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Estive Por Aí... Paris

O documento descreve os detalhes de uma viagem de 7 dias a Paris, incluindo pontos turísticos visitados em cada dia, informações sobre o metro e curiosidades sobre a cidade.

Enviado por

Fatima Mendonça
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Estive Por Aí... Paris

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1

Sumário

APRESENTAÇÃO.......................................................................................3
Informações Básicas e Curiosidades........................................................4
DIA 1 (02/07/12) – Trocadero | Torre Eiffel..........................................26
DIA 2 (03/07/12) – Place Vendome | Igreja de La Madeleine | Place de
La Concorde | Versailles | Champs Elyssés | Arco do Triunfo | Passeio
no Sena..................................................................................................31
DIA 3 (04/07/12) – Museu do Louvre | Estátua de Joana D’Arc | Roue
de Paris | Jardin de Tuileries | Museu L’Orangerie | Museu D’Orsay |
Sainte Clotilde........................................................................................99
Dia 4 (05/07/12) – Marco Zero | Catedral de Notre Dame | Sainte
Chapelle | Conciergerie | Cripta de Notre Dame | Torre Saint Jacques |
Sorbone | Panthéon | Pompidou | Igreja de Saint Eustache | Hotel de
Ville......................................................................................................140
DIA 5 (06/07/12) – Sacre Couer | Place de Tertre | Abesses | Muro dos
“Eu te Amo” | Moulin Rouge | Invalides | Museu Rodin | Jardin Du
Luxembourg | St Sulpice | St German des Pres | Bastille | Arco de La
Defense................................................................................................276
DIA 6 (07/07/12) - Place des Vosges | Bastille | Republique | Opera
Garnier | Jardim de Luxemburgo | Torre Eiffel...................................350
DIA 7 (08/07/12) – Notre Dame | Pont de Archeveche | Livraria
Shakeaspeare And Company | Hotel de Ville | Arco do Triunfo | Torre
Eiffel | Museu do Louvre | Notre Dame | Torre Montparnasse..........387

Julho/2020
3

Fátima Mendonça

APRESENTAÇÃO

Minha primeira viagem solo. Escolhi uma das minhas paixões, o


lugar que sempre sonhei conhecer: Paris. Ansiedade a mil.

A cidade luz sempre circulou entre o meu top 3 (junto com


Grécia e Machu Picchu). E depois de visitar Lisboa, percebi que não
era tão difícil viajar. Comecei então a pesquisar a viagem a Paris.
Foram 4 anos de pesquisa...

Pesquisei tanto que já sabia todos os nomes das ruas de cor,


sonhava tanto com o dia de ir a Paris, imaginado cada detalhe, cada
segundo. Assisti a vários filmes, li vários guias turísticos e vi muitos
sites, até me sentir confiante em realizar mais este sonho.

Escrevi este relato para


relembrar essa
experiência.

Boa viagem para Paris.


4

Informações Básicas e Curiosidades

⇒ ZONA X ARRONDIMENTS. ENTENDA A DIFERENÇA:

A primeira coisa que você precisa saber sobre Paris é que ela é
dividida em zonas e arrondissements (bairros).

São no total 6 zonas e 20 arrondissements. Mas porque é


importante saber isso? Por que se você for usar qualquer meio de
transporte (táxi, metro ou RER [trem]) tem que saber que é cobrado
uma tarifa diferente em cada uma das zonas.

» As Zonas de Paris

Alguns turistas quando estão procurando hotéis em Paris, sem saber


dessa divisão, acabam optando por hotéis fora da zona 1, por que os
preços são melhores (mais baratos), mas essa primeira vantagem
pode ser ilusória, porque cada vez que quiser ir de transporte
5

público para a zona 1, a tarifa é mais cara. Na hora de fechar com o


hotel, repare bem em que zona ele está para não ser pego
desprevenido quando chegar lá.

Como vocês podem ver na figura, Paris é dividida em círculos como


um rocambole (áreas em creme e rosa), desde o menor e mais
central (zona 1) até o mais longínquo (zona 6), a região mais
afastada.

A zona 1 é o centro principal de Paris, a cidade em si. É na zona 1


6

que está 99% dos pontos turísticos, como a Torre Eiffel, Arco do
Triunfo e Museu do Louvre.

A zona 2 é a região onde está o Castelo de Vincennes e o Stade de


France.

A zona 3 é a região de La Defense.

A zona 4 é onde se encontra o Chateau de Versailles e o Aeroporto


Orly.

A zona 5 é onde está a Eurodisney. O Aeroporto Charles de Gaulle


também.

» ARRONDISSEMENT
7

Os 20 arrondissements, algo como nossos bairros, em tradução


livre, estão distribuídos segundo uma espiral que se desenvolve no
sentido dos ponteiros do relógio a partir de um ponto central da
cidade localizado no Louvre (1º arrondissement). Assim sendo os
números mais baixos correspondem aos “bairros” mais centrais e
números maiores a arrondissements mais distantes (periferia).

Mapa Turístico de Paris, dividido em arrondissements

E quanto mais próximo do centro (arrondissement 1 – onde está o


Louvre) mais caro será o hotel, por exemplo. Os arrondissements 7
(Torre Eiffel) e 8 (Arco do Triunfo e Champs ELyssée) também são

considerados bairros elegantes.


8

Não há diferença no valor


cobrado nos transportes
públicos entre os
arrondissements, você pode ir de
um para outro com o mesmo
bilhete de metro. O valor
diferenciado é apenas entre zonas.

Para saber em que arrondissement você está, basta olhar para as


placas nas ruas. Aquele número ali em cima, é o indicador do
arrondissement.

⇒ RIVE DROITE X RIVE GAUCHE


- Se orientando a partir do Rio
Sena

Como o rio Sena atravessa Paris


inteira, os parisienses costumam
se orientar de acordo com a margem do rio. Sendo rive droite para
o lado direito e rive gauche para o lado esquerdo do Sena.

Inicialmente, essa divisão era algo muito mais social e cultural do


que geográfico. Rive Droite era considerada a região mais popular
9

de Paris, onde moravam os trabalhadores, enquanto na Rive


Gauche, estavam os intelectuais e aristocratas da época,
principalmente no 5 e 6 arrondissement.

Com o tempo, essa divisão social foi mudando, mas os termos foram


guardados e ainda são usados para se geolocalizar ou simplesmente
para classificar o estilo de alguém como “rive gauche”.

Bairros de cada região:

» Rive Droite: 1, 2, 3, 4, 8, 9, 10, 11, 12, 16, 17, 18, 19 e 20

» Rive Gauche: 5, 6, 7, 13, 14 e 15

⇒ O METRO DE PARIS

Não é difícil usar, tem metro


para todo lado. E tem regras.
Muitas regras, algumas bem
esquisitas e se não cumpri-las, os fiscais são bem intransigentes e
vão te dar uma multa...

1) Guarde o ticket até sair da estação.


2) Compre o ticket correto. O preço muda a cada zona. Por
exemplo, você saiu da Torre Eiffel (zona 1) em direção a
10

Versailles (zona 4), você precisa de um passe da zona 4, um


pouco mais caro (zona 1= 1,70 euro; zona 4= 3,65 euros), se
não tiver, vai levar multa (50 euros).

ATENÇÃO: Não jogue o ticket do metro fora!!! Há fiscais nas saídas


do metro fiscalizando se as pessoas estão com o ticket correto para
a determinada zona. E não adianta dar uma de desentendido, não.
A multa vem assim mesmo.

3) O ticket é válido por 1h30.


4) O ticket é One-Way, ou seja, sentido único. Mesmo que
esteja no período de 1h30 (ainda válido), não é permitido
usar o mesmo passe para voltar.

No período que fiquei por lá, passei por alguns fiscais. Alguns me
pararam, outros não. Mas não arrisque, a multa é pesada!

⇒ CURIOSIDADES DE PARIS:

» Maçaneta no metro
11

A mais engraçada: foi ver uma maçaneta na porta do trem do


metro. Mas tinha visto isto na pesquisa. Você precisa abrir a porta,
ou com a maçaneta ou com um botão, senão a porta não abre.

» Cadeados na Ponte

A Pont dês Arts é coberta


por cadeados, mas por
uma boa razão. Há uma
lenda que diz que um
casal para se manter
eternamente apaixonado
deve colocar um cadeado
com suas iniciais na ponte, trancá-lo e jogar a chave no rio Sena...
12

» Esfregando a Estátua

Ok, essa é um tanto


estranha, mas reza a lenda
que se uma moça quer
engravidar deve ir ao
Cemitério Pére Lachaise,
procurar o túmulo de Victor
Noir e, bem, passar a mão
nas partes intimas da
estátua... E como dá para
ver na foto, muita gente
acredita, hahaha.

» A Ponte dos Desejos


13

Diz a lenda que ao passar por baixo da Pont Marie, deve-se fazer um
pedido e não contá-lo a ninguém para ser atendido. Nessa versão, o
pedido não precisa estar relacionado a romance.

Em outra versão, ao passar por baixo da ponte deve-se fazer um


pedido e dar um beijo na pessoa amada, assim o pedido será
realizado.

» A Ponte do Diabo

Calma, não é nada demais.


A Ponte de Notre
Dame recebeu esse apelido
devido a quantidade de
acidentes causados ali.

» A Calçada da Bastilha
14

A Pont de la
Concorde foi
construída
com as
pedras vindas
da Bastilha.
Alargada em
1930, ela
ficou 2 vezes maior do que a original, porém sua estrutura
neoclássica foi mantida.

» A Ponte e o Poema

A Pont Mirabeau foi construída no fim do séc XIX. Ela liga os bairros


15 e 16. Guillaume Apollinaire a fez famosa escrevendo um poema
em homenagem as suas 4 estátuas.

» A Ponte e as Estátuas
15

Encomendada por Napoleão e construída entre 1808 e 1814, a Pont


d’Iéna situa-se na frente da Escola Militar e foi aumentada para a
exposição universal de 1900. Na ponte existe 4 estátuas de
guerreiros gaules, grego, romano e árabe.
16

» O Nome da República

Na Praça da República há uma estátua


representando-a. No alto do pedestal
existe a figura de uma mulher,
Marianne, a figura feminina que
representa a República. Em torno do
pedestal as alegorias da Liberdade,
Fraternidade e Igualdade. Durante a
revolução francesa, Marie e Anne ou
Marie Anne eram nomes próprios
utilizados pela nobreza, enquanto a
versão Marianne era comum entre as classes populares. Por isto a
escolha deste último nome para simbolizar a mudança do regime.

» Um Canhão de Lembrete
17

O alinhamento dos canhões na esplanada em frente a Les


Invalides é altamente simbólico. Esses canhões estão, efetivamente,
apontados ao Palácio do Eliseu para lembrar ao seu locatário que na
França o soberano é o povo, e que este pode a qualquer momento
retomar as armas.

» Um Santo sem Cabeça


18

Saint Dennis foi um bispo de Paris. Conta a lenda que, após a


decapitação, seu corpo andou até o local de sua futura abadia
carregando a própria cabeça e guiado por um anjo, e, por isso, é
comumente representado segurando nas mãos a cabeça decepada.

» Estátuas Mutiladas no Tuilereis

Vestígios históricos do movimento social


que estabeleceu como divisa para a França
a Liberdade, Igualdade, Fraternidade. No
movimento de destruição do símbolo da
19

monarquia puseram fogo no castelo e cortaram as mãos das


estátuas no Jardim de Tuileries.

» Macarons - Um sonho doce

Macaron é um pequeno bolo


granulado e comumente
produzido sob forma
arredondada de 3 ou 5 cm de
diâmetro. Os mais famosos
são os da doceria Ladurée,
mas se encontra em qualquer
doceria de Paris.

** Eu comi um de chocolate e um de creme na LaDurée. Fui no


quiosque na Champs Elysées porque a loja estava mega lotada. São
bem gostosos, para mim pareceu um tipo de suspiro, com uma
casquinha mais crocante por fora e bem macio por dentro. Achei
também bem doce, os dois que comi foram suficientes.
20

» Gárgula com Cabeça Humana

Quase todas as gárgulas em Notre


Dame tem cabeça animal, mas uma
tem cabeça humana. Diz a lenda que
a figura foi inspirada em um padre
de Notre Dame que se recusou a
pagar o serviço, os operários
esculpiram então o rosto dele como uma das gárgulas.

» A Arte Imita a Vida (??)


21

Em 1387, um padeiro francês, que tinha a reputação de fazer


deliciosas tortas de carne, teria se associado ao seu vizinho, que era
um barbeiro. Este último cortava o pescoço de alguns estudantes
que passavam pelo seu estabelecimento e os levava diretamente ao
porão do seu vizinho. A carnificina só terminou depois de latidos
desesperados do cachorro de uma das vítimas. Depois do
acontecimento as duas casas onde ocorreram os crimes foram
destruídas.

Onde fica: 18 e 20, Rue Chanoinesse - 75004 (Ille de la Cité)

» Banheiro Surreal

Esse foi outro que me surpreendeu... positivamente. Quando você


pensa em banheiro público, imagina uma sujeira só, pelo menos eu
imagino assim. Mas os de Paris, ah, os de Paris...
22

Eles são assim por fora. Você aperta o botão que fica no painel e
quando abre você tem um espaço até que bem grande. É bem
limpo. E o melhor, são de graça.
23

Só atenção de NÃO entrar logo após outra pessoa sair. Explico.


Esses banheiros são limpos automaticamente após o uso. A pessoa
que usou sai e fecha a porta, então ele se limpa sozinho para o
próximo usuário, com jatos de água e produtos de limpeza, por isso,
se não quiser tomar banho nestes banheiros espere a luz ficar
verde.

O painel:
24

1) O primeiro que indica que a cabine está livre – aperte o


botão maior em cima e entre (luz verde);
2) O segundo indica que está ocupada – espere! (luz laranja);
3) O terceiro que está sendo lavada – espere até a lavagem
terminar e a luz ficar verde. (luz azul);
4) O quarto que está fora de serviço (luz vermelha).

Eu usei algumas vezes, e achei ótimo. Não é sempre que você


encontra banheiros limpos disponíveis pela cidade. O único
inconveniente é que demora um pouco, se a fila está grande, por
25

exemplo, além de você ter que esperar as pessoas na sua frente,


cada vez que uma sai, vem o processo de lavagem que demora
alguns minutos.

» Vá gostar de Coca Cola assim lá em Paris

Em Paris, existem 13 tipos de Coca Cola!! 13!! Vamos a eles:

Coca Cola Tradicional Coca Cola Zero Coca Cola Light

Coca Cola Sans Cafeíne Coca Cola Cherry Coca Cola Vanille
Coca Sem Cafeína Sabor cereja Sabor baunilha

Coca Light
Coca Light Coca Light
Plus Antioxydant
Plus Vitamine Sans Cafeine
Zero cal com
Coca Light Vitaminada Coca Light sem cafeina
antioxidantes
26

Coca Light Lemon Coca Light Lime


Coca Light Sango
Aromatizada com Aromatizada com
Sabor de 'orange sanguine'
limão siciliano limão verde

Coca Cola Blak


Sabor intenso de café
27

DIA 1 (02/07/12) – Trocadero | Torre Eiffel

Chegada a Paris.

A primeira coisa que vi de Paris, ainda no avião, foi a Torre...


Montparnase. Fiquei procurando My Lady, mesmo com o rapaz ao
meu lado quase surtando porque eu estava com a janela aberta, e
ele morria de medo de avião, procurando achei a Ópera Garnier.

Depois de muito procurar, achei a Torre Eiffel. Fiquei com vontade


de chorar (a primeira vez). Tanto tempo sonhando com ela e
finalmente lá estava.

Cheguei a Paris propriamente dita às 15:45 (horário local). Passei


rápido pela alfândega, pois estava com meu passaporte português,
mas na hora de pegar a mala, oh sina, demorou tanto que já estava
treinando como ia falar que minha mala sumiu, então, vejo uma
mala virada ao contrário (ai não conseguia ver os patches que tinha
colado), não sei se ela estava por ali rodando há muito tempo, bom,
peguei a mala e vou em busca do traslado e para minha surpresa,
fico sabendo que quase fico para trás...
28

Chego no rapaz com a placa da CVC e ele pergunta meu nome e


quando respondo, todos ali batem palmas. Imagina só a cara dos
outros passageiros, é, não estava nada boa... Tentei me defender,
contando que minha mala demorou. Aí o rapaz da CVC veio com
uma história mega estranha.

Ele me disse que estavam quase indo embora porque já tinha uma
outra Maria de Fátima Moreira, só que o outro sobrenome era “da
Silva” e como ela chegou antes de mim e eu estava demorando
muito, todos achavam que eu não existia. Que tinha sido um erro da
CVC, duplicando nomes.

*Coisas Que Só Acontecem Comigo* ativado – Fala sério!! 2 Maria


de Fátima Moreira viajando para Paris no mesmo dia, mesmo voo
com a mesma agência, pegando o mesmo traslado. Quais as
chances disso ser verdade? - *Coisas Que Só Acontecem Comigo*
desativado.

O rapaz ainda me disse que só esperou porque a única diferença era


o hotel. E ainda bem que ele esperou...

Fomos para a van que nos levaria ao hotel e eu entrei em desespero


porque o motorista andava a uns 10 km por hora, levamos um
29

tempão para chegar ao centro de Paris. E quando passamos pelo


Arco do Triunfo, eu chorei. Primeiro, fiquei espantada, porque ele é
enorme, e depois mega emocionada, porque ele é lindo.

Cheguei ao hotel Comfort Mouffetard Hotel, na rue Mouffetard, 56.


Fiquei no quarto 24.

Achei o quarto bem pequeno, mas


como só era para dormir mesmo...
Larguei a mala, troquei de roupa e
sai. Estava na hora de me encontrar
com a Torre Eiffel.

Peguei o metro Place Monge (linha: 7


- direção: Villejuif Louis Aragon) porque era o mais próximo do meu
hotel, até a estação Place D’Italie, fiz baldeação (linha: 6 direção:
Charles de Gaulle – Etoile) até a estação Trocadero (15 estações).
Em frente está localizada a:

- PLACE DU TROCADERO
- PALAIS DE CHAILLOT (1937)
30

Com o coração disparando, passei


pelo JARDIN DU TROCADERO (o
melhor lugar para fotografar a Torre,
mas também o mais cheio).
Fui caminhando até a Place de
Varsovie, cruzei a Pont d’Iena e fui
pela Quai Branly. Caminhei até a:

- TORRE EIFFEL foi inaugurada em 31


de março de 1889. A torre possui
324m de altura. Foi construída para comemorar o centenário da
Revolução Francesa. (Informações: aberto todos os dias. Horário:
10:00 às 24:00 com última subida às 23:00. Preço para subir ao 3º
andar: 22,70 €).

Ok, estava ali diante a Torre, eu e mais mil pessoas, hahaha, julho é
época de férias, de temporada alta, e tinha tanta gente na fila que
fiquei nela por 2h30m. Sério, 2h30m em uma fila, mas na real, não
me importei nem um pouco.
31

A bilheteria e o elevador fica na base

A fila é bem demorada, e eu via algumas pessoas entrando direto,


só depois eu percebi que eram pessoas que compraram o ingresso
pela internet (vale super a pena), mas em 2012, ainda não era muito
comum fazer compras internacionais pela net...

E depois de quase 2 horas na fila, veio a informação que o 3º andar


tinha fechado porque o elevador tinha quebrado. Não tinha como
sair da fila depois de tanto tempo, subi só até o 2º, prometendo a
mim mesma voltar outro dia para subir ao 3º.

Outra coisa que não sabia e me surpreendeu muito, foi o entardecer


ser muito tarde, neste primeiro dia foi às 10:30 da noite.

Subir na Torre Eiffel foi uma emoção a parte.

Por ter levado tanto tempo para subir na Torre Eiffel, acabei
32

encerrando o dia por aí mesmo.

FIM DO PRIMEIRO DIA

DIA 2 (03/07/12) – Place Vendome | Igreja de La Madeleine |


Place de La Concorde | Versailles | Champs Elyssés | Arco do
Triunfo | Passeio no Sena

Acordei cedo para aproveitar o dia máximo. Ainda tinha que passar
no posto de informação ao turista e comprar o Museum Pass.

Peguei o metro Place Monge (linha: 7 - direção: La Courneuve – 8


mai 1945) até a estação Opera (8 estações).

Acabei descobrindo um “problema” em Paris: tudo abre tarde!

Para ter uma ideia, o posto de informação só abria às 10h00, eram


8h00, ou seja, 2 horas para matar. Fui dar uma olhada na Opera
Garnier, que também só abria às 10h00. Aproveitei para olhar só a
fachada mesmo com muita calma.

Ainda com tempo, dei uma chegadinha até a Galeria Lafayette, que
33

também estava fechada.

Olhando no mapa vi que a Place Vendome estava bem pertinho dali,


fui até lá.

- PLACE VENDOME (1699). A Colonne


d’Austerlitz que enfeita a praça foi
construída em 1810, com o bronze de
1200 canhões retirados dos austríacos
e russos, para festejar a vitória de
34

Austerlitz e homenagear os soldados franceses.

Acho que é a única praça de Paris que não tem árvore. É uma praça
elegante. Foi criada por Luis XIV e bem no centro está a Colonne
d’Austerlitz (homenagem as campanhas militares de Napoleão).

Como ainda tinha tempo, fui ver a Igreja de Madeleine, e de novo,


dei com a cara na água, estava fechada. Só ia abrir às 9:30.
Aproveitei para tirar fotos da fachada que achei inda,
principalmente por parecer muito com um templo grego.

- IGREJA DE LA MADELEINE (1806 – 1842). Esta igreja chama a


atenção pelo seu formato em estilo de templo grego. Uma única
nave com 3 cúpulas. Acima do altar há uma estátua de Maria
Madalena subindo aos céus com 2 anjos. O frontão é adornado em
relevos do último julgamento. As portas de bronze possuem relevos
simbolizando os 10 mandamentos. A igreja possui 52 colunas
coríntias de 20m de altura cada.
35

Ainda com tempo disponível, fui para outra praça,

- PLACE DE LA CONCORDE é a maior praça de Paris. O nome atual


foi dado em 1795. Há estátuas e fontes simbolizando as grandes
cidades da França.

- OBELISCO DE LUXOR foi um presente do governo egípcio para a


França. Tem 3300 anos e 22,86 metros de altura.
36

A praça estava parcialmente


fechada (0.o) por causa do 14 de
julho, a praça é usada para desfile
em comemoração ao Dia da
Queda da Bastilha.

Infelizmente não consegui


localizar o local exato da execução
de Luis XVI e Maria Antonieta.
Acho que estava na parte
interditada praça.

Voltei para a Igreja de La Madeleine que já estava aberta. A igreja é


linda! O interior da Igreja, levemente iluminado, e formado por uma
só nave com três cúpulas que não são visíveis do exterior. Sobre o
Altar Maior se pode ver uma escultura que representa a Assunção
de Madalena, enquanto na cúpula que o reveste há um afresco
sobre a história do cristianismo.

Vale a pena prestar especial atenção ao órgão de tubos da igreja,


considerado um dos melhores da cidade.
37

Voltei para o posto de informação ao turista e comprei o Paris


Museum Pass para 4 dias (54 €).
38

Esse passe dá acesso a vários museus e evita filas. Achei que


compensou, (mesmo sendo bem salgado) já que gosto de visitar
museus (e os de Paris são sensacionais).

Indo para Versailes

Com o passe nas mãos, fui para o metro Opera (linha: 8 - direção:
Balard) até a estação Invalides (3 estações), fui até a estação de RER
Invalides (linha: C5 - direção: Versailles – Rive-Guache). Desci na
estação Versailles – Rive-Gauche (a viagem dura cerca de 45
minutos).
Bom, para ir até Versailles não é difícil, basta ir até o metro
Invalides, fazer baldeação para a estação de trem, conhecido aqui
39

por RER, aqui é só pegar o trem (C5 também chamado de VICHY)


para Versailles Rive Gauche e descer na estação Versailles. Super
tranquilo. A viagem durou +/- 30 minutos.

Eu me achando super esperta, comprei dois tickets para o trem (O


palácio está na zona 4 e o passe de metro não cobre essa área),
achando que estava comprando ida e volta, mas acabei comprando
dois de ida (-_-) Ainda bem que era baratinho, fiquei com um de
recordação...

