são muito diferentes. Veja aqui a diferença
entre o real Cristianismo e a Maçonaria.

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JURA DO GRAU 1 - Aprendiz: “EU, Fulano de tal, juro e


prometo, de livre vontade pela minha honra e pela minha fé,
em presença do Supremo Arquiteto do Universo, que é Deus,
e perante esta assembléia de maçons, solene e sinceramente,
nunca revelar qualquer dos mistérios da Maçonaria que me
vão ser confiados, senão a um bom e legítimo irmão, ou em
Loja regularmente constituída, nunca os escrever, gravar,
imprimir ou empregar outros meios pelos quais possa divulgá-
los... Se violar este juramento, seja-me arrancada a língua, o
pescoço cortado e meu corpo enterrado nas areias do mar,
onde o fluxo me mergulhem em perpétuo esquecimento,
sendo declarado sacrilégio para com Deus e desonrado para
com os homens”, Ritual do 1º Grau - Aprendiz; Edição de
1933, págs. 34,35.
15.6. A posição do cristão
Fazemos nossas as palavras de Jesus Cristo, o Mestre da
Galiléia, quando disse: “Dai, pois a César o que é de César, e a
Deus o que é de Deus”, Mt 22:21, Queremos dizer que não
negamos à Maçonaria os benefícios que tem proporcionado à
humanidade. Não podemos negar o que ela tem feito em
benefício de nossa Pátria, e a contribuição que deu a
Independência do Brasil, a extinção da escravatura, a
secularização dos cemitérios, a regulamentação do casamento

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civil, a proclamação da República, ao ensino leigo e a


separação da Igreja do Estado.
Em geral, os maçons são homens das mais destacadas
qualidades morais e sociais. São bons cidadãos e exemplares
pais de família, porém, estas qualidades não fazem a
Maçonaria uma instituição intocável quando tem de ser
analisada a luz da Bíblia Sagrada e da moral pregada e vivida
por Cristo.
Nada temos contra a Maçonaria como sociedade
filantrópica, mas como religião, em face ao perigo que
representa para a Igreja. Esperamos que fique entendido que
assim como a Maçonaria tem competência de selecionar os
seus adeptos, aceitando ou vetando a quem quer; a Igreja
também tem competência para avisar aqueles que servem a
Deus a se exercitarem um relacionamento perfeito com Cristo,
separado da Maçonaria.
15.7. Um crente pode ser maçom?
A pergunta talvez devesse ser feita da seguinte forma: “O
crente deve ser maçom”? Nesse caso a resposta é: “NÃO”, e
vamos dizer por quê: É impossível que um crente possa ser
fiel aos ritos maçônicos e ao mesmo tempo ser um crente fiel
e leal a Cristo, Mt 6:24. É impossível que o crente faça os
juramentos da Maçonaria sem com isso estar em
desobediência as Escrituras, que dizem: “De modo nenhum

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jureis”, Mt 5.34.“Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em


vão”, Ex 20.7. O juramento perigoso para fazer o bem ou o
mal com risco de vida é condenado por Deus, Lv 5:4.
W. J. Erdman, grande expositor da Bíblia disse: “Um
cristão não pode pertencer a uma sociedade secreta, a qual se
liga por juramento, e ser fiel a Igreja de Cristo, porque
passará a ter íntima comunhão com os homens, muitos dos
quais não são regenerados e rejeitam a Cristo como Senhor e
salvador. Tais sociedades criam relações artificiais e
imaginárias, inteiramente estranhas ao Cristianismo, e são
esquisitas, quando observadas do ponto de vista humanitário”.
Testemunhos Sobre a Maçonaria.

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28

MENSAGEM
TEMA: ACONSELHAMENTO PASTORAL
TEXTO: 2 Sm 17.15

INTRODUÇÃO
Os ministros evangélicos com frequência são
chamados a dar conselhos, de maneira formal ou informal. Em
anos recentes, o aconselhamento cristão tem recebido um
renovado impulso e interesse, com o surgimento de
especialistas, dotados de bom treinamento nesse campo de
atividades. Considerável literatura tem surgido sobre o
assunto. Mas também tem havido muito abuso, por parte de
ministros que pouco ensinam da Bíblia, porquanto eles se
tornaram mais psicólogos do que pastores e mestres, e sua
prédica está eivada do vocabulário usado na psicologia. Outro
tanto tem sucedido a conferências onde, antes, a Bíblia era o
centro das atenções. Mas agora elas se assemelham mais a
sessões psicológicas populares, com algum verniz de
religiosidade. Por outra parte, é bom que os ministros do
evangelho tenham algumas noções básicas sobre o assunto,
sabendo também como outros ministros, que se tornaram

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especialistas nesse campo, manipulam essas questões. Assim,


são melhor capazes de examinar, expressar e manipular
idéias. A ignorância nunca é recomendável. Um ministro do
evangelho deve estar bem informado em muitas áreas, e
quanto mais, melhor, ao mesmo tempo em que jamais deve
olvidar-se dos requisitos de seu alto chamamento como
pregador do evangelho de Cristo.
Em nosso moderno e complexo mundo, o ministro é uma
pessoa que se dispõe a ajudar a outros, e cuja ajuda não seja
dispendiosa em termos econômicos. Portanto, um pastor será
procurado para aconselhar e ajudar quanto a muitos
problemas, como aqueles envolvidos no matrimônio, no vício
com drogas, nos casos de ansiedade, de tristezas, de
aspirações, de necessidade de orientação, ou de qualquer
coisa que aborde a vida humana diária. Ocasionalmente, um
ministro do evangelho não se sentirá apto a aconselhar sobre
determinados problemas, pelo que deveria ser capaz de
encaminhar as pessoas a médicos, advogados, etc.
Naturalmente, no campo das questões religiosas, um pastor
jamais poderá desistir de suas funções, deixando o bem-estar
das almas entregue aos cuidados de quem não entende que o
principal problema humano é como corrigir seu relacionamento
com Deus e com os nossos semelhantes. Infelizmente, isso
tem sucedido.

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1. OS PRINCÍPIOS PARA AJUDAR AS PESSOAS


A abordagem tipo discipulado ao aconselhamento se
expressa em termos de seis princípios gerais, que chamarei de
“princípios para a ajuda às pessoas”.
1.1. Princípio nº 1 para a ajuda às pessoas
Em qualquer relacionamento de ajuda, a personalidade,
os valores, as atitudes e as crenças do ajudador são de
importância primária. (ajudador ou auxiliador nessa matéria
se refere ao pastor ou conselheiro; ajudando ou auxiliado se
refere à pessoa que está sendo aconselhada).
Ao escrever para a Igreja na Galácia, Paulo instruiu aos
irmãos que restaurassem (trazer a um estado de plenitude
integral) qualquer indivíduo que estivesse tendo dificuldades
pessoais Gl 6:1. Parece que alguns dos gálatas estavam caindo
em pecados, e que estavam tendo problemas por causa disto.
O apóstolo preocupava-se pessoalmente com estes homens e
mulheres, mas veja que pessoas deviam ajuda-¬lós: “vós, que
sois espirituais.”
No capítulo 5 de Gálatas lemos a bem-conhecida lista dos
traços que caracterizam o cristão espiritual: amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão,
domínio próprio Gl 5:22, 23. O indivíduo espiritual é a pessoa
que faz seus valores conformarem-se com os ensinos de Jesus
Gl 5:24, é guiado pelo Espírito de Deus v. 25, e não é

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egocêntrico, desordeiro, ou cheio da sua própria importância


v. 26. Além disto, note-se que o ajudador bíblico é brando
Gl 6:1, uma pessoa que pode manter firmeza com o ajudando,
mas que também é compassiva. Este ajudador tem
consciência das tentações que advêm quando se envolve num
relacionamento íntimo de aconselhamento v. 1, e quando se
envolve com as pessoas v. 2, de tal modo que o ajudador, por
algum tempo, leva as cargas do seu ajudando, com a dor e a
inconveniência que talvez sejam envolvidas. O ajudador bíblico
é humilde v. 3, e reconhece qual é a fonte da sua força, e não
age com uma atitude superior, tipo mais-santo-do-que-tu.
Examina-se a si mesmo v. 4 (está envolvido numa auto
avaliação realista e evita as comparações com os outros), é
responsável em levar os fardos na sua própria vida v. 5,
disposto a ajudar os outros a fazerem o mesmo, e pronto a
aprender do ajudando v. 6. O ajudador bíblico tem consciência
de Deus e das influências espirituais no comportamento
humano vv. 7, 8 e é paciente v. 9 mesmo quando a tarefa da
ajuda é longa e árdua. Reconhece sua responsabilidade de
fazer o bem a todas as pessoas, mas “principalmente aos da
família da fé” v. 10.
Esta lista é longa, e algo esmagadora. Os padrões para
um bom ajudador são altos, mas podem ser atingidos. Estes
padrões devem caracterizar qualquer cristão que está andando

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

em estreita comunhão com Jesus Cristo. Não se segue, porém,


que todo crente dedicado é automaticamente um bom
conselheiro, pois a aprendizagem de técnicas específicas
também é importante. Apesar disto, a pessoa que segue Jesus
Cristo desenvolve características que podem ser resumidas
numa só palavra pequena: amor, o que é de importância
crucial na ajuda às pessoas. Tudo isto é consistente com a
pesquisa psicológica do relacionamento de aconselhamento,
pesquisa esta que demonstra que os traços pessoais do
ajudador são tão importantes ao bom aconselhamento como
os métodos que emprega. Vários estudos das pesquisas
revelaram que os conselheiros eficazes são bem-sucedidos,
não tanto por causa da sua orientação ou técnicas teóricas,
mas, sim, por causa da sua empatia, calor e autenticidade.
Empatia deriva da palavra grega empatheia, que significa
“sentir em” ou “sentir com”. A maioria de nós teve a
experiência de ficar no banco de passageiro do carro, e de
apertar o pé contra o chão ao vermos a necessidade de
diminuir a velocidade. Em tais momentos, estamos nos sentido
na situação do motorista, e estamos sentindo com ele.
No aconselhamento, o ajudador eficaz procura ver e
entender o problema do ponto de vista do ajudando. “Por que
está tão perturbado? poderíamos perguntar. “Como é que ele
vê a situação”?” “Se eu fosse ele, como me sentiria?” Como

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

ajudadores, precisamos conservar intatos os nossos próprios


pontos de vista objetivos, mas também devemos reconhecer
que podemos ser da máxima ajuda se, além disto,
conseguimos ver o problema do ponto de vista do ajudando e
deixá-lo saber que entendemos como ele se sente e como vê a
sua situação. O ajudando, por sua vez, precisa reconhecer que
alguém realmente está procurando entendê-lo. Este mútuo
entendimento desenvolve o máximo de harmonia entre o
ajudador e o ajudando
O calor é quase um sinônimo de importar-se com alguém.
É uma amabilidade e consideração que se revelam na
expressão do rosto, no tom da voz, nos gestos, na postura, no
contato com os olhos, e qualquer outro comportamento não
verbal tal como cuidar do conforto do ajudando. O calor diz:
“Importo-¬me com você e com o seu bem-estar”. Aqui, como
em tantos aspectos do comportamento humano, as ações
falam mais alto do que as palavras. O ajudador que realmente
se importa com as pessoas não precisará anunciar
verbalmente sua solicitude, todos poderão percebê-la.
A autenticidade significa que as palavras do ajudador são
consistentes com as suas ações. Procura ser honesto com o
auxiliado, e evita qualquer declaração ou comportamento que
possa ser considerado falso ou insincero. Segundo certo
escritor a pessoa verdadeiramente genuína é espontânea, mas

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não impulsiva nem desrespeitosa, é consistente quanto aos


seus valores e atitudes, não está na defensiva, tem
consciência das suas próprias emoções, e está disposta a
compartilhar a sua própria pessoa e sentimentos.
Jesus revelava empatia, calor e autenticidade, e o ajudador
cristão bem-sucedido deve fazer o mesmo. E possível, no
entanto que cada um destes possa ser exagerado. Podemos
demonstrar tanta empatia que perdemos a nossa objetividade,
tanto calor que o auxiliado se sente sufocado, e tanta
autenticidade que o ajudador perde de vista as necessidades
do auxiliado, O ajudador, portanto, deve frequentemente
examinar seus próprios motivos para ajudar. É possível que,
como ajudadores, as nossas próprias necessidades venham a
ser satisfeitas no relacionamento do auxílio, mas a nossa
tarefa primária é ajudar aos outros com seus problemas e
lutas.
1.2. Princípio nº 2 para a ajuda às pessoas
As atitudes, motivação e desejo por ajuda da parte do
auxiliado também são importantes no aconselhamento.
Nalguma ocasião, a maioria dos conselheiros teve a
experiência frustradora de procurar trabalhar com alguém que
é obstinado, que não coopera, ou que não tem interesse em
mudar o seu comportamento. Trabalhar com um adolescente
rebelde que foi enviado para ser “endireitado” ou aconselhar

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

uma pessoa deprimida que acredita que “nunca sarará” é


trabalhar com uma pessoa cuja atitude terá que mudar antes
de haver a possibilidade de ocorrer qualquer auxílio real.
Quando o auxiliado não quer ajuda, deixa de perceber que
existe um problema, não deseja mudar-se, ou não tem fé no
ajudador nem no processo de auxílio, então o aconselhamento
raramente é bem-sucedido. Deus nos criou com livre arbítrio, e
não é possível ajudar um auxiliado indisposto a crescer
psicologicamente. Da mesma forma que não é possível ajudar
um descrente a crescer espiritualmente contra a sua vontade.
No aconselhamento, assim como no testemunhar, esta
resistência deve ser reconhecida, e o auxiliado deve receber
ajuda no sentido de perceber o valor de fazer mudanças na
sua própria vida. O aconselhamento é um processo de ajudar
outra pessoa a transformar-se e crescer, mas este crescimento
é mais fácil quando o ajudador e o auxiliado cooperam na
tarefa. Em certo sentido, o auxiliado é o indivíduo mais bem-
informado no mundo, no que diz respeito à sua própria
situação. Sabe como está se sentindo, e sabe o que não
funcionou para levar a efeito uma transformação no passado.
O ajudador e o auxiliado precisam usar juntos estas
informações.
Naturalmente, não se deve tomar por certo que a pessoa
que precisa de ajuda sempre está resistindo de modo teimoso.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Às vezes, as pessoas simplesmente têm medo. Muitas vezes, é


difícil para uma pessoa falar acercar dos seus fracassos ou
problemas, e há ocasiões em que o próprio auxiliado não sabe
qual é o problema. Contar a uma outra pessoa coisas acerca
da nossa vida particular pode ser arriscado, pois há a
possibilidade de sermos criticados ou rejeitados, Há, além
disto, a atitude de frustração e de autocondenação que alguns
ajudados sentem por não terem conseguido solucionar
sozinhos os seus problemas. Todos estes fatores podem
interferir no processo da ajuda, e, portanto, a tarefa do
ajudador é ajudar o auxiliado a relaxar e “abrir o seu coração”.
Para alcançar os melhores resultados, o aconselhando
auxiliado deve realmente desejar uma transformação, deve ter
a expectativa de que as coisas hão de melhorar com a ajuda
do conselheiro, e deve demonstrar uma disposição para
cooperar, ainda que seja doloroso o processo do
aconselhamento. Expressado em termos um pouco diferentes:
é importante para o auxiliado ter ou adquirir uma atitude de
esperança quando vem procurar ajuda.
Jesus enfatizou o valor desta atitude no Seu ministério de
cura. Louvou a mulher com hemorragia por ter a fé que lhe
restaurou a saúde Mc 5:34, curou dois cegos por causa da sua
fé Mt 9:29, e curou um menino epiléptico cujo pai tinha fé nos
poderes do Mestre Mc 9:23-27. Por contraste, quando Jesus

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estava na Sua cidade natal, poucas pessoas foram ajudadas


porque não acreditaram nos Seus poderes para curar Mt
13:58. Pode-se argumentar, talvez, que a fé descrita nas
Escrituras é diferente da esperança e da expectativa, mas o
escritor aos Hebreus as vincula Hb 11:1. Termos tais como
“fé”’’, “esperança”, “expectativa”, “crença” e “motivação”
podem ser usados de modo intercambiável até certo ponto,
porque todos transmitem a idéia de que quando o auxiliado
deseja melhorar e pensa que vai sarar, em muitos casos
melhora mesmo, às vezes a despeito do ajudador e das suas
técnicas.
1.3. Princípio nº 3 para a ajuda às pessoas
O relacionamento de ajuda entre o ajudador e o auxiliado
é de grande relevância.
Conforme logo aprende todo estudante de aconselhamento,
uma boa harmonia é essencial para o aconselhamento bem-
sucedido, tão essencial, aliás, que certo escritor chegou a
descrever o aconselhamento como sendo um relacionamento
de ajuda entre duas pessoas ou mais. Às vezes chamamos
este relacionamento de entrevista de aconselhamento, sessão
de terapia, encontro, ou “uma boa conversação entre amigos”,
mas em todos os casos as pessoas estão juntas nalgum tipo
de relacionamento em que trabalham juntas para solucionar
um ou mais problemas.

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Os relacionamentos de ajuda diferem não somente na


sua natureza, mas também na sua profundidade. Quando duas
pessoas se encontram, não deixam do lado de fora da porta
suas personalidades, valores, atitudes, inseguranças,
necessidades, sentimentos e capacidades. Todas estas coisas
entram no relacionamento, e na medida em que as pessoas
são diferentes, é provável que nenhum par de pessoas tenha
um relacionamento que venha a ser repetido do mesmo modo.
Consideremos, por exemplo, como Jesus Se relacionava com
as pessoas. Não tinha o mesmo tipo de relacionamento com
todas elas. Com Nicodemos foi intelectual, aos fariseus
confrontou-os, com Maria e Marta e foi mais informal, e com
as crianças era caloroso e amoroso. Jesus reconhecia
diferenças individuais de personalidades, de necessidades, e
de nível de entendimento, e tratava as pessoas de acordo com
isto. Quando os conselheiros procuram tratar todos os seus
aconselhandos da mesma maneira, deixam de conseguir boa
harmonia, porque cometem o erro de pensar que todas as
pessoas são iguais. Todas as pessoas não são iguais, e este
fato deve ser reconhecido nos relacionamentos que
construímos e nos métodos que empregamos.
Jesus não somente tratava com pessoas de modos
diferentes, mas também tinha relacionamentos com as
pessoas em níveis diferentes de profundidade ou proximidade.

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João era o discípulo a quem Jesus amava, talvez o amigo mais


próximo do Mestre, ao passo que parece que Pedro, Tiago e
João formavam juntamente um círculo interno com o qual o
Senhor tinha um relacionamento especial. Embora não
ficassem tão próximos como os três do círculo interno, os
demais apóstolos eram os companheiros constantes de Cristo,
um grupo de doze homens que foram escolhidos com cuidado
para continuar a obra depois da partida de Cristo. Em Lucas
10 lemos acerca de um grupo de setenta homens aos quais
Jesus deu treinamento especial. Depois da ressurreição,
apareceu a um grupo maior de quinhentas pessoas, e, além
disto, havia as multidões, às vezes em número de milhares de
pessoas, muitas das quais talvez tenham visto Cristo uma
única vez, e isto a uma boa distância.
A maioria de nós tem este tipo de relacionamento com os
outros. Algumas pessoas ficam perto, ao passo que outras
ficam mais longe. Às vezes supomos que, ao aconselhar ou
discipular, sempre devemos desenvolver um estreito
relacionamento, mas, na realidade, é possível que tais
relacionamentos sejam profundos, ou não tão profundos.
Consideremos, por exemplo, os diferentes graus de
intimidade que um professor pode ter com seus alunos. Como
seguidor de Jesus Cristo, tenho uma obrigação inescapável de
fazer discípulos para o Mestre, dentre meus estudantes e

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aconselhando, mas abordo estas pessoas de modos diferentes,


e estou mais próximo de alguns do que doutros. De muitas
maneiras, nosso relacionamento é semelhante àquele que
Paulo tinha em mente quando escreveu a Timóteo: “Tu, pois,
filho meu, fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus. E o
que de minha parte ouviste, isso mesmo transmite a homens
fiéis e também idôneos para instruir a outros” 2 Timóteo 2:1,
2. Como professor, porém, tenho outros alunos aos quais
discípulo. Como Pedro, Tiago e há uns poucos alunos com os
quais tenho um estreito relacionamento, e me encontro
frequentemente com eles.
Como discipuladores, parece que cada um de nós está
cercado por círculos de pessoas. Umas poucas, talvez um ou
dois amigos e os membros da nossa família, ficam bem perto.
Outras ficam um pouco mais longe, e algumas estão nas
extremidades de fora, tocadas apenas casualmente por nosso
testemunho de Cristo. Para cumprir a Grande Comissão, cada
um de nós, no centro do nosso círculo de influência, deve ser,
em primeiro lugar, discípulo de Jesus Cristo, completamente
dedicado a Ele e obediente à Sua direção para a nossa vida.
Depois, nos relacionamentos interpessoais, o magistério, o
aconselhamento, a paternidade, em todas as nossas
atividades, realmente, devemos ser testemunhas de Cristo,
alcançando os outros, perto e longe, e mostrando a eles

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mediante palavras e ações o que significa ser discípulo e


discipulador.
Este discipulado não é fácil. Envolve dedicação a Cristo,
uma disposição para ser franco com o próximo, e uma
flexibilidade nos nossos relacionamentos com as pessoas que
convivem conosco. Mesmo assim, ser um discípulo e um
discipulador é a responsabilidade de todo cristão, e começa
onde estamos, no centro da nossa própria série de círculos.
A mesma série de círculos também poderia caracterizar
nossos relacionamentos de ajuda. O ajudador não precisa
necessariamente esforçar-se para ser o melhor amigo do
auxiliado. O aconselhamento é um relacionamento que
certamente pode envolver a amizade, mas existe
primariamente com outro propósito em mira, fazer com o
ajudador ajude o auxiliado a enfrentar um problema. Às vezes,
o relacionamento é bem próximo, perto do centro do círculo,
com a participação íntima, até mesmo bilateral, de emoções,
preocupações e necessidades. Noutras ocasiões, o
relacionamento não é tão profundo. Talvez o ajudador e o
auxiliado se encontrem por uma única sessão, falem
exclusivamente acerca do auxiliado, ou conversem
informalmente por pouco tempo acerca dalgum problema
relativamente sem importância. E até mesmo possível ao
ajudador socorrer os outros à distância, ao dar uma preleção

471
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pública acerca da saúde mental, por exemplo, ou ao escrever


um livro útil. As vezes, portanto, ajudamos as pessoas uma a
uma num gabinete, e às vezes trabalhamos em grupo, e as
vezes chegamos até mesmo a ajudar pessoas que nunca
encontramos face a face.
Cada relacionamento entre o ajudador e o auxiliado é, em
certo sentido, sem igual. Cada relacionamento depende da
personalidade das pessoas envolvidas, da natureza dos
problemas que são considerados, da profundidade da
discussão, e da proximidade psicológica entre o ajudador e a
pessoa que está sendo auxiliada. O aconselhamento é um
processo de auxílio, mas este auxílio envolve um
relacionamento. Quanto melhor o relacionamento, tanto mais
bem-sucedido o aconselhamento.
1.3.1. As técnicas de ajuda ás pessoas
A ajuda eficaz, conforme já indicamos, tem pelo menos
seis princípios básicos, três dos quais foram discutidos
anteriormente. Em primeiro lugar, o ajudador deve demonstrar
empatia, calor e autenticidade. Em segundo lugar, deve haver
um auxiliado motivado para transformar-se e que está
disposto a cooperar com o auxiliador para solucionar os
problemas. Em terceiro lugar, o bom aconselhamento requer
um bom relacionamento entre o ajudador e o auxiliado, que
pode ser mais ou menos estreito, mas que existe com o

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propósito de ajudar as pessoas a conviver melhor consigo,


com seu próximo, e com Deus.
O parágrafo supra teria deixado Freud aflito, bem como
número muito maior de conselheiros contemporâneos. Freud
dava considerável ênfase às perícias do conselheiro, e, até
certo ponto, tem razão. Seria errado tirar a conclusão de que
duas pessoas calorosas e amorosas que têm um
relacionamento sereno são os únicos requisitos para o bom
aconselhamento. São aspectos básicos, mas o aconselhamento
bem-sucedido envolve mais do que isto. Envolve habilidade e
técnicas que os bons conselheiros aprendem, praticam e
constantemente refinam. É verdade, sem dúvida, que certas
pessoas demonstram ter um “tato” para o aconselhamento.
Parece que conseguem o sucesso até mesmo sem treinamento
ou estudo nos procedimentos do aconselhamento. Mesmo
assim, com treinamento e consciência das técnicas, até
mesmo estas pessoas podem ficar mais eficazes no
relacionamento de socorro.
Uma das habilidades necessárias a um ajudador é o
reconhecimento de como se sente o auxiliado, o que está
pensando, e como as suas próprias ações influenciam o
problema. Assim, chegamos ao quarto dos nossos seis
princípios que começamos a descrever nas páginas anteriores.

