Aula 02
Curso: Português p/ CGE-MA
Professor: Fabiano Sales
Língua Portuguesa para CGE-MA
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 02
Aula 02
Olá, estimados alunos e futuros servidores da CGE-MA!
Hoje, na aula 02, do curso de teoria e de questões comentadas,
apresentarei dois temas muito recorrentes nas provas da Fundação
Getúlio Vargas: VERBOS e PRONOMES.
Para refletir: "Se você quer ser bem-sucedido,
precisa ter dedicação total, buscar seu último limite
e dar o melhor de si mesmo."
(Ayrton Senna)
Venham comigo!
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ESTRUTURA VERBAL
Inicialmente, apresento a vocês a estrutura que compõe os verbos, uma vez
que será através dela que identificaremos a conjugação e o sentido no texto.
Em regra, o verbo é formado por três elementos: radical, vogal temática e
desinências.
RADICAL
Por radical devemos entender o elemento que apresenta o significado da
palavra. Em se tratando de formas verbais, o radical é obtido a partir de sua forma
infinitiva (o “nome” do verbo), suprimindo as terminações -AR, -ER ou -IR:
Cantar Cant- (radical)
Vender Vend- (radical)
Partir Part- (radical)
VOGAL TEMÁTICA
É o elemento que prepara o radical para o recebimento das desinências. É
através da vogal temática que se identifica a conjugação a que o verbo pertence.
Cantar -a- (1ª conjugação)
Vender -e- (2ª conjugação)
Partir -i- (3ª conjugação)
E a que conjugação pertence o verbo pôr ? Meus amigos, esse verbo (e os
derivados compor, decompor, supor etc.) pertence à 2ª conjugação, uma vez que
apresenta -e- como vogal temática, devido à sua origem da forma latina ponere.
Notem que, em algumas pessoas verbais, a vogal temática -e- aparece ao longo da
conjugação.
Exemplo:
Presente do indicativo
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Eu ponho / Tu pões / Ele põe / Nós pomos / Vós pondes / Eles põem
TEMA
Através da união entre radical e vogal temática temos o que se chama
tema.
Fala (tema) fal- (radical) + -a (vogal temática)
Vende (tema) vend- (radical) + -e (vogal temática)
Parti (tema) part- (radical) + -i (vogal temática)
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Aqui chamo a atenção de vocês para as desinências, pois é a partir delas
que perceberemos as flexões verbais. As desinências subdividem-se em:
modo-temporais – indicam o modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e
o tempo verbal (presente, passado e futuro); e
número-pessoais – indicam o número (singular e plural) e a pessoa do
discurso (1ª, 2ª e 3ª).
Exemplos:
Cant a va s
radical vogal DMT DNP
temática
CANT- : radical – apresenta o significado da palavra.
-A- : vogal temática – indica que o verbo pertence à 1ª conjugação.
-VA- : desinência modo-temporal – indica que o verbo está flexionado no pretérito
imperfeito do indicativo.
-S : desinência número-pessoal – indica que o verbo está flexionado na 2ª pessoa
do singular.
Vend e re mos
radical vogal DMT DNP
temática
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VEND- : radical – apresenta o significado da palavra.
-E- : vogal temática – indica que o verbo pertence à 2ª conjugação.
-RE- : desinência modo-temporal – indica que o verbo está flexionado no futuro do
presente do indicativo.
-MOS : desinência número-pessoal – indica que o verbo está flexionado na 1ª
pessoa do plural.
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Part i ra s
radical vogal DMT DNP
temática
PART- : radical – apresenta o significado da palavra.
-I- : vogal temática – indica que o verbo pertence à 3ª conjugação.
-RA- : desinência modo-temporal – indica que o verbo está flexionado no pretérito
mais-que-perfeito do indicativo.
-S : desinência número-pessoal – indica que o verbo está flexionado na 2ª pessoa
do singular.
A seguir, apresentarei a vocês o paradigma das desinências modo-
-temporais e número-pessoais.
DESINÊNCIAS MODO-TEMPORAIS
1ª 2ª e 3ª
Modo Tempo Exemplo Exemplo
Conjugação Conjugações
Presente ø (zero) falo ø (zero) vendo, parto
Pretérito
perfeito
ø (zero) falei ø (zero) vendi, parti
vendia,
Pretérito falava, vendíeis;
-va (-ve) -ia (-íe)
imperfeito faláveis partia,
partíeis
Pretérito vendera,
-ra (-re) falara, -ra (-re) vendêreis;
Indicativo mais-que-
átono faláreis átono partira,
-perfeito partíreis
venderá,
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Futuro do -ra (-re) falará, -ra (-re) vendereis;
presente tônico falareis tônico partirá,
partireis
venderia,
Futuro do falaria, venderíeis;
-ria (-ríe) -ria (-ríe) partiria,
pretérito falaríeis
partiríeis
venda,
Presente -e fale, faleis -a
parta
Subjuntivo Pretérito falasse, vendesse,
-sse -sse
imperfeito falasses partisse
falar, vender,
Futuro -r -r
falares partir
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DESINÊNCIAS MODO-TEMPORAIS
1ª 2ª e 3ª
Modo Tempo Exemplo Exemplo
Conjugação Conjugações
fale, vendam,
Afirmativo -e -a
falemos partam
Imperativo não fale,
não vendam,
Negativo -e não -a não partam
falemos
falar, vendermos,
Infinitivo Pessoal -r -r
falares partirmos
DESINÊNCIAS NÚMERO-PESSOAIS
1ª pessoa do singular
-o (no Presente do indicativo): falo, vendo, parto.
-i (no Pretérito perfeito e no Futuro do presente do indicativo): falei, vendi, parti; falarei.
Ø (nos demais tempos e modos): falava, falaria, falara, falasse.
2ª pessoa do singular
-s (em todos os tempos, exceto no Imperativo afirmativo): falas, vendes, partes; falarás.
-ste (no Pretérito perfeito do indicativo): falaste, vendeste, partiste.
Ø (no Imperativo afirmativo): fala (tu), vende (tu), parte (tu).
3ª pessoa do singular
-u (Pretérito perfeito do indicativo): falou, vendeu, partiu.
Ø (nos demais tempos e modos): falava, falaria, falara, falasse.
1ª pessoa do plural
-mos: falamos, vendemos, partimos.
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2ª pessoa do plural
-stes (no Pretérito perfeito do indicativo): falastes, vendestes, partistes.
-des (no Futuro do subjuntivo e no Infinitivo pessoal): falardes, venderdes, partirdes.
-i (no Imperativo afirmativo): falai (vós), vendei (vós), parti (vós).
-is (nos demais tempos e modos): falais, vendeis, partis.
-des(no Presente do indicativo dos verbos irregulares ter, vir, pôr, ver, rir, ir): vindes, ides.
3ª pessoa do plural
-ram (Pretérito perfeito do indicativo): cantaram, venderam, partiram.
-o (no Futuro do presente do indicativo): cantarão, venderão, partirão.
-em (no Futuro do subjuntivo e no Infinitivo pessoal): cantarem, venderem, partirem.
-m (nos demais tempos e modos): cantam, vendem, partem; cantavam, vendiam, partiam.
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1. (FGV-2006/MEC) Assinale a alternativa que não apresente a classificação
correta de um dos elementos mórficos do vocábulo deixasse.
(A) deix- = radical
(B) -e = desinência número-pessoal
(C) -a = vogal temática verbal
(D) deixa = tema
(E) -sse = desinência modo-temporal
Comentário: A forma verbal “deixasse” é composta pelos seguintes elementos
mórficos:
deix- = radical (obtido a partir da extração de “-AR”, da forma infinitiva “deixar”)
-a = vogal temática verbal de 1ª conjugação
-sse = desinência modo-temporal (indica que o verbo está flexionado no pretérito
imperfeito do subjuntivo)
Notem que a forma “deixasse”, fora de contexto, pode referir-se tanto à
primeira (eu) quanto à terceira (ele) pessoas do singular, sendo a desinência
número-pessoal igual ao morfema ø (zero). Logo, a letra B é o gabarito da questão.
Gabarito: B.
MODOS E TEMPOS VERBAIS
Modo verbal apresenta a relação existente entre o falante e o fato expresso
pela ação verbal. Os modos verbais são indicativo, subjuntivo e imperativo.
Modo indicativo – transmite a ideia de fatos certos, reais.
Exemplo: Nós estudamos para o concurso. 66777272380
Modo subjuntivo – transmite a ideia de fatos duvidosos, possíveis,
hipotéticos.
Exemplo: É provável que estudemos para o concurso.
Modo imperativo – transmite a ideia de ordem, pedido, desejo.
Exemplo: Estudem para o concurso.
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EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS
Indicativo
O presente é empregado para:
- denotar um fato atual, ou seja, que acontece no momento em que se fala. É
denominado presente atual.
Exemplo: Enquanto falo, você estuda.
- denotar verdades permanentes. É denominado presente universal.
Exemplos: O homem é mortal.
- denotar uma ação habitual, frequente. É denominado presente frequentativo.
Exemplo: Estudamos muito.
- proporcionar vivacidade a fatos ocorridos no passado. Denomina-se presente
histórico.
Exemplo: 1994: Romário dribla a pobreza, o preconceito e as regras e se torna o rei da
Copa.
- denotar uma ação futura, contudo próxima.
Exemplo: Amanhã vou ao jogo do Vasco.
O pretérito perfeito apresenta a ação totalmente concluída.
Exemplo: Estudei para passar nesta prova.
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O pretérito imperfeito é empregado para:
- indicar uma ação que, no passado, ocorria com habitualidade. É denominado
imperfeito frequentativo.
Exemplo: Acordava, tomava banho e ia estudar.
- indicar uma ação passada, porém não totalmente concluída em relação à outra.
Exemplo: Quando o professor entrou, o aluno fazia a prova.
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- substituir o presente, com o matiz semântico de cortesia, atenuando um pedido.
Exemplo: Eu queria saber se você estudou para a prova.
O pretérito mais-que-perfeito indica uma ação passada anterior à outra,
também passada.
Exemplo: A sessão de cinema já começara quando entramos.
Dica estratégica!
O pretérito mais-que-perfeito pode substituir o futuro do pretérito ou o
pretérito imperfeito do subjuntivo.
Exemplos: Quem me dera ficar em primeiro lugar!
Não fora o fiscal de sala, teríamos passado na prova. (Não fosse o fiscal de sala...)
O futuro do presente indica uma ação que ainda será realizada.
Exemplo: Neste concurso, seremos aprovados.
Dica estratégica!
O futuro do presente do indicativo pode indicar uma verdade universal,
surgindo com valor semântico de imperativo.
Exemplo: Não matarás!
O futuro do pretérito é empregado para:
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- indicar um futuro dependente de alguma condição, ou seja, pode denotar situações
tomadas como hipotéticas.
Exemplo: Se tivesse estudado, passaria no concurso.
Dica:
Segundo as lições de Evanildo Bechara, em Moderna Gramática Portuguesa, o
pretérito imperfeito do indicativo “aparece em lugar do futuro do pretérito para denotar um
fato certo como consequência de outro que não ocorreu.
Exemplo: Eu, se tivesse crédito na praça, pedia outro empréstimo.”
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Entretanto, no padrão culto escrito, emprega-se a forma pediria, conjugada no
futuro do pretérito do indicativo.
Na música “Me deixa em paz”, de Airton Amorim e Monsueto, o verso
“Se você não me queria, não devia me procurar “ ,
o pretérito imperfeito foi empregado incorretamente. Esse tempo verbal deve ser
utilizado para denotar uma ação ocorrida no passado. Não se trata do caso em análise.
Como há uma condição, demonstrada pelo excerto “Se você não me queria”, o correto é
empregar a forma deveria, no futuro do pretérito do indicativo.
Na linguagem oral, é muito comum o emprego do pretérito imperfeito do indicativo
sem a indicação do passado.
Exemplo: Como o trânsito está horrível hoje. Se eu viesse a pé, eu já estava lá.
No exemplo acima, foi indicada uma condição – Se eu viesse a pé. Logo, deveria ser
empregada a forma verbal estaria, conjugada no futuro do pretérito do indicativo.
- indicar um fato (futuro) posterior em relação a outro passado.
Exemplo: Elas disseram que estudariam para o concurso.
- expressar polidez.
Exemplo: Você poderia abrir a janela?
2. (FGV-2011/SEFAZ-RJ)
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A respeito do quadrinho, analise a afirmativa a seguir:
I. Na fala da mulher, ficaria correto substituir devia por deveria.
Comentário: Na fala da mulher, foi empregada forma devia, conjugada no pretérito
imperfeito do indicativo. Entretanto, notem que, no contexto, não há uma indicação de
passado, e sim uma suposição, uma hipótese. Isso justifica a substituição da forma verbal
devia pela forma verbal deveria, no futuro do pretérito do indicativo.
Gabarito: Certa.
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3. (FGV-2009/SEFAZ-RJ) O que está fora da sociedade seria desumano.
O tempo verbal destacado constitui recurso expressivo adequado para indicar:
(A) mudança ocorrida no momento em que se fala.
(B) ação conduzida no passado não concluído.
(C) situação tomada como hipotética.
(D) advertência sobre um fato futuro.
(E) fato passado de curso prolongado.
