DIEGO SILVA DOS SANTOS
ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA ESTIMULAÇÃO
PRECOCE EM CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN
Brasília
2020
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DIEGO SILVA DOS SANTOS
ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA ESTIMULAÇÃO
PRECOCE EM CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN
Projeto apresentado ao Curso de
Fisioterapia da instituição Anhanguera
Taguatinga Norte
Orientador: Rayssa Araujo
Brasília
2020
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1.1 O PROBLEMA
Qual importância da estimulação precoce em crianças com Síndrome
de Down.
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2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO
Compreender sobre a estimulação precoce em crianças com síndrome de
Down.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS
Entender a Síndrome de Down e suas características;
Descrever a estimulação precoce em pacientes portadores da
síndrome de Down;
Relatar a atuação da fisioterapia em crianças portadora da síndrome
de Down.
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3 JUSTIFICATIVA
Nesse trabalho temos como fundamento a importância da estimulação
precoce em crianças com síndrome de Down, assim como as possibilidades e
os desafios que um trabalho envolvendo a fisioterapia abrange. Partindo do
pressuposto de que a independência humana é algo importante, mas as
crianças que possuem trissomia ou cromossomo 21 (Síndrome de Down) tem
esse bem-estar comprometido.
A estimulação precoce vem como um facilitador do desenvolvimento, sendo
assim, podendo ser minimizadas as alterações motoras através desta
estimulação. No intuído de facilitar a melhora na interação dessas crianças com
o ambiente externo, mostrando maior autonomia para elas e seus familiares,
melhorando consequentemente as atividades desempenhadas no dia a dia.
A fisioterapia tem um papel fundamental nesse desenvolvimento motor
básico decorrente da Síndrome de Down, trabalhando na postura e
movimentação corporal, melhorando, por conseguinte as atividades de vida
diárias dessa criança. Assim sendo este trabalho se justifica pelo fato de que a
estimulação precoce em crianças com síndrome de Down, possibilita a
aquisição de habilidade fundamentais para ações integradoras.
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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Sabendo que uma das funções da estimulação precoce é desenvolver a
estimulação sensório-motora na primeira infância que se inicia no período de 0
há 3 anos de idade, esta pesquisa pretende analisar os trabalhos tem alguns
teóricos que buscam reconciliar o sentido da emulação precoce por meio do
trabalho da fisioterapia pautado nas crianças com Síndrome de Down Uma vez
que este período é fundamental para estas crianças pois se mostram
extremamente sensíveis à manipulação ambiental. Considerando-se que um
dos primeiros objetos da estimulação precoce é um conjunto de ações
psicomotoras cuja a finalidade visa oferecer à criança estímulos fundamentais,
que possibilitam desenvolver as habilidades necessárias para um crescimento
sadio. PÉREZ-RAMOS & PÉREZRAMOS (1996): Destaca que:
A estimulação precoce é destinada a crianças desde o
nascimento até os primeiros anos de vida sendo fundamental na vida
de qualquer criança, com ou sem deficiência para que em cada fase
ela passe atingir o máximo do seu potencial e desenvolver as
habilidades necessárias para o seu desenvolvimento integral.
PÉREZ-RAMOS & PÉREZRAMOS, P.10,1996
Neste sentido a autora esclarece que é necessário que a criança na
convivência com as pessoas, experimente coisas, vivencie situações como
oportunidades adequadas para desenvolver o máximo de sua capacidade
física, mental, emocional e social. A expressão “estimulação precoce’’ para
Safar (2011), Significa um termo adotado pela grande maioria de profissionais
da área por definir melhor seu objetivo e preservar a função preventiva de
estímulo na fase inicial da vida humana. O termo “precoce”, para Safar (2011)
se adapta melhor por ser aproximar mais do sentido dado a estimulação, tendo
em vista o caráter preventivo que o atendimento de estimulação enfoca agindo
antecipadamente, quer evitando a deficiência, quer minimizando seus efeitos.