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1.4. Princípio nº 4 para a ajuda às pessoas


A ajuda deve ser focalizada nas emoções, nos
pensamentos e no comportamento do auxiliado; todos os três.
Em muitas das abordagens seculares e cristãs ao
aconselhamento, a ênfase se dirige ou à emoção, ou ao
pensamento, ou ao comportamento, mas raramente a todos
os três juntos. A Terapia Racional Emotiva de Albert Ellis, por
exemplo, refere-se, no seu título, ao pensamento e ao
sentimento, mas a terapia lida quase exclusivamente com o
modo de o auxiliado pensar. Por contraste, Carl Rogers coloca
a maior parte da ênfase sobre os sentimentos do auxiliado, e
faz pouca tentativa para analisar o que lhe acontece
intelectualmente. Boa parte das abordagens do aprendizado
ressalta a mudança do comportamento, e sustenta que os
sentimentos e pensamentos do auxiliado são de mínima
importância - tão mínima, na realidade, que o “tratamento” às
vezes ocorre sem o auxiliado sequer ter consciência de que
está sendo levado a efeito.
Quando examinamos as Escrituras vemos que o
sentimento, o pensamento e o comportamento são todos de
grande importância, talvez igual. Consideremos, em primeiro
lugar, os aspectos emotivos. O próprio Jesus chorou em duas
ocasiões, pelo menos, e às vezes ficava zangado. Não negava
os sentimentos, nem condenava as pessoas por

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experimentarem e expressarem suas emoções. Claramente era


sensível aos sentimentos dos outros, como no caso da Sua
mãe entristecida na ocasião da crucificação ou os pais que
trouxeram seus filhos para ver Jesus mas que foram
repudiados pelos discípulos demasiadamente protetores do
seu Mestre. É possível dar ênfase demais aos sentimentos num
relacionamento de aconselhamento, mas também é possível
reprimi-los ou negá-los Jesus não fez nenhuma das duas
coisas. Havia ocasiões, no entanto, em que ressaltava mais o
pensamento racional. Tomé tinha muita tendência para
duvidar, mas Jesus lidava com estas perguntas intelectuais de
modo racional. Não desatendeu Tomé, nem o criticou por sua
falta de fé. Pelo contrário: quando os discípulos duvidavam,
Jesus providenciava as evidências. Imediatamente após a
ressurreição Tomé disse, em essência: “Se eu não vir com os
meus olhos, e não tocar nas mãos de Jesus com os meus
dedos, não acreditarei.” Quando se encontraram mais tarde, o
Senhor disse a Tomé: “Põe aqui o teu dedo e vê as minhas
mãos; chega também a tua mão e põe-na no meu lado; não
sejas incrédulo, mas crente” Jo 20:27. De modo semelhante,
quando João Batista ficou em dúvida durante seus últimos dias
na prisão Mt 11:2-6, Jesus providenciou os fatos racionais que
se faziam necessários. Em numerosas ocasiões, levava a efeito
debates intelectuais com os líderes religiosos dos Seus dias;

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por exemplo, discutiu apologética com Nicodemos num debate


que talvez tenha ido longas horas noite adentro.
Jesus, porém, também Se preocupava muito com o
pecado e o comportamento pecaminoso. Mandou a mulher
apanhada em flagrante adultério transformar o seu
comportamento, e não pecar mais; deu instruções a Maria no
sentido de ela mudar seu estilo de vida agitado; aconselhou o
jovem rico a ser menos egoísta, e ordenou dois irmãos que
brigavam a pararem de ser tão cobiçosos. Repetidas vezes,
nos Seus sermões e nas Suas discussões com indivíduos, Jesus
confrontava as pessoas com seu comportamento pecaminoso
e egocêntrico, e as mandava transformarem-se.
A ênfase sobre as emoções, o pensamento e o
comportamento se vê no livro de Atos, e daí por diante através
das epístolas do Novo Testamento. Repetidas vezes, os
crentes são responsabilizados pelas suas próprias ações, mas
nunca há o mínimo indício de enfatizar demasiadamente o
comportamento ao ponto de excluir o sentimento e o
pensamento.
Na conclusão da sua epístola aos Filipenses, o apóstolo
Paulo dá muitos conselhos práticos para a vivência de todos os
dias. Em primeiro lugar, lida com as emoções, instruindo seus
leitores a se regozijarem, a serem pacientes, a não serem
ansiosos, e a se acalmarem na paz de Deus Fp 4:4-7. Depois,

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a ênfase recai sobre o pensamento: “Fixem o seu


pensamento...” conforme se nos manda, nas coisas que são
verdadeiras, respeitáveis, justas, puras, amáveis, boas,
virtuosas e dignas de louvor Fp 4:8. Finalmente, enfatiza-se o
comportamento. Devemos praticar tudo quanto nos foi
ensinados aprender, como Paulo, a ficar contentes e fazer
todas as coisas no poder de Cristo Fp 4:9-13. O sentimento, o
pensamento e a ação, todos os três são importantes nas
Escrituras e cada um deve ser levado em consideração no
aconselhamento. Cada um deles está em contato com os
demais. Quando temos problemas emocionais, por exemplo,
nossos pensamentos e nossas ações são afetados. Não
podemos enfatizar uma parte e desprezar as outras duas
partes.
1.5. Princípio nº 5 para a ajuda às pessoas
A ajuda envolve uma variedade de habilidades de auxílio.
Esta palavra “habilidades” pode ser vista de duas perspectivas.
De um lado, há as técnicas de aconselhamento, coisas tais
quais escutar atentamente, observar com cuidado ou fazer
perguntas sábias enquanto o auxiliado descreve o seu
problema. Trata-se daquilo que se faz no aconselhamento. São
perícias que podem ser aprendidas pelo conselheiro-ajudador.
Para a máxima eficácia, o aconselhamento também
precisa de direção. O ajudador, bem como o auxiliado, deve

477
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ter em mente alguns alvos, e pelo menos o ajudador deve ter


algumas idéias acerca de como atingir estes alvos. Este avanço
em direção a um alvo pode ser chamado o processo de
aconselhamento. Refere-se a para onde a pessoa vai num
relacionamento de ajuda.
Numerosos livros foram escritos para descrever as
técnicas de aconselhamento. A lista de técnicas varia de autor
para autor, mas a maioria dos autores concorda que, para
entender e ajudar outro ser humano, o ajudador deve, no
mínimo, fazer uso das seguintes:
 Ouvir atentamente
Trata-se de dar a nossa atenção total ao auxiliado, e de
demonstrar esta atenção mediante o contato através dos
olhos, da postura e o uso de declarações animadoras
(exemplo: “isto faz sentido”, “entendo o que você quer dizer”),
uma resposta ocasional para perscrutar (exemplo: “continue”,
“conte-me mais,” “e depois?”), e uma repetição periódica
daquilo que o auxiliado disse, para ter certeza de que
entendemos. Jesus, apesar de ter conhecimento perfeito da
personalidade íntima das pessoas e dos problemas delas Jo
2:25, escutava com paciência Lc 24:13-24. Ao fazer assim, é
possível que estivesse demonstrando que há um valor
terapêutico em deixar o indivíduo colocar em palavras as suas
dificuldades, para compartilhá-las com outra pessoa Tg 5:16.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Ao escutar, nós que somos ajudadores não devemos ficar


zangados, mas devemos demonstrar, por nossa atitude
atenciosa que realmente queremos levar as cargas do
auxiliado juntamente com ele Tg 1:19; Gl 6:2.
A indisposição para ouvir pode muitas vezes ser um
grande obstáculo à ajuda. Este fato é verdadeiro na
evangelização, e não somente no aconselhamento. Se o
cristão está sempre falando, não pode responder aos
problemas ou necessidades individuais da pessoa com quem
fala. Às vezes, aquela pessoa tem uma pergunta a fazer, ou
algum problema para discutir antes de poder dedicar a sua
vida a Cristo ou crescer mais como crente. Se não lhe dermos
uma oportunidade para expressar-se, estamos em perigo de
subverter nossas próprias tentativas de ajuda.
A Tabela seguinte alista algumas sugestões para fazer a
nossa escuta mais útil para os outros. Não se deixe pressupor,
ao ler este trecho, que a nossa única tarefa seja escutar tudo
quanto é dito. Nossa tarefa como ajudadores é entender o
auxiliado e demonstrar, ao escutar, que nos importamos com
ele. Não é nossa tarefa, no entanto, desenvolver habilidade no
entendimento dos pormenores dos pecados dos outros. Há
lugar para inocência e pureza da parte do ajudador Mt 10:16,
e às vezes talvez precisemos dizer: “Acho que já entendi a
situação geral, então provavelmente não me seja necessário

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ouvir todos os pormenores da sua situação.” Tome cuidado,


no entanto, para não intervir rapidamente demais com
semelhante declaração. Poderia reprimir a discussão e privá-lo
de informações que talvez sejam úteis na sua ajuda às
pessoas, embora você pessoalmente não seja edificado por
aquilo que ouve.
1.5.2. Algumas diretrizes para escutar bem
Prepare-se para prestar atenção:
 Intelectualmente
Ler sobre o ponto sob discussão pode ajudar-lhe a ouvir
inteligente e criticamente. Saber o que devemos ouvir é ouvir
melhor. Não evite assuntos difíceis.
 Fisicamente
Uma vez que ouvir é uma tarefa árdua, descanse
bastante antes de fazê-la. Não se posicione de uma maneira
que induza o ajudando pensar que você está cansado ou
desinteressado.
 Mentalmente
Compreenda que se você realmente deseja ouvir outra
pessoa, isto irá aumentar a sua efetividade no fazê-lo.
Decida que, ao ouvir, você está aprendendo. Daniel
Webster disse uma vez que ele aprendia mais por ouvir
homens inteligentes do que por ler livros. Ouvir não é apenas
um dos melhores meios de aprender novas informações e

480
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

idéias, mas é também um dos melhores meios para aprender


acerca das pessoas, aquelas a quem você escuta.
Esteja cônscio de que concentração não é uma atitude
fácil, e que ouvir exige disciplina.
Reconheça que não-ouvir é igual à indiferença, e esta não
ajuda a ninguém. Entenda que aprender a ouvir a outras
pessoas nos ajuda a aprender como ouvir a Deus. Abandone
totalmente a idéia de que ouvir é menos importante que falar.
Um mau ouvinte será, provavelmente, um péssimo falante.
Não pense que você já descobriu todas as implicações
desta idéia que você agora está aprendendo.
1.5.3. Avalie o conteúdo bem como o modo por que ele
é exposto.
Nós olhamos para o falante e frequentemente nos
concentramos no que vemos mais do que no que ouvimos.
Podemos compreender melhor o conteúdo da conversa se
prestarmos atenção às pistas verbais e às não-verbais do
falante.
 Controle suas emoções. Você pode sentir-se
sobrecarregado pelos seus próprios problemas emocionais, e
ser tentado a parar de ouvir intencionalmente. Não pare de
ouvir porque você se antipatizou com a outra pessoa. Seja
paciente com o que ela diz.

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 Resista às distrações. Nós somos distraídos não


somente pelo que ouvimos, mas também pelo que vemos e
pensamos. Um bom ouvinte, instintivamente, enfrenta tais
distrações.
 Preste atenção. A atenção é necessária ao bem ouvir.
Tente interessar-se pelo que está sendo dito. Olhe à pessoa
que está falando. Incline-se em direção à pessoa enquanto ela
está falando.
 Aproveite-se do fato que você pode pensar mais
rápido do que a outra pessoa pode falar.
 Pense adiante.
 Pese o que você está ouvindo.
 Revise o que você já ouviu.
 Atenção às entrelinhas.
 Não faça perguntas em demasia. Evite especialmente
perguntar porquê?
 Tente não interromper.
 Prenda-se ao assunto do falante.
 Use as palavras do falante para colocar seus
próprios pontos.
 Não pregue.
 Devagar com os conselhos. A maioria das pessoas não
quer e prontamente ignoram-nos quando os ouvem.

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 Não argumente. Não tente persuadir seu ajudando por


tornar-se mais argumentativo, pois isso confirma suas próprias
crenças e deixa-o surdo para qualquer tipo de racionalidade
acerca do assunto. Se você vencer a discussão você pode
perder um amigo. Se você perder, você pode perder o
respeito dele. De qualquer maneira, você nada tem a ganhar,
nem o seu ajudando.
 Não procure por fatos adicionais para satisfazer
sua própria curiosidade. Este não é o seu propósito.
 Orientar. Às vezes empregamos técnicas que encorajam
o aconselhando a falar. Queremos que reparta seus
sentimentos, que diga o que está pensando, e descreva o que
fez ou não fez para solucionar o problema.
Talvez haja poucas coisas mais frustrantes, especialmente
para o conselheiro novato, do que um auxiliado que cerra a
boca e se recusa a falar. Em tais ocasiões, podemos fazer uma
pergunta que não seja passível de uma mera resposta “sim”
ou “não” (“O que está pensando agora mesmo?” “Conte-me
mais acerca dos seus pais.” “Pode me dar um exemplo de não
se entender bem com a sua esposa?”) Podemos resumir a
situação do auxiliado conforme nós a vemos, para termos
certeza de que entendemos corretamente; talvez façamos um
comentário que convide a uma resposta (“O que aconteceu
então?” “Para onde foi depois disto?” “O que pensa que lhe

483
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

acontecerá agora?”); ou talvez empreguemos uma técnica que


os psicólogos chamam de refletir. Refletir é dizer em palavras
diferentes aquilo que, segundo parece, o auxiliado está sentido
(“Assim você deve ter sentido bem!”, “Parece-me que ela o
deixou bastante furioso,” “A impressão que tenho é que você
se sente bastante culpado por causa do que fez”). O refletir
também pode envolver a declaração dos pensamentos numa
nova forma (“Estou captando o fato de você não ter certeza
acerca de uma data?”, “Quer dizer que você não entende o
seu professor?”) ou uma descrição do comportamento (“Neste
momento, você parece bastante tenso”, “Está sorrindo, mas
estou com a impressão que está muito magoado por dentro”).
Depois de qualquer uma destas respostas, o auxiliado deve
receber a oportunidade para comentar, mesmo se o
comentário for dizer ao ajudador que deixou completamente
de entender o essencial.
Na medida em que empregamos respostas orientadoras,
nosso alvo é estimular o auxiliado a declarar os seus
sentimentos ou propósitos, e encorajar um exame honesto do
seu comportamento. O propósito não é tanto obter
informações para nós mesmos, mas ajudar o auxiliado a ter
clareza quanto ao seu problema. Aí então ele pode avançar ao
ponto de obter nova compreensão ou de adotar alguma
atuação que leve a efeito uma mudança.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Jesus empregou comentários orientadores quando andou


juntamente com aqueles dois homens desanimados no
caminho para Emaús. “Que é isso que vos preocupa e de que
ides tratando à medida que caminhais?” perguntou. Quando
Cloacas descreveu as coisas recentes que tinham ocorrido em
Jerusalém, Jesus disse: “Quais?” Lc 24:17-19. Estas foram
perguntas orientadoras que levaram os homens a falar.
 Apoiar. Esta palavra não dá a entender, de modo algum,
que o ajudador sustente aqueles que são psicologicamente
aleijados, de modo que nunca aprendam a enfrentar os seus
problemas sozinhos. Mesmo assim, o apoio reconhece que é
difícil para um auxiliado abrir seu coração, falar em fracassos,
reconhecer pensamentos ou ações pecaminosos ou confessar
que algum problema o derrotou. Falar abertamente,
especialmente a um conselheiro cristão, é arriscar ser
rejei¬tado, criticado ou ostracizado. É por isso que as pessoas
frequentemente guardam sigilo quanto aos seus fracassos e
pensamentos interiores. Se contarmos aos outros, podem nos
prezar menos, ou até se esquivar de nós. Este temor da
rejeição está na base de boa parte do comportamento
hipócrita que se vê na nossa sociedade.
A Bíblia, porém, nos informa que devemos confessar as
nossas faltas, não somente a Deus em oração, mas também
uns aos outros Tg 5:16. Ao escutar tais confissões, a reação

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

do ajudador não deve ser ficar chocado ou rejeitar, mas


também não queremos ser coniventes com o comportamento
pecaminoso nem fingir que não tem importância. O cristão,
com simpatia, carrega os fardos do auxiliado juntamente com
ele Gl 6:2; Rm 15:1. Às vezes, nos regozijamos com o
auxiliado por causa dalguma vitória, mas em outras ocasiões
talvez até mesmo choremos com ele Rm 12.15. Se houver
pecado, encorajamos o auxiliado a confessá-lo, e ficamos
firmes ao lado dele enquanto trabalha na mudança das suas
atitudes ou do seu comportamento. Damos apoio emocional e
espiritual ao auxiliado na medida em que este dá os passos
em direção à maturidade e ao crescimento espirituais.
 É possível que o ajudador escute, faça comentários
orientadores e apoie um auxiliado que, apesar disto, não
melhora de algum modo. É porque o problema do auxiliado,
em muitos casos, está arraigado em comportamento, atitudes
ou pensamentos que precisam de ser mudados. Para ocorrer
semelhante transformação, o auxiliado precisa de enfrentar
suas próprias ações, e o ajudador deve ajudar no
desenvolvimento deste processo com um confronto firme,
porém gentil.
Jesus praticava grande quantidade de confrontação.
Confrontava os fariseus com a sua hipocrisia, os discípulos
com sua falta de entendimento, Marta com suas atividades

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

excessivas e o jovem rico com seus valores erroneamente


colocados. Parece, na realidade, que a confrontação fazia
parte central do modo de Jesus lidar com os outros. Era uma
técnica que passou para a Igreja primitiva, e ocorreu com a
maior, clareza quando Paulo confrontou Pedro com sua
capitulação covarde diante das exigências dos assim-
chamados judaizantes Gl 2:1-21. A confrontação envolve a
indicação do pecado na vida de um auxiliado, mas não é
limitada a isto. Podemos confrontar os auxiliados com seu
comportamento inconsistente (“Você diz que ama a sua
esposa, mas a trata mal.” “Alega gostar de esportes, mas
nunca participa”) ou com seu comportamento de autoderrota
(“Quer ter sucesso, mas estabelece alvos tão elevados que
tem certeza de que fracassará”) ou com sua tendência a evitar
as questões difíceis “Você diz que quer crescer
espiritualmente, mas cada vez que surge esta questão difícil,
você muda de assunto”. A confrontação é uma tarefa difícil.
Deve ser feita de modo suave, e sem julgar Gl 6:1; Mt 7:1,
mas o ajudador deve ter coragem suficiente para desafiar a
resistência aberta ou passiva de um auxiliado que talvez não
queira enfrentar a realidade do pecado ou da inconsistência na
sua vida. Lembre-se de que a tarefa do ajudador não é
condenar, mas, sim, ajudar, não despertar problemas, mas,
sim, curar. Às vezes, no entanto, a cura deve ser precedida

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

por cirurgia dolorosa. Reconheça, portanto, que o auxiliado


pode se sentir ameaçado quando é confrontado. O ajudador,
portanto, deve dar apoio mesmo enquanto confronta, e deve
dar ampla oportunidade para o auxiliado responder à
confrontação ou mediante a expressão das suas reações ou
mediante a alteração do seu comportamento. Na ajuda,
estamos trabalhando juntos para solucionar um problema,
mais ou menos como time de pessoas iguais, não como um
conselheiro-juiz que domina sobre o auxiliado-vítima.
 Ensinar
Basicamente, o aconselhamento realmente é isto. O
auxiliado está aprendendo como agir, sentir e pensar de modo
diferente; o ajudador está desempenhando o papel de
professor. O ensino, naturalmente, pode ocorrer de várias
maneiras. Pode envolver a instrução, o aconselhamento, ou a
informação ao auxiliado quanto aquilo que deve fazer.
Frequentemente, porém, esta orientação verbal tem pouco
impacto sobre um auxiliado. Usualmente, é mais eficaz quando
o ajudador demonstra mediante o seu comportamento como
viver ou pensar de modo mais eficaz; oferecer louvor,
encorajamento ou outros reforços quando o auxiliado mostra
uma melhoria; e cooperar com o auxiliado enquanto faz
decisões, empreende ações, e avalia o que está fazendo para
transformar-se.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Todas estas técnicas de socorro descrevem aquilo que o


conselheiro-ajudador faz no seu aconselhamento, mas é
igualmente importante a questão de alvos. Para onde caminha
o aconselhamento e o que procura realizar? Tudo isto se
refere ao processo da ajuda.
Este é um tópico de debate de grande importância entre
conselheiros profissionais. Alguns vêem o aconselhamento
como sendo um procedimento altamente complexo, mas
escritores mais recentes simplificaram consideravelmente o
processo. Egan, por exemplo, alista quatro etapas: atender ao
aconselhando e edificar harmonia; responder ao aconselhando
e ajudá-lo a explorar seus sentimentos, experiências e
comportamento; edificar entendimento no conselheiro e no
auxiliado e estimular ação que subsequentemente passa a ser
avaliada pelo conselheiro e pelo auxiliado juntamente.
Um psicólogo chamado Lawrence Brammer tem uma lista
mais longa, porém semelhante: abrir a entrevista e declarar
o(s) problema(s); esclarecer o problema e os alvos para o
aconselhamento; fazer a estrutura do relacionamento e
procedimentos do aconselhamento; edificar um
relacionamento mais profundo; explorar os sentimentos,
comportamento, ou pensamentos; resolver adotar alguns
planos de ação experimenta-¬lós e avaliá-los; e terminar o
relacionamento.

489
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Em grande medida, aquilo que fazemos no


aconselhamento dependerá do tipo de problema envolvido,
das personalidades do ajudador e do auxiliado, e da natureza
do relacionamento entre eles. Baseando-se nas sugestões de
Megan e Bramei; eu sugeriria que o processo de
aconselhamento tem, no mínimo, cinco passos, todos os quais
estão claramente ilustrados na Bíblia.
Edificar um relacionamento entre o ajudador e o
auxiliado João 6:63; 16:7-13; 1 João 4:6.
Explorar os problemas, procurando esclarecer as
questões difíceis e estabelecer o que foi feito no passado para
enfrentar o problema Rm 8:26.
Decidir quanto a um curso de ação. É possível que haja
várias alternativas possíveis, a serem ensaiadas uma por uma
Jo 14:26; 1 Co 2:13. Ação estimulante que o ajudador e o
auxiliado avaliam juntos. Quando alguma coisa não funciona,
faça outra tentativa Jo 16:13; At 10:29, 20; 16:6.
Terminar o relacionamento de aconselhamento e
encorajar o auxiliado a aplicar o que aprendeu, agora que
começa a avançar sozinho Rm 8:11. Boa parte disto é
belamente ilustrada por Jesus no caminho de Emaús.
Quando Se encontrou com os dois homens, Jesus
empregou uma variedade de técnicas para ajudá-los a passar
pela sua crise período de desânimo. Nota-se que esta situação

490
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

de aconselhamento não ocorreu num gabinete: não havia um


tempo de 50 minutos, nenhum diploma de doutor na parede,
nem altos emolumentos; o aconselhamento de Jesus foi
oferecido numa estrada poeirenta enquanto as três pessoas
estavam andando.
Em Lucas 24 vemos que o próprio Jesus se aproximou
dos homens e começou a viajar com eles. Aqui houve a
edificação de harmonia, a demonstração de interesse nas suas
necessidades e uma disposição para se encontrar com eles
onde quer que estejam. Como Jesus, o ajudador deve estar
disposto a acompanhar os seus auxiliados a fim de que haja a
verdadeira eficácia terapêutica. A indiferença raras vezes leva
ao aconselhamento bem-sucedido.
Enquanto andavam, Jesus começou a fazer umas
perguntas muito não-diretivas: “De que ides tratando?”,
perguntou. Enquanto Ele começou a explorar o problema
juntamente com eles, responderam com uma pergunta a Ele.
“És o único, porventura, que, tendo estado em
Jerusalém, ignoras as ocorrências destes últimos dias”? ’A
resposta de Jesus é uma típica resposta centralizada no
paciente. “Quais?” perguntou, e os homens começaram a
falar. Enquanto viajavam, Jesus passou muito tempo
escutando. Certamente não concordava com aquilo que
diziam, mas escutava assim mesmo, dando-lhes oportunidade

491
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

suficiente para expressarem a sua frustração, e mostrou-lhes o


amor que O enviou para morrer em prol dos pecadores em
primeiro lugar.
Depois de certo período de tempo. Jesus confrontou
estes homens com seus mal entendimentos quanto à lógica, e
sua falta de entender as Escrituras. A confrontação foi suave,
porém firme, e deve ter dado início ao processo de estimular
os homens a transformar o seu pensamento e
comportamento. Depois, Jesus começou a ensiná-los,
explicando as coisas da Bíblia que diziam respeito ao seu
problema. Hoje, séculos mais tarde, o aconselhamento mais
frequentemente coloca o conse¬lheiro no papel de professor
que ajuda os seus aconselhandos a aprender onde erraram e
como podem chegar a pensar ou comportar-se de modo mais
eficiente. No fim da viagem, Jesus Se aproximou mais ao
aceitar um convite dos dois homens para tomarem uma
refeição juntos. Em qualquer situação de aconselhamento, é
importante ficar perto do aconselhando, emocional e
psicologicamente, conservando em mente todos os problemas
éticos que isto pode envolver.
Depois, aconteceu uma coisa interessante. É algo que
todo ajudador sonha em fazer com alguns dos seus auxiliados,
especialmente com os mais difíceis. Jesus “desapareceu da
presença deles!” Ao fazer assim, Jesus os deixou por conta

492
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

própria e os incentivou à ação. Este é o alvo final de toda a


ajuda, levar o ajudado a um ponto de independência onde já
não há necessidade alguma de depender do auxílio do
ajudador. Noutras situações, Jesus empregou técnicas
diferentes de ajuda. Com Nicodemos, levou a efeito. um
debate racional acerca de apologética. Encorajou e apoiou a
mulher tímida com a hemorragia, confrontou a mulher ao lado
do poço com a sua imoralidade, mandou a mulher presa em
flagrante adultério não pecar mais, criticou os orgulhosos
fariseus de modo muito diretivo, preparou Seus discípulos para
o futuro, ao enviá-los dois a dois, e em todo tempo era o
modelo de como se deve viver a vida cristã.
Seguindo nos Seus passos, o conselheiro cristão deve
viver uma vida em estreita comunhão com Deus, evitando o
pecado na sua vida e confessando-o quando ocorre. Devemos
encontrar-nos com as pessoas onde estão, aceitá-las como
indivíduos a serem amados mesmo se o seu comportamento é
pecaminoso e pouco amável, procurar a todo tempo ser o
modelo que Deus quer que sejamos, e empregar toda técnica
que é consistente com a Escritura e que levará o
comportamento, o pensamento e o sentimento a maior
conformidade com a Palavra de Deus. Uma palavra de cautela
é necessária neste ponto. Em cada uma das abordagens
supra, inclusive o aconselhamento por Jesus no caminho para

493
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Emaús, há um longo período de escuta e de edificação de


harmonia. Os conselheiros principiantes muitas vezes estão
ansiosos demais para dar logo as respostas ou forçar o
auxiliado a agir. Deve haver um longo período de
compreensão e exploração antes de começarmos a nos
precipitar para as soluções
1.6. Princípio nº 6 para a ajuda às pessoas
O alvo final da ajuda é transformar nossos auxiliados em
discípulos e discipuladores. Esta declaração poderia ser alvo de
graves mal entendimentos, Parece dar a entender que o
aconselhamento se preocupa somente com assuntos
espirituais, ou que o alvo mais importante é “levar as pessoas
à salvação” ao invés de ajudá-las com seus problemas.
Para esclarecemos este sexto princípio, pensemos por
momentos no médico cristão. Como todos os demais crentes,
também tem a responsabilidade de fazer discípulos, mas na
sala das emergências (UTI), não pega a sua Bíblia para
começar a pregar. Começa com as pessoas onde estão
sentindo dor. Demonstra o amor de Cristo através das suas
ações e da sua solicitude, reconhecendo que o alívio do
sofrimento honra a Cristo e que frequentemente é um passo
para a evangelização Pv 14:31; Mt 10:42. O médico não evita
conversação acerca de questões espirituais, mas esta não é a
parte principal do seu tratamento.