Comentário: No enunciado, a forma verbal seria está conjugada no futuro do
pretérito do indicativo. Conforme estudamos nas lições, esse tempo verbal pode
indicar um futuro dependente de alguma condição, ou seja, pode denotar situações
tomadas como hipotéticas.
Gabarito: C.
Subjuntivo
O presente é empregado indica um fato duvidoso ou provável. Para facilitar a
conjugação, insiram o advérbio talvez.
Exemplo: (Talvez) Tenha sucesso no concurso.
O pretérito imperfeito indica uma concessão, através um fato hipotético.
Para facilitar a conjugação, insiram a conjunção se.
Exemplos: Se você estudasse mais, ficaria em primeiro lugar no concurso.
“Era provável que a ocasião aparecesse.” (Machado de Assis)
O futuro indica uma ação eventual. Para facilitar a conjugação, insiram a
conjunção quando.
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Exemplo: Quando eu passar no concurso, ficarei tranquilo.
Imperativo
O modo imperativo exprime ordem, pedido, desejo. O imperativo subdivide-
se em:
- afirmativo.
Exemplo: Estudem!
- negativo.
Exemplo: Não estudem a poucos instantes da prova!
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O modo imperativo é formado a partir dos presentes do indicativo e do
subjuntivo.
Presente do Imperativo Presente do Imperativo
indicativo afirmativo subjuntivo negativo
Eu falo - Eu fale -
Tu falas Fala tu Tu fales Não fales tu
Ele fala Fale você Ele fale Não fale você
Nós falamos Falemos nós Nós falemos Não falemos nós
Vós falais Falai vós Vós faleis Não faleis vós
Eles falam Falem vocês Eles falem Não falem vocês
4. (FGV-2008/Senado)
Assinale a alternativa em que se tenha correta transposição da fala do
segundo quadrinho para o plural.
(A) Adivinhas!
(B) Adivinhai!
(C) Adivinhais!
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(D) Adivinhes!
(E) Adivinhem!
Comentário: No segundo quadrinho, a forma verbal “adivinha” está flexionada no
imperativo afirmativo: “adivinha tu”. Transpondo a fala da personagem para o plural,
deverá haver a flexão para a segunda pessoa do plural “vós”: adivinhai !.
Gabarito: B.
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5. (FGV-2011/TRE-PA)
Na charge, caso a professor tratasse o aluno por tu, sua fala seria,
corretamente,
(A) Escrevas na lousa a palavra Ética!
(B) Escrevei na lousa a palavra Ética!
(C) Escreveis na lousa a palavra Ética!
(D) Escrevais na lousa a palavra Ética!
(E) Escreve na lousa a palavra Ética!
Comentário: Na fala da professora, a forma “escreva” está flexionada na 3ª pessoa
do singular “você”: escreva você. Entretanto, caso a professor tratasse o aluno por
“tu” (2ª pessoa do singular), a forma correta seria “escreve”, obtida a partir do
presente do indicativo, com a supressão da desinência número-pessoal -s.
Gabarito: E.
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Além dos modos indicativo, subjuntivo e imperativo, há, ainda, as formas
nominais. Mas por que a nomenclatura formas nominais se são verbos?
Respondo a vocês que essa nomenclatura surgiu devido ao comportamento como
nomes (substantivo, adjetivo e advérbio).
As formas nominais são:
Infinitivo – é a forma como se designam os verbos, ou seja, é o próprio “nome” do
verbo. Termina em “-r” (falar, vender, partir).
E quando o infinitivo se comporta como nome? Nos seguintes exemplos:
Recordar é viver. (= A recordação é vida.)
Sorrir é alegria. (= Sorriso é alegria.)
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Gerúndio – indica um processo prolongado ou incompleto. Termina em “-ndo”.
Aparece em locuções verbais e em orações reduzidas.
Exemplo: Estamos estudando. (locução verbal equivale a “Estudamos”.)
Estudando, passaremos no concurso. (oração subordinada adverbial condicional
reduzida de gerúndio equivale a “Se estudarmos, passaremos no concurso”.)
Dica estratégica!
O gerúndio:
- equivale a um advérbio.
Exemplo: O homem caminhava cantando. (o modo como caminhava)
- pode ter valor adjetivo.
Exemplo: Crianças sorrindo. (= Crianças sorridentes.)
Particípio – termina em “-do”. Pode ser empregado em tempos compostos, na
voz passiva, em orações reduzidas e sob a forma de adjetivos.
Exemplos:
Ele tem passado em muitos concursos. (pretérito perfeito composto do subjuntivo)
Até a prova, terei estudado muito. (futuro do presente composto do indicativo)
O aluno foi aprovado pela banca examinadora. (locução verbal de voz passiva)
Aprovado o aluno, tomou posse no cargo. (oração subordinada adverbial temporal
reduzida de particípio)
Este aluno está aprovado. (adjetivo)
Dica estratégica!
O particípio pode referir-se a fatos presentes, passados ou futuros.
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Exemplos:
Terminada a prova, vamos para casa. (presente)
Terminada a prova, fomos para casa. (passado)
Terminada a prova, iremos para casa. (futuro)
Uma curiosidade: no gerúndio e no particípio, o verbo “vir” apresenta a
mesma forma: “vindo”. Para fazer a diferenciação, substituam o verbo “vir” pelo
verbo “ir”: se, como resultado, aparecer “-ido”, a forma verbal estará no particípio;
por outro lado, se aparecer “-indo”, o verbo estará no gerúndio.
Exemplos:
Assim que o professor chegou, a diretora já tinha vindo.
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No exemplo acima, notem que cabe apenas a substituição da forma “vindo”
por “ido”: Assim que o professor chegou, a diretora já tinha ido. Logo, “vindo” está
no particípio.
A diretora já está vindo.
Em “A diretora já está vindo.”, a forma verbal em destaque pode ser
substituída apenas por “indo”: A diretora já está indo. Logo, “vindo” está no
gerúndio.
6. (FGV-2008/Senado-Adaptada) “A política do Estado tem evoluído no sentido
de encontrar respostas a tais necessidades.”
A respeito do período acima, analise a afirmativa a seguir.
I. No período, há somente um verbo em forma nominal.
Comentário: No período “A política do Estado tem evoluído no sentido de encontrar
respostas a tais necessidades.”, há dois verbos empregados em forma nominal:
“evoluído”, no particípio, compondo o pretérito perfeito composto do indicativo, e
“encontrar”, no infinitivo.
Gabarito: Errada.
TEMPOS COMPOSTOS
As formas verbais compostas são formadas por meio da seguinte estrutura:
Ter ou Haver + Particípio
(verbo auxiliar) (verbo principal)
Na Língua Portuguesa, os tempos compostos são:
MODO INDICATIVO
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a) Pretérito perfeito (presente do indicativo + particípio) - traduz um fato cujo
início se deu no passado, mas que se repete até o momento presente.
Exemplos: Cidadezinha que não tem cabido no mapa. (= Cidadezinha que não coube
no mapa.)
O papel da polícia tem sido o de impor o medo.
b) Pretérito mais-que-perfeito (pretérito imperfeito do indicativo + particípio) –
traduz um evento passado anterior a outro, também passado.
Exemplos: Apesar do vultoso investimento feito pelo governo, eu nunca tinha visto
uma seca tão severa no Nordeste.
“A essa altura eu já tinha pegado a segunda de uma figueira ...”
Quando cheguei, ele já tinha saído.
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O pretérito mais-que-perfeito composto é o único que apresenta o mesmo
valor semântico de sua forma simples. Portanto, ambas as estruturas se equivalem.
Exemplos: Apesar do vultoso investimento feito pelo governo, eu nunca vira uma seca
tão severa no Nordeste.
“A essa altura eu já pegara a segunda de uma figueira ...”
Quando cheguei, ele já saíra.
c) Futuro do presente (futuro do presente do indicativo + particípio) - traduz um fato
futuro em relação ao momento do texto, porém anterior a outro evento.
Exemplo: Quando você chegar, eu já terei concluído o relatório.
d) Futuro do pretérito (futuro do pretérito do indicativo + particípio) - traduz um fato
que poderia ter ocorrido posteriormente a determinado fato passado.
Exemplo: Se dependesse de mim, teria vetado o repasse das verbas.
MODO SUBJUNTIVO
a) Pretérito perfeito (presente do subjuntivo + particípio) - traduz um fato totalmente
terminado num momento passado.
Exemplo: Basta que ele tenha existido.
Nunca ouvi dizer que uma dessas trocas tenham obtido resultados aproveitáveis.
b) Pretérito mais-que-perfeito (imperfeito do subjuntivo + particípio) - traduz um
evento passado anterior a outro, também passado.
Exemplos: Esperávamos que ela já tivesse chegado.
Desejaria que ela já tivesse chegado.
c) Futuro (futuro do subjuntivo + particípio) - traduz um fato posterior ao momento
atual, mas já terminado antes de outro fato futuro.
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Exemplo: Comemoraremos quando tiveres passado.
FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS
a) Infinitivo (infinitivo + particípio).
Exemplo: Ter feito os exercícios foi o diferencial.
b) Gerúndio (gerúndio + particípio).
Exemplo: Tendo estudado as disciplinas, passei no concurso.
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7. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) Ao dizer que o papel da polícia tem sido o de
impor o medo, o autor do texto, com o emprego do tempo verbal sublinhado,
mostra que essa ação:
(A) se repete ultimamente.
(B) só existiu no passado.
(C) só vai existir no futuro.
(D) começou no presente e se prolonga no futuro.
(E) depende de uma condição anterior.
Comentário: No enunciado, a estrutura tem sido (presente do indicativo + particípio)
compõe o pretérito perfeito composto do indicativo. Conforme vimos nas lições,
este tempo verbal traduz um fato cujo início se deu no passado, mas que se repete
até o momento presente. Portanto, a letra A é o gabarito da questão.
Gabarito: A.
8. “Apesar das injeções maciças de liquidez efetuadas pelos grandes bancos
centrais, nunca se vira uma seca tão severa de dinheiro nos mercados.”
Assinale a forma verbal que poderia substituir o verbo destacado no trecho
acima, sem prejuízo gramatical ou semântico.
(A) tivera visto
(B) tinha visto
(C) viu
(D) via
(E) tem visto
Comentário: No trecho “Apesar das injeções maciças de liquidez efetuadas pelos
grandes bancos centrais, nunca se vira uma seca tão severa de dinheiro nos
mercados.”, a forma destacada pode está flexionada no pretérito mais-que-perfeito
simples do indicativo. Essa forma verbal pode ser substituída pela estrutura tinha
visto (pretérito imperfeito do indicativo + particípio), originando o pretérito mais-que-
-perfeito composto do indicativo.
Gabarito: B
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9. (FGV-2008/Senado-Adaptada) “A política do Estado tem evoluído no sentido de
encontrar respostas a tais necessidades.”
A respeito do período acima, analise a afirmativa a seguir.
I. A forma tem evoluído está no pretérito perfeito.
Comentário: No enunciado, a estrutura tem evoluído é formada pelo “presente do
indicativo + particípio”, equivalente ao pretérito perfeito composto do indicativo.
Portanto, a afirmativa está correta.
Gabarito: Certa.
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CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS
Os verbos classificam-se em regulares, irregulares, anômalos, defectivos
e abundantes.
a) Regulares – mantêm o paradigma (modelo) do radical e das desinências no
decorrer da conjugação.
Exemplos:
Falar: eu falo, tu falas, ele fala, nós falamos, vós falais, eles falam.
Correr: eu corro, tu corres, ele corre, nós corremos, vós correis, eles correm.
Partir: eu parto, tu partes, ele parte, nós partimos, vós partis, eles partem.
Dica estratégica!
Como saber se um verbo é regular? É simples! Há dois tempos verbais que
nos mostram se o verbo é regular ou não: presente do indicativo e pretérito
perfeito do indicativo. Se, nessas conjugações, a forma verbal mantiver o
paradigma (modelo) de conjugação, será regular.
Exemplo:
COMER (verbo de 2ª conjugação)
Presente do indicativo Pretérito perfeito do indicativo
eu como eu comi
tu comes tu comeste
ele come ele comeu
nós comemos nós comemos
vós comeis vós comestes
eles comem 66777272380
eles comeram
Em regra, as formas verbais terminadas em -iar são regulares.
Exemplo: ARRIAR (abaixar-se) - eu arrio, tu arrias, ele arria, nós arriamos,
vós arriais, eles arriam.
Por que eu disse “em regra”, acima? Porque algumas formas verbais
terminadas em -iar são irregulares. São elas: mediar (além do derivado
intermediar), ansiar, remediar, incendiar e odiar.
E o que isso significa? Meus amigos, por serem irregulares, os verbos acima
receberão a vogal E nas formas rizotônicas (rizo = raiz + tônica = sílaba forte), ou
seja, rizotônica é a forma cuja sílaba tônica recai no radical do verbo.
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As formas rizotônicas ocorrem na 1ª, 2ª e 3ª pessoas do singular (“eu”, “tu”,
“ele”) e na 3ª pessoa do plural (“eles”): eu medeio, tu medeias, ele medeia, eles
medeiam.
