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História Das Artes Gráficas

1) O documento descreve a história da indústria gráfica desde a invenção da imprensa por Gutenberg em 1450 até invenções modernas como a fotografia e a impressão offset. 2) Ao longo dos séculos, houve avanços importantes como o desenvolvimento de tipos móveis, a estereotipia, a litografia e as primeiras prensas rotativas. 3) A evolução da tecnologia de impressão permitiu a democratização do conhecimento através de livros e jornais a preços mais acess

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História Das Artes Gráficas

1) O documento descreve a história da indústria gráfica desde a invenção da imprensa por Gutenberg em 1450 até invenções modernas como a fotografia e a impressão offset. 2) Ao longo dos séculos, houve avanços importantes como o desenvolvimento de tipos móveis, a estereotipia, a litografia e as primeiras prensas rotativas. 3) A evolução da tecnologia de impressão permitiu a democratização do conhecimento através de livros e jornais a preços mais acess

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HISTÓRIA DAS ARTES GRÁFICAS

A indústria de Artes Gráficas completa quase 550 anos nesse início de milénio - considerando seu
início com a impressão da Bíblia de Gutemberg. A evolução do design, a criação de tipos, a
tecnologia de impressão, a fotografia, a comunicação de massa, e a procura da humanidade pelo
conhecimento se misturam, se transformam, e se completam. Abaixo, uma pequena cronologia da
evolução das Artes Gráficas.

1450. Gutenberg inventa os tipos móveis.

1455. Gutenberg imprime a Bíblia de 42 linhas.

1457. E impresso na Alemanha o Psalt, livro de filigranas e letras iniciais em duas cores.
Gutenberg é um dos artesãos responsáveis.

1464. Os alemães Sweynheym e Pannartz abrem sua primeira gráfica em Roma. Essa migração
germânica produziu uma revolução tipográfica na Europa.

1470. Nicolas Jenson desenha e manda fundir a primeira fonte no estilo Roman, até hoje utilizado.

1499. Aldus Manutius imprime o livro Hypnerotomachia Poliphili. Até sua morte em 1516, foi um
dos principais impressores europeus.

1520. Glande Garamond desenha sua primeira família de tipos.

1569-1572. Christophe Plantin edita os oito volumes da Bíblia Polyglota, patrocinado pelo rei Filipe
II da Espanha.

1692. O rei Luís da França solicita o desenho de uma fonte para uso exclusivo da coroa francesa,
para o tipógrafo Philippe Grandjean.

1725. O escocês William Ged inventa a composição de páginas inteiras numa só matriz, sistema
que foi melhorado e batizado de estereotipia pelo tipógrafo francês Firmin Didot, que inventou a
caixa de tipos móveis.

1734. O inglês William Caslon desenha 38 fontes, e cessa a importação de fontes de outros
países (principalmente da Itália) na Inglaterra.

1758-1768. John Baskerville, tipógrafo, desenha a fonte que leva seu nome, e leciona na
Cambridge University, onde é o responsável pela gráfica. Lá edita sua versão da Bíblia,
considerada um dos melhores trabalhos tipográficos e de impressão do século XVIII.

1768. Gianbattista Bodoni é eleito Diretor de Imprensa do Duque Ferdinando de Parma.

1796. O alemão Móis Senefelder inventa a impressão química sobre pedras — a litografia, mãe da
impressão Offlset.

1800. O inglês Lord Stanhope constrói uma prensa de ferro capaz de imprimir duas páginas de
uma vez.

1822. Joseph IVicephore Niépce obtém uma imagem permanente utilizando uma câmara escura -
nasce a fotografia.

1846. O norte-americano Richard Hoe criou a primeira rotativa tipográfica.

1861. O escocês James Clerk Maxwell mostra que todas as nuanças de cor derivam de três cores
primárias — Vermelho, Azul e Verde (RGB).
CRIAÇÃO GRÁFICA
Técnica e talento. Estes dois componentes básicos da criação e produção de impressos devem
sempre andar juntos e em equilíbrio. Para atingir esse equilíbrio, o designer e/ou o produtor
gráfico deve ter em mente algumas questões importantes. Princípios básicos que devem ser
questionados, talvez, em sua primeira visita ao cliente. Junto a ele, obtendo todas as informações
possíveis, será definido o caminho a ser tomado já no primeiro layout O impacto dessas questões
será sentido em todas as fases do projeto gráfico, da criação ao pós-venda.