494
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

No processo do discipulado há, no mínimo, cinco passos.


Devemos levar a efeito o contato, testemunhar verbalmente,
levar as pessoas ao ponto de conversão, ajudá-las a crescer
como discípulos, e ensiná-las a discipular outros. Muita coisa já
foi escrita acerca da evangelização e do testemunho, mas é só
recentemente que vemos uma ênfase dada à edificação de
discípulos) O ajudador se importa com tudo isto, mas são
importantes algumas conclusões.
 O ajudador pode entrar numa vida a qualquer
ponto nestes cinco passos.
Pode lidar com um descrente que nunca ouviu o
evangelho, ou pode aconselhar um crente maduro que já há
muitos anos está crescendo como discípulo e discipulador. De
onde tiramos a idéia de que o aconselhamento deve ser
limitado aos crentes? “Enquanto tivermos oportunidade,”
declaram as Escrituras, “façamos o bem a todos, mas
principalmente aos da família da fé” Gl 6:10.

 O ajudador pode levar o auxiliado por todas as


cinco etapas
Pode ficar com ele por um certo tempo, tendo alguma
influência na sua vida, e depois afastando-se enquanto outra
pessoa assume a responsabilidade. Às vezes, uma pessoa faz
o contato e até aconselha um pouco, outra pessoa dá

495
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

testemunho, uma outra leva a pessoa a Cristo, e, depois, o


discipulado é assumido por outras pessoas. A vida de cada um
de nós é tocada por uma multidão doutras vidas. Como
ajudadores, não precisamos ser possessivos com nossos
auxiliados, nem tomar por certo que somente nós podemos
ajudar.
 O lado espiritual pode ser introduzido de modo
rápido e abrupto demais
Alguns auxiliados têm sido repelidos no passado por
cristãos bem-intencionados, porém atrevidos que surgiram em
cena numa corrida para apresentar o evangelho ou dar mini
sermões sobre como viver uma vida melhor. O ajudador deve
ser sensível à orientação do Espírito Santo, e às vezes nem
sequer menciona as coisas espirituais. Às vezes uma
abordagem ao discipulado em tom menor é o melhor modo de
começar.
 A ajuda como o discipular, envolve a totalidade do
corpo de Cristo
Em Romanos 12:1 Coríntios 12, e noutras partes das
Escrituras, lemos que o corpo existe para o apoio, ajuda, o
levar de fardos e edificação mútuos. Já nos deixamos cair por
demais rapidamente dentro da idéia de um aconselhamento
tipo um-a-um. A Igreja deve ser uma comunidade terapêutica

496
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

que apoia o trabalho dos ajudadores individuais e o


crescimento dos auxiliados.
 O aconselhamento no discipulado diz respeito à
pessoa inteira
O homem é uma unidade que raramente tem uma
necessidade puramente espiritual, uma anormalidade
unicamente psicológica, um conflito somente social, ou uma
doença meramente física. Quando alguma coisa desanda com
um aspecto da pessoa unificada, a totalidade do ser do
indivíduo é afetada. Quem cura pode especializar-se na
medicina, na psicoterapia, ou no aconselhamento espiritual,
mas cada um deve lembrar-se de que não há linha divisória
nítida entre o que há de espiritual, de emocional, de volitivo
ou físico no homem. Certo sintoma pode clamar pela cura,
mas neste momento o corpo inteiro está fora dos eixos. Não
devemos lidar somente com a parte espiritual e esquecer-nos
das necessidades psicológicas ou físicas; todas elas fazem
companhia entre si, e o ajudador que se esquece disto faz um
desserviço ao seu auxiliado e ao seu Senhor. Estes, pois, são
os princípios do aconselhamento no discipulado. Dizem
respeito à importância do ajudador, da atitude do auxiliado, do
relacionamento de socorro, á importância do sentimento, do
pensamento e das ações, ao uso de habilidades de ajuda, e do
alvo do discipulado.

497
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1.6.1. Modos sãos e doentios de enfrentar uma crise


Modo doentio: Negar que o problema existe.
Modo são: Enfrentar o fato de que há um problema.
Modo doentio: Desviar-se do problema (com o álcool, por
exemplo).
Modo são: Procurar entender mais completamente a
situação.
Modo doentio: Não procurar a ajuda, ou recusa- lá.
Modo são: Abrir canais de comunicação com amigos,
parentes, pastores, ou outros que talvez possam ajudá-lo.
Modo doentio: Ocultar o fato de ter sentimentos de tristeza,
ira, culpa, etc.
Modo são: Enfrentar seus sentimentos negativos de culpa,
ansiedade, ou ressentimento, e considerar ações e modos
alternativos de ver a situação, de modo que possa lidar com
estes sentimentos.
Modo doentio: Não pensar profundamente sobre a situação
de crise.
Modo são: Distinguir o que poder mudado daquilo que não
pode ser mudado na situação, e aceitar aquilo que não pode
ser mudado.
Modo doentio: Não pensar em modos práticos para lidar com
a crise.

498
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Modo são: Explorar modos práticos de lidar com o problema,


e tomar providências (por mínimas que sejam) para haver-se
com o problema de modo prático.
Modo doentio: Culpar os outros por serem causadores da
crise e esperar que outra pessoa assuma a responsabilidade
total pela sua cura.
Modo são: Aceitar a responsabilidade para lidar com os
problemas, até mesmo aqueles que, segundo parece, surgiram
de situações além do seu controle.
Modo doentio: Esquivar-se dos amigos ou parentes.
Modo são: Aproximar-se dos amigos e parentes,
especialmente daqueles que sabem ajudar.
Modo doentio: Recusar-se a orar a respeito da Crise.
Modo são: Orar acerca do assunto, e honestamente
compartilhar com Deus suas preocupações.
Modo doentio: Convencer-se que uma crise é evidência do
castigo ou desagrado de Deus.
Modo são: Não se esquecer da soberania de Deus que ama a
humanidade e conhece nossas crises e tem cuidado de nós.

CONCLUSÃO
Nessas poucas linhas, não é possível fazer uma
abordagem completa sobre Psicologia Pastoral, por isso
recomendo que os obreiros e estudantes que realmente se

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

interessarem por esse assunto a adquirirem boas obras sobre


essa matéria em livrarias evangélicas. É muito bom aprender
um pouco de tudo, mas lembre-se, Jesus te chamou para ser
pastor e não psicólogo.

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28

MENSAGEM
TEMA: O OBREIRO E AS SUAS ATIVIDADES
MINISTERIAIS
TEXTO: 1 Tm 4.16

INTRODUÇÃO
Toda a atividade do ser humano requer capacidade para
seu desempenho de modo pleno: porém o ministério, o Pastor
em pastoreio, abrange dimensão muito mais ampla e sublime.
Não se trata de uma tarefa puramente de capacidade mental,
intelectual; é tarefa de um regenerado, de uma nova criatura,
de um salvo, um servo, de um despenseiro, de um vaso
escolhido, de uma tocha ardente, de um pai, de irmão mais
velho, de um amigo sincero, de defensor, de um seguidor de
Cristo, Gn. 49:24; Jo 1:18; 1 Pé 5:1-4.
1. A CHAMADA PARA PREGAR
1.1. Preparação para o ministério
1.1.1. A chamada coletiva, Mt 9:38; 1 Co 12:13; Lc 19:10; Jo
15:1-8.
1.1.2. Chamada específica, Ap 2:6, 15; Mt 23:8.
1.1.3. Salvação, Lc 19:10.

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Batismo com Espírito Santo, At 19:2.


1.1.4. Parte de Deus na chamada, Ex 31; Jo 1:30-51; Mt
4:19; 1 Sm 16:12; At 9:15.
1.1.5. O perigo da falsa chamada, Ez 13:3-6; II Sm 18:19-33.
2. PREPARAÇÃO PARA O MINISTÉRIO
2.1. Experiência, 2 Tm 2:2
2.1.1. O novo nascimento, Jo 3:3; 1 Cor 2:14-1 6.
2.1.2. O batismo com Espírito Santo, At 2:38-39; 8:14-17;
9:17; Ef 5:18.
2.1.3. Experiência de sacrifício, Mt 10:37; Lc 14:26-27,33; Jo
6:60;
2.1.4. Experiência envolve tempo, At 7:22; Ex 2:11-25; Hb
11:24-27.
2.1.5. Experiência com Deus, Ex 24:12-14; Gn 28:1-16; Gn
32:26.
2.2. Educação
2.2.1.Estudo compreensivo;
Estudo do vernáculo;
História;
2.3. Assuntos relacionados à Bíblia:
2.3.1. Evidência Cristã;
2.3.2. Hermenêutica;
2.3.3. Teologia Pastoral;
2.3.4. Homilética;

502
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2.3.5. História da Igreja;


2.3.6. História das religiões;
2.3.7.Evangelismo pessoal e outras matérias.
3. REQUISITOS BÁSICOS
3.1. Ser regenerado Jo 3:3;
3.2. Ser chamado Mt 9:38;
3.3. Ter visão Lc 19:10;
3.4. Ter zelo Ap 2:6;
3.5. Ter fraternidade Mt 23:8;
3.6. Ter graça abundante At 1:8;
3.7.Ser obediente à voz do Senhor 1 Sm 3. 10;
3.8. Andar com Deus Mt 10:37.
4. PREPARO
Aquisição de conhecimento tirado de certo lugar como
extraído:
4.1. Daniel Um homem de conhecimento, Dn 1:4-20.
4.2. Moisés At 7:22.
4.3. Paulo At 22:3.
5. O CARÁTER DE UM BOM MINISTRO Pv 23; 1-23
O caráter é o sinal digital da alma Mt 12:33, 34b; Pv
23:7a.
5.1. Coragem, At 19:30; Gl 2:11-14.
5.2. Amor, 1 Cor 13; Cl 3:14.
5.3. Diligência Pv 22:29; Rm 12:8, 11.

503
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

5.4. Dignidade, 1 Tm 4:12;


5.5. Tato, Mt 10:16; Cl 4:5, 6 At 17:23.
5.6. Discrição, Rm 14:16.
5.7. Cortesia, 1 Pe 3:8.
5.8. Asseio, Hb 10:22.
5.9. Pontualidade, At 8:27-38.
5.10. Liderança, At 2:14-46; 1 Pe 5:2-3.
5.11. Habilidade Executiva, Gl 2:11-21.
5.12. Qualidades espirituais: amor, fé, santificação,
humildade, paciência, m) temperança, espírito perdoador, etc.
6. QUALIDADES NATURAIS
6.1. Coragem
A intrepidez de Paulo, At 25:26; Gl 2:13.
6.2. Diligência
Há tanto a ser feito no ministério que todo o tempo
ocupado torna-se insuficiente. O pastor deve ter cuidado em
abastecer-se suficientemente Rm 12:8-14; Pv 22:29.
6.3. Dignidade
É fundamental como a brancura do leite. Seu
comportamento deve ser diligente, cujo nível social seja
afável, benigno, brando, meigo, sem usar sua posição para
tratar os membros irreverentemente e nem demasiado íntimo,
1 Tm 4:13; Ef 5; 4.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

6.4. Tato
No orientar e corrigir determinadas faltas quer sejam de
palavras ou de atos, especialmente feitos em público, precisa
ter palavras adequadas para não ferir a sensibilidade do irmão.
Também não deve esquecer-se de seu equilíbrio para não
tomar partido.
6.5. Discrição
Afina-se muito bem com a conduta ministerial. É por meio
da prudência que se consegue ser discreto, Rm 1:6 para o
bem do irmão não ser “vituperado”.
6.6. Cortesia
Tratar com amabilidade e dignidade os outros é um dever
de toda pessoa educada e, mormente do Ministério do Senhor
Jesus Cristo, como despenseiro de Deus para com o irmão e
como pastor para com o seu rebanho. Ex: um favor, ou um
muito obrigado, ou um que o Senhor te recompense, ou um o
Senhor te abençoe. Com estas cortesias, jamais faltará em
seus efeitos benéficos.
6.7. Asseio
O ministro deve ser escrupuloso, cuidadoso de si mesmo,
que não haja extremo ou exagero no trajar, mas equilíbrio no
asseio pessoal e no vestir e falar, não falar gírias. Seu
vocabulário cresce e ele é respeitado, mas se ele decresce

505
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

perde o brilho veja em Tiago 5:12 e Mt 5:37. A Higiene


corporal deve ser externa e interna.
6.8. Pontualidade
Esta é uma virtude e deve ser hábito e personalidade do
ministro, atrasar-se ao encontro é ruim e pior ainda é faltar ao
mesmo, é imperdoável. A pontualidade e esta mesma deve ser
mantida.
6.9. Humildade
O pastor é um líder espiritual cujas fronteiras não ficam
retidas ao seu rebanho ou mesmo aos arraiais evangélicos. Vai
muito além, a liderança, deve ser latente no pastor, a palavra
latente é uma autoridade espiritual oculta. Ele lidera, executa,
sem fazer alguém ficar sentido. Não por força, mas pelo
Espírito do Senhor, porque ele não está alicerçado na posição,
porém nas qualidades inerentes do caráter.
A liderança envolve a concordância geral e a disposição de
assumir a responsabilidade no espírito de humildade
dignatória, Zc 4:6.
7. MINISTRO NA SUA VIDA PESSOAL
7.1. O ministro em sua vida particular
7.1.1. Pelos frutos os reconhecereis Mt 7:16; Lc 6; 44; Hb 4;
13. É impossível o ministro ser verdadeiramente carnal na vida
particular e espiritual na vida pública.
7.1.2. Vida interior: Jr 10:23; Pv3: 6, Sl 139:1-12, 23-24.

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

7.1.3. A esposa do ministro: 2 Co 7:27; Pv 18; 22; 19:14. Ex:


Abraão Lincoln e João Wesley. 2 Co 6:14-16.
7.1.4. Os filhos do ministro: Ct 1:6b; 1 Sm 2:12-17.
7.1.5. A vida pessoal: 1 Co 6:19, 20.
7.1.6. Programa na vida: 2 Tm 3:16; Ex 20:9.
7.1.7. Segunda-feira: Dia de descanso.
7.1.8. Sábado: preparação para o Domingo
7.1.9. Domingo: dedicar todo o seu tempo e esforço na obra
do Senhor.
7.2. A esposa do ministro
7.2.1. Comparação bíblica: Ef 5:22-24; Cl 3:18; 1 Tm 2:9-15;
1 Pe 3:1-6.
7.2.2. Companheira para ajudar: 2:9; Gn 3:5, 6; Jz 13:22, 23;
Et 4:9 a 7:10.
7.2.3. Contribuição á vida e ao ministério do esposo: Gn
19:26.
7.2.4. A relação mútua no ministério entre o esposo e esposa:
Gl 3:28; At 21:9; Mt 28: 5,10; Rm 16:1; Fl 4:3.
8. QUALIDADES ESPIRITUAIS
8.1. Amor
O coração do ministro deve ser uma fonte de onde jorre
o cristalino jato benfazejo do amor, ele tem duplo sentido, Jo
21:15-17); Mc 12:30, amor para com Deus, este é o amor e o
dever de todo o bom pastor, amor para com o próximo, amar

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ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

o seu semelhante como a si mesmo. O amor desfaz


montanhas de dificuldades, ele nunca falta... Mas permanece.
8.2. Fé
Ao lado do amor está a fé, ela é a chave, a declaração
bíblica é de que: “o justo viverá da fé”, “sem fé é impossível
agradar a Deus” Gl 3:11; Hb 11:6.
8.3. Santidade
Só a videira produz a uva, assim também só uma vida
santificada tem condição de falar e levar outros à santidade: Is
52:11; Hb 12:14; pureza e santificação, uma vida limpa
ninguém pode apontar para nos acusar.
8.4. Humildade
Ela é uma virtude, não pode faltar ao seguidor de Cristo,
que deve ser também como seu divino Mestre: manso e
humilde de coração, Mt 11:29; um pastor que possui todos os
frutos do Espírito, ele é guiado pelo Espírito e isto é uma
bênção. O inimigo tem encontrado um meio de impedir a vida
do servo de Deus, colocando no seu coração o germe do
orgulho, o servo dorme, esquece-se de vigiar, de se cuidar, o
inimigo macula... Injeta o veneno do orgulho. Orgulho é um
conceito elevado que alguém faz de si próprio; ele fica
arrogante, soberbo, vaidoso, querendo demonstrar ser mais
do que os outros. A Bíblia diz que os arrogantes e orgulhosos
serão humilhados Pv 21:4, se são levados a alguma posição do

508
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

ministério ficam inchados, passam a se considerar tão


importantes que não param para ouvir os outros, e finalmente
querem mesmo é posição; triste e lamentável essa situação.
O exemplo especial de Jesus ao lavar os pés dos
discípulos, basta para exemplificar a humildade Jo 13:5. O
líder humilde busca a glória de Deus não a sua própria, pois
deve abominar a sua vanglória e resistir a tentação da
presunção; Rm 1:30: 2 Tm 3:2-5.
8.5. Paciência
É uma virtude que suporta todos os males, é uma
qualidade daquele que espera com tranquilidade e com
perseverança, 2 Cor 1:6; Rm 8:25; 1 Pe 2:20.
Obras importantes podem ser feitas com perseverança,
as hortaliças nascem e crescem rapidamente, mas logo
desaparecem, porém as árvores que produzem madeira que se
presta para construção duram muito tempo. Também assim é
a formação de uma comunidade homogênea.
A paciência é o fator no trato do pastor com seus
congregados, e com todas as pessoas, a figura mais
importante que se tem para teste ponto são estas: para
construir um barraco, podem ser gastos apenas algumas
horas, mas para construir um templo tem-se de empregar
mais tempo e melhor material. O mais belo e precioso templo
que vem sendo construído é a Igreja de Deus, de cuja

509
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

edificação Jesus Cristo está encarregado com o Espírito Santo.


Então cabe ao pastor ser paciente a atentar no que está
escrito Tg 5:7-8 e 1 Ts 5:14-15.
8.6. Espírito perdoador
Perdoar e saber perdoar são coisas distintas de amar e do
saber amar. Na oração dominical Jesus ensina a pedir ao Pai o
perdão de que cada filho carece o perdão que o deu ao seu
semelhante. “Perdoar” assim como nós temos perdoado; o
pastor não pode esperar que seus congregados irmão estejam
mais semelhantes a Cristo do que ele que é o líder. E assim se
faz necessário que ele seja como seu Mestre que disse de
alma clamante: “pai perdoa-lhes” Mt 6:12; Mt 18:35.
8.7. Conscientização de que é um convocado
Vocacionado trata-se de um chamamento especial da
parte do Senhor, temos alguns exemplos bíblicos: Ex 3:10-12;
Is 6:1-8; Jr 1:4-9; Ez 2:1-3. Os apóstolos e depois os 70
enviados Mt 10:1. Saulo e Barnabé At 13:2.
9. MINISTRO E SEU MINISTÉRIO
9.1. O caráter geral do ministério
9.9.1. Título do ministro
Assim como Jesus teve muitos títulos, o ministro também
os tem, Veja alguns dos títulos de Cristo: Alfa, Ungido, Todo
Poderoso, Pão da Vida, o Princípio e o Fim, Cristo, Conselheiro,
Criador, a Porta, Eterno, mais belo entre os milhares, Rosa de

510
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES GENÉSIO SANTOS

Sarom, Primogénito dos mortos, Bom Pastor, Cabeça da


Igreja, Emanuel, Jesus, Rei, Cordeiro de Deus, Lírio dos Vales,
Pedra angular, Senhor, Mediador, Deus, Amigo, Ômega,
Onipotente, Príncipe da Paz, Preservador, Profeta, Redentor,
Sacerdote, a Verdade, a Vida, Riqueza insondável, a Videira, o
Caminho, a Palavra, o Verbo, Zeloso.
9.2. Veja agora alguns títulos dos ministros
9.2.1. Mensageiro Ml 2:7; Ez 13:3; Mt 7:29.
9.2.2. Pastor Ef 4:11; Hb 13:7, Sl 100:3; Jo 10:1-29.
9.2.3. Bispo 1 Tm 3:1; At 10:28.
9.2.4. Vigia Ez 3:17;
9.2.5. Embaixador 2 Co 5:20.
9.2.6. Pai 1 Tm 5:1; Lc 11:11-13; 1 Tm 1:2.
9.2.7. Guia Hb 13:17; 1 Pe 5:3.
9.2.8. Profeta Ef 4; 11; Lc 7:26; 1 Rs 17:1.
9.2.9. Mestre 1 Co 12:28.
9.2.10. Servo 2 Co 4:5.
9.2.11. Pescador Mt 4:19.
9.2.12. Ama 2 Ts 3:10.
9.2.13. Semeador Mt 13:3.
9.2.14. Ceifeiro Jo 4:25-38.
9.2.15. Soldado 2 Tm 2:3.
9.2.16. Obreiro 1 Co 3:9; 2 Tm 2:15; Mt 9:38; Lc 10: 2.
9.3. Relações do ministério

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O contato, o intercâmbio, a comunicação e aproximação


do ministro na sociedade e na vida em geral.
9.3.1. Relação com Deus é a mais vital para o ministro: Mt
24:45; Jo 15:1-10; 1 Cor 3:9.
9.3.2. Relação com a Igreja é a de maior responsabilidade: 1
Cor 4: 1; Cl 1:27; Hb 13:17b; 1 Pe 5:1, 2.
9.3.3. Relação com o crente como profeta e sacerdote: 1 Pe
2:9; Ef 4:11.
9.3.4. Relação para como mundo: 1 Cor 9:22; Rm 15:1, 2; 2
Tm 4:5; 2 Cor 12:15; 2 Cor 4:5.
9.4. O ministro e seu ministério propriamente dito
9.4.1. A pregação da palavra: 1 Cor 1:21; Tt 1:3; Rm
15:19
 Produz conversão: Tg 1:21; 1 Pe 1:23.
 Produz crescimento: 1 Pe 2:2.
 Produz poder santificador: Jo 17:17.
 Guardado pecado: Sl 119:11.
 Revela o segrego do coração Hb 4:12.
 Cumpre a sua missão: Is 55:11.
 Produz fé: Rm 10:17.
9.4.2. O ensino da palavra
Mt 9:35; At 5:42; 28:31; Ef 4:8-11; 2 Tm 2:24; 4:16.
9.4.3. Manter a igreja em paz, unidade e amor
Tg 3:16; Jo 17:21; Gl 5:22.