E existe possibilidade de a sílaba tônica recair fora do radical do verbo? Sim,
claro! São as chamadas formas arrizotônicas, aquelas cuja sílaba tônica recai
fora do radical. Ocorrem na 1ª e 2ª pessoas do plural: “nós” e “vós”. E isso traz
alguma implicação? Perfeitamente! Vimos que as formas rizotônicas dos verbos
acima assinalados (mediar – e derivados –, ansiar, remediar, incendiar e odiar)
receberão a vogal E, o que NÃO ocorre nas formas arrizotônicas. Dessa forma, é
errado fazer a flexão “nós medeiamos”, “vós medeiais”, por exemplo. Por serem
formas arrizotônicas, o correto é “nós mediamos”, “vós mediais”.
b) Irregulares – apresentam variação no paradigma (modelo) do radical e/ou
das desinências.
Exemplos:
Fazer: eu faço, tu fazes, ele faz, nós fazemos, vós fazeis, eles fazem.
Ouvir: eu ouço, tu ouves, ele ouve, nós ouvimos, vós ouvis, eles ouvem.
Dica estratégica!
Como saber se um verbo é irregular? É simples! Há dois tempos verbais que
nos mostram a regularidade ou não de um verbo: presente do indicativo e
pretérito perfeito do indicativo. Se, nessas conjugações, a forma verbal
apresentar variações no paradigma (modelo), será irregular.
Exemplo:
CABER (verbo de 2ª conjugação)
Presente do indicativo Pretérito perfeito do indicativo
eu caibo eu coube
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tu cabes tu coubeste
ele cabe ele coube
nós cabemos nós coubemos
vós cabeis vós coubestes
eles cabem eles couberam
Os verbos terminados em -ear são irregulares. E o que isso significa?
Significa que essas formas verbais receberão a vogal i nas formas rizotônicas
(“eu”, “tu”, “ele” e “eles”), mas não nas arrizotônicas (“nós” e “vós”).
Exemplo: ARREAR (pôr arreio) - eu arreio, tu arreias, ele arreia, nós arreamos,
vós arreais, eles arreiam.
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Viram que os verbos arriar e arrear são diferentes? Geralmente, aparecem
em provas. Portanto, muita atenção!
Segundo as lições de Evanildo Bechara, em Moderna Gramática Portuguesa,
37ª edição, pág. 226, “não entram no rol dos verbos irregulares aqueles que, para
conservar a pronúncia, têm de sofrer variação de grafia”. Em outras palavras, como
não há alteração fonética, o verbo não é irregular.
Exemplos: carrega – carregue – carreguei – carregues; ficar – fico – fiquei – fique.
c) Anômalos – para facilitar a vida de vocês (rs...), são apenas dois: ser e ir.
SER
Pretérito perfeito do indicativo Pretérito imperfeito do indicativo
eu fui eu era
tu foste tu eras
ele foi ele era
nós fomos nós éramos
vós fostes vós éreis
eles foram eles eram
IR
Pretérito perfeito do indicativo Pretérito imperfeito do indicativo
eu fui eu ia
tu foste tu ias
ele foi ele ia
nós fomos nós íamos
vós fostes vós íeis
eles foram 66777272380
eles iam
Perceberam que os verbos ser e ir apresentam a mesma conjugação no
pretérito perfeito do indicativo? Sendo assim, somente poderemos identificar o
verbo que está sendo empregado ao visualizar o contexto. A semelhança de formas
ocorre, também, nos seguintes tempos verbais: pretérito mais-que-perfeito do
indicativo, pretérito imperfeito do subjuntivo e futuro do subjuntivo.
d) Defectivos – são verbos que, em sua conjugação, não apresentam todas as
formas (tempos, modos e pessoas). É na 3ª conjugação que se encontra a maioria
dos verbos defectivos.
De onde provém o defeito verbal? Futuros servidores da CGE-MA, o defeito
verbal sempre se refere ao tempo presente, ou seja, nunca ao passado ou ao
futuro. Em outras palavras, quando nos referirmos a defeito verbal, deveremos
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fazer essa relação com o presente do indicativo, presente do subjuntivo e
imperativo, sendo estes dois últimos derivados do primeiro (presente do indicativo).
O defeito verbal deve-se:
- à ausência da 1ª pessoa do singular no presente do indicativo.
E qual a consequência desse defeito? Consequentemente, o verbo não é
conjugado no presente do subjuntivo e no imperativo negativo. No imperativo
afirmativo, só apresentam as segundas pessoas do singular e plural, pois estas
provêm das respectivas pessoas do presente do indicativo.
Exemplos: abolir, banir, colorir, delinquir, demolir, exaurir, feder, fremer
(ou fremir), explodir, haurir, viger etc.
- à conjugação apenas na 1ª e 2ª pessoas do plural (formas arrizotônicas – “nós”
e “vós”) no presente do indicativo.
E qual a consequência desse defeito? Os verbos não apresentam o
presente do subjuntivo e, por consequência, o imperativo negativo. Além disso,
o imperativo afirmativo só terá a 2ª pessoa do plural (lembrem-se da formação
do imperativo!).
Exemplos:
PRECAVER
Presente do indicativo Imperativo afirmativo
nós precavemos –
vós precaveis precavei vós
REAVER
Presente do indicativo Imperativo afirmativo
nós reavemos –
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vós reaveis reavei vós
Nos demais tempos e modos, os verbos são conjugados normalmente.
REAVER
Pretérito perfeito do indicativo Futuro do subjuntivo
eu reouve (quando) eu reouver
tu reouveste (quando) tu reouveres
ele reouve (quando) ele reouver
nós reouvemos (quando) nós reouvermos
vós reouvestes (quando) vós reouverdes
eles reouveram (quando) eles reouverem
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e) Abundantes – são verbos que apresentam mais de uma forma de igual valor e
função.
Exemplo:
Presente do indicativo
nós havemos (ou hemos)
vós haveis (ou heis)
Imperativo afirmativo
faz (ou faze) tu
Normalmente, esta abundância de forma ocorre no particípio.
Infinitivo impessoal Particípio regular Particípio irregular
aceitar aceitado aceito
acender acendido aceso
assentar assentado assento
benzer benzido bento
desenvolver desenvolvido desenvolto
eleger elegido eleito
emergir emergido emerso
entregar entregado entregue
enxugar enxugado enxuto
expressar expressado expresso
exprimir exprimido expresso
extinguir extinguido extinto
expulsar expulsado expulso
frigir frigido frito
ganhar ganhado ganho
gastar gastado gasto
imergir imergido imerso
imprimir imprimido impresso
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inserir inserido inserto
isentar isentado isento
matar matado morto
omitir omitido omisso
pagar pagado pago
pegar pegado pego
prender prendido preso
revolver revolvido revolto
salvar salvado salvo
soltar soltado solto
submergir submergido submerso
suspender suspendido suspenso
tingir tingido tinto
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Em geral, empregamos o particípio regular, que fica invariável, com os
verbos auxiliares ter e haver, formando os tempos compostos.
Exemplo: Eles têm aceitado os documentos. (têm aceitado = pretérito perfeito
composto do indicativo)
Na voz passiva, empregamos, em geral, o particípio irregular, que se
flexiona em gênero e número, com os verbos auxiliares ser, estar e ficar, formando
a locução verbal de voz passiva.
Exemplo: Os documentos têm sido aceitos por eles. (têm sido aceitos = locução
verbal de voz passiva)
ALGUMAS PARTICULARIDADES
Alguns aspectos costumam figurar nas questões da Fundação Getúlio
Vargas, quais sejam:
Acento diferencial de número
Presente do Indicativo
Ter Conter Reter Entreter-se
singular ele tem ele contém ele retém ele se entretém
plural eles têm eles contêm eles retêm eles se entretêm
Vir Convir Provir Intervir
singular ele vem ele convém ele provém ele intervém
plural eles vêm eles convêm eles provêm eles intervêm
Verbo primitivo e flexão de seus derivados
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Notem que os verbos derivados seguirão o paradigma dos respectivos verbos
primitivos.
TER: eu tive, ele teve, eles tiveram, quando eu tiver, se ele tivesse ...
Abster-se eu me abstive, ele se absteve, eles se abstiveram, quando eu me abstiver, se ele
se abstivesse ...
Conter eu contive, ele conteve, eles contiveram, quando eu contiver, se ele contivesse ...
Deter eu detive, ele deteve, eles detiveram, quando eu detiver, se ele detivesse ...
Entreter-se eu me entretive, ele se entreteve, eles se entretiveram, quando eu me
entretiver, se ele se entretivesse ...
Manter eu mantive, ele manteve, eles mantiveram, quando eu mantiver, se ele mantivesse..
Obter eu obtive, ele obteve, eles obtiveram, quando eu obtiver, se ele obtivesse ...
Reter eu retive, ele reteve, eles retiveram, quando eu retiver, se ele retivesse ...
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VIR: eu vim, ele veio, eles vieram, quando eu vier, se ele viesse ...
Advir eu advim, ele adveio, eles advieram, quando eu advier, se ele adviesse ...
Convir eu convim, ele conveio, eles convieram, quando eu convier, se ele conviesse ...
Desavir-se eu me desavim, ele se desaveio, eles se desavieram, quando eu me desavier,
se ele se desaviesse ...
Intervir eu intervim, ele interveio, eles intervieram, quando eu intervier, se ele interviesse ...
Provir eu provim, ele proveio, eles provieram, quando eu provier, se ele proviesse ...
Sobrevir eu sobrevim, ele sobreveio, eles sobrevieram, quando eu sobrevier, se ele
sobreviesse ...
VER: eu vi, ele viu, eles viram, quando eu vir, se ele visse ...
Antever eu antevi, ele anteviu, eles anteviram, quando eu antevir, se ele antevisse ...
Entrever eu entrevi, ele entreviu, eles entreviram, quando eu entrevir, se ele entrevisse ...
Prever eu previ, ele previu, eles previram, quando eu previr, se ele previsse ...
Rever eu revi, ele reviu, eles reviram, quando eu revir, se ele revisse ...
É muito parecida a conjugação dos verbos vir e ver no futuro do
subjuntivo. Notem, porém, que as formas verbais não se confundem:
Futuro do subjuntivo
(utilizem a conjunção “quando” para facilitar a conjugação)
VER ≠ VIR
(Quando) eu vir vier
(Quando) tu vires vieres
(Quando) ele vir vier
(Quando) nós virmos viermos
(Quando) vós virdes vierdes
(Quando) eles virem vierem
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Verbos terminados em -UIR, -AIR e -OER
Os verbos terminados em -UIR, -AIR e -OER têm, na 3ª pessoa do singular
do presente do indicativo, a desinência “i”:
Presente do Indicativo
-UIR ele constitui (de constituir) / atribui (de atribuir) / conclui (de concluir)
-AIR ele extrai (de extrair) / retrai (de retrair) / distrai (de distrair)
-OER ele rói (de roer) / mói (de moer) / remói (de remoer)
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Falsos Derivados
Existem dois verbos bastante perigosos: requerer e prover.
a) Os verbos querer e requerer apresentam muitas diferenças em suas
conjugações.
Presente do indicativo Pretérito mais-que-perfeito
Querer Requerer Querer Requerer
quero requeiro quisera requerera
queres requeres quiseras requereras
quer requer quisera requerera
queremos requeremos quiséramos requerêramos
quereis requereis quiséreis requerêreis
querem requerem quiseram requereram
Pretérito perfeito do indicativo Pretérito imperfeito do subjuntivo
Querer Requerer Querer Requerer
quis requeri quisesse requeresse
quiseste requereste quisesses requeresses
quis requereu quisesse requeresse
quisemos requeremos quiséssemos requerêssemos
quisestes requerestes quisésseis requerêsseis
quiseram requereram quisessem requeressem
b) Os verbos ver e prover também apresentam muitas diferenças em suas
conjugações. 66777272380
Presente do indicativo Presente do subjuntivo
Ver Prover Ver Prover
vejo provejo veja proveja
vês provês vejas provejas
vê provê veja proveja
vemos provemos vejamos provejamos
vedes provedes vejais provejais
veem proveem vejam provejam
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Pretérito perfeito do indicativo Pretérito imperfeito do subjuntivo
Ver Prover Ver Prover
vi provi visse provesse
viste proveste visses provesses
viu proveu visse provesse
vimos provemos víssemos provêssemos
vistes provestes vísseis provêsseis
viram proveram vissem provessem
Locução verbal – podemos defini-la como o conjunto de dois ou mais verbos
que formam uma unidade. A estrutura da perífrase (ou locução) verbal é formada
por um verbo principal (sempre o último, o qual determina a transitividade) e por
verbo(s) auxiliar(es), em que poderá ocorrer ou não flexão.
Exemplos:
O candidato só poderá sair sessenta minutos após o início da prova.
Temos estudado com dedicação para a prova.
Infelizmente, costuma haver confrontos entre torcidas nos clássicos de futebol.
10. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) “Se interviessem, implodiriam as contas públicas”.
Assinale a alternativa que apresente erro em uma das formas verbais.
(A) Se o comando reouvesse o prestígio, os criminosos desistiriam.
(B) Se os policiais requisessem maiores salários, tudo se arrumaria.
(C) Se os criminosos se acovardassem, a polícia os deteria.
(D) Se os jornais proviessem de fora, as notícias entreteriam mais.
(E) Se as autoridades quisessem, nada disso se faria.
