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Fundamentos Da Biologia Moderna

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Pedro wesley
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Apresentacao Prezado estudante Chegamos & 4 edigéo do Fundamentos da Biologia moderna renovandlo nosso compromisso da. 1? edicéic: produzir uma obra equilibrada ene © conciso e o completo, bem ilusttada e que realmente facile a coprendizagem. A Biologia é hoje uma ciéncia destacade ¢ com influ€ncia crescente na Medicina, na produséo agricola e tecnolégica, na élica e em muitos outios | ospectos da vida contemporéinea. Por isso, estudar Biologia é importante para a formagdo de passoos conscientes dos desatios que a humanidade terd de enfrentar neste século XXI Além de um texto claro, estruturado e bem ilustrado, chamamos sua atengao ara alguns desiaques didéticas da obra; em primeiro lugar, cada capitulo Gpresenta os principais objetivos que julgamos importantes. Hé objetivos gerais, que integram o capitulo « aspectos mais amplos glabais do conhecimento € da vide humana, ¢ objetivos didéticas, que delimitam temas mais especiticos. Cada capitulo traz, também, um mapa de conceitos, diagrama que relaciona conceitos ¢ facilita sua compreensGo; acostume-se a uillzélo como resumo temético e elabore seus proprios mapas enquanto estuda. Por fim, chamamos sua cten¢do para a leitura presente ao final de cada capitulo; nela apresentamos lexlos de diferentes cutores publicados em livros, revistas cientficas, jomais, na internet ete., acompanhados de um guia de leitura e interpretagdo. Sugerimos que vacé elabore guias como esses quando precisar analisar textos dificeis e desafiadores. Teste seus conhecimentos na secao de Atividades, que incluem também questées de vestibulares, Esperamos que este livro possa contribuir positivamente para sua formagéio em Biologia e o estimule a buscar naves conhecimentos. Se fiver sugestbes para melhorar este trabalho, eles seréo muito bemrvindos e desde jd agradecemos. JM, Amabis GR Mortho Agradecimentos José Mariano Amabis e Gilberlo Marthe agradecem a todas as pessoas que ‘contibutram para 0 langamento deste 4* edi¢do do Fundamentos da Biologia modema, com destaque especial para ‘José Luiz Carvalho da Cruz, pela coordenagéo editorial; Rita Helena Bréckelmann, pela edi¢do de texto; Silvana Cobucci Leite, pele preparagéie de texto; Juliana Pierrobon Lopez, Lidia Teshie Tamazoto e Regiane de Céssia Thahira, pele assisténcia editorial; Sandra Botelho de Carvalho Homma, pelo projeto grafico, e Everson de Paula, pela criagao da capa; Cristiane Alfano, pela edigéo de are; Cristina S. Ustake, Marina C. Nievas, Rodrigo Carraro Moutinho e Adriana Domingues de Farias, pela diagramacéo; Vera Lucia da Silva Barrionuevo, Maria Magalhdes ¢ Evelyn Torrecilla, pela pesquisa iconogrifica; Prof” Daniela Manzuti Parice, pela selegdio das questées de A Biologia no Vestibular, Estevam Vieira lédo Jr e equipe, pela revisdo; André Monteiro ¢ Moria de Lourdes Rodrigues, pela coordenactio de producao gréfica, ¢ Rachel Lopes Cortadini, pela assisténcia de produgco grética; Adilson Seco, Cecilia lwashita, Jurandir Ribeiro, Osvaldo Sanches Sequetin, Paulo Manzi, Edilson Antonio da Silva, Osni de Oliveira, Carlos Estevdo Simonka, Daniela Weil, Levi Ciobotariy e Marcos Aurélio Neves Gomes, pelas ilusiracdes. Ecologia 1 = = uw 12 1a 14 Ls = - - 2 = = VIDA E BIOSFERA De que trata este capitulo, 2 Objetivos, 3 A Biologia como ciéncia, 3 Oprocedimentohipotscodeduivo om cincio, 4 © que é vider, 6 Coractersicos dos sores vos, 6 | Niveis de erganizanéo da vido, 61 A boo, 6 ‘Ofigem do universo e do Sistema Solar, 9 ‘A teria da Grande Explosdo [ig Bang), 9 | Origem do Sista Solat, 10 Origem da vida na Terra, 11 Biogénose versus abicgénese, 11 | Teorias sobre a crigem da vido, 13, Evoluctio dos primeitos seres vivos, 16 Evolucdo dos process energéicos, 16, Leitura: A verdade em ciéncia, 17 Mapa de conceitos: Caracteristicas dos seus vivos ¢ niveis de organizacao biolégica, 19 Atividades, 20 A BIOSFERA E SEUS ECOSSISTEMAS De que trata este capitulo, 24 Objetivos, 25 2.1 Niveis téficos nos ecossistemas, 25 Codeias « fice almentares, 25, 2.2 Fluxo de energic nos niveis rélicos, 27 Piconides de energio, 28 2.3 Os ciclos biogeoquimicos, 29 we Cielo da gua, 30 | Ciclo do corbono, 31 | Cielo do niragénio, 32 1 Ciela do ‘oxigen, 35 | Ciclo do fetoro, 36. Leitura: Eeossistemas e pessoas, 37 ‘Mapa de conceitos: Cadeias e teias alimentares, 38 Atividades, 39 DINAMICA DAS POPULACOES E DAS COMUNIDADES BIOLOGICAS De que trata este copitulo, 46 Objetivos, 47 Caracteristicas das populagdes, 47 Densidade populocional, 47 | Taxa de crescimerto populecionel, 47 | Curvos de ‘tescimenta populacional, 4° | Crescimento da populagde humana mondial, 49 3.2 Comunidades biolégicas, 51 Habitat nicho ecolégico, 51 | Tinos de ralagda ecolégica, 52 3.3 Sucessdo ecolégica, 64 Expbcies pionaros, 64 | Sucass6o priméria sucessdo secundéria, 64 | Evolugdo das comunidades durante a sucesséo, 65 4.4 Grandes biomas de mundo, 66 © conceito de bioma, 66 | Principals biomes do mundo, 67 | Principaie biomas brasileiror, 69 3.5. Ecossistemas aquéticos, 71 Ecosssiemos marnhos, 71 | Ecossstomas de égue doce, 73, Leitura: Estude flagra “nepotismo” entre formigas, 73 Mapa de conceitos: Sucesséio ecolégica, 75 Atividedes, 76 De que trata este capitulo, 86 Objetivos, 87 4.1, Poluigéio ambiental, 87 Poluigdo atmosférice, 7 | Pluiedo das Sgues edo solo, 90 me - = 4. HUMANIDADE E AMBIENTE . = 4.2. Interferéncia humana em ecossistemas naturais, 93 Desmatomento, 93 | Intodugio de erpéciae, 92 | Exingdo de esplies, 94 4.3 Caminhos © perspectivas, 95 Alterntivas energéticas, 97 Leitura: Imposto de congestionamento limpa o ar, 98 ‘Mapa de conceitos: Desequilibrios ambientais, 99 Atividades, 100 unipaoe |] itologia e 7 ot A DESCOBERTA DA CELULA De que trata este capitulo, 106 Objetivos, 107 © mundo microscépico, 107 ‘Adescoberta da ebivo, 107 I Teoria cellar, 109 A.clula observada ao microscépio éptico, 109 ‘Como funciona © microxcépic pico, 109 Técnicas para cbvervastie ao micoscpio Sphco, 110 Teena de prporesso cclogca, 112 5.3. Acctlulo observada ao microscépio eleténico, 114 Como funconom os microscposelaknics, 114 | Técnicos para observogto 20 tieroecSpo loténio, 118: Leitura: Uma historia de 400 anos, 116 ‘Mapa de conceitos: Microscépios, 118 Atividedes, 119 6 AQUIMICA DA CELULA Ee que trata este capitulo, 122 I Objetivos, 123 6.1 Quimies @ vide, 123 CComponantes da motivo viva, 123 6.2 A égua 0 08 cores vivos, 126 ‘A éque como sohente, 126 6.3. Proteinas, 127 Compesisae molecular das protangs, 127 1 Arata dos proleinos, 128 | FuncBos or protenas, 128 6.4 Lipidios, 130 Clossifeagdo dos lipiios, 130 6.5 Glicidios, 133 Clostfcapdo dos lcci, 199 6.6 Acidos nucleicos, 134 Eerlura dos dcidos ncleicos, 134 6.7. Trifosfato de adenosine (ATP), 136 Esto quimica do ATP, 136 Leitura: Os prions, 137 Mapa de conceitos: Proteinas, 138 Atividades, 139 De que trata este capitulo, 144 Objetivos, 145 7.1. Envoltorios celulores, 145 Estrtura da membrane plasmatica, 145 I Envelibris externos & membrana plosmatica, 146 7.2. Permeabilidade celular, 147 “Tronsporte possvo, 147 I Transpori ative, 149 | Endectose@ exaclise, 150 7.8 Orgonizaséo do citoplasma, 152 Reteulo endoplosmétco, 183 I Complexo gogierse, 154 1 Lisossomos, 155 | Peronissomes, 157 | Mitocéndrior, 157 | Platlos, 158 I Citossqueleto, 159 | Cenroles,elios eAagees, 159 = = 1 ‘7 MEMBRANA PLASMATICA E CITOPLASMA = = 7. Processos energéticos celulares, 161 Reipirasdo cellar, 181 1 Fermentapio, 164 1 Fotossintese, 165, Leitura: Um experimento engenhoso, 168 Mapa de conceitos: Citoplasma, 169 Atividades, 170 NUCLEO E DIVISAO CELULAR De que trata este capitulo, 179 Objetivos, 189 Hho HEE 8.1. Componentes do nicleo celular, 180 1 Cariteco ou envalope nuclear, 180 1 ‘Cromatina @ ucléoles, 181 8,2 Cromossomos da célula eucar “Arquitetura do cromossomo cucariéico, 181 I Concsito de genoma, 182 Cromossomos humanos, 184 Coritipo humane normal, 184 | AberragSes cromossBmieat ne eepécie humena, 185 8.4 Ciclo celular e mitose, 186 Ciclo celular, 186 | Mitose, 186 8.5 Meiose, 191 ‘Meaioue |, 191 | Meioze tl, 193 Leitura: Por que o cromossomo Y 6 téo estranho?, 194 Mapa de conceitos: Diviséio celular, 196 Atividades, 197 = = . 9 REPRODUCAO E DESENVOLVIMENTO DOS ANIMAIS IE De que trata este capitulo, 204 TH Objetivos, 205 9.1 Tipos de reproducdio, 205 Frocesos esenuados de reproducdo, 205 | Reprodusdo vexwoda, 205 9.2 Gametogénese e fertlizacdo, 207 Gomelogénese, 207 | Ferllizasi0, 208 9.3. Desenvolvimento embrionério animal, 210 Tinos de ovos « de vogmeriacéas, 210 | Formagso da bléstla « da géstula, 211 1 Fese de ndurula, 213 94 Principais tecidos dos animais vertebrados, 213 Tecido epi, 215 1 Todo conjuntvo, 216 I Tecido muscular, 220 1 Tacido nervese 222 Leitura: Medula éssea gera novos neurénios, 223 ‘Mapa de conceitos: Fecundacéo e desenvolvimento embrionério, 225 Atividades, 226 unipape I] < acao D1IOlOgIca e Os seres mais simples 1.0 SISTEMATICA E CLASSIFICACAO BIOLOGICA IM _De que trata este capitulo, 236 IM Objetivos, 237 10.1 Fundamentos da clossificagéo biclégica, 297 Oconceio de Sistemétice, 237 | Origem da moderna classiiconto biolégice, 237 10.2 Sisterética moderna, 239 Classiicasdo e parentesco evolve, 239 10.3 Os reinos de sores vivos, 242 ‘Quontos rinos avs, 242 IM Leitura: Sistemética dos protistas e filogenia, 243 [_ Mapa de conceitos: Sistematica e classificacao biolégica, 245 ME Atividades, 246 1.1 vikus £ BACTERIAS I De que trata este capitulo, 250 I Objetivos, 251 11.1 Vins, piratas de células, 251 Esrtura dos vrs, 251 | Reproduce viel, 252 11.2 Bactérias, 256 ‘Moflogia bacterions, 256 | Nutigbo dos boctiriae, 258 | Reproductio dos bacirias, 259 | Bactériose Biotecnologia, 280 | Arquacs, 261 ME Leitura: A descoberta da penicilino, 262 TH Mapa de conceitos: Virus, 264 MM Atividades, 265 12 ALGAS, PROTOZOARIOS E FUNGOS TE De que trata este capitulo, 270 ll Objetivos, 271 12.1 Algas, 271 Princjpois grupos de algos, 271 | Reproducto dos algas, 274 | Imporiércio eeolbglea ‘© econémica dar algas, 275, 12.2 Protozoérios, 276 Principais grupos de prolozodties, 276 | Reproduce dos protezoérios, 279 12.3. Fungos, 280 Principals grupos de fungas, 281 | Repreducdo nos hingos, 282 | Impertincia dos fungos, 285, = Leitu mapa das clgas, 287 BE Mapa de conceitos: Algas, 289 TM Atividades, 290 13 DIVERSIDADE E REPRODUCAO DAS PLANTAS ME De que trata este capitulo, 298 M™ Objetivos, 299 13.1 Reino Plantae, 299 Cereccas gers dos plants, 299 | Grendes gps de plantas, 299 13.2. Plantos avasculares: brisfitas, 301 Coracerisieas goris dos rshios, 301 | Orgorizacdo corperal das brits, 301 | Rapredunao clo de vide dos brits, 302 13.3 Planios vasculares sem semenies: pteridéites, 303 Coractorsicas gerais das plridéiae, 303 | Orgarizagae corporal das preridétts, 304 | Reproduesoe ciclo de vida das pieridefias, 304 194 Plantas vasculores com sementes nvas: gimnospermos, 306 Caracas goals des gimroxpermas, 306 | Reproduco 0 clo de vida dos ginnonpermos, 206) 13.5 Plantas vasculares com flores e futos: angiospermas, 310 Coracirisicas gers dos ongiospermes, 310 | Reprodugdo ciclo de vida das onglospermas, 312 _Leitura: Plantas antigas e a formacao do carvéo, 318 TM Mapa de coneeitos: Ciclo de vida das plantas com sementes, 320 Mi Atividades, 321 1 4. MORFOLOGIA DAS PLANTAS ANGIOSPERMAS TM De que trata este capitulo, 328 HM Objefivos, 329 14.1 Morfologia externa das angiospermas, 329 ‘Morfologia da raiz, 329 | Merfologia do coule, 331. | Morologia da flna, 334 14.2 Tecidos vegetois, 335 COrigem dos divesos tecidos vegetis, $361 Tocidos de revestimenio, 396 | Tecdos de preenchimento, 237 I Tecidos de sustentagSo, 338 I Tecidos condulees, 338 14.3 Anatomia das angiospermas, 339 Extrtura inorne da raiz, 339 | Erte ilerna do caule, 341 | Esta interna da fotha, 343, MM Leitura: Legumes e verduras, 344 TE Mapa de conceitos: Tecidos vegetais, 346 TM Atividades, 347 15 FISIOLOGIA DAS PLANTAS ANGIOSPERMAS ME De que trata este capitulo, 354 HM Objetivos, 355 15.1 Nutrientes inorgénicos Macronvrenles @ microns pelos rlzes, 356 15.2. Condusio do seiva brula, 356 “ranpiragdo nos plantas, 357 15.3. Nutigéo orgénica das plantas, 358 Folostnise, 358 | Condigdo da seve elaboveda, 360 15.4 Horménios vegetcis, 361 ‘Auzincs, 361 | Giberetinas, 363 | CRocininas, 368 | Acido abscico, 364 I Eilono, 364 15.5 Luz e desenvolvimenio das planios, 364 Frocromes, 364 | Fetoperiodism, 365 ra a8 plantos, 355 les, 355 | Absoredo de Ggua e de sas mineris Leitura: Plantas fluorescentes sinalizam o estresse, 366 ‘Mapa de conceitos: Nutricdo de plantas, 368 Alividades, 369 16 ANIMAIS INVERTEBRADOS MH De que trata este capitulo, 378 M Objetivos, 379 16.1. Reino Animalia, 379 Principals fos oniaie, 279 | Corcesas gees dos onal, 362 18.2 Filo Porifera (porferos ou esponjas}, 384 “Anclomi e iclogin dos prferes, 285 1 Reprodug dos eponin, 386 16.3 Filo Cridaria (cnidérios ov celenterades), 387 Orgenizaséo corporel dos enidérios, 387 | Corais, 389 | Reproducéo dos eridérics, 390 16.4 Filo Platyhelminthes (plotelmintos), 391 Cegonizagdo corporal das plandvies, 392 1 Reprodugdo dos platslmintos, 292 16.5 Filo Nematelminthes (nematelmintos), 394 Esta corporal dos nematelminos, 394 | Reproducéo dos nemaielminlos, 395, 16.6 Filo Mollusca (moluscos|, 396 Crgenizasdio corporal dos mouscos, 396 | Reprodugto dos molscos, 398 16.7 Filo Annelida {anelideos), 399 Crganizactc corporal des cnalidoes, 400 | Reproducdo dos eneldeos, 409, 16.8 Filo Arthropoda (artrSpodes), 404 Organizagio corpora! bésiea, 404 | Closificagdo dos arképodes, 406! Sistemas corporais dos arképeds, 07 | Reproducdio dos ertépodes, 410 16.9 Filo Echinodermata {equinedermos}, 413 Crganizasio corporal dos equinodermos, 413 | Reproduyio dos equinodermos, 415 TM Leitura: Recifes de coral e “branqueamento”, 415 TL Mapa de conceitos: Caracteristicas gerais dos animais, 417 lM Atividades, 418 17 ANIMAIS CORDADOS: PROTOCORDADOS E VERTEBRADOS De que trata este capitulo, 428 I Objetivos, 429 17.1 Filo Chordata, 429 Coractersicas gorais dos cordados, 429 17.2. Subfilo Urochordata (urecordados), 430 Coracterticas gerais dos urocordades, 430 | Roprodusde dos urocordades, 431 17.3 Subfilo Cephalochordate (cefalocordados), 431 CCoracerisices gets do ariaxe, 31 | Reprodigdo dos ceflocordades, 402 17.4 Subfilo Craniata (craniados ou vertebrados), 432 ‘Agnotos:pelxesbruxas elampreias, 432 | Condricis [eixes carilaginosos), 434 | ‘Aciinopierigios (poixes des00: cam nadedsitas rciadas), 495 | Dipnoicos [oeines pulmonades) @ sarcopiorigios (actinsias), 435 | Anfibios, 43 | Ropes, 438 Aves, 438 | Momiferor, 438 17.3. Aspectos anatémicos e funcionais dos vertebrados, 441 Sisioma esquléico, 41 | Sistema fogumentar, 442 I Sistema cigastri, 442 I Sisoma ereultero, 4431 Sistema resprctéro, 444 | Siema axcretr, 44 | Sistema nervoso@ tema sensorial, 444 | Reproducdo dos vertebrados, 444 1 ‘Anexos ombrionérios, 447 BH Leitura: O celacanto, 448 I Mapa de conceitos: Caracteristicas gerais dos cordados, 450 TM Atividades, 4521 pera ye humanas 18 NUTRICAQ, CIRCULACAO, RESPIRACAO E EXCRECAO De que trata este capftulo, 458 Objetivos, 459 18.1 Nutricdo, 459 Tipos de nuiene, 459 |, Necessidades nutrelonais, 462 | Tox motabbica, 462 | Dict prottora e diol balenceode, 463 18.2 Sistema digestério, 464 COrgonizacae do stone igerivio, Ab4 | Fisilegia da digestdo, 465 | Digesio ‘a boca e degisicée, 468 | Digestio no esiémago, 460 | Digosio ro intesina elgodo, 466 | Absorslo de nutenies, 467 | Absoreao no inestino grotto fe delecacéo, 468 | Controle nervse e hormonal da digestio, 469 18.3 Sistema cardiovascular, 469 Crganizasdo do sistema cardiovascular, 469 | Fisiclogio do civculagio, 477 184 Sistemas linfético e imunitério, 475 ‘Componentes do sister linfico, 475 1 Componentes do sslema imuniirio, 476 | ‘Modo de asde do sera inunirio, £77 1 Imunizagdes ofva © posi: vacines 10103, 478 18.5 Sistema respiratorio, 479 Componentes do sslema respiratirio, 479 | Fisilogia da respirogde, 481 18.6 Sistema urinério, 482 ‘Componentes do sista urnério, 482 I Fisiologia do stoma urintio, 484 MM Leitura: O adocante — tao doce — @ néio engorda, 485 TL Mapa de conceitos: Nutrictio humana, 487 TH Atividades, 488 19 SISTEMAS DE INTEGRACAO E DE CONTROLE ‘CORPORAL TE De que trata este capitulo, 502 BE Objetivos, 503 19.1. Sistema nervoso, 503 ‘Notureza e propagasée de impulse nervote, 504 | Sislama nervose central [SNC], $04 TP Sisemo nervoso periérico SNP}, 509 EES 19.2. Os sentidos, 512 Clossifcagdo das células sensovais, $12 | Polador e olfato, $12 | Audigéo © ‘uiltio, os fingBes da oreho, 515 1 O sande do visto, 5171 © sonido do tol, 520 19.3. Sistema endécrino, 520 Princo clndolos endcrings hunenas, 520 I Hpollame, 522 1 Hip, 522 1 Glerdiatreside, 329 T Glue potreldeas 524 | Penerooe 8241 Siprorana's, $26 | Ganodan 526 1 leitura: Tudo para 0 alarme néo tocar, 527 B_ Mapa de conceitos: Controle do nivel de glicose no sangue, 528 MI Alividades, 529 20 REVESTIMENTO, SUPORTE E MOVIMENTACAO DO CORPO HUMANO: BE De que trata este capitulo, 538 Objetivos, 539 20.1 A pele humana, 539 Epiderme, 539 | Derme, 540 1 Anexos do pale: pelos, unhos © glindules, S41 | Fungées de pole, $42 20.2 Misculos do corpo humano, 542 Esrulura e fincionamerte da fra muscular exquelic, 543 | Fisiologia ‘dos mésculos esqueléticos, 545 20.3 Sistema esquelético, 546 ‘Arquileure geral do esquelete humane, 546 | Ariculonses Ssveas, 547 | Pores do erqualat, 543, ™ Leitura: Pele adentro, 551 Mapa de conceitos: Sistema esquelético humano, 553 ML Atividades, 554 2:1 REPRODUCAO HUMANA ME De que trate este capitulo, 559 TE Objotives, 560 21.1 Sistema genital feminino, 560 Orgies do sistema gant fominio, 560 | Forage dos duos, S61 21.2 Sistema genital masculino, 562 Penis, escrotoe esevos, 582 21.3, Horménios relacionados & reproduséio, 563 Gonadetrfinas: FSH @ IH, 583 | Harménios sexuais, 563 1 Contre hormonal do eile manstul, 565 214 Grovidez e parto, 565 Fecundasao e nidacdo, 565 | Elopas postrires de grovdez, 567 | ‘Gémeos humenos, 589 | Porte, 570 5 Métodos contraceptives, 571 Leitura: Clonagem de mamiferos, 573 ‘Mapa de conceitos: Horménios relacionados & reproductio, 575 Alividades, 576 2.2, FUNDAMENTOS DA GENETICA I De que trata este capitulo, 582 I Objetivos, 583 22.1. Conceites basicos om Gonética, 583 Fandtipo w gendipo, 5E3 Principio da heredtoredode, 584 PadtGes de heranga, 586 29.2 Lei da segregagéo ou primeira lei de Mendel, 590 CO trabotho de Mendel, 590. A base ciomassémica da heranea, $92 ‘Nogaes de probablidade opicadas & Gendtico, 593 Resolvedo do um problema envolvendo prebebilidade, 594 22.8 Herange de grupos sanguineos na espécie humana, 596 Sistema ABO de grupos sanguinecs, 596” Sislema Rh de grupos sanguineos, $97 — esslugdo de um problema sabre heranga de grupos songuinecs, S99 22.0 Lei da segregagéo independente ov segunda lei de Mendel, 600 Heranca de cor e da forma de semente de evviha, 600 A bose celular da segregasdo indepen meiose, 602 22.5 Interagae génica, 603 Inieropde génica na forma da cite do gals, 603 | nfroeéo gnico na cor da lurogem de pariqitos, 604. Epistaiarecesiva em ces labraderes, 606 | Epistasa dominonte em galinkas, 606 | Heranes quontitava ov poligénica, 609 Rosolucdo de um probleme de herenga quentalva, 610 Genética da cor dos colhos na expécie humana, 610 226 ligagéo génica, 612 Genes igados om droséfilo, 612 | Esimando a dstincia entre genes, 614 ‘Mopecmenio cos genes no cromossoma, 614 Resolucdo de um problema de ligorBe génico, 614 22.7 Heranga e sexo, 615 Determinosée cromotsémice do sexo, 615 | Heranca igada aos cromossomos enol, 517 Resoligdo de um probleme de heranca ligada ao cromessomo X, 619 ‘Compensagdo de dose em mamiferes, 620 (Ml Leitura: O mistério sexual das abelhas finalmente esclarecido, 621 [EL Mapa de coneeitos: Fundamentos da Genética, 623 i Atividades, 624 2.3 GENETICA E BIOTECNOLOGIA NA ATUALIDADE De que trata este capitulo, 638 IE Objetivos, 639 29.1 Natureze quimica dos genes, 639 Esra do DNA, 639 | Dupicardo semicenservativa do DNA, 647 28.2. Medo de agio dos genes, 641 Felazdo ete DNA, eromatzomat e ganas, 641 Teonsrigto géniea. 642 ‘Maconizmo de sintee e proteinas: reducdo gio, Odd 25.3. Genes procoriétices ¢ eucaristicos, 646 Genes inerompidos em orgeiamos evcorbicos, 646 23.4 Engenharia Genética, 651 ‘Manipulagdelaboretorial de DNA, 651 | Clonagem molecular do DNA, 654 | Cirganismes ransgénicos, 655 |” Desvendando © genoma humano, 657, 28.5. Melhoramento genético, 658 Produ de novesveriedodes, 688 | Hetrove ov vigor hibido, 659 | Problems decorentor do melhoromorto, 660 [Sl Leitura: A programagéio genética, 660 [Sl Mapa de conceitos: RNA e sintese de proteinas, 662 Hl Atividades, 663 Peycen yet 2.4 FUNDAMENTOS DA EVOLUGAO BIOLOGICA De que trata este capitulo, 670 BL Objetivos, 671 24.1 © pensamento evolucionista, 671 lois evolscionistos de Lamarck, 6711 Ideics evolucionistos da Charles Darwin, 672 24.2 Evidéncias do evolugdo biolégica, 672 Documeniério oss, 673 | Adapiagie, 674 I Evidéncios anckémicas @ Fstol6gicas do evslucéo, 675 24.3 Teoria moderna do evaluctio, 678 (3s fotoros evaluvas, 673, HE Leitura: Os limites da ciéncia, 684 I Mapa de conceitos: Teorias de evoluctio biolégica, 686 HE Atividedes, 687 25 ORIGEM DAS ESPECIES E DOS GRANDES GRUPOS DE SERES VIVOS. ME De que trata este capitulo, 694 HM Objelivos, 695 25.1 A origem de novas espécies, 695 ‘Conceito de espécie biolbgica, 695 I Procesis de especiogdo, 696 | Isclmento reprodiiv, 69771 Os conceios de anagénese« cladogénese, 698 25.2 Origem dos grandes grupos de seresvivos, 699 Divisdo do tempo geolagico, 700 | A vida nas diferentes eras geolégicas, 701 25.3 Evolugdo humana, 705 Relardes evoutves entre os primaias, 705 |_ A onceskolidade humana, 708 | Espécia humane moderna: Homo sopians, 711 MM _Leifura: Primo ando do homem habitou Indonésia, 714 | Mapa de conceitos: Histéria evolutiva da vida, 717 lM Atividades, 718 Objetivos, 725 26.1. Aspectos gerais do satide humana, 725 Vida socal, higione «sade, 726 26,2 Como cuidar do sevile?, 727 Satdo versus doonga, 727 1 Cuidados com o sama digesiioo sus principals tdstibion, 727 1 Coidedos com o sidema cordovascukr © seus penpals diabic, 750 | Cuidodos com o stema vegies © sais gincpcis distrbios 731 | Princoas dtrbie do siema vrndro, 732 | Prncipaisdiatirbios do