ATENÇÃO: Só o C5 para na estação Versailes - Rive Gauche. Fique


atento ao letreiro luminoso que fica na plataforma e indica em quais
estações o trem irá parar.

Quando estava no traslado, o pessoal da CVC ofereceu este serviço


por 200 euros, o ticket de trem (acima) custou 3,25 euros. Depois,
me perguntam por que prefiro ir por conta própria.
40

O RER está mais ou menos para o nosso trem. Ele é mais lento que o
metro. Foi uma viagem bem tranquila. Não tem como se perder,
parece que todo mundo naquele trem estava indo para o palácio.

Sair da estação na Avenue Du General de Gaule / Place Lyaretey, ir


para o lado direito. Virar a esquerda na Avenue de Paris, caminhar
até a Place d’Armes.

Chegando lá, mais uma fila básica para entrar. Ok, me venderam o
41

tal Museum Pass dizendo que não enfrentaria fila, mas a única fila
que você evita é a da compra do ingresso... Preste atenção: aqui são
2 filas: uma para comprar ingresso e outra para entrar. E são 3
entradas...

A entrada do Palácio principal é através do Tribunal de Honra. Ao


entrar no palácio, você encontrará as 3 entradas que levam ao
castelo.

Entrada A que é utilizada pelos visitantes individuais, Entrada


B para grupos com reservas e Entrada H que é reservada para
pessoas com alguma deficiência.
42

Retrato do luxo e da ostentação da nobreza francesa dos séculos


XVII e XVIII e símbolo da Monarquia Absolutista, o Château de
Versailles também foi palco do enorme ego de Luís XIV e das
extravagâncias da rainha Maria Antonieta. Foi declarado Patrimônio
da Humanidade pela Unesco há mais de 30 anos.

Antes de virar um suntuoso castelo, o local era um pavilhão de caça


real. Com o crescimento acelerado de Paris, o rei queria um novo
local para governar, próximo da cidade, mas suficientemente longe
dos tumultos e doenças. Um local onde pudesse exercer o controle
absoluto da França e mostrar aos rivais e ao mundo o poder desse
país. E, se a intenção do Rei Sol, como era conhecido Luís XIV, era
surpreender, podemos dizer que o objetivo foi atingido com
sucesso, rs. A construção se tornou referência para todas as cortes
europeias.

Vamos lá contabilizar: são 700 cômodos em uma construção que


43

ocupa mais de 60 mil m². Ao todo, conta com 2153 janelas, 67


escadas, 352 chaminés e 1250 lareiras. E não para por aí. São mais
de 800 hectares de parque, jardins com 20 km de trilhas, 200 mil
árvores, 200 mil flores plantadas a cada ano, 50 fontes e 2100
esculturas. UFA!!!

O que ver em Versailles:

Reserve um dia inteiro para ver o palácio, pois é enorme e muito


interessante. De verdade você vai querer ver tudo. Marque o que
você realmente quer ver, porque se perder no jardim é super fácil.

PALÁCIO PRINCIPAL:
44

O palácio possui dois andares (piso do jardim e primeiro andar),


com uma superfície total de 63.000 m² divididos em 2.300 quartos e
salas.
45

Andar Térreo:

1) Vestíbulo e escadas da 2) Cour de Monsieur


Rainha

3) Cour de Madame 4) Sala dos Guardas

5) 1ª Antesala 6) 2ª Antesala

7) Quarto do Dauphin 8) Grande Gabinete do Dauphin


46

9) Gabinete Interior ou 10) Gabinete à Niche


Biblioteca

11) Quarto da Dauphine 12) Grande Gabinete da


Dauphine

13) 2ª Antesala 14) 1ª Antesala

15) Vestíbulo e Galeria Base 16) 1ª Antesala de Mde Victoire


47

17) 2ª Antesala de Mde Victoire 18) Grande Gabinete

19) Quarto de Mde Victoire 20) Pqno Gabinete Bleu

21) Biblioteca de Mde Victoire 22) Gabinete Interior de Mde


Adelaide
48

23) Quarto de Mde Adelaide 24) Grande Gabinete de Mde


Adelaide
49

Grandes Apartamentos: 1º andar

E) Escadaria Gabriel 1) Capela Real


50

2) Vestíbulo da Capela Real 3) Salão de Hércules

4) Salão da Abundância 5) Salão de Vênus


51

5) Salão de Diana 7) Salão de Marte

8) Salão de Mercúrio 9) Salão de Apolo


52

10) Salão da Guerra 11) Galeria dos Espelhos

12) Antesala do “Olho de Boi” 13) Quarto do Rei


53

14) Gabinete do Grande 15) Salão da Paz


Conselho

16) Quarto da Rainha 17) Salão dos Nobres


54

18) Antesala do Grande Couvert 19) Salão dos Guardas da Rainha

20) Sala da Coroação 21) Galeria das Batalhas


55

O palácio é absurdamente lindo e como podem observar nas fotos


acima, é muito detalhado, cada quarto, cada sala é ricamente
decorado, não apenas com móveis, mas detalhes do chão ao teto. É
claro que muita coisa acaba passando batido, porque se você for
ficar reparando em cada detalhe você passa ali um mês inteiro,
hahaha.

Detalhe da parede Detalhe de uma porta

1 – Royal Chapel – O Palácio de Versailles viu serem construídas 5


capelas ao longo dos anos. A última e maior de todas que podemos
56

ver agora foi dedicada à São Luis. Tem 2 andares, com uma colunata
imponente no primeiro andar, claramente inspirada na Antiguidade.

Todos os dias o Rei assistia a missa, normalmente às 10:00h da


manhã. Ele e sua família ficavam na tribuna do segundo andar. As
damas da corte ocupavam as tribunas laterais. Já os oficiais e
público ficavam na nave, no primeiro andar.

Ela é absurdamente linda, não é permitida a entrada.

OS GRANDES SALÕES:

Todos levam nomes de Deuses. O Rei Luis XIV gostava de se


comparar as grandes entidades e decorava as salas simbolizando
seu poder como o de um Deus da Mitologia, além é claro, de todas
as menções de Rei Sol que você pode ver desde as grades que
cercam o Palácio com suas 100 mil folhas de ouro.

São eles:

3 – Sala de Hércules - O que mais impressiona na sala de Hércules é


a gigantesca pintura de Veronese, The Meal in the House of Simon,
um presente da República de Veneza ao Rei Luis XIV, mas trazida ao
Palácio de Versalhes França, por Luís XV.
57

O teto também é lindo, executado por Lemoyne. Ele é de uma


técnica chamada marouflage, onde a pintura é feita em canvas, que
então são coladas no teto. Exausto após 4 anos nesse projeto,
mesmo tendo sido nomeado o Primeiro Pintor pelo Rei Luís XV,
Lemoyne se suicidou.

4 – Hall da Abundância -

5 – Sala de Vênus - A decoração do teto é baseada em Vênus, a


Deusa do Amor, relacionando-a com o planeta na Antiga Grécia.

Nessa sala, o que parece ser mármore, na verdade é falso. É uma


técnica de pintura. Isso pode ser visto na foto acima, nas pilastras
que rodeiam a estátua de Luís XIV. 

Nas festividades noturnas, aqui ficavam pirâmides de raras frutas


frescas como laranjas e limões, marzipan e frutas cristalizadas.

6 – Sala de Diana - Aqui, as pinturas do teto mostram Diana, a


Deusa da Caça, assistindo à navegação e cenas de caça. Nos eventos
noturnos, essa era a sala de sinuca, jogo em que Luís XIV era
um expert.
58

7 – Sala de Marte – Esta sala marca o início dos apartamentos


privados do rei. Aqui ficava a guarda do soberano. Por isso, é muito
apropriada a escolha do Deus da Guerra como tema das pinturas.

Nas festividades, até 1750, havia 2 plataformas, uma em cada lado


da lareira, para os músicos tocarem. Era nessa sala que dançavam.

8 – Sala de Mercúrio - Esse era o quarto do rei nos Apartamentos


Cerimoniais. No entanto, no início do inverno, a cama era removida
para dar lugar a mesas de jogos.

Quem usou esse quarto por alguns dias foi o neto de Luís XIV ao ser
nomeado Rei da Espanha. 

9 – Sala de Apolo – dedicado ao deus Sol, o qual se identificou Luis


XIV – era a sala onde ficava o trono do rei.

A Grande Galeria

O salão da Guerra, a Galeria dos Espelhos e o salão da Paz formam


um conjunto cuja decoração é consagrada às vitórias militares e aos
sucessos políticos de Luis XIV.
59

10 – Salão da Guerra - Suas paredes são magnificamente cobertas


com painéis de mármore decorados com troféus e armas em bronze
em comemoração as vitórias militares.

Na cúpula do teto, a França está personificada, armada e sentada


numa nuvem, rodeada de suas vitórias. Seus inimigos estão nos
arcos: Alemanha, Espanha e Holanda.

11 – Galeria dos Espelhos – Talvez o espaço mais importante do


palácio. Construído por Luis XIV o grande salão de 73m de
cumprimento e fica entre as Sala da Guerra e Sala da Paz.

Tem esse nome porque sua parede interna é composta de 17


grandes arcos de espelhos opostos a 17 grandes janelas que dão
para os jardins. Quando o sol bate nas janelas ele é refletido nos
espelhos e ilumina todo o salão.

É por causa desta sala que nasceu o ditado “se quebrar um espelho
terá sete anos de azar”. Nessa época espelhos eram artigos de alto
luxo, apenas fabricados em Veneza e Murano. Se um empregado
quebrasse uma peça de espelho precisava trabalhar durante 7 anos
para pagar, ou seja, 7 anos sem receber salário.

Cada arco é composto de 21 peças de espelhos num total de 357


em toda a sala. Neste salão aconteciam os eventos mais
60

importantes. Lá foi festejado o casamento de Maria Antonieta e


também assinado o Tratado de Versailles, documento que encerrou
oficialmente a Primeira Guerra Mundial.

Ok, o palácio inteiro estava cheio de gente, mas a concentração de


pessoas aqui na galeria dos espelhos era absurda. O lugar é com
certeza um dos mais bonitos que já vi na vida, seria um sonho andar
por esse salão vazio...
61

SONHO MEU...

15 – Sala da Paz - Em posição simétrica à Sala da Guerra e com a


mesma decoração das paredes. No entanto, a cúpula e os arcos
mostram cenas em benefício da paz trazida à Europa pela França.
Nessa sala ocorriam concertos musicais, parte importante da vida
musical da corte.

17 – Salão dos Nobres - A Rainha da França concedia neste salão as


suas audiências oficiais e fazia-se apresentar às damas
recentemente admitidas na corte. O mobiliário é o que foi
concedido em 1785 para Maria Antonieta.

OS APOSENTOS DOS REIS E RAINHAS:

Os aposentos dos Reis sempre eram compostos de 7 sucessivas


salas (os pequenos aposentos), mesmos com diversas mudanças de
locais e reformas eram compostos por Sala de Guarda, Sala de
62

Conselho, Sala de Jantar, quarto propriamente dito, Sala do ritual


para vestimentas do Rei, sala exclusiva para as perucas, sim em
torno de 500 e também sala para os cães de caça.

- Apartamento do Rei – Foi aqui que o Rei Sol morreu em 1 de


setembro de 1715 possui dois retratos pintados por Antoon Van
Dyck e duas lareiras. Fiquei surpresa com o tamanho da cama,
pequinininha que só, imaginava que a cama do rei seria enorme,
mas não...
63

- Apartamento da Rainha – Aqui pode-se ver a porta por onde


Maria Antonieta fugiu quando Versailles foi invadido na famosa
Revolução Francesa;
64

18) A antecâmara do Grande Couvert

O seu nome vem do cerimonial a que se submete os soberanos que


consistia em tomarem certas refeições publicamente. Uma das mais
65

notáveis foi a que Luís XV e Maria Leckzinska tomaram aqui em


companhia do pequeno Mozart em 1764.

- Os apartamentos das Mesdames

Diz a história que Luís XV descia todas as manhãs por uma escada
secreta para o Apartamento de Madame Adelaide; muitas vezes, ele
trazia e tomava aqui o café que ele próprio fizera. Madame Adelaide
puxava um cordão da sineta que avisava Madame Vitória da visita
do Rei…
66

Uma das coisas que mais me encantou em Versailles foram os tetos


dos salões, não eram apenas lindamente decorados, eram
hipnotizantes. Um mais lindo que o outro.

GALERIA DE GRANDES BATALHAS:

Cobrindo quase todo o primeiro andar da ala sul do palácio, essa


sala representa quase 15 séculos de sucessos militares franceses.
67

Tem 120 metros de comprimento e foi desenhado em 1833 para


representar as glórias da França através de pinturas. São 33 delas
que narram a história francesa, desde Clóvis até Napoleão
Bonaparte.

Também são encontrados 80 bustos de  grandes oficiais franceses


mortos em batalhas.
68

Precisa de muita disposição para percorrer o palácio todo, pois é


muito cansativo. Os salões são belíssimos e ficava imaginado comigo
mesma: se hoje em dia é espetacular, a gente fica mega
impressionada com a riqueza de detalhes, imagina esse castelo na
época de Luis XIV!!!

Outro “problema” do palácio está no teto, é tão lindo e


minuciosamente decorado que a gente vai andando olhando para
cima completamente extasiada e aí... tromba em alguém, hahaha.
Falando em tetos:
69
70

Depois de ver várias salas (confesso que não sei se vi todas,


provavelmente não), fui para os Jardins. O tal do Museum Pass não
cobria esse passeio nas terças (só de quarta a domingo) e tive que
comprar outro ingresso (pelo menos foi baratinho, só 1 euro)
porque tem um show musical das fontes (na verdade, eles só ligam
as fontes e colocam uma música clássica, legal, mas nada demais).

CURIOSIDADES:

O palácio possui 2.153 janelas, 67 escadas e 1.250 lareiras (única


forma de aquecer tamanho prédio).
71

Até hoje não existe banheiros no Palácio, fora as Salas de Banhos


dos Reis.  Durante as festas os espaços entre as janelas e as cortinas
serviam de banheiro.

A Ópera era pouco usada porque cada apresentação precisava de


3mil a 10 mil velas acessas, e velas eram bem caras.

Inúmeros palácios ao redor do mundo foram inspirados


no Château de Versailles, aqui no Brasil a residência imperial Quinta
da Boa Vista no RJ também teve influências francesas.

 OS JARDINS:
72

A construção do jardim, iniciada em 1661, foi bastante trabalhosa,


levando 40 anos. Isso por que o terreno era pantanoso e com
muitas árvores. Luís XIV confiou em André Le Nôtre a tarefa de fazer
os jardins, que ele julgava tão importante quanto o palácio.

As fontes e o Grand Canal foram escavados, com grande


movimentação de terra. Milhares de pessoas trabalharam nesse
projeto. Às vezes, regimentos inteiros.

Por ele se estender por 800 hectares, é interessante que você tenha
no mínimo uma ideia do que o interessa. Há uma profusão de
fontes, lagos, estátuas e recantos diferentes. Por isso também, use
73

sapatos muito confortáveis, como tênis, pois você caminhará por


quilômetros. 

Eu queria muito visitar os Jardins, eu sempre tive uma obsessão por


eles, tanto que sabia onde estava cada fonte e tinha minhas
favoritas (Fonte de Latona, Bosque de Colonnade, Bosque de
Encelade)

Mapa:
74

Para localizar de cada fonte, siga o mapa acima. Fotos e


identificação da fonte abaixo:
1- Demi lune et allee de Apolo 2 – Bassin de Apolo
75

3 – Demi lune et allee de Apolo 4 – jardim do Rei

5 – Salle dês Marroniers 6 – Bosque de Colonnade

7 – Bosque des Domes 8 – Bassin de Encelade


76

9 – Bosque do Obelisco 10 – Bassin de Saturno

11 – Tapis Vert 12 – Bassin de Flore

13 – Bassin de Mirroir 14 – Bosque de Girandole


77

15 – Bosque do Dauphin 16 – Bosque da Estrela

17– Bassin de Baco 18 – Demi lune de Latone

19 – Bassin de Ceres 20 – Bosque da Rainha


78

21 – Salle de Bal 22 – Rampe du Midi de Latone

23 – Parterre de Latone 24 – Rampe Nord de Latone

25 – Bosque de Bains de Apolo 26 – Bosque du Rond Vert

27 – Cabinet des Aninaux du 28 – Cabinet des Animaux du


79

Midi Nord

29 – Grand Comande de 1674 30 – Le Rond des Philosophes

31 – Parterre d’Eau 32 – Bosque das 3 Fontes

33 – Le Orangerie 34 – Parterre du Midi


80

35 – Terraço do Chateau 36 – Parterre du Nord

37 – La Pyramide 38 – Bassin des Nymphes

39 –Allèe d’Eau 40 – Bassin du Dragon


81

46 - Venus Accroupie 42 – Grand Comande de 1674

43 – Bosque do Arco do Triunfo 44 – Estátuas da Fachada

45 – Bassin de Couronnes 46 – Le Remouleur


82

47 – Amor sentado na Sphynx 48 – Bassin de Lézards


(sapo/menino)

49 – Bassin de Lézards 50 – Bassin de les Enfants


( meninos)
83

6 – Bosque de Colonnade

11 - Tapis Vert

21 – Salle de Bal
84

33 – Le Orangerie

39 – Allèe d’Eau
85

40 – Bassin du Dragon

41 – Bassin de Netuno
86

50 - Bassin de les Enfants

Nessa terça-feira fez um sol para cada um e fiquei toda queimada.


Estava um tempo esquisito, depois do solão, ficou bem nublado,
parecendo que ia chover. E confesso que mesmo com o mapa nas
mãos, acabei me perdendo. É um verdadeiro labirinto, mas consegui
87

ver todas as fontes e bosques. Os meus favoritos foram: Bosque da


Colonnade, Bosque de Encelade, Bassin du Miroir (com show de
águas), Bassin du Dragon, Bosque do Arco do Triunfo e Bassin de
Latona.

Mas a vista mais bonita, com certeza é essa:

Só não consegui ir aos Domínios de Maria Antonieta (Grand e Petit


Trianon, etc), acho que por causa do calor, estava muito cansada. E
já tinha ficado por horas andando no palácio e no jardim. Disseram
que tinha um trenzinho que levava até lá, mas não vi nenhum em
lugar algum. Já eram 16:00 e não aguentava mais andar.
88

Então voltei para a estação RER Versailles – Rive-Gauche (linha: C5 -


direção: Paris) desci na estação Invalides. Peguei o metro Invalides
(linha: 13 - direção: Saint-Denis Université) até estação Champs
Elysées – Clemenceau (1 estação), fazer baldeação (linha: 1 -
direção: La Defense) descer na estação George V (2 estações).

Essa estação fica em plena

- AVENUE DES CHAMPS ÉLYSÉES

A estação fica bem em frente a loja da Louis Vitton. Esta avenida é


uma das mais famosas e chiques de Paris, todas as grandes marcas
(Louis Vitton, Cartier, Mont Blanc, Chanel...) estão aqui. Muita gente
desfilando com suas bolsas de grife...

A avenida começa na Place de la Concorde e acaba no Arco do


Triunfo.

Caminhar até chegar ao (400m +/- 5 min)


89

- ARCO DO TRIUNFO
é um monumento
construído em
comemoração às
vitórias militares de
Napoleão Bonaparte,
o qual ordenou sua
construção em 1806,
após a vitória de
Austerlitx. Foi
inaugurado em 1836.
(Informações: aberto
90

todos os dias. Horário: das 10:00 às 23:00 com última subida às


22:20).

Um arco do triunfo é um tipo de monumento introduzido pela


arquitetura romana originalmente construído em madeira e
utilizado como um símbolo de vitória em uma determinada batalha.

Foi projetado por Chalgrin em 1806 e inaugurado em 1836. É o


maior de todos os arcos de triunfo, repetindo numa escala muito
maior o modelo do Arco de Tito em Roma. É considerado a obra-
prima da arquitetura neoclássica, quer pela fidelidade às formas
antigas quer pela concepção urbanística de grandiosidade que lhe
está subjacente. O nome Etoille advém-lhe do fato de se situar no
cruzamento de várias avenidas em forma de estrela, dominando
pela sua monumentalidade todo o eixo constituído pelos Campos
Elísios. Com 50 metros de altura, o monumental arco tornou-se
ponto de partida ou passagem das principais paradas militares,
manifestações e, claro, visitas turísticas.

O Interior do Arco do Triunfo

Inaugurado em 1836, a monumental obra detém, gravados, os


nomes de 128 batalhas e 558 generais (os que morreram estão
sublinhados). Os nomes dos militares são divididos de acordo com
as medalhas e as cruzes de Legião de Honra, que é a mais alta
91

decoração honorifica francesa, instituída por Napoleão I. No solo, as


inscrições comemoram outros acontecimentos como a proclamação
da República em 1870; a restituição de Alsácia e da Lorena à França
em 1918; os mortos pela França nas guerras da Indochina e da
Argélia; a lembrança dos combatentes mortos durante a II Guerra
de 1939 a 1945; e o apelo de “18 de Junho de 1940” do general de
Gaulle, lançado de Londres, durante a ocupação alemã, incitando a
resistência francesa.

No interior dos arcos menores, encimados por interessantes


alegorias à marinha, à infantaria e a outras guarnições, constam
gravados inúmeros nomes de importantes oficiais franceses, assim
92

como diversas localidades


nas quais se travaram
decisivas batalhas no âmbito
do expansionismo francês –
Toulouse, Lille, Luxemburgo,
Düsseldorf, Maastricht,
Nápoles, Madrid, Porto, foz
do rio Douro e Cairo, por
exemplo.

No solo, situa-se o
memorável Túmulo do
soldado desconhecido (“Ici
repose um soldat français mort pour La patrie”) com as cinzas do
incógnito combatente francês, morto durante os sangrentos
conflitos da Primeira Guerra Mundial. O Soldado Desconhecido foi
enterrado sob o arco em 1921 e
condecorado com a Legião de
Honra em presença do
primeiro-ministro britânico, dos
marechais e da integralidade do
governo francês.
93

Feito para lembrar os 1,5 milhões de soldados mortos no conflito.


Desde 1923, todos os dias às 18:30, mesmo durante a Segunda
Guerra, a Chama da Lembrança é acessa. Mais de 800 associações
de veteranos cuidam dessas cerimônias.

O TRIUNFO DE NAPOLEÃO A MARSELHESA

À esquerda outro relevo representa À direita, “A Partida dos


“O Triunfo de 1810”, neste belo Voluntários de 1792”, também
alto-relevo de Jean-Pierre Cortot, conhecido como “A Marselhesa”,
representa a paz e a conquista esculpido por François Rude,
napoleônica, alcançados pela representa a pátria francesa com as
celebração do Tratado de Viena asas estendidas chamando
(1810). Na alegoria, o imperador voluntários para lutar pela França.
francês é coroado pela Vitória e A liberdade, aqui é representada
94

reverenciado pela extinta pela guerreira e valente mulher, a


monarquia. comandar e a incitar o povo
francês.

A PAZ A RESISTÊNCIA
95

“A paz em 1915” e “A resistência em 1914” dividem o mesmo lado


do Arco do Triunfo, ambas foram esculpidas por Antoine Étex.
Representam a submissão do povo ao Estado e sua crença na vitória
das forças armadas.

O friso por sua vez, retrata a partida (fachada leste) e o retorno


(fachada oeste) das tropas imperiais, visto que estas conflitaram em
diversas regiões do continente europeu.

Na fachada leste, os baixos-relevos aludem à Batalha de Austerlitz e


à Morte do General Marceau.

Batalha de Aboukir Funeral do General Marceau


(acima de Triunfo de Napoleão) (acima da Marselhesa)
96

Passagem da Ponte de Arcole


A Queda de Alexandria (acima de A Resistência)
(acima de A Paz)

Laterais:

A Batalha de Jamappes
(lateral do Triunfo de Napoleão)

A Batalha de Austerlitz
(lateral da Marselhesa)
97

Trinta medalhões, localizados sob a bela cornija, fazem, cada qual,


referência a importantes batalhas travadas pelo exército francês,
dentre as quais Aboukir, Ulm, Austerlitz, Iena, Friedland e Moscou.

Tive uma surpresa mais que agradável ao ver o Arco do Triunfo, não
que não soubesse que ele era lindo, mas ao vivo, ele é ainda mais
impressionante.