Comentário: O erro é encontrado na assertiva B. É preciso ter muita atenção aos
falsos derivados “querer” e “requerer”. Na terceira pessoa do plural do pretérito
imperfeito do subjuntivo, o verbo “querer” apresenta a seguinte forma: “quisessem”.
Entretanto, o verbo “requerer”, quando flexionado na mesma pessoa e tempo verbal,
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apresenta-se sob a forma “requeressem”. Logo, a forma “requisessem” não existe.
Gabarito: B.
11. (FGV-2006/ICMS-MS) “O que você quer?”
Passando-se o período acima para a forma de tratamento vós e futuro do
pretérito do indicativo, obtém-se:
(A) O que vós quererias ?
(B) O que vós quiserdes ?
(C) O que vós queríeis ?
(D) O que vós quereríeis ?
(E) O que vós querereis ?
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Comentário: No futuro do pretérito do indicativo, o verbo “querer” apresenta a
seguinte conjugação: eu quereria, tu quererias, ele quereria, nós quereríamos, vós
quereríeis, ele quereriam. Logo, a forma correta é “vós quereríeis”.
Gabarito: D.
12. (FGV-2008/SEFAZ-RJ) Assinale a alternativa em que a alteração da estrutura da
segunda oração do trecho “colocando-se a possibilidade de as gerações presentes
virem a exauri-los” provocou correta mudança da forma do verbo vir.
(A) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vissem a exauri-los.
(B) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes venham a exauri-los.
(C) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vierem a exauri-los.
(D) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes viriam a exauri-los.
(E) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vinham a exauri-los.
Comentário: O verbo “vir” foi corretamente alterado na assertiva B. No período, a
forma verbal “venham” está conjugada na terceira pessoa do plural do presente do
subjuntivo (que eu venha, que tu venhas, que ele venha, que nós venhamos, que vós
venhais, que eles venham).
Gabarito: B.
13. (FGV-2008/Prefeitura de Campinas) “Apalavra ‘bárbaro’ provém do grego
antigo e significa ‘não grego’.” Assinale a alternativa em que não se tenha
flexão correta do verbo destacado no trecho acima.
(A) provêm
(B) proveio
(C) provieste
(D) provisse
(E) provimos
Comentário: Vamos analisar as opções.
A) O verbo “provir” é derivado do verbo “vir”. Percebam que “provêm” é a terceira
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pessoa do singular do presente do indicativo: eu provenho, tu provéns, ele provém
... . Logo, a flexão está correta.
B) O verbo está corretamente flexionado na terceira pessoa do singular do pretérito
perfeito do indicativo: eu provim, tu provieste, ele proveio.
(C) A flexão está correta, uma vez que “provieste” representa a segunda pessoa do
singular do pretérito perfeito do indicativo.
(D) Esta é a resposta da questão. Já que “provir” é derivado do verbo “vir”,
seguindo o paradigma (modelo) deste último, o correto seria “proviesse”.
(E) A forma “provimos” está flexionada na primeira pessoa do plural do presente do
indicativo. Logo, a flexão está correta.
Gabarito: D.
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VOZES VERBAIS
Outro assunto que sempre se faz presente nas provas da Fundação Getúlio
Vargas são as vozes verbais. De acordo com o sujeito, as vozes verbais tripartem-
-se em ativa, passiva e reflexiva.
a) Ativa – ocorre quando a ação verbal for praticada pelo sujeito do verbo.
Exemplo: O funcionário vendeu o carro.
No exemplo acima, o sujeito o funcionário praticou a ação de vender. Logo, é
agente.
b) Passiva – ocorre quando a ação verbal for sofrida pelo sujeito do verbo.
Exemplos: O carro foi vendido pelo funcionário.
No exemplo acima, o sujeito o carro não exerce a ação de vender, é o
elemento paciente.
A voz passiva subdivide-se em:
a) Analítica – formada pela estrutura:
verbo(s) auxiliar(es) + verbo principal no PARTICÍPIO
locução verbal de voz passiva.
Exemplo: O carro foi vendido pelo funcionário.
loc. verbal
de voz
passiva
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No exemplo acima, o carro sofre a ação de ser vendido. Temos, então, a voz
passiva analítica, obtida com a locução verbal de voz passiva foi vendido.
b) Sintética – sempre ocorrerá com a estrutura a seguir:
VERBO TRANSITIVO DIRETO + SE (partícula apassivadora)
Exemplos:
Vendeu-se o carro.
VTD pron.
apassivador
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No exemplo acima, o sujeito o carro sofre a ação de ser vendido. Logo, é
sujeito paciente.
Na voz passiva sintética, a intenção é omitir o agente da passiva, o
componente que exerce a ação.
Venderam-se os carros.
VTD pron.
apassivador
Notem que, no exemplo acima, a forma verbal venderam concorda,
obrigatoriamente, em número plural com o sujeito paciente os carros. Equivale dizer
que os carros foram vendidos.
Exemplo:
Venderam os carros.
objeto direto
(sujeito indeterminado)
No exemplo acima, o sujeito é indeterminado. A forma verbal venderam é
transitiva direta, razão pela qual o elemento os carros é objeto direto.
Exemplo:
Venderam-se os carros.
sujeito
Com o acréscimo da partícula apassivadora SE, o termo que antes
desempenhava a função de objeto direto passará a desempenhar a função de
sujeito. Sendo, assim, a concordância do verbo com este elemento é obrigatória.
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Como o núcleo do sujeito os carros está no plural, o verbo vender também foi
flexionado nesse número (plural).
A TRANSPOSIÇÃO DE VOZ VERBAL
Da ativa para passiva:
1º) o objeto direto da ativa torna-se sujeito da passiva;
2º) o tempo verbal da voz ativa permanece inalterado na voz passiva;
3º) o sujeito da ativa torna-se agente da passiva.
Vejam a transposição:
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O funcionário vendeu o carro.
sujeito VTD OD
O carro foi vendido pelo funcionário.
sujeito loc. verbal de agente da passiva
voz passiva
Uma dica que ajuda a eliminar muitas opções é a seguinte: a voz ativa
sempre terá um verbo a menos do que a voz passiva analítica.
Exemplo:
Voz ativa: O funcionário vendeu o carro. (um verbo)
Voz passiva: O carro foi vendido pelo funcionário. (dois verbos)
Dica estratégica!
A transposição de voz verbal (da ativa para a passiva) somente será
possível quando o verbo da ativa assumir transitividade direta (VTD) ou
transitividade direta e indireta (VTDI).
Exemplo:
Voz ativa: O funcionário vendeu o carro.
sujeito VTD objeto direto
Voz passiva: O carro foi vendido pelo funcionário.66777272380
sujeito loc. verbal de agente da passiva
voz passiva
Voz ativa: O rapaz deu flores à esposa.
sujeito VTDI OD OI
Voz passiva: As flores foram dadas pelo rapaz à esposa.
sujeito loc. verbal de agente da passiva OI
voz passiva
Entretanto, se, na voz ativa, houver objeto direto preposicionado, não
haverá a transposição de voz verbal. Nessa hipótese, a partícula SE será
denominada índice de indeterminação do sujeito, levando o verbo à terceira
pessoa do singular.
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Exemplo: Louva-se a Deus. sujeito indeterminado
VTD objeto direto
preposicionado
Índice de indeterminação
do sujeito
Igualmente será vedada a transposição de voz verbal com verbos cuja
transitividade seja indireta (VTI), intransitiva (VI) ou de ligação (VL). Nesses
casos, a partícula SE também será denominada índice de indeterminação do
sujeito, levando o verbo à terceira pessoa do singular.
Exemplos:
Precisa-se de empregados. sujeito indeterminado
VTI objeto indireto
Índice de indeterminação
do sujeito
Morre-se de tédio nos Alpes. sujeito indeterminado
VI adj. adv. adj. adv.
de causa de lugar
Índice de indeterminação
do sujeito
No Rio de Janeiro, é-se feliz. sujeito indeterminado
adjunto adverbial predicativo
de lugar do sujeito
VL
Índice de indeterminação 66777272380
do sujeito
Da passiva para a ativa
1º) o agente da passiva torna-se sujeito da ativa;
2º) o tempo verbal da voz passiva permanece inalterado na voz ativa;
3º) o sujeito da passiva torna-se objeto direto da ativa.
Vejam a transposição:
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O carro foi vendido pelo funcionário.
sujeito loc. verbal de agente da passiva
voz passiva
O funcionário vendeu o carro.
sujeito VTD OD
Uma dica que ajuda a eliminar muitas opções é a seguinte: a voz passiva
analítica sempre terá um verbo a mais do que a voz ativa.
Exemplo:
Voz passiva: O carro foi vendido pelo funcionário. (dois verbos)
Voz ativa: O funcionário vendeu o carro (um verbo)
c) Reflexiva – ocorre quando a ação verbal é, ao mesmo tempo, pratica e sofrida
pelo sujeito do verbo.
Exemplo: Roberto feriu-se com a faca. (O sujeito “Roberto”, concomitantemente,
pratica e sofre a ação de “ferir-se”)
Na voz reflexiva, a forma verbal vem acompanhada do pronome reflexivo
SE (equivalente à expressão a si mesmo), o qual será objeto do verbo:
É o que ocorre em “Roberto feriu-se (= a si mesmo) com a faca”.
pronome reflexivo
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14. (FGV-2008/TCM-PA-Adaptada) Analise a afirmativa a seguir.
I. A frase “A cada dia difundem-se notícias sobre novas quebras” está na voz
passiva.
Comentário: No período “(...) difundem-se notícias sobre novas quebras”, o trecho
em destaque caracteriza a voz passiva sintética, formada pelo verbo transitivo
direto difundir, seguido da partícula apassivadora se. Logo, o termo “notícias” é o
sujeito paciente, razão pela qual a forma difundem-se concordou corretamente no
plural.
Gabarito: Certa.
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15. (FGV-2008/Senado) Assinale a alternativa em que a estrutura não esteja na
voz passiva.
(A) o seu sentido não pode ser fixado.
(B) se dizia que era o texto.
(C) a disputa pelo seu sentido possa se fazer.
(D) mais se afirmava a supremacia da Carta de 1988.
(E) Ele só se torna efetivo.
Comentário: Conforme estudamos nas lições, a voz passiva pode ser analítica ou
sintética. Feitas as considerações, analisemos as assertivas.
A) O trecho “o seu sentido não pode ser fixado” está na voz passiva, pois o sujeito
“seu sentido” sofre a ação de “ser fixado”. Notem, também, que há a locução verbal
de voz passiva, formada pela estrutura SER + PARTICÍPIO (ser fixado).
B) O período “se dizia que era o texto” pode ser transformado em voz passiva
analítica, apresentando a seguinte estrutura: “(algo) era dito que era o texto”.
Reparem que a forma “era dito” representa uma locução verbal de voz passiva (SER
+ PARTICÍPIO).
C) O período “a disputa pelo seu sentido possa se fazer” pode ser transformado em
voz passiva analítica, apresentando a seguinte estrutura: “... a disputa pelo poder
possa ser feita”. Notem que, novamente, há uma locução verbal de voz passiva na
estrutura “ser feita” (SER + PARTICÍPIO).
D) O trecho “mais se afirmava a supremacia da Carta de 1988.” transmite e ideia de
que o sujeito “a supremacia da Carta” sofre a ação de “ser afirmada”. Logo, há voz
passiva.
E) A forma verbal “tornar-se” é pronominal, ou seja, a partícula “se” é parte
integrante do verbo. Notem, também, que o sujeito “Ele” pratica a ação. Logo, a
frase está na voz ativa.
Gabarito: E.
16. (FGV-2008/Senado) "A tutela dos direitos sociais (...) está devidamente
resguardada (...) pelo princípio de proteção das minorias, (...) e o
estabelecimento da igualdade étnica".
Assinale a alternativa em que haja período na voz ativa, com adequação
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gramatical à norma culta, correspondente semanticamente ao trecho alterado
acima.
(A) O princípio de proteção das minorias e do estabelecimento da igualdade étnica
resguardam devidamente a tutela dos direitos sociais.
(B) O princípio de proteção das minorias e o estabelecimento da igualdade étnica
resguardam devidamente a tutela dos direitos sociais.
(C) O princípio de proteção das minorias e de estabelecimento da igualdade étnica
resguarda devidamente a tutela dos direitos sociais.
(D) O princípio de proteção das minorias e o de estabelecimento da igualdade étnica
resguardam devidamente a tutela dos direitos sociais.
(E) O princípio de proteção das minorias e o estabelecimento da igualdade étnica
resguarda devidamente a tutela dos direitos sociais.
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Comentário: Conforme estudamos nas lições sobre vozes verbais, a transposição
da passiva para a ativa ocorra da seguinte forma:
1º) o agente da passiva (o princípio de proteção das minorias e o estabelecimento
da igualdade étnica) torna-se sujeito da ativa;
2º) o tempo verbal da voz passiva permanece inalterado na voz ativa (nesse caso,
entretanto, será flexionado no plural, pois o sujeito da ativa será composto);
3º) o sujeito da passiva (A tutela dos direitos sociais) torna-se objeto direto da ativa.
Logo, a transposição correta é “O princípio de proteção das minorias e o
estabelecimento da igualdade étnica resguardam devidamente a tutela dos
direitos sociais”.