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9.4.4. Promover o aperfeiçoamento dos santos


Ef 4:13; Cl 1:28.
9.4.5. Guardar os crentes de se desviarem
At 20:28; Jo 17:12.
9.4.6. Fornecer o treinamento e exercícios práticos
Mt 25:14, 30; Hb 5; 14; 1 Cor 4:17.
10. VOCAÇÃO AO MINISTÉRIO
Não é inclinação natural que uma pessoa possa ter para a
música, ou medicina, ou outra ciência qualquer. É aquela
interior que se percebe inconfundível e que exige do
vocacionado, sensibilidade e sinceridade.
10.1. Existem falsas vocações:
como distingui-las das verdadeiras?
10.1.1. a vocação se manifesta num desejo forte,
inconfundível e continuamente de fazer do ministério a
ocupação suprema de sua vida.
10.2. Quais os motivos que impelem o vocacionado no
ministério:
10.2.1. É realmente o amor de Deus e a sua obra que o
impulsionam.
10.2.2. É Cristo que dirige e controla como servo seu.
10.2.3. É a obra com todas as suas dificuldades e espinhos
que o atraem.

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10.2.4. São os desafios da fome, dos sofrimentos por Cristo,


as incompreensões que o impelem ao ministério.
11. MOTIVOS NEGATIVOS
 Prestígio, fama, vanglória, domínio.
 Dom natural da palavra, bom salário, posição social,
todos estes são motivos negativos 1 Tm 6:8-9. Não
ambicionar coisas altas, financeiramente, se o pastor não tem
vocação, não tem chamada para o ministério “negativo” não é
bem sucedido em seu ministério como líder.
11.1. Um Vocacionado
Precisa ter convicção fé, Hb 11:1; um líder sem convicção
naquilo que lidera não tem vocação naquilo que lidera é como
um navio sendo conduzido em mar encapelado.
11.2. Habilidade
Para ver o invisível e para fazer o impossível Hb 11:27,
exemplo: o grande escritor Martinho Lutero quando traduzindo
a palavra “fé” ele disse que assegurou em uma coisa que
nunca tinha visto antes, mas segurou bem firme como se
estivesse vendo: isto é fé.
11.3. A fé tem dois ângulos
11.3.1. Fé intelectual
11.3.2. Fé experimental.
11.3.3. Um líder sem fé tem justo o seu fracasso e a
estagnação da obra de Deus.

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11.4. Coragem
Para discordar do amigo mais íntimo se estiver errado,
coragem para corrigir um ente querido que erra. A coragem
precisa de estar de bem com a consciência, pois uma
consciência acusadora anula a coragem.
12. LÍDER AUTÊNTICO
É aquele que sabe antes governar a si mesmo para
depois governar os outros. A disciplina do líder visa torná-lo
pronto:
12.1. Contra a preguiça, Pv 6:6.
12.2. Contra o comodismo, Pv 19:15.
12.3. Contra o pecado.
A disciplina deve ser moral, física, social, material, e
espiritual 1 Tm 3:2-3; ele não pode ser surpreendido, nem
censurado em nada Lc 1:6; 1 Ts 2:10-11.
No tempo do apóstolo Paulo, havia a poligamia, o pastor
não pode ser polígamo.
13. A VIDA PARTICULAR DO MINISTRO
13.1. Convivência do matrimônio
Essa lei se aplica a cada problema da vida de cada um de
nós, principalmente o ministro que foi chamado para uma obra
especial na seara do Senhor, somos incapazes de fazer a
verdadeira escolha e encontrar o caminho da vida por nossa
própria sabedoria; Deus sabe o melhor, por isso é que disse:

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“Não é bom que o homem esteja só”. E Jesus mandou dois a


dois Mc 4:9-1; Jr 10:23 2.
Nenhuma pessoa é autossuficiente, especialmente no que
respeita ao bom conselho da sabedoria, devemos aprender a
ouvir o cônjuge e a dialogar mais, às vezes o conselho do
outro é exatamente o que estávamos precisando.
13.2. O lar do pastor
Todos observam como é nosso lar, nosso
comportamento, muitos olhos estão abertos a tudo que
fazemos, dizemos e queremos Tt 2:7-8.
Podemos comparar o lar a uma escola, ambos os pais são
educadores e as crianças os estudantes, os pais lhes ensinam
suas lições por seus exemplos e palavras, o lar é o lugar onde
o caráter é formado, uma das provisões de Deus para a
felicidade do ser humano foi a de um lar.
No lar marido e mulher podem testificar de suas alegrias
e tristezas, trabalho e lazer, problemas e sucessos. O lar é um
refúgio das tensões e problemas que o homem enfrenta
diariamente em seu trabalho. O amor, paz e a presença de
Deus no lar cristão são bálsamos e força para o marido e
mulher.
13.2.1. Os filhos no lar
O pai é aquele que organiza uma casa e a controla, ele é
o mestre da casa, em outras palavras ele é o protetor da

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família em 1 Tm 3:4-5: “Governar bem a própria casa” para


evitar a calamidade que se deu com Eli 1 Sm 3:13. Mas suceda
o que ocorreu a Abraão Gn 18; 19; Ef 6:1-4.
13.2.2. Cuidado do corpo
Cuidado físico, porque ele é o templo do Espírito Santo, é
pelo corpo que todo nosso ministério funciona, todas
referências confirmam isso: 1 Cor 6:19-20 comp. Com 1 Tm
4:8; Sl 127:2; Mc 6:31; Lc 21:34; Gl 5:23; 1 Cor 9:27.
13.2.3. Oração e estudo
Feliz o ministro que pode devotar parte da manhã à
oração, pois é o período mais conveniente para estudar e orar,
quando a mente está mais viva e muito mais fértil. Bom é que
o ministro se dedique ao pleno ministério da palavra At 6:14,
mas antes haja um momento diário de oração e de leitura
bíblica e livros devocionais como alimento, isto é vital para a
saúde do espírito. A negligência neste ponto é prejuízo, pode
levar a perda da graça, descer é fácil, mas para subir exige
mais esforço e cuidado, “pague o preço”.
13.2.4. Visitação
Importante e necessária, indispensável, perigosa, etc.
Este ministério é de suma importância na vida do pastor,
porque assim conhecerá melhor seu rebanho e cada ovelha
em particular, seus problemas e necessidades. Há, porém,
inconveniências, nem todas as horas são boas para visitação,

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às oportunidades devem ser aproveitadas com amor e zelo Ef


5:16, não deixa de ser lembrado à importância assim como o
seu perigo; é excelente um contato mais direto e franco com o
irmão:
Porque assim o pastor pode conhecê-lo no seu dia a dia
ao natural. Poderá ajudá-lo e orar mais intimamente com ele.
Porque nessas oportunidades o pastor pode ser mais aberto,
franco.
Por outro lado, a visita na ausência do chefe da casa
pode abrir brechas sérias até mesmo para testemunho dos
vizinhos. O pastor deve ser discreto e prudente estando
sempre acompanhado da esposa ou de outros obreiros.
14. RELAÇÕES PASTORAIS
Ele é o servo de Deus, na Igreja várias são as suas
relações como ministro e pastor.
14.1. servo de Deus e igreja
O ministro deve ser consciente de sua missão, que lhe
dará oportunidade de servir a Deus e a Igreja, cujo pastor
supremo é Cristo. Para isso se faz mister que o despenseiro
seja fiel e que se deixe dirigir pelo grande mestre que é Cristo.
Não se deve fixar o seu coração nas coisas materiais, mas nas
almas, correr em busca do que é permanente e espiritual.
Quando os interesses colidirem entre o material, não há duas
opções, mas só uma, esta é a de colocar o interesse e as

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coisas de Deus em primeiro lugar Mt 24:45, e o pastor foi


colocado na Igreja para dar o sustento a seu tempo certo.
Alimentar sustentar, instruir tanto no sentido físico, moral e
espiritualmente.
14.2. Cooperar com Deus
O privilégio é inigualável 1 Cor 3:9; Jo 5:17 ininterrupta a
sua ação criadora, transformadora, redentora, salvadora.
Uma coisa deve estar no coração do ministro, aquela que
havia em Jesus Jo 4:34, há um grande privilégio neste
cooperar com Deus, participar em Deus, naquilo que ele faz; a
ocupação de Deus é trazer os homens ao caminho, ao bem, a
verdade, a vida. E convocou o ministro, o pastor para
pastorear, o servo para servir, o crente para testemunhar e
cooperar na tarefa a que Deus está vivamente empenhado
desde os céus Jo 3:16; 2 Cr 5:17; Gl 6:15.
14.3. Despenseiro dos mistérios de Deus
Isto quer dizer: responsável por bens alheios; esses bens
que o ministro tem sob a sua guarda ou responsabilidade são
os: mistérios do reino de Deus, Cl 1:27; 1 Cor 4:1-2. Que os
homens nos consideram como ministros de Cristo e, além
disso, requer que o despenseiro seja fiel 1 Tm 3:16; 1 Cor
15:51; Ap 10:17. O Senhor mesmo se encarrega de desvendar
os mistérios para os seus despenseiros a fim de que estes

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possam bem dispor dos bens sob sua responsabilidade Ef 3:8-


9; Dn 2:5.
14.4. Intercessor
Deus em seus planos eternos procurou diálogo com o
pecador em todo curso da história do homem 1 Pe 2:9-10,
Moisés, Abraão, os profetas, Jesus os apóstolos foram
intercessores. Deus os ouviu e quer ouvir a todos aqueles que
demonstram interesses aos problemas alheios como se fossem
propriamente seus.
14.5. Sentinela
O papel que assume o verdadeiro ministro perante o
Senhor é por demais sério, está em jogo a sua própria vida. A
Bíblia diz que “o sangue de tua mão requererei...” a voz do
atalaia deve vibrar alta e em bom som, certamente sem isso
deixará de levar a verdadeira mensagem de salvação e de
aviso Ez 3:17-19; Jr 1:7-9; Tt 2:14; Ez 2:1-7. Eis a
responsabilidade do servo de Deus na Igreja como: Sentinela,
Atalaia, Intercessor e Despenseiro de Deus.
14.6. Irmão
A íntima comunhão deve existir entre os cristãos e mui
especialmente entre os ministros e seus auxiliares e
companheiros e todos os crentes 1 Ts 2:8; Fp 1:7; 2 Co 2:15;
Gl 5:13; 1 Co 9:11. Será válida se movida por sinceridade da

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alma do coração e jamais com hipocrisia Pv 11:3; 1 Co 1:12;


Ef 6:5-8; Tt 2:7.
15. PASTOR E SEU PASTORADO
15.1. Pregador
É tarefa específica o cuidar do rebanho de Deus, requer
do ministro ser bom despenseiro dos oráculos de Deus, e
ainda mais terá ele de distribuir o alimento para o rebanho
bem como ir em busca das ovelhas perdidas, pregar a palavra
a tempo e a fora de tempo 1 Cor 1:21; Ez 2:4-7; 1 Tm 2:7; 2
Tm 1:11.
15.2. Mestre
Ele é um ensinador Mt 28:19; Mc 16:15, os discípulos
foram fiéis aos ensinos das verdades eternas e não deixaram
de ensinar e de pregar. Por isso o mundo foi logo abrangido
pelas boas novas do evangelho, nós temos que falar o que
temos visto, ouvido e recebido.
16. ACONSELHAMENTO PASTORAL
16.1. Preliminares
Uma das condições básicas do bom aconselhamento
pastoral está no senso de responsabilidade. O pastor deve ser
honesto consigo mesmo ao aconselhar, principalmente quando
lhe é solicitado.

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16.2. Outra condição


É que deve executar o aconselhamento com afeto e
energia, isto indica que o conselheiro deve ser amigo sincero,
deve usar a capacidade de confiança sem transparecer
segundas intenções ao tomar ciência do assunto. O
aconselhamento nada deve ter de profissionalismo, mas ao ser
conduzido com real dedicação ao problema apresentado,
sentindo a situação do efeito com amor.
16.3. Ele deve se propor
 Auxiliar ao aconselhado a alcançar o conhecimento de si
mesmo com perseverança à solução dos seus problemas.
 Oferecer ao aconselhado à oportunidade de optar por um
modo de proceder condizentemente.
 Levar ao aconselhado a tomar iniciativa e aceitas as
responsabilidades.
16.4. A Lei
O fundamental do bom aconselhamento está no objeto,
que é a própria pessoa, é central ao procurar o
aconselhamento, então logo ela expõe o seu problema
pessoal. 1º cabe ao pastor levá-la a conhecer as causas da sua
situação e ajudá-la devidamente a superar as dificuldades
principalmente através da oração, o qual é o fundamento
básico que o pastor deve conhecer e aplicá-lo, ao invés de
deter sobre os problemas a ele trazidos, ouvir com atenção as

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queixas, confissão do confidente e ajudá-lo a resolver dando-


lhe a solução. Jesus não desprezou nem subestimou aos que
careciam dos seus conselhos a não ser alguns dos fariseus que
a Ele se dirigiam com “sofismas”.
1.6. O âmbito do aconselhamento pastoral
Esta é uma área bem ampla, segue além dos terrenos
cotidianos, social e moral das circunstâncias que a ele
associam, por suas razões conscientes e inconscientes, e suas
determinadas histórias casuais. Estas áreas são as seguintes:
1.6.1. Religiosa
Um gabinete pastoral deve ser o mais apropriado, sendo
a entrevista sobre o assunto, o pastor falará da vida espiritual
dirigida pelo Espírito, neste campo não precisa temer, pois o
seu preparo teológico não o deixará mostrar ser fraco e
inexperiente. Como pastor, exercerá a sua autoridade
espiritual, seu conhecimento bíblico, seu poder de comunhão
com Deus e sua fé inabalável alicerçado pela fidelidade,
mansidão, capacidade de perdoar e principalmente no temor a
Deus.
Demonstrar mais compreensão, firmeza, equilíbrio,
sabendo guardar as confidências reservadas que lhe sejam
confiadas.

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1.6.2. Social
O pastor é uma figura universal, o que implica dizer que
ele atinge todas as esferas da vida dos seus semelhantes
dando sua parcela de participação nas alegrias e nas tristezas,
na fartura, na carência, na solidão, no matrimônio ou nas
crises conjugais, no que vê e ouve deve conservar em sigilo.
1.6.3. Emocional
É a reação proveniente da afinidade com um apelo
produzindo ansiedade para sua solução; nas áreas emocionais,
o pastor deve ter bastante cuidado espiritual para discernir as
emoções verdadeiras das falsas, sem deixar-se envolver por
eles.
1.6.4. Mental
A enfermidade mental é um distúrbio causado por
diversas emoções, não chegando a ser loucura propriamente
dita, mas associando-se a ela, em menor grau, demonstrando-
se por complexos de inferioridade, ou ansiedade não
justificáveis e por desejos insatisfeitos.
Nestes casos o aconselhado deve ser orientado a
procurar um psiquiatra, buscando auxílio nos familiares de
modo discreto, segundo a abrangência do problema.
17. PONTOS SALIENTES NA VIDA DO PASTOR
17.1. O pastor e o Povo: O homem é muito difícil de ser
compreendido, é indevassável no seu espírito, na alma, nos

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seus gestos, sentimentos, variável em suas emoções que


podem alternar-se a qualquer momento e por várias causas. O
pastor precisa ter um estudo bem claro de sua personalidade
como esta, para que ele possa compreender o seu
semelhante.
17.2. Procurar conhecer as pessoas como convém a sua
missão ministerial, a fim de encaminhá-los com sucesso na
solução de seus problemas espirituais e ensiná-los procurar o
caminho da salvação.
17.3. Cada pessoa é importante e precisa ser tratada
exatamente como pessoa e não como “um coitadinho”. O
pastor precisa ver o aconselhado como imagem e semelhança
de Deus.
17.4. Sentir que o pastor é responsável perante Deus pelo
tratamento que dispensa as pessoas com quem lida; embora
possa não parecer simpático a alguns a sua atitude deve ser
de simpatia, compreensão e sinceridade para com todos.
17.5. O pastor deve conhecer o direito de reserva que há em
cada pessoa e não fazer julgamento apressado.
17.6. Ser adestrado em relação humana, conhecimento
necessário para a vivência em grupo, especialmente os
ministros, estes devem ler muito as cartas de Paulo, o livro de
Provérbios, onde encontrarão fontes de orientação para o trato
com o público.

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17.7. Ele deve usar de sinceridade nos negócios, assim como


de pontualidade nas obrigações.
17.8. O ministro deve ser amistoso e manter a estima com
quem precisa tratar; a estima e o respeito são árvores
frutíferas.
17.9. Deve ser bem serviçal para com os que dele necessitam
nas horas críticas e sombrias da vida, pois sendo bondoso,
acessível, caridoso, encarnará o espírito de Cristo.
17.10. Ele deve ser amigo do seu povo, demonstrar cortesia,
falar a todos indistintamente. Mesmo que alguém não lhe
retribua, o que não deve ser novidade para um ministro, ele
deve ter bastante maturidade para revelar determinadas
atitudes, ser superior.
17.11. Tratar os jovens com atenção, simpatia e equilíbrio e
as crianças com afeto paternal. Aos velhos com respeito,
atenção e paciência, não se esquecer de cumprimentá-los.
18. BOAS MANEIRAS DO MINISTRO OU DO PASTOR
18.1. Deve ser discreto, não penetrar em qualquer recinto,
nem se retirar sem saudar as pessoas e pedir licença.
18.2. Não expressar cumprimentos muito efusivos e
demorados, principalmente às senhoras; não se esquecer de
cumprimentar os demais membros.
18.3.Não deve participar de conversas alheias a menos que
seja convidado mesmo assim não deve consultá-las.

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18.4. Não visitar com frequência uma mesma casa,


principalmente quando o chefe não estiver presente, não
enfatizar problemas e doenças pessoais.
18.5. Não falar sobre assuntos que desconheça, tomar
cuidado com a aparência, vestir-se corretamente com
equilíbrio mesmo no seu próprio lar.
18.6. Não receber visitas se estiver de pijamas, a não ser em
caso de doenças, educar a voz, dando tom agradável à
pronúncia.
18.7. Sentar corretamente em qualquer ambiente inclusive à
mesa, usar os talheres corretamente e conhecer os pratos que
deve servir primeiro, não comer com a boca aberta e nem
pronunciar algo com ela cheia, saber usar palito à mesa.
18.8. Não ambicionar privilégios e posições as quais não
esteja preparado, pensar duas vezes e falar uma só vez, é
ótimo para manter a dignidade; evitar correr atrás de riquezas
e não empregar o melhor da inteligência no que é fugaz Pv
22; 4.
18.9. Aplicar-se ao ensino com firmeza e conhecimento.
18.10. Manter-se sempre informado e procurar instruir-se
mais, não abrir correspondências alheias, mesmo que venha
endereçado a pessoa de sua intimidade, ou com o endereço
da igreja.

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19. Os três tipos de líderes


19.1 O Equivocado
Aquele que toma uma coisa por outra, que se engana,
errado, confundido.
Por incrível que pareça, as nossas igrejas e púlpitos estão
cheios de obreiros assim; fora de seus lugares, não
necessariamente, mas às vezes as pessoas até são sinceras,
mas estão equivocadas quanto ao trabalho que devem fazer
na obra de Deus.
Este sempre se esconde atrás de sua posição galgada e
comete injustiças, erros em nome do ministério que ostenta.
Este não tem senso de responsabilidade, por isso provoca
males à igreja sem avaliar os prejuízos morais e espirituais que
trás sobre a igreja. Ele não tem iniciativa e o fracasso de sua
liderança o leva ao abuso de sua autoridade ministerial.
19.2. O Autocrata
Diz aquele que governa com absolutismo, com poderes
absolutos e ilimitados; este não sabe distinguir entre uma
atitude enérgica e uma atitude autoritária. Uma atitude
autoritária é absoluta e sem escrúpulos, já uma enérgica é a
firmeza com o fim de preservar, proteger ajudar.
Este se confunde acerca de sim mesmo,
psicologicamente, se vê limitado culturalmente. Quando se
supera o sentimento de inferioridade com a atitude autoritária

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(por limitações culturais e teológicas), não admite críticas,


quando acontecem ele reage violentamente. O líder autocrata
tem sempre o seu “eu “no trono do ministério, não há lugar
nem para o Senhor reinar, mas ele é soberano e absoluto”.
19.3. O Autêntico
O que recebe de Deus o chamado como Dom 1 Cor
12:28; Ef 4; 11; o líder autêntico tem em Cristo o supremo
ideal e modelo de vida, Mt 11:29: “Aprendei de mim que sou
manso e humilde de coração”, este conserva as suas
características individuais distintas. Se aceita a si mesmo como
servo de Cristo para servir, não se ilude nem se auto engana,
nem finge ter espiritualidade diante dos outros. Este tem a
humildade indispensável de sua vida, tem consciência de sua
posição e de a colocar a serviço de Deus em favor da Igreja...
Ele não trabalha só, mas interatua com seus companheiros 1
Tm 5:17. Que Deus levante líderes autênticos e conscientes
para dar continuidade na realização da obra de Deus na terra.

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30

MENSAGEM
TEMA: AS DISPENSAÇÕES E AS ALIANÇAS
TEXTO:

INTRODUÇÃO
Dispensação: é um período de tempo no qual o homem é
provado, isto é, “testado” na sua obediência a alguma
revelação específica da vontade de Deus.
As dispensações são revelações em que Deus, pouco a
pouco vai revelando sua vontade para com a humanidade. Às
vezes, essa revelação é para toda a raça humana, outras
vezes é somente para Israel.
As diferentes dispensações, não são modos separados de
salvação, durante cada uma delas, (que são sete, ao todo), o
homem é reconciliado com Deus de uma única maneira,
somente pela graça de Deus através da obra realizada por
Jesus Cristo na cruz do Calvário, e comprovada pela sua
ressurreição.
O propósito de cada dispensação é, colocar o homem sob
uma específica regra de conduta, mas essa não é uma
condição de salvação. Em cada dispensação passada, o

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homem não regenerado fracassou, e ele tem fracassado nesta


presente dispensação e fracassará no futuro. Mas a salvação
tem sido e continuará sendo ofertada pela graça de Deus,
através da fé em Cristo.
São sete, as dispensações: da Inocência ao Milênio ou
Reino. Hoje no presente século, vivemos a sexta dispensação,
que é a dispensação da graça, da igreja, ou do Espírito Santo.
1. DISPENSAÇÃO DA INOCÊNCIA
1.1. Da criação até a queda do homem
Uma das primeiras verdades que devemos compreender,
é que Deus criou o homem a sua imagem e conforme a sua
semelhança. Tendo consciência disso, estaremos em
condições de receber, sem qualquer dificuldade, os
ensinamentos da Palavra de Deus.
Devemos compreender também que o homem foi criado
moral e espiritualmente sadio, isto é, ele foi criado em um
estado de pureza e inocência. Se ele tivesse se conservado
assim, poderia desfrutar, completamente de tudo o que o
bondoso Deus lhe havia preparado.
O homem foi criado em completa Inocência, colocado em
um ambiente perfeito, sujeito a uma prova simples, e
advertido das consequências da desobediência. Ele não foi
obrigado a pecar, mas tentado por Satanás, preferiu
desobedecer a Deus. O pecado, portanto, arrancou o ser

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humano deste estado de felicidade e bem-aventurança, por


isso afirmamos sem qualquer exagero que, na história
humana, não houve evolução, mas sim involução, ou seja, o
homem, por causa de sua desobediência, regrediu física, moral
e espiritualmente.
1.2. O significado do período da inocência
Nesse caso em particular, a inocência pode ser definida
como aquele estado em que o homem SÓ conhecia na prática,
o BEM. É claro que Adão e Eva sabiam da existência do mal,
pois lá estava à árvore do conhecimento do bem e do mal.
Porém, em seu estado de inocência, eles podiam sentir na
prática, somente o bem, do mal possuíam um conhecimento
teórico, e assim permaneceriam, se não tivessem
desobedecido a Deus.
1.3. O propósito de deus para o homem
Em seis dias, o Senhor Deus, criou os céus e a terra.
Mas, para quem iria entregar toda essa maravilhosa criação?
Quem tomaria conta de tudo? Foi justamente no sexto dia,
quando todas as coisas já estavam feitas, que o Senhor criou o
homem. Após tomar a decisão registrada em Gênesis 1:26.
Já tomada à decisão, o Senhor colocou em prática seu
propósito, Gn 1.27, 28; 2.7. Com a criação do homem e da
mulher, a obra que o Senhor Deus iniciara, já estava

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concluída. Caberia a Adão, zelar por toda a criação, pois para


isso estava revestido de autoridade.
Nossos primeiros pais deveriam obedecer às ordenanças
divinas para continuarem desfrutando de todos aqueles
privilégios. Eis a única coisa que o homem NÃO deveria fazer:
“E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a
árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência
do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que
dela comeres, certamente morreras”, Gn 2.16, 17.
1.4. A provação do homem
Embora criado inocente e puro, o homem foi dotado de
livre-arbítrio, isto é, livre para tomar decisões e escolher qual
caminho deveria seguir, Deus não o fez como robôs
programados, se fosse assim o homem faria uma adoração
"mecânica" Porém Deus o fez livre para que pudesse receber
adoração diretamente do coração do homem, o homem o
servindo por amor e não obrigado.
Lendo Gn 3.1-3, vemos como teve início à tentação de
Adão e Eva. Por este texto bíblico, observamos que tudo
começou quando a mulher deu atenção a Satanás, (através da
serpente), e colocou em dúvida a bondade de Deus. A partir
daí, tudo ficaria mais fácil para o tentador, é dessa maneira
que ele age, em primeiro lugar, busca a atenção do crente.
Em seguida leva-o a duvidar do amor divino, “será que Deus