Em relação a síndrome de Down, Mattos (2010), esclarece que se trata de uma
síndrome ou trissomia do cromossomo 21 ocorrida devido a uma carga
genética extra desde o desenvolvimento entra uterino, caracterizando a criança
portadora da mesma por toda vida. Essa desordem clínica segundo BOTTINO
(1991):
Foi reconhecida pela primeira vez por John Langdon Down,
em 1866; Caracterizada por erro na distribuição dos cromossomos da
célula, a síndrome de Down na maioria dos casos apresenta um
cromossomo extra no par 21, provocando um desequilíbrio da função
reguladora que hoje genes exercem sobre a síntese de proteína, bem
como a perda de harmonia no desenvolvimento e nas funções
celulares. BOTTINO (1991,P.01)
Em Relação a este aspecto existem 50 características físicas exibidas pela
criança com síndrome de Down logo após o nascimento, que de acordo com
SCHWARTZMAN (2003), incluem-se prega palmar única, branquicefalia pregas
epiânticas, base nasal achatada, hipoplasia da região mediana da face,
diâmetro frontooccipital menor, fontanelas anterior e posterior amplas, pescoço
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curto em relação ao não portador da síndrome, língua protusa e hipotônica,
orelhas pequenas e subdesenvolvidas, ficado e baço grandes, além da
presença de clinodactilia, e o autor acrescenta que estas características não
estão presentes em todas as crianças portadoras de síndrome de Down.
Mattos (2010), destaca que essas crianças possuem atraso nas principais
características do desenvolvimento motor e estes problemas podem ser
minimizadas através da intervenção fisioterapêutica precoce. Para Rocha &
Carvalho (2008), a maioria das Crianças como síndrome de Down apresentam
constantes resfriados e pneumonia de repetição, isto se deve a uma
predisposição imunológica e à própria hipotonia da musculatura do trato
respiratório. Na Perspectiva estimulação precoce voltada às crianças com
síndrome de Down é importante compreender que algumas características
bastante peculiares como: hiperflexibilidade das articulações, dificuldade na
fala, hipotonia generalizada, pregas epicantais nos olhos, mãos com pregas
simiesca e prejuízo no desenvolvimento motor.
Segundo Mattos (2010) existe uma consenso atual da sociedade cientifica
de que há graus da síndrome de Down e que as diferenças de
desenvolvimento procedem das características pessoais decorrentes de
herança genética, estimulação, educação entre outros. Para a autora presente
em 100% dos casos do recém-natos com síndrome de Down, a hipotonia
muscular faz com que o desenvolvimento inicial seja precário, essa hipotonia
ocorre devido á carência de impulsos descendentes que demandam o conjunto
dos neurônios motores da medula espinhal. Normalmente, crianças com
síndrome de Down aprendem a andar com atraso de um ano em relação as
crianças típicas, esse fato é um dos fatores que justifica a estimulação precoce
nas crianças com Down, para Mattos (2010):
De modo geral, comprovam-se padrões atípicos para o
controle postural, locomoção e até mesmo para manipulação de
objetos. As alterações observadas nas crianças com síndrome de
Down podem ser relacionadas com as alterações encefálicas, pois
nascem frequentemente com hipoplasia nos lóbulos frontais e
occipitais, redução no lóbulo temporal em até 50% dos casos;
também, o cerebelo encontra-se desproporcionalmente menor que o
cerebelo do indivíduos típicos. MATTOS (2010,P.04)
De acordo com Perim (2010) o estimulo precoce tem como objetivo
desenvolver e potencializar através de exercícios, jogos, atividades técnicas e
outros recursos as atividades do cérebro das crianças beneficiando seu lado
intelectual, físico e afetivo, uma criança bem estimulada aproveitara sua
capacidade de aprendizagem e de adaptação de forma simples intensa e
rápida.
Os processo de aquisição das necessidades básicas das crianças com
síndrome de Down devem ser compreendidos pelo trabalho fisioterapêutico a
partir dos mecanismos responsáveis pelo controle do equilíbrio como ressalta
Mattos (2010) o desenvolvimento encefálico apresenta comprometimentos
desde a forma como se organizam em várias áreas do sistema nervoso como
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também nos processos funcionais da comunicação de um com o outro. Para
esse autor a criança com Down pode ter dificuldades para fixar o olhar divido à
lentidão do tonos muscular, precisando do meio para desenvolver a capacidade
de atenção.
Também é garantido ao portador desta síndrome o direito de desenvolver o
seu potencial, através de uma educação adequada. Uma vez que a educação
ajuda a promover a sua integração à vida comunitária. A habilitação e
reabilitação deve ser uma obrigação da área de saúde, garantida a qualquer
indivíduo, visto que saúde e direito de todos.