Gabarito: B.
PRONOME
Pronome é a classe de palavras que serve para representar (pronome
substantivo) ou acompanhar (pronome adjetivo) um substantivo, determinando-lhe
a extensão do significado.
Dica para memorização:
Pronome Adjetivo Acompanha o substantivo
Pronome Substantivo Substitui o substantivo
Exemplos:
Essa porta está trancada. (“Essa” é pronome adjetivo, pois acompanha o
substantivo “porta”)
Aquela porta, João tentou abri-la, mas não conseguiu. (“Aquela” é pronome adjetivo,
pois acompanha o substantivo “porta”; “la” é pronome substantivo, pois substitui o
substantivo “porta”: João tentou abrir a porta, mas não conseguiu.)
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CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES
Segundo a tradição gramatical, os pronomes são classificados em pessoais
(em que se incluem os pronomes de tratamento), possessivos, demonstrativos,
indefinidos, interrogativos e relativos.
Façam uma questão sobre a identificação dos pronomes.
17. (FGV-2009/Polícia Civil-RJ) “Atinge toda a região e a si mesmo, pois o
Equador é credor no âmbito do CCR, e a efetiva realização da ameaça de não
honrar compromisso assumido o impedirá de receber aquilo que lhe é
devido.”
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No trecho acima há:
(A) oito pronomes;
(B) sete pronomes;
(C) seis pronomes;
(D) cinco pronomes;
(E) quatro pronomes.
Comentário: O trecho apresentado no enunciado contém seis pronomes, quais
sejam: “toda” (pronome indefinido), “si“ (pronome pessoal do caso oblíquo), “o”
(pronome pessoal do caso oblíquo), “aquilo” (pronome demonstrativo), “que”
(pronome relativo) e “lhe” (pronome pessoal do caso oblíquo).
Gabarito: C.
PRONOMES PESSOAIS
Indicam as pessoas do discurso. Dividem-se em retos e oblíquos.
Retos - são as pessoas do discurso.
1ª: eu (singular) / nós (plural)
2ª: tu (singular) / vós (plural)
3ª: ele (singular) / eles (plural)
Os pronomes pessoais retos funcionam, geralmente, como sujeito da oração.
Exemplos: Ontem eu estudei muito. (sujeito)
Tu serás aprovado no concurso. (sujeito)
Nós seremos aprovados. (sujeito)
Dica estratégica!
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Memorizem o seguinte: os pronomes EU e TU sempre exercerão a função de
sujeito.
Exemplos: Eu fui ao curso ontem.
Tu serás aprovado no concurso.
E por que eu disse que os pronomes pessoais geralmente desempenham a
função de sujeito? Porque os pronomes ELE(S)/ELA(S), NÓS, VÓS, além da
função de sujeito, podem desempenhar outras funções sintáticas.
Exemplos: Eles terminaram a prova há pouco. (sujeito)
É necessário entregar a prova a eles. (objeto indireto)
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Oblíquos – são pronomes que sempre desempenham o papel de
complemento (objeto direto, objeto indireto, complemento nominal etc).
Exemplos: Não o conheço. (objeto direto)
Aquela moça era essencial a ti. (complemento nominal)
Por sua vez, os pronomes oblíquos subdividem-se em:
Átonos – não possuem acento tônico e não são antecedidos por preposição:
me, te, se, o(s), a(s), lhe(s), nos, vos.
Exemplos: Entregue-me o documento.
Ao guarda, os cidadãos devem obedecer-lhe.
Importante!
Os pronomes oblíquos desempenham importante papel de coesão textual.
Exemplo: “Capitu deu-me as costas, voltando-se para o espelhinho. Peguei-lhe dos
cabelos, colhi-os todos e entrei a alisá-los com o pente (...)”
(Machado de Assis. In: Dom Casmurro)
No excerto acima, verificamos que:
- o pronome oblíquo “lhe” (“Peguei-lhe”) refere-se a “Capitu”, indicado uma ideia de
posse (Peguei os cabelos de Capitu = Peguei os cabelos dela.)
- o pronome oblíquo “os” (“colhi-os”) refere-se a cabelos;
- a forma pronominal “los” (“alisá-los”) também se refere a cabelos.
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Fiquem atentos ao seguinte à morfossintaxe:
- as formas pronominais o(s), a(s) somente desempenham a função de objeto
direto.
Exemplos: Não a conheço. (a = objeto direto)
Vi-os ontem. (os = objeto direto)
- as formas pronominais me, te, se, nos, vos podem ser usadas como objeto
direto ou objeto indireto.
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Exemplos: O dono da festa convidou-me. (“convidar” = verbo transitivo direto; “me”
= objeto direto)
O professor deu-me uma explicação. (“dar” = verbo transitivo direto e indireto; “uma
explicação = objeto direto; “me” = objeto indireto)
- as formas me, te, lhe, nos, vos podem ser usadas em lugar dos pronomes
possessivos (ideia de posse), desempenhando a função de adjunto adnominal.
Exemplos: Acariciava-lhe as mãos. (Acariciava suas mãos.)
Observou-nos a fisionomia. (Observou nossa fisionomia.)
- a forma pronominal lhe(s) representa substantivos regidos das preposições a ou
para.
Exemplos:
Emprestei o livro ao aluno. (= Emprestei-lhe o livro. “lhe” objeto indireto)
Emprestei o livro para o aluno. (= Emprestei-lhe o livro. “lhe” objeto indireto)
Tônicos - possuem acento tônico e são precedidos por preposição.
Sempre funcionam como complementos, sendo representados por mim, comigo, ti,
contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas.
Exemplos: Entregue o documento a mim.
Ao guarda, os cidadãos devem obedecer a ele.
Se as formas pronominais tônicas conosco e convosco forem ampliadas
pelos determinativos outros, todos, mesmos, próprios e numerais, a construção
correta será com nós, com vós.
Exemplos: Estás contente com nós todos.
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Isto aconteceu com vós próprios.
Ele disse que sairia com nós dois.
As formas pronominais se, si e consigo são exclusivamente reflexivas, ou
seja, só podem ser usadas em relação ao próprio sujeito da oração.
Exemplos: João feriu-se.
Ele só pensa em si.
O advogado trouxe consigo um livro.
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Recapitulando...
Pronomes oblíquos
(sempre complementos)
Pessoas Pronomes retos Átonos Tônicos
sem preposição com
preposição
1ª Eu (sempre sujeito) me mim, comigo
singular
2ª Tu (sempre sujeito) te ti, contigo
3ª Ele/Ela o, a, lhe, se ele, ela
1ª Nós nos nós, conosco
plural
2ª Vós vos vós, convosco
3ª Eles/Elas os, as, lhes, se eles, elas
EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS
Um assunto que é de extrema relevância em concursos públicos é o emprego
dos pronomes pessoais.
Eu e Tu X Mim e Ti
Os pronomes eu e tu, normalmente, não aparecem antecedidos por
preposição. Neste caso, em regra, deveremos empregar os pronomes oblíquos mim
e ti.
Exemplos: Deram o doce para mim.
Nada mais há entre mim e ti.
Todos ficaram contra o juiz e mim. (Todos ficarão contra o juiz e (contra) mim.)
Dica estratégica!
Normalmente, a frase se apresenta na seguinte progressão:
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SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO
Entretanto, a banca organizadora pode tentar confundi-los.
Exemplos: Para eu, estudar isso é fácil. (errado)
Para mim, estudar isso é fácil. (correto)
Na ordem direta, teríamos “Estudar isso é fácil para mim”.
É impossível para eu ir à sua festa. (errado)
É impossível para mim ir à sua festa. (correto)
Na ordem direta, teríamos “Ir à sua festa é impossível para mim”.
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Entretanto, existem casos em que será admitido o emprego dos pronomes
EU e TU após preposições. Ainda assim, desempenharão a função de sujeito.
Exemplos: Deram o doce para eu comer. (eu = sujeito do verbo “comer”)
Entre eu pedir e você entender há uma grande diferença. (eu = sujeito do verbo
“pedir”)
Chegou uma ordem para tu viajares. (tu = sujeito do verbo “viajar”)
Trouxe um livro para tu leres. (tu = sujeito do verbo “ler”)
Com a preposição ATÉ, indicando direção, deveremos empregar as formas
oblíquas MIM e TI.
Exemplos: A moça veio até mim. (em direção a mim)
A moça veio até ti. (em direção a ti)
Se o vocábulo ATÉ denotar inclusão (palavra denotativa de inclusão),
deveremos empregar as formas EU e TU.
Exemplos: Todos passarão no concurso, até eu. (até = inclusive)
Todos passarão no concurso, até tu. (até = inclusive)
Notem que, nos exemplos acima, os pronomes eu e tu continuam
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desempenhando a função de sujeito. Nesses casos, entretanto, a forma verbal está
implícita.
Exemplos: Todos passarão no concurso, até eu (passarei).
Todos passarão no concurso, até tu (passarás).
Aprendemos que os pronomes do caso reto “ele(s)/ela(s)”, em regra, não
funcionam como objeto.
Exemplos: Não vi ela. (errado)
Não a vi. (correto)
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Entretanto, se esses pronomes estiverem precedidos de TODO e SÓ
(= apenas), desempenharão a função de complemento.
Exemplos: Recomendei só (= apenas) ele.
Convocaram todas elas.
É preciso chamar a atenção de vocês para o seguinte: quando o pronome
ele(s)/ela(s) exercer a função de sujeito, não haverá a contração com a preposição
de. Isso aparece frequentemente em provas.
Exemplos: Chegou a hora dos senadores falarem a verdade. (errado)
Chegou a hora de os senadores falarem a verdade. (correto)
VERBOS, PRONOMES E ADAPTAÇÕES
a) Se o verbo for finalizado em som nasal (-M, -ÃO ou –ÕE), os pronomes o(s), a(s)
serão transformados em no(s), na(s), respectivamente.
Exemplos:
Quando encontrarem o material, tragam-no até mim. (tragam + o = tragam-no)
Sempre que meus pais têm roupas velhas, dão-nas as pobres. (dão + as = dão-nas)
Aquele rapaz põe-nos em situações embaraçosas. (põe + os = põe-nos)
b) Se a forma verbal terminar em R, S ou Z, essas terminações deverão ser
retiradas, mudando os pronomes o(s), a(s) para -lo(s), -la(s), respectivamente.
Exemplos:
Quando encontrarem as apostilas, deverão trazê-las até mim. (trazer + as = trazê-las)
As garotas ingênuas, o conquistador sedu-las com facilidade. (seduz + as = sedu-las)
Os estudantes temiam o novo diretor e resolveram desafiá-lo. (desafiar + o = desafiá-lo)
c) Se a forma verbal terminar em –MOS (1ª pessoa do plural), a terminação –s deve
ser retirada quando, na colocação enclítica (pronome átono após o verbo),
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receberem pronomes átonos de mesma pessoa (nós).
Exemplos:
Encontramo-nos ontem à noite. (encontramos + nos = encontramo-nos)
Recolhemo-nos cedo todos os dias. (recolhemos + nos = recolhemo-nos)
Observação: Com o pronome lhe(s), o verbo não sofre alteração.
Exemplos:
“concedem às crônicas” – concedem-lhes
“faltar às crônicas” – faltar-lhes
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18. (FGV-2010/BRADESC) Analise o fragmento a seguir.
Explica que a atitude formalista, respeitadora e zelosa dos norte-americanos
causa admiração e espanto aos brasileiros, acostumados a violar e a ver
violadas as próprias instituições.
Assinale a alternativa que apresente as propostas de substituição dos trechos
sublinhados nas quais se preserva a correção estabelecida pela norma
gramatical.
(A) causa-lhe admiração e espanto / a vê-la violadas
(B) causa-os admiração e espanto / a ver-lhes violadas.
(C) causa-los admiração e espanto / a ver-lhe violadas.
(D) causa-os admiração e espanto / a vê-as violadas.
(E) causa-lhes admiração e espanto / a vê-las violadas.
Comentário:
No primeiro trecho em destaque, o verbo “causar” é transitivo direto e
indireto, exigindo como complementos, portanto, objeto direto (admiração e
espanto) e objeto indireto (aos brasileiros). Já que esse verbo (causar) termina em
-R, é possível substituir a expressão “admiração e espanto” por “-los”: causá-los.
Quanto ao complemento indireto (aos brasileiros), este deve ser substituído por
“lhes”. Entretanto, a FGV substituiu apenas o objeto indireto: “Causa-lhes admiração
e espanto”.
No segundo trecho destacado, o verbo “ver” é transitivo direto, regendo um
objeto direto (as próprias instituições). Sendo assim, é possível substituir essa
expressão pela forma pronominal “-las”, resultante da combinação “ver + as”: a vê-
las violadas. Portanto, a assertiva E responde corretamente à questão.
Gabarito: E.
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PRONOMES DE TRATAMENTO
São pronomes empregados no trato com as pessoas, familiar ou
respeitosamente. Representam a 2ª pessoa do discurso (com quem se fala),
porém toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa (singular ou plural).