sislama rarvoo, 733 1 Doongos genéins, 733 26.3 Algumos doencas parasitarias humanas, 736 DDosncas couradas por vrs, 734 | Deancas cousedes por bactries, 738 I ‘Doengas causodes por protezodrios, 738 | Verminoses, 744 1 Dindmica dos doengas porosities, 749 = © significado bialégica da morte, 750 Leitura: As origens do cancer, 759 ‘Mapa de conceitos: Elabore seus mapas de conceitos, 760 Atividades, 762 ‘A nova nomenclatura enatémica Siglas de Universidades/Faculdades Respostas iografia Gloss¢ io PEPPER Pees Indice remissivo Ecologia aan . res ecossistemas eee ety fern bioldgic entrees ent vvé-se parle de uma possarela para cireulogaio ce vishortes ‘Aqua € oquecida quase a fever pel aividade ‘wledniea. Nos margens, viva clbnios ce booérias terméts, copazes ce suport femporaturas da cordem de 80 °C Avvyide pode ter surgide na Tera ‘en ombientes come exis. Lor TT Tc] este capitulo | VIDA E BIOSFERA De onde viemos? Com certeza, a maioria de nés jé fez essa pergunta, em diferentes idades e de diferentes maneiras. Somos curiosos e queremos saber como surgit: nossa prépria espécie, como surgiram os outros seres vives, a Terra e o universo. Até pouco mais de trezentos anos atrés, as principais explicagbes para nossas ori- gens eram de caréter religioso; segundo elas, 0 universe teria sido criado por divindades supremas. Nos trés diltimos séculos, porém, o desenvolvimento da ciéncia tem trazido novos dados pare essa antiga discussao. (Os avangos da Cosmologia e da Fisica permitiram elaborar uma explicacio cienti- fica para a origem do universo. Segundo essa teoria, conhecida como teoria da Grande Explosio ou do Big Borg, tudo o que existe em nosso universo, inclusive 0 tempo, teria comecado em uma monumental “explosio” ocorrida cerca de 13,7 bilhdes de anos airs. Desde entao, o universo evolui, formando galaxias, estrelas e diversos outros corpos celestes, entre eles o planeta em que vivemos, a Terra De acordo com as modernas explicagdes cienttficas, a vida na Terra surgia hé mais de 3,5 bilhdes de anos, quando nosso planeta tinha menos de 1 bilhao de anos de idade. (Os primeitos seres vivos deviam ser exiremamente simples, constitufdos por uma s6 cé= Tula. Ao longo desses mais de 3,5 bilhdes de anos de evolucao, os descendentes dagueles rimeiros seres colonizaram todos os ambientes do planeta, modificando-se e originando ECOLOGIA a imensa variedade de espécies atuais, entre clas a espécie humana. Portanto, somos Parentes distantes dos mais antigos seres que habitaram a Terra Na visto da maioria das religides, a espécie humana ¢ 0 foco da criacéo. Na vi- sao cientifica, entretanto, o aparecimento de nossa espécie 6 um dos muitos eventos no grande panorama da evolucio césmica, Para a cigncia, ha continuidade evolutiva desde © momento da Grande Explosto até os dias de hoje. Vale a pena pesquisar e discutir ‘esse assunto, para avaliar os diferentes pontos de vista sobre questiies to importantes como essa. Neste capitulo apresentamos, de maneira resumida, as principais caracteristicas da vida, o conceito de niveis de organizacao biolégica eo que pensam os cientistas sobre a origem da vida em nosso planeta, Ainda hé muito debate sobre essa questo. S6 para se ter uma ideia, recentemente alguns cientistas resgataram uma antiga hipétese de que a vida za Terra poderia ter sido semeada por cometas e asteroides que atingiram nosso planeta ogo apés sua formacko. Dividas como esas mostram 0 dinamismo do conhecimento cientifico. Novas descobertas ¢ novas interpretagbes dos fatos fazem com que a ciéncia seja continua- mente reelaborada, ampliando e refinando cada vez mais nosso conhecimento sobre a natureza. Informe-se e participe das fascinantes discussdes que vem sendo travadas, a0 ‘pnt piba teaches delta edo longo da historia, sobre a origem ea evolucao da vida na Terra. ‘Objetivos Gerais ** Compreender a visdo cientfia alval sobre as origens do universo, do Sistema Solar, da Ter rae dos ses we, de odo 9 acesceior ‘opsies para a rflaxdo sobre si mesmo peran- Jeo mundo, ** Compreender os. polémicas entre os cienistas quanto & crigem dos saresvvos, rlacionando os ‘0 confit hstrico em que ocorrera, e reco- hecer que o embale de ideias entre os Genistas Z Xd SZ QXOZFY zz Unidade 1 ECOLOGIA 37. (UFPI) “Todo ser vivo s origina por reprodugao de outro ser vivo da mesma espécie.” O texto acima esté de acordo com a 4) teoria da geragao espontanea. ») teoria da biogénese. ©) hipétese heterotrfica da origem da vida. 4) hipétese eutotrtica da origem da vida, €) hipétese do criacionismo, 38, (Vunesp) Das altemativas abuixo, a vnica que permite tum estudo completo de um ecossistema é a) examinar as condigbesfisicase quimicas do ambiente ») estudarasrelagSes entre as populagtes ele existentes «) relacionar o meio abidtico & comunidade de onganis- mos nee existent @)estabelecer a densidade das populagbes ree exstentes, ©) verificaro tipo de cadeia alimentarexistentenosstema. 39. (UEMG) Recents pesquisas espacais constataram a exis- ‘@ncia,na Via Lactea de sistemas soles com planeta cuja atmosfer ésemelhante’ atmosferaprimitivada Tera, Essa atmosferaprimitva caracterizase pela auséncia de a) aménia, 4) oxigénio. 2) gis carbénico, @) vapor de dgua. ©) metano, 40, Fesp /Mhéus/Ttabuna-BA) A figura seguinte representa aexperiénca de Redi. edi colocou, dentro de reipientes,substancias orgnices para que entrassem em decomposicio. Alguns dos rec- pientes (@ esquerda) foram cobertos com uma gaze € 05 cultos deivados descobertos ledemonstrou que asarva da care posire desenvolveramse de ovos de moseas en20 da transformagio da came. Os resultados desta experiéncia forialeceram a teoria sobre aorigem da vida, denominada a) hipétese sutotrfica. d) abiogénese. ) hipbtese heterotrfica. e) biogénese. 6) eragao espontanea, 41. (F Visconde de Cairu-BA) “As pergunias sobre a origem Ga vida sfo ta velhas quanto 0 Génesis tio jovens como cada manha.”Paracs cientstasainda nao existemrespostes, Aefinitvas. Contd, apesar des divergéncias, os cientistas poriem conconias,quanclo se considera que seria fundamen- {al para vestabelecimentoda vid, queas primeira formes vivasfssem capazes de a) reconhecer o ambiente e realizar movimentos. ») realizara sintese do seu préprio alimento. ¢) crescor e manter a sua organizacio, 4) repreduzirsee transmitirinformacbes. ©) obter energia das moléculas organicas, usando ooxigénio. 42. (Favest SP) Qual das alterativas dstingue organismos heterotr6ficos de organismas autotréticos? a) Somente organismos heterotrfcos necessitam de substincias quimicas do ambiente. >) Somente organismos heterolrfices fazem respiragzo colular. ©) Somente organisrosheteroteicas poseuem mitocén dria, 4) Somente onganismos autotrfces podem viver com ‘utrentes inteiramente inorganicos. «) Somente organismos autotticos nao requerem gis oxigénio. 43, (UEL-PR) Considere as frases a seguir: AAfinal, 0 que 60 homem dentro da natureza? [u] & -Ihe impossivel ver o nada de ondesaiu eo infinito que oenvolve, [..] O autor destas maravilhas conhecenas;e ninguém mais.” (Blaise Pascal) B“Aantigaalianca rompeu-se. Ohomem sabe, finalmen- fe, que esti $6 na imensidade indiferente do universo, donde emergiu por acaso, Nem o seu destino nem 0 seu dever estfo escritos em parte alguma.” (Jacques Monod) C"L..] a vida fol aqui langada com microrganismos que ‘eriam vindo nalguma forma de nave espacial enviada por uma civilizagso superior” (Francis Crick) Assinalea alternativa que indica, comretamente, as frases ue expressam, respectivamente, as posigies em defesa, de: criacionismo, panspermia e evolucionismo. 2) A,B,C OBAC CAB. HACK a BCA 44, (PUC-SP) Considere os seguintes eventos relatives & crigem da vide TAparecimento do processo de fermentagio, IT Formacio de coacervados. Tl, Aparecimento dos processos ce fotossintese erespi- ragio aersbia. IV, Estabelecimento do equilitrio entre heterétrofos e autétroios. A orem I6gica em que esses eventos acornem & a) TIGL IV. d) 11 IL INL b) LIVI e) VEIL o) UTM IV. I ® Questoes dissertativas 45, (Unicamp-SP) Em 1953, Miller e Urey realizaram expe- rimentos simulando as condigdes da Tetra pri supostamente altas femperaturaseatmosfera compost, pelos gases metano,aminia, hidzogénio e vapor gua, sujelta a descarges elétrcasintensas. A figura a seguir representa oaparatouilizado por Millere Urey em seus experimentos Vapor aqua 2) Qual a hipétesetestada por Miller e Urey neste expe- mento? ) Cite um produto obtido que confirmou a hipétese. ¢} Como se explica queo O, teahasusgido posteriormen- tena atmosiera? 46, (Ver) A procura de formas de vida em nosso Sistema Solar tem dirigido o inteesse de cientstas para lo, ‘um dos satélites de Jpiter, que é coberto por gran des oceans congelados. As condigdes na superficie sio extremamente agressivas, mas supte-se que, em grandes profundidades a gua estejaem estado ligui- do ¢ a atividade vulcénica submarina sea frequent Considerando que tsis condigées sio similares as do bioma abissal da Terra aponte o tipo de bactéria que poderia ter se desenvolvido em Io, e indique como ese tipo de bactéria obtém energia para a sintese de rmatéria organica Capitulo 1 Via esters B A BIOSFERA E SEUS ECOSSISTEMAS LTT Bicol] Cee Tie, Ezosssloma do pantanal mmoto-grosianse, tra ds regises do mundo mais ricos em biodrersiade No primero plono, jacorés aquecendo- “se 00 sol. Na érvore que sobressai da rmata exuberante, tum bando de aves comuns no pantanel, os bigués fy Diversas evidéncias sugerem que os seres vivos contribuiram decisivamente para que as condigdes ambientais da Terra chegassem ao que séo hoje. Por exemplo, os cientis- {as acreditam que o gis oxigénio (©), que constitui attalmente cerca de 21% do volume atmosférico, formouse e se mantém gragas aos seres fotossintetizantes: cianobactérias, procloréfitas, algas e plantas. Como vimos no capitulo anterior, a fotossintese realizada por esses seres & um processo de producao de substincias organicas a partir de gas carbo- nico e agua, e que libera gs oxigénio para o ambiente. A partir do surgimento desse tipo de fotossintese, ha mais de 2 bilhdes de anos, a atmosfera terrestre comeou a acumular quantidades crescentes de O,, até atingir os niveis atuais. A presenca de O, na atmosfera possibilitou o aparecimento de seres capazes de executar a respiragao aerobia, processo altamente eficiente de extrair energia de substancias orginicas e que nos dias de hoje é utilizado por animais, plantas, protozoérios, algas, fungos e diversas bactérias. ‘Alem de influenciar fortemente a composicao atmostérica, os seres vivos também inter- ferem no ciclo das chuvas e na manutencdo das temperaturas amenas que teinam na maior parte do planeta, Alguns cientistas imaginam que, se a vida desaparecesse na Terra, esta se tomaria érida e quente, e sua composigio atmosférica sofreria mudangas drésticas, possivel- mente assemelhando-se & atmosfera de Venus, constituida por quase 97% de gas carbénico. ECOLOGIA Atualmente, esse equilibrio entre 0 ambiente es seres vives, que demorou tanto para ser construido, encontra-se ameacado e, lamentavelmente, as ameacas partem da propria espécie humana. A humanidade tem crescido em ritmo acelerado, ou, no dizer dos mate- _maticos, em progresso exponencial. Isso significa