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Historia de Angola

1. Angola é um país da costa ocidental da África, limitado por República Democrática do Congo, Zâmbia, Namíbia e Oceano Atlântico. 2. Portugal esteve presente em Angola desde o século XV, interagindo com os povos nativos. Angola foi uma colônia portuguesa até a independência em 1975. 3. Após a independência, Angola enfrentou uma longa guerra civil entre MPLA e UNITA, que terminou em 2002. Angola tem vastos recursos naturais como petróleo, mas

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1. Angola é um país da costa ocidental da África, limitado por República Democrática do Congo, Zâmbia, Namíbia e Oceano Atlântico. 2. Portugal esteve presente em Angola desde o século XV, interagindo com os povos nativos. Angola foi uma colônia portuguesa até a independência em 1975. 3. Após a independência, Angola enfrentou uma longa guerra civil entre MPLA e UNITA, que terminou em 2002. Angola tem vastos recursos naturais como petróleo, mas

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Angola, oficialmente República de Angola, é um país da costa ocidental da África, cujo território

principal é limitado a norte e a nordeste pela República Democrática do Congo, a leste pela Zâmbia,


a sul pela Namíbia e a oeste pelo Oceano Atlântico. Inclui também o exclave de Cabinda, através
do qual faz fronteira com a República do Congo, a norte. Para além dos vizinhos já mencionados,
Angola é o país mais próximo da colónia britânica de Santa Helena.
Os portugueses estiveram presentes desde o século XV em alguns pontos do que é hoje o território
de Angola, interagindo de diversas maneiras com os povos nativos, principalmente com aqueles
que moravam no litoral. A delimitação do território apenas aconteceu no início do século XX. O
primeiro europeu a chegar a Angola foi o explorador português Diogo Cão. Angola foi uma colónia
portuguesa que apenas abrangeu o actual território do país no século XIX e a "ocupação efectiva",
como determinado pela Conferência de Berlim em 1884, aconteceu apenas na década de 1920.
A independência do domínio português foi alcançada em 1975, depois de uma longa guerra de
libertação. Após a independência, Angola foi palco de uma intensa guerra civil de 1975 a 2002,
maioritariamente entre o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e a União Nacional
para a Independência Total de Angola (UNITA). Apesar do conflito interno, áreas como a Baixa de
Cassanje mantiveram activos seus sistemas monárquicos regionais. No ano de 2000 foi assinado
um acordo de paz com a Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), uma frente
de guerrilha que luta pela secessão de Cabinda e que ainda se encontra activa.[8] É da região de
Cabinda que sai aproximadamente 65% do petróleo de Angola.
O país tem vastos recursos naturais, como grande reservas de minerais e de petróleo e, desde
1990, sua economia tem apresentado taxas de crescimento que estão entre as maiores do mundo,
especialmente depois do fim da guerra civil. No entanto, os padrões de vida angolanos continuam
baixos; cerca de 70% da população vive com menos de dois dólares por dia, [9] enquanto as taxas
de expectativa de vida e mortalidade infantil no país continuam entre os piores do mundo, além da
presença proeminente da desigualdade económica, visto que a maioria da riqueza do país está
concentrada em um setor desproporcionalmente pequeno da população. [10] Angola também é
considerado um dos países menos desenvolvidos do planeta pela Organização das Nações
Unidas[11] e um dos mais corruptos do mundo pela Transparência Internacional.[9][12]

Índice

 1Etimologia
 2História
o 2.1Primeiros habitantes
o 2.2Período colonial
o 2.3Processo de descolonização
o 2.4Independência, Guerra Civil e República
 3Geografia
o 3.1Pontos extremos
o 3.2Clima
 4Demografia
o 4.1Cidades mais populosas
o 4.2Composição étnica
o 4.3Línguas
o 4.4Religiões
 5Governo e política
o 5.1Sistema eleitoral
o 5.2Relações internacionais
o 5.3Direitos humanos
 6Subdivisões
 7Economia
 8Infraestrutura
o 8.1Saúde
o 8.2Educação
o 8.3Transportes
o 8.4Telecomunicações
 9Cultura
o 9.1Literatura
o 9.2Dança
o 9.3Esportes
o 9.4Festas
 10Ver também
 11Notas
 12Referências
 13Bibliografia adicional
 14Ligações externas

Etimologia
O nome Angola é uma derivação portuguesa do termo banto n’gola, título dos reis do Reino do
Ndongo existente na altura em que os portugueses se estabeleceram em Luanda, no século XVI. O
termo ngola tem raízes no termo ngolo que significa "força" em quimbundo e em quicongo, línguas
dos povos ambundos e congos respectivamente. Quando os portugueses chegaram à região da
província de Luanda, observaram que o monarca local, N'gola Kiluanji era assim denominado,
passando a chamar o Reino Ngola-Ndongo com este título.[13]

História
Ver artigo principal: História de Angola

Primeiros habitantes
Ver artigo principal: Reino do Ndongo

Mapa do antigo Reino do Ndongo.


Encontro de portugueses com a família real do Reino do Congo.