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me ama?”, “Se Deus está comigo, por que estou passando por
tudo isso?”, “Acho que Deus não liga pra mim”. Dado este
passo, a queda é apenas uma questão de tempo. Para se
escapar das garras do Diabo, o segredo é: Não aceitar sua
conversa, "Resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós", Tg 4.7.
Infelizmente, não foi isso que aconteceu com Eva.
Que a possibilidade de queda existia, não resta a menor
dúvida. Como já vimos, o Senhor criou o homem dotado do
livre-arbítrio, para que este o servisse de maneira plena e
consciente. O mesmo ocorre hoje. Somente conseguiremos
agradar a Cristo, se adorarmos em espírito e em verdade, Jo
4.24, e se lhe oferecermos voluntariamente os nossos talentos
e recusarmos as ofertas oferecidas por Satanás.
1.5. A queda do homem e a perda da inocência
Após ser iludida pelas promessas de Satanás e já
duvidosa da bondade de Deus, Eva estava preste a cair em
pecado. Vejamos como se deu sua queda: “E vendo a mulher
que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos
olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do
seu fruto, e o comeu, e deu também a seu marido, e ele
comeu com ela. Então foram abertos os olhos de ambos, e
conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e
fizeram para si aventais”, Gn 3.6-8. E desta forma termina a
DISPENSAÇÃO DA INOCÊNCIA. Logo apareceria o Senhor

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Deus para chamar nossos primeiros pais à prestação de


contas.
1.6. As consequências da queda
Agora que Adão e Eva perderam a Inocência, teriam de
se arcar com todas as consequências de seu ato. Eles não
esperavam que sua desobediência fosse trazer tantos
aborrecimentos e lágrimas. E as consequências não se
limitariam apenas a eles; toda a criação iria sentir os efeitos de
seu pecado. Sobre o reino animal. A partir do pecado de
Adão, os animais tornaram-se agressivos ao homem. Ainda
que esteja aqui no sentido espiritual, poderemos aplicar
também a passagem de Gn 3.14 no sentido literal.
Quem pode negar a rivalidade existente entre os homens
e o reino animal? Mas um dia, quando Cristo instituir aqui na
terra o reino milenial (na última dispensação), toda essa
maldição será quebrada. A harmonia será restabelecida entre
os filhos de Adão e os animais ferozes para demonstrar que a
paz neste planeta é possível. Sobre a mulher. Como a mulher
se deixou enganar pelas conversas de Satanás, o Senhor
lançou sobre ela este pesado encargo: “multiplicarei
grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor terás filho;
e o teu desejo será para teu marido, e ele te dominará, Gn
3.16”. Quem pode negar esta realidade? Na Bíblia,
encontramos uma mulher que, embora piedosa, não pôde

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livrar-se das dores que foram acrescentadas ao seu parto;


Raquel, mulher de Jacó, que ao dar a luz o seu segundo filho,
morreu.
Louvamos a Deus, porém, pois através das dores de
parto, Cristo Jesus veio ao mundo para vencer, não somente a
dor, como a própria maldição do pecado: a morte.
Sobre o homem. Embora não fosse o primeiro a pecar,
nem por isso o homem escaparia das consequências do
pecado. Veja o que Deus lhe impôs em Gn 3.17-19.
Todas as consequências foram desastrosas para o
homem. No entanto, o Senhor Jesus Cristo veio a este mundo
unicamente para reverter esse quadro. Hoje podemos afirmar
com segurança que, apesar da morte, vivemos livres da
maldição do pecado. Fomos justificados por Deus, ninguém
pode nos condenar, Jo 5.24; Rm 8.1, 2. Somos vistos mais
uma vez como inocentes diante do Justo Juiz.
O homem querendo cobrir a sua nudez coseu
(“costuraram”, na BLH) folhas de figueira e fez para si
aventais, Gn 3.7. Mas Deus sabendo que o homem haveria de
ser justificado pelo sangue de Seu Filho, Jo 1:29, o “cordeiro
de Deus”, sacrificou um cordeiro... “e fez o Senhor Deus a
Adão e a sua mulher túnicas de pele e os vestiu”, Gn 3.21.
Infelizmente, o período de tempo em que o homem

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permaneceu na inocência, não nos é dado a conhecer na


Bíblia.
2. DISPENSAÇÃO da CONSCIÊNCIA
2.1. Da queda do homem até o dilúvio
Vimos na dispensação da Inocência, que quando Adão e
Eva comeram do fruto proibido, pensavam que com isso se
tornariam tão sábios quanto Deus. Porém conseguiram
apenas descobrir a vergonha de sua nudez e quão triste é ser
lançado fora da presença de Deus. Agora veremos como o
homem passou da Dispensação da Inocência para a
Dispensação da Consciência. Também veremos até que ponto
foi a obediência do ser humano neste novo estado.
2.2. O que é a dispensação da consciência?
Em primeiro lugar, vejamos o que é a consciência. Os
dicionários a definem como: “A voz secreta que temos no
espírito e que, de acordo com nossas ações, nos condena ou
absolve”. Essa definição, porém, precisa de mais alguns
acréscimos porque, quando nos voltamos as Sagradas
Escrituras, verificamos que a consciência não é simplesmente
um tribunal. Suas atribuições vão muito além do que
simplesmente acusar-nos ou absolver-nos. É também a
faculdade do espírito que nos proporciona condições de
discernirmos o bem e o mal. A consciência é, portanto, o
tribunal que o Senhor Deus instalou em nosso espírito para

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que, por meio dela, possamos dirigir as nossas vidas de acordo


com as leis divinas.
Agora, já podemos dizer o que é a Dispensação da
Consciência: Foi o período em que o homem, entregue ao seu
próprio discernimento, foi provado quanto à obediência das
leis divinas.
2.3. Como funciona a consciência?
Como já dissemos, a consciência é a voz secreta que o
Senhor colocou em nosso espírito. Sua função básica é, de
acordo com o que fazemos, aprovar-nos ou reprovar-nos. Se
a consciência, no entanto, já estiver endurecida pelo pecado,
de nada valerá o seu julgamento. É por isso que Deus nos
adverte a sempre ler sua Palavra, para que jamais tenhamos a
nossa consciência cauterizada pelo príncipe desse mundo, que
se alegra em cegar o entendimento dos que se recusam a
ouvir as Boas Novas do evangelho.
Na Epístola aos Romanos 2.14, 15, Paulo explica que
muitos gentios, embora estivessem distantes da comunidade
de Israel, eram levados por sua consciência a agir de acordo
com a Lei de Moisés. No que diz respeito aos crentes, tem o
apóstolo João uma palavra muito esclarecedora sobre o
funcionamento da consciência, que ele prefere chamar de
coração, 1 Jo 3.19-21.

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2.4. Quando teve início a dispensação da consciência?


A Dispensação da Consciência teve início, quando o
homem, ao desprezar as recomendações divinas, provou do
fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Quando
lemos o terceiro capítulo de Gênesis, encontramos o Diabo a
oferecer a Eva, caso esta comesse do fruto proibido, uma
ciência que nem ele próprio possuía. Ofereceu-lhe a
Onisciência: “Porque Deus sabe que no dia em que dele
comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus,
sabendo o bem e o mal”, Gn 3.5. Infelizmente a mulher
deixou-se enganar pelo Diabo. Ao invés da onisciência
prometida, viu-se agora tomada por aquela voz secreta que
temos no espírito e que tanto nos incomoda, a consciência.
Eles não se tornaram como Deus, sabendo o bem e o mal,
descobriram apenas quão infeliz e miserável seria uma vida
fora da comunhão com o Criador.
2.5. Vivendo na dispensação da consciência
Com O Pecado, Adão E Eva Passaram A Ser Dirigidos pela
consciência que teria de julgar as suas ações. Este julgamento
manifestava-se às vezes, pelo medo Gn 3.9-11. O homem não
respondeu a pergunta que o Senhor fez: “Quem te mostrou
que estavas nu?” Por acaso não foi a consciência? A resposta
só pode ser, sim. No exato momento em que nossos primeiros
pais provaram do fruto da árvore do conhecimento do bem e

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do mal, a consciência começou a atormentá-los. Passados


milhares de anos, ainda podemos ouvir a consciência
aprovando ou reprovando nossos atos. Sendo esta a função
da consciência, só podemos chegar à conclusão de que ela foi
posta em nosso espírito pelo próprio Deus, para que não
ficássemos entregues ao desgoverno.
A história de Caim mostra-nos como vive o homem
atormentado pela consciência. Após assassinar seu irmão, vê-
se na condição de foragido, onde quer que fosse, seria
perseguido pela consciência, Gn 4.14. Quando Caim matou
Abel, estava consciente de que estava transgredindo as
ordenanças que o Criador colocara no coração do ser humano,
embora não houvesse nenhuma lei escrita, Adão e seus
descendentes sabiam perfeitamente que era pecado matar, e
roubar. Por isso se agitou tanto Caim, após ter matado o seu
irmão. Hoje a situação continua a mesma, apesar de existir
milhares de códigos de leis que estão em vigor no mundo
inteiro, a lei da consciência continua a exercer um irresistível
poder sobre os seres humanos. Este mecanismo é imutável;
nada o alterará, mesmo que os homens avancem em seus
conhecimentos e consiga novas conquistas, a consciência
sempre há de bradar, quando os mandamentos de Deus forem
desobedecidos.
2.6. O Mundo antediluviano e a consciência

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Embora não podemos dizer com certeza, o que era o sinal


recebido por Caim, de uma coisa temos certeza, era bem
visível, pois deveria servir de advertência a toda aquela
geração. Aquele sinal seria um lembrete de que o Senhor não
deixaria o pecado sem castigo, tudo o que o homem semear,
isto também ceifará.
Infelizmente, os descendentes de Adão resolveram ignorar a
intervenção divina na história da humanidade.
O fracasso dos antediluvianos. Fazendo-se surdos à voz
da própria consciência, aqueles homens, mulheres e até
crianças entregaram-se totalmente a corrupção, Gn 6.1-4.
Essa situação tornou-se insustentável diante de Deus, Gn 6.5-
7.
Assim foi toda aquela geração destruída, a não ser Noé e
seus familiares, por haverem achado graça diante do Senhor.
Vê-se, pois, que a consciência não foi suficiente para
reconduzir os filhos de Adão aos caminhos do Todo-Poderoso.
Isto significa que o homem, por si só, jamais conseguirá
agradar a Deus. Somente através do sacrifício de Cristo, todas
as coisas tornam-se possíveis.
2.7. A falha da dispensação da consciência
Por causa do pecado, a consciência do homem foi
perdendo toda a sensibilidade, haja vista o que aconteceu no
período antediluviano, depois de debater inutilmente com os

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filhos de Adão, Deus se viu obrigado a tomar essa decisão de


Gn 6:3. Em outras palavras, Deus estava dizendo que não
mais falaria ao homem por intermédio da consciência dele,
pois ela já se havia cauterizado, isto é, acostumado com o
pecado.
Todas às vezes, que o ser humano desobedece a Deus,
propositalmente, sua consciência entra no processo de
enfraquecimento. Isto é, perde toda sensibilidade espiritual,
não pode mais ouvir a voz de Deus. Em suas epístolas, Paulo
refere-se, diversas vezes, sobre aqueles que tiveram suas
consciências cauterizadas pelo pecado. Veja o que ele diz a
Timóteo em 1 Tm 4.1,2. Cauterizar, nesta passagem, significa
tirar toda a sensibilidade da consciência humana, de maneira
que ela não possa mais gravar os registros das ordenanças
divinas. Até mesmo o povo de Israel, num determinado
período de sua história, teve a sua consciência cauterizada, em
consequência da desobediência das leis de Deus. A situação
chegou a tal ponto, que foi preciso o Senhor dizer a Isaias
para repreender o povo, Is 6.9-11. A consciência dos israelitas
estava de tal forma endurecida, que de nada adiantava os
profetas apregoarem a vontade de Jeová. Quanto mais os
profetas falavam, mais os filhos de Israel se tornavam
endurecidos. O mesmo se pode dizer dos contemporâneos de
Cristo. Apesar de todos os milagres realizados e dos

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ensinamentos que lhes eram ministrados, os escribas e


fariseus foram incapazes de aceitar a Jesus como o Cristo de
Deus.
Como já vimos, a consciência não pôde manter o homem
afastado do pecado. No entanto, se nós a conservarmos pura,
ainda seremos capazes de ouvir o Senhor Deus falar conosco
através dela. É por isso que o apóstolo Paulo sempre se
refere à pureza da consciência, 1 Tm 1.19. Eis aqui algumas
recomendações para conservarmos puras as nossas
consciências. Em primeiro lugar, devemos nos dedicar a leitura
da Palavra de Deus, porque quanto mais lermos e estudarmos
a Bíblia, mais puros tornaremos os nossos caminhos.
Pergunta o salmista, de que maneira poderá o jovem purificar
o seu caminho. Resposta: Observando-o de acordo com as
suas palavras.
Em segundo lugar, precisamos andar em comunhão plena
com o Senhor, andar com Deus significa estar sempre de
acordo com a sua vontade. Lembre-se da história de Enoque
que, após andar com o Senhor por trezentos anos, foi
arrebatado sem passar pela experiência da morte. Se não
mantivermos, pura a nossa consciência, não estaremos em
condições de entrar nas mansões celestes.
A dispensação da Consciência terminou com o Dilúvio,
com a rejeição dos povos a mensagem pregada por Noé, os

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animais entraram na arca, como prova de que é mais fácil um


animal irracional obedecer a voz do seu criador, do que aquele
criado a sua imagem e semelhança.
3. DISPENSAÇÃO GOVERNO HUMANO
3.1. Do dilúvio até Abraão
Vimos que a dispensação da Consciência não teve os
resultados esperados, pois os descendentes de Adão e Eva
deixaram-se enganar pelas artimanhas de Satanás. Como o
mundo não poderia ficar sem um testemunho da vontade
divina, o Senhor instituiu o que chamamos de Dispensação do
Governo Humano.
Até esse momento, era o próprio Deus quem atuava
diretamente em todas as questões judiciais da família
Adâmica. Mas, a partir de Noé, eis que o homem assume
plenas responsabilidades sobre os negócios deste mundo. Isto
não significa, que não haveria mais intervenção divina.
Sempre que necessário, o Senhor interviria, para que a sua
justiça não fosse esquecida.
O objetivo desta dispensação era dar uma oportunidade
ao homem, para que agisse como fiel representante de Deus.
3.2. O que foi a dispensação do governo humano?
A Dispensação do Governo Humano foi um período em
que o Senhor entregou ao homem a responsabilidade judicial
dos negócios terrenos, dando-lhe autoridade até mesmo para

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aplicar a pena de morte. Embora não houvesse, nesta época,


qualquer lei escrita, todas as coisas haveriam de ser regidas
de conformidade com a justiça divina.
A Legislação do governo humano. A vontade de Deus,
nesta dispensação, era conhecida de diversas formas. Em
primeiro lugar, havia a consciência que, apesar de estar
escurecida e endurecida pelo pecado, ainda clamava
insistentemente contra os pecados dos filhos de Adão. Em
seguida, poderíamos mencionar a linguagem da própria
natureza que, conforme falou o salmista, nunca deixou de
proclamar a glória divina.
O que dizer também do ministério profético? Se levarmos
em conta que, desde Enoque, os profetas já atuavam
decisivamente na história, concluiremos que, em nenhum
período, deixou a humanidade de ouvir a Palavra de Deus. No
último dia, portanto, ninguém poderá dizer que não pôde
obedecer a voz de Deus, porque a desconhecia.
Na Dispensação do Governo Humano, houve um
ministério profético bastante intenso, além de Enoque, temos
a considerartambém o próprio Noé, que embora não fosse
chamado de profeta, era conhecido por seu povo como o
pregoeiro da justiça.
A duração da Dispensação do Governo Humano vai desde
Noé até a chamada de Abraão. É um período relativamente

545
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longo, se o compararmos aos dias atuais. Antigamente os


homens viviam muito tempo chegando alguns, como Noé, a
alcançarem pelo menos duas dispensações.
Na Dispensação do Governo Humano, o Todo Poderoso
restabeleceu em parte a autoridade que o homem perdera, ao
comer do fruto proibido. Embora estivesse fora do ideal que
Deus havia traçado, o ser humano poderia dirigir o destino do
mundo.
Capacidade para governar. Em consequência da queda,
o homem perdeu a habilidade de governar o mundo. Diante
de tanta responsabilidade, o ser humano sentiu-se sem
direção. Haja vista, por exemplo, as desarmonias na própria
família de Adão, o capítulo quatro de Gênesis mostra-nos
como funcionava a sociedade naqueles princípios.
Apesar de o homem estar desfrutando de um certo
avanço, a família humana vivia como se não existisse qualquer
mandamento a ser seguido. É claro que nesse tempo, não
existia ainda a lei escrita, mas havia a lei que o Senhor
colocara em cada coração. As leis naturais podiam ser vistas
em toda a criação; os ensinamentos de Adão e Eva a respeito
do Paraíso em que viveram, estavam ainda bem acesos nas
almas de seus descendentes. Apesar da presença do Criador
ser clara em toda parte, os descendentes de Adão não
conheciam limites. Casavam-se, davam-se em casamento;

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comiam e bebiam; zombavam de Deus como se a terra lhes


pertencesse. Por isso após o Diluvio o Senhor teve de ensinar
aos homens os princípios de hierarquia. Em outras palavras, o
Senhor Deus queria que o homem aprendesse a governar este
mundo.
3.3. Ensinar ao homem o valor da vida humana
No período que antecedeu o Dilúvio, os valores que o
Senhor entregara a Adão foram completamente
desrespeitados, corromperam todos os princípios que
poderiam fazer dos descendentes de Adão e Eva uma
sociedade realmente livre; justa e acima de tudo, temente a
Deus. Quanto à vida humana, pouco valia. Os heróis daquele
tempo firmavam-se pela opressão e violência. Apenas Noé e
sua família ainda guardavam os preceitos que o Senhor Deus
transmitira aos nossos primeiros pais. Nesse tipo de
sociedade, não se podia aprender a governar nem a valorizar a
vida, por isso o Criador resolve reeducar o ser humano, pois
cabe ao homem administrar este mundo.
A partir de Noé, vemos que os filhos dos homens já
começaram a se organizar melhor em sociedade. Apareceram
os patriarcas, os pequenos reinados e até os impérios.
A mais alta função do governo é proteger a vida humana,
mas tal proteção (dos inocentes) pode resultar na pena capital
(morte) dos culpados. O homem não deve vingar o homicídio

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individualmente, mas na qualidade de grupo comunitário,


sendo ele ou eles representantes de uma comunidade, deve
punir os culpados, levando em consideração a santidade da
vida humana como um dom de Deus, que não pode ser
exterminada, a não ser quando Deus permite. Os poderes
constituídos foram ordenados por Deus, desobedecer às
autoridades é desobedecer a Deus. Enquanto, na dispensação
passada, as repreensões feitas aos homens eram internas, Gn
6.3, o Espírito de Deus operando através da responsabilidade
moral, agora uma nova repreensão (externa) foi acrescentada,
isto é, o poder do governo civil.
3.4. A dispensação do governo humano
Adão foi o primeiro representante da raça, porque dele
descendem todos os seres humanos. Visto desta maneira,
Noé também pode ser considerado o segundo maior
representante da humanidade, através dele foi preservada a
humanidade de uma inevitável destruição. Por isso, resolveu o
Senhor entregar-lhe a responsabilidade pelo governo do
período após o Dilúvio. Noé tinha todas as condições
necessárias para desempenhar desta tarefa, afinal, ele era o
melhor homem de sua geração. Ezequiel chegou a considerá-
lo um dos três homens mais fiéis da história humana.
Seus descendentes também deveriam estar preparados
para desempenhar os mesmos encargos. Infelizmente, como

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relata a história sagrada, não foi isso que aconteceu. O seu


filho menor, por exemplo, logo o desrespeitaria, quebrando a
linha de comando da dispensação recém-inaugurada. Séculos
mais tarde, encontramos Ninrode a construir uma obra
formidável, numa tentativa de levantar um império que não
levasse em conta a vontade de Deus.
Esta dispensação começou quando Noé e sua família
saíram da arca. Quando Noé entrou numa nova situação,
Deus então colocou para a humanidade, um novo teste, para
provar a obediência do homem. Antes disso, nenhum homem
tinha o direito de tirar a vida de outro homem, Gn 4.10, 11,
14, 15, 23,24. Nesta nova dispensação, embora a
responsabilidade moral direta do homem para com Deus
continuasse, Deus entregou-lhe determinadas áreas de Sua
autoridade, nas quais ele tinha de obedecer a Deus através de
submissão ao seu próximo. Portanto Deus instituiu um
relacionamento corporativo de homem para homem no
governo humano.
3.5. Princípios do governo humano
“E lembrou-se Deus de Noé, e de todo o animal, e de
toda a rês que com ele estava na arca; e Deus fez passar um
vento sobre a terra, e aquietaram-se as águas”, Gn 8.1.
Quando lemos o primeiro versículo do capítulo oito de Gênesis,
não podemos nos esquecer de uma coisa muito importante:

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Deus continua no comando do governo do Universo, embora


tenha entregado certa responsabilidade ao homem, o homem
jamais poderá ignorar que Deus continua sendo Senhor sobre
a criação. Caso Deus não tivesse se lembrado de Noé, de toda
a sua família e de todos os animais que se encontravam na
arca, a vida seria simplesmente impossível na Terra. No
entanto, não somente lembrou-se deles, como também tornou
a vida possível na Terra, apesar do Dilúvio. Por isso, aquele
que preserva, também possui os meios necessários para que o
homem tome consciência de Sua vontade.
A universalidade da aliança. A aliança estabelecida pelo
Senhor Deus com Noé, envolvia não somente os homens,
como também toda a criação, isto significa que o governo
humano deveria ser exercido sobre toda a terra, Gn 9.9, 10.
A Dispensação do Governo Humano, portanto, tinha
como base a aliança firmada com Noé. E, como toda a
aliança, envolvia: promessas, deveres, e direitos. Entre as
promessas podemos contar as seguintes:
3.5.1. A terra não mais seria destruída pelo Dilúvio,
3.5.2. As estações seriam regulares,
3.5.3. O plantio e a colheita aconteceriam normalmente,
3.5.4. Os seres humanos iriam novamente se multiplicar sobre
a terra.

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Vejamos agora os deveres:


Respeitar a vida. No princípio, quando a terra ainda não
estava contaminada pelo pecado, a simples alimentação
vegetal seria suficiente para manter a vida humana sobre a
terra. Porém, em consequência do Dilúvio, a terra já não
estava mais em condições de sustentar o homem apenas com
suas ervas. Por causa disso, o Senhor o autoriza a lançar mão
também da alimentação animal. No entanto, deveria ser
respeitada a substância material da vida, isto é, a carne não
poderia ser ingerida com o sangue, Gn 9.3, 4.
Punir o homicídio. Quando Caim matou a seu irmão,
Abel, o próprio Deus se encarregou de punir o assassino. Mas
agora, o Senhor entrega esta capacidade ao homem, neste
caso, o homem seria encarregado de aplicar os castigos em
seus semelhantes, neste particular Deus é mais do que claro,
Gn 9.5, 6.
O apóstolo Paulo, na carta aos Romanos, declara que as
autoridades foram instituídas pelo próprio Deus, para a
manutenção da ordem. Não podemos desprezar as leis
humanas, pois são um reflexo do que o Todo Poderoso
entregou a Noé, apesar das injustiças cometidas, as leis
humanas são necessárias para dar equilíbrio social.
Se Deus não tivesse entregado esses poderes à
humanidade, que naquela época estava representada em Noé,

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o mundo com certeza teria experimentado outro juízo


universal. Aqueles princípios cumpriram (e cumprem) o seu
objetivo. Neste sentido vemos que a Dispensação do Governo
Humano ainda não terminou para aqueles que ainda não
compreenderam as excelências da lei do Espírito.
O homem fracassou em governar com justiça. Que tanto
os judeus como os gentios têm governado para si mesmos,
não para Deus, é a triste verdade. Este fracasso foi visto de
um modo geral, na confusão de Babel, Gn 11:9; no fracasso
de Israel, no período da teocracia, que terminou como o
cativeiro na Babilônia, 2 Cr 36.15-21; e no fracasso das
nações, no “tempo dos gentios”, Dn 2.31-45.
Como uma prova específica da obediência, a dispensação
do Governo Humano foi seguida, pela dispensação da
promessa, quando Deus chamou Abrão como instrumento de
bênção para a humanidade. Contudo, a responsabilidade do
homem pelo governo humano não acabou, mas continuará até
que Cristo estabeleça o seu reino. Embora a Dispensação do
Governo Humano não tenha sido suficiente para conduzir o
homem a Deus, podemos dizer que, em parte, ela cumpriu
seus principais objetivos. Sendo assim podemos dizer que a
Dispensação do Governo Humano funcionou como uma
espécie de freio, para impedir a degeneração moral e espiritual

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da raça. E desta forma, preparar o fundo histórico e espiritual


para o nascimento do Messias.
4. DISPENSAÇÃO DA PROMESSA
Vai da chamada de Abraão até a entrega da Lei no Sinai
A história dos hebreus tem início com Abraão. O exemplo do
pai da nação hebréia foi tão marcante que o apóstolo Paulo,
ao escrever suas cartas para as Igrejas da Galácia e de Roma,
tomou-o como padrão a ser seguido pelo crente. Com o
patriarca, aprendemos também que é possível desviarmos dos
padrões monda-nos e peregrinar em direção da terra da
promessa. Isso significa, acima de tudo, exercer uma fé viva e
que não aceita o olhar ou voltar atrás no Todo Poderoso.
4.1. A chamada de Abraão
Até o capítulo 11, o livro de Gênesis conta a história da
humanidade. Do capítulo 12 em diante, passa a mostrar como
se deu a formação da família hebréia. Esta história é tão
importante que o autor sagrado dedica-lhe 38 capítulos.
Comecemos esta história com a chamada de nosso pai na fé.
A vida em Ur dos caldeus. Antes de ser chamado por
Deus, vivia Abraão numa cidade caldéia chamada Ur.
Segundo os relatos das crônicas antigas, Ur era uma
metrópole desenvolvida; seus habitantes desfrutavam de uma
vida cômoda e confortável. Não estaríamos exagerando, se
afirmássemos que ela era uma das principais cidades daquele

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tempo. Além do conforto material, havia também o estímulo


cultural. Apesar de tudo isso, Ur estava entregue a toda sorte
de idolatria. O nome do verdadeiro Deus era deixado em
segundo lugar, consideravam-no como um dos muitos deuses
que era adorado nos templos e altares pagãos. Portanto o
plano de Deus para a vida de Abraão jamais se cumpriria,
enquanto o patriarca permanecesse em Ur. Era necessário que
ele deixasse a cidade, para viver uma nova vida espiritual. O
mesmo acontece conosco, enquanto não deixarmos este
sistema mundano que nos ameaça destruir a vida espiritual,
jamais experimentaremos o plano que o Senhor tem reservado
para nós. Vamos ver como reagiu o patriarca ao chamado
divino.
A peregrinação. Chegou o momento de Abraão obedecer
completamente ao chamado de Deus. Abraão deixa Ur dos
Caldeus na companhia de seu pai e seu sobrinho Ló, e instala-
se numa localidade chamada Padã-Arã. Depois da morte de
seu pai, Abraão continuou sua peregrinação até Canaã.
Conforme lemos no capítulo 12 de Gênesis, Abraão fora
chamado para andar na presença de Deus, ser em tudo,
perfeito. Apesar de alguns fracassos, como a descida para o
Egito, por exemplo, Abraão começa a perceber a real grandeza
dos termos da aliança que o Senhor Deus estabeleceu com
ele. Nesta aliança, são beneficiadas todas as nações da terra.