Qual a intenção do impresso? Divertir, informar, ensinar ou vender? Saber qual a intenção do
impresso é parte importantíssima do processo de criação. E este tipo de informação é obtida junto
ao cliente. Não é você quem decide sobre a utilização final do impresso. Conhecer o objetivo da
peça gráfica junto a seu cliente vai ajudar a definir níveis de qualidade e custo, prazo e
quantidades adequadas. Paralelamente, certas questões técnicas se apresentam. Assim, partes
da estrutura do produto vão se definindo.

Quem é seu público? Compradores, jovens, profissionais ou leigos? Saber quem vai consumir o
impresso é fator decisivo para caracterizar suas necessidades. A escolha de fontes, da cor do
papel, do número de cores de impressão e do formato. Obter essa informação junto ao cliente
pode evitar surpresas desagradáveis, além de fortalecer sua relação com o cliente.

O que deve conter seu projeto? Fotos e textos, só texto, fotos com legendas, tabelas ou gráficos
ilustrativos? E parte fundamental para a definição da estrutura, formato, escolha do papel e
número de cores de impressão. Esta é uma resposta a ser dada pelo cliente (sempre ele). Mesmo
um super-ocupado diretor de indústria, com certeza, lhe concederá alguns minutos de seu
precioso tempo para municiá-lo com toda a informação necessária. Sobretudo se você demonstrar
que, assim, serão poupados algum tempo e muito dinheiro.

Como o produto será apresentado? Desde a fase inicial, você tem, graças a informações e
necessidades de seu cliente, uma ideia de como será seu produto. Sóbrio, informal, agressivo,
impactante, discreto, chamativo. Perceba que são adjetivos que podem muito bem ser atribuídos a
uma pessoa. Seu cliente, por exemplo. A peça gráfica oferece produtos, serviços ou ambos?
Respondendo a questões como estas, você estará iniciando o processo de criação e execução
com maiores chances de acerto.

Como o produto será usado? Manuseado, lido por uma ou mais pessoas, enviado pelo correio,
colado a outro produto ou encartado? Esse é mais um aspecto fundamental, que ditará o tipo de
acabamento a ser feito, papel a ser usado, número de dobras e e ajudará a medir custos
adicionais. Imagine um catálogo de produtos, que após três semanas de manuseio já esteja
“desmontando”, trata-se de dinheiro jogado fora. Um encarte de supermercado, por sua vez, tem
apenas alguns minutos de vida útil, e não deve ser projetado para mais do que isso.

Como as pessoas vão receber seu produto? Você pensou em colocar a palavra “IMPRESSO”
em destaque nos fôlderes enviados pelo correio? As tarifas postais são tremendamente reduzidas
com a simples aplicação dessa palavra. Revistas podem ser entregues porta a porta, pelos
Correios, vendidas em bancas ou distribuídas gratuitamente. E necessário definir com precisão
qual o melhor tipo de embalagem para estas revistas. Poderá ser preciso embalá-las
individualmente. Sem contar os envelopes, cintas de papel, sacos plásticos personalizados, etc.

Como outras empresas irão trabalhar com seu produto? Muitas vezes, a peça gráfica não é o
produto final Rótulos, embalagens, envelopes, selos, adesivos, são alguns exemplos de produtos
secundários. Conhecer o produto final no qual será aplicada sua obra também é fator
determinante da estrutura, aspecto e função da mesma.