que o tempo necessério para a popula- <0 humana dobrar tem se tomado cada vez menor (atualmente esse tempo é cerca de ape- nas 25 anos). Em decorréncia do aumento do nuimero de pessoas, os problemas crescem: necessita-se de cada vez mais alimento, o espaco disponivel é cada vez menor, esgotam-se as fontes de dgua potével, diminuem progressivamente os locais para se depositar o lixo produzido-eassim por diante. E mais ou menos como morar em uma pequena casa em que ‘o ndimero de pessoas da familia fosse dobrando sem parar, em ritmo acelerado. Em meio a tantos problemas, a esperanca é que as diversas éreas do conhecimento hhumano possam se aliat para aiudar a resolver, ou pelo menos a minimizar, o grande de- safio de preservar o ambiente terrestre. Felizmente, nas diltimas décadas, a humanidade parece ter despertado para os problemas ambientais. A Ecologia — o estudo das relagbes entre os seres vivos e 0 ambiente — é uma érea do conhecimento que atrai cada vez. mai © interesse das pessoas e das instituigdes. Estamos tomando consciéncia de que precisa- ‘mos fazer algo para evitar a degradagio do ambiente favordvel & vida em nosso planeta. Talvez ainda nio seja tarde para reverter alguns dos graves problemas ambientais que nés mesmos provocamos. A primeira atitude para proteger 0 ambiente é compreen- dera intrincada rede que interliga os seres vivos e o meio. Voeé certamente esiaré dando "um passo nesse sentido ao estudlar conceitos e processos fundamentais da Ecologia. ee Objetivos Gerais * Kenicr ox nl ns do. om ss rf lexidade des relagdes ent tema (produtores, consumidores e decom- eae cee ee Cerhecondo cele grovdeinrdopedenc gue Sf, a0 consivem as cadeiose oF Wis bene os dresos components dabiosera alimentores. * Conhecer ax moneias pelas quis correo fu: 10 de enorgi e de merci na ntureza, que pei relloir sobre a vilizosto de recurs * Compreender que o fuxo de energia nas ca- deiasalimentares¢ unidrecional,o que per te intrprfar consiir esquemos denemina- dos pirémides eeslgicas i Tenovenveis © ndorrenovevois necess6rios 6 s0- i brevivéncia da humanidade. * Recenhecer © compertamento cclico dos i Ry. clementos quimicos que constitvem os subs- é Objetivos Didaticos ‘Gncias organicas; representar, * Roconhecer 0 ecossisema como reatane dar —_esquemes, as etopas fundomen feracioenre components isos [sare vos} clos da dgua, do carbon, do nitrogen © comporenies abies (cima e fares quimices). do oxigénio. 2.1 NIVEIS TROFICOS NOS ECOSSISTEMAS lm Cadeias e teias alimentares Como vimos no capitulo anterior, de acordo com suas necessidades alimentares, os seres vivos podem ser classiticados em dois grandes grupos: Setes autotréficos, capazes de aproveitar substin- las inorganicas, geraimente gis carbonico (CO) & 4gua (H,0), para produzir substancias que thes server de alimento, utilizando para isso energia proveniente de uma fonte nao-organica (em geral, a luz); seres heterotréficos, incapazes de produzir seu proprio alimento a partir de fontes inorganicas, necessitando assim obter moléculas orgénicas sintetizadas por ou- tos seres vivos. Sao seres autotréficos as plantas, as algas, as bactérias fotossintetizantes as bactérias quimios- sintetizantes. Por serem os tinicos capazes de produ- 2ir substancias organicas a partir de compostos inor- ganicos, esses organismos autotroficos constituem @ fonte de alimento basica de seres heterotréficos: animais, protozoérios e fungos. Entre os animais, ha ‘65 que 3e alimentam exclusivamente de seres auto- tréficos, sendo por isso genericamente chamados de herbivoros. Gafanhotos e cavalos, por exemplo, sao animais hetbivoros. Animais que se alimentam exclusivamente de outros animais si denomina- Capitulo 2A biosterae seus ecossistemas | das carnivoros. Todos 08 felinos, como os gatos, 3s ongas etc,, sa0 animais carnivaros. Se um animal se alimenta tanto de seres autotroficos quanto de seres heterotréficos, ele é denominado onivoro (do latim ‘omnis, tudo, € vorare, comer, devorar). £0 caso da espécie humana, por exemplo, que utiliza como fon- te de alimento tanto plantas como outros animais, geralmente herbivoros. Cadeia alimentar ‘Quando um ser heterotrético como um animal herbivoro utiliza partes de um ser autotréfico (uma planta, por exempla) como alimento, parte da ent gia contida nas substincias orginicas deste ctimo € incorporada ao corpo do herbivoro. Ao ser utiizado ‘como alimento por um animal carnivoro, 0 herbivore transfere a ele parte da energia obtida do ser autot fico que o alimentou. Portanto, a energia capturada cdo ambiente pelos seres autotréficos, por meio da fo tossintese ou da quimiossintese, passa de ser vivo para ser vivo, mantendo a vida dos diversos componentes a biosfera. Uma série linear de organismos pela qual ful a energia originalmente captada pelos seres autotrficos recebe a denominacio de cacieiaalimentar. Cada elo da cadeia, representado por um organismo, alimenta- -se do organismo que o precede e serve de alimento para 0 organismo que o sucede. Por exemplo, em um ‘ccossistema de campo, plantas herbceas sfo comidas por gafanhotos, que so comidios por péssaros inset ‘oros, que so comidos por serpentes; essa série cons- titui uma cadeia alimentar. Produtores, consumidores e decompositores © primeira componente de uma cadeia ali mentar € sempre um organismo autotréfico, em geral um ser fotossintetizante, como uma alga ou uma planta. Esse componente inicial de toda ca- deia alimentar € denominado proctor, pois é 0 Gnico capaz de captar energia de fontes inorgani: as (energia luminosa, no caso dos seres fotossin- tetizantes, ou energia quimica, no caso dos seres, quimiossintetizantes), utlizando-a para a sintese de matéria organica a partir de substancias inorgai as. Os demais componentes da cadeia alimentar S80. genericamente denominados consumicores, pois utiizam a energia originalmente captada pelos produtores e armazenada nas moléculas organicas produzidas por estes. ‘Cada um dos elos componentes de uma cadeia alimentar constitul um nivel tréfico. Como vimos, 05 produtores constituem 0 primeira nivel tréfico de qualquer cadeia alimientar. Os seres que se alimentam diretamente dos produtores, como os herbivores, por ‘exemplo, s40 denominados consumidores primarios (ou consumidores de primeira ordem) e constituer ‘© segundo nivel tréfico; os integrantes dos niveis, seguintes, formados por organismos que se alimen- tam dos consumidores primérios, so denominados consumidores secundlarios (ou consumidores de se- gunda ordem) e constituem 0 terceiro nivel tréfico; € assim por diante, ‘A cadeia alimentar exempliicada anteriormente apresenta quatro niveis troficos: 0 primeiro, dos pro- dutores, é constituido pelas plantas; o segundo, dos consumidores primérios, € constituido pelos gafanho- tos; 0 terceiro, dos consumidores secundérios, € cons- tituldo pelos passaros insetivoros; as serpentes consti- tuem o quarto e titimo nivel tréfico dessa cadeia, dos consumidores terciérios. ‘Ao morrer, produtores € consumidores dos di- versos niveis troficos servem de alimento a certos, fungos e bactérias. Estes seres decompoem a matéria ‘organica de partes mortas, residuos e excrecées de outros seres para obter nutrientes e energia, sendo denominados decompositores. A decomposi¢ao rea- lizada por bactérias € fungos € importante porque per- mite a reciclagem dos elementos quimicos. Atomos que fizeram parte de moléculas organicas de um ser que morreu voliam ao ambiente gracas aos decom- positores, podendo mais tarde constituir outros seres Vivos. (Fig. 2.1) DECOMPOSITORES fungos ¢ bacterias) Figura 2. A esquerdo, representacéo esquemitica [sem scala} de uma cadeia climentar de terra frme. A seta amorela, 6 direita, indica que os decompositores ctuam em todos: os niveis da cadeia Teia alimentar Cadeias alimentares ndo ocorrem isoladas nos ecossistemas, uma vez que as relagbes alimentares entre os organismos de uma comunidade sao geral- mente complexas, com um mesmo organismo parti- cipando de diversas cadeias alimentares, até mesmo em niveis tr6ficos diferentes. Por exemplo, um ani- imal onivoro, isto €, que possui alimentagao variada, comendo tanto plantas quanto outros animais, de- sempenha o papel de consumidor primério, no pri meiro caso, e de consumidor secundério ou terciério, no segundo. As relagdes alimentares entre os diversos orga- nismos de um ecossistema costumam ser represen- tadas por meio de diagramas denominados teins alimentares, ou retles alimentares, Esses diagramas sio compostos de cadelas alimentares interligadas por linhas, que unem os diversos componentes da Comunidade entre si, evidenciando suas relacdes ali- mentares. (Fig. 2.2) Figura 2.2 Representagio esquematica [sem escola) de uma teia climentar de um ecossistema de terra firme. Note @ rmukiplicidade dos relacdes alimentares. 2.2. FLUXO DE ENERGIA NOS NIVEIS TROFICOS © Sol é 0 principal responsdvel pela existencia de vida na Terra. Em primeiro lugar, porque as ra- diagdes solares aquecem o solo, as massas de égua © 0 at, criando um ambiente favordvel & vida, Em segundo lugar, porque a luz solar é captada pelos, seres fotossintetizantes ¢ transferida ao longo das cadelas alimentares, © que permite a existéncia de ‘quase todos os ecossistemas da Terra. Constituem excegdes 05 ecossistemas de certas reqides profun- ddas dos oceanos, em que os produtores sao bactérias quimiossintetizantes. A energia luminosa captada por algas, plantas © bactérias fotossintetizantes é utilzada na producéo de substancias organicas, nas quais fica armazenada como energia potencial quimica. Ao se alimentar de seres fotossintetizantes, os consumidores primarios aproveitam a energia contida nas moléculas das subs- Uancias organicas ingeridas, empregando-a em seus processos vitais, inclusive na sintese de suas proprias substincias orgénicas. Os consumidores secundé- fios, por sua vez, ao comer consumidores primétios, utilizam as substancias destes como fonte de ener- gia, assim por ciante. Em cada nivel tréfico, parte da energia armazenada nas moléculas organicas € utiizada na realizacao de trabalho e liberada na for- ma de calor. Portanto, a transferéncia de energia nas cadeias alimentares € unidicecional ela tem inicio com a captagio da energia luminosa pelos produtores € termina com a acao dos decompositores. E facil concluir que, em uma cadeia alimentar, a quantidade de energia presente em um nivel trofico € sempre maior que a energia que pode ser transfe- rida ao nivel seguinte. Iss ocorre porque todos os seres vivos consomem parte da energia do alimento para a manutencdo de sua propria vida e no trans- ferem essa parcela para o nivel trofico seguinte. Por exemplo, do total de materia organica produzida por uma planta, cerca de 15% sao degradados na respi- racdo celular, produzindo a energia necessaria a ma- nnutengao dos processos vitais. Desse modo, quando comem plantas, os herbivoros tém a sua disposicio nao mais do que 85% da energia originalmente: ar: mazenada nas substancias organicas produzidas pela fotossintese, Algm disso, quando um animal come uma planta ou outro animal, parte das moléculas or: ganicas contida no alimento nao é aproveitada, sen. do eliminada nas fezes. Por exemplo, um herbivoro consegue