Os habitantes originais de Angola foram caçadores-colectores coissã, dispersos e pouco


numerosos. A expansão dos povos bantos, chegando do norte a partir do segundo milénio, forçou
os coissã (quando não eram absorvidos) a recuar para o sul onde grupos residuais existem até
hoje, em Angola (ver mapa étnico), na Namíbia e no Botsuana.[14]
Os bantos eram agricultores e caçadores. Sua expansão, a partir da África Centro-Ocidental, se deu
em grupos menores, que se relocalizaram de acordo com as circunstâncias político-económicas e
ecológicas. Entre os séculos XIV e XVII, uma série de reinos foi estabelecida, sendo o principal
o Reino do Congo que abrangeu o Noroeste da Angola de hoje e uma faixa adjacente da
hoje República Democrática do Congo, da República do Congo e do Gabão; a sua capital situava-
se em M'Banza Congo e o seu apogeu se deu durante os séculos XIII e XIV. Outro reino importante
foi o Reino do Ndongo, constituído naquela altura a Sul/Sudeste do Reino do Congo. No Nordeste
da Angola actual, mas com o seu centro no Sul da actual República Democrática do Congo,
constituiu-se, sem contacto com os reinos atrás referidos, o Reino da Lunda [nota 1].[14]
Em 1482 chegou na foz do rio Congo uma frota portuguesa, comandada pelo navegador Diogo
Cão que de imediato estabeleceu relações com o Reino do Congo. Este foi o primeiro contacto de
europeus com habitantes do território hoje abrangido por Angola, contacto este que viria a ser
determinante para o futuro deste território e das suas populações. [14]

Período colonial
Ver artigo principal: África Ocidental Portuguesa

Ilustração da rainha Nzinga em negociações de paz com o governador português em Luanda em 1657.


Vista da cidade de Luanda em 1883.

A partir do fim do século XV, Portugal seguiu na região uma dupla estratégia. Por um lado, marcou
continuamente presença no Reino do Congo, por intermédio de (sempre poucos, mas influentes)
padres cultos (portugueses e italianos) que promoveram uma lenta cristianização e introduziram
elementos da cultura europeia. Por outro, estabeleceu em 1575 uma feitoria em Luanda, num ponto
de fácil acesso ao mar e à proximidade dos reinos do Congo e de Ndongo. Gradualmente tomaram
o controle, através de uma série de tratados e guerras, de uma faixa que se estendeu de Luanda
em direcção ao Reino do Ndongo. Este território, de uma dimensão ainda bastante limitada, passou
mais tarde a ser designado como Angola. Por intermédio dos Reinos do Congo, do Ndongo e da
Matamba, Luanda desenvolveu um tráfico de escravos com destino a Portugal, ao Brasil e à
América Central que passou a constituir a sua base económica. [15] Este processo tem que ser visto
contra o pano de fundo de um sistemático tráfego de escravos a partir de Luanda [16]
Os holandeses ocuparam Angola entre 1641 e 1648, procurando estabelecer alianças com os
estados africanos da região. Em 1648, Portugal retomou Luanda e iniciou um processo de
conquista militar dos estados do Congo e Ndongo que terminou com a vitória dos portugueses em
1671, redundando num controle sobre aqueles reinos. [17]
Entretanto, Portugal tinha começado a estender a sua presença no litoral em direcção ao Sul. Em
1657 estabeleceu uma povoação perto da actual cidade de Porto Amboim, transferida em 1617
para a actual Benguela que se tornou numa segunda feitoria, independente da de Luanda.
Benguela assumiu aos poucos o controle sobre um pequeno território a norte e leste, e iniciou por
sua vez um tráfego de escravos, com a ajuda de intermediários africanos radicados no Planalto
Central da Angola de hoje.[14]
Embora tenha, desde o início da sua presença em Luanda e Benguela, havido ocasionais incursões
dos portugueses para lá dos pequenos territórios sob o seu controle, esforços sérios de penetração
no interior apenas começaram nas primeiras décadas do século XIX, abrandado em meados
daquele século, mas recomeçando com mais vigor nas suas últimas décadas. [18] Estes avanços
eram em parte militares, visando o estabelecimento de um domínio duradouro sobre determinadas
regiões, e tiveram geralmente que vencer, pelas armas, uma resistência maior ou menor das
respectivas populações.[19] Em outros casos tratou-se, no entanto, apenas de criar postos avançados
destinados a facilitar a extensão de redes comerciais. Formas particulares de penetração
económica foram desenvolvidas no Sul, a partir de Moçâmedes (hoje Namibe). [20] Finalmente, houve
naquele século a implantação das primeiras missões católicas para lá dos perímetros controlados
por Luanda e Benguela.[21]
Soldados portugueses embarcando para Angola durante a Primeira Guerra Mundial

No momento em que se realizou em 1884/85 a Conferência de Berlim, destinada a acertar a


distribuição de África entre as potências coloniais, Portugal pode portanto fazer valer uma presença
secular em dois pontos do litoral, e uma presença mais recente (administrativa/militar, comercial,
missionária) numa série de pontos do interior, mas estava muito longe de uma "ocupação efectiva"
do território hoje abrangido por Angola [nota 2].
Perante a ameaça das outras potências coloniais, de se apropriarem de partes do território
reclamada por Portugal, este país iniciou finalmente, na sequência da Conferência de Berlim, um
esforço que visava a ocupação de todo o território da Angola actual. Dados os seus recursos
limitados, os progressos neste sentido foram, no entanto, lentos: ainda em 1906, apenas 5% a 6%
dos territórios podiam, com alguma razão, ser considerados "efectivamente ocupados". [23] Só depois
do advento da República em Portugal, em 1910, a expansão do Estado colonial avançou de forma
mais consequente. Em meados dos anos 1920 estava alcançado um domínio integral do território,
muito embora houvesse ainda em 1941 um breve surto de "resistência primária", da parte da etnia
vacuval [nota 3]. Embora lento, este esforço de ocupação não deixou, porém, de provocar novas
dinâmicas sociais, económicas e políticas [nota 4].

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