Qual a disponibilidade de verba para execução do impresso? Na maioria das vezes, um


projeto gráfico deve ser desenvolvido dentro de uma determinada verba. Isso definirá quais
processos poderão ser utilizados. Muitos projetos começam prevendo vários tipos de acabamento,
uso de vernizes, tintas especiais, etc. Mas ao receber o orçamento da gráfica percebe-se que
ultrapassou a verba prevista. Saber o quanto se tem para gastar determina quais processos
poderão ser utilizados.

PREPARANDO PARA A IMPRESSÃO


A impressão em rotativas offset tem certas peculiaridades que devem ser levadas em conta na
fase de criação. Elas rodam mais rapidamente, utilizando para isso produtos semelhantes aos
utilizados nas impressoras Offset planas. Mas há certas diferenças, que levam a um resultado de
impressão também diferente.
O primeiro cuidado deve ser tomado no tratamento de imagens. Para cada tipo de papel, deve ser
aplicado um perfil característico. Esses perfis característicos devem ser aplicados nas imagens
antes de gerar o PDF. Se vc trabalha com outras gráficas, a aplicação desses perfis não
prejudicará o trabalho. Se vc já aplica perfis de imagem no Photoshop, verifique se estes têm
valores aproximados aos recomendados pela Posigraf. Se a diferença estiver dentro de uma faixa
de 5% nos percentuais para mais ou para menos, não há problema. Separação de gris deve ser
GCR, Black Generation deve ser Médium e UCA deve ser igual a 0%.

RESOLUÇÃO DE IMAGENS
A resolução das imagens deve ser, via de regra, de 300 dpi. A lineatura de saída determina a
resolução (L/cm = linhas de retícula por centímetro quadrado).

OUTROS ELEMENTOS
Fios: Nunca menos de 0,2 mm, nunca em mais de 2 cores, sendo pelo menos uma cor sólida
(100%). Fontes: Nunca menor que corpo 6 sem serifa, sendo que no mínimo corpo 8 bold sem
serifa quando vazada. Textos preferencialmente em l cor; quando necessário, no máximo 2 cores
sendo pelo menos uma cor sólida (100%). Boxes de cor (benday): Nunca utilize 3 cores; quando
necessário, no máximo 2 cores sem restrição de porcentagens. Mas lembrando que tonalidades
pastel tendem a escurecer na impressão rotativa.

QUALIDADE
O mercado de artes gráficas é composto por vários tipos de estabelecimento. Das gráficas
rápidas, que substituem as copiadoras e pequenas gráficas, onde se pode imprimir folhetos a uma
cor e impressos simples, até os grandes estabelecimentos, que imprimem desde livros de arte em
quadricromia até tabloides em rotativa. Poucas gráficas, no entanto, oferecem todo tipo de
serviço, atingindo todos os níveis de qualidade. A maioria limita-se a oferecer trabalhos com
apenas um ou dois níveis de qualidade (ver quadro abaixo). Qual o nível de qualidade que você
precisa? Para escolher um nível de qualidade, deve-se saber o quão bom o produto final deve
ficar. Clientes que sabem exatamente qual o nível de qualidade precisam podem planejar
orçamentos e prazos realistas, e selecionar gráficas que produzam o trabalho com eficácia.
Abaixo, descrição dos quatro principais níveis de qualidade e suas características.

NÍVEL l - BÁSICO — Impressos em uma cor, sem uso de retícula, em papéis não revestidos (tipo
offset), em gráficas pequenas ou em copiadoras. Pode haver reprodução de fotos, mas
geralmente em P&B e com baixa definição. Sem separação de cores (CMYK). Exemplos: fliers e
folhetos de distribuição direta, formulários comerciais e jornais.

NÍVEL 2 - NORMAL — Impressos em mais cores (de l a 4 ou mais), com uso de retícula, em
papéis não revestidos (tipo offset) ou em papéis revestidos (tipo Couchê), em gráficas médias ou
grandes com máquinas offset de uma a quatro cores. A reprodução de fotos pode ser colorida,
com recursos de tratamento de imagem, e as fotos P&B têm boa definição. Exemplos: malas
diretas, folders, livros e revistas.