aproveitar apenas 10% da energia contida no alimento que ingere; o restante, cerca de 90%, eliminado nas substancias que compéem as fezes do animal. Da energia efetivamente aproveitada, entre 15% e 20% sto empregados na manutencao do me- tabolismo, e o que sobra fica armazenado nas subs- tancias que compdem os tecidos corporais. Quando come um herbivore, um carnivore aproveita aproximadamente 50% da energia dis- ponivel no alimento que ingere, sendo o restante eliminado nas fezes, Da metade aproveitada, 15% @ 20% so utilizados na manutencao do metabolismo. © mesmo ocorre nos niveis tréficos seguintes. Assim, a energia captada originalmente do Sol vai se dissipando como calor ao longo dos niveis tré- ficos dos ecossistemas. Consequentemente, a manu tencao dos ecossistemas depende da absorcdo cons- tante de energia, que na maioria dos casos € a luz solar. (Fig. 2.3, na pagina sequinte) Capitule 2 A bosferae seus eeosisteras | 7 | 3 £ 4 é i Figura 2.3 QD Erg asada poles plantas @ Parca de onergia na rspraco vegetal © Enwcga cisponivel para os herbivores @ Parda de onergia nas fez9s os hetivoos G) Energia assinilada pelos herbivoros ©) Perda de energia na respiracdo dos herbivores @ Enoclaceponivel para os earners Parla de onargia nas fzas dos carivoros (© Energia atsivilada poles carnivores 9 Percade energana respira dos camivoros G) Energia disponivel parao rivel seguinie ENERGIA DISSIPADA NOS DIFERENTES NIVEIS TROFICOS: Coneumidor ‘Acima, representagéo esquemélica [sem escola} da transferéncia unidirecional de energia que ‘corre nas cadeiosclimentares. A energie 6 gredualmentedisipada ao passor pels niveis fréficos. Absixo, representagéo gréfico des quantidedes de energia disponivei para coda nivel fico de uma cadeia climentar. A cade nivel, parte da energia 6 disigeda como calor, durante as atividedes metebélicas dos orgenismos, ¢ porte é eliminado nas fezes. O que sobro pode ser ronslerido oo rive rico seguinte lms Pirdmides de energia ‘A massa total de matéria organica conti- da em um ser vivo (ou em um conjunto de seres vyivos) & sua biomassa. A quantidade de biomas- sa € diretamente proporcional a quantidade de energia quimica potencial disponivel nas molé- culas organicas. Assim, a biomassa de cada nivel trético, em uma cadeia ou tela alimentar, pode ser representada por graficos em forma de piré- mide chamados de pirémices ce energia, Nesse tipo de grafico, a base corresponde ao nivel tréfi- co dos produtores e, em sequéncia rumo ao api- ce, so representados os niveis dos consumidores primérios, dos consumidores secundérios ¢ assim por diante. A largura de cada nivel no gréfico re- presenta a quantidade de energia disponivel para o nivel tr6fico seguinte. (Fig. 2.4) Unldade 1 ECOLOGIA ® Ge Nivel dos consumidores primasios (C3) Nivel dos consumidores ‘secundaries (C5) Nivel dos ie produteres (P) Figura 2.4 Uo pirdmide de energia mostra « quantidede de energie ica petencial disponivel em cade nivel tréfico de um ecossistema. As representacées podem ser tanto plonas {A) como tridimensionais (8). 5 i ! ° Outro tipo de representagao grifica, denomi- nada pirimicle de ntimeros, € utiizado para indicar 4 quantidade de individuos existentes em cada nivel ‘téfico de uma cadeia alimentar. Por exemplo, na ca- deia alimentar formada por capim, gafanhotos e sa- os, uma pirdmide de némeros mostra a quantidade de plantas que constituem o nivel dos produtores, a quentidade de gafanhotos no nivel dos consumidores primarios ¢ a quantidade de sapos no nivel dos con- sumidores secundérios. Eventualmente, se hé apenas um produtor de grande tamanho (uma arvore, por ‘exemplo) € muitos consumidores secundérios (lagar- tas de borboleta, por exemplo), 0 gréfico néo tera formato de pirémide, apesar de receber essa denomi aco. (Fig. 2.5) © estudo da transferéncia de energia entre se- res vivos pertencentes a niveis tréficos diferentes € de grande importancia para a humanidade, uma vez que a espécie humana participa de diversas cadeias ali- mentares, tanto de terra firme quanto aquticas. Quanto menos niveistréficos uma cadeia alimen- tar apresenta, menor a dissipacdo energética ao longo dela, pois a5 maiores perdas de energia ocorrem du- rante a transferéncia de matéria organica de um nivel {téfico para outro. Por exemplo, s30 necessérios quase mil quilogramas de vegetais para alimentar um name- 10 de coelhos que fornecerao apenas 250 ky de came. Portanto, seria menos dispendioso, embora nem sem- preadequado ao paladar humano, utilizar diretameente ® 21 ©. 700 * galanhotos [-somgensssenn J] ‘CONSUMIDOR SECUNDARIO| ° CONSUMIDOR PRIMARIO| PRODUTOR, ©, 700 lagartas ‘CoNsUMIDOR SECUNDARIO| ‘CONSUMIDOR PRIMARIO PROOUTOR vegetais como alimento, pois assim se evitaria a per- dda energética que ocorre na transferéncia para o nivel dos herbivores. 2.3 OS CICLOS | BIOGEOQUIMICOS Com a morte dos organismos ou a perda de artes de seu corpo (por exemplo, plantas que per- dem folhas ¢ frutos), a matéria organica é degrada: da por acao dos decompositores e os atomos que a constitufam retornam ao ambiente, onde poderao ser incorporados por outros seres vivos. Essa circula- ‘cdo de étomos de diversos elementos quimicos, en- tre as substancias organicas dos seres vivos (biosfera) € as substincias inorgdnicas do planeta (atmosfera, hidrosfera e litosfera), recebe a denominacao de ciclo biogeoquimico (do grego bios, vida, € geo, Terra). Se nfo houvesse 0 reaproveitamento dos componentes da matéria dos cadaveres, os tomos de alguns dos elementos quimicos fundamentals para a constituigo de novos seres vivos poderiam tomar-se indisponiveis para a continuidade da vida. © processo de reciclagem dos atomos na natu- reza € realizado principalmente por certos fungos € bbactérias decompositores. Nutrindo-se dos cadaveres, das partes mortas e das fezes dos mais diversos seres vivos, 05 decompositores promovern sua degradacao, 20 péssaros| Figura 2.5 Representacio esquemétca [em escola) de duas cadeias alimentares ‘om as correspondentes pitdimides de nimeres. A. A forma tipiea de pirémide, com base larga & pice estreio, representa cadeias limentares nas quais 0s produtores so plantas pequonas (capim, por exemplo} 2.5 herbivoros © prododores 8 relativamente (grandes. B. No grafico representative de cadeias alimentores em que os produtores sto de grende tamanko {uma Grvore, por exemplo) € os herbivoros 360 ction pequenos llagartas, por exemple} a base do grico 6 reduzida © no presenta Forma de pirémil upitolo 2 Abiostera seus ecosistmas transformando as moléculas organicas de cadveres e residuos em substancias mais simples, que retornam ao.ambiente e podem ser reutlizadas por outros sees, ‘Como matéria-prima para a produgao de suas substin- cias organicas. lm Ciclo da agua ‘A agua 6 uma substancia constituida por molé- culas com dois atomos de hidrogénio e um de oxigé- rio (H,0). © cielo da Agua ¢ importante porque essa substincia esté associada aos processos metabdlicos de todos os seres vivos. Esse ciclo pode ser considera do sob dois aspectos: 0 pequeno ciclo, ou ciclo curto, 0 grande ciclo, ou cielo longo. © pequeno ciclo da agua nao &, a rigor, um ciclo biogeoquimico, pois dele nao participam seres Vivos. A evaporacio da agua dos oceanos,lagos, ros, {geleiras e mesmo da embebida no solo leva a forma a0 de vapor d’égua na atmosfera. Nas camadas at- mosiéricas mais altas © vapor d’dgua condensa-se € origina nuvens, a partir das quais retorna a crosta ter- restre na forma liquida, nas chuvas. O ciclo das chuvas contribuiu muito no passado, e ainda contribui, para tomar o clima da Terra favordvel & vida. (© grande ciclo da Agua é aquele do qual par- ticipam 0s seres vivos. Em um ecossistema de terra firme, por exemplo, as raizes das plantas absorvem a gua infltrada no solo, A agua, além de ser solvente & reagente de intimeras reagdes quimicas intracelulares, € uma das matérias-primas da fotossintese; seus dto- mos de hidrogénio fazem parte dos glicidios produzt dos nesse processo e seus dtomos de oxigénio unem -se dois a dois, formando 0 gés oxigénio (O,), em ge- ral fiberado para a atmosfera. Na respiracao, as plan tas degradam moléculas organicas que elas mesmas produziram, obtendo energia para seu metabolismo & liberando gis carb6nico e agua. Asplantas perdem qua continuamente por trans- piracao, principaimente durante o dia, quando seus es- tématos esto abertos, A transpiracao € essencial para ‘que a agua absorvida pelas razes seja conduzida pelo xilema até as folhas, nas quais ocorre a fotossintese. Aliberac3o da Squa na forma de vapor pelos estomatos, além de resfiar a planta, contribui para a manutencao de um grau de umidade do ar favorave! a vida. ‘A Aqua também participa de intimeros processos do metabolismo animal. Animais obtém agua beben- do-a ou ingerindo-a em alimentos; por outro lado, es- tao continuamente perdendo égua do corpo na urina, nas fezes e por meio da transpiracao. Parte da agua que as plantas € 05 animals absor- vem 6 utilizada na sintese de substancias organicas. Seus atomos ficam incorporados aos tecidos animals ‘ou vegetais até a morte destes, quando sto devolvidos ao ambiente pela aco dos decompositores. (Fig. 2.6) maton i Movimento das nuvens: 3 Condensagso > (ena) Nuvens GRANDE Ccondensageo Transpicagto o espragso OO (coo de plans @ animais PEQUENO ‘ciclo Figura 2.6 Repretentagdo exquemética do cielo da gue na natureza, a Unidad 1 ECOLOGIA Imm Ciclo do carbono 0 ciclo do carbono consiste na passagem dos tomos de carbono (C) componentes do gas carbéni- o(CO,)paramoléculas que constituem assubstancias, orgénicas dos seres vivos (proteinas,glicdios,lipidios, etc.), e vice-versa. Como jé mencionamos no capitu- lo anterior, parte das moléculas organicas produzidas nna fotossintese € degradada pelo proprio organise ‘mo fotossintetizante em sua respiracao celular, para a obtencao da energia necessaria 20 metabolismo. Nesse proceso, 0 carbono é devolvido ao ambien- te na forma de CO,, O restante da matéria organica produzida na fotossintese passa a constituir a biomas- sa dos produtores. © carbono constituinte da biomassa pode ter dois destinos: ser translerido aos animais herbivores, ou ser restituido ao ambiente na forma de CO,, com a morte do organismo produtor e a degradacao de sua matéria organica pelos decompositores. Nos herbivoros, como vimos no item anterior, a ‘maior parte da eneraia contida no alimento ingerido nao é aproveitada, sendo eliminada nas fezes, que so- frem ago dos decompositores. Das substincias orga nicas incorporadas pelas células do herbvoro, grande parte € degradada ne respiracio celular para fornecer ‘energia metabslica; nessa degradacdo, 0 carbono é liberado na forma de CO,. Outra parte das substan- autor dese est dar Ecologia. EB A pantie da tetra do quinto pardgraf,responda: 0 que o autor quis ize, em sua opinito, com a expresso “miquin da natueza”? Segundo autor, como sedenomia o proceso de madanga pla qual tt “miquin” tem pasado eo longo do tempo? Leino sexta timo parigafo da Letra Segundo seu enendiment, porque o autor consider» Bo. logia um ramo mao ample da clénca? = fapitule 2 Abiostra seus eossitemas 27 | (ey Mapa de conceitos | Cadeias e teias alimentares Cadela(s) alimentar(es) Pe ‘8m corjunto na ‘comunicade formam a | Te alimentar 6 a soquéncia om que ‘corre a transferéncia T de substancias orgaricas compose de tres ‘do alimento entre principis Niveis treticos _> sto erie 4 os por = cadavoros usliear como de setes de todos ‘es outros Produtor(es) tae Consumidortes) Lone Decompositories) | ‘ Ss é umtipo fy csprncpals 4 0qu0s0 -_ ut Pees alent dos no esoecil de Algas Consumidor(es) \, ‘80 primario(s) eae Plantas ‘ t as Bactérias Soghaes: ae heterotréficos eee autotreficas iment. des re Seres Consumidor(es) [> animais autotroficos ‘secundario(s) t | Protozosrios eoquese alimorta dos 3 ' | ects —™” Funan ‘| ‘Consumidor(es) Nos de. Bactérias ‘erciério(s) ae 60 principal Substincias —— proceeee do > Fotossintese ” ‘a eee | formagao das Undede 1 ECOLOGIA init: aS chet ino ee fein ATIVIDADES QUESTOES PARAREVISAO | Erne 2.1. Niveis tréficos nos ecossistemas Considere as altemativas a seguir para responder 3s questies 1e2 4) Conjunto das interagdes alimentares entre os diversos ‘components de uma comunidade biol6gica b) Série linear de organismos pela qual flui a energia originalmente captada pelos seres auotr6ticos, ©) Conjunto das relagdes entre 0s componentes vivos & obidiopo, em um ecossistema. «d) Conjunto das diferentes especies de seresautotréficos ‘eheterotréficos de uma comunidade bioljgica. 