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Nosso pai na fé. Os termos da aliança que o Senhor


Deus firmou com o patriarca eram bem claros. Em resumo,
beneficiava não somente o povo israelita, mas todas as nações
da terra, Gn 17.4-8. A partir desse momento, Abraão torna-se
pai na fé de todos os que, séculos mais tarde haveriam de
aceitar a Cristo como único e suficiente salvador. É importante
notarmos também que, as promessas contidas nesta aliança,
não foram feitas sob a Lei de Moisés, que levaria ainda 400
anos para ser entregue. Tendo por base este fato, o apóstolo
Paulo mostrou aos Gálatas porque o crente e salvo pela fé.
Afinal, ao celebrar aquela aliança com o Senhor, o patriarca
também, pela fé, foi justificado. O exemplo de fé. Foi pela fé
que Abraão deixou Ur dos Caldeus e rumou em direção a uma
terra, onde seriam selados os maiores pactos entre Deus e o
homem. Sob a visão humana, o patriarca jamais teria deixado
Ur, uma cidade das mais desenvolvidas da época. Lá, podia-
se desfrutar de todos os confortos. No entanto ele não
andava segundo a vista dos olhos; sua visão tinha um alcance
ilimitado, via a eternidade. Em nossa jornada cristã, somos, às
vezes, levados a agir como Abraão. De repente, recebemos
uma ordem de Cristo que, a primeira vista, parece-nos tão
desvantajosa, mas se persistirmos a andar com Deus,
comprovaremos: no caminho da fé, todas as coisas
contribuem para o bem daqueles que amam o Pai Celeste.

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Ao deixar Ur e Padã Arã, Abraão nos da um exemplo de


fé, veja o que diz o escritor de Hebreus, em Hb 11.8, 9. A
partir desta tomada de posição, Abraão passa a figurar como
um dos heróis da fé. Torna-se pai de todos aqueles que
haveriam de crer em Cristo Jesus.
Esta dispensação estendeu-se da chamada de Abrão até
a entrega da lei no Sinai, Ex 19.3 a seguir. Esta dispensação
baseava-se sobre a aliança de Deus com Abraão, citada pela
primeira vez aqui, Gn 12.1-3, e confirmada e ampliada em Gn
13.14-17; 15.1-7; 17.1-8,15-19; 22.16-18; 26.2-5,24; 28.13-
15; 31.13; 35.9-12.
Observe:
4.1.1. As provisões específicas que afetavam o próprio Abrão,
Gn 15.15, seu filho e neto, Isaque e Jacó, Gn 26.1-5; 28.10-
16, sob cuja bênção individual dependia também da
obediência individual de cada um deles, Gn 12.1; compare
com Gn 22.18; e Gn 26.5.
4.1.2. Deus fez uma promessa incondicional de bênçãos
através da semente de Abraão:
4.1.3. Para a nação de Israel herdar um território específico
para sempre, Gn 12.2.
4.1.4. Para a Igreja em Cristo, Gl 3.16, 28,29.
4.1.5. Para as nações gentias, Gn 12.3.

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4.1.6. Havia uma promessa de bênção para aqueles


indivíduos e nações que abençoassem os descendentes de
Abraão, e uma maldição sobre aqueles que perseguissem os
judeus, Gn 12.3; Mt 25.31-46. Consequentemente esta
dispensação tem diversas aplicações. Para os gentios daquele
período, a aplicação direta é pequena e diferente do que diz
Gn 12.3, e ilustrada pela bênção ou juízo de Deus sobre os
indivíduos, (Faraó, Gn 12.17; Abimeleque Gn 20.3, 17, etc.),
ou nações (por exemplo, o Egito, Gn caps. 47-50; E 1.15) que
trataram bem ou mal Abraão e seus descendentes.
No prosseguimento desta revelação da verdade através
dos séculos, os crentes da Igreja são convocados a confiar em
Deus como Abraão confiou, Rm 4:11, 16,23-25; Gl 3:6-9, e
assim receber as bênçãos da aliança que inaugurou a
dispensação da promessa.
As promessas de Deus a Abraão e sua semente
certamente não terminaram no Sinai com a entrega da Lei, Gl
3:17. Tanto o Antigo como o Novo Testamento estão cheios
de promessas pós-sinaíticas referentes a Israel e a terra que
será a possessão eterna de Israel, exemplo: Ex 32.13; 33.1-3;
Lv 23.10; 25.2; 26.6; Dt 6.1-23; 8.1-18; Js 1.2, 11; 24.13; At
7.17; Rm 9.4. Mas como teste específico da obediência de
Israel para com a vontade divina, a dispensação da promessa

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foi substituída, embora não anulada, pela Lei que foi dada no
Sinai, Ex 19.3.
4.2. Acontecimentos principais dessa dispensação
4.2.1. Deus promete um filho a Abraão, Gn 15.
4.2.2. Deus muda o nome de Abrão e Sarai, Gn 17.
4.2.3. Destruição de Sodoma e Gomorra, Gn 18.
4.2.4. O nascimento de Isaque, Gn 21.
4.2.5. Deus manda Abraão sacrificar seu filho Isaque, Gn 22.
4.2.6. O casamento de Isaque, Gn 24.
4.2.7. A história de Esaú e Jacó, Gn 25.
4.2.8. O casamento de Jacó, Gn 29.
4.2.9. A história de José, Gn 37.
Durante a Dispensação Patriarcal ou da Promessa, só a
promessa divina sustentou Abraão e sua descendência. Que
Abraão viveu pela promessa divina, é tema dos dois
Testamentos, Gl 3:6-9.
5. DISPENSAÇÃO DA LEI
5.1. De Moisés até Cristo
A história de Israel pode ser dividida em, antes e depois
de Moisés. Através deste grande profeta, constatamos quão
maravilhosa é a forma como o Senhor trabalha na vida do ser
humano. Quando ele já se considerava fora de forma, Jeová o
convoca para ser o personagem principal do maior

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acontecimento da história hebraica, o Êxodo, a saída para a


liberdade.
O nascimento. Moisés nasceu em um momento bastante
difícil da história do povo eleito. Os israelitas, após um
período de cerca de quatrocentos anos de permanência no
Egito, encontravam-se a beira da extinção. Se, no tempo de
José, desfrutavam de todos os privilégios, agora são
considerados uma ameaça à segurança do Egito. A nova
dinastia que, segundo a Bíblia, não conhecia José buscava um
modo de eliminar a semente de Abraão. Inicialmente, ordena
as parteiras que matassem os recém-nascidos do sexo
masculino e deixassem viver as meninas. Como esta medida
não deu certo, pois as parteiras, que cuidavam das hebréias,
eram tementes a Deus, Faraó baixa um decreto mais drástico;
o lançamento dos meninos ao Nilo.É exatamente neste
momento tão crítico que nasce Moisés. Ao narrar a história
hebréia aos anciãos do tempo de Cristo, conta o diácono
Estêvão: “Nesse tempo nasceu Moisés, e era mui formoso, e
foi criado três meses em casa de seu pai”, At 7.20. Sob a
visão humana, o menino não tinha chance de sobreviver, pois
tudo conspirava contra ele. Deus, porém, tem os seus planos
e ninguém os pode mudar. Seus pais, mesmo com o risco da
própria vida, resolveram assumi-lo, e por três meses,
esconderam o menino.

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Depois disso, os pais de Moisés viram-se impossibilitados


de continuar a escondê-lo, pois os soldados de Faraó, com
certeza, já haviam decidido revistar casa por casa.
A educação de Moisés. O astuto Faraó acaba por cair na
própria astúcia. Se o menino não pode ficar entre os hebreus,
que fique entre os egípcios. Continua Estêvão: “E, sendo
enjeitado, tomou-o a filha de Faraó, e o criou como seu filho”,
At 7.21. Não devemos entender esta expressão “sendo
enjeitado”, como se Anrão e Joquebede houvessem
desprezado o filhinho. É que, naquele momento, não lhes
restava qualquer alternativa, a não ser confiar na providência
divina. Assim, fazem um cestinho, colocam o bebê e soltam
a frágil embarcação no Nilo. Mesmo numa circunstância tão
difícil, não agem irresponsavelmente. Entendemos pelo texto
bíblico terem eles designado a filha Miriã a vigiar o caminho da
arca de juncos.
Como tudo corria de acordo com os planos de Deus, o
cestinho foi parar precisamente no trecho do rio, onde a filha
de Faraó banhava-se. Ao ver o menino, a princesa resolve
adotá-lo como filho. É aí que a irmã de Moisés entra em ação,
Êx 2.8-10. Já grande o menino, é trazido à corte de Faraó,
onde passa a receber sua educação. Nesse tempo, o Egito era
a maior potência do mundo; sua cultura era a mais
desenvolvida do Oriente. Os sábios egípcios dominavam a

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matemática, a astronomia, a física e a química, sua arquitetura


é até hoje admirada através das pirâmides. Assim vai Moisés
aprendendo toda a ciência do país do Nilo. Dizem alguns
estudiosos que a dinastia egípcia tinha como objetivo preparar
Moisés para assumir o trono. Ainda que Moisés não viesse a
substituir a Faraó, acabaria por exercer os cargos mais
elevados na administração do Egito. O que os poderosos não
sabiam era que, juntamente com a educação secular, ia o
menino recebendo também o conhecimento do verdadeiro
Deus. Afinal, sem saber a princesa entregou Moisés para ser
criado pela sua própria mãe. Assim são os planos de Deus,
executados de forma misteriosa, porém sábia e
prudentemente. Aos quarenta anos de idade, no auge de suas
forças, eis que Moisés resolve ir conhecer os seus irmãos. Ele
sabia perfeitamente, que embora estivesse no palácio de
Faraó, era um hebreu, At 7.23.
Veja o que diz Hb 11.24-26. Ao chegar ao território,
onde os hebreus estavam trabalhando, vê o feitor egípcio a
espancar um hebreu. Naquele momento, deixa de lado os
deveres palacianos, investe-se contra o tirano e mata-o e
enterra-lhe o corpo na areia. Como pensava que estava tudo
bem, sai no outro dia para visitar novamente seus irmãos.
Desta vez tenta impedir uma briga entre dois hebreus, só que
sua intervenção não é aceita. Descobre também que o seu

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crime já estava descoberto. Restava-lhe então, uma só


alternativa, fugir. A fuga para Midiã. E assim, Moisés foge
para Midiã, onde ficaria por quarenta anos. É nesse segundo
período de sua vida que ele muito aprendeu do Senhor. Às
vezes, por causa da perseguição, nos vemos obrigados a sair
de nossa cidade e do meio dos parentes, no momento isto
parece difícil, no entanto, com o passar dos tempos,
verificamos que os planos de Deus com a nossa vida é mais do
que perfeito. É o que aconteceu na vida de Moisés.
5.2. O ministério de Moisés
O pastor de Midiã. Em Midiã, Moisés começa a viver uma
etapa totalmente nova de sua existência. Lá encontra a
mulher que o acompanharia por toda a vida, lá também
encontra a alegria de ser pai, lá também encontra á alegria
simples e doce do pastoreio. Agora, longe do luxo e da corte
de Faraó, tem a oportunidade de se encontrar consigo próprio.
Naquele lugar distante, iria descobrir nos próximos quarenta
anos o lado simples da vida. No entanto, o que marcaria a vida
de Moisés em Midiã, seria o encontro com Deus. A partir
daquele acontecimento da sarça ardente, ele jamais seria o
mesmo. Entraria para a história sagrada como o maior
personagem do Antigo Testamento. Desde então, passou a
conhecer o Deus de Abraão como o Grande Eu Sou; em
hebraico, Jeová. O libertador de Israel. Instruído pelo Senhor,

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Moisés dirigiu-se ao Egito, lá chegando, reúne-se com os


anciãos de Israel, e expõe-lhes o principal objetivo de sua
presença no Egito: Libertar Israel do cativeiro. Com os sinais
que lhe mandara o Senhor realizar na presença do povo,
convence a todos de sua missão.
Já diante de Faraó, Moisés pronuncia a frase: “Deixa o
meu povo ir”. De início, o rei do Egito tenta resistir à
ordenança do Senhor, mas com as muitas pragas, é obrigado
a ceder. Assim os israelitas, preparam-se para deixar a terra
da servidão, At 7:28.
O legislador dos hebreus. Atravessando já o Mar
Vermelho, os filhos de Israel põe-se a caminho da terra que
mana leite e mel. Mas para tomarem posse da promessa,
teriam de se guiar por uma Lei que os faria diferentes de
todas as outras nações. Este código haveria de ser superior
em todos os sentidos; um código escrito pelo próprio Deus.
No monte Sinai, o Senhor entrega a Moisés as tábuas que
continham os dez mandamentos, Êx 20. Depois de ler esses
mandamentos, você chegará à conclusão de que todas as leis
do mundo poderiam ser substituídas pelos Dez Mandamentos.
Sem esta Lei, Israel jamais seria contado como a herança do
Senhor.

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5.3. A lei entregue à Moisés


Esta dispensação começa com a entrega da Lei no Sinai e
terminou como período de tempo com a morte sacrificial de
Cristo, que cumpriu todas as suas provisões e tipos. Na
dispensação anterior, Abraão, Isaque e Jacó, como também as
multidões de outros indivíduos, falharam nos testes da fé e
obediência que eram da responsabilidade do homem,
exemplo: Gn 16.1-4; 26.6-10; 27.1-25. O Egito também
falhou em atender a advertência de Deus, Gn 12.3, e foi
julgado. Apesar disso Deus providenciou um libertador,
Moisés, um sacrifício o cordeiro pascal e o poder mila¬groso
para tirar os israelitas do Egito, as pragas do Egito; o
livramento no Mar Vermelho. Os israelitas, como resultado de
suas transgressões, Gl 3.19, foram agora colocados sob a
disciplina precisa da Lei. A lei ensina:
5.3.1. A santidade total de Deus, E 19.10-25.
5.3.2. A horrível consequência do pecado, Rm 7.13; 1 Tm
1.8-10.
5.3.3. A necessidade da obediência, Jr 7.23-24.
5.3.4. A universalidade do fracasso humano, Rm 3.19-20.
5.3.5. A maravilha da graça de Deus em providenciar um
caminho para o homem se chegar até Ele. Jo 3.16.
A Lei não alterou as provisões nem revogou a promessa
de Deus dada a Abraão. Não foi concedida como um modo de

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vida (isto é, um meio de justificação, At 15.10-11; Gl 2.16, 21;


3.3-9, 14, 17, 21, 24,25, mas uma regra de vida para um povo
já dentro da aliança de Abraão e coberto pelo sangue do
sacrifício, isto é, o cordeiro pascal). Um dos propósitos da
Dispensação da Lei foi o de esclarecer a pureza e santidade
que deveria caracterizar a vida de um povo, cuja Lei seria ao
mesmo tempo a lei de Deus, Ex 19.5-6. Daí, a função da
lei em relação a Israel foi para disciplinar e corrigir sua
desobediência, para manter Israel sob controle para seu
próprio bem, Dt 6.24, até que Cristo viesse, Cristo é também
nosso instrutor. A ocasião designada pelo Pai para os
herdeiros, filhos da promessa serem removidos da condição de
menoridade legal para os privilégios de herdeiros que
atingiram a maioridade, Gl 4.1-3. Isto Deus fez enviando o Seu
Filho, e agora os crentes estão na posição de filhos na casa do
Pai, Gl 3.26; 4:4-7.
Mas Israel interpretou mal o propósito da Lei. 1 Tm 1.8-
10. Buscando a justiça através de boas obras e ordenanças
cerimoniais, At 15.1; Rm 9.31; 10.3, e rejeitou o seu próprio
Messias, Jo 1.10, 11. A história de Israel no deserto, na terra
prometida e dispersos entre as nações, tem sido um registro
longo da transgressão da Lei. O objetivo da lei. O
objetivo da Lei de Moisés foi, em primeiro lugar, preservar o
povo de Israel dos pecados que acabaram por destruir muitos

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povos da antiguidade. Em segundo lugar, conduzir os


israelitas a plenitude do programa de Deus: a chegada de
Cristo veja Gl 3.23-27.
Infelizmente, os judeus não souberam distinguir a
finalidade da Lei de Moisés, no começo do Evangelho de João,
lemos que Cristo veio para os que eram seus, mas os seus não
o receberam, Jo 1.11. Se eles tivessem prestado mais atenção
aos escritos de Moisés, com certeza teriam descoberto a
imagem de Cristo nos livros da Lei e nos outros escritos do
Antigo Testamento. Afinal, como bem afirmou Paulo aos
Gálatas, o objetivo da lei era este mesmo: conduzir os
israelitas a Cristo, pois funcionava como uma espécie de
professor (aio). Noutras palavras, os filhos de Israel, só
precisariam da Lei, enquanto estivessem em sua menoridade
espiritual; alcançando a maioridade, não precisariam mais do
professor, para entrarem em um estágio mais avançado de
sua vida com Deus.
A função da Lei. Quando lemos a Epístola aos hebreus,
entendemos melhor por que a lei de Moisés foi colocada em
caráter transitório. Era a sua função mostrar uma Lei superior
que seria decretada por Cristo Jesus: A Lei do ESPÍRITO. Ora,
por esse motivo, a lei mosaica não pode ser um fim em si
mesma, como alguns pensam. Ela tem de ser encarada como

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uma espécie de aio (ou professor) que, em nossa menoridade


espiritual, nos conduziu a Cristo Jesus.
Cristo, o fim da Lei. Foi para combater a doutrina dos
judaizantes que Paulo escreveu a Epístola aos Gálatas. Nela, o
apóstolo deixa bem claro para aqueles cristãos que haviam se
afastado da verdade, que o fim da Lei e Cristo. Somente ELE
teve condição suficiente para cumprir TODOS os
mandamentos da Lei de Moisés.
Nos diz o apóstolo Paulo: “Para a LIBERDADE foi que
Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos
submetais de novo a jugo de escravidão. De Cristo vos
desligastes vos que procurais justificar-vos na lei, da graça
decaístes. Porque nós, pelo ESPÍRITO, aguardamos a
esperança da justiça que provem DA FÉ”. Gl 5.1, 4,5.
6. DISPENSAÇÃO DA GRAÇA
6.1. De cristo ao arrebatamento
Após sua morte na cruz do calvário, três dias após Ele
ressuscitou. A ressurreição de Cristo, sem dúvida alguma, foi
o acontecimento mais importante do Novo Testamento.
Falando sobre isso, o apóstolo Paulo disse que, se Cristo não
tivesse ressuscitado, seria vã a nossa fé. Depois de sua
ressurreição, o Senhor permaneceu com seus discípulos por
um período de quarenta dias, durante os quais os instruiu

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acerca dos negócios do Reino. Vejamos então, quais os dois


principais assuntos tratados por Jesus.
A promessa do Espírito Santo. Embora tenhamos cinco
passagens sobre a Grande Comissão, a principal delas é esta:
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir
sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém
como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”,
At 1.8.
Para que a Grande Comissão alcançasse todos os seus
objetivos, era necessário que os discípulos recebessem a
virtude do Espírito Santo. Caso contrário, não poderiam
compreender devidamente a urgência do evangelho. Por esse
motivo, não deviam sair de Jerusalém, até que do alto fossem
revestidos de poder. Um renomado evangelista afirmou: “A
vida do cristão começa no Calvário, mas o trabalho eficiente
começa no Pentecostes”.
6.2. A grande comissão
Após a ascensão de Cristo, os discípulos ficaram certos
de uma coisa: de maneira nenhuma seriam deixados órfãos,
dentro de pouco tempo o Consolador lhes seria enviado. Além
do mais, teriam de cumprir os requisitos da Grande Comissão,
pois o mundo os esperava para ouvir as boas novas de Cristo.
Com a chegada de Jesus Cristo, uma nova dispensação
foi inaugurada, a Dispensação da Graça é um período

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caracterizado pela graça no sentido de que neste período,


Deus, que sempre agiu com graça (amor imerecido ou favor
não merecido) para com toda e qualquer família humana que
Ele abençoa, está fazendo agora uma demonstração celestial
específica de Sua Graça, e através de todo o grupo de judeus
e gentios que são salvos pela graça mediante a fé em Cristo.
São pessoas que através de sua fé em Cristo, alcançaram por
Sua Graça, o perdão dos pecados e a salvação de sua alma,
tendo, portanto, direito de morar na cidade celestial.
Em resumo, a graça de Deus não é alcançada pela
guarda da Lei de Moisés, ou pela prática de boas obras, mas
simplesmente pela fé verdadeira em Cristo Jesus.
Uma nova época foi anunciada por nosso Senhor Jesus
Cristo em Mt 12.47; 13.52. A Igreja foi claramente profetizada
por Ele em Mt 16.18 compare com Mt 18.15-19, comprada
pelo derramamento do Seu sangue no Calvário, Rm 3.24, 25;
1 Co 6.20; 1 Pe 1.18, 19, e constituída como Igreja depois de
Sua ressurreição e ascensão, no dia de Pentecostes quando,
de acordo com a Sua promessa, At 1.5, os crentes foram pela
primeira vez batizados um por um com o Espírito Santo (todos
os que estavam presentes). Por causa deste destaque dado
ao Espírito Santo, esta dispensação também, tem sido
chamada de “dispensação do Espírito Santo”. Na introdução
deste estudo, explicamos que Dispensação é um período de

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tempo no qual o homem é provado, isto é, “testado” na sua


obediência a alguma revelação específica da vontade de Deus.
Nesta Dispensação da Graça, o ponto onde Deus quer provar o
homem, é a obediência de nosso Senhor Jesus Cristo, a
mensagem das boas novas sobre a Sua morte e ressurreição,
Jo 19.30; At 4.12; 1 Co 15.3-5; 2 Co 5.21, etc. A contínua
desobediência do homem nas dispensações anteriores. Fez
Deus providenciar uma revelação mais completa, para que
fosse demonstrada a total iniquidade e perdição do homem, e
que somente a obra que Cristo realizou seria suficiente para
salvar, pela graça, através da fé, a todos os que vêm a Deus,
através de Cristo, Jo 14.6; At 10.43; 13.38, 39; Rm 3.21-26; Ef
2.8, 9; 1 Tm 4.10; Hb 10.12-14; 11.6.
Quanto aos indivíduos salvos que compõem a verdadeira
Igreja de Cristo cumprem as ordens do seu Senhor de pregar
o Evangelho até os confins da terra, Mc 16.15; Lc 24.46-48; At
1.8, Deus está formando, durante esta dispensação, “um povo
para o seu nome”, At 15.14, dentre os judeus e os gentios,
chamado de “a Igreja” e, portanto especialmente distinto dos
judeus e gentios como tais, 1 Co 10.32; Gl 3.27, 28; Ef 2.11-
18; 3.5, 6. O Senhor Jesus advertiu que durante todo o
período, enquanto a Igreja estiver sendo formada pelo Espírito
Santo, muitos rejeitarão o Seu Evangelho e muitos outros
pretenderão crer nele e se tornarão uma fonte de corrupção