Exemplos:
Vossa Excelência saiu com vossos assessores. (errado)
Vossa Excelência saiu com seus assessores. (correto)
Vossa Majestade e vossos súditos venceram a guerra. (errado)
Vossa Majestade e seus súditos venceram a guerra. (correto)
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Tratamento Abreviatura Para
Vossa Excelência V. Exa. altas autoridades e oficiais-generais
Vossa reitores de universidades
V. Maga.
Magnificência
Vossa Alteza V. A. príncipes e duques
Vossa Majestade V. M. reis e imperadores
Vossa monsenhores, cônegos, superiores
V. Revma.
Reverendíssima religiosos e sacerdotes
Vossa Eminência V. Emª. cardeais
Vossa Santidade V. S. papa
Vossa Senhoria V. Sª. demais autoridades e particulares
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Dica estratégica!
Os pronomes de tratamento devem ser precedidos de VOSSA (com quem
se fala), quando nos dirigimos diretamente à pessoa, e de SUA (de quem se fala),
quando falamos sobre a pessoa.
Exemplos:
Vossa Excelência discursou bem. (com quem se fala)
Vossa Excelência, Senhor deputado, pode ajudar-me? (com quem se fala)
Sua Excelência, a presidente Dilma, discursou bem. (de quem se fala)
Sua Excelência, o deputado, viajou. (de quem se fala)
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UNIFORMIDADE DE TRATAMENTO
O pronome você é de tratamento informal e designa a 2ª pessoa do
discurso (com quem se fala), ainda que o verbo com ele concorde na forma de 3ª
pessoa. É considerada erro a falta de correlação dos respectivos pronomes
possessivos e verbos.
Quem não conhece a famosa propaganda da Caixa Econômica Federal ?
Vem para a Caixa você também. (errado)
A propaganda acima está errada, porque o verbo “vir” foi empregado na 2ª
pessoa do singular. Porém, o correto seria empregá-lo na 3ª pessoa:
Venha para a Caixa você também. (correto)
Por sua vez, o pronome tu designa a 2ª pessoa (com quem se fala),
devendo seus verbos e pronomes possessivos ser empregados em 2ª pessoa.
Considera-se erro a falta de correlação entre os pronomes possessivos e os
pessoais e os respectivos verbos.
Exemplos:
Tu sabe de suas condições. (errado)
Tu sabes de tuas condições. (correto)
Venha para a Caixa tu também. (errado)
Vem para a Caixa tu também. (correto)
Dica estratégica!
Tenham cuidado com o sujeito elíptico ou desinencial.
Exemplo: Se vieres à festa, traz teu irmão. (sujeito elíptico = tu Se tu vieres à
festa, traz(e) teu irmão.) 66777272380
19. (FGV-2011/SEFAZ-RJ) “Que você pagou pra mim.”
Assinale a alternativa em que a alteração do verso acima tenha sido feita de
acordo com a norma culta. Não leve em conta possível alteração de sentido.
(A) Que Vossa Excelência pagou pra mim.
(B) Que vós pagaste pra mim.
(C) Que Vossa Senhoria pagastes pra mim.
(D) Que tu pagastes pra mim.
(E) Que tu pagáreis pra mim.
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Comentário: Conforme as lições, os pronomes de tratamento representam a 2ª
pessoa do discurso (com quem se fala), porém toda a concordância deve ser
feita com a 3ª pessoa (singular ou plural).
Vossa Excelência saiu com seus assessores. (correto)
Vossa Majestade e seus súditos venceram a guerra. (correto)
Por essa razão, a assertiva A (Que Vossa Excelência pagou pra mim) está
correta.
Gabarito: A.
PRONOMES POSSESSIVOS
Estritamente relacionados com os pronomes pessoais estão os pronomes
possessivos, pois estes indicam posse em relação às pessoas do discurso.
1ª pessoa: meu(s), minha(s), nosso(s), nossa(s)
2ª pessoa: teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s)
3ª pessoa: seu(s), sua(s)
Exemplos: Aqueles óculos são meus.
Os livros são seus?
Em termos de prova, é importante que vocês saibam que o emprego dos
possessivos de terceira pessoa seu(s), sua(s) pode gerar ambiguidade na frase.
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Exemplos: José, Pedro levou o seu chapéu. (frase ambígua)
João ficou com Maria em sua casa. (frase ambígua)
Nos exemplos acima, temos duas frases ambíguas, isto é, em “José, Pedro
levou o seu chapéu.”, não é possível identificar a quem pertence o “chapéu“, ao
passo que em “João ficou com Maria em sua casa”., a posse da “casa” pode ser
atribuída tanto a “João” quanto a “Maria”.
Para evitar esse vício de linguagem (a ambiguidade), apresento a vocês duas
alternativas:
1ª) acrescentar os termos reforçativos dele(s), dela(s).
Exemplos: José, Pedro levou o seu chapéu dele. (o chapéu é de Pedro)
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Com o acréscimo do termo reforçativo dele (contração da preposição “de” + o
pronome “ele”), eliminou-se a ambiguidade. Logo, o chapéu pertence a “Pedro”.
João ficou com Maria em sua casa dela. (A casa pertence a Maria)
Com o acréscimo do termo reforçativo dela (contração da preposição “de” + o
pronome “ela), eliminou-se a ambiguidade. Logo, a casa pertence a “Maria”.
Acharam estranhas as construções acima? Pois é, mas ambas estão
corretíssimas.
2ª) trocar o pronome possessivo seu(s), sua(s) pelos elementos dele(s), dela(s).
Exemplos: José, Pedro levou o chapéu dele. (o chapéu é de Pedro)
João ficou com Maria na casa dela. (A casa pertence a Maria)
Nos exemplos acima, foram retirados os pronomes possessivos “seu” e “sua”,
e foram acrescidos os elementos “dele” e “dela”, respectivamente. Assim, eliminou-
-se a ambiguidade das construções.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Os pronomes demonstrativos situam os seres no tempo e no espaço, em
relação às pessoas do discurso. São os pronomes isto, isso, aquilo, este(s),
esse(s), aquele(s), esta(s), essa(s), aquela(s).
Exemplos:
Esta caneta é do curso. (A caneta está próxima ao falante - quem fala)
Essa caneta é sua. (A caneta está próxima ao ouvinte – com quem se fala)
Aquela caneta é da Samara. (A caneta está distante do falante e do ouvinte - de
quem se fala)
EMPREGO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS
É importante que vocês saibam empregar corretamente os pronomes
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demonstrativos, pois eles desempenham papel importante de coesão textual.
- Esse, essa, isso (referência anafórica) - para situar o que já foi expresso.
Exemplos: Azul e verde, essas são as cores de que mais gosto.
Na frase acima, o pronome demonstrativo “essas” retoma as cores “azul” e
“verde”. Por isso, dizemos que é um pronome anafórico, ou seja, resgata um
elemento que já havia sido mencionado na superfície textual.
Para memorizar: Referência Anafórica retoma o que foi dito Antes.
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- Este, esta, isto (referência catafórica) - para situar o que ainda será expresso.
Exemplos: As cores de que mais gosto são estas: azul e verde.
Na frase acima, o pronome demonstrativo “estas” introduz as cores “azul” e
“verde”, que ainda serão citadas. Por isso, dizemos que é um pronome catafórico,
ou seja, refere-se a elemento(s) que ainda não foi/foram mencionado(s) na
superfície textual.
- Este, esta, isto - em referência a um termo imediatamente anterior.
Exemplos: O fumo é prejudicial à saúde, e esta deve ser preservada.
No período acima, o pronome demonstrativo “esta” retoma o substantivo
“saúde”, evitando sua repetição desnecessária no contexto.
- Este(s), esta(s) e isto – em relação ao que foi mencionado por último, e
aquele(s), aquela(s), aquilo, em relação ao que foi nomeado em primeiro lugar,
diferenciando os elementos anteriormente citados na superfície textual.
Exemplo: José de Alencar e Machado de Assis são importantes escritores
brasileiros; este (Machado de Assis)escreveu Dom Casmurro; aquele (José de
Alencar), Iracema.
Os pronomes demonstrativos podem, ainda, indicar marcação temporal.
- Tempo presente em relação ao falante: empregam-se este, esta e isto.
Exemplo: Este ano pretendo mudar de residência.
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- Tempo passado ou futuro próximos em relação ao falante: empregam-se esse,
essa e isso.
Exemplo: Esses anos vindouros serão excepcionais em termos de concursos
públicos.
- Tempos muito distantes em relação ao falante: empregam-se aquele(s), aquela(s)
e aquilo.
Exemplo: Naquela época eu praticava esporte.
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Os pronomes oblíquos o, a, os, as equivalerão a aquele(s), aquela(s),
aquilo quando estiverem apostos ao pronome relativo que e à preposição de.
Exemplos: Não concordo com o que ele falou. (= Não concordo com aquilo que ele
falou.)
Sua camisa é igual à da vitrine. (= Sua camisa é igual àquela da vitrine.)
No último exemplo acima, houve a fusão entre a preposição “a” e o “a” inicial
do pronome demonstrativo “aquela”. Graficamente, esse fenômeno, conhecido
como crase, é representado através do emprego do acento grave. Veremos isso
mais detidamente na aula oportuna.
É importante chamar a atenção de vocês para a existência de dois tipos de
coesão referencial: a exofórica e a endofórica.
- Exofórica (ou dêitica ou díctica) – ocorre quando o referente está fora da
superfície textual, ou seja, faz parte da situação comunicativa (extratextual).
Exemplos:
Porque será que ele não chegou ainda?
O termo “ele”, sem uma referência específica, não possibilita que o leitor
faça a inferência sobre a pessoa de quem se fala. Por isso, o pronome ele, no
contexto em que se encontra, é dêitico.
Lá é muito quente.
O advérbio “Lá”, sem demonstrar o lugar no texto, não situa o leitor acerca do
espaço a que se refere. Sendo assim, o advérbio lá, no contexto em que está
inserido, exerce função dêitica (ou díctica).
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- Endofórica: ocorre quando o referente se encontra expresso no texto
(intratextual).
Exemplos:
João disse que estava a caminho. Por que será que ele não chegou ainda?
(ele refere-se a João)
Nas férias, viajei para Mato Grosso do Sul. Lá é muito quente.
(Lá refere-se a Mato Grosso do Sul)
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20. (FGV-2011/TRE-PA) É importante desmistificar a ideia de que política é
uma sujeira só e sem utilidade. Essa é uma forma de contribuir para aumentar
a consciência política e a qualidade do voto dentro de toda a cadeia produtiva,
entre os parceiros e colaboradores.
A respeito do período acima e sua relação com o texto, analise a afirmativa a
seguir:
I. O pronome Essa tem valor anafórico.
Comentário: Percebe-se que o pronome “Essa” nos remete à ideia expressa
anteriormente: “desmistificar a ideia de que política é uma sujeira só e sem utilidade.
Sendo assim, a forma pronominal exerce a coesão anafórica, isto é, tem valor
anafórico.
Gabarito: Certa.
21. (FGV-2008/TJ-MS) “Mas a co-relação de forças não lhes permite ir mais
longe, e essa paralisia favorece o retorno dos acordos bilaterais ou regionais.
Com isso, falta um projeto mundial coerente em que o desenvolvimento do
comércio seja articulado ao equilíbrio social e ambiental.”
Os pronomes grifados no trecho acima têm, respectivamente, valor:
(A) catafórico e catafórico
(B) anafórico e anafórico
(C) dêitico e dêitico
(D) anafórico e catafórico
(E) catafórico e anafórico
Comentário: No contexto, o pronome “essa” nos remete à ideia de estagnação,
exposta no trecho “Mas a co-relação de forças não lhes permite ir mais longe”. Por
sua vez , o pronome “isso” também faz referência a ideia anterior contida no trecho
“o retorno dos acordos bilaterais ou regionais”. Sendo assim, ambos os pronomes
são anafóricos.
Gabarito: B. 66777272380
PRONOMES INDEFINIDOS
Os pronomes indefinidos referem-se a um ser ou objeto de forma vaga ou
indeterminada.
Exemplos:
Alguém bateu à porta.
Todos se prontificaram a colaborar.
Muitos são os chamados, poucos os escolhidos.
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EMPREGO DOS PRONOMES INDEFINIDOS
Em termos de prova, destaca-se o emprego dos seguintes pronomes
indefinidos:
TODO
- Significando inteiro : deve ser usado com artigo, se o substantivo o aceitar.
Exemplo: Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro)
- significando cada ou todos não terá artigo, ainda que o substantivo exija.
Exemplo: Fiquei todo dia em casa. (Todos os dias)
ALGUM
- Anteposto ao substantivo, assume sentido afirmativo.
Exemplo: Algum amigo o ajudará. (Alguém)
- Posposto ao substantivo, assume sentido negativo.
Exemplo: Amigo algum o ajudará. (Amigo nenhum)
A classe gramatical de alguns vocábulos, entretanto, dependerá do contexto
em que estiverem inseridos.
CERTO (e variações)
- Anteposto a substantivos, será pronome indefinido.
Exemplo: Certas pessoas não se preocupam com os demais. (pronome indefinido)
- Posposto a substantivos, será adjetivo.
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Exemplos: Certos políticos nem sempre são os políticos certos.
pron. indef. adjetivo
MUITO
- Será pronome indefinido quando se relacionar a nomes.
Exemplo: Bebi muito suco ontem.
- Será advérbio quanto se relacionar a adjetivos, verbos e advérbios. Portanto, será
invariável.