Para chegar a ele, não atravesse as ruas, hahaha, é impossível,


existem passagens subterrâneas que levam até ele.
98
99

E aí tive a brilhante ideia de subir nele, ok, a vista lá de cima é


incrível, mas são 284 degraus em uma escada em caracol e bem
apertada para chegar até lá em cima.

Há um pequeno museu que conta a história do monumento,


explicando cada escultura e o que ela representa. É bem pequeno
mesmo, mas serve como curiosidade.
100

Mas o que é imperdível é o terraço e claro sua vista de 360º de


Paris. E, claro, uma bela vista da Torre Eiffel...

Depois do Arco, e como estava perto, resolvi dar uma passadinha


pela Torre Eiffel, só para vê-la brilhar.

Resolvi fazer o passeio pelo rio Sena, a bordo de um dos barcos da


“Vedettes de Paris”; o passeio começou ao entardecer, ou seja, era
quase 21:30. E posso te garantir que não há nada mais lindo do que
o pôr do sol em Paris.
101

O passeio sai perto da Torre Eiffeil e desce o rio Sena, passando por
vários monumentos. O barco segue mais ou menos até o Jardin des
Plantes e regressa para a Torre Eiffel. Para mim, é um passeio
obrigatório e imperdível.

Voltando para a Torre, ela brilha de hora em hora e é um espetáculo


à parte. Se eu já era apaixonada pela Torre Eiffel, vê-la brilhar me
deu vontade de chorar.
102

Não, a foto não pega a beleza deste momento, acho que nem o
vídeo que fiz conseguiu registrar esse espetáculo. Só ao vivo
mesmo.

Voltei caminhando pela Champ de Mars que estava lotada àquela


hora (23:40), eu só pensava em voltar para o hotel e dormir, mas
antes não resisti e dei uma passadinha rápida no

- Muro da Paz

Coloquei uma foto de dia para o monumento ficar mais claro.


103

Um belo monumento dos jardins do Champ de Mars (em frente a


Ecole Militaire). O monumento, todo em vidro e concreto, foi
erguido não por acaso em um local onde já se derramou muito
sangue e onde muitas batalhas foram travadas ao longo dos
séculos. Construído em 2000 pelos arquitetos franceses: Clara
Halter e Jean Michel Wilmotte, o muro é feito de uma armação de
metal coberta com madeira e alguns painéis de vidro onde a palavra
paz foi pintada em 32 idiomas diferentes. A ideia parece ter sido
inspirada no Mur des je t’aime, a parede do amor que fica em
Montmartre. O Muro da Paz de Paris integra um tríptico de
monumentos pela paz. Outros exemplares foram construídos em
São Petersburgo (Torre da Paz, em 2003) e Hiroshima (Portas da
Paz, em 2005). Além de sua importância como uma mensagem
contra a guerra e a violência, o monumento é também outro ponto
turístico que vale a pena ser visitado e rende boas fotos da região
da Torre Eiffel. (E se não fosse aquele casal, eu teria uma foto perfeita,
hahaha, mas é difícil pegar esse ângulo sem ninguém )

Já esgotada e com medo de ficar sem metro (já eram quase meia
noite), fui quase correndo para a estação e voltei para o hotel.

Caminhei pela Place Jofre até a Avenue de La Motte Picquet até o


metro Ecoile Militaire (linha: 8 - direção: Créteil – Préfecture) desci
104

na estação Opera (5 estações), fiz baldeação (linha: 7 - direção:


Villejuif Louis Aragon) e desci na estação Place Monge (8 estações).
Terminar o dia.

FIM DO SEGUNDO DIA

DIA 3 (04/07/12) – Museu do Louvre | Estátua de Joana D’Arc |


Roue de Paris | Jardin de Tuileries | Museu L’Orangerie | Museu
D’Orsay | Sainte Clotilde

Pegar o metro Place Monge (linha: 7 - direção: La Courneveu – 8 mai


1945) até a estação Palais Royal – Musee du Louvre (7 estações).
105

Ir caminhando pela Rue de Rivoli com intenção de ir para o Jardin de


Tuileries, ia fazer uma horinha por lá, pois tudo abre mais tarde em
Paris, mas... resolvi dar uma passadinha antes no Museu do Louvre,
só para ver a pirâmide e já que ele fica em frente ao jardim, achei
que seria uma boa. Estava bem vazio. Olhei para a fila e não tinha
quase ninguém e então resolvi ficar e ser uma das primeiras a entrar
no museu naquele dia (e de verdade foi uma ótima ideia – fiquei um
tempão sozinha com a Monalisa – o que é praticamente impossível).
106

O mais engraçado foi ver quando


abriram o museu, as pessoas
correndo para a sala da Monalisa
(eu, inclusive). E a tal da
Monalisa é realmente
impressionante? Sim. Não por
ser grande, porque o quadro é
pequenininho, hahaha, sempre
imaginei a Monalisa enorme...
Mas quando você olha para ele e
começa a reparar nos detalhes, percebe que é um quadro
impressionante!

- MUSEU DO LOUVRE (Informações: fecha às terças. Horário:


2ª/5ª/Sab/Dom das 9:00 às 18:00 – 4ª e 6ª das 9:00 às 21:45
Melhor entrada: Porte de Lyons – se tiver o Museum Pass)
107

Acabei entrando pela entrada principal mesmo (pela pirâmide


maior), essa entrada é bem moderna, um espaço super grande, e
logo que você entra no museu vê a grandeza dele. Enorme é pouco
para definir, o que é o Louvre.

SÓ PORQUE ESSA FOTO É LINDA !!


108

Lobby Principal, entrada pela Pirâmide

O Louvre foi um palácio real até que Luis XIV resolveu levar toda a
realeza para Versailles em 1678. Então, imagina o luxo que é este
museu. E de novo, fiquei fascinada pelos tetos e, claro, trombei com
um monte de gente.

Não tem como não ficar fascinada com a riqueza, luxo e detalhes de
cada sala.
109

CONFESSO QUE FIQUEI OBCECADA PELOS TETOS!!!


110

A Galeria de Apolo (acima) é deslumbrante (fica na sala 66, 1º


andar): protótipo do Classicismo francês. Os seus tetos pintados, os
dourados e obras que fazem parte do esplendor do reinado de Luís
XIV.

Para falar a verdade, meio que surtei ali dentro, era tanta coisa linda
para ver que quase acabei com o cartão de memória ali.

Para ter ideia do tamanho do museu:

O Museu do Louvre está dividido em três alas: a Ala Sully a leste, a


Ala Richelieu a norte, e a Ala Denon; são quatro andares e oito
seções que guardam mais de 380 mil itens e 35 mil obras de arte em
exposição permanente.

Cada andar está dividido da seguinte forma:

 Rés-do-chão alto (andar -1): Artes do Islã, Esculturas,


Antiguidades Egípcias, Antiguidades gregas, etruscas e romanas e
História do Louvre medieval.
 Rés-do-chão (andar 0): Esculturas, Antiguidades orientais,
Antiguidades Egípcias, Antiguidades gregas, etruscas e romanas e
Artes da África, da Ásia, da Oceania e das Américas.
111

 1º Andar: Objetos de Arte, Antiguidades Egípcias, Antiguidades


gregas, etruscas e romanas, Pinturas e Artes gráficas.
 2º Andar: Pintura francesa, Pinturas das escolas do Norte e Artes
gráficas.

Ou tentar se achar pelo mapa: (de verdade, o lugar é um labirinto,


se você não tem muito tempo, melhor escolher o que quer ver,
porque pode se “perder” um dia inteiro ali facinho).

Rés do Chão: Andar 0

 “Psiqué Reanimada pelo Beijo de Eros”, de António Canova


(sala 4, Ala Denon). Essa é a minha favorita.
 “Vênus de Milo” (sala 16, Ala Sully). Uma das Top 3.
 “Estátua de Ramsés II” (sala 11, Ala Sully)
112

Rés do Chão Alto: Andar -1

Primeiro Andar:
113

 - “Monalisa” (sala 6, Ala Denon). Uma das obras mais


importantes e visitadas do Louvre.

 “As Bodas de Caná”, por Paolo Veronese (sala 6, em frente à


Monalisa). Esse é o maior quadro no Louvre.
114

 “A Liberdade Guiando o Povo”, de Eugène Delacroix


(comemora a Revolução de julho de 1830) (sala 77, Ala
Denon)
 “O Escriba Sentado” (sala 22, Ala Sully)
 “A coroação de Napoleão”, de Jacques-Louis David (sala 75,
Ala Denon)
 “Galeria Apolo” (sala 66, Ala Denon)

Segundo Andar:
115

Claro que mesmo com o mapa com a localização das obras, eu me


perdi, e para encontrar uma obra de Canova (a minha favorita)
precisei de ajuda de um segurança super simpático que me levou
até ela (e olha que estava bem longe).

A única parte que não visitei (por que não encontrei) foi a dos
aposentos de Napoleão... mas encontrei todas as outras que queria
ver.

Voltei na sala da Monalisa um pouco mais tarde e olha só como


estava:

Loucura, Loucura, Loucura

As obras que mais gostei:


116

Psiquê revivida pelo beijo de Eros


(minha favorita)

- Monalisa

- Cour Marly

Vênus de Milo
117

- Cour Puget
Vitória de Samotrácia

- A Grande Galeria
- Sala das Cariátides
118

O Escriba Sentado

- Galeria Michelangelo

- Ala Egípcia inteira - Ramsés II


119

- PIRÂMIDE DO LOUVRE. É uma estrutura de forma piramidal,


construída em vidro e metal, rodeada por três pirâmides menores,
no pátio principal (Cour Napoleon) do Palácio do Louvre.
Encomendado pelo então Presidente Francês François Mitterrand,
em 1984, foi projetado pelo arquiteto I. M. Pei A estrutura, que foi
construída inteiramente com segmentos de vidro, atinge uma altura
de 20,6 m, a sua base quadrada tem cerca de 35 m. É constituída
por 603 peças de losangos e 70 segmentos triangulares de vidro.
120

A pirâmide é linda demais, tem essa maior da foto acima e outras


menores atrás. E dentro do Louvre temos ainda a Pirâmide
Invertida. Confesso que aqui fiquei muito mais empolgada por
causa do livro “O Código Da Vinci”

Em frente ao museu está o

- ARCO DO TRIUNFO DO CARROUSEL. Edificado em homenagem ao


Grande Exército de Napoleão Bonaparte entre 1807 e 1809, o
monumento está localizado diante do Louvre, sobre a esplanada
que precedia a ala do Palácio das Tulherias (antes que o palácio
121

fosse queimado, em 1871). Celebrando a vitória dos exércitos


franceses na Batalha
de Austerlitz, o Arco do
Triunfo, desenhado por
Charles Percier et
Pierre-François-
Léonard-Fontaine,
ilustra a campanha de
1805 e a capitulação
de Ulm em 1807.

Ele faz explicitamente referência aos Arcos do Triunfo do Império


Romano e, notadamente, ao Arco di Septimio Severo em Roma. Os
temas dos baixos-relevos ilustrando as batalhas foram escolhidos
pelo diretor do Museu Napoleão (situado à época no Palácio do
Louvre), Vivant Denon, e desenhados
por Charles Meynier.

A quadriga, coroando o arco, é cópia


dos Cavalos de Bronze de Constantino I,
parelha ornando a parte superior da
porta principal da Basílica de São
Marcos de Veneza. Com efeito, ao voltar da Primeira Campanha da
122

Itália (1796-1797), o exército francês, comandado pelo general do


"Exército da Itália", Napoleão Bonaparte, trouxe de Veneza (1798) o
original da escultura como « tesouro de guerra » e a colocou sobre
o monumento. Ele foi cercado por duas "vitórias" a partir de 1808.
Em 1815, após a Batalha de Waterloo e à queda do imperador
Napoleão I, a França entrega a quadriga aos austríacos que logo a
devolvem para a cidade dos doges, recentemente anexada ao
Império Austríaco pelo Congresso de Viena. A cópia é então
executada pelo escultor François Joseph Bosio em 1828.

Esse é um dos Arcos de Paris. Ele é bem bonito, não é tão grande
quanto o seu irmão mais famoso. A única coisa irritante ali é o
bando de vendedores de torrezinhas que cercam a qualquer um que
se aproxime do arco. Um deles me pegou para cristo e me seguiu
até quase o meio do Jardim de Tuileries. É bem chato.

Para me livrar deles, acabei indo


direto para a

- ESTÁTUA EQUESTRE DE JOANA


D’ARC. Esta é uma das quatro
estátuas dela espalhadas pela
123

cidade, homenageada como símbolo do nacionalismo francês em


todo Dia do Trabalho pelos seguidores do Front National.

É uma estátua bem bonita, toda dourada.

- JARDIM DES TUILERIES (Informação: horário: das 7:00 às 23:00).

Foi criado no século XVI, no estilo italiano, por ordem de Catarina de


Médicis, para decorar o entorno do palácio das Tuileries, onde
passava seus tempos livres. Em 1664, o arquiteto André Le Nôtre,
autor do projeto do parque que rodeia o palácio de Versalhes,
transformou-o num jardim no estilo francês, formal e simétrico,
cheio de estátuas ornamentais. Desde 1991 é considerado
patrimônio mundial pela UNESCO.
124

Não só de palácio lindos com tetos mega decorados é feito Paris. Lá


também tem muitos parques ou jardins. Lindos e sempre cheios de
gente.

Ainda caminhando pelo jardim, vi a roda gigante, estava vazio e


achei bom ter ido a tarde porque a vista dali é bem impressionante.
Fui sozinha no carrinho e confesso que na hora da subida seu um
friozinho na barriga. São 3 voltas.

- ROUE DE PARIS
125
126

Ela é bem grande e alta, acho que foi uma das maiores que já andei.
Depois da roda gigante, voltei a caminhar no Jardim de Tuileries,
mas não deu para andar muito porque começou a chover. Fui então
procurar o museu de L’orangerie e para encontrá-lo tive que pagar
um mico básico... Pedi ajuda para dois seguranças perguntando
onde ficava o museu, só que não conseguia falar L’orangerie, por
algum motivo ficava falando Lolarangerie. Os dois ficaram rindo e
me ensinaram que era “lorrangerrí”. Fica entre o Jardin de Tuileries
e a Place de La Concorde.

- MUSEU DE L’ORANGERIE
127

É bem interessante, principalmente uma das salas que tem 3 telas


enormes de Monet (Les Nympheas)

Mas lá também tem outras obras de Renoir e Picasso, entre outros.


Esse museu ficou na minha memória, lembro claramente desta sala
da foto acima, e essas telas lindíssimas. E do corredor azul...
128

Saindo do Museu L’Orangerie atravessei a Ponte de La Concorde.


129

Bem em frente a ponte está a Assembleia Nacional, o prédio lembra


muito o da Igreja de La Madeleine que fica do outro lado da ponte.

Fui andando pela rua beirando o Sena aproveitando cada segundo


daquela tarde, quando um homem deixou cair um anel no chão.
Não acreditei, o golpe do anel!!!! (Este golpe estava na moda, mas
tinha lido a respeito dele durante a minha pesquisa, e acho que
tenho cara de turista besta, porque tentaram esse golpe comigo
vááááaááárias vezes. Bom, funciona assim, a pessoa, sem você ver,
joga um anel no chão. Aí pergunta se é seu... Quando você responde
não, a pessoa diz que o anel é muito valioso e que se você der uns
50 euros, às vezes pedem mais, ela te dá. Claro que esse anel não
vale nada.) Nem dei bola para o rapaz e continuei meu caminho em
130

direção ao

- MUSEU D’ORSAY (1871). Especializado em obras do final do século


XIX e início do século XX. (informações: fecha às segundas. Horário:
das 09:00 às 18:00)

O museu fica em uma antiga Gare (estação de trem). O museu é


espetacular, e que estava interessada a ver era as obras de Van
Gogh. E esta, claro, foi a sala que mais gostei.
131

PISO TÉRREO
132

O Grande destaque do Piso Térreo é a área central da Galeria das


Esculturas. Não perca as belas esculturas de Augusto Rodin no
centro do museu; e móveis e objetos de arte decorativa
no Pavillon (acesso pelo Piso Médio). Há ainda mais algumas áreas
de exposição com obras simbolistas, além de um espaço para
exibições temporárias.
133

Vista da área central do Museu d’Orsay

Dest
aque para o belo relógio da antiga estação
134

Gal
eria das Esculturas

PISO MÉDIO (2º ANDAR)


135

No Piso Médio, ficam as obras do Movimento Naturalista e Art


Nouveau de países como Bélgica, França e Itália. No entanto,
o grande destaque deste andar fica por conta das obras pós-
impressionistas do fantástico Vincent Van Gogh, como o seu “Auto-
retrato” (1889), “Noite Estrelada Sobre o Ródano” (1888), “Quarto
em Arles” (1888), “A Igreja de Auvers” (1890).

A Igreja de Auvres
Auto retrato de Van Gogh
136

Noite Estrelada Sobre o Ródano Quarto em Arles

PISO SUPERIOR (5º ANDAR)

O Piso Superior é o grande “must see” do museu. Se tiver pouco


tempo, pule direto para cá. É aqui que ficam as galerias de pinturas
impressionistas e pós-impressionistas. É um verdadeiro deleite para
137

os olhos ver tantas obras incríveis juntas. Vale a pena gastar pelo
menos 1 hora admirando com calma as obras-primas do movimento
impressionista com pinturas incríveis de Cézanne, Degas, Manet,
Monet, Pissarro, Renoir, entre outros.

O baile no moulin de la Galette (1876),


Le Bassin aux Nymphéas (1909), de de Pierre-Auguste Renoir
Claude Monet

A Aula de Dança (1874),


de Edgar Degas
138

Ao sair do museu, voltar pela Rue de La Légion d’Honneur, seguir


em frente pela Rue Bellechasse por 4 quarteirões, dobrar a direita
na Rue Las Cases

e ver a:

- BASÍLICA DE SAINT CLOTILDE


(1845 – 1857) Ela é conhecida
por suas torres gêmeas (de
69m). Gótico francês.
Informações: aberta todos os
dias. Horários: seg – sex das
9:00 às 19:30 / Sab – dom das
10:00 às 20:00.
139

A igreja não é tão grande quanto a Notre Dame, mas as torres


realmente chamam atenção. Achei que ela estava um pouco
descuidada, e gostei muito da pracinha em frente. Uma delícia, não
é muito conhecida pelos turistas. Mas vale a visita.

A sensação que tive nesta igreja é que eu era a única turista por ali.
E adorei isso, de verdade Na praça, havia crianças brincando e não
parecia em nada com um ponto turístico.

Neste ponto, estava bem cansada, e decidi voltar para o hotel, para
descansar um pouco e comer.
140

Com as baterias recarregadas, fui para a Notre Dame, já estava


fechada (OMG, abre tarde e fecha cedo!!!) e sem outra saída
comecei a observar as fachadas, principalmente a Oeste (a mais
famosa).

Curiosidade: Na praça em frente a igreja tem um arbusto bem


fedido, hahaha.

Indo em direção ao rio Sena, tem uma pracinha e um pouco antes


da entrada, tem vários passarinhos do tipo pardalzinho e o mais
fofo é que eles estão tão acostumados com as pessoas que eles
veem comer na mão. A coisa mais fofa.
141

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=VYvsNcwGGQ8

Fui andando pelo jardim até chegar a Rosácea Sul e achei


incrivelmente lindo e enorme. Acho que é a única das 3 rosáceas de
Notre Dame que dá para ver do lado de fora. Não que as outras não
dê para ver, mas a do lado oeste tem uma imagem na frente e a do
lado norte, os prédios redor impedem de ver direito. Também achei
essa fachada uma das mais
bonitas (a oeste é bem bonita
também e mais famosa).

Fui andando e cheguei em uma


praça atrás da Notre Dame
(Praça Jean XXIII) que se tornou
um dos meus pontos favoritos
de Paris. È um lugar super
tranquilo, sentei em um dos
bancos da praça e chorei. Chorei
de felicidade. Enfim estava ali!!!

O momento também foi perfeito, em algum lugar ali próximo


alguém tocava um jazz (provavelmente um artista de rua) e naquele
lugar lindo, naquela cidade linda, em uma tarde perfeita de verão,
142

eu senti que meu sonho estava realizado da melhor forma possível.


Foi um momento de paz, simplesmente inesquecível.

Saindo da “minha praça”, voltei pela Rue de Cloitre Notre Dame até
a Parvis (aquela praça em frente a fachada oeste). E esse dia era o
de ver os meus lugares em Paris. Bom, para contar sobre esse em
específico tenho que voltar até os longos dias das minhas pesquisas
e sonhos com Paris.

Consegui uma foto-poster em um panfleto da CVC e esta foto ficava


colada na parede ao lado da minha cama, e toda noite dormia
olhando para ela.
143

Conforme ia fazendo minha pesquisa, ia descobrindo os nomes das


ruas, e, claro, me imaginava caminhando por elas. Até o dia em que
fechei a viagem e meu irmão disse que seria incrível estar
passeando por aquelas ruas que eu tanto olhava, então apontei
para uma árvore na foto e disse que iria até ela, tirar uma foto lá.
144

Bom, foi o que eu fiz. Essa árvore fica em frente ao Parvis de Notre
Dame e fui até a “minha árvore” tirar uma foto como prometido. O
mais engraçado foi ver as pessoas que passavam por mim, me
olhando com cara espantada porque eu olhava quase chorando
para a árvore, e tirava um monte de fotos dela, e o povo olhava
para mim e para a árvore procurando algo especial por ali, acho que
tentando entender o que eu estava vendo... o que eles não tinham
como entender, é como aquela árvore era especial para mim e só
para mim. Ela representava o meu sonho realizado!!
145

Atravessei a Ponte Saint Michel para ver a

- FONTAINE SAINT MICHEL foi


construída entre 1858 e 1860
pelo arquiteto Gabriel Davioud.
As esculturas são: dois dragões
alados um de cada lado da fonte.
A figura de Michel (anjo Miguel)
derrotando e expulsando o
demônio (satã) do paraíso. Uma
rocha abaixo de Michel. Baixos
146

relevos e folhagens ornamentais, quatro estátuas representando as


virtudes: a Prudência, segurando uma serpente e um espelho, o
Poder com pele de leão, a Justiça com uma régua e uma espada, a
Temperança, e acima estão as estátuas do Poder e Moderação
segurando o brasão das armas de Paris.

É uma fonte muito bonita que representa o anjo Miguel derrotando


Satanás.

Voltei pela ponte e fui ver a Conciergerie, Hoje só por fora, pois já
estava fechada a essa hora. Aproveitei para tirar fotos das torres.
Lindas.
147

Depois pela Chatelet. É engraçado como uma praça tão pequena


suporta a maior estação de metro de Paris. A estação de Chatelet é
uma outra cidade embaixo da cidade, hahaha.
148

PLACE DU CHÂTELET. Aproveitar para ver o:

- TEATRO DU CHÂTELET (construído entre 1860 e 1862)

- FONTAINE DU PALMIER (construída para ressaltar as glórias


napoleônicas)

- COLLONNE DU CHÂTELET - As bandas de bronze são para prestar


homenagem às vitórias de Napoleão no cerco de Danzig (1807 –
Prússia), na batalha de Ulm (1805 – Áustria), na batalha de Marengo
(1800 – Itália), na batalha das Pirâmides (1798 – Egito) e nas
batalhas de Lodi (1796 – Itália). No topo, há uma estátua
representando a Vitória carregando os louros. Na base, há quatro
149

estátuas: A Vigilância, a Justiça, a Força e a Prudência. Há também


esfinges jorrando água.

Pegar o metro Châtelet (linha 7) até a estação Place Monge (4


estações). Terminar o dia.