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espiritual e impedimento para o Seu propósito nesta


dispensação. Estes produzirão a apostasia, particularmente
nos últimos dias, Mt 13.24-30, 36-40, 47-49; 2 Ts 2.5-8; 1 Tm
4.1, 2; 2 Tm 3.1; 4: 3,4; 2 Pe 2.1, 2; 1 Jo 2.18, 20.
A Dispensação da graça chegará ao fim através de uma
série de acontecimentos profetizados. Os principais são: A
transladação da verdadeira Igreja da terra para encontrar o
Senhor nos ares em um momento conhecido por Deus, mas
não revelado aos homens. Este acontecimento geralmente é
chamado de “arrebatamento”, 1 Ts 4.17. Os juízos da
septuagésima semana de Daniel, chamados de “a tribulação”,
Ap 7,14, que cairão sobre a humanidade em geral, mas
incluirão a parte da Igreja que não foi salva, os que não
seguiam fielmente e por isso foram deixados para trás sobre a
terra, quando os fieis foram arrebatados.
Geralmente somos ensinados que a Dispensação da
Graça termina no momento do Arrebatamento da Igreja, mas
desde o começo vimos que ao terminar uma dispensação,
imediatamente começa a outra. Então como a próxima
dispensação é o milênio, os 7 anos da Grande Tribulação teria
que ser dentro do Milênio, o que é um absurdo. Por isso
conclui-se que a Grande Tribulação ainda será em tempo de
Graça, afinal de contas, na Grande Tribulação ainda vai ser
possível alcançar a salvação, .(é claro que será por um preço

571
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muito mais caro.), pois a salvação antes do Arrebatamento foi


paga pelo sangue de Cristo, e precisamos unicamente de fé
para recebê-la. Já a salvação durante a Grande Tribulação
será pelo próprio sangue da pessoa que não quiser negar a
Cristo, e por isso mesmo será martirizada.
7. DISPENSAÇÃO DO REINO OU DO MILÊNIO
7.1. Do julgamento das nações até o juízo final
Esta é a última das dispensações ordenadas que
condiciona a vida humana na terra. E o reino da aliança feita
a Davi, 2 Sm 7.8-17; Zc 12.8; Lc 1.31-33; 1 Co 15.24. O filho
que é Senhor de Davi, o Senhor Jesus Cristo, reinará sobre a
terra como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores por 1000
anos, juntamente com os seus santos de todas as
dispensações, Ap 3.21; 5.9-11; 15.3, 4; 19.16; 20.4, 6. Nesse
tempo os salvos a Igreja já glorificada, exercerá um ministério
semelhante ao dos anjos no Velho Testamento, invisível aos
olhos humanos, mas visível quando se fizer necessário.
7.2. O que é o milênio?
Na oração do Pai Nosso, fomos ensinados a orar: “Vem o
teu reino”. Esta oração começou a ser atendida quando
recebemos a Cristo como único e suficiente Salvador. Em
seguida, concedeu-nos o Senhor a graça de nos apoderarmos
de outros aspectos desse reino. Isto significa que, quanto
mais avançarmos na fé, mais nos apropriaremos do que Jesus

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reservou para nós. Com o Arrebatamento da Igreja, estaremos


experimentando de maneira completa o reino de Deus. Mas, a
bondade de Deus para conosco não para aí. Terminados os
sete anos da festa das Bodas do Cordeiro, retornaremos a este
mundo, tendo Cristo à frente para implantar aqui o seu
reinado por mil anos, Jd vs. 14,15.
O Milênio, portanto será um reino dirigido por um
governante perfeito. Tudo funcionará perfeitamente. Por
enquanto, somos obrigados a conviver com governantes
incapazes e que pensam só em si mesmos. Não se
compreende como ainda morrem pessoas de fome, se a
agricultura a cada ano apresenta novos recordes de produção.
Também não se compreende porque os seres humanos sofrem
tanto com doenças, se a ciência tem avançado tanto.
Dessas perguntas, não nos é difícil chegar a esta
conclusão: Deus deu-nos todos os recursos necessários para
termos aqui, uma vida decente e confortável, mas os homens
não souberam administrar tais recursos. Ao implantar o seu
reino, o Senhor Jesus mostrará de que forma se pode
administrar os recursos que o bondoso Deus nos entregou. O
que os reis, presidentes e ditadores até agora não
conseguiram, o Senhor Jesus há de conseguir com o seu
governo. A justiça será administrada a todos; as distorções

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sociais terminarão. Surgirá, pois, uma sociedade realmente


justa.
7.3. A influência do milênio sobre a natureza
Com a introdução do pecado na vida humana, a natureza
se tornou hostil ao homem. Foi o que o Senhor disse ao nosso
primeiro pai. O que dizer, por exemplo, da agressividade
mostrada pelos animais? A fauna e a flora foram prejudicadas
pela queda do homem. Com a implantação da Dispensação do
Milênio, o Senhor há de reverter este quadro, Is 11.1-8.
7.4. O milênio e os vários grupos de pessoas
7.4.1. Em relação à Igreja
A Igreja de Cristo, conforme sabemos, será arrebatada
antes da Grande Tribulação. Por isso na instalação do Milênio,
já estaremos com o Senhor há sete anos. Que os salvos
poderão participar do reinado de Cristo no Milênio não há
dúvidas.
7.4.2. Em relação aos judeus
Os judeus que tiverem sobrevivido a Grande Tribulação
desfrutarão de uma posição muito privilegiada durante o
Milênio. Eles atuarão como sacerdotes e ministros do Senhor.
Ensinarão aos gentios como se devem adorar ao Deus de
Israel, Is 11.9, 10.

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7.4.3. Em relação aos gentios


Não há dúvidas de que milhões de gentios hão de
sobreviver a Grande Tribulação. O próprio Senhor Jesus
afirmou que, se não fossem aqueles dias abreviados, nenhuma
carne sobreviveria. O objetivo da Grande Tribulação não é
exterminar com a humanidade, mas aproximá-la do Senhor.
Ora, se viver aqui neste mundo no Milênio, será algo
glorioso, quanto mais estar ao lado de Cristo por toda a
eternidade. Nossos privilégios então serão muito maiores do
que possamos imaginar ou sonhar.
Esta é a ultima das dispensações ordenadas que
condicionam a vida humana na terra. É o Reino da Aliança
feita a Davi, 2 Sm 7.8-17; Zc 12.8; Lc 1.31-33; 1 Co 15.24. O
Filho de Davi, Jesus Cristo, reinará sobre a terra como Rei dos
reis e Senhor dos senhores por 1.000 anos, participando
também desse reino, os santos de todas as dispensações.
A Dispensação do Reino une dentro de si mesmo e
debaixo de Cristo as várias “épocas” mencionadas na
Escritura, compare:
 O período da opressão e desgoverno termina quando
Cristo estabelece o Seu Reino, Is 11.3, 4.
 O período de testemunho e paciência divina termina em
julgamento, Mt 25.31-46; At 17.30, 31; Ap 20.7-15.

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 O período de luta termina em repouso e recompensa, 2


Ts 1.6, 7.
 O período de sofrimento termina em glória, Rm 8.17, 18.
 O período da cegueira e castigo de Israel termina em
restauração e conversão, Ez 39.25-29; Rm 11.25-27.
 O tempo dos gentios termina no desmoronamento da
imagem e no estabelecimento do reino dos céus, Dn 2.34, 35;
Ap 19.15-21.
 O período da escravidão da criação termina em
livramento e manifestação dos filhos de Deus, Gn 3:17; Is
11.6-8; Rm 8.19-21.
No final dos mil anos, Satanás é solto por um pequeno
período e provoca uma rebelião final que é destruída pelo
Senhor. Cristo lança Satanás no lago de fogo para ser
eternamente atormentado, derrota o último inimigo, a morte,
e então entrega o Reino ao Pai, 1 Co 15.24.
8. AS OITO ALIANÇAS
Nas Escrituras, "aliança" significa: Um contrato, um
pacto, um acordo realizado entre duas ou mais pessoas.
Uma aliança é um pronunciamento soberano de Deus
através do qual Ele estabelece um relacionamento de
responsabilidade:
 Entre Ele e um indivíduo,
 Entre Ele e a humanidade em geral,

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 Entre Ele e uma nação,


 Entre Ele e uma família humana.
A aliança de uma determinada categoria pode sobrepor-
se as outras; por exemplo, a Aliança Davídica, onde foi
prometida uma contínua casa real com bênçãos finais, não só
a Davi, mas também a todo o mundo no reino de Jesus Cristo.
As alianças são normalmente incondicionais no sentido de que
Deus se obriga em graça, pela declaração Sua: “Eu farei”, em
realizar as promessas feitas aos homens, apesar de qualquer
fracasso da parte da pessoa ou do povo com o qual Ele realiza
a aliança. A reação humana ao propósito divinamente
anunciado sempre é importante, a bênção é a recompensa da
obediência e a disciplina é o resultado da desobediência.
Mas o fracasso humano jamais revogou alguma aliança
ou impediu o seu final cumprimento.
No caso da Aliança Mosaica, o cumprimento de todas as
promessas foi condicionado à obediência de Israel, conforme
fica claro nas palavras: “... SE diligentemente ouvirdes a minha
voz... então sereis...”, (a seguir) “... o povo respondeu como
se fosse um: tudo o que o Senhor falou, faremos”, Ex 19.5, 8.
As três alianças universais são: a Adâmica, a Noética e
também a Edênica, na qual toda a raça está representada em
Adão, no seu fracasso. Todas as outras alianças foram feitas
com Israel ou os israelitas, e aplicam-se principalmente com o

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povo de Israel, embora com bênçãos finais a todo o mundo.


São oito as principais alianças de significado especial que
explicam o resultado dos propósitos de Deus para com o
homem, são elas:
1ª- A Aliança Edênica, Gn 2.16.
2ª- A Aliança Adâmica, Gn 3.15.
3ª- A Aliança Noética, Gn 9.16.
4ª- A Aliança Abraâmica, Gn 12.2.
5ª- A Aliança Mosaica, Ex 19:5.
6ª- A Aliança Palestiniana, Dt 30.3.
7ª- A Aliança Davídica, 2 Sm 7:16.
8ª- A Nova Aliança, Hb 8.8.
8.1. Aliança edênica
A primeira, ou Aliança Edênica, exigia as seguintes
responsabilidades da parte de Adão:
8.1.1. Propagar a raça.
8.1.2. Sujeitar a terra.
8.1.3. Dominar toda criação animal.
8.1.4. Cuidar do jardim e comer seus frutos e ervas.
8.1.5. A única proibição foi de comer um único fruto, o da
árvore do conhecimento do bem e do mal, com a penalidade
da morte para a desobediência.

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8.2. A Aliança adâmica


A Aliança Adâmica estabelece as condições de vida do
homem caído. Condiciona o que tem de permanecer até que,
na dispensação do Reino (Milênio), “a própria criação será
redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória
dos filhos de Deus”, Rm 8.21. Os elementos dessa Aliança
são:
8.2.1. A serpente, instrumento de Satanás, é
amaldiçoada, Gn 3:14; Rm 16:20; 2 Co 11.3, 14.
Ela é transformada no efeito do pecado, da mais linda
das criaturas, torna-se um réptil repugnante.
8.2.2. É dada a primeira promessa de um redentor, Gn
3:15. Aqui começa “o caminho da semente”: Abel, Sete,
Noé, Gn 6.8-10; Sem Gn 9.26, 27; Abraão, Gn 12:1-4; Isaque,
Gn 17.19-21; Jacó, Gn 28.10-14; Judá, Gn 49.10; Davi 2 Sm
7.5-17; Jesus Cristo, Is 7.10-14; Mt 1.1, 20-23; Jo 12.31-33; 1
Jo 3.8.
8.2.3. A condição da mulher mudou, Gn 3:16, em três
aspectos
 Incômodos durante a gravidez.
 Sofrimento, dores no parto.
 Submissão ao homem, compare isso com Gn 1.26, 27.

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 A desordem do pecado faz necessário que haja um


senhorio; ele é concedido ao homem, Ef 5.22-25; 1 Co 11.7-
9; 1 Tm 2.11-14.
8.2.4. O trabalho leve no Éden, Gn 2:15
 Mudou para trabalho cansativo, Gn 3.18, 19, por causa da
maldição lançada sobre a terra, Gn 3.17.
 O inevitável sofrimento da vida, Gn 3.17.
 O pecado trouxe a morte, ocasionando a brevidade da
vida e a certeza trágica da morte física de Adão e de todos os
seus descendentes, Gn 3.19; Rm 5.12-21. Apesar de tudo, a
maldição contra o solo é para o bem do homem. Não é bom
que o homem viva sem trabalho árduo, pois quanto mais
“livre” ele fica, mais está sujeito a pecar.
8.3. Aliança noética
A Aliança Noética reafirma as condições de vida do
homem caído conforme anunciadas pela Aliança Adâmica, e
institui o princípio do governo para reprimir a expansão do
pecado, uma vez que a ameaça do juízo divino na forma de
outro dilúvio foi removida. Os elementos da Aliança Noética
são:
8.3.1. O homem torna-se responsável pela proteção da
santidade da vida humana, através de um governo ordeiro
sobre o homem individual, até a pena capital, Gn 9.5, 6;
comparado com Rm 13.1-7.

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8.3.2. Nenhuma maldição adicional e anunciada sobre a terra,


nem o homem deve temer outro dilúvio universal, Gn 8.21;
9.11-16.
8.3.3. A ordem da natureza é confirmada, Gn 8.22; 9.2.
8.3.4. A carne dos animais é acrescentada a dieta do homem,
Gn 9.3-4. Tudo leva a crer que o homem era vegetariano
antes do dilúvio.
8.3.5. Uma declaração profética é anunciada sobre os
descendentes de Canaã, um dos filhos de Cão, de que seriam
servos dos seus irmãos, Gn 9.25, 26.
8.3.6. Faz-se uma declaração profética de que Sem terá um
relacionamento especial com o SENHOR, Gn 9.26-27. Toda a
revelação divina é através dos homens semitas, e Cristo,
segundo a carne, é descendente de Sem.
8.3.7. Uma declaração profética é anunciada de que, de Jafé
virão os grandes povos, Gn 9.27. O governo, as ciências e as
artes; vieram e têm sido dos descendentes de Jafé, de modo
que a história é o registro inconfundível do cumprimento exato
destas declarações.
8.4. Aliança abraâmica
A Aliança Abraâmica conforme constituída, Gn 12.1-4, e
confirmada, Gn 13.14-17; 15.1-7,18-21; 17.1-8, têm três
aspectos:

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8.4.1. A promessa de uma grande nação


“De ti farei uma grande nação”, Gn 12.2. Isto se refere
principalmente a Israel, aos descendentes de Jacó, aos quais
foi prometida a possessão eterna da terra, Gn 17.8, aos quais
foi dada a aliança eterna, Gn 17.7, e aos quais Deus disse:
“Serei o seu Deus”, Gn 17.8. Abraão também recebeu a
promessa de que seria o pai de outras nações, Gn 17.6, 20,
principalmente cumprida através de Ismael e Esaú.
8.4.2. Quatro promessas pessoais foram dadas a
Abraão
 Seria o pai de numerosos descendentes, Gn 17.16.
 Receberia bênçãos pessoais, “Eu te abençoarei”, cumprida
de duas maneiras: materialmente, Gn 13.14-17; 15.8;
24.34, 35; e espiritualmente, Gn 15.6; Jo 8.56.
 Receberia honras pessoais, “e te engrandecerei o nome”,
Gn 12.2, cumprida no reconhecimento por todos aqueles
que honram a Bíblia.
 Seria canal de bênçãos, “de ti farei uma grande bênção”, Gn
12.2, cumprida nas bênçãos recebidas por outros através de
sua semente, Israel, que se tornou instrumento de
revelação divina; através de Abraão como exemplo de fé
piedosa, Rm 4.1-22; e principalmente através de Cristo, a
Semente de Abraão, Gl 3:16.

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8.4.3. Promessas aos gentios são essas:


 Abençoarei os que te abençoarem, Gn 12.3. Aqueles que
honrarem Abraão serão abençoados.
 Amaldiçoarei os que te amaldiçoarem, Gn 12.3. Esta foi
uma advertência literalmente cumprida na história das
perseguições de Israel. Todos os povos que perseguiram os
judeus tiveram de enfrentar as consequências, e lucraram
aqueles que protegeram os Judeus. Quando uma nação
comete o pecado de antissemitismo, inevitavelmente sofre o
juízo. O futuro comprovará ainda mais esse princípio, Dt 30:7;
Ag 2.22; Zc 14.1-3; Mt 25.40, 45.
 Em ti serão benditas todas as famílias da terra, Gn 12.3.
Esta é a grande promessa evangélica cumprida em Cristo, a
Semente de
Abraão, e em toda a semente espiritual de Abraão que, assim
como Abraão, é justificada pela fé, Rm 4.3; Gl 3.6-9, 16,29.
Ela acrescenta revelação e confirmação a promessa da Aliança
Adâmica quanto a Semente da mulher, Gn 3.15.
A Aliança Abraâmica revela o propósito soberano de Deus
em cumprir, através de Abraão, o Seu programa para Israel,
providenciando em Cristo o Salvador para todos aqueles que
crêem. O cumprimento final repousa sobre a promessa divina
e o poder de Deus mais do que sobre a fidelidade humana.

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8.5. Aliança mosaica


A Aliança Mosaica dada a Israel em três divisões, cada
uma essencial às outras e juntas formando a Aliança Mosaica,
isto é, os Mandamentos, expressando a justa vontade de Deus
Ex 20:1-26; os juízos, regulando a vida social de Israel, Ex
21:1 até 24:11; e as ordenanças, governando a vida religiosa
de Israel, Êx 24.12 até 31.18. Esses três elementos formam “A
LEI”, como ficou conhecida em todo Novo Testamento, Mt
5.17, 18. Os Mandamentos e as ordenanças formavam um
sistema religioso. Os Mandamentos eram um “ministério da
condenação” e da “morte”, 2 Co 3.7-9. As ordenanças davam
na pessoa do sumo sacerdote, um representante do povo
junto ao senhor; e, nos sacrifícios, uma cobertura, Lv 16:6.
O cristão não está debaixo da Aliança Mosaica das obras,
a Lei, mas debaixo da Nova Aliança da graça, Rm 3.21-27;
6.14-15; Gl 2.16; 3.10-14,16-18,24-26; 4.21-31; Hb 10.11-27.
A Lei não mudou a provisão da Aliança Abraâmica, mas
foi uma coisa colocada por um tempo limitado até que viesse a
Semente, Gl 3.17-19.
8.6. Aliança palestiniana
A Aliança Palestiniana apresenta as condições sob as
quais Israel entrou na terra da promessa. É importante ver
que a nação ainda nunca tomou a terra sob a Aliança
Abraâmica incondicional, Gn 12.2, nem ainda possui a terra

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toda, Gn 15.18 com Nm 34:1-12. A Aliança Palestiniana tem


sete partes:
8.6.1. A dispersão por causa da desobediência, Dt 30.1; Dt
28.63-68.
8.6.2. O futuro arrependimento de Israel quando estiver na
dispersão, Dt 30.2.
8.6.3. A volta do SENHOR, Dt 30.3.
8.6.4. A restauração da terra, Dt 30.5; Jr 23.3-8.
8.6.5. A conversão nacional, Dt 30.6; Os 2.14-16; Rm 11.26,
27.
8.6.7. O julgamento dos opressores de Israel, Dt 30.7; Is
14.1, 2; Jl 3.1-8.
8.6.8. A prosperidade nacional, Dt 30.9; Am 9.11-15.
8.7. A Aliança davídica
A Aliança Davídica, 2 Sm 7.8-17, sobre a qual o futuro
reino de Cristo, “O qual, segundo a carne, veio da
descendência de Davi”, Rm 1.3, devia ser fundamentado.
8.7.1. Essa aliança dava a Davi
 A promessa da posteridade na casa de Davi.
 Um trono simbólico de autoridade Real.
 Um reino, ou governo sobre a terra.
 Certeza de cumprimento, pois as promessas a Davi "serão
estabelecidas para sempre". Salomão, cujo nascimento Deus

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predisse, 2 Sm 7.12, não recebeu a promessa de uma


semente perpétua.
8.7.2. Certeza dada à Salomão
 Construiria "uma casa ao seu nome", 2 Sm 7.13.
 O seu reino seria estabelecido, 2 Sm 7.12.
 O seu trono, isto é, a sua autoridade real, permaneceria
para sempre.
 Se Salomão pecasse, seria castigado, mas não deposto.
A continuidade do trono de Salomão, mas não da
semente de Salomão, demonstra a exatidão da predição.
Israel teve nove dinastias; Judá, uma. Cristo nasceu de Maria,
que não veio da linhagem de Salomão, Jr 22.28-30; Ele era
um descendente de Natã, outro filho de Davi, Lc 3.23-31.
José, marido de Maria, era descendente de Salomão e através
dele o trono passou legalmente a Cristo, Mt 1.6, 16. Assim, o
trono, mas não da semente, veio através de Salomão,
que foi precisamente o cumprimento da promessa do Senhor a
Davi.
Em contraste com a promessa irrevogável de
cumprimento perpétuo feita a Davi, Salomão é uma ilustração
do caráter condicional da Aliança Davídica conforme aplicada
aos reis que o seguiram. A desobediência da parte dos
descendentes de Davi resultaria em castigo, mas não em
anulamento da aliança, 2 Sm 7.15; Sl 89.20-37; Is 54.3, 8,10.

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Assim o castigo caiu, primeiro na divisão do reino sob Reoboão


e, finalmente, nos cativeiros.
Desde aquele tempo apenas um rei da família Davídica foi
coroado em Jerusalém e esse foi coroado com espinhos. Mas
a Aliança Davídica, dada a Davi pelo juramento do Senhor e
confirmada pelo Anjo Gabriel, é imutável, Sl 89.20-37; e o
Senhor ainda dará para aquele que foi coroado de espinhos “o
trono de Davi, seu pai”, Lc 1.31-33; At 2.29-32; 15.14-17. Os
dois, Davi e Salomão, entenderam que a promessa referia-se
literalmente a um reino terreno, 2 Sm 7.18-29; 2 Cr 6.4-16.
8.8. A nova aliança
A Nova Aliança, a última das oito grandes alianças das
Escrituras, é:
8.8.1. Melhor do que a Aliança Mosaica, Ex 19.5, não
moralmente, mas em eficácia, Hb 7.19; Rm 8.3, 4.
8.8.2. Está estabelecida sobre promessas "melhores". Na
Aliança Mosaica, Deus disse: “Se...” Ex 19.5; na Nova Aliança,
Ele diz: "Eu farei..." Hb 8.10, 12.
8.8.3. Sob a Aliança Mosaica, a obediência brotava do temor,
sob a Nova Aliança, ela brota de um coração e uma mente
disposta, Hb 8.10.
8.8.4. A Nova Aliança garante a revelação pessoal do Senhor
a cada crente, Hb 8.11.

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8.8.5. Ela assegura esquecimento completo dos pecados, Hb


8.12; 10.17.
8.8.6. Ela repousa sobre uma redenção consumada, Mt 26.27,
28; 1 Co 11.25; Hb 9.11, 12,18-23. Tenha em mente que
a mesma palavra grega (diatheke) foi traduzida para
"Testamento" e "Aliança" no Novo Testamento.
8.8.7. Ela garante a perpetuidade, conversão futura e bênção
de um Israel arrependido, com os quais a Nova Aliança ainda
será ratificada, Hb 10.9.
9. RESUMO DAS OITO ALIANÇAS
9.1. Aliança edênica
Gn 2.16. Condiciona a vida do homem na inocência.
9.2. Aliança adâmica
Gn 3.15. Condiciona a vida do homem caído e dá a
promessa de um Redentor.
9.3. Aliança noética
Gn 9.16. Estabelece o princípio do governo humano.
9.4. Aliança abraâmica
Gn 12.2. Inaugura a nação de Israel e confirma com
acréscimos específicos, a promessa Adâmica da redenção.
9.5. Aliança mosaica
Ex 19.5. Condena todos os homens, pois "todos
pecaram", Rm 3.23; 5.12.

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9.6. Aliança palestiniana


Dt 30.3. Garante a restauração final e a conversão de
Israel.
9.7. Aliança davídica
2 Sm 7:16. Estabelece a perpetuidade da família
Davídica, cumprida em Cristo, Mt 1.1; Lc 1.31-33; Rm 1.3, e
do reino Davídico sobre Israel e sobre toda a terra, a ser
cumprida em e por Cristo, 2 Sm 7.8-17; Zc 12.8; Lc 1.31-33;
At 15.14-17; 1 Co 15.24.
9.8. Nova Aliança
Hb 8:8. Repousa sobre o sacrifício de Cristo e garante a
Bênção eterna, Sob a Aliança Abraâmica, Gl 3.13-29, de todo
aquele que crê. É absolutamente incondicional e, considerando
que nenhuma responsabilidade é por ela consignada ao
homem, ela é final e irreversível.
10. A RELAÇÃO DE CRISTO COM AS OITO ALIANÇAS
10.1. Na aliança edênica
Cristo, o “segundo homem” e o “último Adão”, 1 Co
15.45-47, retoma todas as coisas que o primeiro Adão perdeu
Cl 2.10; Hb 2.7-9.
10.2. Na aliança adâmica
Ele é a semente da mulher da Gn 3.15; Jo 12.31; Gl 4.4;
1 Jo 3.8; Ap 20.10, e cumpre suas condições de trabalho
penoso, Mc 6.3 e de obediência Fp 2.8; Hb 5.8.