Exemplo: Bebi muito ontem.
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POUCO
- Será pronome indefinido quando se relacionar a nomes.
Exemplo: Comprei poucos legumes.
- Será advérbio quando se relacionar a adjetivos, verbos e advérbios. Portanto,
será invariável.
Exemplo: Choveu pouco ontem.
BASTANTE
- Será pronome indefinido quando anteceder nomes.
Exemplos: Havia bastantes pessoas na festa.
Comprei bastantes frutas.
- Será adjetivo quando estiver posposto a nomes. Nesse caso, equivalerá a
suficiente(s).
Exemplos: Havia pessoas bastantes na festa.
Comprei frutas bastantes.
- Será advérbio quando se relacionar a adjetivos, verbos e advérbios. Portanto,
será invariável.
Exemplos: Choveu bastante ontem.
As moças são bastante bonitas.
PRONOMES INTERROGATIVOS
Os pronomes interrogativos referem-se a um ser ou objeto de maneira vaga,
sendo usados em perguntas diretas (terminadas com ponto de interrogação) ou
indiretas (terminadas com ponto final).
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Exemplos: Qual sua colocação no concurso?
Gostaria de saber qual sua colocação no concurso.
PRONOMES RELATIVOS
Os pronomes relativos referem-se a um termo anterior, chamado
antecedente, estabelecendo uma relação de subordinação entre as orações
(sempre iniciam orações subordinadas adjetivas). Os pronomes relativos são:
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Pronome Exemplos
QUE - empregado com o intuito de substituir Roubaram a peça que era rara no
um substantivo (pessoa ou coisa), evitando Brasil. (= a peça)
sua repetição na frase.
Observação: pode sempre ser substituído Roubaram a peça a qual era rara no
por o qual (e flexões). Brasil.
QUAL (e variações) - refere-se a coisas ou Os assuntos sobre os quais
pessoas, sendo sempre antecedido de conversamos estão resolvidos. (= os
artigo, que concorda em gênero e número assuntos)
com o elemento antecedente. Meu irmão comprou a lancha sobre a
qual eu falei a você. (= a lancha)
QUEM - refere-se a pessoas (ou coisas As pessoas, de quem falamos ontem,
personificadas) e geralmente aparece não vieram. (= as pessoas)
precedido de preposição, inclusive
quando funcionar como objeto direto. Nesse A garota, a quem conheci há duas
último caso, passará à condição de objeto semanas, está em minha sala. (= a
direto preposicionado. garota)
Observação: Quando o pronome QUEM Foi ele quem me disse a verdade.
exercer a função de sujeito, não virá (= Foi ele o que me disse a verdade.)
precedido de preposição. Isso só ocorrerá
quando o pronome “quem” puder ser Quem com ferro fere com ferro será
substituído por pronome demonstrativo (o, a, ferido.
os, as, aquele, aquela, aqueles, aquelas), (= Aquele que com ferro fere com ferro
acrescido do pronome relativo que. Nesses será ferido.)
casos, o pronome “quem” será denominado de
pronome relativo indefinido.
ONDE - este pronome tem o mesmo valor Eu conheço a cidade em que sua
de em que ou no qual (e flexões). Se a sobrinha mora.
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preposição “em” for substituída pela Eu conheço a cidade na qual sua
preposição “a” ou pela preposição “de”, sobrinha mora.
substituiremos, respectivamente, por aonde
Eu conheço a cidade onde sua
e de onde (ou donde). sobrinha mora.
Eu conheço a cidade aonde sua
O pronome onde só deve ser usado quando sobrinha foi.
houver referência a lugar. Eu conheço a cidade de onde (ou
donde) sua sobrinha veio.
QUANTO - sempre antecedido de tanto, Fale tudo quanto quiser falar.
tudo, todos (e variações), concordando Traga todos quantos quiser trazer.
com esses elementos. Beba todas quantas quiser beber.
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Pronome Exemplos
COMO - antecede as palavras maneira, Este é o modo como se deve estudar
modo e forma. para o concurso.
Aquela é a forma como se praticam
os exercícios.
CUJO - tal como os pronomes relativos, Antipatizei com o rapaz cuja
refere-se a um antecedente, mas concorda namorada você conhece.
(em gênero e número) com o consequente.
Esse pronome indica valor de posse (algo A árvore cujos frutos são venenosos
de alguém) e não aceita artigo anteposto ou foi derrubada.
posposto.
Quando um elemento da oração (nome ou verbo) reger preposição, esta
antecederá os pronomes relativos.
Exemplos:
As condições básicas de saúde, de que a população se mostra carente, deveriam
ser oferecidas pelo governo.
Eu conheço a cidade em que sua sobrinha mora.
Eu conheço a cidade aonde sua sobrinha foi.
O artista de cuja obra eu falara morreu ontem.
As pessoas em cujas palavras acreditei estão presas.
22. (FGV-2010/SEAD-AP) Observa-se o correto emprego do pronome relativo
em:
(A) o julgamento a que se assistiu foi transmitido via satélite.
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(B) eis um programa de TV cujo o assunto me interessa.
(C) o escritor que me refiro nasceu e viveu no interior.
(D) foi preso o procurado o qual a imprensa deu destaque.
(E) esse é um medicamento onde sem ele o paciente não sobrevive.
Comentário: O emprego correto do emprego relativo ocorreu somente na assertiva
A. Notem que, no período, o verbo “assistir”, no sentido de “presenciar”, rege o
emprego da preposição “a”, a qual deverá anteceder o pronome relativo “que”,
formando a expressão “a que”. Por sua vez, o relativo “que” retoma o termo “o
julgamento”, evitando sua repetição desnecessária no texto.
Vamos analisar o erro das opções:
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(B) O pronome “cujo” (e flexões) indica relação de posse. Entretanto, esse relativo
não admite o emprego de artigo antes ou depois.
(C) O verbo “referir-se” rege emprego da preposição “a”, a qual deverá anteceder o
pronome relativo “que”: “o escritor a que me refiro nasceu e viveu no interior”.
(D) O verbo “dar” é transitivo direto e indireto. Portanto, exige dois complementos:
destaque (objeto direto) e o procurado (objeto indireto). Em virtude de o verbo exigir
a preposição “a”, esta introduzirá a estrutura do complemento indireto, função a
qual, na oração adjetiva, é desempenhada pelo relativo “qual”: “foi preso o
procurado ao qual a imprensa deu destaque”.
(E) O pronome “onde” só deve ser empregado quando houver referência a lugar.
Como este caso não se enquadra na questão, a correção seria mantida com a
substituição de “onde” por “o qual”. Fazendo as adaptações necessárias, o período
ficará da seguinte forma: “esse é um medicamento sem o qual o paciente não
sobrevive”. Notem que a preposição “sem” antecedeu o pronome relativo por ser
uma exigência do verbo “sobreviver”.
Gabarito: A.
23. (FGV-2010/SAD-AP) De acordo com a norma padrão, o pronome relativo
está corretamente empregado na seguinte alternativa:
(A) Esses são alguns autores sem cujas ideias ele jamais teria escrito o artigo.
(B) As características que um povo se identifica devem ser preservadas.
(C) Esse é o projeto cuja a meta principal é a reflexão sobre civismo no Brasil.
(D) Eis os melhores poemas nacionalistas os quais se tem conhecimento.
(E) Aqueles são os escritores cujos foram lançados os romances traduzidos.
Comentário: O emprego correto do relativo encontra-se na assertiva A. O pronome
relativo “cujas” denota que as ideias pertencem aos autores, ou seja, há uma
relação de posse. Para facilitar a visualização, reescrevam o período da seguinte
forma: “Ele jamais teria escrito o artigo sem as ideias de alguns autores.
Gabarito: A.
24. (FGV-2010/SEFAZ-RJ) A energia nuclear pode ser empregada para o bem ou
para o mal. Na verdade, ela é investigada, apurada e criada para algum resultado,
que lhe confere validade. Não vale por si mesma, do ponto de vista ético. Pode valer
pela sua eventual utilidade, como meio; mas o uso de energia nuclear, para ser
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considerado bom ou mau, deve referir-se aos fins humanos a que se destina.
Considerando as estratégias de referenciação no trecho acima, assinale a
alternativa cujo pronome não se refere à expressão “energia nuclear”:
(A) ela
(B) lhe
(C) si
(D) sua
(E) que
Comentário: No contexto, o pronome relativo “que” retoma a expressão “fins
humanos” (linha 5). Portanto, este é o gabarito da questão.
Gabarito: E.
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Há três casos para a colocação do pronome átono na oração, a saber:
Próclise Exemplos
• Pronome antes do verbo. Ocorre:
a) com palavras de sentido negativo; Ninguém me emprestou a matéria.
b) com advérbios sem pausa; Ontem se fez de morto.
Observação!
Se houver pausa após os advérbios, a Ontem, fez-se de morto. (ênclise)
colocação deverá ser enclítica (após o verbo).
c) com pronomes indefinidos; Tudo me alegrava.
d) com pronomes interrogativos; Quem lhe disse isso?
e) com pronomes demonstrativos “isto”, “isso” e Isso se faz assim.
“aquilo”;
Quando me viu, o menino sorriu.
f) com conjunções subordinativas e pronomes A aula que me recomendou é ótima.
relativos ;
Em se tratando do concurso,
estudarei muito.
g) quando houver a preposição “em” + gerúndio;
Que Deus o proteja!
h) em orações exclamativas e optativas. Vou me vingar!
Mesóclise Exemplos
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• Pronome no meio do verbo. Ocorre com
verbo no:
Entregar-lhe-ei o documento.
a) futuro do presente;
Entregar-lhe-ia o documento.
b) futuro do pretérito.
Nunca te entregarei o documento.
Observações: Se ocorrer qualquer dos casos de (próclise)
próclise, ainda que o verbo esteja no futuro do presente Nunca te entregaria o documento.
ou no futuro do pretérito, a colocação deverá ser (próclise)
proclítica (antes do verbo).
Ambos se mudarão na semana que vem.
Com o numeral “ambos”, ainda que o verbo esteja no Ambos se mudariam na semana que
futuro do presente ou no futuro do pretérito, a colocação vem.
deverá ser proclítica (antes do verbo).
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Ênclise Exemplos
• Pronome após o verbo. A ênclise é a regra Deu-me boas dicas. (início de oração)
geral de colocação pronominal. Sendo assim, o
pronome deverá ficar posposto ao verbo quando Traga-me o café. (verbo no imperativo
não ocorrer qualquer dos casos de próclise ou afirmativo)
mesóclise.
Cuidado!
1ª) O particípio não admite ênclise.
Exemplos:
Fornecido-me o material, comecei a estudar. (errado)
Fornecido a mim o material, comecei a estudar. (correto)
2ª) Não devemos usar a colocação pronominal enclítica (após o verbo) quando
houver forma verbal no futuro do presente ou no futuro do pretérito. Nestes
casos, a colocação deve ser mesoclítica (no meio do verbo).
Exemplo:
Entregarei-te o documento. (errado)
Entregar-te-ei o documento. (correto)
Entregaria-te o documento. (errado)
Entregar-te-ia o documento. (correto)
3ª) Nas formas infinitivas antecedidas pela preposição “a”, a colocação deverá ser
enclítica (após o verbo) se o pronome oblíquo for “o” ou “a”.
Exemplos:
Professor, estamos a admirá-lo.
Se soubermos que haverá muito mais faxina, não continuaremos a fazê-la.
Dica estratégica! 66777272380
Se a forma verbal infinitiva for antecedida pela preposição “a” e o pronome
oblíquo for o “lhe”, admite-se tanto a próclise quanto a ênclise.
Exemplos:
Continuou a lhe fazer carinho. (correto)
Continuou a fazer-lhe carinho. (correto)
4ª) Quando houver duas palavras que exigem a próclise, é permitido intercalar o
pronome oblíquo átono entre elas. A esse caso dá-se o nome de apossínclise.
Exemplo: Se me não falha a memória, já vi aquela moça em algum lugar.
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COLOCAÇÃO EM LOCUÇÕES VERBAIS
(Formas possíveis e corretas)
• Auxiliar + Infinitivo
Próclise ao verbo auxiliar: Jamais lhe pretendo ensinar isso.
Ênclise ao verbo auxiliar: Eu pretendo-lhe ensinar isso.
Ênclise ao verbo principal: Eu pretendo ensinar-lhe isso.
Ênclise ao verbo principal: Jamais devo ensinar-lhe isso.
• Auxiliar + Gerúndio
Próclise ao verbo auxiliar: Não lhe começo ensinando.
Ênclise ao verbo auxiliar: Começo-lhe ensinando.
Ênclise ao verbo principal: Começo ensinando-lhe.
Ênclise ao verbo principal: Não começo ensinando-lhe.
• Auxiliar + Particípio
Próclise ao verbo auxiliar: Eu lhe tinha ensinado a matéria.
Ênclise ao verbo auxiliar: Eu tinha-lhe ensinado a matéria.
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Próclise ao verbo auxiliar: Não lhe tinha ensinado a matéria.
Dica estratégica!
Na estrutura “verbo auxiliar + particípio”, não se admite a colocação do
pronome oblíquo após o verbo principal.