FIM DO TERCEIRO DIA


150

Dia 4 (05/07/12) – Marco Zero | Catedral de Notre Dame | Sainte


Chapelle | Conciergerie | Cripta de Notre Dame | Torre Saint
Jacques | Sorbone | Panthéon | Pompidou | Igreja de Saint
Eustache | Hotel de Ville

Hoje o dia estava nublado e continuando o passeio fui até a Place


Du Parvis Notre Dame. Ver

- MARCO ZERO DE PARIS é a marca a partir da qual todas as


distâncias das estradas nacionais francesas são calculadas. O marco
é formado por uma rosa de ventos gravada no centro de um
medalhão octogonal de bronze, o qual está no centro de 4 peças de
pedra, formando um círculo. Em cada uma dessas pedras lê-se as
inscrições em letras capitais: “Point”, “Zero”, “Des Routes” e “De
France” – que significa, “Ponto zero das estradas da França”
151

Ainda na Place Du Parvis encontra-se a fachada ocidental e principal


da:

- CATEDRAL DE NOTRE DAME é uma das mais antigas catedrais


francesas em estilo gótico. Sua construção foi iniciada no ano de
1163 e é dedicada a Maria (daí o nome Notre Dame – Nossa
152

Senhora), situa-se na Praça du Parvis na pequena Îlle de La Cité. A


fachada Ocidental é a principal não só a de maior impacto e beleza
mais também a de maior popularidade. Ela apresenta três níveis
horizontais e é ainda dividida em três zonas verticais pelos
contrafortes ligeiramente proeminentes que unem em verticalidade
os dois pisos inferiores e reforçam os cunhais das duas torres.
(informações: aberta todos os dias das 8:00 às 18:45. Para subir na
torre das 10:00 às 18:30 entrada pela Rue Du Cloitre)

Notre Dame em números:

Sinos – são 4 na torre norte (Angélique-Franççoise; Antoinette-


Charlotte; Yacinthe-jeanne; Denise-David) e um na torre sul –
Emanuel (o mais famoso), instalado em 1686 e pesa 13 toneladas.

O edifício tem 127 metros de comprimento, 48 metros de largura e


35 de altura, é rematada em cima por abóbodas e dá o primeiro
passo na construção colossal do gótico.

Ok, fiquei tão fascinada pela Notre Dame, que estudei um pouco de
arquitetura gótica. Vamos entender alguns elementos desta
maravilha. Senta que lá vem história...
153

A Fachada Oeste:

Primeiro Nível:

Dominando o primeiro nível, temos os três portais.

Os 3 Portais:
154

Os três portais surgem em épocas diferentes e formam um conjunto


que passa a ser utilizado na arquitetura gótica a partir de meados do
século XII. Estes 3 portais foram construídos em épocas diferentes.
São muitos trabalhados, penetrando na parede por uma sucessão
de arcos em degrau ou arquivoltas. O portal central destaca-se
ligeiramente em altura dos laterais.

São eles:
1) Portal do julgamento: O central e mais novo do conjunto.
2) Portal da Virgem: O da esquerda, pertence ao século XIII,
com iconografia referente a Maria.
3) Portal de Santa Ana: o da direita, vem da época do início da
construção da catedral.

Portal do julgamento:
155
156

A parte central representa os escolhidos e os condenados separados


pelo Diabo e pelo Arcanjo Miguel com a balança das almas. Os que
entram no paraíso levam uma coroa, uma possível alusão à
santidade da coroa francesa.
157

Detalhe do Tímpano:
158

Portal da Virgem:
159

O da esquerda. Neste portal o volume corporal é mais acentuado e


a representação mais realista, em oposição ao abstracionismo
românico.

O magnífico tímpano de pedra foi esculpido no século XIII e mostra


a morte da virgem Maria e a gloriosa coroação no céu.

No entanto, a
estátua da Virgem
e o Menino entre
os portais é uma
obra moderna.
160

DICA: A lenda de Saint Denis encontra-se neste portal. Adão, Eva e a


Serpente também.
161

Portal de Santa Ana:


162

Ele vem da época do início da construção da catedral e foi pensado


para um dos braços do transepto. No tímpano temos a
representação da Virgem com Cristo menino, transparece ainda
uma forte ligação à escultura do românico tardio pela frontalidade,
rigidez do vestuário e pouco índice volumétrico.
163

O tímpano apresenta a Virgem Maria sentada sob um dossel com


Cristo, que segura o livro da lei em seus braços. Ela está nos
observando e nos mostrando a criança, que está nos abençoando e
ambos nos encorajam a entrar na catedral. Há um anjo em cada
lado do trono. Vemos, ainda, a esquerda da Virgem, um rei
ajoelhado, que se crê que seja Luís VII, e a sua direita, um bispo, que
pode ser Sully, o impulsionador da construção da catedral.
A arquitrave possui dois níveis:

1) Superior, de cerca de 1170, com cenas da vida de Maria e


cenas da chegada de Cristo na Terra, desde a Anunciação a
Epifania.
164

2) Inferior, do início do século XIII, altura em que o portal foi


colocado neste local, retrata a vida de Sant’Ana e São
Joaquim, pais de Maria.

Nível Intermediário:
165

Galeria dos Reis:

Na transição para o nível intermediário está a fileira de estátuas de


3,5 metros de altura cada, representando 28 reis de Judá e Israel.
Estas estaturas foram destruídas durante a revolução francesa, pois
166

os revolucionários acreditavam que representassem reis da França.


Foram redesenhados por Violet-le-Duc. As originais estão no Museu
de Cluny.

A Rosácea Oeste:

Dominando o nível intermediário encontra-se a Rosácea de 9,60


metros de diâmetro, bem ao centro e encaixada entre os
contrafortes; ladeada por
janelas gêmeas.

À sua frente, surge a


estátua da Virgem Maria
com o Menino.
167

Seguindo o traçado do piso inferior, e contribuindo para a unidade


da fachada, corre uma galeria de arcadas rendilhadas rematando
este nível em sua zona superior.

Baseada no número 3
que simboliza a trindade,
esta rosácea apresenta a
divisão em 12, que se
subdividem em 24 nas
suas extremidades
(Figura 2). Possui
elementos circulares
distribuídos em 3
circunferências
concêntricas, além de
um círculo central que
apresenta a virgem com o
Menino Jesus, rodeado por
12 lunações. Entre este
círculo central e a
circunferência seguinte
contendo os elementos, há
um círculo de elementos
168

decorados com arabescos florais entrelaçados que formam as


pétalas que circundam o centro. Na circunferência seguinte, com
divisão em 12 partes, temos as imagens dos doze profetas inseridos
em quadrifólios. Essas formas são traçadas à partir de 4
circunferências que têm o mesmo raio e cujos centros estão
inscritos nos vértices de um quadrado. A segunda circunferência de
elementos se subdivide em 24 partes iguais, que apresentam,
dentro de círculos, as narrativas bíblicas. Na última circunferência
de elementos estão representados 24 cavaleiros com escudos e
lanças que apontam para o centro, inscritos em quadrifólios.

Nível Superior:

Galeria das Gárgulas:

É um espaço em que o visitante pode apreciar a melhor vista de


Paris. Quem subir até as torres da Notre Dame vai estar em
companhia de 56 quimeras, seres fantásticos e grotescos, que
foram desenhadas e adicionadas ao prédio por Viollet-le-Duc. Essas
figuras não existiam originalmente e foram incorporadas ao
conjunto a fim de evocar uma atmosfera da Idade Média.
169

Diferença entre Gárgulas e Quimeras:

Gárgulas:

Na arquitetura, são desaguadouros, ou seja, a parte saliente das


calhas de talhados que se destina a escoar águas pluviais a certa
distância da parede e que,
especialmente na Idade Média,
eram ornadas com figuras
monstruosas, humanas ou
animalescas.

O termo se origina do
francês gargouille (de
gargalo ou garganta), pelo
latim gurgulio, gula. Palavras
similares derivam da raiz gar,
engolir, onomatopeia
representando o
gorgulhante som da água.

Quimera ou grotesca:
170

É um tipo de escultura similar que não funciona como


desaguadouro, servindo apenas para funções artísticas e
ornamentais.

As Torres:

No nível superior, erguem-se as duas torres de 69 metros de altura,


dominando toda a fachada ocidental do tempo.
171

A Torre Sul acolhe o famoso sino de nome Emanuel que pesa 13


toneladas. Para acionar seu badalo de 500 quilos, que só toca em
datas especiais, é necessário 8 homens.

É possível visitar a Torre Norte (a melhor vista da cidade) onde, após


uma subida de 386 degraus, pode-se vislumbrar a cidade de Paris,
os pináculos e as gárgulas da catedral que povoaram o romance de
Victor Hugo. Mas vou retornar a este assunto quando detalhar
minha visita.
172

A Fachada Oriental:

A Cabeceira:

Esta é a fachada da abside.


173

Na primeira metade do século XIV foram concluídos os arcobotantes


erguidos na cabeceira do templo.
A melhor vista é da Place Jean XXIII

Arcobotantes:
174

A Notre Dame foi um dos primeiros edifícios a usar a técnica de


contenção estrutura através de arcobotantes. Originalmente estes
não constavam no projeto, mas à medida que as paredes iam sendo
erguidas, sendo muito finas como de hábito no gótico, começara a
aparecer rachaduras, e as paredes ameaçavam se inclinar para fora,
assim os arcobotantes, como contrafortes, foram acrescentados
para evitar desabamento. Foram ironizados na época, pois para eles
a aparência era de andaimes não removidos e que davam à catedral
um aspecto inacabado.

A estrutura de suporte de peso é visível do exterior ladeando todo o


175

edifício, mas na zona da cabeceira a elegância destes elementos


resulta numa fluidez visual que só se tornou possível depois de 15,
quando as capelas foram acrescentadas ao exterior.

Na altura todo o esplendor técnico do gótico está ao alcance e os


arcobotantes, que fluem da zona superior da parede do coro, onde
a impulsão da abóbada para o exterior se concentra, prolongam-se
até aos contrafortes, não de forma peada, mas transmitindo leveza
e harmonia.

As Fachadas do Transepto (Fachada Norte e Fachada Su):

Após a construção das capelas exteriores tornou-se necessário


prolongar os braços do transepto.

Fachada Norte:
176

Obra de Jean de Chelles, de modo geral, sua decoração em filigrana


e o traçado aqui utilizado irá ser adotado pela arquitetura europeia.
Jean de Chelles inicia ao norte demonstrando já um traçado típico
do gótico alto. O frontão trabalhado coroando o portal,
denominado gablete, cresce no segundo nível e sobrepõe-se à fileira
de janelas que surgem num plano recolhido.

Do mesmo modo também é a rosácea colocada em um nível mais


recolhido e ligeiramente sobreposta por uma balaustrada fina.
Rematando a fachada surge um frontão com janela circular ladeado
177

de tabernáculos abertos. O portal norte, também conhecido como

Portal do Claustro, foi construído entre 1210 e 1220.

O tímpano apresenta um registro em três bandas, típico do gótico,


onde se torna possível representar diversos episódios alimentando
o gosto pela festividade do relato.
178

Na banda inferior veem-se cenas de Jesus menino. Nas duas bandas


superiores um bispo conta a história do presbiteriano Teófilo,
desenvolvendo-se a lenda do mesmo personagem numa sequência
de quatro cenas na banda imediatamente inferior. Também no
portal toma lugar a estátua de uma Madona que sobreviveu à
revolução francesa e que denota o nível avançado da escultura
gótica, apresentando uma naturalidade na atitude e rotação
corporal.
A Porta Vermelha (Porte Rouge)
179

A porta vermelha é usada em Notre-Dame para facilitar a passagem


do claustro religioso para a Igreja e, particularmente, para a área do
coro, a fim de comemorar o "Matins" nas primeiras horas da
manhã. Foi construída no século 13 e é coroada por um complexo
de empena. Como o seu uso é "interno", a porta é menor do que as
outras e a sua parte superior é mais simples.
180

Atribuída ao maestro Pierre de Montreuil, a parte superior é


dedicada à coroação da Virgem Maria. Em cada extremidade da
peça aparecem os doadores que o financiaram: o rei St. Louis e a
sua esposa rainha Margaret da Provença.

Ao redor da peça há uma única arquivolta em homenagem a São


Marcelino (São Marcel), bispo de Paris por volta do século IV, cujo
relicário foi guardado na Catedral até a Revolução Francesa. Sua
vida é representada em cenas diferentes que começam com o
batismo por imersão e incluem algumas lendas populares, como
aquela segundo a qual Marcel teria derrotado um dragão que
devorava mulheres de má reputação, apenas com a equipe do
bispo.

A Rosácea Norte:

Sua rosácea, a maior das três, tem


9,60 metros de diâmetro. É a única
que conserva os vitrais do século
XIII, que retrata a virgem com o
menino Jesus, circundada por 8
lunações com flores de lis. Na
primeira circunferência de
elementos, circundando o centro
181

aparece uma faixa vermelha com formas florais, e mais


externamente os 16 profetas. Na segunda circunferência de
elementos, internamente aparecem 32 trilobes, e externamente
apresentam-se 32 reis e antepassados de Cristo. Na última
circunferência envoltos em trilobes, 32 patriarcas e grão-sacerdotes
de Israel para coroar o conjunto. Todos os elementos que
circundam o centro estão envoltos por arabescos geométricos.

A construção geométrica (Figura 6) é feita com base no 8 e suas


subdivisões de 16 e 32, é a que apresenta a maior quantidade de
elementos, e se assemelha em sua construção e disposição de
elementos com a rosácea Sul, no entanto é a mais complexa das
três, mesmo assim
não deixa de
transmitir unidade
e harmonia a
todos que a
contemplam.

No centro surge a
Mãe de Deus
182

rodeada de medalhões com representação de personagens do


Antigo Testamento, profetas, reis e altos clérigos.

Fachada Sul:

Essa foi a que achei mais bonita...

O projeto da fachada do transepto Sul segue um traçado mais ou


menos fiel ao do seu antecessor na fachada Norte.
183

Após a morte de Chelles, Montreuil assume o projeto da fachada do


transepto sul. A plasticidade dos elementos e o trabalho de filigrana
da pedra revelam uma virtuosidade com o material atingindo o mais
alto nível, assim como uma clara individualização do trabalho do
artista que começa a se destacar do conjunto do movimento
artístico geral.
Portal de Saint Etienne

O portal sul do transepto foi consagrado a Saint Etienne (primeiro


mártir cristão), relatando sua vida.
184
185

Rosácea Sul:
A Rosácea Sul foi um
presente do rei São Luis,
projetada por Jean de Chella
e Pierre de Montreuil.
Construída em 1260 como
contraponto para a janela da
Rosácea Norte, que teve sua
construção em 1250, ambas
com 12,90 metros de
diâmetro, e uma altura total
186

de cerca de 19 metros. Dedicada ao Novo Testamento (Figura 3).


Esta rosácea apresenta 84 painéis dispostos em 4 circunferências, a
primeira tem 12 medalhões e a segunda 24. Uma terceira
circunferência é composta por 12 quadrifólios intercalados por 12
círculos, e a quarta circunferência tem 24 trilobes (formas
geométricas com 3 circunferências de mesmo raios com os centros
inscritos em um
triângulo equilátero).
A construção desta
janela se baseia no
número simbólico 4, e
seus múltiplos, 12 e
24 (Figura 4). Nas
quatro circunferências
observam-se os
Santos e Mártires,
que tradicionalmente
são homenageados na
França, bem como as virgens prudentes. Observa-se cerca de 20
anjos, localizados no quarto círculo, estes carregam uma vela, duas
coroas e um incensário, Nas terceira e quarta circunferências
mostram-se cenas do antigo e do Novo Testamento, apresentando
algumas narrativas como, a fuga para o Egito, a cura de um
187

paralítico, Julgamento de Salomão, a Anunciação dentre outras. E


por último na terceira e parte da quarta circunferências, aparecem
nove cenas da vida de são Mateus. O medalhão central da rosácea
retrata o Cristo do Apocalipse, com uma espada que saindo de sua
boca, simbolizando sua palavra.

O termo traceria, ou
arrendado, refere-se ao
trabalho decorativo em pedra
(também por vezes de
madeira) composto por
elementos geométricos e
utilizado na arquitetura,
especialmente de grande
desenvolvimento na
arquitetura gótica. Este
ornamento pode subdividir
aberturas (como em rosáceas)
em forma de renda perfurada ou revestir áreas com formas em
relevo podendo-se encontrar aplicado a coroar janelas, arcos, a
ornamentar abóbodas, gabletes e pináculos ou a cobrir superfícies
planas como painéis (de coro por exemplo) ou paredes.
188

Pináculo - “La Flèche” (A Flecha):

Chamada pelos franceses de “La


Flèche” (A Flecha), atinge 96
metros de altura. Espécie de
grande antena, foi construída
durante a restauração da
catedral no século XIX,
substituindo um antigo pináculo
mal conservado.

O Telhado:

O telhado de Notre Dame é apoiado por uma moldura de madeira


chamada "floresta de Notre Dame". A razão para este nome é está
não apenas nas numerosas vigas, mas no fato de cada uma delas ter
sido composta por um carvalho inteiro (muitos deles com centenas
de anos de idade).

No telhado da Catedral de Notre-Dame, a agulha (pináculo) se


destaca. Esta agulha foi adicionada no século XIX por Viollet-le-Duc,
substituindo uma antiga agulha tipo sino, que havia sido colocada
189

por volta do ano de 1250, mas foi desmantelada no final do século


XVIII.

E
squerda: detalhe do grupo escultórico de bronze Os Doze Apóstolos (telhado).
Direita: Detalhe do retrato de Viollet-le-Duc como Saint Thomas.

Viollet-le-Duc reproduziu uma série de estátuas de bronze dos doze


apóstolos que observam a cidade de cima. Um deles, St. Thomas,
seria o mesmo Viollet-le-Duc que, de costas para Paris, observa a
agulha. Assim, Viollet-le-Duc tornou-se um guardião imortal do
edifício sagrado.
190

In
terior da Catedral de Notre Dame.

No interior da Catedral, um telhado resoluto com abóbadas com


nervuras é exibido. O desenho é formado pelo cruzamento de dois
arcos pontiagudos. As costelas destas abóbadas distribuem o peso
para os pilares.

Graças a essa técnica arquitetônica, os arquitetos conseguiram


eliminar as paredes pesadas e abrir vãos para criar janelas que
proporcionassem um efeito celestial. Na foto anterior você pode
notar os três níveis de elevação da Catedral.

Elementos que compõem o interior de uma igreja gótica:


191

Adro: A parte exterior da catedral, geralmente é composta por


jardins, ou um cemitério. Pode ser também a definição dos terrenos
da igreja.

1 - Nártex: Parte coberta que antecede a igreja, na arquitetura


gótica o nártex é um endo-nártex, e na arquitetura romana exo-
nártex. O nártex nesse estilo de catedral "caracteriza-se como um
espaço estreito transversal à nave".

2 - Nave: É a ala central de uma catedral, *também existem as naves


colaterais que ficam aos lados.

3 - Cruzeiro: Área do encontro da Nave com o Transepto.

4 - Transepto: Nave perpendicular a nave principal.


192

5 - Coro: Localizado após o cruzeiro, antecede o altar, geralmente


destinado a pessoas especiais (como os padrinhos no casamento ou
autoridades num evento), às vezes apresenta um presbitério.

6 - Presbitério: Parte do Coro destinada ao clero, perdeu sua função


e hoje é considerado parte do coro.

7 - Abside: onde se localiza o altar, é o lugar onde se celebra a


missa, e é a parte mais importante da catedral, geralmente é
decorado com vitrais ou grandes crucifixos.

8 - Deambulatório: Localizado após o altar, seu nome vem do latim


"ambulatorium", que significa lugar para andar. Passagem fechada
de um lado e geralmente
aberta em outro por arcos e
que circula o coro e a abside.

9 - Capela radiante: Várias


capelas pequenas localizadas
perto do dreambulatório.

Clerestório é o nome dado as


sequências de janelas nas
laterais das naves, já
os trifórios são as galerias
193

estreitas (ou falsas galerias) que ficam em cima da arcada e embaixo


o clerestório. As arcadas são o conjunto de arcos, nesse caso que
ficam no primeiro nível da catedral.

Tracerias: são estruturas em pedra ou, às vezes, madeira que


separam os vitrais da rosácea, geralmente, o termo rosácea é usado
para designar as duas estruturas juntas.

Vitral: desenhos no vidro das janelas, tendo grande destaque na


arquitetura gótica, podem ser confeccionados através de mosaicos
ou pinturas.

Lóbulo: tem forma de trevo e tem objetivo decorativo, é formado


por um segmento de círculos.

TRACERIA VITRAL LÓBULO

O Teto:
194

Abóbada: As abóbadas são tetos côncavos e arqueados,


extremamente pesados.

Tramo: São os arcos entrelaçados em forma de X ou um "j russo"


que dão forma a abóbada.

A principal e mais característica invenção técnica da arte gótica foi


o arco ogival, muito mais dinâmico que o estático arco redondo
românico e que exercia menor pressão lateral, possibilitando a
construção de abóbadas de cruz ou cruzaria de ogivas; estas
tornaram-se mais elásticas e dinâmicas, adaptando-se melhor ás
formas e dimensões dos espaços a cobrir, o que permitiu aumentar
as áreas de construção, e sendo mais leves e fáceis de sustentar,
195

elevaram-se cada vez mais, contribuindo para uma maior


verticalidade das construções.

Nave Principal de Notre Dame:

Interior da Catedral de Notre Dame

A planta da Catedral de Notre-Dame tem a forma de uma cruz


latina. A nave principal tem um total de 127 metros de
comprimento e 48 metros de largura. O transepto, particularmente
196

curto, tem 14 metros de largura e 48 metros de comprimento, ou


seja, a mesma medida da largura do navio.

Distingue uma nave principal e 4 laterais, para um total de 5 naves


com deambulatório duplo. Por sua vez, o edifício atinge uma altura
máxima de 96 metros e uma área total de 5500 m².

A – entrada da torre 1 – Batistério Tumbas:


B – Portal do Claustro 2 - Pulpito 12 - Beaumont
C – Porta Vermelha 3 – Rosácea N 13 – juigné
D – Portal St Etienne 4 - Rosácea S 14 – Noailles
E – Portal Santa Ana 5 – Notre Dame 15 – Quelen
F- Portal julgamento 6 – Saint Denis 16 – Belloy
G – Portal da Virgem 7 – Choir stalls 17 – Morlot
8 – Altar 18 – Darboy
9 – Pietà 19 – d’Harcourt
10 – Louis XIII 20 – Sibour
11 – Louis XIV 21 - Affre
197
198

Vitrais:

A introdução dos pilares na arquitetura gótica permitiu a


substituição das sólidas paredes com janelas estreitas, do estilo
românico, pela
combinação de
pequenas áreas de
parede com grandes
áreas preenchidas por
vidros coloridos e muito
bem trabalhados, os
vitrais.

Na catedral existem
quase duzentos vitrais,
alguns entre os maiores
construídos na história.
199

Rosáceas:

As grandiosas rosáceas adornam as fachadas norte, sul e oeste, mas


só a rosácea norte conserva o vitral original do século XIII, que
representa a Virgem rodeada por figuras do Antigo Testamento.
200

O Grande Órgão e a Rosácea da fachada ocidental


201

Situado em frente da rosácea da fachada ocidental, com seus 113


registros e 7800 tubos, o principal é um dos maiores órgãos do
mundo.

Arte litúrgica e decorativa


202

M
esas policromas do Juba de Notre Dame adjacentes ao coro.

Na arte gótica, a escultura e a pintura estão a serviço da arquitetura


e, embora careçam de uma função litúrgica, elas sempre têm uma
função educacional e de propaganda.

Dentro do complexo de Notre Dame, uma parte específica se


destaca: trata-se de uma espécie de parede que envolve o coro e o
enquadra dentro do piso. O trecho é decorado com esculturas de
madeira policromada, que contam diferentes ciclos da vida de Jesus.
Estes foram pintados ao longo do século XIV.

A seção do norte foi supervisionada por Pierre de Chelles e aborda a


vida de Jesus desde a infância até a sua paixão e morte. O trabalho
foi elaborado entre 1300 e 1318. A seção sul foi supervisionada por
Jean Ravy e, após a sua morte, a supervisão passou para o sobrinho
203

Jean le Boutellier. O trabalho retrata cenas após a ressurreição, um


tema menos desenvolvido na iconografia daquela época do que as
anteriores. Foi elaborado entre 1344 e 1351.

S
eção norte: a vida de Jesus. 1300-1318.

S
eção sul: Histórias da ressurreição. 1344-1351.

Além disso, como parte da interpretação da estética da luz, a


Catedral é dotada de uma coleção de arte litúrgica em pedras
preciosas e metais, carregada de cor e brilho. Nenhum deles caiu
em desuso, pois é considerado essencial manter viva a razão de sua
existência.

