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INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ
CAMPUS MARACANAÚ
ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA
FONTES DE ALTERNATIVAS DE ENERGIA
TRABALHO SOBRE BIOETANOL
JOÃO MENDES DE SOUSA NETO
MARACANAÚ - CE
2020
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
PROCESSOS DE FORMAÇÃO 4
LAVAGEM: 4
PICAGEM: 5
MOAGEM: 5
PENEIRAÇÃO E AQUECIMENTO: 6
FERMENTAÇÃO: 6
DESTILAÇÃO: 7
DESIDRATAÇÃO: 7
UTILIZAÇÃO 7
ECONOMIA: 8
DESAFIOS x BENEFÍCIO: 9
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1. INTRODUÇÃO
Os Biocombustíveis são fontes de energia alternativas. Em geral, costumam
ser produzidas a partir de produtos agrícolas ou vegetais, como a cana-de-açúcar, o
milho, a mamona, entre outras matérias-primas. Os principais tipos de
biocombustíveis atualmente utilizados são o etanol e o biodiesel. Costumam ser
utilizados tanto para a locomoção de veículos quanto para a geração de energia.
O bioetanol é um biocombustível obtido através da fermentação controlada e
da destilação de resíduos vegetais, ou seja, bioetanol pode ser produzido com base
em qualquer biomassa que contenha quantidades significativas de amido ou
açúcares, como o bagaço da cana-de-açúcar, a beterraba, trigo ou o milho. Todos
esses produtos passam por processos físico-químicos até se transformarem em
combustíveis.
Figura: Cadeia de Processos de Produção de Bioetanol.
Fonte: Google, 2020.
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2. PROCESSOS DE FORMAÇÃO
LAVAGEM: A maior matéria-prima do etanol brasileiro é a cana-de-açúcar. Ela
chega às usinas em caminhões e é descarregada em esteiras rolantes. A primeira
etapa da produção é a lavagem da cana, que recebe um banho de água que retira
terra, areia e outras impurezas
Fonte: Gabriel Silveira/Mundo Estranho, 2020.
PICAGEM: Após ser lavada, a cana é picada em pequenos pedaços para facilitar a
moagem. Aqui ela passa também por baixo de um eletroímã, que se encarrega de
retirar materiais ferrosos e outros componentes metálicos que possam danificar as
máquinas
Fonte: Gabriel Silveira/Mundo Estranho, 2020.
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MOAGEM: O passo seguinte é a moagem, em que a cana é esmagada por rolos
trituradores. Após a moagem, 70% da cana vira caldo, no qual está o açúcar de
onde se extrai o etanol. Os 30% restantes são de bagaço – que pode ser queimado
e gerar energia para a usina
Fonte: Gabriel Silveira/Mundo Estranho, 2020.
PENEIRAÇÃO E AQUECIMENTO: O caldo aqui ainda tem até 1% de impurezas
sólidas, como areia, argila e pedacinhos de bagaço. Por isso ele é peneirado e
segue para descansar em um tanque, onde, aos poucos, as impurezas se
depositam no fundo – formando um lodo que serve como adubo. Quando bem
limpo, o caldo passa a ser chamado de caldo clarificado. Ele é aquecido para ser
esterilizado e ficar livre das últimas impurezas. Depois é levado para as dornas,
grandes tanques onde é misturado com um fermento específico
Fonte: Gabriel Silveira/Mundo Estranho, 2020.
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FERMENTAÇÃO: O tal fermento tem microorganismos que se alimentam do açúcar
do caldo, liberando em seguida gás carbônico e álcool. Essa etapa da fermentação
dura de 4 a 12 horas, gerando um produto que se chama vinho fermentado. As
reações químicas provocadas pelo fermento também liberam energia, o que
esquenta o vinho fermentado. Ele, então, precisa ser resfriado com água corrente –
que circula em volta dos tanques sem entrar em contato direto com o vinho.
Fonte: Gabriel Silveira/Mundo Estranho, 2020.
DESTILAÇÃO: O vinho fermentado contém só 10% de álcool – o resto é
basicamente água. Por isso, ele precisa ir para a destilação. Em diversos tanques, o
vinho é aquecido até evaporar; depois é condensado e volta à forma líquida, mas
com seus diversos componentes separados
DESIDRATAÇÃO: Da destilação sai o álcool hidratado, líquido com 96% de álcool.
É ele que será vendido nos postos. Parte dele, porém, ainda passa por um processo
de desidratação, virando álcool anidro (mais de 99,5% de álcool), que é misturado à
gasolina como aditivo
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3. UTILIZAÇÃO
O consumo de etanol vem crescendo desde o final da década de 80 e com
isso temos um aumento também no lançamento de gases do efeito estufa e
prejudiciais à saúde humana.
Figura: Consumo de Etanol como combustível.
Fonte: Google, 2020.
Com isso temos que empresas preocupadas com o meio ambiente vêm
procurando formas de substituir o uso deste combustível e assim temos o bioetanol
como maior alternativa. Nas biorrefinarias, refinarias de bioetanol, todos os produtos
e subprodutos têm uma utilização ou reutilização no processo. Além de poder ser
utilizado como alternativa ao etanol temos que o bagaço da cana-de-açúcar poderá
ser utilizado como adubo e etc.
Figura: Ciclo de produção do bioetanol nas biorrefinarias.
Fonte: Google, 2020.
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4. ECONOMIA:
Em 2007, uma nova diretiva, agora obrigatória, chamada Diretiva Europeia de
Energias Renováveis (EU-RED), traçou o plano de uso de energias renováveis.
Segundo esta directiva, a UE deverá ter 20% de energias renováveis em sua matriz
em 2020, sendo 10% de renováveis no consumo de combustíveis do setor de
transportes.
O bioetanol como biocombustível necessita de incentivos para que seja
incluso nos cenários das energias, isso indica certa resistência do mercado, uma
vez que o etanol extraído de fontes fósseis já tem um mercado mais amplo e
estabelecido.
Cabe aos governos definirem estratégias para que o bioetanol possa ser
tratado como uma alternativa confiável e economicamente viável para os
empresários começarem a investir na sua produção, pois além de ter o produto
principal do processo (bioetanol) os subprodutos possuem valor econômico e
podem gerar um tipo de lucro transversal.
5. DESAFIOS x BENEFÍCIO:
Um dos maiores desafios que decorrem do bioetanol é a dificuldade de
diferenciamento com o etanol comum, uma vez que ambos possuem a cadeia
química idêntica. Por isso empresas obrigadas a utilizar o bioetanol costumam
burlar a lei batizando e misturar os dois ou apenas utilizando o etanol alegando ser
o bioetanol. Para isso existe a técnica de datação de carbono, uma vez que o
carbono do etanol é mais antigo que o do bioetanol.
Além disso, para que seja produzida uma quantidade em larga escala de
bioetanol, será necessária uma área enorme de plantação de cana-de-açúcar ou
outro material que possa ser utilizado na sua produção o que poderia causar
desmatamento em massa e empobrecimento do solo por conta da monocultura.
Como benefícios temos que como uma energia renovável, seu processo não
é tão danoso ao meio ambiente como o do etanol comum. Segundo dados IEA
(Agência Internacional de Energia), a utilização de etanol produzido através da
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cana-de-açúcar reduz em média 89% a emissão de gases responsáveis pelo efeito
estufa – como dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (NO2) – se
comparado com a gasolina.