Exemplos:
Tinha ensinado-lhe a matéria. (errado)
Não tinha ensinado-lhe a matéria. (errado)
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25. (FGV-2007/SEFAZ-RJ) Em “exauri-los” e “poder-se-á”, construiu-se
corretamente a junção do pronome à forma verbal. Assinale a alternativa em
que isso não ocorreu.
(A) cancelaríamos + as = cancelá-las-íamos
(B) permitireis + os = permiti-los-eis
(C) fizestes- + lhes = fizeste-lhes
(D) encontraram + os = encontraram-nos
(E) aprenderás + as = aprendê-las-ás
Comentário: A junção incorreta ocorreu na assertiva C. Conforme vimos nas lições,
o verbo não sofrerá alteração quando for empregada forma pronominal “lhe(s)”.
Portanto, o correto é “fizestes-lhes”.
Nas demais opções, as construções estão corretas. Com verbos no futuro do
presente e no futuro do pretérito, ambos do indicativo, a colocação do pronome é
mesoclítica (no meio do verbo).
Gabarito: C.
26. (FGV-2010/SAD-AP) A alternativa que contraria a colocação pronominal
exigida pelo padrão escrito culto é:
(A) os órgãos aos quais se destinam as verbas desenvolvem projetos de segurança
pública.
(B) dever-se-ia refletir sobre a construção histórica da violência.
(C) não põe-se em prática uma adequada política de prevenção ao crime.
(D) o jovem prefeito foi-se afirmando no cenário político.
(E) o secretário vai enviar-lhe os resultados da pesquisa no início da semana.
Comentário: A colocação pronominal que está em desacordo com a norma culta
encontra-se na letra C. O advérbio “não” (palavra negativa, portanto) exige que a
colocação do pronome ocorra antes do verbo, ou seja, exige a próclise: “não se põe
em prática (...)”.
Gabarito: C.
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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA
1. (FGV-2006/MEC) Assinale a alternativa que não apresente a classificação
correta de um dos elementos mórficos do vocábulo deixasse.
(A) deix- = radical
(B) -e = desinência número-pessoal
(C) -a = vogal temática verbal
(D) deixa = tema
(E) -sse = desinência modo-temporal
2. (FGV-2011/SEFAZ-RJ)
A respeito do quadrinho, analise a afirmativa a seguir:
I. Na fala da mulher, ficaria correto substituir devia por deveria.
3. (FGV-2009/SEFAZ-RJ) O que está fora da sociedade seria desumano.
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O tempo verbal destacado constitui recurso expressivo adequado para indicar:
(A) mudança ocorrida no momento em que se fala.
(B) ação conduzida no passado não concluído.
(C) situação tomada como hipotética.
(D) advertência sobre um fato futuro.
(E) fato passado de curso prolongado.
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4. (FGV-2008/Senado)
Assinale a alternativa em que se tenha correta transposição da fala do
segundo quadrinho para o plural.
(A) Adivinhas!
(B) Adivinhai!
(C) Adivinhais!
(D) Adivinhes!
(E) Adivinhem!
5. (FGV-2011/TRE-PA)
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Na charge, caso a professor tratasse o aluno por tu, sua fala seria,
corretamente,
(A) Escrevas na lousa a palavra Ética!
(B) Escrevei na lousa a palavra Ética!
(C) Escreveis na lousa a palavra Ética!
(D) Escrevais na lousa a palavra Ética!
(E) Escreve na lousa a palavra Ética!
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6. (FGV-2008/Senado-Adaptada) “A política do Estado tem evoluído no sentido
de encontrar respostas a tais necessidades.”
A respeito do período acima, analise a afirmativa a seguir.
I. No período, há somente um verbo em forma nominal.
7. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) Ao dizer que o papel da polícia tem sido o de
impor o medo, o autor do texto, com o emprego do tempo verbal sublinhado,
mostra que essa ação:
(A) se repete ultimamente.
(B) só existiu no passado.
(C) só vai existir no futuro.
(D) começou no presente e se prolonga no futuro.
(E) depende de uma condição anterior.
8. “Apesar das injeções maciças de liquidez efetuadas pelos grandes bancos
centrais, nunca se vira uma seca tão severa de dinheiro nos mercados.”
Assinale a forma verbal que poderia substituir o verbo destacado no trecho
acima, sem prejuízo gramatical ou semântico.
(A) tivera visto
(B) tinha visto
(C) viu
(D) via
(E) tem visto
9. (FGV-2008/Senado-Adaptada) “A política do Estado tem evoluído no sentido de
encontrar respostas a tais necessidades.”
A respeito do período acima, analise a afirmativa a seguir.
I. A forma tem evoluído está no pretérito perfeito.
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10. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) “Se interviessem, implodiriam as contas públicas”.
Assinale a alternativa que apresente erro em uma das formas verbais.
(A) Se o comando reouvesse o prestígio, os criminosos desistiriam.
(B) Se os policiais requisessem maiores salários, tudo se arrumaria.
(C) Se os criminosos se acovardassem, a polícia os deteria.
(D) Se os jornais proviessem de fora, as notícias entreteriam mais.
(E) Se as autoridades quisessem, nada disso se faria.
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11. (FGV-2006/ICMS-MS) “O que você quer?”
Passando-se o período acima para a forma de tratamento vós e futuro do
pretérito do indicativo, obtém-se:
(A) O que vós quererias ?
(B) O que vós quiserdes ?
(C) O que vós queríeis ?
(D) O que vós quereríeis ?
(E) O que vós querereis ?
12. (FGV-2008/SEFAZ-RJ) Assinale a alternativa em que a alteração da estrutura da
segunda oração do trecho “colocando-se a possibilidade de as gerações presentes
virem a exauri-los” provocou correta mudança da forma do verbo vir.
(A) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vissem a exauri-los.
(B) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes venham a exauri-los.
(C) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vierem a exauri-los.
(D) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes viriam a exauri-los.
(E) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vinham a exauri-los.
13. (FGV-2008/Prefeitura de Campinas) “Apalavra ‘bárbaro’ provém do grego
antigo e significa ‘não grego’.” Assinale a alternativa em que não se tenha
flexão correta do verbo destacado no trecho acima.
(A) provêm
(B) proveio
(C) provieste
(D) provisse
(E) provimos
14. (FGV-2008/TCM-PA-Adaptada) Analise a afirmativa a seguir.
I. A frase “A cada dia difundem-se notícias sobre novas quebras” está na voz
passiva. 66777272380
15. (FGV-2008/Senado) Assinale a alternativa em que a estrutura não esteja na
voz passiva.
(A) o seu sentido não pode ser fixado.
(B) se dizia que era o texto.
(C) a disputa pelo seu sentido possa se fazer.
(D) mais se afirmava a supremacia da Carta de 1988.
(E) Ele só se torna efetivo.
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16. (FGV-2008/Senado) "A tutela dos direitos sociais (...) está devidamente
resguardada (...) pelo princípio de proteção das minorias, (...) e o
estabelecimento da igualdade étnica".
Assinale a alternativa em que haja período na voz ativa, com adequação
gramatical à norma culta, correspondente semanticamente ao trecho alterado
acima.
(A) O princípio de proteção das minorias e do estabelecimento da igualdade étnica
resguardam devidamente a tutela dos direitos sociais.
(B) O princípio de proteção das minorias e o estabelecimento da igualdade étnica
resguardam devidamente a tutela dos direitos sociais.
(C) O princípio de proteção das minorias e de estabelecimento da igualdade étnica
resguarda devidamente a tutela dos direitos sociais.
(D) O princípio de proteção das minorias e o de estabelecimento da igualdade étnica
resguardam devidamente a tutela dos direitos sociais.
(E) O princípio de proteção das minorias e o estabelecimento da igualdade étnica
resguarda devidamente a tutela dos direitos sociais.
17. (FGV-2009/Polícia Civil-RJ) “Atinge toda a região e a si mesmo, pois o
Equador é credor no âmbito do CCR, e a efetiva realização da ameaça de não
honrar compromisso assumido o impedirá de receber aquilo que lhe é
devido.”
No trecho acima há:
(A) oito pronomes;
(B) sete pronomes;
(C) seis pronomes;
(D) cinco pronomes;
(E) quatro pronomes.
18. (FGV-2010/BRADESC) Analise o fragmento a seguir.
Explica que a atitude formalista, respeitadora e zelosa dos norte-americanos
causa admiração e espanto aos brasileiros, acostumados a violar e a ver
violadas as próprias instituições.
Assinale a alternativa que apresente as propostas de substituição dos trechos
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sublinhados nas quais se preserva a correção estabelecida pela norma
gramatical.
(A) causa-lhe admiração e espanto / a vê-la violadas
(B) causa-os admiração e espanto / a ver-lhes violadas.
(C) causa-los admiração e espanto / a ver-lhe violadas.
(D) causa-os admiração e espanto / a vê-as violadas.
(E) causa-lhes admiração e espanto / a vê-las violadas.
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19. (FGV-2011/SEFAZ-RJ) “Que você pagou pra mim.”
Assinale a alternativa em que a alteração do verso acima tenha sido feita de
acordo com a norma culta. Não leve em conta possível alteração de sentido.
(A) Que Vossa Excelência pagou pra mim.
(B) Que vós pagaste pra mim.
(C) Que Vossa Senhoria pagastes pra mim.
(D) Que tu pagastes pra mim.
(E) Que tu pagáreis pra mim.
20. (FGV-2011/TRE-PA) É importante desmistificar a ideia de que política é
uma sujeira só e sem utilidade. Essa é uma forma de contribuir para aumentar
a consciência política e a qualidade do voto dentro de toda a cadeia produtiva,
entre os parceiros e colaboradores.
A respeito do período acima e sua relação com o texto, analise a afirmativa a
seguir:
I. O pronome Essa tem valor anafórico.
21. (FGV-2008/TJ-MS) “Mas a co-relação de forças não lhes permite ir mais
longe, e essa paralisia favorece o retorno dos acordos bilaterais ou regionais.
Com isso, falta um projeto mundial coerente em que o desenvolvimento do
comércio seja articulado ao equilíbrio social e ambiental.”
Os pronomes grifados no trecho acima têm, respectivamente, valor:
(A) catafórico e catafórico
(B) anafórico e anafórico
(C) dêitico e dêitico
(D) anafórico e catafórico
(E) catafórico e anafórico
22. (FGV-2010/SEAD-AP) Observa-se o correto emprego do pronome relativo
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em:
(A) o julgamento a que se assistiu foi transmitido via satélite.
(B) eis um programa de TV cujo o assunto me interessa.
(C) o escritor que me refiro nasceu e viveu no interior.
(D) foi preso o procurado o qual a imprensa deu destaque.
(E) esse é um medicamento onde sem ele o paciente não sobrevive.
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23. (FGV-2010/SEFAD-AP) De acordo com a norma padrão, o pronome relativo
está corretamente empregado na seguinte alternativa:
(A) Esses são alguns autores sem cujas ideias ele jamais teria escrito o artigo.
(B) As características que um povo se identifica devem ser preservadas.
(C) Esse é o projeto cuja a meta principal é a reflexão sobre civismo no Brasil.
(D) Eis os melhores poemas nacionalistas os quais se tem conhecimento.
(E) Aqueles são os escritores cujos foram lançados os romances traduzidos.
24. (FGV-2010/SEFAZ-RJ) A energia nuclear pode ser empregada para o bem ou
para o mal. Na verdade, ela é investigada, apurada e criada para algum resultado,
que lhe confere validade. Não vale por si mesma, do ponto de vista ético. Pode valer
pela sua eventual utilidade, como meio; mas o uso de energia nuclear, para ser
considerado bom ou mau, deve referir-se aos fins humanos a que se destina.
Considerando as estratégias de referenciação no trecho acima, assinale a
alternativa cujo pronome não se refere à expressão “energia nuclear”:
(A) ela
(B) lhe
(C) si
(D) sai
(E) que
25. (FGV-2007/SEFAZ-RJ) Em “exauri-los” e “poder-se-á”, construiu-se
corretamente a junção do pronome à forma verbal. Assinale a alternativa em
que isso não ocorreu.
(A) cancelaríamos + as = cancelá-las-íamos
(B) permitireis + os = permiti-los-eis
(C) fizestes- + lhes = fizeste-lhes
(D) encontraram + os = encontraram-nos
(E) aprenderás + as = aprendê-las-ás
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26. (FGV-2010/SEAD-AP) A alternativa que contraria a colocação pronominal
exigida pelo padrão escrito culto é:
(A) os órgãos aos quais se destinam as verbas desenvolvem projetos de segurança
pública.
(B) dever-se-ia refletir sobre a construção histórica da violência.
(C) não põe-se em prática uma adequada política de prevenção ao crime.
(D) o jovem prefeito foi-se afirmando no cenário político.
(E) o secretário vai enviar-lhe os resultados da pesquisa no início da semana.
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Gabarito
01. B 14. CERTA
02. CERTA 15. E
03. C 16. B
04. B 17. C
05. E 18. E
06. ERRADA 19. A
07. A 20. CERTA
08. B 21. B
09. CERTA 22. A
10. B 23. A
11. D 24. E
12. B 25. C
13. D 26. C
Nosso encontro de hoje se encerra aqui.
Bons estudos, até a próxima aula e rumo à CLASSIFICAÇÃO!
Grande abraço!
Prof. Fabiano Sales
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