Curiosidades:

 Em 1455 Joana d´Arc foi julgada ali


 Foi em Notre Dame onde ocorreu a beatificação de Joana
d’Arc, em 1909.
 Foi erguida na Ile de la Cité, no centro do rio Sena, sobre os
restos de duas antigas igrejas.
204

 A fachada principal apresenta o mesmo modelo da igreja de


Saint-Denis, precursora da arquitectura gótica.
 As duas torres de 70 metros de altura cada.
 Em 2 de dezembro de 1804, Napoleão Bonaparte é coroado
Imperador da França no altar da Notre Dame. O ousado
general tomou a coroa do papa Pio VII e coroou a si mesmo
e a sua esposa Josefina imperatriz.
 Foi graças ao famoso romance de Victor Hugo, O Corcunda
de Notre Dame, lançado em 1831, contando a história de
Quasímodo e de sua paixão impossível pela cigana
Esmeralda, que a sorte da catedral mudou em definitivo.
 Victor Hugo tinha apenas 28 anos quando concluiu esta
obra prima. E graças a seus adoráveis e eternos
personagens, ressurge o interesse popular pela Catedral,
pela sua arquitetura gótica, e inicia-se um movimento
nacional pela reforma e preservação da Catedral, que viria a
ser executada entre 1845 e 1865, sob o comando do genial
arquiteto Eugène Emmanuel Viollet-le-Duc.
 A catedral têm 5 sinos. O maior deles, o sino Emannuel pesa
mais de 13 toneladas e o seu batente 500 quilos e só toca
nas grandes festas católicas. Na torre norte, quatro outros
sinos tocam várias vezes ao dia.
205

 Os bancos do coro, de madeira entalhada, foram


encomendados por Luís XIV. Entre os entalhes dos 78
painéis há cenas da vida da Virgem Maria. Inclusive uma que
mostra a Virgem grávida, imagem raríssima de se ver.
 Durante a revolução, o prédio da Notre-Dame foi
profanado e rebatizado como Templo da Razão e serviu
também como local para armazenar alimentos.

Deu para notar que eu pesquisei um pouquinho sobre a Notre Dame


né? E olha que ficou muito detalhe para trás... Vamos a minha
visita:

Primeiro, entrei na igreja, ela é enorme e impressionante. Os vitrais


são lindos, mas nada supera as rosáceas, por dentro dá para ver
melhor a do lado Norte e a do Sul, pois a do Oeste fica meio
escondida atrás do órgão. Elas são enormes, e de uma luz incrível. E
o colorido?
206

A igreja é uma das melhores representantes da arquitetura gótica e


com razão, a entrada é sombria e a claridade vem das rosáceas do
transepto.

O que achei diferente nesta igreja (depois vi que era até comum nas
igrejas por lá), é que tem capelas (capelas exteriores) atrás do altar.

O altar
207
208

Rodei bastante pela igreja, olhando cada detalhe e tentando


reconhecer os elementos góticos. É realmente impressionante. Não
tirei muitas fotos (não como eu gostaria) pois começou uma missa e
por respeito não tirei mais fotos.
209

Depois fui para a fila para subir nas torres de Notre Dame e tive que
enfrentar minha maior inimiga: as escadas. Para subir são 422
degraus em uma escada em caracol, mas vale a pena, e como vale...
É a melhor vista da cidade. Amei as Quimeras e o Emanuel.

Vamos aos detalhes desta visita:

Resolvi ir cedo para a visita a Torre de Notre Dame porque também


é um lugar que lota demais. Quando cheguei na fila já tinha
210

algumas pessoas, mas não muitas. A entrada se dá pela Rue du


Cloitre no lado norte da Catedral.

Aí vem a pior parte: as escadas. Sério! Se você é claustofóbico, vai


sofrer aqui. Eu não sou e sofri... Tá além de apertada, ela é em
caracol. Você vai subindo e ficando tonta...
211

No fim de cada volta, tem uma pequena janela, que não alivia em
nada a sensação claustrofóbica da escada.

Vencida a escada, cheguei na Galeria das Quimeras, que tem uma


vista sensacional da cidade. Quando fui, tinha uma tela na frente,
para evitar acidentes, mesmo assim, não tira a beleza do lugar. São
várias quimeras, dali também dá para ver a Flecha e algumas
estátuas do telhado. O espaço não é grande, quase como um
corredor ligando as duas torres.
212
213

Da Galeria das Quimeras, entrei por uma porta estreita e avistei a


impressionante estrutura de vigas de madeira, que serve de
sustentação para o peso dos sinos.

Nessa estrutura de madeira do século XIII foram utilizados 1300


carvalhos, ou seja, 21 hectares de floresta. Esse é um dos locais mais
214

tocantes da visita que nos transporta para um cenário de filme

Ali tive acesso ao famoso Emanuel (e-nor-me). Não se pode ficar


muito tempo por ali (uma pena) pois a fila é grande e o espaço,
pequeno. Mas vale super a pena
215

Eu pedi para uma mulher tirar uma foto minha com o Emanuel, mas
não sei o que ela fez que a foto ficou toda manchada, só essa, as
outras todas que tirei ficaram boas, mas só fui ver quando transferi
para o computador, aqui no Brasil...

Passada a emoção de estar diante do sino mais antigo da Notre


Dame, é hora de respirar e subir mais alguns degraus da escada de
madeira para enfim chegar ao topo da torre sul, a 69 metros de
altura.
216

Ali temos uma vista de 360 graus de Paris.

Fim do passeio, hora de encarar a escada novamente...


217

Adoro essa vista da Catedral (olha a minha árvore ali também)

Editado: em 15 de abril de 2019

Um dia muito triste para quem ama Paris: um incêndio criminoso


destruiu boa parte da Notre Dame. =(
218

O pináculo foi completamente destruído.

Essa é a mais assustadora:


219

Voltar pela Rue Du Cloitre, caminhar até a Rue de La Cité, virar na


Quai Du Marchi Neuf, virar no Boulevard Du Parvis até chegar no nº
4 e ver a

- SAINTE CHAPELLE é uma capela gótica, em tradução literal, Santa


Capela.

Historia da Sainte Chapelle:

Foi finalizada em 1248, construída em tempo recorde, cerca de 7


anos, por ordem do Rei Luis IX. Tinha um fim bem específico, o de
220

abrigar as relíquias religiosas compradas do Imperador bizantino


Balduíno II. E não eram quaisquer relíquias, era a coroa de espinhos
da crucificação de Cristo e um pedaço da Santa Cruz, entre outras
(hoje estão todas em Notre Dame). Foi projetada para ser a capela
do palácio real.

O rei queria transformar Paris na Nova Jerusalém, e trazer


peregrinos de todos os lugares para a cidade. Acho que teve
sucesso, pois o Rei foi canonizado como São Luis em 1297.

Outro fator
impressionante
foi o valor em
dinheiro
envolvendo a
Igreja. Enquanto
ela custou 45 mil
libras, as
relíquias
custaram três vezes esse valor, o que foi totalmente exorbitante.

O palácio real desapareceu e foi substituído pelo atual Palácio da


Justiça. Felizmente a capela sobreviveu, com mínimas perdas
durante a Revolução Francesa.  O que a capela tem de mais
221

extraordinário são
os vitrais emoldurados
em pedra, com rosáceas.

A parte externa é em
estilo gótico e realmente
não revela o que vai ser
encontrado lá dentro. A
beleza desta igreja não
está no seu aspecto exterior e sim nos famosos vitrais do segundo
andar. A entrada é no 1º andar, onde se encontra a capela baixa ou
inferior construída para os súditos do rei. À esquerda uma pequena
escada em caracol conduz ao andar superior. O andar da capela
privada real com seus vitrais separados por colunas de 15m de
altura.

(informações: aberta todos os dias das 9:30 às 18:00)

A visita:

Quando eu estava pesquisando, não achei muitas informações


sobre a Sainte Chapelle, então não tinha grandes expectativas
porque não sabia o que esperar. Sabia que era uma capela gótica,
então aguardava belos vitrais, mas não estava reparada para o que
222

vi...

Mas vamos por partes.

A entrada é pela porta lateral do Palácio da Justiça. Há um sistema


de controle anti-terrorista bem mal acomodado em uma sala
pequena. Tira casaco, põe casaco, mas tudo se resolve no final.

Em seguida você atravessa o pátio até chegar a bilheteria.   Pode-se


comprar um ticket com opção de visitar a Conciergerie e a Sainte
Chapelle (15 euros) ou apenas a Sainte Chapelle (10 euros). O Paris
Pass Museum abrange esses dois passeios e evita essa primeira fila. 
223

No dia que fui não tinha muita fila, mas pelo que pesquisei, dei
muita sorte, isso sim.
224

Na verdade são duas capelas. Uma no primeiro andar, esta é a


capela construída para os súditos do rei, funcionários e moradores
do palácio. É bem bonitinha, mas nada demais. E outra no andar de
cima, mais alta e bonita.

Chapelle Basse (Capela Baixa ou Inferior)

Possui 6,60 metros de altura e mais parece uma cripta. No teto


colorido são representados os 12 apóstolos em 12 medalhões. Nas
janelas, pequenos vitrais ao redor de uma estátua de Luis IX. A
decoração predominantemente vermelha e azul reproduz o estilo
medieval original e o principal elemento decorati vo, a fl or de
lis, que era o símbolo da família real.
225

É dedicada à Notre-Dame (Nossa Senhora), o que é possível ver


pelos motivos marianos do portal. O seu interior é decorado com
motivos de flor de Lis (símbolo da monarquia francesa) ao lado dos
castelos de Castilla, símbolo de Blanche de Castilla, mãe de Luis IX. A
Chapelle Basse impressiona pelo seu colorido, em tons de azul,
vermelho e dourado. Mas tanto os símbolos quanto as cores foram
criações do século XIX, pois, na ausência de documentos antigos, os
restauradores mais inovaram do que reconstituíram.
226

Há também reconstituições dos medalhões representando os doze


apóstolos. Sobre os vitrais antigos quase não se sabe nada, apenas
que foram substituídos no século XVII por vitrais incolores. Os atuais
foram desenhados por Auguste Steinheil, um famoso artista e
restaurador de vitral, no século XIX e são dedicados à vida da
Virgem Maria.
227
228

Atualmente, no
ponto central está
uma estátua do rei
e santo Luís. O Rei
Luís parti cipou da
séti ma e oitava
cruzada, tendo
morrido nesta
últi ma.

Ainda na Capela Baixa


há lojas de souvenirs.
Perto das lojas,
vemos a escada em
espiral (ai, á vem
mais escada em caracol apertada)

Chegamos na Capela Alta através dessas escadas (que não existiam


no século XIII).
229

Chapelle Haute - capela alta


230

(No dia da minha visita, uma parte da Capela Ata estava com
tapumes do lado esquerdo do altar, para restauração, mesmo
assim, não prejudicou a beleza desta capela.).

1) A vidraça da história das relíquias da paixão;


2) A estátua de São Pedro;
3) O Grande Relicário;
231

4) A Rosácea.

A Chapelle Haute (capela alta) é do mesmo tamanho que a inferior


tem: 33 m de comprimento, 10,70 m de largura, porém bem mais
alta, Ela tem 20,50 m de altura sem contar a abóboda. Só de
superfície de vidro possui 670m2, tirando a rosácea. A iluminação
que passa pelas imagens deixa o lugar simplesmente mágico.

É a construção com a maior metragem coberta por vitrais que


existe. Nas laterais apenas as vigas que separam os 15 vitrais com
mais de 15 metros de altura é que são de pedra. São ao todo 1.113
imagens que conta toda a história da Bíblia desde a Criação até a
232

Ressurreição de Cristo. Um dos vitrais ainda conta a historia das


relíquias.

Se o dia estiver ensolarado, a visita será ainda mais especial por


causa da luz que atravessa os vitrais.

Catorze desses vitrais representam episódios da Bíblia e são lidos da


esquerda para a direita e de baixo para cima. É possível notar a
riqueza de cada cena. Para mais informações sobre os vitrais,
busque pelas fichas detalhadas na entrada da capela alta.

Os Vitrais:

É ao conjunto homogêneo de quinze vitrais da capela alta que a


Sainte Chapelle deve sua fama. Ele provoca admirações desde que
foi criado. São 1113 episódios bíblicos ilustrados, sendo dois terços
originais e que constituem as maiores obras-primas da arte do
vitral. A altura é impressionante: os da nave possuem 15,35m e os
da abside, 13,45m.

O espaço de cada vitral é cortado em pequenas cenas bem


delimitadas, mantidas com suportes de ferro forjados na forma de
cada episódio. A altura das janelas e a escala reduzida dos
personagens tornam a leitura de 1/3 da narrativa impossível a olho
nu.
233

São 1113 episódios bíblicos retratados e os suportes metálicos


possuem a forma de cada episódio. Os vitrais do coro litúrgico
contam a história da Humanidade, da Gênese à Ressurreição de
234

Cristo. Catorze vitrais representam episódios tirados da Bíblia, leem-


se da esquerda para a direita e de baixo para cima. Começando pelo
lado direito e seguindo direção horária, são eles:

1) Gênese;
2) O Êxodo;
3) O livro dos Números;
4) O livro de Josué;
5) O livro dos Juízes;
6) O livro de Isaías e a Árvore de Jessé;
7) São João Evangelista e a infância de Cristo;
8) A Paixão;
9) São João Batista e o livro de Daniel;
10) O livro de Ezequiel;
11) Os livros de Jeremias e de Tobias;
12) O livro de Judite e de Job;
13) O livro de Ester;
14) O livro dos reis.

Nessa parte, também é narrada a chegada das relíquias e a


construção da capela. É como se a monarquia francesa se colocasse
como herdeira da realeza bíblica, os reis franceses descendentes
dos reis de Israel. Ilustrando a história da descoberta das relíquias
235

por Santa Helena em Jerusalém, até à chegada destas ao reino da


França. Os vitrais não são assinados, mas de acordo com pesquisas
históricas, acredita-se que foram executados por três ateliês de
grande prestígio do século XIII.

É quase um milagre que dois terços deles sejam originais, pois a


capela alta foi um depósito de arquivos de 1803 a 1837. Para
colocar o mobiliário para guardar os documentos, a parte de baixo
dos vitrais foi retirada, até cerca 2 metros de altura. Vários dos
pequenos episódios foram retirados para tapar buracos nas janelas
e alguns até vendidos para antiquários.
236

Durante a Revolução Francesa a igreja foi usada de escritório


administrativo onde armazenaram inúmeras caixas de documentos
e armários, o que foi a salvação dos vidros, que permaneceram
praticamente intactos.

No século XIX, a restauração dos vitrais dura dez anos (1846-1855) e


os elementos posteriores à Idade Média, cerca de um terço, são
substituídos por outros do estilo do século XIII. Durante as duas
237

guerras mundiais, os vitrais são retirados e guardados em


segurança.

No altar ficava o relicário e no lado oposto está a rosácea de 9


metros de diâmetro e 89 painéis, poucos vitrais são originais, a
maior parte foi restaurados no século XV e conta o Apocalipse.

Rosácea:
238

A grande rosácea original não existe mais. A atual é do século XV e,


assim como a primeira, retrata o Apocalipse. Ela possui 9 m de
diâmetro e três zonas concentradas em torno de um olho central.
São 89 painéis de vidro, onde somente nove são posteriores ao
século XV e um ainda faz parte da original do século XIII. Obra-prima
do final da Idade Média,
supõe-se que o autor é
um pintor de vitral bem
ativo em Paris e na
Normandia, chamado
simplesmente de
“Mestre da Vida de São
João Batista”. Ilustra o
livro profético de São
João: o Apocalipse,
representando
simbolicamente face á
paixão de Cristo, num
vitral axial do coro. No centro da rosa, o Cristo regressa em glória ao
fim dos Tempos para julgar os vivos e os mortos.
239

As estátuas dos apóstolos, localizadas entre as janelas, nos pilares,


são consideradas obras-primas da escultura gótica. Ninguém sabe
quem os esculpiu e poucos são identificáveis. Seis são de tamanho
pequeno, 1,60m de altura, e seis de tamanho grande, 1,90m.
Somente quatro são originais, que sobreviveram à destruição dos
revolucionários. O resto
foi colocado, seguindo as
gravuras das antigas
esculturas, na
restauração do século
XIX. As outras estátuas
originais, danificadas,
podem ser vistas
no Musée de Cluny.

Portal:

Através de gravuras
antigas, os restauradores
puderam reconstituir o portal. O mais interessante é o Julgamento
Final representado no tímpano. Nele, além de Jesus, a Virgem e São
240

João Batista, encontramos dois anjos, um portando a Coroa de


Espinhos e o outro, a Cruz, referência às relíquias guardadas ali na
capela.

MEU DEUS!!!! Que igreja maravilhosa!!!! Essa é a igreja gótica mais


linda que já vi. O engraçado é que você não dá nada para ela. Super
escondida. A parte de baixo é até simples, aí você sobe uma escada
e tcharam...

Uma profusão de cores, os vitrais são magníficos. Fiquei extasiada. E


com certeza, essa entrou na lista de igrejas mais bonitas que já vi.
241

Continuando no Boulevard Du Palais seguir até a Quai de l’Horloge,


onde está situada a

- CONCIERGERIE
242

É o vestígio do antigo Palácio da Cidade, que foi residência e sede do


poder real francês do séc. X ao séc. XIV e que se estendia sobre o
local em que hoje está o Palácio de Justiça de Paris. Foi convertido
em prisão em 1392, após o abandono do palácio por Carlos V e seus
sucessores. A prisão ocupava o andar térreo do prédio, beirando o
Cais do Relógio (Quai de l’Horloge) e as duas torres; o andar
superior era reservado ao parlamento. A prisão de Conciergerie era
considerada como a antessala da morte, durante a época do terror
(revolução francesa). A rainha Maria Antonieta foi aprisionada na
Conciergerie em 1793, saindo de lá para morrer na guilhotina.

Seus telhados pontiagudos transformaram-se na marca registrada


do palácio. São conhecidas como Torre Cézar, Em referência a
presença dos romanos na antiga Gália (hoje França), Torre de Prata,
alusão aos tesouros existentes no palácio, e a Torre Bonbec, onde
eram feitos os interrogatórios e torturas de prisioneiros. Por volta
de 1350 foram construídas as grandes cozinhas do palácio, bem
como seu setor norte.
243

Torre Cezar e Torre de Prata Torre Bonbec

Foi também erigida uma torre retangular batizada de Torre do


Relógio, já que nela foi instalado o primeiro relógio público da
França. Algum tempo depois, este primeiro relógio foi substituído
por outro mais elaborado, construído pelo famoso relojoeiro
Germains Pilon, com alegorias representando a Lei e a Justiça, e que
ainda hoje permanece funcionando no mesmo local.
244

1) A Sala das Armas;


2) O Pavilhão das Cozinhas;
3) A Sala dos Guardas;
4) A Rua de Paris;
5) O Corredor dos Prisioneiros;;
6) A Capela ”dos Girondinos”;
7) A Capela Comemorativa de Maria Antonieta;
8) O Pátio das Mulheres;
9) A Cela de Maria Antonieta
245

A visita:

A visita a Conciergerie inicia em um enorme salão, a Salle de Gens


d’Armes. Esse local servia de refeitório para cerca de 2.000
empregados que os Reis chegavam a ter.   
246

Salle de Gens d’Armes

Junto com a Salle des Gardes e a Cozinha, constitui os únicos


vestígios da época medieval do Palais de la Cité. Obra-prima da
arquitetura gótica do século XIV possui mais de 60 metros de
comprimento. Era a parte térrea da Grand’Salle, esta última a sala
onde o rei recebia os
convidados importantes e
realizava os banquetes. Já a
Salle de Gens d’Armes era
reservada aos serviçais do rei e
dos visitantes, e podia acolher
até duas mil pessoas.
247

Seu aspecto medieval foi devolvido na restauração da segunda


metade do século XIX. Um fragmento de uma mesa no estilo da
época está situado na parede sul. Mas é só uma réplica do século
XVII, pois a mesa original foi destruída no incêndio de 1618. Em
alguns períodos, o espaço acolhe exposições temporárias.

Fragmento da mesa de mármore

Ao lado fica a Salle des Gardes, onde funcionou o Tribunal


Revolucionário. Algumas das escadas desta sala dão nas torres do
Palácio.

O Pavilhão das Cozinhas


248

É a mais “nova” das salas medievais e foi construída em 1353 por


Jean Le Bon. Somente a parte térrea ainda existe. É um quadrado de
16,75 metros de lado e com grandes chaminés em cada um deles.
Por seu uso doméstico, é de aspecto sóbrio. Ela acabou de passar
por uma restauração.

A cozinha (ao fundo à esquerda) fechada para restauração

Salle des Gardes


249

Construída entre o fim do século XIII e começo do XIV, era o antigo


térreo da Grand’Chambre, onde o rei fazia a justiça e onde seria
mais tarde o Tribunal Revolucionário. Essa sala se destaca pela
beleza das colunas. Aquelas que estão na parede são decoradas
com ganchos e as colunas medianas com cenas de combate de
animais e narrativas. Ao norte da sala, escadas levam ao primeiro
andar das torres De César e D’Argent, que serviam de prisão.

A Salle des Gardes


250

La Rue de Paris

Leva esse nome por causa de Monsieur Paris, que era torturador na
época da Revolução. Fazia parte da Salle des Gens d’Armes, da qual
foi separada no século XV. Na época da superpopulação da prisão,
era ali que os mais pobres ficavam amontoados. Hoje, a Rue de
Paris abriga a livraria da Conciergerie e um espaço onde podemos
ver uma projeção sobre a prisão nos tempos revolucionários.

Os espaços da Revolução

Após o incêndio de 1776, Louis XVI decide reformar a Conciergerie.


251

E, por ironia do destino, é nessa “nova parte” que ocorrem os


principais fatos ligados à Revolução Francesa e que são abordados
durante a visita. Mas só um trecho é acessível atualmente, o
restante hoje faz parte dos serviços da Justiça e da Polícia.

Escritório do Greffier – onde os presos eram registrados ao chegar na Conciergerie

Couloir des Prisonniers

Era por onde chegavam os prisioneiros. Possui três peças fechadas


por grades de madeira, que são as réplicas do escritório do Greffier,
onde os presos se registravam, do escritório do Concierge e da Salle
252

de la Toilette, última etapa antes da execução e onde os prisioneiros


tinham os cabelos cortados e as mãos amarradas antes de irem à
guilhotina.

A Salle de la Toilette – última parada antes da guilhotina

Salle des Condamnés – Sala dos Condenados

Fica no primeiro andar. Nas paredes estão fixadas listas com os


nomes das pessoas executadas entre 10 de março de 1793 e 31 de
253

maio de 1795, o período de funcionamento do Tribunal


Revolucionário.

Lista com os nomes de todos os executados durante a Revolução Francesa

Corredor do primeiro andar

Possui três espaços que mostram como eram as condições dos


presos, representados por bonecos. No primeiro deles, estão os
Pailleaux, os mais pobres, que ficavam amontoados, sem
iluminação, na palha, por onde circulavam até ratos. No segundo
254

espaço, estão representados aqueles que podiam “comprar” uma


cama e ficavam em celas com mais outros 3 ou 4 prisioneiros. Os
mais ricos tinha direito até a uma cela individual, mobiliada e com
iluminação.
255

O Pailleux – o tipo mais pobre de prisioneiro


256

Ainda no primeiro andar, há três salas com documentos e


instrumentos relativos à prisão, e informações sobre os prisioneiros
mais famosos da Revolução. A última delas é dedicada a
Robespierre, que, após banalizar a pena de morte e ordenar a
maioria das execuções, foi ele mesmo preso na Conciergerie, de
onde saiu direto para a morte.
257

A Chapelle des Girondins (Capela dos Girondinos)

Foi reconstruída depois do incêndio de 1776, no lugar de um antigo


oratório medieval. Utilizada como prisão entre 1793 e 1794, tem
esse nome devido aos girondinos (um grupo mais moderado da
Revolução) que ali passaram sua última noite em torno de uma
mesa de banquete e ao lado do corpo de Dufriche-Valazé,
companheiro que se matou ao ouvir a sentença no tribunal. A
tribuna, com grades, era destinada às mulheres
258

A Chapelle Expiatoire (Capela Expiatória)

Fica ao fundo da Chapelle des Girondins, separada por uma cortina


fúnebre. Foi construída por ordem do rei Luis XVIII em memória da
família real. Ela ocupa o lugar da enfermaria, onde ficou
259

Robespierre, e metade da
cela de Maria Antonieta.
Duas estelas homenageiam
Louis XVI e sua irmã
Élisabeth, executada em
1794. À esquerda, três
quadros encomendados pelo
rei em 1817, em homenagem
à Maria Antonieta. Um
monumento em mármore
contém um trecho do
Testamento da Rainha e uma dedicatória de Louis XVIII.