NÍVEL 3 - ESPECIAL — Impressos em cores (policromia - 5 cores ou mais), com uso de retícula,
em papéis especiais, em gráficas com máquinas offset de quatro cores ou mais. A reprodução de
fotos coloridas se igualam aos cromos, e as fotos P&B têm ótima definição. Exemplos: impressão
de catálogos de produtos onde a reprodução deve ser fiel ao produto, relatórios anuais, livros com
reprodução de fotos.

NÍVEL 4 - SUPERIOR — Tudo - do design ao papel - é de primeira classe. Demanda prazos mais
flexíveis e atenção redobrada das gráficas. Logo, custam mais caro. Exemplos: livros de arte,
brochuras de produtos mais caros (automóveis e jóias).

Os processos de impressão

CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE ACORDO COM A MATRIZ

Uma das maneiras mais eficazes de se classificar os processos de impressão é a partir


da forma e do tipo de funcionamento da matriz que cada um destes processos utiliza.
Assim, temos cinco grandes sistemas de impressão:

Planografia: Nos processos planográficos, não há qualquer relevo que determine a


impressão: a matriz é plana. É através de fenômenos físico-químicos de repulsão e
atração que os elementos utilizados (tintas, água) se alojam nas áreas gravadas para sua
reprodução no suporte (papel). O offset é um processo planográfico, assim como a
litografia.
OFFSET: Sistema de impressão indireta que se baseia no princípio de que água e
gordura não se misturam. Utiliza como suporte todos os tipos de papéis e alguns plásticos
flexíveis. As máquinas offset podem ser planas ou rotativas. As planas rodam folha por
folha, oferecendo melhor qualidade; ideal para impressão de cartazes, folders, livros,
panfletos, folhetos. Já as rotativas, utilizam papel em bobina; ideal para trabalhos de
grande tiragem como jornais e revistas.
O offset é o principal processo de impressão desde a segunda metade do século 20,
garantindo boa qualidade para médias e grandes tiragens e praticamente em qualquer
tipo de papel e alguns tipos de plástico (especialmente o poliestireno). Processo
planográfico, originário da litografia, ele faz uma impressão indireta: há um elemento
intermediário entre a matriz e o papel, que é chamado de blanqueta. A imagem que está
na matriz (que é metálica e é simplesmente chamada de chapa) é transferida para um
cilindro coberto com borracha (a blanqueta) e, daí, para o papel. Em resumo: a matriz
imprime a blanqueta e esta imprime o papel. O termo offset vem da expressão offset
litography- que, ao pé da letra, significa litografia fora-do-lugar, fazendo menção
justamente à impressão indireta (na litografia, a impressão era direta, com o papel tendo
contato com a matriz).
Na segunda metade dos anos 1990, o offset passou a contar com um aperfeiçoamento
fundamental: as máquinas dotadas de sistemas CTP (computer-to-press), que permitem a
entrada dos dados de arquivos digitais diretamente na impressora, onde é feita a
gravação das chapas e dispensando fotolitos. Apesar de pouco adequado, esta
modalidade do processo tem sido chamada de offset digital.
Há seis elementos básicos no mecanismo do offset: a chapa, a blanqueta, o suporte (seja
papel ou outro), o cilindro de pressão (que pressiona o papel contra a blanqueta), a tinta e
a água.
O princípio da impressão é a repulsão entre a água e a gordura, que não se misturam.
Por isso a matriz é plana: não é preciso relevo algum para que a tinta (que é gordurosa)
se aloje nas áreas cravadas com as imagens que devem ser impressas, pois a umidade -
que se aloja nas demais áreas - impede que ela se espalhe e "borre" estas imagens.
Logicamente, é preciso regular a impressora para que as quantidades de tinta e de água
sejam adequadas para que o mecanismo funcione devidamente.
Entintada, a chapa imprime a imagem na blanqueta e esta a transfere para o papel. A
tranferência é garantida porque o papel é pressionado contra a blanqueta graças ao
cilindro de pressão. A blanqueta é o grande segredo da qualidade da impressão obtida: a
imagem impressa no papel fica mais nítida porque a blanqueta trata de conter excessos
de tinta; a chapa tem uma durabilidade maior porque seu contato direto é com a superfície
mais flexível da borracha; finalmente, o papel resiste bem ao processo porque não tem
contato direto nem com a umidade nem com a maior quantidade de tinta da chapa (por
ser viscosa, a tinta tenderia a fazer o papel aderir à chapa, rasgando-o).
Embora possibilite uma excelente qualidade de impressão, o mecanismo como um todo é
em realidade frágil. Ele é instável: são necessários reajustes frequentes durante a
impressão, para manter níveis adequados de tinta e umidade, tanto para evitar falhas e
borrões quanto para manter a maior uniformidade possível nos tons das cores ao longo
da tiragem.
Há ainda outros "perigos". O excesso de carregamento da tinta, já citado anteriormente,
leva à decalcagem: a imagem impressa numa folha mancha ou cola o verso da folha
seguinte pelo excesso de tinta, que, como observado, é viscosa. O excesso de umidade,
por sua vez, poderá atrasar a secagem dos impressos (especialmente em nosso clima,
que é naturalmente úmido). Retirar o material da gráfica sem que ele esteja devidamente
seco é garantia de decalcagem e, consequentemente, de perda da tiragem. Um bom
operador e um bom acompanhamento gráfico, todavia, têm como evitar estes problemas.
OFFSET DIGITAL: Semelhante ao offset, esse processo possui duas características
básicas. Primeiro, imprimi sem a utilização de água; segundo, utiliza uma espécie de
platesetters embutida no maquinário (entrada digital de dados – direto do computador
para a impressora offset) – sistema conhecido como CTP - computer-to-press.
A utilização do termo Offset Digital é discutível; alguns profissionais utilizam o termo offset
seco. O importante, entretanto, é que a tecnologia impede problemas de registro, impede
a variação das tonalidades das cores no decorrer das tiragens e mantém a relação custo
x benefício: quanto maior a tiragem, menor o custo unitário.