1. Qual das alternativas refere-se a cadeia alimentar? 2. Qual das alternativas rofere-se&teiaalimentar? Considers as alternativas a seguir para responder as quesioes de3.a6, a) Consumidores primar. +) Consuumidores secundatios, ‘©) Decompositore. 4) Produtores 3. Os organismos autottéticos sto includes em qual das, categorias mencionadas? 4. Backérias¢ fungos que degradam substincias orginicas| de restos de outros sees pertencema qual das categorias ‘mencionadas? 5. Em qual das categorias mencionadas sa ineluidos os animais herbivores? 6. Cianobactérias © bactérias quimiossintetizantes sio in= cluidas em qual das categorias mencicnadas? 7. Nivel trficorefere-se a) a cada um dos elos que compéem uma cadeia ali- mentaz, b) a relagio entre uma comunidade biol6gica e seu. bi6topo. ©) a quaniidade de alimento de um ecossistema dispo- nivel para os herbivoros, 4) 20 modo de vida de determinada espécie em seu ambiente. 8, Uma teia alimontar & constituida por érvores frutiferas, bactérias e fngos do solo, press, capi, serpentes, ga- fanhotos, gavides e insetosfrutivoros (isto, que comem fratos) Sdo consumidores secundatios, a) baciérias e fungos. b) pres, serpentes e gavives. ©) serpentes e gavides 4) insetos frutivoros e gafanhotes, 9. Peenilongos-machos sugam seiva de plantas, enquanto pemilongos-fémeas sugam sangue de animais, Pade-se dlizer que ees so, respectivament, 2) consumidoresprimérios, ambos ») consumidores secundaios, ambos «) consumidor primério; consumidor secundério ou superior. 4) constimidor secundsrio; consumidor quatemdcio 10. Onivora é a) qualquer espécie que tenha alimentacio diferente da alimentagio humana. ») a denominacio dos organismos gue ocupam mais de ‘um nivel trfico na cadeia alimentar, ©) acspécie que ocupa sempre o mesma nivel trficona cadeia alimentar. <) cutra denominagao dada ao nivel tritico dos decom- positores. 2.2 Fluxo de energia nos niveis tréficos Considere as alternativas a seguir para responder As questdes IL e 12 a) Representagao gratia que relaciona os niveis t6ficos de um ecossistema quanta a quantidade de matéria organica, b) Representacao grafica que mostra as relagoes alimen- tares entre.os diversos componentes de uma comuni- dade bioldgica. ¢) Ttalidade da matéria orginica de um organismo ou de um nivel tréfico. 4) Tolalidade de matéria orgénica e inorginica de um ecossistera, ‘UL Qual das alternativas refere-se& biomassa? 12 Pirdmide de energia esta caracterizada em qual das alternativas? 43,0 desenho representa uma pirdmide ecolégica, fem que P = produtor, C1 = consumidor primatio ¢ C2 consumidor secundétio, Com certeza, essa uma 4) pirdmide debiomasse. Gp ») pirémide de energia, ©) piramide de némeros, 4) representagio erada, pois P ‘no tem forma de pirémide, 2.3 Os ciclos biogeoquimicos Considere as alternativas a seguir para responder as quests de 16.017 «) Agua. b) Carbone. ©) Nitrogenio, ) Oxigénio, 14, A formagio de combustiveis fsseis, como o petrdleo & © carvdo, esté direlamente relacionada ao ciclo de qual clermento quimice? Capitulo 2 Abiostere seus ecossisemas 15, Bactérias quimiossintetizantes capazes de transformar mania em nitratos participam do ciclo de qual elemento aquimico? 16, A rotacio de culturas e a plantacao consorciada com eguminosas sio processos relacionados diretamente ao ciclo de qual elemento quimico? 17. A formagio da camada de ozénio que protege a Terra da radiacao ultravioletaestd dretamenterelacionada a qual ‘elemento quimico? 16, A capacidade que as leguminosas tém de ensiquecet 0 solo com nitrogénio deve-se a bactérias a) desnitrficantes que vivem no solo. 1) fixadoras de N, que vivem em suas rates. )nittficantes que vivem em suas folhas. 4) niteficantes que vivem no solo. Crees 419, Foquematize uma tea alimentarconsiderando os seguin- {es habitantes de um lago: 4) Algas do fitoplincton. ) Crustéceos do zooplancton. , Pebxes (herbivores) que se alimentam do fitopléneton, 4) Peixes(camivores) quesealimentam de outs peises. «@) Bactérias fungos. #) Plantas lacustres 8) Peixes(herbivoros) que se alimentam de plantas. 20, Represente graficamente as relagbes exstentes, quanto’ alimentagio, entre 0s saguintes seres vivos: © Plantas de alfafa + Gafanhotos Cozruiras (pissaros insetivoros) Piolhos Viboras Corujas Mosquitos hematstagos Coelhos Fungos e bactérias do solo 21, Qual dos dois aquérios se assemelha mais a um ecossis ‘tema? Jusifique sua resposta, oy Unidede 1 BCOLOGIA 22. Imagine que umecossisema perdesseseus decompositors. ‘O que acontexeria com os ciclo biogeoquimicos? 2B. Em 1 mé de floresta, foram encontrados 0s seguintes valores ce biomassa para o conjunto decomponentes de cada nel tice: 2} nivel primatio (produtowes)~ 8 g b) nivel secundrio (consumidores primtis) ~37 5 6) nivel tercéro (consumidores secundirios)~ 11g 4) nivel quaternézio (consumidoresteritios)~1,5 g Esquematize uma piimide da biomass para esse comur nidade,representando os valores em escala apropriada, 24, Foram caleulados os valores de biomassa dos compo: nentes de 8 nivistroficos de dois ecossisiemas, um de terra firme e um aquitico, Os resultados obtidos sio apresentados.a seguir. r Fcossistema Niveis toficos ‘Terra firme | Aquitico ‘Biomassa dos produtores| P 7 Gores fotossintetizantes) [54 8/m" | 680 g/m" Biomassa dos consumidores 1 " primaros (herbivore) [O07 /m* | 120/x Biomassa dos consumidores ° . asos carnivores) [OB | Sl squematize uma pirimideda biomass para scsi cos sistemas, represefanda os valores em scale apropviada 25, importante refltir sobre questi dos comibustiveis feceis,orginados a pant de organisms que viveram Jn cenienas de miles de anos. caso do perso edo carvio mineral que movimentam praticament toda in- dstria eos veiculos do mundo. Esses combustiveis no si0_ renovavelssuasreservas elo diminindo apidamentee termina porseesgotar Imagine omuredo desprevidode pedo ou carvio, Quaisseromaslteativasenergticas ‘Se humaidade? Troqu dein com outas pessoas. Tete avaliarograudeinformagioedeinteese das pests sobre esse ema Pesquise mas sobre oassunto, qu etme ter da vez mais inporénca no fata. (ee A BIOLOGIA NO VESTIBULAR 26. (Fuvest$P) Os organises que desompenham em um coasstema terrestre o mesmo papel do itoplancton em uum acossistoma aqquitico s80 2) gramineas 4) gafanhotos. 'b) bactériasdosolo, _¢)_protozoérios cilados 6) fumgos 27. (Vunesp) “Depois de mortos, somes todos comidos pelo bicho ca tera,” Fasa é uma expresso popular que voce jt deve ter ouvido. ferme “bicho da terra” corespende a a) decompositores. b) consumidores primérios. ©) consumidores secundirios. ) consumiclores tercifrios 6) consumidores quaterérios, 2B, (Fuvest SP) “O ticotico té comendo meu fubé / Se 0 ticostico pensa / em sealimentar / que vi comer / umas sninhocas no pomar [..] / Boe’ alpste para verse ele ‘omia / Botei um gato, umespantalhoe umalcapao|..” ‘ZEQUINHA DE ABREU. Tieton no fb ‘No contexto da miisica, na teiaalimentar da qual fazem, Parte icortico, fu ninoca, alpiste e gato, 8) aminhoca aparece como produtor eo tico-tico como ‘consumidor primério, b) © fubs aparece como produtor e © ‘onsumidor primério e socundio, i : ‘midor primar. primarios. introducdo do camarao, Ave Numero de nivisuos 1 2 3 4 § 6 7 ‘Tempo em anos ap6s aintrodugéo do camarao (Oesquema que melhor representa a incluso da espé- cie de camaro na estruturatréfica desse lagoé a) Ave 4) Ave t 1 Peixe Camario Peixe t KF Camario Zooplncton Zooplincton Rae is ©) 0 fuba aparece como produtor # o gato como consi 4) 0 tico-tico e 0 gato aparece como consumidores ©) oalpiste aparece como proxtutor, 0 gato como consu- rmidor primério ea minhoca como decompositor. 29, (Vunesp) Uma determinada espécle de camario foi introduzida em um lago. A figura representa a variacio ‘nos manos populicionais do camario, de uma espécie de peixe e de uma espécie de aves que viver no lago, ‘observada nos anos seguintes, como consequéncia da m= Camaréo Poke Ave Oo Ave aos ao Camardo Poixe Camardo = Peixe na ar Zoopléncton Zooplincton 9 Ave st 8 ‘Zooplancton Peixe Camario 30, (LIFSCar-SP) Noaparelho digestério de um oi oestéma- 20 dividido em 4 compartimentos. Os dois primeiros, rrimen e barrete (ou reticulo), contém rica quantidade de bactérias e protozoérios que seeretam enzimas que decompoem a celulose do material vegetal ingerido pelo animal. O alimento semidigerido volta 8 boca onde € remastigado (ruminaco) ¢ novamente deglutido. O dois outros compartimentos,omaso eabomaso, recebem. co alimento ruminadoe secretam enzimas que quebram as proteinas das bactérias e dos protozodios que che- gam continuamente dos compariimentos anteriores. Consicerando apenas o aproveitamento das proteinas bacterianas na nutrigio do boi, & correto afirmar que o oie 0s microrganismos sio, espectivamente, a) consumidor primério e decompositores, ») consuunidor secundario e decompositores ) consumidor primério e produtozes. 4) consumidor primério ¢ consumidores secunditios, } constumidor secundirio e consumidores primirios. 31. (UESM-RS) A decomposigao da matéria orginica 6 pro ‘movida por certostipos de bactérias e fangos. Assinale a alterativa que indica a caracterstica que esses orga rsmos chamados decompositores tém em comin. a) Realizam fotossintese..d) Sio simbiontes. b) Formam hifas. ©) So heterstrofos. ©) Sto eucariontes, 32. (Fuvest-SP) O cogumelo shitake écultivado em troncos, ‘onde suas hifas nutrem-se das moléculas orginieas com: ponents da madeira. Uma pessoa, ao comer cogumelos shitake, esti se comportando como: a) produtor b) consumidor primétio. ©) consumidor secundétio. 4) consumidor tercifrio. ©) decompositor. 33. (PUC-Campinas-SP) Considerando a quantidade total de materia orgénica presente em diferentes seres vivos de uma floresta, a sequéncia decrescente correta é a indicada por 2) camivoros, plantas decompositors. ») herbivores, plantas e decompositores, 6) plantas, carnivorose herbivores. 