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10.3. Na aliança noética


Como o Filho maior de Sem, Nele se cumpriu de maneira
suprema a promessa feita a Sem Gn 9.16; Cl 2.9.
10.4. Na aliança abraâmica
Ele é a semente a qual as promessas foram feitas o Filho
de Abraão obediente até a morte Gn 22.18; Gl 3.16; Fp 2.8.
10.5. Na aliança mosaica
Ele viveu sem pecado e levou por nós a maldição Gl 3.10-
13.
10.6. Na aliança palestiniana
Ele viveu obedientemente como um judeu na terra e vai
ainda realizar suas graciosas promessas Dt 28.1; 30.9.
10.7. Na aliança davídica
Ele é a semente e o Herdeiro Mt 1.1.
10.8. Na nova aliança
O Seu sacrifício é o fundamento, Mt 26.28; 1 Co 11.25.

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31

MENSAGEM
TEMA: A MALEFICIDADE DO PECADO
TEXTO: Rm 3.23

INTRODUÇÃO
A doutrina bíblica que estuda a respeito do pecado, é
conhecida nos meios teológicos por harmatiologia ou
hamartiologia; palavra que tem sua origem na palavra grega
“hamartia”.
1. QUE É PECADO?
Pecado, segundo a Pequena Enciclopédia da Bíblia,
significa: “transgressão da lei divina”. Na Bíblia, o mal moral
que assola o mundo, normalmente é chamado pelos homens
de fraqueza, equívoco, deslize, se define claramente como
pecado, fracasso, erro, iniquidade, transgressão, contravenção
e injustiça.
1.1. A origem do pecado
A luz do ensino geral das Escrituras o homem é
apresentado, como um transgressor por natureza. Mas, como
adquiriu o homem essa, natureza pecaminosa? O que a Bíblia

591
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diz acerca disso? Em primeiro, lugar devemos considerar o


seguinte:
1.2. Deus não é o autor do pecado
Deus, sendo conhecedor de todas as coisas, tanto
presente como futuras, certamente já sabia da entrada do
pecado no mundo, bem antes da criação do mundo. Porém
devemos tomar cuidado para não cometermos o erro de
pensarmos que Deus seja a causa ou o autor do pecado, veja
o que a Bíblia diz em Jó 34.10. Deus é santo, Is 6.3 e não
há nele nenhuma injustiça, Dt 32.4; Sl 92.15. Tiago, diz:
“Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque
Deus não pode ser tentado pelo mal, e ele mesmo a ninguém
tenta”. Tg 1.13. Deus odeia o pecado e como prova disso
enviou o seu próprio filho como provisão, para destruir o
pecado e salvar os homens.
1.3. O Pecado Teve Origem No Mundo Angélico
Se quisermos conhecer a origem do pecado devemos ir
além da queda do homem, descrita no capítulo 3 de Gênesis, e
pôr a nossa atenção em algo que aconteceu no mundo dos
anjos.
Deus criou os anjos como seres dotados de relativa
perfeição; porem, Lúcifer e legiões deles se, rebelaram contra
Deus, pelo que caíram em terrível condenação. O tempo exato
dessa queda não é dado a conhecer na Bíblia, porém em Jo

592
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8:44, Jesus fala do Diabo como aquele que é homicida desde o


princípio; e 1 João 3:8 diz que o diabo peca desde o princípio,
(isto é, pouco tempo depois de sua criação). Muito pouco se
diz a respeito do pecado que ocasionou a queda dos anjos;
porém, quando Paulo adverte a Timóteo para que nenhum
neófito seja designado como bispo, “para não suceder que se
ensoberbeça e caia na condenação do Diabo”, 1 Tm 3.6, dessa
forma chegamos à conclusão que o pecado de Lúcifer foi a
soberba (altivez, orgulho) e o desejo de se tornar igual a
Deus.
1.4. A origem do pecado na raça humana
A Bíblia ensina que a origem do pecado na história da
raça humana foi à transgressão voluntária de Adão e Eva no
Éden. O homem (através da mulher) deu ouvido a insinuação
do tentador, de que, se colocasse em oposição a Deus, se
tornaria igual a Deus. Tomando do fruto que Deus proibira,
Adão caiu, abrindo a porta de acesso ao pecado no mundo.
Ele não somente pecou como também se tornou servo do
pecado. “Portanto, assim como por um só homem entrou o
pecado, no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a
morte passou a todos os homens porque todos pecaram”. Pois
assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os
homens para condenação, assim também por um ato de
justiça veio à graça sobre todos os homens para a justificação

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que dá vida. Porque, como pela desobediência de um só


homem muitos se tornaram pecadores, assim também por
meio da obediência de um só muitos se tornarão justos. Rm
5.12, 18,19.
2. A NATUREZA DO PECADO
2.1. O pecado original
A condição pecaminosa em que nasce todo ser humano,
é definida teologicamente como pecado original, ele é assim
chamado por que:
a) Se deriva de Adão, o tronco original da raça humana.
b) Está presente na vida de cada indivíduo desde o momento
de seu nascimento, pelo que não pode ser considerado como
resultado de simples imitação.
c) É a raiz interna de todos os pecados atuais que maculam a
vida do homem.
Devemos, porém, evitar o erro de pensar que o termo
“pecado original” implica que este pertence à constituição
original da natureza humana, pois isto implicaria que Deus
criou o homem como pecador, o que não é verdade. Deus
criou o homem puro, ele próprio é que se tornou pecador.
2.2. elementos do pecado original
2.2.1. A culpa original
A palavra “culpa”, com relação ao pecado original,
expressa a relação que a justiça tem com o pecado, e como

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expressavam os teólogos mais antigos, a relação que o pecado


tem com a pena da lei. E assim que a culpa do pecado de
Adão, como cabeça da raça humana, é imputada a todos os
seus descendentes Com este ensino concordam as passagens
de Romanos 5.12-19; Efésios 2.3 e 1 Co 15.22.
2.2.2. A Corrupção original
A corrupção original do homem inclui a ausência da
justiça original e a presença de um mal real. É a tendência da
natureza caída, herdada de Adão, que condiciona o homem
para pecar. Deve-se notar, que:
• Essa corrupção não é simplesmente uma enfermidade.
• Ela não é simplesmente uma privação.
2.3. O Pecado Atual
Chamamos de pecado atual ou pecado praticado, os
pecados cometidos no dai-a¬-dia do homem.
3. A RELAÇÃO ENTRE O PECADO ORIGINAL E O
PECADO ATUAL
O pecado se originou num ato de livre vontade de Adão
como representante da raça humana, uma transgressão da lei
de Deus e uma corrupção da natureza humana que deixou o
homem exposto ao juízo e castigo divino. É esta natureza
corrompida a fonte de onde fluem todos os pecados atuais.
“Pecados atuais” são aquelas ações externas que se executam

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por meio do corpo. São também todos aqueles maus


pensamentos conscientes. São os pecados individuais de fato.
O pecado original é um só, enquanto o pecado atual ou
individual se desdobra em diferentes classes, quais sejam:
atos ou atitudes, palavras e pensamentos.
O que o apóstolo João escreveu no capítulo primeiro de
sua epístola universal poderá nos ajudar a compreender
melhor a diferença entre pecado original e pecados atuais. “Se
dissermos que não temos pecado, (original, isto é, se
dissermos que não nascemos com a natureza pecaminosa)
enganamo-nos a nos mesmos, e não há verdade em nós. se
confessarmos os nossos pecados, (nossos pecados individuais,
os pecados que nós praticamos), ele é fiel e justo para nos
perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça”. 1 Jo
1:8, 9.A palavra “pecado”, no singular, é uma referência
precisa e direta ao pecado original, ou seja, a natureza caída
do homem, herdada de Adão; enquanto que a palavra
“pecados”, no plural, refere-se ao pecado atual, praticado no
nosso dia a dia. Podemos então chamar esse tipo de pecado
de: pecado atual, pecado praticado, pecado individual ou
pecado pessoal.

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4. A CLASSIFICAÇÃO DOS PECADOS ATUAIS OU


PESSOAIS
A mais completa lista das diferentes classes de pecados
mencionados na Bíblia é apresentada em Gl 5:19-21. São eles:
4.1. São pecados de “paixões sensuais”:
4.4.1. Prostituição - Venda do corpo, imoralidade sexual.
4.4.2. Impureza - Atos pecaminosos, vícios, maus
pensamentos e desejos do coração.
4.4.3. Lascívia - Isto é “devassidão”, indecência aberta e
desavergonhada, sensualidade a ponto de perder a vergonha
e a decência.
4.2. São pecados de manuseio ilegítimo das coisas
espirituais:
4.2.1. Idolatria - Se refere ao reconhecimento público e
adoração de falsos, deuses, espíritos, pessoas ou ídolos,
também, a confiança numa pessoa ou objeto como se tivesse
autoridade igual ou maior que Deus e a sua Palavra.
4.2.2. Feitiçarias - “'Mágicas”, espiritismo, e toda invocação
à outra pessoa, ou outro deus, ou outra energia, que não seja
o verdadeiro Deus.
4.3. São pecados de violações contra o amor fraternal:
4.3.1. Inimizades - Intenções e ações fortemente hostis;
antipatia e inimizade extremas.

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4.3.2. Porfias - Brigas, oposições, luta por posição ou


superioridade.
4.3.3. Ciúmes - “Emulações”, ressentimento, inveja do
sucesso dos outros, desconfiança.
4.3.4. Iras - Ira ou fúria explosiva que se manifesta através,
de palavras e ações violentas.
4.3.5. Dissenções – “Discórdias”, divergência de opinião,
disputas, desavenças.
4.3.6. Facções - Grupos divididos dentro da Igreja, egoístas
que destroem a unidade da Igreja. Também chamado de
Heresias, falsos ensinos.
4.3.7. Pelejas - Ambição egoísta e a cobiça de poder ou
posição.
4.3.8. Invejas - Antipatia ressentida contra outra pessoa que
possui algo que não temos e queremos.
4.3.9. Homicídios - Matar ao próximo, muitos matam com a
“língua” tirando a fé e a esperança do coração das pessoas.
4.4. São pecados de excessos intemperantes:
4.4.1. Bebedices - Descontrole das faculdades físicas e
mentais por meio de bebida embriagante.
4.4.2. Glutonarias - Diversões, festa com muita comida e
bebida de modo extravagante.
4.5. Podemos também classificar os pecados da
seguinte maneira:

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4.5.1. Transgressão - Que é o desvio para um lado, ou a


ultrapassagem daqueles limites que Deus estipulou.
4.5.2. Iniquidade - Referindo-se aquilo que é totalmente
errado.
4.5.3. Erro - Quando se ignora o que é direito ou quando se
erra o caminho.
4.5.4. Pecado - Aquilo que não está alcançando o alvo.
4.5.5. Maldade - A expressão de uma natureza maligna,
depravação.
4.5.6. Mal - Referindo aquilo que é realmente errado, oposto
a Deus.
4.5.7. Ausência de qualquer temor de Deus.
4.5.8. Desobediência - Rebeldia em ser levado ou orientado
pelos caminhos da verdade.
4.5.9. Incredulidade - Falta de confiança em Deus.
4.5.10. Anarquia - Consiste no persistente desacato da lei
divina e num desprezo de todas as restrições com o fim de
gratificar o ego das advertências divinas.
4.6. Além Disso, Os Pecados Pessoais Podem Ser
Classificados De Acordo Com Os Seus Aspectos Gerais
4.6.1. Quando se referem às exigências divinas, são
omissões ou atos.
4.6.2. Quando se relacionam com o objeto, são cometidos
contra, Deus, o próximo ou a própria pessoa.

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4.6.3. Quando se relaciona. Com o alcance são internos (da


alma), ou externos (do corpo).
4.6.4. Quando se referem à responsabilidade, podem ser
pessoais apenas, ou de participação, 1 Tm 5:22.
4.6.5. Quanto à intenção, são voluntários ou involuntários,
sendo que esses podem ser, devidos a ignorância, a paixão
incontrolável, ou a enfermidade.
4.6.6. Quanto à gravidade podem ser, maiores ou menores.
4.6.7. Quanto à pessoa, podem ser cometidos pelos não
salvos, ou pelos salvos.
4.6.8. Quanto à penalidade divina, alguns pecados são pelo
menos parcialmente julgados neste mundo, enquanto que
outros serão julgados no futuro.
4.6.9. Quanto ao perdão divino, são perdoados, (quando a
pessoa aceita e obedece a Cristo) e os não perdoados (quando
a pessoa rejeita a Cristo e a salvação).
4.6.10. Quanto a sua causa, podem haver pecados de
ignorância, de imprudência, de negligência, de concupiscência
ou de malícia.
4.6.11. Quanto a sua relação com Deus como Governador do
universo, os pecados clamam por Sua vingança, ou por Sua
longanimidade.

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4.7. O Pecado Imperdoável


Diferentes passagens das Escrituras falam de um pecado
que não pode ser perdoado sendo impossível a mudança, de
coração depois de havê-lo cometido, pelo qual não se deve
orar. Veja Mt 12:31, 32.
“Por isso vos declaro: Todo pecado e blasfêmia serão
perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não
será perdoada”. Se alguém proferir alguma palavra contra o
Espírito Santo, não lhe será por isso perdoado, nem neste
mundo nem no porvir.
Na verdade vos digo que todos os pecados serão
perdoados aos filhos dos homens e toda sorte de blasfêmia,
com que blasfemarem. Qualquer, porém, que blasfemar
contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do
eterno juízo.” Mc 3:28, 29.
Segundo o dicionário, “blasfêmia”, significa: “Palavras que
ofendem ou insultam a divindade, Ultraje”.
Esse pecado consiste na rejeição consciente, maliciosa e
voluntária da evidência e convicção do testemunho do Espírito
Santo, com respeito à graça de Deus manifesta em Jesus
Cristo. Esse pecado não consiste em duvidar da verdade
manifesta em Cristo, nem em simplesmente negá-la, mas sim
em contradizê-la. Ao cometer esse pecado, o homem
voluntária, maliciosa e conscientemente atribui a influência de

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Satanás àquilo que reconhecidamente é obra de Deus. Em


suma, esse pecado não é outra coisa senão um deliberado
ultraje, (afronta, ofensa, insulto) ao Espírito Santo, uma
declaração audaz de que o Espírito Santo é um espírito
maligno, que a verdade é mentira e que Cristo é Satanás.
Esse pecado é imperdoável não porque sua gravidade
seja maior do que a obra que Cristo efetuou na cruz do
Calvário, ou porque o pecado foge dos limites do poder
restaurador do Espírito Santo, mas porque esse pecado é tão
grave que aqueles que o têm cometido, rapidamente
manifestam um desafiante ódio a Deus.
De que o crente pode cometer esse pecado e cair em
declarada apostasia, é ensino implícito, no seguinte texto:
“É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram
iluminados e provaram o dom celestial e se tornaram
participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de
Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é
impossível outra vez renová-los para o arrependimento, visto
que de novo estão crucificando para si mesmo o Filho de
Deus, e expondo-o á ignomínia” (grande desonra), Hb 6:4-6.
a) Pecando o homem contra Deus, veio Jesus para conduzi-lo
de volta a Deus;
b) Havendo pecado contra Jesus, veio o Espírito Santo para
reconciliá-lo;

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c) Mas, pecando contra o Espírito Santo, quem o há de salvar?


Em outras palavras, Jesus intercede pelo pecado cometido
contra Deus. O Espírito Santo intercede pelo pecado Contra
Jesus, mas não existe outro ser divino para interceder pelo
pecado contra o Espírito Santo, e sem intercessor o único
destino dessa pessoa é a condenação eterna. Em atenção ao
fato de que a pessoa que cometeu esse pecado nunca mais se
arrepender, pois quem convence o homem do pecado é o
espírito santo, contra quem ele pecou expulsando-o para
sempre de sua vida. Portanto essa pessoa negará e
blasfemará abertamente não tendo quem o convença e o
acuse de seu pecado.
Por isso, podemos assegurar que aquelas pessoas que
acham ter cometido esse pecado, e se sente acusadas, na
verdade nunca, cometeram esse pecado. Quem comete esse
pecado não se sente mais acusado e nem acham que erraram.
Se você se sente acusado a cada vez que erra, essa é
uma prova de que o Espírito Santo ainda está em sua vida, te
guiando pelos caminhos do arrependimento e comunhão com
Deus. O fato de alguém se sentir culpado, arrependido e
desejoso de perdão, é suficiente prova de que não cometeu o
pecado imperdoável.

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4.7.1. O crente peca?


De que é possível o crente pecar é assunto que está claro
em toda a escritura. Só no Novo Testamento existem capítulos
inteiros, como Romanos 7 e 8 que mostram o conflito interior
do crente entre a sua natureza divina que nele habita, com a
natureza pecaminosa herdada de Adão, mostrando a
possibilidade de o crente vir a pecar.
Diz-nos ainda a Bíblia: “Se dissermos que não temos
pecado, enganamo-nos a nos mesmos, e não há verdade em
nós”. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e
justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a
injustiça”. 1 Jo 8,9.
4.7.2. Qual é a causa do pecado do crente?
São muitas as causas porque o crente é levado à prática
do pecado, porém, vamos citar apenas as três principais, e
também mais conhecidas, que são:
1. A natureza pecaminosa, Rm 8:21-25.
2. O sistema mundial que está sob o domínio de Satanás, 1 Jo
2:15-17.
3. Falta de oração e cuidadoso estudo das Escrituras, Efésios
6:10-15.
O crente que relaxa o hábito da oração e da leitura e
estudo das Escrituras está correndo sérios riscos espirituais,
podendo se tornar presa fácil dos laços do adversário.

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4.7.3. Quais as consequências do pecado na vida do


crente?
1. A perda da comunhão com Deus, 1 Jo 1:5, 6; Sl 51:11.
2. Os inimigos encontram oportunidade de blasfemar de Deus,
2 Sm 12:14.
3. Perda do galardão, 1 Co 4:5; 3:13-15.
4. Possível morte, At 5:1-11; 1 Co 11:30.
5. Maus exemplos, 1 Co 8:9, 10.
6. Destruição da fé e morte espiritual, Rm 6:16; 1 Jo 5:16, 17.
5. A CONSEQUENCIAS DO PECADO DE ADÃO E EVA
O pecado de Adão e Eva não foi um acontecimento
isolado. As consequências no tocante a eles, a posteridade e
ao mundo, tornaram-se imediatamente evidentes.
5.1. A Atitude Do Homem Para Com Deus
A atitude alterada para com Deus, por parte de Adão e
Eva, deixa transparecer a transformação que então tivera
lugar em suas mentes. Eles “esconderam-se da presença do
Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do
jardim”, Gn 3:8, e procuraram encobrir-se com aventais de
folhas, Gn 3:7, o que sem dúvida foi, associado com o mesmo
complexo de emoções, criados para andar na presença e em
comunhão com Deus, agora temiam encontrar-se com Ele,
veja Jo 3:20. A vergonha e o medo eram agora as emoções

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dominantes, Gn 2:25; 3:7, 10, indicando a deterioração que se


processara.
5.2. A atitude de deus para com o homem
Não apenas houve alteração na atitude de nossos
primeiros pais para com Deus, mas também na atitude de
Deus para com eles. Reprovação, condenação, maldição,
expulsão do jardim, são todas as indicações sobre essa
revolução da atitude de Deus para com eles. O pecado só
vem do lado do homem, mas as suas consequências não.
Voltam-se contra Adão e Eva aspectos do caráter divino dos
quais não tinha havido qualquer indicação anterior à
desobediência dos mesmos. O pecado faz surgir a ira e o
desprazer de Deus, e é necessariamente assim, pois o pecado
é a contradição daquilo que Ele é. É impossível para Deus
aceitar o pecado. Deus não pode negar a Si próprio.
5.2.3. As consequências para a raça humana
A história subsequente do homem fornece o catálogo de
seus vícios; Gn 4:8, 19,23, 24; 6:2, 3,5. A sequência de
abundante iniquidade demonstra seus resultados na destruição
da humanidade, com a exceção de oito pessoas, Gn 6:7, 13;
7:21-24. A queda tivera efeitos permanentes não somente
sobre Adão e Eva, mas igualmente para todos os seus
descendentes, por isso a Bíblia diz: “TODOS pecaram...” Rm
3:23.

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5.2.4. Consequências para a criação


Os efeitos da queda se estenderam até ao mundo físico,
“maldita é a terra por tua causa...” Gn 3:17; Rm 8:20. O
homem, é a coroa da criação, feito a imagem de Deus e, por
isso ele é, vice regente de Deus, Gn 1:26. A catástrofe da
queda do homem trouxe a maldição contra tudo àquilo que ele
era a coroa, e sobre o que lhe fora dado como domínio. O
pecado foi um acontecimento na dimensão do espírito
humano, mas teve tremendas consequências sobre a criação
inteira.
5.2.5. O aparecimento da morte
A morte é o preço da penalidade imposta ao pecado.
Essa era a advertência ligada à proibição do Éden, Gn 2:17, e
é a sua execução que emana da maldição proferida por Deus,
Gn 3:19. A morte, no fenômeno dos acontecimentos externos,
consiste na separação dos elementos integrais do ser do
homem. Essa separação exemplifica o princípio da morte, isso
é a SEPARAÇÃO entre o homem e Deus. O homem não foi
feito para morrer, mas para viver eternamente ao lado do
criador. O pecado quebrou essa comunhão, levando ao
homem uma separação eterna de Deus, se não fosse à morte
de Cristo para pagar o preço, pois “O salário do pecado é a
morte...” Rm 6:23. Apesar da morte de Cristo não garantir a
vida eterna neste corpo carnal, nos assegura a paz e felicidade

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de nossa alma e espírito no corpo glorificado por toda a


eternidade.
6. A MISSÃO DE JESUS CRISTO
6.1. Veio a terra para nos SALVAR dos pecados, Lc 2:11;
19:1, 0; Jo 3:17; At 5:31; At 13:23; 1 Tm 1:15; 2 Tm 1:10; Hb
7:25; 1 Jo 4:14.
6.2. Morreu, no lugar dos pecadores, Sl 69:9; Is 53:5; Gl
3:13; Hb 2:9; Hb 9:28; 1 Pe 2:24; 1 Pe 3:18.
6.3. Através de sua morte, levou o pecado de muitos (dos que
nele creem), Is 53:12; Hb 9:28; 1 Pe 2:24; 1 Jo 3:5.
6.4. Levou as cargas da humanidade, Is 53:4; Mt 8:17; Jo
19:17.
6.5. Tornou-se mediador entre Deus e o homem, 1 Tm 2:5;
Hb 8:6; 9:15, 24; 12:24; 1 Jo 2:1.
6.6. Ofereceu o seu corpo em sacrifício pela humanidade, Jo
15:13; Gl 1:4; Ef 5:2; Tt 2:14; 1 Jo 3:16; Ap 1:5.
6.7. Sofreu e entregou sua vida para redimir a humanidade, Is
53:12; Jo 10:11; Jo 12:23; Jo 12:24; Rm 5:6; 1 Co 15:3; 2 Co
5:15; Cl 1:22; Hb 2:9; Ap 5:9.
6.1. Hoje Jesus Cristo é:
6.1.1. O Único Salvador, Lc 2:4t; 19:10; 1 Tm 1:15.
6.1.2. O Único Intercessor, Is 59:16; 1 Tm 2:5.
6.1.3. O Único Remédio, Jo 3:14; Jo 3:15.
6.1.4. O Único Alimento, Jo 6:35.

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6.1.5. A Única Fonte de Verdade, Jo 6:67, 68.


6.1.6. O Único Salvador, At 4:12.
6.1.7. O Único Fundamento, 1 Co 3:11.
6.1.8. O Único Caminho para o Céu, Jo 14:6.
6.1.9. O Único que dá a Vida Eterna de Paz, Jo 14:6; Jo 5:24.
6.2. Como O Crente Deve Tratar Com O Pecado?
Quanto ao trato que o crente deve dar ao pecado, a
Bíblia recomenda que o crente deva:
6.2.1. Reconhecê-lo, Sl 51:3.
6.2.2. Evitá-lo, 1 Tm 5:22.
6.2.3. Detestá-lo, Jd, 23.
6.2.4. Resisti-lo com confiança em Deus, Tg 4:7, 8.
6.2.5. Confessá-lo, 1 Jo 1:9.
6.2.6. Deixá-lo, Pv 28:13.
Em termos de pecado há uma grande diferença, entre o
ímpio e o homem perdoado, o crente. Com o crente pode
acontecer algum desastre espiritual, enquanto que o ímpio é
um desastre em si mesmo procurando onde acontecer. Ainda
que haja diante do crente a possibilidade de pecar, ele sabe
que não vale a pena. Ele sabe que o salário do pecado é a
morte, por isso mesmo o evita. O pecado que antes era uma
regra, hoje é uma exceção; foi por isso que o apóstolo João
escreveu: “Sê, todavia, alguém pecar...”, 1 Jo 2:1. O crente
não foi liberto para continuar no pecado, contudo, ainda está

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sujeito a sua influência. Se ele pecar e confessar seu pecado


ele será restaurado imediatamente a comunhão com Deus.

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