Eletrografia - A matriz é plana como nos processos planográficos, porém as áreas que
serão impressas são determinadas, seja na matriz ou no próprio suporte, a partir de
fenômenos eletrostáticos - e não físico-químicos. É o caso de processos recentemente
desenvolvidos para a produção industrial, como a impressão digital, a eletrofotografia e a
xerografia. A terminologia para estes processos ainda não está consolidada, sendo
referidos também como processos digitais, processos eletrônicos etc. devido ao fato de
que os originais se constituem em dados informatizados, com entrada via computador.
IMPRESSÃO DIGITAL: Impressão feita de forma eletrônica. Através de impressoras
laser, os arquivos de dados vão direto para o papel. Esse processo possibilita a
impressão de trabalhos em pequenas quantidades, sem usar fotolitos ou chapas.
Duas grandes desvantagens desse sistema são: a qualidade de impressão inferior aos
processos tradicionais e o inconstante gerenciamento de cores.

Permeografia: Impressão realizada mediante uma matriz permeável. Os elementos que


serão impressos são formados por áreas permeáveis ou perfuradas da matriz, como na
serigrafia.
SERIGRAFIA: Sistema de impressão direta, também conhecido como silkscreen.
Utilizando uma tela permeável de finíssimos fios sintéticos (seda ou náilon), pode-se
imprimir em variados suportes: metais, cerâmica, tecidos, cartões, papéis ásperos, vidros
e plástico.
A serigrafia manual é típica na impressão de cartazes lambe-lambe. Mas a serigrafia é
muito utilizada para impressão de materiais para sinalizações de ruas, papéis de parede,
eletro-eletrônicos, reproduções de grande formato e rótulos de CD.
A qualidade da impressão depende da densidade da tela, do equipamento, da
qualificação da mão-de-obra e do original a ser reproduzido. Pode-se conseguir uma
impressão de baixa, média ou alta qualidade para pequenas e médias tiragens.
Atualmente, a impressão digital como plotters de tinta ou corte eletrônico vem substituindo
o uso da serigrafia na impressão de materiais para sinalizações e de cartazes de baixa
tiragem.