La Cour des Femmes (Pátio


das Mulheres)

Assim como a Chapelle des


Girondins, é a parte menos
modificada. Era onde as
mulheres passavam algumas
horas por dia. Além de um
260

pequeno jardim, há uma fonte para que as prisioneiras pudessem


lavar as roupas. Ao sul e a oeste do pátio, em uma área hoje
reservada ao Palácio da Justiça, ficavam as celas da prisão feminina.
As mais abastadas eram alojadas no primeiro andar, enquanto as
pobres, chamadas de Pailleuses, ficavam no térreo.

A cela reconstituída de Maria Antonieta

Chamamos reconstituída porque o lugar exato da cela da rainha é


onde hoje está a Chapelle Expiatoire. Mas é uma recriação
minuciosa: os móveis antigos são de acordo com a descrição de
documentos da época. A rainha é representada vestida de preto,
sentada, lendo, enquanto um guarda a vigia sem discrição. Uma
vitrine conserva os objetos que pertenceram a Maria Antonieta,
entre os quais um crucifixo.

A Rainha ficou em duas celas diferente, uma vez que tentou fugir da
primeira, foi transferida para outra com dois guardas em sua vigia,
separados por um biombo.
261

Maria Antonieta é representada de preto em sua cela


262

O exterior da Conciergerie

As Torres e o Relógio

As quatro torres são construídas no espaço de um século e


pertenciam à muralha do palácio medieval. A mais antiga é a Tour
Bonbec, que data da época de São Luis. É chamada assim por causa
dos torturados, conhecidos por terem “bon bec” (bom bico, em
tradução literal, ou seja, confessavam até o que não faziam). As
263

outras torres são a Tour d’Argent, a Tour de César e a Tour de


l’Horloge.

Da esquerda para a direita – Tour de L’Horloge, Tour de César, Tour d’Argent e Tour Bonbec

Como o próprio nome diz, é na Tour de l’Horloge que foi colocado o


primeiro relógio (horloge) público de Paris, em 1370, por Charles V.
Mas o original foi destruído. A versão que vemos hoje é de 1585,
encomendada por Henri III ao escultor Germain Pilon. Nela, o
relógio está rodeado pelas figuras da Lei e da Justiça, em um fundo
azul com Flores-de-Lis, símbolo da monarquia francesa.

Com exceção das torres, as construções do palácio no Quai de


l’Horloge são todas do século XIX, em estilo Neogótico e
Neoclássico.
264

O Relógio Público de Paris, com as figuras da Lei (à esquerda) e da Justiça


265

Uma prisão para os “inimigos da Revolução”

Durante a Revolução Francesa, a instalação do Tribunal


Revolucionário na Conciergerie, em maço de 1793, marca o período
conhecido como Terror. Em setembro do mesmo ano, Robespierre,
um dos líderes do governo revolucionário, instaura a Lei dos
Suspeitos, que banaliza a pena de morte. Para se ter uma ideia, o
número de execuções chega a 38 por dia em 1794.

Área dedicada a Robespierre – um dos líderes da Revolução


Francesa e que também ficou preso na Conciergerie
266

A Conciergerie torna-se, então, um lugar de desesperança, já que os


presos eram julgados e condenados à morte na guilhotina. E era ali
nas prisões do antigo palácio real que aguardavam o julgamento e
depois a morte, que geralmente era no dia seguinte.

Havia uma rotina macabra: de manhã, as celas eram abertas e


homens e mulheres iam tomar sol em seus respectivos pátios.
Depois, na torre Bombec, todos se reuniam para escutar o “Journal
du soir”, lido pelo guarda encarregado de dar os atos de acusação
267

aos presos que seriam julgados no dia seguinte. Uma vez dada a
sentença, os amigos do condenado ofereciam-lhe um último
banquete.

Eu gostei bastante do passeio. Principalmente a parte da prisão em


si. Mas o que mais me impressionou foi ver a guilhotina. Juro que
achei pequena, hahaha. Imaginava uma coisa enorme, mas é um
pouco mais larga que o pescoço.
268

Depois de visitar a Conciergerie já estava na hora do almoço e


resolvi comer um PANINI (lê-se paniní) um sanduíche enorme de
queijo (fabuloso de delicioso), presunto e salada. Comi em frente a
Notre Dame.

Sanduíche simples mas deliciioso

Com a barriga cheia, fui visitar a

- CRIPTA DE NOTRE DAME


269
270

Aproveitando que estava na Île de la Cité, fui na Crypte


Archeologique que está situada sob o pavis (praça principal) de
Notre-Dame e estendendo-se ao longo de 120m subterrâneos. Foi
inaugurada em 1980 como Museu de Arqueologia de Paris, depois
que as ruínas foram descobertas quando escavavam o local para a
construção de um estacionamento!
Nela, você encontra ruas e casas do período galo-romano , com
sistema de aquecimento subterrâneo, partes da muralha defensiva
da Lutécia romana do século 3º a.C. e ruínas da catedral.
Maquetes explicam o desenvolvimento histórico de Paris desde o
271

estabelecimento dos Parisii, a tribo celta que habitou a ilha há


quase 2.000 anos e deu nome à cidade.

A Crípta é interessante? Sim... Mas achei muito pequena e deveria


ter mais referências visuais... Iria de novo? Não.

Fui caminhando beirando o Sena, é um passeio muito agradável.

Comércio na "Quai de Montebello"

Acabei chegando na praça Chatelet e vi que ali perto estava a


272

- TOUR DE SAINT JACQUES - (construída entre 1509 e1523. É o


ponto de chegada e partida dos romeiros para Santiago de
Compostela). É uma torre antiga e gótica. A torre fica em uma
pracinha super gostosa.

Na verdade, a torre era parte de uma igreja, chamada Saint-


Jacques-de-la-Boucherie. O nome boucherie é porque ela ficava na
área dos açougueiros (bouchers) e foi financiada em parte por eles.
Mas o que aconteceu com a igreja?

Em 1797, em plena Revolução Francesa, a igreja, que continha uma


relíquia de São Tiago e por isso atraía muitos fiéis e peregrinos, foi
273

simplesmente vendida pelos revolucionários para um comerciante


local, que pretendia demolir o imóvel e comercializar as pedras
utilizadas em sua construção. Os revolucionários impuseram uma
condição: a torre, até então um dos edifícios mais altos da cidade,
com 54m de altura (equivalente a um prédio de 16 andares) e 300
degraus, deveria ser mantido de pé.

Uma coisa que reparei, os parisienses aproveitam todos os seus


espaços verdes da cidade. Todas as praças, por menores que
fossem, sempre via pessoas, algumas lendo, aproveitando o sol ou
apenas passando o tempo. Adorei isso na cidade.
274

Olhando o mapa, vi que seguindo em frente sairia no Pompidou,


então, resolvi ir. Maaaaaas... descobri que tenho problemas com
mapas, bifurcações e direções (direita/esquerda). Incrível como
sempre sigo para o lado errado! E claro, acabei me perdendo, tudo
bem, que se perder em Paris não é assim tão ruim, hahaha, mas
acabei andando mais...

Andando, andando, andando, acabei chegando na

- PLACE DE LA SORBONNE

Caminhando mais um pouco, acabei encontrando o


275

- PANTHEON

É um monumento em estilo neo-clássico situado no monte de Santa


Genoveva. Tem 110m de comprimento e 84m de largura. Com a
revolução ele foi transformado em 1791 em Panteão. O nome
panteão vem do grego e quer dizer todos os deuses. Pode-se ler no
edifício a frase: “Aos grandes homens, a pátria é grata”. Ali estão os
restos mortais de grandes homens franceses.

A fachada principal, inspirada no Panteão romano, está decorada


276

com um pórtico de 22 colunas de estilo coríntio que apoiam um


frontão triangular da autoria de David d’Angers. O edifício, em
forma de cruz grega, é coroado por uma cúpula de 83m de altura,
com um lanternim no topo.
277

O seu interior está decorado com pinturas acadêmicas de Puvis de


Chavannes, Gros e Cabanel, entre outros. Iniciadas em 1764, as
obras do edifício foram encomendadas pelo monarca Louis XV, o
qual, após recuperar-se de uma grave doença, ordenou ao arquiteto
Doufflot o erguimento de uma basílica em tributo à Santa Genoveva
(padroeira de Paris), em substituição à antiga abadia ali existente.
Foi concluído em 1790.
278

Seu vasto interior é evidentemente gótico, e lindo. O edifício tem


forma de cruz grega e seu centro é marcado por uma incrível uma
cúpula de 83 metros de altura. Suas dimensões são generosas, com
110 metros de comprimento e 84 metros de largura, abrigando 100
colunas coríntias e inúmeras obras de arte.
279

TÉRREO

1) A Infância de Santa Genoveva;


2) O Pêndulo de Foucault;
3) Carlos Magno;
4) Os Milagres de Santa Genoveva;
5) O Baptismo de Clovis;
6) Esculturas do início do século XX evocam a Revolução
Francesa;
280

7) A Convenção Nacional;
8) A Morte de Santa Genoveva;
9) Santa Genoveva abastece a cidade de Paris cercada pelos
Hunos de Átila;
10) Joana D’Arc e São Luís;
11) Joana D’Arc e São Luís;
12) A Marcha de Átila e Santa Genoveva acalma os parisienses;
13) A vida de Saint Denis

Esta parte térrea é a que mais chama atenção. Com pisos


decorados, inúmeras colunas, a incrível cúpula, tudo aqui é
majestoso. Percorrer suas laterais é um deleite para os olhos, já que
281

nas suas paredes estão pinturas monumentais retratando


importantes momentos da história da França.

Nestas pinturas, podem-se distinguir diversos temas, mas não se


deve deixar de observar o ciclo pintado por Chavannes, contando a
vida de Genovefa de Puvis, a Santa Genoveva. E também os ciclos
que contam a história do começo do cristianismo e o começo da
monarquia na França. Chavannes começou a pintar o lugar a partir
de 1874, e pode-se dizer que ele foi o maior pintor de afrescos do
século XIX.

CÚPULA

Sem dúvida, a cúpula do Panthéon é um dos seus highlights.


Inspirada na Catedral de Saint Paul (Londres) e no Dôme des
Invalides (Paris), ela não passa despercebida. Completamente
282

rodeada de janelas, tem no seu centro um afresco de Antoine-Jean


Gros e pode ser escalada no verão.

A subida na cúpula exige um pouco de esforço, já que é necessário


subir uns 200 degraus. Mas a vista compensa! De lá se vê o
belo Jardin de Luxemburgo, com a Torre Eiffel logo atrás, o Les
Invalides e ainda a incrível Catedral de Notre-Dame à direita.

Infelizmente só é possível subir nesta cúpula durante o verão. A


subida acontece a cada meia hora com grupos de até 50 pessoas e
visita dura 40 minutos. A grande vantagem é que raramente tem fila
para entrar no Panthéon ou mesmo para subir a cúpula.
283

O PÊNDULO DE FOUCAULT

Assim como a cúpula, o Pêndulo de Foucault é uma das estruturas


que mais chama atenção dentro do Panthéon. Este é um
experimento com uma bola de metal que pende diretamente do
centro da bela cúpula e no meio do Panthéon, cercado por uma
“cerca” de acrílico redonda. A função do aparato é provar o
movimento de rotação do planeta terra.

Em 3 de janeiro de 1851, o físico francês Jean Bernard León Foucault


fez em sua casa este mesmo experimento, com a ajuda de um
pêndulo de dois metros de comprimento, e que permitiu balançar
perto do solo. Quatro semanas depois, ele realizou mais um teste
284

no Observatório de Paris, agora com um pêndulo de doze metros de


comprimento. E em 26 de março de 1851, com a autorização de
Louis Napoléon Bonaparte, que era um grande amante de história e
ciências, ele colocou um pêndulo de 67 metros no meio do
Panthéon para provar sua tese de rotação da Terra.

O pêndulo fica pendurado na vertical e ao ser movimentado, o


estilete que fica preso na esfera faz uma marca na fina camada de
areia que está depositada no chão. E a cada passagem da esfera a
marca na areia aumenta progressivamente. Com esta demonstração
simples e direta, consegue-se provar o movimento da terra.

Hoje, no local, encontra-se uma réplica do Pêndulo de Foucault, e


pode-se entender ao vivo como funciona o experimento. A esfera
metálica exposta mede 20 centímetros e pesa 28 quilos. Ela foi
banhada em ouro 24 quilates e está suspenso por um fio vertical de
67 metros de comprimento, saindo do meio da cúpula.
285

Pêndulo de Foucault

A CRIPTA

14) O Coração de Léon


Gambetta;
15) Vestíbulo;
16) Braço oeste, à direita;
17) Braço oeste, à
esquerda;
18) Braço Norte
286

O Panthéon em Paris é o salão nacional da fama dos franceses, é o


lugar onde os grandes homens do país estão enterrados.
Personalidades que se destacaram em diversas áreas, fazendo com
que os franceses se orgulhassem de alguma forma. Na cripta estão
sepultadas várias personalidades: Alexandre Dumas (escritor),
Victor Hugo (escritor), Jean Monnet (pintor), Voltaire (escritor),
Emile Zola (escritor), Pierre e Marie Curie (físicos), Louis Braille
(criador do sistema de leitura para cegos), Jean-Jacques Rousseau
(filósofo), 

Ao chegar ao subsolo, entra-se numa câmara redonda de onde


parte um sistema de corredores com inúmeras capelas, onde estão
as personalidades históricas. Na entrada delas estão as placas com
os nomes e terminal onde se pode consultar a biografia da
personalidade, com detalhes sobre sua vida e obra.
287

Ao passear pelos corredores, é fácil reconhecer nomes famosos e


importantes. 

O prédio é lindo, tanto por fora, quanto por dentro. Olhando para o
alto está a belíssima cúpula e no seu centro o famoso Pêndulo de
Foucault. Este pêndulo é uma experiência científica feita aqui em
288

1851, que consiste em demonstrar a rotação da Terra sobre o seu


próprio eixo. No dia da minha visita, as laterais estavam fechadas
para uma exposição.

Dali, fui para o

- CENTRO GEORGE POMPIDOU (Fundado em 1977 – museu de arte


moderna).

Quando cheguei neste museu, o tempo estava feio, começando a


chover. Assim, entrei, logo, mas estava tão cansada e como não sou
tão fã de Arte Moderna, resolvi só ir ver a vista mesmo.

Sentei no chão do saguão e fiquei ali esperando a chuva passar.


Quase dormi, acho que cheguei a dar umas pescadas, hahaha. Além
de museu, o Pompidou tem restaurante, cinema e biblioteca, mais
ou menos, como o Centro Cultural.

O que achei deste museu. A fachada dele é mega interessante e


chama muita a atenção. Há uma praça em frente, na verdade, é
mais um espaço aberto que uma praça, mas fica cheio de gente ali,
sentados, no chão, conversando, passando o tempo.
289

Assim que a chuva melhorou fui para a

- IGREJA DE SAINT EUSTACHE (1532 – 1632) Horário: das 9:00 às


19:00
290

Como eu esperava ver a Saint Eustache...

Essa era uma igreja que queria muito conhecer. Durante a minha
pesquisa ela surgiu e notei que era linda. Bom, quando cheguei lá,
havia vários tapumes na fachada, estava em reforma  . Ainda bem
que a reforma se restringia a fachada.
291

Só achei a igreja muito escura. Lindíssima, arquitetura gótica e tão


grande que parece uma catedral (100m de comprimento, 43m de
largura e 33m de altura).
292

Sai da igreja pensando em voltar para o hotel, primeiro, porque


ainda estava chovendo e depois estava muito cansada. No caminho
vi a

- FONTAINE DES INNOCENTS (1550 – 1574)


293

Segui então para o metro, mas... só passei nervoso. Fiquei rodando


naquela estação e não encontrava a linha 7 de jeito nenhum. A linha
simplesmente sumiu, Seguia as placas, até que e determinado local
não tinha mais placas para a linha 7, voltava para ver se tinha
passado por alguma entrada meio que escondida e nada. Refiz esse
caminho por 3 vezes até que desisti da linha 7 e olhando no mapa vi
que a linha 14 também servia para mim. Comecei a seguir as placas
ara a linha 14 e sabe o que encontrei... a linha 7, hahaha.

Voltei para o hotel e descansei por 2 horas, quando sai do hotel não
chovia mais e tinha até um sozinho, às 21:00!! Fui para o
294

- HÔTEL DE VILLE (Câmara Municipal desde 1357). A fachada é


decorada com 78 esculturas de personalidades, por exemplo:
Voltaire, Delacroix, Decamps, entre outros.

A praça do Hotel de Ville medieval se chamava Place de Grève e


grève nesta época nomeava uma areia misturada com cascalho que
cobria toda a esplanada, era aí que aconteciam os suplícios e as
execuções na forca ou na fogueira. No livro “O Corcunda de Notre
Dame” vemos a cigana Esmeralda ser enforcada ali.
295

Eu sei que estou sendo repetitiva, mas o prédio é lindo (como tudo
nessa cidade)

Fui caminhando pela Rue de Rivoli até chegar no Museu do Louvre


296

FIM DO QUARTO DIA


297

DIA 5 (06/07/12) – Sacre Couer | Place de Tertre | Abesses | Muro


dos “Eu te Amo” | Moulin Rouge | Invalides | Museu Rodin |
Jardin Du Luxembourg | St Sulpice | St German des Pres | Bastille
| Arco de La Defense

Pegar o metro Place Monge (linha: 7 – direção: La Courneuve – 8


mai 1945) descer na estação Stalingrad (16 estações), fazer
baldeação (linha: 2 – direção: Porte Dauphine) descer na estação
Anvres (3 estações), caminhar pelo Boulevard de Rochecouart até
uma loja de esquina chamada Sympa, virar e subir a Rue de
Steinkerque (há várias lojas de souvenirs nessa rua). Subir até a
Place Saint Pierre, virar a esquerda e pegar a Rue Tardieu. O
funicular Montmartre sai da Place Suzanne Valadon (até Place
Willette).

Funicular de Montmartre
298

Funicular na Place Suzane Valadon


299

É um percurso pequeno e talvez por isso muita gente prefere subir


pelo escadão. Mas quero a experiência completa, subi pelo funicular
e desci pelo escadão. Também resolvi subir pelo funicular porque na
minha pesquisa li que pessoas ficam no pé do escadão aplicando o
golpe da pulseira.

- BASÍLICA SACRE COUER (1875 – 1914).


300

A basílica tem o formato de cruz grega adornada por quatro


cúpulas, incluindo a central de 80m de altura. Muitos elementos da
basílica são baseados em temas nacionais: o pórtico, com três arcos,
é adornado por duas estátuas de Santa Joana D'Arc e do Rei São Luís
IX e o sino de dezenove toneladas, refere-se à anexação de Saboia
em 1860. Foi construída em pedra de travertino do Château-
Landon, que fica na região Seine-et-Marne. Essa pedra dispersa
cálcio e garante que a basílica continue branca mesmo com chuvas
e poluição. Na abside, uma torre enorme serve de campanário a um
sino de 3m de diâmetro e mais de 26 toneladas. O mosaico no
ápice, chamado Cristo em Majestade é um dos maiores do mundo.
301
302

A Sacré Coeur é impressionante tanto pela sua beleza quanto pelo


seu tamanho, são 83 metros de altura e 35 metros de largura e 83
metros de comprimento. A cúpula e a torre sineira têm 91 metros
de altura.

Da igreja segui para a

Place de Tertre

O nome Tertre vem do fato dela ser situada em uma pequena colina
plana. Mas outra versão diz que ela é chamada assim por causa do
cobrador da abadia, que se chamava Guillaume Dutertre, isso lá
303

pelo ano de 1503. A Place du Tertre respira esse ar boêmio, já que


todos esses artista (Jean-Baptiste Camille Corot, Renoir, Camille
Pissarro, Van Gogh, Cézanne, Suzanne Valadon, Maurice Utrillo
(filho de Valadon), Toulouse-Lautrec, Mondigliani, Picasso). A
ocupação da Place du Tertre pelos cavaletes de pintores e
caricaturistas, como vemos hoje, começou em 1955. A partir de
1980, o Carré aux Artistes, como se chama o espaço que eles
ocupam no centro da praça, passa a ser gerenciado pela prefeitura
de Paris.

Voltar para a Place Suzanne Valadon, seguir pela Rue Tardieu até a
Rue Yvonne Le Tac, continuar por essa rua até chegar na Place des
Abesses. (Essas ruas de Montmartre são encantadoras) Onde fica o

- MURO DOS “EU TE AMO”.


304

O “murs dês je t’aime” é uma instalação de 10m por 4m, com a


expressão “eu te amo” escrita em várias línguas de todo o mundo. O
idealizador do muro é Frédéric Baron, que começou pedindo a
vizinhos e estranhos para escrever “te amo” em seu idioma
materno.
Após bater em muitas portas e visitar embaixadas, terminou
juntando mais de mil exemplares da frase, em mais de 300 línguas e
dialetos. Então, pediu à artista que pratica caligrafia Claire Kito para
reunir as frases num só lugar, imitando a caligrafia original. Hoje, o
Mur des je t’aime fica dentro de um parque público.
305

Seu significado artístico vem da combinação dos mais de 600


azulejos com uma área de 40m2, onde os fragmentos vermelhos
representam os pedaços de um coração partido que ao se juntarem
formam um coração perfeitamente composto.

Frédéric Baron pensou também no simbolismo do muro. Ali, ele


mostra que um muro também pode ser um suporte para belas
declarações de amor. Ele queria criar uma obra que estimulasse a
comunhão entre as pessoas, um muro que unisse, ao invés de
dividir, que é a função usual dos muros.

Em cima dos azulejos, o desenho de uma mulher de vestido azul


quase rouba a cena com a frase “o amor é caótico, vamos amar”. Ela
é Rita Hayworth, estrela do cinema dos anos 40, desenhada pelo
artista francês Jean Marc Paumier que assina como Rue Meurt
d’Art.
306

O Muro é simples, são vários azulejos azuis (600, na verdade) escrito


“eu te amo” em vários idiomas (em português está “eu amo-te”). Na
minha pesquisa, li que o bairro de Montmartre era perigoso, não
achei, na verdade, achei muito gostoso. Um passeio bem agradável.

Pegar o metro na estação Abesses (linha: 12 – direção: Mairie d’Issy)


até Pigale (1 estação), fazer baldeação (linha: 2 – direção: Port
Dauphine) até Blanche (1 estação). Caminhar pelo Boulevard de
307

Clichy até o
- MOULIN ROUGE é um cabaré tradicional, construído no ano de
1889 por Joseph Oller. É famoso pela inclusão no terraço de seu
edifício de um grande moinho vermelho. O Moulin Rouge é símbolo
emblemático da noite parisiense, e tem uma rica história ligada à
boêmia da cidade.
308

Taí uma coisa que me arrependo... Não assisti a um espetáculo no


Moulin Rouge...
Por ser minha primeira viagem solo e ter visto na minha pesquisa
que este era um bairro perigoso, fiquei com medo de arriscar a
andar à noite por ali, mas me arrependo muito...

Só vi mesmo a fachada.

Fui para o metro e cheguei a

PONTE ALEXANDRE III

Para mim, a ponte mais


bonita de Paris.
309

A Ponte Alexandre III foi construída no coração de Paris.


Considerada a mais linda de Paris e talvez como uma das mais belas
do mundo. É toda decorada com crianças sorridentes, estátuas de
mulheres de pedra, 32 candelabros de bronze, ninfas, cupidos, leões
de pedra, e quatro grandes esculturas de bronze dourado, alegorias
da fama (renommée), representados por quatro mulheres aladas
domando o cavalo Pégaso, no alto de quatro pilares, nas duas
margens do rio Sena.

A Ponte Alexandre III faz uma importante ligação entre a margem


direita, (lado do Grand Palais / Petit Palais / Champs-Élysées), com a
margem esquerda, (lado da Esplanada dos Inválidos / Torre Eiffel).
310

Duas estátuas Renomadas do lado da Esplanada dos Inválidos.