4) herbivoros, camivoros e plantas. «) plantas, herbivores e carnivores. Capitulo 2 Abiosferae seus ceosistemas a 34, (Fuvest SP) Considere a seguinte tia alimentar Nateia considerade o homem é a) produtor ») apenas consumidor de I orem. 6) apenas consumidar de 2ordem. 4) apenas consumidor de 3 order. 6 consumidor de 7 e*ordens. 35, (FuvestSP) Uma lagarta de mariposa absorve apenas rmetade das substincias orginicas que ingere, Sendo a ‘outra metade eliminada na forma de fezes. Cerca de2/3 «do material absorvido ¢utilizado como combustivel na respiragio celular, enquanto 0 1/3 resante éconvertido ‘em materia orgénica da lagarta. Considerando que uma lagarta tenha ingerido uma quantidade de folhas com matéria organica equivalent 2 600 calarias, quanto dessa energia estaré dispontvel para um predador da lagarta? 2) 100 calorias. «) 400 calorias. ) 200 caloras. ©) 600 calorias. ©) 200 calorias. 36. (Vianesp) Biomassa 6 um termo que expressaa quantida- cde de matéria viva acumulada em cada nivel trotico da cadeia alimentar. Assinale a alternativa corrota, a) Numa comunidade em equilibrio ecolégico, os dife- rentes niveistricos apresentam a mesma biomass ») Abiomassa dos consumidores primérios é maior que ‘a biomassa dos produtores. ©) Abiomassa des predadores é maior que a biomassa das presas, 4) Quanto menor o nivel tr6fco, maior a biomass, ©) Quanto maior o nivel trtico, maior a biomassa. 37. (Ver) O gréfico a seguir 6 uma pirémide ecol6gica & ‘demonstra as relagbes trficas em uma comunidade: ‘consumidores seundatios ‘onsumidores primes produtores Aalternativa que indica, respectivamente, 0 tipo de pirimide eo aumento que ela representa, é 4) de biomassa ~ do peso seco em fungio do tamanho dos organisms. 1) deenergia—doteor de calorias, pela maior velockiade de cclagem. Unidede 1 ECOLOGIA ) de energia — das populagtes de consumidores prt mits esecundaros. 4) de nimeros — da quantidade de organisms, sem considera biomass. 38. (UF5M-RS) Indique se éverdadeiza(V) ou falsa (F) cada ‘uma dasafirmativas a seguir. (()) Produtores ralizam fotossintese ou quimiossintese. {) Numa pirdmide de energia, nivel dos consumido- res 6 sempre maior que 6 dos produtores. (_) Decompositoresformam o primeiro nivel téfico da cadeia alimentar pois, sem eles, 0 fluxo de energia no pode se processar Asequéncia cometa & aV-F-E ¢) V-F-¥. e) F-F-E BR-V-v d) V-V-V, 438, (Vunesp] O cielo do carbono na natureza pode ser re- presentado, simplificadamente, da seguinte maneira. (Os niimeros de 1a 5 indicam,respectivamente, 2} fotossintese, nutrigdo, respiracdo, combustio morte. ») respiragio, nutrgdo,fotossintese, morte e combusto. ©) mutrgGo, combust, fotossintese, morte e respiragio. 4) fotossintose, combustio,respiragio, morte e nutri ¢} fotossintese, respiragao, mutrigao, combustao morte 40, (Enem-MEC) Do ponto de vista ambiental, uma distin- fo importante que se faz entre os combustiveis ¢serern provenientos ou ndo de fontes renovsiveis. No caso dos, derivados de pettbleo edo dlcool de cane, esa distingo se caracteriza 4) pela diferenga nas escalas de tempo de formacio das fonts pesado golgio no caso dopetreo anal ») pelomaior ou menor tempo para serecilaro combus- tive uilizado, tempo muito maior no caso do leo. 6). pelo maior ou menor tempo para se rociclar 0 ¢om- bustvel utlizado, tempo muito maior no caso des derivados do petréeo. i I fink cae ih amcor a io, 4) pelotempode combustio de uma mesma quantidade ) transformar urcia em aménia. ©) decompor substincias nitrogenadas das excretas i) aliminar nitrito do solo, ) transformar amdnia em nitrat. Ieee 47, (UFSCarSP) 0 esquema mostra as relages tris entre as espécies A,B, CeD de um ecossistema aguético. 4) Identifique as espécies de decompositores, de herbi- vor, de camivoras e de produtores. ») Se a espécie representada pela letra C for totalmente izimada, quais ser3o as consequencias imediatas para as populagies A e D, ' " ‘rimas }-+{ Compostos trogenados vy Nivatos | (N03) | 0 a) Mell. <) 1, Mell e) Well. ») L Weill ¢) HL, Mel. respectivamente? Copitale 2 Ablostrt seu corsitemas B 48, (Ver modificada) Um ecosistema pode ser dretcamen- tealterado pelo surgimento ou pelo desaparecimento de cespécies de somes vivos. Um ambiente em equilibrio € habitedo por indivi- dduos pertencentes a trés diferentes grupos: produ- tores, consumidores de I* ordem e eonsumidores de 24 ordem. Em um determinaclo momento, ocorren zuma sibita extingio dos consumidores secundarios. (© grafico abaixo representa a variagao, em fungao do ‘tempo, do ntimero de produtores e de consumidores de ‘ordemnesse ecssistema eo momento da extingio dos consumidores de 2ordem. [Namoro de inviduos, Te Extingo dos consumidores mee ‘de 2 order Indiqueas curvas do grafico que commespondem, respect ‘vamenle, aoe produtores eos consumidores de Forder ce jusifique sua resposta 49, (Unicamp-$P) No esquema abaixo, estio representads ‘os niveis tréficos (A — D) de uma cadeia alimentar. = = = 4) Explique o que acontece com a energla transferida 4 partir do produto: em cada nivel tiico e © que representa o calor indicado no esquema ») Explique o que representa e qual a sua fun. 50. (Fuvest SP) Num ambiente aquatico, vivem algas do fitoplincton, moluscos filtradores, peixes carnivoras ¢¢ microrganismos decompositores. Considerando um ‘tome de carbono, desde sua captura como substincia {nongéniea a sua liberagdo na mesma forma depois de passar por forma orginica,indique: 4) asubslanciainorginica que 6 capturada do ambiente, a maior sequéncia de organismos nessa comunidade Unidade 1 ECOLOGIA 51 52, 53. 5 pela qual ese dtomo passa ea substincia inorginica ue ¢ liberada no ambiente; ) esprocessos que um ini ser vivo dessa comunidad, pode realizar para capturare eliminar esse étomo. (Faveat SP) Num campo, vive gafanhotos que se alimentam de plantas e servem de alimento para pes- sarinhos. Estes sho predadas por gavides.Fssas quatro populagies se mantiveram em nuimeros estéveis nas ‘ilkimas geragses. a) Qual é0 nivel tice de cada uma dessas populagies? ») Explquode quemodioapopulagiodeplanaspodersser afetada se muitos gavides imigrarem para esse campo. Qual éatzjetéra dos tomas carbone queconstituem asproteinas cas gavides desde sua origer inorganicx? 4) Qual €0 papel das bactérias na introduglo do nitro- sgnionessa cade alimentar? (UFRR)) (0s subafricanos estio atravessando uma grave crise ‘a almentacfo, causada pelo esgotamento do sokona regio. Para miniizaro problema, a Universidade da Califérria desenvolveu uma técrica para recuperar os solos esgotados, que consiste em plantar drvores de legurminosas em meio a lavouras de alimentos. + Adap. de Ciencia Hoe SBPC v.33, 1.193, mao de 2003, p. 51 De quemaneira essa téenia ajuda na recuperacio do solo? (Wunesp) A fixacdo bioldgica de nitrogénio vem sendo cstudada hi 50 anos. Neste perfodo, muitos conheci- rmentos em relagio a esse processo foram produzides. 8) Quais séo os organismos responsiveis pela fixagio biologica de nitrogénio? ) Porques presenca esses organismosno solo contribu ppara sua fertilizagio? (Fuvest SP) ATMOSFERA 2) O esquema mostra, de maneira simplificada, cio de que elemento guimico? +b) Queinformacto, dada pelo esquema, permite identi- ficar esse elemento quimico? «Gite duas classes de macromoléculas presentesnosseres vivos, que contenham esse elemento quimico om tot ad we N , 55. Fuvest-SP) Apés alguns meses de monitoramento de ‘uma regido de flocestatemperada (de julho a dezemtbro de 1965), a vegetacio de uma area foi derrubada e im- pediu-se o crescimento de novas plantas. Tantoa dea de florestaintacta quanto a rea desmatada continuaram a ser monitoradas durante os dois anos « meio seguintes (Ce janeiro de 1966 a Junho de 1968). © gréfco a seguir mostra as concentragbes de nitratos prepentes nas éguas de chuva drenadas das duas éreas para osrregos proximos. 2% w0 r 8 c00 pn 328 aa 2 § 300, dembada \ GEO Seat fen toms 48 3) 8 20) H 10 gs Dez Jen Dez ian Jun a 4) Se, em 1968, a vegetacio da drea intacta tivesse sido removida e ambas as reas tivessem sido imediata- ‘mente usadas para cultivo de cereais, era de esperar que houvesse maior produtividade de gros em uma dolas? Por qué? }) Qual elemento quimico donitrato fundamental para a manutencio de um ecossistema? Por qué? 56. (UER}) A descarga de esgoto e de ferilizantes agricolas Teva a um aporte de grandes quantidades de fésforo e nitrogénio nos oceanes. A abundancia deates muteientes favorece a multipicagio do ftoplancion (lgas) exstente nas éguas supericiais, Os organisnes do toplinctontém vida curtae, depois demortns, acumulam-senofundodos coceanos, onde sZo lentamente decompostos. As rides profundas dos oceanas apresentam, em. geral, uma baixa Alisponibilidade de oxigtnio dssovido.Sehouveracimulo de grandes quantidades de restos de fitoplncton, 0 tee .dssolvdotorna-se ainda maisbaixo nestasre sides que passam a ser denominadas de “zonas martes” Explique por que o actimulo de matéria orgisica con teibui para a ecugio dos niveis de oxigéno dissolvido nas “zonas moras” Capito 2 Abiostera seus econsistemas ee De que trata DINAMICA DAS POPULACOES E DAS COMUNIDADES BIOLOGICAS Porte Tt Actinide imponente dessa logaria de epee predadores; sua grande "eabeca” expinhosa &, no verdode, um conjunio de segmentos corporais dilotodos. ‘As comunidades de seres vivos sao constituidas por populagoes de diferentes es- pécies, que se relacionam de diversas maneiras. Certas espécies alimentam-se de ou- tras; algumas competem entre si; hé também aquelas que convivem harmoniosamente, trocando beneficios. A vida e a evolucio das espécies biolégicas, inclusive da nossa, dependem precisamente da variedade dessas relacies. (O aumento das populacdes humanas e a superexploragao dos recursos naturais tém causado alteracdes significativas nos ambientes terrestres e nas comunidades bio- logicas. O futuro de nossa espécie depende da compreensio de que somos parte inte- grante da biosfera, e nao seus simples hdspedes. Felizmente, a humanidade comeca a se conscientizar da existéncia de uma complexa rede de relagdes entre espécies de seres vivos, entre si e com o ambiente. Neste capitulo trataremos de alguns aspectos do crescimento das populagées, com destaque para a populacéo humana. Veremos também os variados tipos de relacio entre 08 seres vivos € as caracteristicas dos principais biomas do mundo e do Brasil. Conhecer a distribuicio das populacdes de seres vivos no planeta e as relagdes que elas mantém entre sie com o ambiente ¢ dar um passo importante para preservé-las, em beneficio de toda a humanidade. ECOLOGIA 3 Objetivos Gerais © Conhecer ¢ ounce 08 fatores CF ofe- am as populosses em geral o as populacées humones em especial de modo o podr ree: fir sobre temas atvais de cidedania, tais como: explestio demogréfica, controle da notalida- de, planejamento Familiar ek. * Reconhecer 6 imporkéneia des conhecimentos, sobre relordes ecolégicas @ sabre tipose dis. tribuiggo das comunidades biclégicas paro a compreensao do equilibrio ecolégico global Objetives Didésticos '* Conhecer e concaituar algumas caracleristicas gercis dos populosses (densidade demogréf- 40, taxa de crescimento, taxa de natalidade e taxa de morilidede) e opicar esses confer montos na interpretagdo de curvas de cre mento