Relevografia: Impressão realizada mediante matriz em alto relevo. Os elementos que


serão impressos ficam em relevo na matriz e são entintados, imprimindo mediante
pressão sobre o suporte. É o mesmo princípio dos carimbos. A flexografia e a tipografia
são processos relevo-gráficos.
TIPOGRAFIA: Criado por Gutenberg (entre 1445 e 1453), é o método mais antigo de
impressão direta, dominando o cenário da reprodução gráfica por quase cinco séculos.
É a arte de imprimir e compor com tipos (pequenos blocos metálicos que contém um
caracter em relevo). Montados lado-a-lado, esses tipos compõem o texto, formando a
matriz (rama) para impressão. Já as imagens são reproduzidas através de clichês (traço
ou meio-tom) metálicos ou de plástico (século 20). A partir do século 19 os tipos móveis
foram substituídos pela linotipo, assim, as ramas passaram a ser compostas por linhas
inteiras, agilizando um pouco a reprodução de jornais, livros e revistas.
Atualmente, a tipografia é utilizada em gráficas de baixo custo para a confecção de
impressos padronizados (notas fiscais, talões de pedidos, formulários numerados), peças
com pouco texto (convites, cartões de visitas) e também para acabamento em materiais ...
FLEXOGRAFIA: Processo de impressão direta originado dos EUA, por volta de 1853. É
muito utilizado para impressão de embalagens por apresentar custo baixo para grandes
quantidades de impressão em suportes irregulares, tridimensionais e flexíveis como
celofane, folhas metálicas, plásticos e vidros. As impressoras flexográficas utilizam
sistema similar ao tipográfico, entretanto, elas realizam praticamente todas as etapas de
acabamento como plastificação, recorte, dobra e colagem.
A flexografia é indicada para impressos a traço pois apresenta rendimento insatisfatório
para impressão de meios-tons (retículas). Entretanto, a era digital vem colaborar e
desenvolver o sistema flexográfico de impressão, garantindo cada vez mais a qualidade
da impressão.

Encavografia: Utilizando justamente o mecanismo inverso ao da relevografia, baseia-se


numa matriz em baixo relevo.
Os elementos que serão impressos são formados por sulcos em baixo relevo na matriz,
que armazenam a tinta que será transferida para o papel ou outro suporte mediante
pressão. É o caso da rotogravura.
ROTOGRAVURA: Sistema de impressão direta, desenvolvido na Alemanha por volta do
século XIX. Recomendado para projetos gráficos de altas tiragens e que exige grande
qualidade na impressão.
Com uma alta velocidade de impressão e com qualidade uniforme, a rotogravura imprimi
nos mais diversos suportes: papel, papelão, tecido, metal (lataria). Sendo muito utilizada
para impressão de rótulos e embalagens, revistas, livros didáticos, livros de arte e
impressos de luxo.