A lei 7853, aprovada em 24 de outubro de 1989, no artigo 8º diz:
“...dispõe sobre o apoio as pessoas portadora de deficiência sua em integração
social e as ações necessárias ao seu cumprimento afastando discriminação,
garantindo-lhe o direito à educação, a saúde, ao trabalho, ao lazer, a
previdência social. ” ( Constituição Federal, 1980) Como SHEPERD (2006)
indica:
Para essas crianças o tratamento fisioterapêutico está voltado
para a elaboração de propostas que estejam de acordo com as
necessidades do paciente e com os problemas referentes a síndrome
de Down, com os atrasos motores. Dessa maneira a fisioterapia se
propõe realizar treinos de marcha, mudanças transposturais e
equilíbrio; estático e dinâmico mediante técnicas e recursos
específicos em solo. SHEPERD.( P. 143, 2006)
Neste sentido é importante começar o mais cedo possível a fisioterapia nas
crianças portadoras dessa síndrome. Existem pontos a ter cuidados com a
síndrome de Down que seria cardiopatias graves que pode ser encontradas.
Outros aspectos que o fisioterapeuta tem que ter cuidado é com alguma
alteração cervical que pode ver acompanhada. Como nos diz ROCHA &
CARVALHO (2008):
É importante salientar que, em se tratando do síndrome de
Down há grande variação no desenvolvimento, destas crianças. O
ritmo e a velocidade delas devem ser respeitados, o que leva sempre
o pensar mais na face do seu desenvolvimento do que na idade
cronológica. ROCHA & CARVALHO (2008)
De acordo com os estudos de Mattos (2010) a fisioterapia motora na
estimulação precoce da criança com síndrome de Down tem como principal
finalidade potencializar o desenvolvimento sensório-motor. Papel do
fisioterapeuta como componente da equipe da estimulação precoce é
indispensável no trabalho de crianças como deficiência mental, como no caso
da síndrome de Down, afim de direcionar a facilitação das atividades motoras
adequadas para cada criança, conforme a idade cronológica. A fisioterapia
auxilia a criança a alcançar as etapas de seu desenvolvimento de forma mais
adequada possível, buscando a funcionalidade na realização das atividades
diárias e nas resolução de problemas. Ainda em relação ao estudos de Mattos (2010):
Foi verificado que os profissionais da área da saúde
importante papel de informar e prestar esclarecimento a todos os
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membros da família da crianças com síndrome de Down. MATTOS.
( 2010, P. 13)
Mattos (2010), conclui que quando melhor forem atendidas as necessidades
básicas das crianças de afeto e carinho, mais positivas serão as respostas para
o se desenvolvimento.
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5 METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica sendo realizado uma pesquisa
documental para obter as informações necessárias. Vão ser utilizadas matérias
de pesquisa escritos que serviram como fonte de informação para a pesquisa
científica. É uma pesquisa explicativa, para esclarecer dúvidas sobre a atuação
do fisioterapeuta com crianças portadoras da Síndrome de Down. Vão ser
utilizados, como consulta, livros datados de 1990 a 2020 da Biblioteca da
Faculdade Anhanguera e a base de dados do sistema SCIELO, Google
Acadêmico e pelo Catalogo de Teses.
As palavras chaves ( Síndrome de Down/ Estimulação Precoce/ Crianças)
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6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
2020 2021
ATIVIDADES AN EV AR BR AI UN UL GO ET UT OV EZ
Escolha do
tema. Definição do
problema de pesquisa
Definição dos
objetivos, justificativa.
Definição da
metodologia.
Pesquisa
bibliográfica e elaboração
da fundamentação
teórica.
Entrega da
primeira versão do
projeto.
Entrega da
versão final do projeto.
Revisão das
referências para
elaboração do TCC.
Elaboração do
Capítulo 1.
Revisão e
reestruturação do
Capítulo 1 e elaboração
do Capítulo 2.
Revisão e
reestruturação dos
Capítulos 1 e 2.
Elaboração do Capítulo 3.
Elaboração das
considerações finais.
Revisão da Introdução.
Reestruturaçã
o e revisão de todo o
texto. Verificação das
referências utilizadas.
Elaboração de
todos os elementos pré e
pós-textuais.
Entrega da
monografia.
Defesa da
monografia.
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