populacional e em pirdmides etérias. * Conhecer © compreender os prncipaistpos de reloctes inrosspociteas (competgao inroes: pectica, caléria e socidade) e de relocses Inlerespecicas , herbivora, inguin, competi inerespec- fica, comensalismo, muvalisme e parosiemo) * Conceiuar sucesso ecolégicae ditinguirsu- cessdio primaria de sucessdo secundaria; ex- plicar as principals tendéncias obseryados no decorrer da sucesso (aumentos da biomessa, a esibildad, da biodiversidode et. * resins bea, corazon leer do geograficament principais biomes do mundo {tundeo;teigo; foreta Yemperada; fo- resta plvil ropicl; estepe; sevano; deserto) «do Brasil (foresta omazénica; loresta alan- fico; floresta de araueérias; campo cerrado; ‘Pampa; coatings floresta de cocais; pantanal mato-grossense; menguezois}, 3.1 CARACTERISTICAS DAS POPULACOES Populasio bloléeica 6 um grupo de individuos de mesma espécie que convivem em determina. da érea geogratica, Cada populacéo do ecossistema evolui e se adapta ao ambiente. Populacées surgem, Ccrescem e se estabilizam, em equillbrio com os demais componentes da biocenose, mas algumas delas po- dem também declinar e se extinguit © estudo populacional, ou clemogratta (do gre- go demos, povo, e graphe, descricao), leva em conta diversos aspectos das populagées, na tentativa de en- tender sua dindmica. Do's desses aspectos, importan- ‘esa caracterizacao de uma populagio, sao: densida- de populacional e taxa de crescimento, lm Densidade populacional Uma informacao importante a respeito de qual- quer populac3o é a densidade populacional, defi- niida como 0 niéimero de individuos de uma mesma espécie que vive em determinada érea ou volume (no 0 de habitats aquaticos, por exemplo). Essa defini. so esta representada a seguir: Densidade __Nuimero de individuos opulacional ~~ Area ou volume A densidade das populacdes humanas, chama- da clensidace demogratica (do grego demos, povo), € caleulada com base em levantamentos periédicos denominados censos demograficos. Por exemplo, © censo realizado em 1990 estimou a populagao brasileira em aproximadamente 150 milhées de pes- S0as, distribuidas pelos 8,5 milhdes de quilémetros quadrados de superficie do teritério nacional. Assim, a densidade demogréfica do Brasil em 1990 era de aproximadamente 17,6 hab./km? (habitantes por qui- lemetro quadrado). No ano 2000 0 censo estimou a Populacdo brasileira em quase 170 milhoes de pessoas; como nosso tertitério permaneceu o mesmo, conclu mos que a densidade demogréfica brasileira aumentou ppara quase 20 hab./km’. Em outras palavras, na area hipotética de um quilémetro quadrado, em que ha- via aproximadamente 18 pessoas (17,6 hab./km?) em 1990, passaram a viver mais duas pessoas em 2000 (20 hab./km) Evidentemente, céleulos como esse indicam apenas um aspecto muito geral da popula so brasileira, uma vez que ha areas mais densamente Povoadas, como as grandes cidades (cuja densidade ultrapassa 100 hab./km?), e locais menos habitados, como areas da floresta amazénica, por exemplo, onde 2 densidade demogréfica nao chega a 1 hab./km. lm Taxa de crescimento populacional © estudo do crescimento populacional é im- portante para entender o comportamento das popu- lages de um ecossistema. Medidas do tamanho de ‘uma populacao, tomadas em diferentes intervalos de tempo, informam se ela est em expanséo, em deci nio ou estavel, 0 que permite fazer correlagdes com fatores como disponibilidade de alimento, clima ete. Crpltule 3 Dinimica das populates e das comunidades biolgicas Pa Pode-se definir taxa ce crescimento popula ional como a variagio (aumento ou ciminuicao) do rndimero de individuos da populagao em determina- do intervalo de tempo. Quando nao se leva em conta © tamanho da populagao, mas apenas a variagao do inimero de individuos no periodo considerads, fala-se ‘em taxa de crescimento populacional absoluto. Essa relacao estd expressa na representacio a seguir: ‘Taxa de crescimento _ Nf Ni absoluto em ave Nf = ntimero de individuos no final do perfodo consi- derado; Ni = niimero de individuos no inicio do periodo con- siderado; t= duragao do perfodo considerado. Observe a tabela a seguir, que mostra os resul- tados da analise de duas populagdes de bactéria (Ae B) no inicio das observacdes e trés horas mais tarde. Tempo [Ne de bectérias/ml de meio de culura Populagéio A Populacéio B Inicio 10.000 200.000, Apés 3h 40,000 500.000: Com base nesses dados, pode-se determinar a taxa de crescimento absoluto (TCA) para cada uma das populagées de bactéria cA _ 40.000 — 10.000 _ j aan Th = 10.000 individuos/h_ TA _ $00,000 — 200.000 _ een a 100.000 individuos/h Concluimos que, no periodo considerado, 0 nGmero de bactérias na populagio B aumentou dez vvezes mais do que na populagao A. Entretanto, como 2 populacao B era inicialmente maior, seré que cla cresceu proporcionalmente mais rapido que a popu- lagéo A? Para responder a essa pergunta, deveros incluir em nossos célculos o tamanho inicial de cada populagao, para obter assim a chamada taxa de cres- ‘cimento populacional relativo. ‘A taxa de crescimento populacional rela- tivo, definida como a variagio do némero de indivi- duos de uma populacéo em relacio ao seu ntimero inicial, € obtida da seguinte maneira NE= Ni Taxa de crescimento _ __Ni relative t ‘Assim, as taxas de crescimento populacional re- lativo (TCR) para as duas populagoes de bactéria do ‘exemplo anterior s80: ECOLOGIA 40.000 = 10.000 rensen=——08 = cht 500,000 ~ 200.000 TCR de B = 0,5 individuoinore 3h © céleulo da taxa de crescimento relativa indica ‘que a populagao A cresceu em ritmo mais acelerado ddo que a populagao B, embora 0 namero absoluto de individuos acrescentado a ela, no periodo considera- do, tenha sido dez vezes menor. Taxa de natalidade e taxa de mortalidade CO crescimento de uma populagio em determina- do intervalo resulta, fundamentalmente, da interacdo de dois aspectos populacionais: a natalidade (numero de individuos que nascem) e a mortalidade (niémero de individuos que morrem) que ocorrem no periodo considerado. Outros fatores que também afetam 0 ta- manho populacional séo a imigragao, que é a entra- da de novos individuos na populagao, a emigragéo, que a safda de individuos da populacao. (Fig. 3.1) « 2 NATALIDADE, LIDADE. “8 accep Tamanho a y\ popu) Figura 3.1 ( crezcimento de uma populosdo resulta da interardo =} owe” tema | cae g =e name Sos Figura 3.10 ‘A. Nos pins, minha apresento 0 obdeme extemamente deservolo replete de ovos (ote os enormes sgmentos abdominals esbrenguizados cm ume feixa marron. 3 Gainedensorse ans gat lage = 1,5). Cupine-de-soo; 6 esquerda, ume ninkae, dire um soko (asmerto 3 x). 8, Copano de una spice de cupim-de tle no cerrado (reduzicto ~ 30 |. A ilusttacdo representa o ciclo reprodutivo © as castas em ume espécie de cxpim, Ccpltvle 3 Dininica das populagbes ¢ das comunidades bnkgicas ‘Cupins como os do género Reticulitermes fazem riinhos no solo. Estes so formados por uma parte subterranea e por uma construgao de barro, em forma de monte acima do solo, que contém milhares de galerias com paredes fortalecidas por secrecBes salivares produzidas pelas operérias. Esses cupins ali mentam-se de madeira de érvores mortas ou mes- mo de drvores vivas. A espécie Coptotermes haviland € um cupim-de-solo originario do Oriente, que foi introduzido no Brasil no inicio do século XX, pela importacao de madeira contaminada, Das cidades portuarias do Rio de Janelro e de Santos, a espi espalhou-se pelo interior do pais, onde invade a es- trutura de prédios e residéncias, causando grandes prejuizos as construcies. As sociedades de certos cupins compdem-se de milhares de individuos, diferenciados em pelo menos ‘tres castassociais. Uma delas € consttuida por rainhas e reis, organismos fértels e alados cuj funcio € ort ginar todos os membros do cupinzeiro; outra casta 6 a dos operérios, individuos estéreis que exercem diversas fungées, Como cavar tiinels, coletar alimen- to, cuidar das ninfas (estagios jovens) etc. Hé ainda a casta dos soldados, individuos dotados de grandes mandibulas, especiaizados na defesa do cupinzeiro contra inimigos. Pode haver, também, uma casta de reprodutores suplementares, que podem se tornar sexualmente maduros e substituir rainhas e reis que eventualmente morram. Na época da reproducao, nos meses mais quen- tes e midos, emergem dos cupinzeiros formas aladas, 0 reise as rainhas, originados do desenvolvimento de ninfas férteis. As formas aladas, conhecidas popular~ mente como aleluias ou sirrs, s80 atrafdas por luz & calor e, depois da revoada, caem no solo e perdem as asas. Machos e fémeas formam casais e constroem ninhos, onde serdo os reis € as rainhas. © abdome da rainha desenvolve-se e se toma repleto de ovos, atin- gindo enorme tamanho. Uma rainha € capaz de por lum ovo a cada 28 segundos, gerando até 3 milhdes deles por ano, durante 25 a 50 anos. O rei permanece ro ninho junto & rainha Relagées interespecificas Em uma comunidade de seres vivos ha diver- ‘05 tipos de relagdes ecol6gicas interespectticas, isto 6, que ocorrem entre espécies diferentes, Hé desde relagées em que uma espécie utiliza outra ou outras como alimento até aquelas em que os individuos de = (incl (+) indice benetcio para a expécie da assecioséo; 0 sna (inden prezo; oil 0] nck que noha beneficio nam prejizo para os espécis associadas Protocooperaséo Protocooperacéo, ou cooperagao, ou ainda mutualismo facultativo, é um tipo de relacao eco- logica em que determinadas espécies, embora possam viver sozinhas, associam-se e trocam beneficios, Um exemplo de protocooperacio 6 a relagio entre crustéceos do género Pagurus, conhecidos como caranguejos-eremita, e algumas espécies de anémona-do-mar (filo Cnidaria). Esses animais nao vivem necessariamente juntos, mas é frequente en- contré-los em associacio, que é vantajosa para am- bos. caranguejo-eremita abriga-se em conchas vazias de caramujos, nas quais protege seu abdome delicado, desprovido da carapaca rigida presente na maioria dos caranguejos. Em seus deslocamentos pelo fundo do mar, 0 eremita arrasta consigo a con- ‘cha que Ihe serve de casa, abandonando-a apenas ao trocé-la por outra maior. Sobre as conchas ocupadas: pelo caranguejo-eremita 6 frequente encontrar uma fu varias anémonas-do-mar, que se beneficiam da associago por ganhar mobilidade e aproveitar even- tuais sobras de comida do crustaceo. O caranguejo- seremita, por sua vez, beneficia-se dos mecanismos de defesa das anémonas-do-mar, cujos tentéculos tm células urticantes, capazes de provocar queima- dura em eventuais inimigos. i Outro exemplo de protocooperacéo é a rela sao entre grandes mamiferos, como bois, biifalos ¢ rinocerontes, ¢ aves que comem seus carrapatos. Ha vantagens tanto para 0 mamifero, que se livra dos incémodos parasitas, quanto para 0 passaro, que obtém alimento com relativa facilidade. Crocodilos também convivem cooperativamente com aves que entram em sua boca e remove de suas gengivas detritos e sanguessugas. (Fig. 3.11) Figura 3. Exemplos de protocoaperagdo, A. Coranguejo-ererita dentro da cencha que lhe serve de abrigo, sobre a qual vivem anémonas-do-mar (reduzido = 2 x). A ilustracdio representa esquematicamente um eremita

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