COMO ESCOLHER O PROCESSO

Embora em grande parte dos casos em design gráfico a opção seja o offset, esta decisão
não deve ser um procedimento "automático". Para definir o processo, devem ser levados
em conta parâmetros que envolvem não apenas a qualidade final do impresso requerida
pela situação de projeto, mas também custos, prazos e operacionalidade da produção.
Assim, devem ser levados em conta:

01. As deficiências e vantagens apresentadas pelo processo e sua adequação às


necessidades do projeto. Se é indispensável a reprodução de fotos, por exemplo, alguns
processos são imediatamente descartados, pois apresentam deficiências neste aspecto.
02. A tiragem. Se bastam 500 exemplares, alguns processos devem ser deixados de lado,
pois só se tornam viáveis para tiragens maiores ou mesmo apenas para altas tiragens.
03. O custo médio do processo - o que em geral está diretamente ligado à tiragem. Alguns
processos apresentam um alto custo fixo (para a produção da matriz, por exemplo), que
só se compensa com uma tiragem grande. Este custo, então, fica diluído pelo custo
unitário de cada exemplar, apresentando uma boa relação custo x benefício. Se a tiragem
for baixa, no entanto, eles levam a um aumento injustificável do custo.
04. O suporte que será utilizado (papel, papelão, vinil etc.) Nem todos os processos são
adequados a qualquer suporte.
05. A oferta e a operacionalidade de fornecedores. Um processo pode se revelar o mais
adequado, mas se não houver uma gráfica que possa viabilizá-lo, por questões de preço,
localização ou equipamentos, não terá como ser utilizado.
06. O conhecimento prévio do processo ou ao menos a possibilidade de obter este
conhecimento antes da projetação ou, ao menos, do processo de produção. Se quem
produzirá ou acompanhará a produção não conhece o processo, talvez seja melhor não
arriscar.
07. A usabilidade. É preciso levar em conta se o resultado será adequado ao uso que se
pretende dele. Um caso típico de má administração desde tópico é a aplicação do corte
eletrônico para a implementação de placas de sinalização afixadas ao alcance do usuário
em situação de tensão ou ócio - como em terminais de transportes, salas de espera etc. O
processo utilizado torna-se um elemento facilitador para a degradação do produto,
embora possa ter produção mais rápida, custo mais baixo e aparência mais "moderna"
(cf. Mouthé, Claudia. Mobiliário urbano. Rio de janeiro: 2AB, 1998).

A RELAÇÃO CUSTO BENEFÍCIO

A regra fundamental em qualquer investimento é a relação custo x benefício: o custo só


pode ser considerado alto ou baixo se comparado ao benefício que ele traz. Assim, um
custo monetariamente baixo pode tornar-se alto porque o benefício que ele trará será
insignificante, ou mesmo acarretará prejuízos posteriores. Em contrapartida, uma opção
de investimento mais cara pode trazer benefícios significativos a curto ou a médio prazo -
e, assim, este custo se revela efetivamente baixo. O mesmo raciocínio deve ser aplicado
na produção gráfica.
Um exemplo são os processos eletrográficos. Eles têm como característica o alto custo da
cópia unitária, em contraposição a processos mecânicos (como o offset). No entanto, são
mais rápidos e dispensam fotolitos e matrizes físicas, o que pode compensar, nas baixas
tiragens, este custo unitário maior. É o raciocínio da pequena escala.
Outro exemplo, muito comum: é necessário valorizar o impresso, mas sem aumentar
custos. A opção mais convencional é a policromia sobre papel couché, que tem custo alto
mas resultado garantido. Uma alternativa, neste caso, é a impressão em duas cores sobre
um papel diferenciado, seja pela textura ou pela cor. A relação custo x benefício é melhor:
o benefício pode ser semelhante, mas a um custo mais baixo.
É necessário assim ter em vista a heterogeneidade dos processos disponíveis e sua
adequação a cada caso. Há hoje muitos processos, insumos e recursos de acabamento
disponíveis, e a combinação entre eles pode trazer excelentes resultados por custos
relativamente baixos. Desta forma, qualquer processo de reprodução gráfica deve ser
levado em conta se ele apresentar uma boa relação custo x benefício.

Referências Bibliográficas

BAER, Lorenzo. Produção Gráfica. São Paulo: SENAC São Paulo, 1999

OLIVEIRA, Marina. Produção Gráfica para designers. Rio de Janeiro: 2AB, 2000

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