“Re
nommée du Combat” e ” Renommée de la Guerre” (lado dos Inválidos).

Duas estátuas Renomadas do lado do Grand Palais, Petit Palais e


Champs-Élysées.
311

“Ren
ommée des Sciences ” e ” Renommée des Arts” (lado do Grand Palais).

História:

Recebeu o nome Ponte Alexandre III, como um gesto diplomático


do governo francês para celebrar a aliança franco-russa assinada em
1891, entre o imperador russo, Alexandre III (1881-1894) e o
presidente da França, Sadi Carnot (1887-1894).

Construída juntamente com o Grand Palais, Petit Palais e outras


estruturas, para a Exposição Universal de 1900.
312

Exp
osição Universal de 1900, em Paris. Litografia (1900), de Lucien Baylac.

A construção teve início em 1896 com a colocação da 1° pedra, por


três grandes personalidades: O filho de Alexandre III, o imperador
da Rússia e Czar, Nicolas II (1894 – 1917), a imperatriz, Alexandra
Feodorovna (1894-1917), e o presidente da França, Felix
Faure (1895-1899).
313

Inscrição da colocação da 1° pedra da Ponte Alexandre III.

Foi inaugurada somente em 14 de abril de 1900, por um outro


presidente da França, Émile Loubet (1899-1906).
314

Placa
comemorativa da construção da Ponte.

Descrição técnica:

A ponte foi construída entre 1896 e 1900, pelos arquitetos, Cassien-


Bernard (1848-1926) e Gaston Cousin (1859-1901), e os
engenheiros Jean Résal (1854-1919) e Amédée Alby (1862-1942).

Os trabalhos começaram no dia 30 de março de 1897 pelas


escavações necessárias para dar início as fundações construídas por
um moderno sistema de câmeras de ar comprimido, como utilizado
nas fundações realizadas na Ponte Mirabeau (1896).
315

Pon
te Mirabeau (1896).

Tem 160 metros de comprimento, cerca 45 metros de largura, e


107,50 metros de vão sobre o arco de 6 metros, suficiente largo e
alto para passagem de barcos pelo rio Sena.

A alvenaria foi revestida com pedras de granito dos Vosges, do leste


da França, e o ferro fundido, foi substituído pelo aço, material de
muita resistência e que tem a capacidade de vencer grandes vãos,
com menores peças e dimensões, e com a vantagem de ser mais
leve. Material utilizado pelo engenheiro Jean Resal, na construção
da Pont Mirabeau, e agora na Ponte Alexandre III.
316

Ponte Alexandre III, Paris.

Além do aspecto artístico e histórico da ponte, as esculturas no alto


de seus pilares de 17 metros, também tem uma importância
estrutural pois servem de contrapeso ao único arco, que liga as duas
margens do rio Sena.

O arco é composto de uma estrutura de aço, vigas e colunas


calculadas para sustentar o peso da passagem de vários e pesados
veículos ao mesmo tempo.

Muitos elementos da ponte foram pré-fabricados, fundidas longe de


Paris, na usina Creusot, e depois levadas para serem montadas no
local.
317

Detalhe do arco de aço da Ponte Alexandre III sobre o rio Sena, Paris.

Uma ponte perfeitamente integrada na paisagem, baixa o suficiente


para não obstruir a perspectiva da Esplanada dos Inválidos, para
quem olha do lado da Avenida dos Champs- Élysées e vice-versa, e
foi concluída a tempo para Exposição Universal de 1900.

P
erspectiva dos Inválidos, na Ponte Alexandre III.
318

Em 1998, a ponte foi completamente restaurada, mas manteve seu


aspecto original.

Em 2017, a Câmara Municipal de Paris cedeu o vão sobre o pilar


direito, para cinco associações culturais que organizam vários tipos
de eventos: concertos, exposições, aulas de Yoga, jogos,
restaurante, bar, festas…

A Decoração:

A decoração exuberante foi


dirigida pelo
arquiteto Cassien-
Bernard (1848-
1926), Gaston Cousin,
(1870-1915), e o escultor
decorador Abel Poulin,
(1847-1901) que convidam
artistas acadêmicos e não
acadêmicos para
trabalharem no estatuário
da ponte.
319

Crianças (génie) com temas marinhos (peixes, conchas, algas…)


decoram a base de 4 grandes candelabros da ponte.

“Les Amours”, (Cupidos), de Henri Désiré Gauquié (1858-1927).

”Quat
re génies avec des poissons et des coquillages”, de  L. Morice e A. Massoulle.

Os mais renomados escultores da França trabalharam na


ornamentação da ponte: Georges Récipon, Emmanuel Frémiet, Jules
Félix Coutan, Henri Désiré Gauquié, Grandzlin, Pierre Granet, Alfred
Lenoir, Laurent Honoré Marqueste, André Paul Arthur Massoulle,
Gustave Michel, Léopold Morice, Abel Poulin, Clément Steiner.
320


L’Enfant au crabe”, de Léopold Morice (1846-1919).

Esculturas da Ponte Alexandre III:

Sobre cada um dos quatro pilares de 17 metros de altura foram


criados um conjunto de quatro estátuas alegóricas, em bronze
dourado, executadas por três diferentes artistas, mas com um tem
comum: O cavalo alado, da mitologia grega, Pégaso sendo retido
pela Fama, (em Francês: renommée), representada por uma mulher
alada.

No centro, da ponte, as Ninfas do rio Sena (França) e do


rio Neva (Rússia).
321

Esculturas de quatro mulheres de pedra nas bases dos pilares, das


esculturas da Fama, representando épocas diferente da
França: Moderna e Idade Média (margem direita) e Luís XIV e
o Renascimento (margem esquerda).

A FAMA, na mitologia romana, e RENOMMÉE (em francês) na


mitologia grega é uma divindade alada. Na antiga Grécia, era
representada por uma alegoria com muitos olhos e muitas bocas, e
como conhecia todos os segredos dos mortais e dos deuses era
respeitada e temida, pois poderia divulgá-los. É a mensageira
de Zeus e Hermes.

A FAMA chamada assim pelos romanos perdeu essa aparência de


monstro, para uma mulher ALADA, representada segurando ou
tocando um trompete com comprimentos diferentes, uma curta
322

para anunciar inverdades e fofocas, e uma longa para anunciar


consagrações e vitórias. A FAMA dos romanos com seus anúncios
pôde transformar heróis em imortais, e personifica o caráter de
reconhecimento público ou social. Foi essa a representação mais
utilizada pelos artistas entre o século XVI ao XIX.

As esculturas da Fama da Ponte Alexandre III, correspondem


perfeitamente a
esta descrição.

Estátuas da
margem direita:

Fama das
Ciências.

Escultura em
bronze dourada
de Emmanuel
Frémiet (1824-
1910).

Conhecida por alguns autores como a Fama da Agricultura por estar


segurando com a mão direita, um ramo de plantas.
323

E na sua base, a escultura em pedra, “A França Moderna”, de


Gustave Michel (1851-1924). Segundo outros autores é chamada
de: “A França do Pacífico” ou “A França Contemporânea”.


A França Moderna”, de Gustave Michel.

Fama das Artes.

Escultura em bronze dourada de Emmanuel Frémiet (1824-1910).


324

“Fama das Artes”, de Emmanuel Frémiet. Foto: Tammy Lo.

E na sua base, a escultura em pedra, “A França da Idade Média”, de


Alfred-Charles Lenoir (1850-1920) ou “A França de Carlos Magno”.
325


A França da Idade Média”, de Alfred-Charles Lenoir.

Estátua da margem esquerda:

Fama da Guerra.

Escultura em bronze dourada de Léopold Steiner (1853-1899), e


finalizada por Eugène Gantzlin.
326

“Fam
a da Guerra”, de Léopold Steiner e Eugène Gantzlin.

E na sua base, a escultura em pedra, A França sobre Luís XIV, de


Laurent Marqueste (1848-1920).
327

“A França sobre Luís XIV”, de Laurent Marqueste.

Fama do Combate.

Escultura em bronze
dourada de Pierre Granet
(1842-1910).

E na sua base, a escultura


em pedra, “A França no
Renascimento”, de Jules
Coutan (1848-1939).
328

“A França do Renascimento” (1900), de Jules Coutan.

As Ninfas do rio Sena (Paris) e rio Neva (Rússia):

A Ninfa, na mitologia grega são divindades do sexo feminino ligada a


natureza. O nome significa, “jovem mulher em idade de casar” ou
“jovem mulher virgem” ou “jovem mulher noiva”.

Ninfas da Neva com os brasões da Rússia.


329

O rio Neva, de 74 km, percorre o noroeste da Rússia, atravessa São


Petersburgo e deságua no lago Lagoda, no golfo da Finlândia.
Depois do rio Voga e o Danúbio é o 3° maior rio em volume de água
da Europa. O nome do rio Neva é em homenagem ao tratado militar
entre a França e a Rússia.

Escultura em cobre martelado, de George Récipon (1860-1920) que


se encontra no centro da Ponte, lado oeste de Paris (ou lado Torre
Eiffel).

N
infas do Neva com os brasões da Rússia, de Georges Récipon.

Ninfas do Sena com os brasões de Paris.


330

Rio Sena, de 776 km, nasce ao norte da França, atravessa Paris e


deságua no Oceano Atlântico. O nome do rio Sena se encontra na
ponte em homenagem ao tratado militar entre a França e a Rússia.

Escultura em cobre martelado, de George Récipon (1860-1920) que


se encontra no centro da ponte, lado leste de Paris (ou lado Ilha de
la Cité).

N
infas do Sena com os brasões de Paris, de Georges Récipon.

Os Leões conduzidos por crianças.

Margem direita:

Escultura em pedra de Georges Gardet (1863-1939), olhando para o


Sena, se encontra a esquerda.
331

“Le
ão sendo conduzido por uma criança”, de Georges Gardet.

Escultura em pedra de Georges Gardet (1863-1939), olhando para o


Sena, se encontra a direita.
332

“Leã
o sendo conduzido por uma criança”, de Georges Gardet.

Margem esquerda.

Escultura em pedra de Jules Dalou (1838-1902), olhando para o


Sena, se encontra a esquerda.
333


Leão sendo conduzido por uma criança”, de Jules Dalou.

Escultura em pedra de Jules Dalou (1838-1902), olhando para o


Sena, se encontra a direita.
334

“Leão sendo conduzido por uma criança”, de Jules Dalou.

Na frente de cada pilar há uma estátua feminina, representando


uma época da história francesa. As obras na margem esquerda (o
lado dos Invalides) são dedicadas nos períodos de Luís XIV e do
Renascimento.

Os pilares do norte são dedicados à França moderna e aos tempos


de Carlos Magno.

Estátuas
335

As estátuas de ouro em cima dos pilares. Cada uma das quatro


esculturas é feita de bronze coberto com placas de ouro e consiste
de uma senhora e um cavalo com asas. Estas esculturas
representam as artes, agricultura, comércio e guerra.

Duas grandes estátuas de cobre decoram a parte central da ponte,


de frente para cada lado do rio. Uma é chamada de “Ninfas do
Sena” em homenagem ao rio que atravessa Paris, e a outra é
a “Ninfas do Neva”, em homenagem ao rio que atravessa São
Petersburgo, na Rússia.

Atravessei a ponte cantando “Someone Like You”, se não entendeu


a referência veja o clipe da Adele.

Fui ver o

GRAND PALAIS E O PETIT PALAIS

O único problema é que os dois estavam fechados e só pude ver a


fachada.
336

Atravessei a ponte novamente para ver o

- LES INVALIDES.

Sua construção foi ordenada por Louis XIV em 1670, para dar abrigo
aos inválidos de seus exércitos, dentre as personalidades lá
sepultadas encontram-se Napoleão Bonaparte.

Vamos lá falar de mais arrependimentos... Quando cheguei em les


Invalides fui direto para a Igreja Du Dome. Por simples preconceito,
não gosto de guerras e não queria perder tempo vendo armas e etc,
mas agora, vejo que poderia ter ido até lá, pelo menos passar os
337

olhos, sempre tem algo interessante.

Vamos a visita:

A entrada principal do prédio é em frente à Esplanade des


Invalides, voltada para o Rio Sena e onde tem a estação do metrô
Invalides.

Mas o que mais me interessava ai era a Igreja du Dôme onde está o


túmulo de Napoleão Bonaparte.
338
339

Túmulo de Napoleão Bonaparte


340

Os restos mortais de Napoleão Bonaparte (1769-1821),


originalmente enterrados na ilha de Santa Helena, foram trazidos de
volta para a França por ordem do rei Louis-Philippe, em 1840, em
um evento que ficou conhecido como le retour des cendres – o
retorno das cinzas. Os restos de Napoleão foram depositados na
Chapelle Saint-Jérôme, dentro do complexo, até que sua morada
final, feita de quartzo vermelho sobre granito verde, fosse
concluída, em 1861. Alguns membros da família de Napoleão e
vários militares franceses também estão enterrados no Les
Invalides.

Sair pela Place Vauban, virar a esquerda e pegar o Boulevard des


Invalides (à esquerda) e caminhar +/- por 1 quarteirão, virar a
direita na Rue de Varennes. Ver o
341

- MUSEU RODIN foi inaugurado em 1919 e expõe as obras que o


artista doou ao Estado francês e as obras de Camille Claudel. Inicie o
passeio percorrendo os Jardins que rodeiam o prédio principal.
Várias estátuas estão espalhadas em meio aos jardins e na
primavera, quase 2 mil roseiras dão um colorido especial. Destaque
também para a parte posterior do jardim, que além de obras do
artista, possui um belo espelho d’água.
342

Instalado em um lindo prédio, conhecido como Hôtel Biron, o


espaço ainda conta com um amplo jardim. Se o tempo estiver bom,
o passeio fica ainda mais lindo.

Inaugurado em 1919, o museu possui o maior acervo do artista. São


aproximadamente 300 obras doadas pelo artista ao Estado francês.
343

Além de Rodin, obras de Camille Claudel também fazem parte do


acervo.

O jardim do Museu Rodin

O jardim do Museu Rodin é em si mesmo um passeio imperdível.


Além das obras, temos a presença majestosa da cúpula do museu
vizinho, os Invalides.

Entre as esculturas do jardim, selecionamos três chef d’œuvres:

A Porta do Inferno, detalhe.


344

A Porta do Inferno: durante anos Rodin trabalhou a Porte de l’Enfer


e criou mais de duzentas figuras e grupos. Ele levou 27 anos para
acabar esta obra. Em 1917 foi realizada a versão definitiva, em
bronze, mas Rodin morreu antes de ver o resultado final. A obra é
magnífica e impressionante. Vale a pena observar todos os detalhes.

Parte superior da Porta do Inferno

No alto da Porta, três personagens chamados “As Três Sombras”


representam almas danadas que guardam a entrada do inferno.

As três Sombras

As Três Sombras foram
reproduzidas em um
conjunto monumental
isolado, instalado perto da
Porta do Inferno. As Três
Sombras fazem alusão à
Divina Comédia de Dante e
suas almas danadas que
345

anunciam aos novos membros: “você que entra, perca toda a


esperança”.

O Pensador foi criado originalmente para a Porta do Inferno e foi


chamado de O Poeta. Ele representava Dante, autor da Divina
Comédia, o inspirador da Porta. Mais tarde, O Poeta se transformou
em O Pensador, imagem de um homem mergulhado nos
pensamentos, mas cujo corpo sugere grande capacidade de ação.
Esta é uma das esculturas mais famosas do mundo.

O Museu

O museu foi
totalmente restaurado
e acabou de abrir suas
portas. Ele está
maravilhoso. Esta
mansão foi construída
em 1732 e inúmeros
proprietários e
inquilinos a ocuparam.
Entre outros, ela foi
346

residência dos embaixadores do Papa e sede da Embaixada da


Russia até ser ocupada, em 1911, por Rodin. Aí ele instalou seu
atelier e suas obras. Alguns anos mais tarde ele propôs ao estado
francês, então proprietário do local, doação total das suas obras em
troca da criação do Museu Rodin.

O Beijo

Uma das obras mais conhecidas de Rodin, O Beijo, é também


inspirada na Divina Comédia de Dante. O casal representa Paolo e
Francesca. Paolo foi assassinado pelo marido de Francesca que os
347

surpreendeu abraçados e os dois apaixonados foram condenados ao


inferno. A escultura figurou na Porta do Inferno, mas Rodin se deu
conta que o conjunto estava em contradição com o tema da porta.
A obra passou a ser conhecida como O Beijo e se tornou a
representação da felicidade.

COMO É A VISITA AO MUSEU RODIN

O Museu Rodin em Paris contém a maioria das criações


significativas de Rodin, incluindo “O Pensador”, “O Beijo” e “A Porta
do Inferno”. Muitas de suas esculturas são exibidas no extenso
jardim do museu. Além dos lugares que citaremos aqui, vale a pena
lembrar que o museu também possui um calendário de exposições
especiais periódicas e vale ficar de olho na programação, pois
sempre há eventos interessantes. Confira como explorar as
dependências do Museu Rodin em Paris.

Mapa do Museu Rodin:


348
349

1) O MUSEU

Depois de uma ampla reforma de 3 anos, que custou cerca de €16


milhões, o museu reabriu em 2015 e está incrível! Depois de
comprar o seu ingresso (compre com antecedência para evitar filas)
e passar pela segurança, você estará no hall de entrada do antigo
hotel, com um belo chão preto e branco.

A
bela escadaria

O acervo do Museu Rodin em Paris está distribuído em 2 andares de


exposições, em 18 galerias, as quais exibem cerca de 600 objetos.
Entre as principais obras expostas no museu estão “O Beijo”,
350

inspirado no episódio de Paolo e Francesca, narrada por Dante


Alighieri, no final do Canto V da Divina Comédia, “São João Batista”
e diversas obras da coleção pessoal de Rodin com pinturas de Van
Gogh e Monet. Há também uma sala dedicada às obras da escultura
Camille Claudel, sua antiga aprendiz e amante.
351

2. O JARDIM DE ESCULTURAS

Os jardins do Museu Rodin estão distribuídos em 3 hectares. Há um


jardim de rosas, ao norte do Hotel Biron, e um grande jardim
ornamental, ao sul. Rodin começou a colocar esculturas
selecionadas nos jardins em 1908, juntamente com algumas das
antiguidades de sua coleção pessoal. Os primeiros bronzes foram
colocados nos jardins antes do início da Primeira Guerra Mundial.
352

Vista dos jardins localizados atrás da casa


353

Vista dos jardins na parte traseira do museu

Entre as obras de destaque estão: “O Pensador”, “A Porta do


Inferno”, “Orfeu”, “Os Três Sombras”, e “Os Burgueses de Calais”.
Atrás do edifício fica um bonito espelho d’água, cercado de flores e
árvores de ambos os lados. No complexo também a “Galeria do
Mármore”, criada em 1971 como espaço de armazenamento e
exposição, permitindo que mais trabalhos fossem exibidos no
museu. Estes muitos e variados trabalhos de mármore incluem
retratos, monumentos e representações de assuntos mitológicos.
354

3. O CAFÉ

Na área dos jardins, do lado direito de quem olha a casa de frente,


fica um gostoso e espaçoso Café. Uma ótima opção para relaxar
depois de curtir as incríveis obras do escritor. No cardápio estão
sanduíches, croissants, doces e bolos variados.

O Café do Museu Rodin. Foto: site oficial

O museu é incrível, as obras de Rodin são impressionantes e o


jardim contendo todas elas é um espetáculo. Uma parte do jardim
estava interditado por causa do 14 de julho, mas as obras principais
355

como o Pensador e a Porta do Inferno estavam abertas a visitação.


Vale a pena “perder” um tempinho ali. Fui para o metro e dali, fui
ver o

- JARDIN DE LUXEMBOURG é o maior parque público da cidade de


Paris com mais de 224 mil m². Em 1611, Maria de Medicis, viúva de
Henrique IV, decidiu construir uma réplica do grandioso Palácio Pitti.
356

Ai Meu Deus, eu sei que eu estou sendo repetitiva, mas a cidade


inteira é linda, aqui não é diferente, esse é um dos maiores parques
e o jardim estava todo florido. No lago central, as crianças
brincavam com barquinhos, super bucólico. Sentei ai por um tempo,
só apreciando a paisagem e aquela paz, até que começou a chover...

Um jardim para matar a saudade de Florença

A história do Jardin du Luxemburgo começou junto com o Palácio de


mesmo nome, em 1612. Maria de Médicis, viúva de Henrique IV,
não gostava do Louvre, que era a moradia da monarquia francesa.
Então, adquiriu a propriedade e o terreno de François de
Luxembourg (por isso o nome do lugar) e resolveu fazer ali sua
residência, na época, fora dos limites de Paris. A então Regente
sentia falta da Itália e, por isso, não hesitou em fazer do terreno
anexo ao Palácio, de oito hectares, uma recriação do Jardim Boboli,
de Florença, sua terra natal.
357

No total, o Luxemburgo possui 106 esculturas espalhados pelo


jardim. Aí encontramos esculturas clássicas e contemporâneas de
animais, personalidades, santos, reis, alegorias, personagens da
mitologia. O jardim é um verdadeiro museu aberto.

Mas a minha favorita foi a Fonte de Médicis


358

O grandão aí é o ciclope Polifemo, espiando sua amada Galateia e


Ácis curtindo uma daquelas lindas praias gregas, antes de esmagar o
pobre jovem com uma rocha.  A mãe de Àcis, ninfa dos rios, o
transformou em um rio e o lançou ao mar, para nunca mais retornar
à terra.
359

O tema central, “Polyphène suprenant Acis et Galatée” (Polifemo


surpreendendo Ácis e Galateia) foi encomendado pelo arquiteto
360

Alphonse de Gisors ao escultor Ottin, para substituir a Vênus. Gisors


foi quem construiu o tanque de cerca de 50 metros. É uma fonte em
estilo ninféia, ou seja, fonte pública e monumental.

As estátuas

No passado, O Jardim de Luxemburgo foi lugar de inspiração de


artistas ilustres, como Madame de Sévigné, George Sand, Simone de
Beauvoir, Balzac, Baudelaire, entre outros. Hoje, podemos ver
muitos desses personagens nas próprias estátuas do Jardim. É um
verdadeiro museu a céu aberto.

Além da série dedicada às rainhas e mulheres de destaque, a


maioria das esculturas é composta por homenagem a artistas
falecidos, como Monument à Eugène Delacroix, de Jules Dalou
(1890). Algumas delas pertenciam a outros monumentos ou museus
franceses.

Na verdade, acabei indo várias vezes ao Jardim de Luxemburgo


porque bem em frente a uma das entradas tinha um Mc Donalds e
eu sempre ia lá para comer um “Royale with Cheese” (Quarteirão
com Queijo).
361

Descer pela Rue Bonaparte (+/- 2 quarteirões) até chegar na Place


de Saint Sulpice. Ver a:

- IGREJA DE SAINT SULPICE (1646). Uma das particularidades desta


igreja é o seu gnômon que se ergue onze metros acima do chão
junto à parede, é uma coluna que marca a hora do dia projetando a
sua sombra no solo. A igreja ainda possui um órgão antigo
construído em 1862 por Aristide Cavaille-Coll e que tem 15.836
tubos. A fachada é em estilo barroco e sua aparência é um pouco
torta. Corte das Colunas = Coliseu. Dentro da igreja há afrescos de
Delacroix (capela dos anjos).
362
363

Na praça há uma fonte com estátuas de Fenelon, Massilon, Brassuet


e Flechier (bispos da era de Louis XIV).

Confesso que o que colocou a Saint Sulpice no meu radar foi o livro
Código Da Vinci, é claro que ao pesquisar achei a história do
gnômon, não entendi muito, nem quando cheguei lá, mas vale a
curiosidade.
364
365

Gnômon

Trata-se de uma forma simples de relógio solar utilizado em


astronomia e que foi instalado em Saint Sulpice no século XVIII. O
vigário da época o utilizava para fixar o equinócio de março e,
consequentemente, a data da Páscoa.

O órgão - Construído em 1862 por Aristide Cavaille-Coll e que tem


15.836 tubos.
366

Há ainda dois trabalhos de Eugène Delacroix na igreja, mais


precisamente na capela lateral à direita da entrada: "Jacó lutando
com o anjo", e "Heliodoro expulso do templo".

Fui andando até a

- ABADIA DE SAINT GERMAIN DE PRÉS é a igreja mais antiga de


Paris, construída entre 511 e 558. Desde 1819 a tumba do filósofo
René Descartes (1596 – 1650) localiza-se em uma capela do
dreambulatório.
367
368

Achei essa igreja mais simples, não é tão grande quanto a Sacre
Couer ou a Notre Dame, mas vale a pena visitá-la por ser
considerada a igreja mais antiga de Paris. Consegue imaginar, ela é
de 558? UAU!

Saindo da Saint Germain des Pres fui para a

- PRAÇA DA BASTILHA (Pedras rosadas indicam a localização exata


da antiga prisão). Sim, um dos pontos mais importantes para a
história da França. Aqui começou a Revolução Francesa com a
Queda da Bastilha em 1789.
369

No centro da praça encontra-se a

- COLONNE DE JUILLET. É inspirada na Coluna de Trajano em


Roma. Ela celebra todos os que morreram na revolução de 1830.

- ÓPERA BASTILHA - uma obra construída durante o mandato de


Mitterand. Esta ópera possui uma excelente acústica e um
dispositivo de tradução simultânea projetado em uma tela colocada
370

ao lado do palco. Este dispositivo é essencial para a compreensão


dos espetáculos. Em artigos sobre a Paris ideal, os jornalistas
franceses costumam classificar a Opera Bastille na lista
“monumentos horrendos que deveriam ser destruídos”. Esqueçam
o lado estético e entrem na loja da Opera. Lá encontraram um
potinho de mel das colmeias situadas nos telhados das Operas de
Paris. Uma lembrança da cidade para os amigos.

Quase não consegui ver a praça direito, mal pisei nela, caiu uma
tempestade, e o pior, me pegou de surpresa, não conseguia colocar
a capa de chuva e fiquei completamente ensopada. Me escondi da
chuva e quando ela melhorou, fui tentar novamente, mas não deu
porque a chuva apertou novamente. Resolvi ir para o hotel, trocar
de roupa e descansar um pouco.
371

Sem chuva, fui para o

- ARCO DE LA DEFENSE é um cubo oco de 112m de altura coberto


de mármore branco e aberto no centro, apoiado por 12 pilares de
30m cada. Realizado em 1989 por altura do bicentenário da
Revolução Francesa.

O legal deste Arco é que ele está em linha reta com os outros dois
(Arco du Carroussel e Arco do Triunfo). Ele é enorme, muito maior
do Triunfo e também é muito bonito.
372
373

Voltar para a estação Grande Arche de La Defense (linha: 1 –


direção: Chateau de Vincennes) até a estação Champs Elysées –
Clemenceau (10 estações). Passear pela

- Champs Elysèes já anoitecendo, fui andar pela Avenida mais


famosa e glamourosa de Paris. Estava me sentindo, hahaha. Fui até
o Arco do Triunfo, que é ma-ra-vi-lho-so à noite!!!
374

FIM DO QUINTO DIA


375

DIA 6 (07/07/12) - Place des Vosges | Bastille | Republique |


Opera Garnier | Jardim de Luxemburgo | Torre Eiffel

ANIVERSÁRIO EM PARIS NÃO TEM PREÇO!!

- PLACE DES VOSGES (1605 – 1612).

É a praça mais antiga de Paris, foi inaugurada em 1612 com um


grande carrossel para celebrar o casamento de Louis XIII e Anne de
Áustria. Seu morador mais ilustre foi Vitor Hugo (casa nº 6).
376

Projetada provavelmente pelos mesmos arquitetos que construíram


a Grande Galeria do Louvre, Louis Métezeau (1560-1615) e Jacques
II Androuet Du Cerceau (1550-1614), num plano retangular (140 m x
126 m) cercada por 36 pavilhões, sendo 34 simétricos e dois outros
mais altos, Pavilhão do Rei, e no lado oposto da praça, Pavilhão da
Rainha. Nomeados assim como publicidade para praça, mas nunca
foram habitados por membros da família real.

Edifícios compostos com uma mesma identidade arquitetônica,


sendo o andar térreo sobre arcadas, reservado ao comércio, no 1° e
2° andar, um pé direito alto, com grandes janelas com a mesma
largura e mesma altura; e no 3° e 4° andar, junto a inclinação do
telhado, (mansardas) com aberturas por claraboias ou lucarnas.

Devido a dificuldades financeiras que a França se encontrava no


início do século XVII, os edifícios foram todos construídos com
materiais simples e baratos, com tijolinhos avermelhados a vista,
pedras calcárias brancas, e telhados em pedras de ardosia, se
tornando referência arquitetônica francesa, nos séculos posteriores,
por sua beleza, harmonia e uniformidade.

Foi inaugurada em 1825, juntamente com as quatro fontes de


pedras e suas 16 cabeças de leão decorativas nos quatro ângulos da
377

praça, realizadas também pelo escultor da estátua Jean-Pierre


Cortot e o arquiteto, Jean-François Mesnager  (1783-1864).

A praça que se encontra no interior da Praça dos Vosges, chama-


se “Square Louis XIII”, (ou Praça Luís XIII), tem 12.706 m², e é
composta por 186 árvores (tílias) enfileiradas em duas colunas,
gramados e área de playground para crianças.

De manhã, a praça ainda estava vazia. E infelizmente a


Mansão/Museu de Vitor Hugo estava fechada. A praça é bem
bonita.
378

Como estava bem pertinho da Praça da Bastilha, resolvi ir lá de


novo, sem aquela chuva torrencial de ontem.
379

Dali fui caminhando até a

- PRAÇA DA REPÚBLICA. No centro da praça se encontra uma


escultura inaugurada no dia 14 de
julho de 1883. No alto do pedestal,
encontra-se Marianne, a figura
feminina que representa a
República. Em torno do pedestal as
alegorias da Liberdade, Fraternidade
e Igualdade. Durante a revolução
francesa, Marie e Anne ou Marie
Anne eram nomes próprios
380

utilizados pela nobreza, enquanto a versão Marianne era comum


entre as classes populares. Por isso a escolha desse último nome
para simbolizar a mudança do regime.

Novamente começou a chover, o que atrapalhou um pouco a visita.


Só tirei fotos da “Marianne” e segui para o próximo ponto turístico.

O céu não estava cooperando mesmo!!!

Como a chuva não dava trégua resolvi ir para a

- OPERA GARNIER (1669) O edifício é considerado uma das obras-


primas da arquitetura de seu tempo. Construído em estilo
neobarroco, é o 13º teatro a hospedar a Ópera de Paris, desde sua
fundação por Luís XIV, em 1669. Sua capacidade é de 1979
espectadores sentados. O Palácio Garnier é uma sala de ópera
construída durante a renovação de Paris efetuada pelo Barão de
Haussmann.

A Ópera leva o nome de seu criador, Charles Garnier, até então um


jovem arquiteto de 35 anos desconhecido do grande público e que
venceu o concurso feito para a construção do palácio. A obra durou
15 anos (1860-1875) e foi paralisada diversas vezes por motivos
políticos, como a guerra de 1870, a queda do regime imperial e a
comuna.
381

A Parte Exterior

O prédio que reúne vários estilos, um pouco barroco, um pouco


cópia do renascimento italiano. Em todo caso uma bela obra, com
uma fachada decorada por esculturas que na época escandalizaram
os puritanos.

Contemple também a direita da fachada principal a estátua “A


dança” por Jean-Baptiste Carpeaux. Uma das obras mais polêmica
do século 19. A obra original está no Museu d’Orsay.
382

A Ópera de Garnier é linda tanto por dentro quanto por fora. Seu
interior é todo decorado com mármore, veludos, candelabros de
383

ouro e espelhos dignos de uma das óperas mais famosas do planeta.


São mais de 35 mármores e diversos afrescos no teto, pinturas
belíssimas feitas a mão e tinta a óleo. A sala de espetáculos é ainda
mais linda, totalmente decorada em tons dourado e vermelho.

Entrada do Palácio Garnier:

A partir da estação de metrô Opera, saia para a Place de


l’Opéra e você estará em frente à fachada principal do Palácio. Siga
para o lado esquerdo na Rue Auber. A entrada fica no cruzamento
da Rue Auber com a Rue Scribe, no Pavillon de l’Empereur (local
onde está o busto de Charles Garnier).

Busto de Charles Garnier, na entrada da Ópera


384

A compra dos bilhetes pode ser feita com antecedência no site da


Opéra National de Paris ou na máquina de autoatendimento do
Palácio. No dia em que visitei a Ópera não havia fila e foi bastante
tranquilo.

O que ver na visita à Ópera Garnier

A visita dura em média 1h30, mas claro que depende do quanto


você irá apreciar os detalhes e as riquezas presentes na Ópera
Garnier.

Ao iniciar sua visita, você irá se surpreender com o hall de entrada –


a Rotonde des Abonnés - e seu conjunto circular de colunas e um
belíssimo mosaico no piso.
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Rotonde des Abonnés, o hall de entrada da Ópera

Bassin de la Pythie leva à grande escadaria e à suntuosa nave


construída em mármores de várias cores.
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Na parte inferior das escadas, pode-se dizer que há um verdadeiro


teatro no teatro com duas alegorias femininas segurando buquês de
luz que cumprimentam os espectadores.

Em seguida, você estará na Grande Escadaria, com 30 m de altura, e


um dos locais mais famosos do Palácio. As escadarias duplas foram
construídas em mármore e levam à sala de espetáculos. Os
candelabros dão um charme todo especial, mostrando um ar de
riqueza e elegância do local!
387

A Grande Escadaria

O teto sobre as escadarias, com uma claraboia central, apresenta


um fresco de Isidore Pils que descreve os triunfos de Apólo. Detalhe
ainda para os candelabros menores que também circundam o teto.

Após subir as belíssimas escadarias, você terá acesso aos diferentes


halls do Palácio, que são amplos e ricamente decorados.
388

No Hall Anterior você terá uma linda visão da grande escadaria! O


teto apresenta pinturas e detalhes dourados, além dos belos lustres
e das colunas de mármore.

O Hall Anterior do Palácio Garnier


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As grandes escadarias, vistas do Hall Anterior


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Dirija-se ao Grande Hall (Grand Foyer). Esta sala é maravilhosa, e


diria que é tão linda quanto o Salão de Espelhos do Palácio de
Versailles! Tem 18 m de altura, 54 m de comprimento e 13 m de
largura. É extremamente luxuosa, e foi idealizada por Charles
Garnier ao estilo das galerias de castelos da idade clássica.
391

O Grande Hall, uma das salas mais bonitas do Palácio


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O teto, de autoria de Paul Baudry, apresenta pinturas relacionadas


com a música. A perspectiva do hall é ampliada pelo jogo de
espelhos e janelas.

Passe pela Biblioteca-museu (Biblioteca Nacional da França), com


uma coleção de obras de três séculos. Você passará pelas estantes
cuidadosamente organizadas e cheias de livros.
393

A Biblioteca

Chegamos então na Sala de Espetáculos, com capacidade para


1.900 espectadores. Os assentos em veludo vermelho
proporcionam um ar glamouroso em contraste com os detalhes em
dourado nos 5 andares de camarotes. A sala apresenta formato
típico de ferradura italiana.

É formada por uma estrutura metálica, mascarada por mármore,


vidro, veludo e dourado, que sustenta o lustre de 8 toneladas
composto com 340 luzes. Aliás, esse lustre é uma obra a parte.
394
395

O espetacular teto foi pintado por Marc Chagall na década de 1.960,


e apresenta um lustre central de bronze e cristal de 8 toneladas e
340 luzes!

O belíssimo teto da Ópera Garnier!

Durante a visitação, a Sala de Espetáculos pode ficar fechada ao


público, dependendo da programação artística do Palácio.

Conheça ainda o Salon du Glacier, uma sala redonda (rotunda) e


iluminada pela luz solar. Este salão foi concluído no ano de 1.900,
após o término das obras do Palácio e remete ao estilo da Belle
396

Époque. O teto apresenta pinturas de Clairin (1843-1919) além de


tapeçarias retratando a pesca e a caça.

O Salão du Glacier

O Salão do Sol
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O Salão da Lua 
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A lenda do Fantasma da Ópera

Mas, pelo menos para mim, a grande graça da Ópera Garnier está
na lenda do Fantasma da Ópera. Sou apaixonada pela história, que
foi escrita pelo francês Gaston Leroux e eternizada em musical pelo
compositor Andrew Lloyd Weber. Mas o que eu considero mais
fascinante é saber que tudo na ficção foi inspirado de alguma forma
em fatos reais. Por isso eu fui lá investigar!

O Fantasma da Ópera é um homem desfigurado, que usa uma


máscara e vive escondido nos porões da Ópera de Paris, onde há um
lago subterrâneo. Lago cuja lenda já era contada muito antes da
construção da Ópera, quando o terreno começou a ser limpo em
400

1861 e água começou a surgir por todo lado. Na inauguração todos


comentavam da existência desse tal lago embaixo do prédio e o
mito seguiu em diante, inspirando Leroux. Realmente essa água
toda apareceu durante a construção e está armazenada nos
subterrâneos da ópera: mas em forma de um tanque de pedra feito
para conter a água encontrada na construção. Esse tanque inclusive
é usado pelos bombeiros de Paris para treinar nado no escuro.

Além disso, outro fato que inspirou Leroux foi a queda do lustre
durante a construção da Ópera, que matou um de seus
funcionários. Um
recurso semelhante é
usado no livro, para
que Erik, o fantasma,
sequestre sua amada
Christine, uma das
coristas da Ópera de
Paris. Na peça, o lustre
é praticamente um
personagem principal:
é ele que inicia a
história, ao ser leiloado
401

anos depois dos incidentes relatados no livro, e sua queda também


não é esquecida.

O camarote do Fantasma ainda está preservado, vale a pena visitá-


lo e deixar sua imaginação ir além…

Saindo da Opera Garnier, quase na hora do almoço, fui para o


Jardim de Luxemburgo.

Saindo do Jardim, fui para a Torre Eiffel, queria subir até o topo,
pois no primeiro dia não deu. Descendo do metro, vi uma barraca
que vendia crepe, e fui comer um (salgado dessa vez).

Novamente uma fila quilométrica, fiquei por quase 2h30, mas o pior
não foi a fila, mas a chuva torrencial que caiu, quase desisti... Na
verdade, o meu maior medo era que fechassem o 3º andar de
novo... mas dessa vez deu certo.
402

Torre Eiffel – Um pouco de história

A Torre Eiffel foi construída em 1889 para ser o arco de entrada da


Exposição Universal daquele ano – que era um grande evento na
época e levava milhares de visitante para a cidade que o sediava. No
entanto, ninguém estava preparado para a grandiosidade do
projeto criado pelo engenheiro Gustave Eiffel. Quando inaugurada,
a torre composta de 7.300 toneladas de ferro possuía 324 metros e
se tornou a estrutura mais alta do mundo (até 1930, quando perdeu
o posto para o Chrysler Building, em Nova York). A torre
imediatamente fascinou o mundo, afoito pelos avanços da
modernidade da era industrial e se tornou um dos símbolos
nacionais da França.
403

No entanto, segundo o contrato de concessão do terreno onde ela


foi erguida, o Champ de Mars, a Torre Eiffel deveria ser derrubada
20 anos depois, em 1909. Para evitar que isso acontecesse, Gustave
Eiffel, que fazia experimentos com ondas de rádio do seu escritório
do alto da torre, propôs que ela fosse usada para a colocação de
antenas e propagação em larga escala daquele meio de
comunicação, que naquela época ainda engatinhava. A ideia deu tão
certo que a Torre Eiffel foi responsável pela transmissão do primeiro
programa público de rádio da história, em 1925.

Bilheteria

Ficam nas bases da Torre. Neste dia, apenas uma estava


funcionando, o que complica ainda mais a fila.
404

Esperando o Elevador
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Elevador

Confesso que deu um friozinho na barriga quando o elevador estava


subindo para o topo, a danada é bem alta, mas quando cheguei lá
em cima não queria descer.
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Como você já deve ter percebido, a Torre Eiffel está dividida em três
andares. O primeiro está a 57 metros de altura e muitas vezes é
simplesmente ignorado pelos turistas por não oferecer as melhores
vistas da cidade. O espaço abriga ainda exposições sobre o
monumento e o restaurante 58, o mais barato da torre fora as
lanchonetes. Este andar é o mais recomendado para quem tem
407

dificuldades de locomoção ou está viajando com idosos e crianças


pequenas, por ter acesso facilitado.

O segundo andar é o melhor ponto da torre, estando a 115 metros


de altura e descortinando as melhores vistas da cidade. Neste andar
você tem espaço de sobra para se mexer, o que não ocorre no topo,
e, embora a parte baixa tenha parapeitos protegidos por cercas de
ferro, na parte de cima não há nada que lhe atrapalhe a visão e as
fotos. É neste andar também que ficam os elevadores para o topo e
o restaurante Le Jules Vernes, o mais caro e chique do monumento

O terceiro e mais alto andar da torre exige um ticket diferenciado


para ser visitado. Ele fica a 276 metros do solo e abriga o
408

escritório onde o criador do monumento, Gustave Eiffel, trabalhava,


um bar de champanhe e uma pequena área aberta para se ter a
visão da cidade. Aberta em termos, pois o local é todo protegido por
um cercado de ferro. Além disso, o espaço está sujeito a ficar
bastante cheio e apertado, principalmente na alta temporada de
verão ou outros feriados. Você vai ter que se estapear até encontrar
um cantinho para admirar a vista.
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Depois de muuito tempo lá em cima resolvi descer pelas escadas,


achei muito legal, porque assim,você consegue ver toda a trama de
ferros. E vencer nada menos do que 1.665 degraus.
410

Curiosidades:

• A Torre Eiffel possui 324 metros de altura e possui três níveis;

• A Torre Eiffel era considerada a estrutura mais alta do mundo até


o ano de 1930;

• Atualmente, a torre é a estrutura mais alta de Paris e a segunda da


França. Ficando atrás apenas do viaduto Millau, que tem 343
metros;
411

• A Torre Eiffel apresenta em sua estrutura mais de 15 mil peças em


ferro e 2,5 milhões de parafusos. Além disso, o seu peso chega 10
mil toneladas;

• No início, os visitantes precisavam subir 1665 degraus para chegar


ao ponto mais alto da torre, porém foram instalados elevadores na
construção, facilitando o acesso;

• A Torre Eiffel é o monumento pago mais visitado do mundo;

• No verão, a torre aumenta de tamanho, ficando cerca de 15


centímetros mais alta, por conta da dilatação do ferro;

• Gustave Eiffel, criador da torre, participou de outros projetos,


como o da Estátua da Liberdade em Nova York, Estados Unidos, e da
Ponte Maria Pia, no Porto, em Portugal;

• Existem várias réplicas da Torre Eiffel espalhadas pelo mundo.


Vale destacar as das cidades de Las Vegas (Estados Unidos), Sucre
(Bolívia), Tóquio (Japão), Hangshou (China), Urais (Rússia), Calcutá
(Índia), Naqura (Líbano);

• Um estudo realizado pela "Câmara de Comércio Monza e Brianza"


da Itália revelou que a Torre Eiffel é o monumento mais valioso de
toda a Europa;
412

• A torre possui um total de 20 mil lâmpadas que ajudam a iluminar


a cidade de Paris todas as noites. A iluminação mais tradicional é a
dourada. A torre também muda de cor, dependendo da
homenagem ou mensagem que a França deseja passar ao mundo;

• Para pintar a Torre Eiffel foi necessária uma quantidade


exorbitante de tinta. O total exato é de 60 toneladas de tinta, e a
pintura do monumento é renovada a casa sete anos. A torre é
pintada em três tonalidades, sendo que na base, é usada uma tinta
mais escura e na parte superior uma mais brilhante.
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• Na base da torre existe uma homenagem aos grandes artistas


franceses. Ao todo, 72 nomes cercam a Torre Eiffel, dos quatro
lados. Cientistas e famosos como Lavoisier, Ampere e Focault.

• A Torre Eiffel foi uma das 21 finalistas ao título de Sete Maravilhas


do Mundo Moderno, mas não levou o título.

 • Sua construção durou 2 anos, 2 meses e 5 dias.

 • Proibido tirar foto de noite. Desde 2011 estão proibidas fotos


noturnas da Torre para fins comerciais. A sua iluminação é
considerada uma obra de arte e por isso exige o pagamento dos
direitos autorais. Para ter liberação é necessário entrar em contato
com a SNTE (Société Nouvelle d’ Exploitation de la Tour Eiffel) e
414

pagar uma taxa para liberação das fotos. Durante o dia, as fotos
estão liberadas sem problema algum.
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FIM DO SEXTO DIA


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DIA 7 (08/07/12) – Notre Dame | Pont de Archeveche | Livraria


Shakeaspeare And Company | Hotel de Ville | Arco do Triunfo |
Torre Eiffel | Museu do Louvre | Notre Dame | Torre
Montparnasse

Último dia em Paris . Aproveitar o dia para se despedir.

Resolvi me despedir dos pontos turísticos, ou do meu Top Four,


claro que acabei indo além e indo ver outros também...

Fui logo cedo para a Notre Dame e para minha agradável surpresa
estava começando uma missa. Aproveitei para assistir (chique, né?),
Tud bem, não entendi nada, mas estava tão feliz e agradecida por
estar naquele momento ali. Por respeito à missa, não tirei fotos.
Depois, fui me despedir da “minha praça”.
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Meu lugar favorito em Paris

Segui para a ponte que fica atrás dessa praça, Pont de l’Archeviche.
Essa ponte é coberta de cadeados, existem várias em Paris. Como
não tinha um cadeado amarrei uma fita para celebrar meu amor
eterno por Paris.
418
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Fui seguindo o Sena, caminhando neste lindo dia de sol, cheguei a


uma livraria bastante famosa, a

Livraria Shakeaspeare And Company

Uma livraria famosa em Paris, super gracinha e mega lotada.

Continuei caminhando até chegar ao Hotel de Ville

Dali peguei o metro até o Arco do Triunfo


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Fui caminhando até a Torre Eiffel


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Novamente peguei o metro até o Louvre. Queria passar no Palais


Royal, mas não achei a entrada. Encontrei as

Colunas de Buren - criadas em 1986 pelo artista conceitual


francês Daniel Buren. Composta por 260 colunas de alturas
diferentes listradas de preto e branco, a instalação divide opiniões
pessoais pelo contraste com a arquitetura do palácio real. 
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Fui para o Louvre

Fui caminhando pela Rue de Rivoli, até chegar novamente a Notre


Dame.
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Já estava cansada de andar e decidi ir até o Jardim de Luxemburgo


comer alguma coisa e dar um tempinho. Mas, uma bifurcação
errada e me perdi... ainda tentei arrumar ajuda, mas o casa que
encontrei estava mais perdido que eu e parecia que não entendiam
o meu “Jardim de Luxemburgo” mais afrancesado que conseguia
falar. Bom, ali pertinho estava a Torre Montparnasse.

E aqui relato mais um arrependimento: Não subir no Montparnasse.


Explico, os parisienses dizem que é muito melhor subir na Torre
Montparnasse do que na Eiffel, pois só assim não conseguem vê-la
“destruindo” a beleza de Paris. É, eles odeiam a Torre
Montparnasse. Brincadeiras à parte, dizem que a melhor vista da
Torre Eiffel é do último andar da Montparnasse.
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Abrindo um parêntese:

Ainda falando sobre a arquitetura de Paris. No dia que fui no


Louvre, enquanto estava na fila, ouvi uma brasileira
“reclamando”sobre a cor única de Paris, dizendo que o que faltava
ali era um pouco de cor. Quase dei um grito de “NÃO MEXA NA
MINHA PARIS”. Para mim, o que torna a cidade encantadora, é
exatamente esse tom que ela tem.

Fechando o parêntese.

- TORRE MONTPARNASSE é um arranha-céu de 210m. Construído


entre 1960 e 1973, este é o prédio mais alto da França e o 9º mais
alto da Europa, conta com 59 andares.
426

A coisa mais engraçada, foi que a Torre Montparnasse foi a primeira


e a última coisa que vi em Paris.

Infelizmente, não tinha mais tempo para nada, voltei para o hotel
para esperar o traslado ao aeroporto.

FIM DA VIAGEM

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